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Introdução

    Investigações acadêmicas acerca da relação entre política e esporte têm sido exploradas cada vez com maior frequência, podendo se encontrar estudos no Brasil (Godoy, 2013), em outros países, como os Estados Unidos da América (Green & Houlihan, 2005), na China (Lin, Lee & Nai, 2009) e estudos transculturais (Bosscher, Shibli, Bottenburg & Truyens, 2010).

    Em medida semelhante, estudos recentes abarcando a política de esporte no Brasil também têm sido encontrados na literatura, conforme observado nos estudos de Silva, Borges e Amaral (2015) e Mendes e Codato (2015).

    Não obstante a pluralização dos estudos nesse âmbito, investigações sobre as Conferências Nacionais do Esporte também têm sido encontrados em grande escala (Terra, Brandão, Flausino & Mascarenhas, 2009a; Terra, Brandão, Flausino & Mascarenhas, 2009b; Castelan, 2010; Marques, Gutierrez & Almeida, 2011; Araújo, 2013a; Araújo, 2013b; Figueredo & Taffarel, 2013; Souza, 2015).

    Ainda que em menor proporção do que os estudos das naturezas supramencionadas, também se encontrou investigações no que concerne às etapas estaduais das Conferências Nacionais do Esporte (Galindo & Moraes, 2004). Porém, não se encontrou estudos referentes às etapas municipais e regional, objeto de estudo da presente investigação.

    Feito esse breve introito, expõe-se que o objetivo da presente pesquisa foi verificar e analisar as coberturas dos jornais Diário dos Campos (DC) e Jornal da Manhã (JM) acerca da etapa regional da III Conferência Nacional do Esporte (CNE), no mês de abril de 2010, período que corresponde à sua realização no município de Ponta Grossa – Paraná. A realização deste estudo justifica-se, pois na sociedade brasileira contemporânea os jornais impressos continuam dispondo de uma influência bastante grande na estruturação dos habitus individual e social.

Metodologia

    Para a consecução do objetivo proposto, optou-se pela adoção dos procedimentos da metodologia denominada Análise de Conteúdo (AC), pois ela direciona os pesquisadores na análise dos diversos tipos de discursos, dentre eles o jornalístico. Segundo Bardin (2011), a AC está disposta em torno de três polos cronológicos: 1) A “Pré-análise”, período de organização da pesquisa; 2) A “Exploração do material”, quando a tarefa corresponde à administração sistemática das decisões tomadas na etapa anterior; 3) O “Tratamento dos resultados, a Inferência e a Interpretação”, referente ao apontamento das deduções, interpretações e a análise final do material empírico.

    Durante a “Pré-análise”, considerando a manutenção da significância da mídia impressa para a sociedade, mesmo diante da emergência de outros veículos de comunicação, tais como a TV, o rádio e a internet (Pontes & Silva, 2012), definiu-se que o corpus da pesquisa corresponderia à cobertura produzida pelos jornais DC e JM, referente à etapa regional da III CNE, entre os dias 1 e 30 de abril de 2010. Estes veículos foram selecionados devido o interesse em verificar e analisar a realidade particularizada do evento supracitado pelos dois principais jornais impressos de Ponta Grossa, cidade localizada no interior do Estado do Paraná. Já a baliza temporal foi definida dessa maneira, pois abrange a cobertura realizada antes, durante e depois do encerramento do evento.

    Terminada a “Pré-análise”, mediante a coleta, a leitura e a transcrição dos dados empíricos, realizou-se a tarefa subsequente, a “Exploração do material”. Nesta etapa, estabeleceu-se que as unidades de registro (UR) – recortes semânticos que direcionam a categorização – seriam as temáticas centrais emergentes das abordagens. Foi estabelecido, também, que as unidades de contexto (UC) – elementos que referenciam o local de emersão das UR – corresponderiam à estrutura textual completa das matérias. Diante dessas definições, optou-se pela designação do tema encontrado, etapa regional da III CNE enquanto categoria, e a alocação das suas ramificações nas subcategorias “antes”, “durante” e “depois”. Na sequência, foram realizadas as descrições textuais das UR relacionadas às categorias e subcategorias, aspecto que permitiu o “Tratamento, as Inferências e as Interpretações dos resultados”, última etapa da AC antes das considerações finais.

Resultados e discussão

    Antes de apresentar as descrições textuais das UR relacionadas às categorias e subcategorias, buscou-se compreender algumas características do campo jornalístico, embasando-se no referencial teórico estruturado por Pierre Bourdieu e um de seus afins, Nelson Traquina. Por sua vez, essa teoria coaduna com os pressupostos da AC, pois ambas externalizam uma contrariedade à ilusão da transparência dos fatos, a compreensão espontânea dos fenômenos da sociedade, a evidência do saber subjetivo, a intuição em proveito do construído e a sociologia ingênua.

    O campo jornalístico, tal como propõem os pressupostos de Bourdieu (1983), se apresenta a apreensão sincrônica como um espaço estruturado de posições (ou postos), cujas propriedades dependem das suas distintas posições nessa estrutura, podendo ser analisadas independentemente das características de seus ocupantes (em parte determinadas por eles). Assim como os outros campos, o jornalístico extrema-se pelo confronto entre agentes inseridos na estrutura, disputando um ou mais objetos, maior média de circulação e/ou influência social, dentre outros, aptos para tal ocorrência e dotados de habitus que implique no conhecimento e no reconhecimento das leis imanentes da disputa.

    Segundo Bourdieu (1983, p. 94), habitus corresponde aos “sistemas de disposições” adquiridas pelas aprendizagens (implícitas e explícitas) que funcionam como “sistemas de esquemas geradores”, gerando estratégias que podem ser objetivamente afins aos interesses objetivos de seus autores sem terem sido concebidas para este fim. Vale ressaltar que os habitus dos ocupantes das posições jornalísticas são estruturados com “generalidades” do campo e com “especificidades” da sua posição neste espaço, por exemplo, a ética “requisitada” na produção das matérias dos jornais e a conformação deste a uma política editorial.

    Mas, o que se entende por jornalismo, produto objetivado no campo jornalístico? Traquina (2005, p. 20) formulou uma resposta para esta indagação, fragmentando-a em duas partes distintas, entretanto interdependentes. Na primeira, influenciado pelas representações poéticas, designou que o jornalismo representa a vida em todas as suas dimensões. Por conseguinte, numa breve passagem pelas páginas dos jornais é possível identificar a vida cotidiana dividida em cadernos temáticos estruturados pelas diversas notícias que, em última análise, são definidas como tudo o que é importante e/ou significante socialmente. Já na segunda, embasada em ideologias profissionais, afirmou que o jornalismo é a realidade. Esta realidade, materializada nos noticiários, aparece sempre em fragmentos complementares, representando a avalanche de acontecimentos que são publicados pelos jornais sob a tirania do fator tempo.

    Traquina (2005) ressaltou outras particularidades, como a cultura vivenciada pelo jornalista e a política editorial do veículo no qual ele exerce a profissão, influentes na produção jornalística. Ou seja, as realidades presentes nos jornais representam, na verdade, construções particularizadas, podendo transformar um fato único num acontecimento múltiplo. Alsina (1989) corrobora com este argumento, salientando que o mass media tornou-se um dos principais instrumentos de construção social da realidade. Segundo o autor, os jornais não se limitam a mediar à realidade para o público, pois atuam sobre ela, direcionando-a ao fim objetivado, realizando ações, omissões, falas e silêncios conscientes e/ou inconscientes.

    Diante desta contextualização, tornou-se necessário apresentar, antes de avançar, uma das definições utilizada pelos estudiosos do jornalismo no tocante ao conceito de realidade. Embasados em Berger e Luckmann (2004), esta corresponde à qualidade que estrutura os fenômenos que as pessoas reconhecem ter um “ser” independente das suas volições.

    Sequenciando, Bourdieu (1996) afirmou que o discurso de um agente social (indivíduo ou instituição) dispõe de poder instituidor de realidades e, por conseguinte, influenciador na possível internalização das suas disposições, quando, embasadas no capital simbólico do discursista, as pessoas atribuem credibilidade a ele, autorizando-o na efetivação dos efeitos supracitados. De acordo com Gastaldo (2000, 2003), o poder mencionado está localizado, na contemporaneidade, em grande parte, nos discursos produzidos pelo jornalismo.

    Nesse sentido, é possível afirmar que o discurso de alguns jornais dispõe de capacidade para influenciar na estruturação dos habitus individual e social, os quais se encontram subjacentes à percepção (maneira como uma situação é visualizada), a apropriação (como elas é julgada) e a ação (a conduta adotada em função das experiências armazenadas anteriormente) das pessoas e dos grupos. Por conseguinte, nesta pesquisa, pretende-se verificar e analisar as coberturas dos dois principais jornais pontagrossenses, DC e JM, bastante influentes na região onde são produzidos, referente à etapa regional da III CNE.

    A CNE foi estruturada pelo decreto presidencial de 21 de janeiro de 2004 (Brasil, 2004). O seu objetivo foi a elaboração de Políticas Públicas direcionadas aos campos do Esporte e do Lazer, tendo como princípio a participação da sociedade civil. Três conferências foram realizadas até o presente momento, nos anos de 2004, 2006 e 2010, cada qual estruturada pelas etapas municipais/regionais, estaduais e nacionais.

    Em 2009 foi a público as disposições para a realização da III CNE por meio da portaria ministerial nº 9, de 14 de janeiro desse mesmo ano, mas ela acabou não ocorrendo. No ano de 2010, o Ministério do Esporte novamente tornou pública a realização da III CNE via a portaria ministerial nº 13, de 26 de janeiro de 2010, que revogou a de nº 9 e estabeleceu o regulamento geral para a sua ocorrência.

    A III CNE objetivou a aprovação do “Plano Decenal do Esporte e Lazer, estabelecendo linhas estratégicas, ações, metas, responsáveis, para o desenvolvimento do esporte e do lazer para os próximos dez anos” (Brasil, 2010, p. 159). Para alcançar o seu objetivo e suas ramificações, ela foi dividida em etapas não eletivas (sem eleição de delegados) e eletivas (com eleição de delegados). Conforme o artigo 2º do regulamento geral, era opcional a primeira etapa não eletiva, considerada um momento livre e estrutural para a sociedade civil organizar as pautas das discussões subsequentes em âmbito municipal/regional, estadual e nacional (não eletiva).

    Na subcategoria “Antes” da etapa eletiva de Ponta Grossa, realizada no dia 08 de abril de 2010, constatou-se que os jornais DC e JM não estruturam realidades sociais materializadas em coberturas sobre a III CNE. Dessa forma, infere-se que a invisibilidade atribuída à temática pode ter comprometido a representatividade de diversos setores da sociedade civil devido à elevação da dificuldade de articulação e estruturação das suas demandas (etapa livre), resultando na falta de uma maior participação na ocorrência do evento.

    Já na subcategoria “Durante” a realização da III CNE foi encontrada uma matéria no DC. Conforme a realidade estruturada pelo jornal, a etapa municipal/regional aconteceria em Ponta Grossa, no dia da publicação, 08 de abril de 2010, tendo o Ministério Esporte e a Paraná Esporte como agentes responsáveis e objetivando “debater os rumos do esporte e lazer na região”. A sede do debate seria o Grande Auditório da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), e reuniria “o maior número de inscritos” dentre os todos que seriam realizados no Estado do Paraná, com aproximadamente “300 pessoas” (Augusto, 2010, p. A7). Além de Ponta Grossa, Campo Mourão, Cianorte, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Ibaiti, Litoral, Londrina, Maringá, Pato Branco, Região Metropolitana de Curitiba, Toledo e Umuarama também efetivaram as suas discussões municipais/regionais.

    Esses debates foram preparatórios às etapas estadual e nacional, realizadas em Curitiba, 4 a 5 de maio, e Brasília, 5 a 6 de junho, respectivamente. Todos tiveram por objetivo a estruturação geral do Plano Decenal do Esporte, como estava previsto na legislação, baseados em dez linhas estratégicas, quais sejam o Sistema Nacional de Esporte e Lazer, Formação e Valorização Profissional, Esporte, Lazer e Educação, Esporte, Saúde e Qualidade de Vida, Ciência, Tecnologia e Inovação, Esporte de Alto Rendimento, Futebol, Financiamento do Esporte, Infraestrutura Esportiva e Esporte e Economia.

    Em relação às supostas participação e reivindicação prioritária da sociedade civil no debate que seria realizado em Ponta Grossa, o DC ainda deu voz ao agente Aliel Machado, chefe regional da Paraná Esporte e coordenador do evento, que explicou o seguinte:

    Tudo depende do que os participantes debaterem na conferência. Por exemplo, há um grande número de representantes da educação física, então é bem provável que haja propostas para esta área, assim como também há um número considerável de associação de moradores, então devem ser debatidos investimentos nos bairros, projetos para áreas da cidade. Vai depender do interesse dos participantes [...].

    Infere-se que a relativa autonomia atribuída à sociedade civil no tocante ao estabelecimento de prioridades aproxima o discurso do agente Aliel Machado, membro do campo político, a democracia participativa, noção que se acredita que balizou a estrutura da III CNE. A noção de democracia participativa ressalta a necessidade de maior participação dos cidadãos nas decisões dos governos municipais, estaduais e federal. Nesse sentido, a prática participativa reduz as distâncias dos centros de poder, focaliza as preocupações com os problemas locais e contribui com a formação de cidadãos ativos (Paterman, 1992).

    Por fim, na subcategoria “Depois” da realização da III CNE, identificou-se no dia 09 de abril, duas publicações, uma no DC e uma no JM. Ambos os jornais produziram coberturas, resgatando, inicialmente, os delineamentos que deveriam ter embasado as discussões, como por exemplo, a estruturação do Plano Decenal do Esporte e as suas dez metas. No entanto, constatou-se que não houve um esclarecimento detalhado e profícuo quanto às decisões que foram estabelecidas.

    O DC ressaltou que houve a “aprovação das propostas dos grupos de discussão e a eleição dos delegados para a conferência estadual” (Conferência reúne entidades, 2010, p. A7). Já o JM apresentou algumas informações adicionais, como a indicação exata de 28 delegados para representar os Campos Gerais na etapa estadual da III CNE, a participação de agentes dos diversos campos inter-relacionados ao esporte, estes advindos também de outras cidades da região, além de Ponta Grossa, Telêmaco Borba, Carambeí e Piraí do Sul (Região indica delegados para Conferência, 2010, p. 9A). Não obstante, deu visibilidade à avaliação sucinta do agente Aliel Machado sobre a ocorrência do evento. Eis o que ele argumentou:

    Foi um evento bastante positivo e com a participação de praticamente 200 pessoas. Tivemos os grupos de discussões liderados por professores e entre os temas mais discutidos tivemos a questão de investimentos e do esporte de rendimento. Já como meta ficou a valorização do profissional de educação física e a sua inclusão nas escolas municipais, já como prevê a legislação [...].

    Inicialmente, vale ressaltar o déficit de participação de aproximadamente 100 pessoas em relação à estimativa apresentada pela reportagem publicada no jornal DC (Augusto, 2010) no dia que antecedeu o evento. Quanto ao tema mais discutido e a meta estabelecida, infere-se que tais disposições estão associadas a uma suposta predominância dos profissionais da Educação Física dentre os participantes, aspecto este que pode estar relacionado à sede municipal/regional da III CNE, a UEPG, que oferta os cursos de bacharelado e licenciatura em Educação Física e, não obstante, teve alguns de seus professores como apoiadores.

Conclusões

    A partir da investigação proposta no presente manuscrito, concluiu-se que a ausência de cobertura dos jornais DC e JM nos dias que antecederam a etapa municipal/regional da III CNE influenciaram na divulgação, na possibilidade de estruturação de demandas diversificadas para o Esporte e o Lazer regional, e em uma ampla participação no evento de outros agentes da sociedade civil pontagrossense e municípios nos arredores. No entanto, vale ressaltar que os jornais possuem lógicas específicas de funcionamento, as quais selecionam os fatos que são materializados em publicações. Assim, outros mecanismos deveriam ter sido acionados pelos agentes responsáveis para a divulgação da ocorrência do debate decisório na UEPG.

    A matéria publicada pelo DC em 8 de abril de 2010, dia em que foi realizada a discussão, abordou de maneira informativa os principais delineamentos da etapa municipal/regional e a sua inter-relação com a globalidade da III CNE. Já as publicações efetivadas pelos dois jornais no dia subsequente, 9 de abril, esclareceram de maneira fragilizada para os leitores as decisões estabelecidas.

    De uma forma geral, acredita-se que a realidade social produzida e materializada nas coberturas dos jornais DC e JM referente à etapa municipal/regional influíram na estruturação de um habitus individual e social ausente de disposições detalhadas e profícuas sobre a ocorrência e as possíveis ações de Esporte e Lazer a serem efetivadas na região em que Ponta Grossa está alocada. Mas, a estruturação dos habitus acerca da temática merece uma problematização mais aprofundada, pois também recebe influências hierárquicas de outros agentes sociais.

    Transcorrendo para uma conclusão mais global, verifica-se que o interstício entre as edições das Conferências Nacionais do Esporte tem aumentado, tendo sido transcorrido dois anos da primeira para a segunda edição e quatro anos da segunda para a até então última edição ocorrida. A quarta edição inicialmente prevista para ocorrer em 2011, conforme reportado pelo sítio eletrônico do Portal do Brasil em meados de 2010 (Portal do Brasil, 2010), não ocorreu. Posteriormente, a previsão avançou para 2015 ou 2016 (Participa Brasil, 2015), mas da mesma forma, esta não se concretizou. Tal situação fomenta algumas possibilidades hipotéticas: 1) As Conferências Nacionais do Esporte são menos importantes do que as demais conferências nacionais; 2) O tempo despendido com estas não se traduz nos resultados esperados; 3) Os resultados das conferências têm impulsionado cada vez menos a necessidade de prossecução de tal política.

    Ironicamente, projeta-se que, se o hiato entre as edições permanecer aumentado seguindo uma progressão geométrica de índice “2”, a próxima edição ocorrerá em 2018, e a seguinte apenas em 2034. Oxalá se trate apenas de uma especulação irônica.

Notas

1. Conforme o Artigo 6º da portaria ministerial nº 13 de 2010 (Brasil, 2010).

2. Os delegados foram eleitos nas etapas municipal/regional e estadual objetivando a representação dos seus âmbitos nas discussões subsequentes. As suas eleições respeitaram os seguintes seguimentos da sociedade civil: administradores públicos, clubes esportivos sociais, entidades profissionais, acadêmicas, administrativas e práticas do esporte, empresários, estudantes, gestores, movimentos sociais, organizações não-governamentais e parlamentares. (Brasil, 2010).

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