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ISSN 1514-3465

 

Fatores de estresse em árbitros de futebol de campo

Stress Factors in Soccer Referees

Factores de estrés en árbitros de fútbol de campo

 

Diego Luis Rosa da Rosa*

diegoluisrosa@gmail.com

Ana Maria Pujol Vieira dos Santos**

anapujol@ulbra.br

 

*Árbitro de Futebol de Campo da Federação Gaúcha de Futebol

Bacharel em Educação Física (ULBRA)

Especialista em Motricidade e Saúde (UNIFCV)

**Professora Doutora do curso de Educação Física

e do Mestrado em Promoção da Saúde, Desenvolvimento Humano e Sociedade

da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA)

(Brasil)

 

Recepção: 24/07/2020 - Aceitação: 15/02/2021

1ª Revisão: 16/10/2020 - 2ª Revisão: 29/01/2021

 

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Citação sugerida: Rosa, D.L.R. da, e Santos, A.M.P.V. dos (2021). Fatores de estresse em árbitros de futebol de campo. Lecturas: Educación Física y Deportes, 26(275), 164-178. https://doi.org/10.46642/efd.v26i275.2471

 

Resumo

    O árbitro de futebol é duramente criticado pela imprensa, torcedores e jogadores, diferentemente de outros esportes. Com a evolução do futebol, o árbitro tem obtido maior destaque e consequentemente uma maior cobrança psicológica. O objetivo desta pesquisa foi identificar os principais fatores causadores de estresse nos árbitros de futebol de campo do Rio Grande do Sul. Pesquisa quantitativa de delineamento descritivo e transversal. Foram selecionados por conveniência 50 árbitros de futebol de campo da Federação Gaúcha de Futebol (FGF). O critério de inclusão foi ser maior de 18 anos e foram excluídos da amostra os árbitros que não atuaram por serem recém-formados e os que já deixaram de atuar em partidas oficiais organizadas pela FGF. O instrumento utilizado foi o Teste de Estresse Psíquico dos Árbitros dos Jogos Esportivos e Coletivos com/sem Contato (TEPA), validado por Silva (2004), enviado por e-mail e respondido no Google Forms. Os resultados apontaram que as situações “falta de responsabilidade do colega e outras pessoas”, “errar em situações claras”, “chegar tarde ou atrasado”, “não poder cumprir uma escala” e “errar seguidamente” foram consideradas as mais estressantes. Analisando os itens por dimensão não foram encontradas diferenças estatísticas entre os fatores biológicos, psicológicos e sociais, sugerindo haver um equilíbrio, e a percepção do estresse como uma interação simultânea.

    Unitermos: Estresse. Árbitro. Futebol de campo.

 

Abstract

    The soccer referee is severely criticized by the press, fans and players, unlike other sports. With the evolution of soccer, the referee has obtained greater prominence and consequently a greater psychological demand. The objective of this research was to identify the main factors that cause stress in the soccer referees of Rio Grande do Sul. The research was of quantitative, descriptive and transversal design. Fifty field soccer referees from the Rio Grande do Sul Soccer Federation (FGF) were selected for convenience. The inclusion criterion was being over 18 years old. Arbitrators who did not act because they were recently graduated and those who have ceased to act in official matches organized by FGF were excluded. The instrument used was the Psychic Stress Test of Referees of Sports and Collective Games with/without Contact (TEPA), validated by Silva (2004), sent by email and answered on Google Forms. The results showed that the situations “lack of responsibility from colleagues and other people”, “making mistakes in clear situations”, “arriving late”, “not being able to meet a scale” and “making mistakes repeatedly” were considered the most stressful. Analyzing the items by dimension, no statistical differences were found between biological, psychological and social factors, suggesting a balance, and the perception of stress as a simultaneous interaction.

    Keywords: Stress. Referee. Soccer.

 

Resumen

    El árbitro de fútbol es duramente criticado por la prensa, aficionados y jugadores, a diferencia de otros deportes. Con la evolución del fútbol, ​​el árbitro ha obtenido un mayor protagonismo y, en consecuencia, una mayor exigencia psicológica. El objetivo de esta investigación fue identificar los principales factores que causan estrés en los árbitros de fútbol de Rio Grande do Sul. Investigación cuantitativa con diseño descriptivo y transversal. Se seleccionaron 50 árbitros de fútbol de campo de la Federación Gaúcha de Fútbol (FGF) por conveniencia. El criterio de inclusión fue ser mayor de 18 años y se excluyó de la muestra a los árbitros que no actuaron por ser recién egresados ​​y los que han dejado de trabajar en los partidos oficiales organizados por la FGF. El instrumento utilizado fue el Test de Estrés Psíquico de Árbitros de Deportes y Juegos Colectivos con/sin Contacto (TEPA), validado por Silva (2004), enviado por correo electrónico y contestado en Google Forms. Los resultados mostraron que las situaciones “falta de responsabilidad por parte de los compañeros y otras personas”, “cometer errores en situaciones claras”, “llegar tarde o con atraso”, “no poder cumplir un nivel” y “cometer errores repetidamente” se consideraron los más estresantes. Analizando los ítems por dimensión, no se encontraron diferencias estadísticas entre los factores biológicos, psicológicos y sociales, sugiriendo un equilibrio, y la percepción del estrés como una interacción simultánea.

    Palabras clave: Estrés. Árbitro. Fútbol de campo.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 26, Núm. 275, Abr. (2021)


 

Introdução 

 

    Muitos esportes são controlados por uma equipe de arbitragem. O árbitro de futebol possui poder discricionário para tomar decisões e fazer cumprir as regras do jogo (International Football Association Board, 2020), gerando uma grande pressão dos praticantes e envolvidos. O árbitro de futebol, diferentemente de outros esportes, é duramente criticado pela imprensa, torcedores e jogadores. Com a evolução do futebol, o árbitro tem obtido maior destaque e ao mesmo tempo, uma maior cobrança psicológica. Em uma partida de futebol o árbitro é exigido nos aspectos social, físico, psicológico e técnico, entretanto caso não consiga contemplar esses aspectos, erros podem ocorrer, gerando uma situação de estresse (Costa et al., 2010). Existe um preconceito vinculado à imagem dos árbitros de futebol, mas que não está relacionado ao indivíduo, mas sim, na atividade exercida por eles. (Horn, e Reis, 2016)

 

    O contexto do futebol tem sido o maior incentivador da carreira de um árbitro de futebol, pois a paixão pelo futebol faz com que o arbitrar represente muito mais do que apenas fazer parte de uma partida (Ferreira, e Brandão, 2012). Arbitrar provoca uma emoção especial e parece ser uma possibilidade de participar do futebol de outra maneira, não como jogador, mas também uma forma de contribuir para a modalidade. (Brandão, Serpa, Krebs, Araújo, e Machado, 2011)

 

    Aspectos físicos, psicológicos, saber estar dentro e fora do futebol e conhecer as regras do jogo se tornam características essenciais para um bom árbitro. Entretanto, como toda carreira há suas dificuldades, e na arbitragem não é diferente. O comportamento agressivo dos diversos agentes desportivos, do público e jogadores são agentes dificultadores neste processo, podendo levar ao constrangimento de muitos árbitros (Sarmento, Marques, e Pereira, 2015). As condições socioeconômicas dos árbitros de futebol, que são diferentes de outros esportes, com salários mais altos, não é um fator determinante para o bem-estar emocional (Pedrosa, e García-Cueto, 2015). A profissionalização seria fundamental para melhorar a preparação dos árbitros, mesmo que talvez isso não mudasse a imagem que se tem sobre a categoria. (Gutiérrez, e Voser, 2012; Horn, e Reis, 2016)

 

    Muitos são os fatores apontados para os árbitros abandonarem a carreira. O principal motivo é a ausência de critério para a escalação dos jogos, considerando que os dirigentes dos clubes podem interferir na escala dos árbitros, podendo modificá-la. Ainda, a falta de apoio por parte das entidades representantes da classe dos árbitros, a incerteza de serem ou não escalados, a baixa visibilidade dos árbitros do interior e a falta de pagamento também causam grande impacto na classe, que não satisfeitos, desistem da carreira. (Gutiérrez, Voser, 2012; Pereira, Aladasshvile, e Da Silva, 2006)

 

    Apesar da literatura neste campo ser escassa, a figura do árbitro de futebol tem sido alvo de pesquisas relacionadas ao seu desempenho físico e comportamental. Recentemente, transtornos mentais comuns foram identificados em árbitros europeus: estresse, ansiedade/depressão, perturbação do sono, desordem alimentar e uso de álcool (Gouttebarge, Johnson, Rochcongar, Rosier, e Kerkhoffs, 2017). Estudos apontam que há uma diversidade de fatores estressantes, intra e extracampo, justificando, assim, a necessidade de mais estudos aprofundados. (Pereira, Santos, e Cillo, 2007)

 

    O estresse deste profissional tem sido uma grande preocupação para a comissão de árbitros de futebol. É preciso formar árbitros qualificados e preparados para lidarem com as adversidades a que são submetidos no seu exercício laboral. A identificação dos fatores estressores é importante para buscar alternativas para promoção da saúde destes. Assim, o objetivo desta pesquisa foi identificar os principais fatores causadores de estresse nos árbitros de futebol de campo do Rio Grande do Sul.

 

Método 

 

    A presente pesquisa apresentou delineamento quantitativo, descritivo e transversal. Foi composta por árbitros de futebol de campo da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) de ambos os sexos e dos três níveis de atuação pelo quadro de arbitragem do Rio Grande do Sul. As escalas seguem os níveis de atuação definidos pela FGF, divididos em regionais, aspirantes à nacional e nacionais. A atuação regional conta com árbitros que estão iniciando a carreira ou não obtiveram sucesso em ser promovidos de categoria, podendo exercer seu trabalho apenas em competições da base e amadoras. Os aspirantes à nacional, são árbitros capacitados para trabalharem em todas as competições a nível amador e profissional exceto o Campeonato Brasileiro, competição de maior visibilidade. Já os de atuação nacional são aqueles árbitros que têm uma maior experiência e que já trabalharam em muitos jogos, foram promovidos durante sua carreira, considerados os mais qualificados para trabalharem nas competições de elite do estado e fora, como o Gauchão, Divisão de Acesso e Campeonato Brasileiro.

 

    O instrumento escolhido foi o Teste de Estresse Psíquico dos Árbitros dos Jogos Esportivos e Coletivos Com/Sem Contato (TEPA) validado por Silva (2004), que é composto por 69 questões agrupadas em uma estrutura que avalia o estresse biológico, social e psicológico (Quadro 1). Cada uma das questões é avaliada por meio de uma escala do tipo Likert, que varia de (0) Nada, (1) Pouquíssimo, (2) Pouco, (3) Muito e (4) Demais. As quatro primeiras perguntas objetivaram caracterizar o perfil dos participantes, compostas pelas seguintes variáveis sociodemográficas: sexo, escolaridade, nível de atuação (experiência) e tempo de atuação.

 

Quadro 1. Descrição das dimensões do instrumento Teste de Estresse Psíquico 

dos Árbitros dos Jogos Esportivos e Coletivos com/sem Contato (TEPA)

Dimensão

Descrição

Questão

Biológica

Alterações, transformações e modificações do estado fisiológico do árbitro (cansaço físico, sono, fome e disfunções orgânicas)

08, 09, 10, 11, 42

Psicológica

Relações mentais de acordo com as situações ocorridas dentro da competição.

12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 21, 22, 27, 28, 29, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 40, 41, 48, 49, 51, 52, 59, 60, 61, 63, 66

Social

Inter-relações do árbitro com todas as pessoas do ambiente que configuram sua ação e que podem influenciar no seu rendimento esportivo.

01, 02, 03, 04, 05, 06, 07, 20, 23, 24, 25, 26, 30, 37, 38, 39, 43, 44, 45, 46, 47, 50, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 62, 64, 65, 67, 68, 69

 

    O instrumento TEPA foi disponibilizado no Google Forms e enviado por e-mail para todos os árbitros de forma individualizada. Neste formulário, antes do preenchimento do questionário, foi apresentado a pesquisa, seus objetivos, benefícios e riscos, contendo o Termo livre de esclarecimento (TCLE). Os dados foram analisados utilizando estatística descritiva (média, desvio padrão e distribuição de frequência) e inferêncial (Teste Kruskal-Wallis). Foi adotado o nível de significância de p≤0,05. Os dados foram processados no programa estatístico SPSS 17.0.

 

    O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da ULBRA/Canoas (CAAE 29891520.1.0000.5349).

 

Resultados 

 

    Participaram da pesquisa respondendo o questionário 50 árbitros. Os resultados dos dados sociodemográficos estão apresentados na Tabela 1.

 

Tabela 1. Perfil sociodemográfico dos árbitros de

futebol da Federação Gaúcha de Futebol (2020)

Variáveisa

n=50

Sexo

 

Feminino

4 (8%)

Masculino

46 (92%)

Escolaridade

 

Ensino Médio Completo

1 (2%)

Ensino Superior Incompleto

14 (28%)

Ensino Superior Completo

34 (68%)

Mestrado

-

Doutorado

1 (2%)

Pós-Doutorado

-

Nível de Atuação

 

Regional

43 (86%)

Aspirante à Nacional

4 (85)

Nacional

3 (6%)

a. Resultados expressos através da análise de frequência

Fonte: Próprio autor

 

    O estresse foi avaliado segundo a escolaridade, experiência de atuação e pelo nível de atuação dos árbitros, representados respectivamente nas Tabelas 2, 3 e 4, sendo que não foram encontradas diferenças significativas para essas variáveis.

 

Tabela 2. Nível de estresse percebido segundo a escolaridade de 

árbitros vinculados a Federação Gaúcha de Futebol (2020)

Nível de escolaridade

n

Média

DP

Intervalo de confiança 

de 95% para média

Mínimo

Máximo

Limite inferior

Limite superior

2º Grau

1

1,04

.

.

.

1,04

1,04

Ensino Superior Incompleto

14

2,17

0,67

1,78

2,55

0,81

3,03

Ensino Superior Completo

34

1,93

0,54

1,74

2,12

0,72

2,83

Doutorado

1

2,16

.

.

.

2,16

2,16

Total

50

1,98

0,59

1,82

2,15

0,72

3,03

p = 0,22 - Teste Kruskal-Wallis

 

Tabela 3. Nível de estresse percebido segundo a experiência de atuação 

de árbitros vinculados a Federação Gaúcha de Futebol (2020)

 Experiência

n

Média

DP

Intervalo de confiança 

de 95% para média

Mínimo

 Máximo

Limite inferior

Limite superior

Regional

43

1,95

0,60

1,77

2,14

0,72

3,03

Aspirante

4

2,44

0,47

1,70

3,18

1,90

2,83

Nacional

3

1,81

0,51

0,55

3,07

1,23

2,16

Total

50

1,98

0,59

1,82

2,15

0,72

3,03

p = 0,21 - Teste Kruskal-Wallis

 

Tabela 4. Nível de estresse percebido segundo o tempo de atuação 

de árbitros vinculados a Federação Gaúcha de Futebol (2020)

 

Tempo de atuação

 

n

 

Média

 

DP

Intervalo de confiança 

de 95% para média

 

Mínimo

 

Máximo

Limite inferior

Limite superior

De 0 a 2 anos

5

2,27

0,28

1,92

2,61

1,84

2,61

De 3 a 5 anos

27

1,90

0,65

1,64

2,16

0,72

3,03

Mais de 5 anos

18

2,03

0,55

1,76

2,30

1,23

2,83

Total

50

1,98

0,59

1,82

2,15

0,72

3,03

p = 0,50 - Teste Kruskal-Wallis

 

    Os resultados do questionário segundo as três dimensões, social, biológica e psicológica são apresentados na Tabela 5. A dimensão biológica apresentou a maior média, seguida da psicológica e social, embora sem diferenças significativas entre as dimensões.

 

Tabela 5. Dimensões biológica, psicológica e social do questionário TEPA 

em árbitros de futebol da Federação Gaúcha de Futebol (2020)

 

Dimensões

 

N

 

Média

 

DP

Intervalo de confiança 

de 95% para média

 

Mínimo

 

Máximo

Limite inferior

Limite superior

Dimensão social

34

1,95

0,60

1,76

2,18

0,82

3,14

Dimensão biológica

5

2,06

0,27

1,72

2,39

1,72

2,44

Dimensão psicológica

30

1,99

0,65

1,74

2,24

0,72

3,10

Total

69

1,98

0,60

1,84

2,13

0,72

3,14

p = 0,73 - Teste Kruskal-Wallis

 

    A seguir, são apresentadas as cinco questões que apresentaram a maior média do questionário TEPA entre os árbitros (Tabela 6). Duas questões são da dimensão social e três são da psicológica. A questão 47 “falta de responsabilidade do colega e outras pessoas”, da dimensão social foi a que apresentou a maior média entre as cinco.

 

Tabela 6. As cinco questões que apresentaram média mais alta do questionário

TEPA respondido por árbitros de futebol da Federação Gaúcha de Futebol (2020)

Questões do TEPA

Dimensão

Média ± DP

47. Falta de responsabilidade do colega e outras pessoas

Social

3,14 ± 0,96

33. Errar em situações claras

Psicológica

3,10 ± 0,99

46. Chegar tarde ou atrasado

Social

3,06 ± 1,03

52. Não poder cumprir uma escala

Psicológica

3,02 ± 1,44

35. Errar seguidamente

Psicológica

2,98 ± 1,07

 

Discussão 

 

    O objetivo desta pesquisa foi identificar os principais fatores causadores de estresse nos árbitros de futebol de campo da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), utilizando o questionário TEPA. Primeiramente a amostra foi caracterizada. Os resultados demonstraram a prevalência do sexo masculino (92%), corroborando com outros estudos nacionais (Burim, e Oliveira, 2018; Ferreira, Simim, Noce, e Costa, 2009). O domínio masculino na arbitragem futebolística deve-se ao equivocado critério de exigência de igualdade física entre os sexos e também a utilização do paradigma de fragilidade física versus força inata entre os sexos (Dos Santos, 2018). Assim o que se observa, como consequência, é a perpétua a supremacia masculina nos campos.

 

    Quanto a escolaridade, observa-se que a maioria (68%) possui ensino superior completo. Entretanto, se considerarmos os árbitros que estão cursando nível superior e os que já concluíram sobe para 96%, demonstrando que os árbitros deste estudo estão buscando uma qualificação educacional, provavelmente para alcançar níveis de atuação superiores, como o nacional. Outros estudos confirmaram esta tendência no Brasil (Burim, e Oliveira, 2018; Ferreira et al., 2009). Este fato pode ser atribuído, principalmente, ao nível de formação mais elevado exigido pelas federações esportivas, que vem alterando o perfil do público que busca a carreira de árbitro de futebol (Horn, 2015). Todavia, a exigência de grau superior completo para atingir o nível de atuação nacional (com melhor remuneração) pode vir a desmotivar árbitros competentes e com experiência, fazendo com que busquem carreiras paralelas. Ainda, o grau de escolaridade não está relacionado, necessariamente, com o processo de formação profissional de arbitragem. Cursos de formação específicos, que promovam o treinamento de novos árbitros, priorizando a formação técnica, tática, física e psicológica são importantes para a atuação destes profissionais. (Costa et al., 2010)

 

    O nível de atuação mais frequente foi o regional, visto a existência de maior número de campeonatos locais, quando comparados aos de nível nacional. Corroborando vários estudos nacionais com árbitros de futebol e futsal encontraram o mesmo resultado. (Burim, e Oliveira, 2019; Costa et al., 2010; Ferreira et al., 2009)

 

    O nível de estresse foi avaliado segundo a categoria, o tempo de atuação e o nível de escolaridade dos árbitros, entretanto não foram encontradas diferenças significativas. Este resultado sugere que são outros fatores que diferenciam o estresse nesta amostra, indicando que a percepção do estresse ocorre de forma individualizada e própria. Estes resultados se aproximam do estudo com árbitros de futsal de Londrina/PR, em que o desenvolvimento do estresse ocorreu independentemente do nível de atuação, tempo de experiência e escolaridade (Burim, e Oliveira, 2018). Em outra pesquisa com árbitros de Minas Gerais, também não encontrou associação entre a experiência em anos e estresse percebido, entretanto houve correlação com o coping percebido (Monteiro et al., 2018). Entretanto, na pesquisa realizada com 30 árbitros de futebol do quadro amador da Federação Mineira de Futebol revelou diferença significativa na percepção dos fatores de estresse entre árbitros mais experientes, quando comparados com os menos experientes (Claudino et al.,2012). Assim, sugere-se que características do ambiente cultural podem interferir na percepção das emoções de forma individualizada, conforme apresentado por Silva (2004).

 

    Para analisar o componente tridimensional do estresse, o questionário TEPA foi dividido em três dimensões, biológica, psicológica e social. Neste estudo, a dimensão biológica apresentou valores médios superiores às demais, o que sugere a preocupação do árbitro com o seu estado atual de condicionamento físico, sono, alimentação. Com relação ao condicionamento físico, durante as partidas os árbitros de futebol são submetidos à alta sobrecarga física/fisiológica (Vieira, Costa, e Aoki, 2010), semelhante aos jogadores (Bueno, e Silva, 2015). Uma preocupação apontada pelos árbitros é com a alta frequência de lesões decorrentes da preparação física e testes físicos que se submetem (Silva, 2017). Um estudo com árbitros de futebol do Paraná evidenciou um elevado número de lesões musculoesqueléticas, além de indicar que as lesões foram capazes de afetar negativamente a percepção da qualidade de vidas destes árbitros, tanto nos aspectos físicos como mentais (Moreira et al., 2017). O fato de haver preocupação com o desempenho físico é relevante, visto que um bom condicionamento físico pode minimizar erros de arbitragem durante as partidas. Uma preparação física direcionada e especializada às necessidades dos árbitros se apresenta como uma alternativa para o aprimoramento das capacidades físicas durante o jogo ou para a preparação dos testes físicos (Bueno, e Silva, 2015). Entretanto, mesmo estando fisicamente capaz para arbitrar partidas, alguns árbitros podem não estar mentalmente preparados para demandas atencionais de arbitragem em partidas de futebol (Schmidt et al., 2019). Apesar do senso comum considerar o teste físico como um agente estressor, o estudo de Monteiro, Froeseler, e Mansur-Alves (2018), identificou que o teste físico FIFA não se constituiu como um evento estressor para os árbitros avaliados, independentemente de sua categoria.

 

    Apesar da dimensão biológica ser superior a psicológica e social, quando foram comparadas, não foram encontradas diferenças significativas, corroborando com as pesquisas de Burim e Oliveira (2018) e Costa et al. (2010). Neste estudo, o estresse pode ser percebido pelos árbitros como produto da interação das três dimensões, demonstrando haver um equilíbrio. O árbitro deve estar bem não só fisicamente, mas também apresentar qualidades psicológicas para ajudar enfrentar as demandas psicológicas negativas consequentes que uma partida de futebol pode causar (Cruz, Machado, Tertuliano, e Oliveira, 2018). Estados de humor pré-competitivo foram associados a autoavaliação da saúde e sono, ou seja, árbitros com melhor saúde e qualidade de sono apresentaram estados de humor mais positivos (Ribeiro, Fernandes, Viana, Brandt, e Andrade, 2012). As inter-relações do árbitro com as pessoas que o cercam no contexto esportivo podem gerar estresse, levando-os a desistirem da carreira profissional. Alguns destes fatores apontados foram a falta de apoio por parte das entidades representantes da classe, comportamentos agressivos de adeptos, dirigentes e público, dificuldades de conciliação com a vida familiar e profissional, dificuldades de progressão na carreira e a injustiça na avaliação do desempenho (Gutiérrez, e Voser, 2012; Pereira et al., 2006; Sarmento, Marques, e Pereira, 2015)

 

    Neste estudo, os fatores mais estressantes para os árbitros, conforme as questões que alcançaram os escores mais elevados, foram referentes as dimensões social e psicológica. Na dimensão social foram as questões “47” (falta de responsabilidade do colega) e a “46” (chegar tarde ou atrasado) e na dimensão psicológica foram a “33” (errar em situações claras), a “52” (não poder cumprir uma escala) e “35” (errar seguidamente). Outros estudos nacionais também identificaram estas questões dentre as mais estressoras (Burim, e Oliveira, 2018; Costa et al., 2010; Ferreira et al., 2009; Simim, Ferreira, Souza, Marques, e Silva, 2018) As questões sociais referidas ressaltam a importância atribuída ao trabalho em equipe, visto que o árbitro não atua sozinho, trabalha em conjunto com outros oficiais de arbitragem. Tal motivo deve-se a imagem de disciplina e autoridade que os árbitros transparecem (Burim, e Oliveira, 2018). O árbitro é o responsável pelo andamento da partida, passando a ideia equivocada de ser “impecável”, sem direito a errar. Durante o processo de arbitragem de uma partida de futebol, várias demandas como social, física, psicológica ou técnica são solicitadas aos árbitros, mas quando estas não são desempenhadas apropriadamente, erros podem surgir, levando a situações de estresse (Costa et al., 2010). Esta dificuldade e complexidade de conduzir uma partida apareceu nas questões psicológicas do “errar” em dois momentos de tomada de decisão numa partida, demonstrando a importância de uma preparação psicológica adequada dos árbitros (Da Cruz et al., 2019; Oliveira, Silva, Agresta, Barros Neto, e Brandão, 2013). Quando os árbitros estão confiantes nas suas marcações e têm bom desempenho, eles podem julgar as ações com mais confiança e atuar até o final da partida com mais precisão (Oliveira et al., 2013). Para futuros gestores esportivos, a profissionalização dos árbitros levaria a diminuição dos erros de arbitragem (Horn, e Reis, 2016). Além disso, um atraso ou um erro na arbitragem poderá trazer como consequência uma multa aplicada pelo Tribunal de Justiça Desportiva ou até mesmo, não ser escalado para próximos jogos. Somado a isso, ressalta-se, também, o afrontamento por parte dos envolvidos no esporte, como os torcedores, a imprensa, as equipes e até mesmo a instituição que o escala. Árbitros, que participaram de uma pesquisa qualitativa, relataram um forte desejo de arbitrar jogos adequadamente, cumprindo rigorosamente as regras e regulamentos e estar livre de erros (Lane, Nevill, Ahmad, e Balmer, 2006). Para ajudar os árbitros frente as diferentes situações de estresse que se apresentam em sua atividade laboral, resulta imprescindível desenvolver programas que permitam una preparação psicológica (Vela, e Arbinaga, 2018), abordando a motivação, o controle emocional, a autoconfiança, a concentração e a comunicação. Árbitros de futebol da terceira divisão da Espanha avaliaram de forma positiva um programa de intervenção em competências psicológicas na arbitragem após serem submetidos a oito sessões em grupo. (Ramírez, Alonso-Arbiol, Falcó, e López, 2006)

 

Conclusões 

 

    Os árbitros de futebol de campo da Federação Gaúcha de Futebol que participaram desta pesquisa perceberam o estresse como uma interação simultânea entre as dimensões biológica, psicológica e social, sem haver a sobreposição de um aspecto sobre o outro. Dentre as situações que causavam maior estresse, os árbitros apontaram a “falta de responsabilidade do colega e outras pessoas”, “errar em situações claras”, “chegar tarde ou atrasado”, “não poder cumprir uma escala” e “errar seguidamente”. Não foi encontrada variação no nível de estresse segundo a categoria, o tempo de atuação e o nível de escolaridade dos árbitros. Portanto, neste estudo a percepção de estresse configura-se como uma condição individual e variável. Salientando a importância do princípio da individualidade biológica e psicológica no contexto esportivo.

 

    Pelo que foi apresentado nos resultados verifica-se a importância de uma preparação e acompanhamento psicológico contínuo para os árbitros de futebol de campo vinculados a Federação Gaúcha de Futebol, visto que são submetidos constantemente a estresses dentro e fora das partidas. Sugere-se, ainda a continuação de estudos envolvendo a psicologia na arbitragem de futebol de campo em contextos culturais distintos, visto a complexidade do tema.

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 26, Núm. 275, Abr. (2021)