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Ginástica na Educação Física como inclusão

La gimnasia en la Educación Física como inclusión

 

*Discente do Curso de Educação Física

da Universidade Salgado de Oliveira

**Docente do Curso de Educação Física

da Universidade Salgado de Oliveira

(Brasil)

Bruno Garcia Gomes*

Luara Gomes Andrade*

Thais Cristina Egêa*

Thaynara Martins Silva Dias*

Samanta Garcia**

luaragata2006@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          O estudo em pauta abordara assuntos sobre a história da ginástica, de como a mesma desenvolveu durante algum tempo, os métodos ginásticos, de como foi o desenvolvimento da educação física durante alguns séculos atrás. Logo depois abordando sobre a inclusão da educação física escolar, de como incluir uma pessoa com algum déficit motor e de como a mesma ira se desenvolver ao longo do tempo, e que benefícios positivos a própria educação física irá desenvolver com a inclusão da ginástica.

          Unitermos: Educação Física. Ginástica. Inclusão.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 190, Marzo de 2014. http://www.efdeportes.com/

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1.     Introdução

    O presente estudo é uma revisão bibliográfica que tem como objetivo mostrar diversas propostas pedagógicas indicando caminhos para que o professor de Educação Física se aproprie de um dos elementos corporais clássico da Educação Física, a ginástica.

    Partindo do princípio que a escola deve estar disposta a receber e principalmente desenvolver as potencialidades dos indivíduos com necessidades especiais não basta somente à escola aceitar esses indivíduos, mas também, preparar os professores, os administradores e até mesmo as comunidades escolares para essa realidade.

    Foi confeccionada uma proposta teórica levando ao conhecimento do profissional de educação física de maneiras e possibilidades para trabalhar com ginástica inclusiva para portadores de necessidades especiais, ou seja, uma ginástica para todos.

2.     Metodologia

    Pesquisa bibliográfica recolhe e seleciona conhecimentos e informações a cerca de um problema ou hipótese já organizados e trabalhados por outro autor, colocando o pesquisador em contato com materiais e informações sobre determinado assunto. (GOMES e ROSSETTO, 2008 P. 38).

3.     Revisão de literatura

3.1.     A ginástica

    Os corpos e sua gestualidade podem ser imaginados como expressão e lugar de inscrição da cultura, e as imagens de corpos, como registro de marcas e de lugares sociais ocupados. O estudo do corpo e de sua gestualidade pode construir uma narrativa integrando imagens que, como expressão de um olhar particular, revela tanto o que se vê quanto o que não se vê, porque, como observa Vovelle, “os ‘silêncios’ da iconografia são tão significativos quanto à ênfase posta em certas particularidades ou em temas privilegiados.

    As Ginásticas – com interpretação própria do termo – surgem na Antiguidade, em que estudiosos gregos criaram o termo Gymnus: nu (tratando-se da prática de atividades com o corpo desnudo). Na época foram também criadas as primeiras sistematizações de atividades físicas, o que para Publio (2002) apud Figueiredo e Hunger (2008), ressalta a importância da antiguidade grega no aspecto histórico-evolutivo das Ginásticas.

    Em meados do século XVIII, surgem os Métodos Ginásticos que eram formulados de acordo com Bregolato (2002, p. 75) apud Figueiredo e Hunger (2008), “com princípios da cultura da Grécia antiga, que enaltecia a saúde, a força e a beleza”. A autora discorre que dentre os Métodos idealizados no século XVIII, o Alemão, o Sueco e o Francês, foram os que obtiveram maior penetração mundial.

    Os Métodos Ginásticos tiveram desenvolvimentos simultâneos, favorecendo a troca de informações entre os mesmos. A ascensão destes Métodos se difundiu por toda a Europa, dotada de um sentimento nacionalista como forma de causar melhorias físicas aos jovens que enfrentariam as guerras da época, bem como melhorias étnico-raciais à nação (MENEGHETTI, 2003).

    As prerrogativas políticas militares dos Métodos Ginásticos permaneceram no século XX, acompanhando o desenvolvimento da Educação Física pelo mundo. Ayoub (2003, p. 107) apud Figueiredo e Hunger (2008), destaca “que durante todo o séc. XIX e início do séc. XX, a ginástica (que compreendia exercícios militares, jogos, dança, esgrima, equitação e canto) era o conteúdo de ensino da Educação Física escolar”.

    É inegável, portanto, a contribuição das Ginásticas para o desenvolvimento histórico da Educação Física escolar. Foi utilizando a nomenclatura Ginástica que as atividades relacionadas ao corpo e ao movimento penetraram em âmbito educacional compondo os currículos obrigatórios. Assim, pensar nas Ginásticas leva à necessidade de refletir a respeito de quem as ministrava e de que maneira acontecia a formação destas pessoas (FRÂNCICA e HUNGER, 2008).

3.2.     Inclusão e a Educação Física Escolar

    De acordo com Seybold (1994) apud Oliveira (2002), a Educação física escolar deve partir do princípio de adequação à criança, deve favorecer a mesma, um pleno desenvolvimento, de acordo com a sua necessidade e a sua capacidade de aquisição de movimentos, pois parte do princípio que elas têm necessidade natural de movimento. Então o professor não pode dispensar a oportunidade destes alunos em participar da aula, pois mesmo o aluno sendo deficiente físico, mental, auditivo, visual, múltiplas e até mesmo apresentando condutas típicas (que são os portadores de síndromes, quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos) eles têm necessidades de fazer atividades que desenvolva a sua relação social, motora e afetiva.

    Conforme a Lei de diretrizes e bases da educação (LDB) n° 4.024/61 estabeleceu que a educação dos alunos com deficiência, ainda chamados excepcionais, deveria, na medida do possível, estar unida ao sistema geral de ensino no instituto de integrar esse aluno a comunidade.

    Até então a educação das pessoas que possuíam algum tipo de deficiência baseavam-se na existência das escolas regulares e especiais, com isso, os “alunos que possuíam alguma deficiência ingressariam nas instituições regulares quando fossem capazes de acompanhar o restante da turma” (LEHNHARD et al, 2009). Vale ressaltar que “estar incluído e muito mais do que uma presença física: é um sentimento e uma prática mutua entre a escola e a criança, isto é, o jovem de sentir que pertence à escola e a escola sentir que e responsável por ele”. (PALUDETT; ROSSO e ROSSO, 2011).

    A Inclusão, como processo social amplo, vem acontecendo em todo o mundo, fato que vem se efetivando a partir da década de 50. A inclusão é a modificação da sociedade como pré-requisito para que pessoa com necessidades especiais possa buscar seu desenvolvimento e exercer a cidadania (SASSAKI, 1997).

    Segundo o autor, a inclusão é um processo amplo, com transformações, pequenas e grandes, nos ambientes físicos e na mentalidade de todas as pessoas, inclusive da própria pessoa com necessidades especiais. (SILVESTRE, 2005).

    Para promover uma sociedade que aceite e valorize as diferenças individuais, aprenda a conviver dentro da diversidade humana, através da compreensão e da cooperação (CIDADE e FREITAS, 1997). Na escola, "pressupõe, conceitualmente, que todos, sem exceção, devem participar da vida acadêmica, em escolas ditas comuns e nas classes ditas regulares onde deve ser desenvolvido o trabalho pedagógico que sirva a todos, indiscriminadamente".

    A educação inclusiva se caracteriza como processo de incluir os portadores de necessidades especiais ou com distúrbios de aprendizagem na rede regular de ensino, em todos os seus graus, pois nem sempre a criança que é portadora de necessidades especiais (deficiente), apresenta distúrbio de aprendizagem, ou vice versa, então todos esses alunos são considerados portadores de necessidades educativas especiais (FERNANDES, 2002).

    Nesta nova situação, a Inclusão, é preciso como forma adicional, considerar as peculiaridades da população associadas as estratégias que serão utilizadas. Com base no que foi colocado, o professor de Educação Física poderá conhecer a necessidade, os interesses e as possibilidades de cada aluno e de cada grupo com que trabalha (o que já têm sido feito por ele). Existe uma infinidade de fatores que influem na aprendizagem de portadores de deficiência entre elas as características das tarefas motoras, o sujeito que aprende aprendizagem prévia, o contexto da aprendizagem, o tipo de informação, etc. Não existe nenhum método ideal ou perfeito da Educação Física que se aplique no processo de Inclusão, porque o professor sabe e pode combinar numerosos procedimentos para remover barreiras e promover a aprendizagem dos seus alunos. (EUGÊNIA e SILVESTRE, 2005).

3.3.     Ginástica e inclusão

    O movimento na ginástica deve atribuir diferentes significados, e reinterpretações por intermédio das interações valorizando o grupo, onde cada indivíduo explora seu potencial contribuindo para a construção deste grupo, ampliando as interações sociais, focando neste processo a demonstração e não a competição sendo neste ato o aluno o centro do processo de ensino (SAMUEL e VALENCY, 2011).

     Percebemos na ginástica uma forma de realizarmos um processo de socialização e construção de conhecimento, de forma que o aluno seja o centro do processo de ensino-aprendizagem e que a ginástica constitua os currículos de Educação Física e seja abordada no contexto escolar como um meio para a aquisição de habilidades motoras, afetivo-sociais, mas também como meio pra construção de uma Educação Física de qualidade. (SAMUEL e VALENCY, 2011).

3.4.     Ginástica e Síndrome de Down

    A ginástica é um exercício físico que existe há muito tempo, e já foi usada como dança e como forma de fortalecer militares, tendo diversas manifestações durante todo esse tempo (Souza, 2008).

    Brandão, 2005 in: Nunomura e Piccolo (2005) apud Garcia (2013), a Ginástica propicia aos seus praticantes: a consciência corporal, temporal e espacial, melhora o equilíbrio dinâmico, o tempo de reação e de movimento, além do poder de concentração; também desenvolve e estimula os domínios cognitivo e social de uma maneira geral.

    Síndrome de Down é caracterizado biologicamente pelo excesso de material genético correspondente ao par de cromossomas 21. Mais freqüentemente do que esse "excesso" é determinada pela presença de três cromossomas, em vez do par mais usual 21, ou seja, no total, teria 47 cromossomas. Esta é conhecida como trissomia 21. Pessoas com síndrome de Down e trissomia estavam na célula original que vem e, portanto, em todas as células que compõem o seu corpo. Na verdade, eu disse que para 95% dos casos, subtrair 4% onde falamos, mas não translocação trissomia, e 1%, onde o que aparece é mosaicismo (GARCIA, 2010).

4.     Conclusão

    Concluímos que a Ginástica continua sua difícil jornada de ser reconhecida por todos. O trabalho realizado atualmente nas escolas, no ambiente social, contribui pouco para a divulgação e apropriação desse elemento da cultura corporal. Sabendo do pequeno número de profissionais atuantes na área de Ginástica e de alunos envolvidos nos projetos oferecidos pelas autoridades e pelas escolas, a modalidade fica alheios aos demais interesses da população que demonstra motivação na prática de esportes mais conhecidos da mídia e familiarizados com seus métodos de aprendizagem.

    Com este trabalho pôde-se observar que há possibilidade de se trabalhar a educação inclusiva nas aulas de educação física. Assim como algumas escolas não apresenta condições de se trabalhar a ginástica na escola, também devemos reconhecer a mesma dificuldade por parte de alguns professores que, por falta de conhecimento ou vontade, deixam de aplicar as aulas de ginástica na escola. Sendo assim, quem sai perdendo são os próprios alunos.

Bibliografia

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