Fatores favorecedores e cerceadores da excelência feminina no esporte

Factores favorecedores y limitantes de la excelencia femenina en el deporte

Favorable and restrictive factors of female excellence in sport

 

Maria Célia Bruno Mundim

celiamundim@gmail.com 

 

Pós-doutoranda em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Membro do grupo de pesquisa Avaliação Psicológica do Potencial Humano

da PUC-Campinas (Brasil) e do grupo de pesquisa Pensamento Crítico

da Universidade de Salamanca (Espanha)

 

Recepção: 15/02/2018 - Aceitação: 16/07/2018

1ª Revisão: 13/07/2018 - 2ª Revisão: 14/07/2018

 

Resumo

    Nas últimas décadas, tem havido um maior reconhecimento do talento feminino no meio esportivo, entretanto, ainda são poucas as pesquisas que têm se dedicado a compreender o desenvolvimento da excelência da mulher no esporte. Desse modo, o intuito deste estudo foi analisar os fatores sociais e pessoais que encorajam e limitam o desenvolvimento da excelência em atletas femininas. A literatura sugere a combinação de aspectos do ambiente e das características de personalidade como determinantes para a excelência de atletas femininas.

    Unitermos: Excelência. Mulher. Desporto.

 

Abstract

    In recent decades, there has been a greater recognition of female talent in sports, however, there are still few researches devoted to understanding the development of women's excellence in sports. Thus, the purpose of this study was to analyze the social and personal factors that encourage and limit the development of excellence in female athletes. The literature suggests the combination of aspects of the environment and personality traits as determinants to the excellence of female athletes.

    Keywords: Excellence. Woman. Sport.

 

Resumen

    En las últimas décadas, ha habido un mayor reconocimiento del talento femenino en el medio deportivo, sin embargo, todavía son pocas las investigaciones que se han dedicado a comprender el desarrollo de la excelencia de la mujer en el deporte. De este modo, el propósito de este estudio fue analizar los factores sociales y personales que favorecen y limitan el desarrollo de la excelencia en atletas femeninas. La literatura sugiere la combinación de aspectos del ambiente y de las características de personalidad como determinantes para la excelencia de atletas femeninas.

    Palabras clave: Excelencia. Mujer. Deporte.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 23, Núm. 242, Jul. (2018)


 

Introdução

 

    Recentemente a excelência no esporte tem despertado atenção de pesquisadores de diferentes áreas em função das implicações do atleta talentoso para a comunidade esportiva e sociedade (Henriksen, Stambulova & Roessler, 2011). No entanto, Duarte (2017) constatou, em revisão da literatura internacional, que a maioria dos estudos acerca da dotação motora e/ou talento esportivo foi realizada com o sexo masculino.

 

    Tendo em vista o quadro acima, este artigo procurou analisar os fatores sociais e pessoais que encorajam e limitam o desenvolvimento da excelência em atletas femininas. Inicialmente o conceito de excelência no esporte e os elementos relativos à tal excelência serão apresentados. Em seguida serão expostos os fatores que influenciam a excelência feminina no esporte.

 

A excelência no esporte

 

    O termo excelência refere-se ao desempenho superior do indivíduo, que excede as expectativas em determinado campo de atuação (Garcia-Santos, Almeida, & Werlang, 2012). No esporte, assim como em outras áreas, esse desempenho excepcional geralmente resulta na eminência por meio de alguma premiação ou aclamação pela crítica (Simonton, 2008). Uma medalha de ouro olímpico, por exemplo, ilustra a performance elevada no meio esportivo.

 

    Apesar do termo excelência estar em evidência na atualidade, no esporte há outros termos que também descrevem o alto rendimento do atleta, tais como “talento esportivo”, “atleta de elite”, “atleta de alto rendimento” (Azevedo, Oliveira, Takehara, Baldissera & Perez, 2007; Kiss et al, 2004; Lastella, Roach, Halson & Sargent, 2015). Entretanto, Böhme (2007) destaca a expressão “talento esportivo” como uma das mais utilizadas para indicar as pessoas que apresentam uma aptidão específica ou potencial para o desempenho esportivo.

 

    Na literatura são encontradas diferentes teorias que consideram tanto os aspectos ambientais quanto os pessoais como determinantes ao alcance da excelência (Simonton, 1999; Wai, Lubinski, & Benbow, 2005; Ziegler & Phillipson, 2012). Especificamente sobre a excelência esportiva, Baker e Horton (2004) acreditam que os fatores que influem no seu desenvolvimento são: psicológicos, aqueles relacionados ao treino e socioculturais.

 

Fatores psicológicos

 

    Para que o atleta possa evoluir de modo constante na modalidade esportiva praticada, tolerando e adaptando-se a um treinamento cada vez mais intenso, algumas características psicológicas são essenciais (Baker & Horton, 2004). Estas características são: a motivação, o perfeccionismo, a criatividade, a liderança e a inteligência emocional (Gill, Williams & Reifsteck, 2017; Tenenbaum & Eklund, 2017).

 

    A motivação tem função vital para toda a trajetória do atleta, ou, seja, desde a sua iniciação esportiva até o alto rendimento (Dosil, 2004). Desse modo, a motivação envolve os motivos internos do indivíduo, tal como o desejo de destacar-se e de auto-realização, bem como os motivos externos/extrínsecos – o feedback do técnico, o interesse público, o apoio da torcida, dentre outros (Bakker, Whiting & Van der Brug, 1983).

 

    O perfeccionismo é outro traço de personalidade que refere-se a vontade do atleta sobressair no próprio desempenho, procurando obter níveis elevados de realização para si mesmo e para seus parceiros (Frost, Marten, Lahart & Rosenblate, 1990). Segundo Rice, Lopez e Vergara (2005) o indivíduo descrito como perfeccionista normal/adaptativo consegue definir objetivos elevados e tem capacidade de determinar limites para seu desempenho, uma vez que considera suas forças e limitações, além de sentir prazer nos trabalhos que exigem máximos esforços.

 

    No que refere à criatividade na área esportiva, é expressa através de ações do atleta que são vistas como inesperadas, inovadoras ou fora dos padrões usuais em uma dada modalidade (Samulski, Noce & Costa, 2001), o que implica em tomar decisões bastante rápidas para o alcance do sucesso (Matos, Cruz & Almeida, 2011). Logo, quando a criatividade está associada à técnica de determinado esporte, ela auxilia na superação de limites por parte do atleta de alto rendimento (Simões, Moreira & Pellegrinotti, 2017). Por outro lado, Martínez e Díaz (2008) acreditam que o esportista que usa a criatividade ou que seja declarado como criativo utiliza de comportamentos motores fluídos (numerosas respostas), comportamentos motores originais (respostas novas), comportamentos motores expressivos (comunicativos), comportamentos motores flexíveis (diferentes respostas), comportamentos motores elaborados (expressada em detalhes) e comportamentos motores imaginativos (intuitivos).

 

    Quanto à liderança, diz respeito ao modo comportamental de um indivíduo que consegue exercer influência perante os outros (Wagner & Hollenbeck, 2002). No esporte, assim como na área organizacional, a liderança também envolve: feedback, tomada de decisão, técnicas motivacionais, relações interpessoais e administração da equipe (Weinberg & Gould, 2008). Em estudo com o objetivo de analisar o que caracterizava os atletas líderes em um time de futebol com adolescentes, Price e Weiss (2011) constataram as seguintes características: conduta comportamental, motivação intrínseca, aceitação dos pares, altas percepções de competência, liderança eficaz relacionada a jogadores que apresentavam maior coesão social e eficácia coletiva.

 

    Por fim, a inteligência emocional, é definida como capacidade mental de processar informação com base nos sentimentos, o que inclui: o conhecimento emocional, a percepção e a regulação das emoções, a utilização das emoções como facilitadoras do pensamento (Mayer & Salovey, 1997). Em estudo com atletas olímpicos, Gould, Dieffenbach e Moffett (2002) identificaram características psicológicas, incluindo a inteligência emocional, que os qualificavam como atletas de elite. Foram identificadas as seguintes características: a habilidade de lidar com a ansiedade, a motivação intrínseca, a capacidade de concentração, a ética notável no trabalho, a capacidade de definir e atingir objetivos, a aprendizagem constante com os outros atletas e os treinadores, a facilidade de lidar com os obstáculos. Mundim e Wechsler (2014) também verificaram em duas atletas de excelência (uma olímpica e outra tricampeã sul-americana) a intuição, a liderança, a criatividade e a independência de julgamento.

 

    A despeito das características psicológicas, não podemos deixar de citar o fator genético que também é salientado como determinante para a excelência do atleta de acordo com diferentes estudiosos do tema (Davids & Baker, 2007; Lippi, Longo & Maffulli, 2009; Yarrow, Brown & Krakauer, 2009). Para muitos destes cientistas porém, existe limitação e lacunas com relação as variantes genéticas que explicariam em parte a herdabilidade e o fenótipo dos atletas, sugerindo a necessidade de pesquisas mais abrangentes e focadas (Ahmetov, Egorova, Gabdrakhmanova & Fedotovskaya, 2016; Webborn et al, 2015).

 

Fatores de treino

 

    Na literatura são evidenciados como fatores de treino: o tipo de prática física envolvida durante a idade precoce, a especialização/ “prática deliberada” em determinada atividade esportiva desde a infância, a diversidade de esportes praticados na infância e a quantidade de treino (Coutinho, Mesquita & Fonseca, 2016). A diversificação precoce, ou seja, ter diferentes experiências esportivas ao longo da infância (Côté, 1999) e ter um ambiente familiar que contribua para um desenvolvimento significativo de conhecimentos favorecem a excelência esportiva (Coutinho et al, 2016). Já a prática deliberada demanda preparo e treino organizado de modo individualizado para melhorar a performance do atleta por meio de repetição e aperfeiçoamento contínuo (Ericsson & Lehmannn, 1996).

 

Fatores socioculturais

 

    É inegável a importância do suporte familiar para o desenvolvimento do talento de uma atleta (Moraes, Rabelo & Salmela, 2004). Conforme Bloom (1985) os pais têm papel crucial na iniciação esportiva, na evolução da criança em dada atividade física, bem como no apoio quanto à escolha do filho para a profissionalização esportiva.

 

    A escola, assim como o clube também tem papel considerável quando proporciona a vivência do aluno em diferentes modalidades esportivas (Peres & Lovisolo, 2008). De outro modo, o treinador é fundamental para o encorajamento do atleta e/ou equipe, fornecendo feedback satisfatório com vistas ao êxito nos treinamentos e competições (Feltz, Chase, Moritz & Phillip, 1999). Também o suporte social dos amigos tem função importante ao incentivo do atleta para Samulski et al (2009).

Ao entrevistar atletas medalhistas de várias modalidades esportivas em competições olímpicas, pan-americana e mundial, Peres e Lovisolo (2008) observaram fatores iniciais e posteriores que contribuíram para a carreira esportiva daqueles. Na fase inicial os autores destacaram: o apoio familiar, a relação com amigos, o incentivo de treinadores, a identificação de talento, a estrutura do clube e a boa performance em competições. Em estágio posterior, referente à decisão de continuidade na carreira, foram evidenciados: a oportunidade de fazer intercâmbio com atletas de outras categorias e com os próprios ídolos esportivos, a profissionalização, a convocação para a seleção brasileira, o prazer proporcionado pelo treinamento, o intercâmbio com outros países e a busca por desafios em competições.

 

Barreiras e estímulos à expressão da excelência feminina no esporte

 

    As diferentes expectativas entre os gêneros em relação às atividades físicas estão presentes desde a infância (Teixeira & Myotin, 2001). Assim sendo, os autores referem que os estereótipos nas brincadeiras, nas atividades físicas e nos esportes considerados adequados para a menina podem interferir em seu envolvimento e desenvolvimento no esporte.

 

    Segundo Darido e Neto (2005) os meninos são estimulados para realizar brincadeiras mais agressivas e livres, tais como lutas corporais, jogar bola e andar de bicicleta na rua, assim como outras atividades que exigem riscos e desafios. Já as meninas são reforçadas pela família no envolvimento de brincadeiras relacionadas com a estética/beleza e com os cuidados com os outros. A escola, por sua vez, ajuda a consolidar esses comportamentos valorizados culturalmente, ressaltando a força superior masculina, proporcionando uma maior vivência dos meninos em atividades motoras, competitivas e desencorajando o sexo “frágil” em tais práticas (Cruz & Palmeira, 2009).

 

    O contexto familiar deveria disponibilizar condições adequadas ao desenvolvimento das habilidades e talentos em meninas, ao oferecer uma educação mais igualitária entre os gêneros (Chagas, 2008), pois a família exerce relevantes funções para um indivíduo desde o início da prática esportiva até sua continuidade. Assim, o suporte da família poderia contribuir para o desenvolvimento e o reconhecimento do talento de um indivíduo de acordo com Olszewski-Kubilius (2000).

 

    A mentoria também tem papel importante para o interesse da criança pelo esporte e para o desenvolvimento do atleta até o alcance da excelência esportiva (Bloom, Durand-Bush, Schinke, & Salmela, 1998; Jowett & Cockerill, 2003). Nascimento (2012), por exemplo, verificou a importância de mentores na vida de seis atletas femininas (duas jogadoras de basquete, duas jogadoras de vôlei e outras duas da modalidade de vôlei de praia), pioneiras medalhistas de ouro dos Jogos Olímpicos de Atlanta. Foram encontrados dentre os mentores destas atletas: professor de educação física, pais e familiares que praticavam algum tipo de esporte. Em estudo de Mundim e Wechsler (2015), Mundim, Morais e Wechsler (2015) também verificou-se que mulheres que se destacaram por sua excelência em diferentes áreas de atuação, inclusive atletas, tiveram como fatores ambientais favorecedores: a mentoria, além da socialização e diversidade cultural.

 

    Quanto às condições de ingresso e participação das mulheres nas diferentes modalidades esportivas, Goellner (2005) afirma que são distintas se comparada aos homens. Tais diferenças podem ser percebidas no lazer, no esporte de rendimento, na visibilidade discernida pela mídia e nos méritos atribuídos aos vitoriosos de competições esportivas. Nesse sentido, são diferentes as oportunidades, os auxílios financeiros, as relações de poder, as evidências conferidas à mulheres e homens, tanto no âmbito da participação quanto da gestão. A jogadora de basquete Maria Paula Gonçalves da Silva (popularmente conhecida como Magic Paula) ilustra esse contexto ao declarar ter sofrido muita discriminação machista durante sua carreira. Ela refere que na época em que atuava como atleta, o esporte era associado à “mulher macho”, embora vem observando uma redução de preconceito no que refere à presença de mulheres em espaços tidos como masculinos (Nascimento, 2012).

 

    Com relação aos fatores internos que dificultam o potencial do talento feminino, Reis (2002) cita: dúvidas acerca das próprias habilidades e talentos, perfeccionismo, conferir o sucesso à sorte do que ao próprio talento, isolamento social e dificuldade para tomar decisões. Assim sendo, é preciso o aconselhamento de carreira para as mulheres talentosas (Rockenstein, 2003).

 

Conclusões

 

    O entendimento dos fatores de personalidade e socioculturais pode fornecer importantes informações sobre a excelência feminina no esporte. Também discutir o tema em questão pode promover reflexões sobre maneiras de estimular o desenvolvimento do talento esportivo da mulher. Deste modo, ações que favoreçam as mulheres com potencial esportivo possam ser pensadas, levando em consideração as especificidades da área esportiva. A família e a escola têm papel fundamental para o desenvolvimento da excelência feminina no esporte, assim como a mentoria (por meio de aconselhamento ou através do planejamento de carreira).

 

    Apesar dos avanços conseguidos pelas mulheres atletas, ainda é necessário a luta destas para superar os obstáculos sociais, tais como preconceitos, menor visibilidade na mídia e menor auxílio financeiro. Portanto, as atletas de excelência têm o desafio de colaborar para a ampliação de melhores condições e perspectivas futuras que visem o desenvolvimento de atletas femininas de excelência.

 

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