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Percepção dos alunos do ensino médio de 

Catanduvas (SC) quanto às aulas de Educação Física

La consideración de los alumnos de nivel medio de Catanduvas (SC) sobre las clases de Educación Física

 

*Graduada em Educação Física. Unoesc Joaçaba

**Especialista em Metodologia do Treinamento. Unoesc Joaçaba

***Mestre em Saúde Coletiva. Unoesc Joaçaba

(Brasil)

Caroline Costa*

carolcosta3007@hotmail.com

Danieli Schaly*

danischaly@hotmail.com

Gracielle Fin**

gracielle.fin@unoesc.edu.br

Marly Baretta***

marly.baretta@unoesc.edu.br

Elisabeth Baretta***

elisabeth.baretta@unoesc.edu.br

 

 

 

 

Resumo

          Este estudo teve o objetivo de identificar os motivos que levam os alunos do ensino médio a participar ou não das aulas de Educação Física e quais atividades os motivariam à prática, visando saber qual é a percepção desses alunos em relação aos conteúdos das aulas e quais suas sugestões para uma maior participação por parte deles. Foram investigados escolares do ensino médio de uma escola da rede pública de ensino do município de Catanduvas (SC), totalizando uma amostra de 192 alunos de ambos os gêneros. Para a investigação foi utilizado um questionário autoaplicado contendo questões abertas, questões fechadas e em forma de escala, relacionadas a informações demográficas e à participação e motivação nas aulas de Educação Física. A média de idade dos estudantes é de 15,7 anos (­±1,2). A maior parte dos alunos (93,8%) gosta das aulas de Educação Física, sendo que a atividade preferida deles é a prática de modalidades esportivas (27,1%). Há grande participação dos alunos em todas as atividades solicitadas nas aulas (89,6%), sendo que 85,9% participariam mesmo se a disciplina não fosse obrigatória. Quanto aos conteúdos, 52,0% dos alunos relatam praticar apenas esportes, enquanto 48,0% têm aulas compostas de várias atividades. Conclui-se que os alunos investigados estão conscientes da importância da disciplina de Educação Física e dos benefícios que a atividade física traz para a sua saúde. O fator motivação apresentou bons resultados, comprovando que os professores cumprem seu papel de mediadores entre os alunos e os prazeres que a atividade física podem lhes oferecer.

          Unitermos: Adolescentes. Atividades físicas. Esporte. Educação Física. Ensino Médio.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 195, Agosto de 2014. http://www.efdeportes.com

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Introdução

    Um dos maiores desafios do professor de Educação Física no ensino médio é conseguir fazer com que todos os alunos participem motivados das aulas. Sendo a Educação Física uma disciplina curricular, entende-se que é um direito e dever dos alunos participar das aulas, porém ainda não há igualdade de oportunidade ou aproveitamento dessas aulas, devido a uma série de motivos, como a falta de espaço ou material adequado, habilidades motoras diferentes em cada indivíduo e desinteresse dos alunos, que em muitos casos levam a não participação nas aulas propriamente ditas (DARIDO; RANGEL, 2005).

    A Educação Física tem como objeto de estudo o corpo e o movimento. Os jogos, ginástica, dinâmicas e os esportes, englobam o enorme conteúdo que ela tem a oferecer ao longo da vida escolar. É papel do professor de Educação Física fazer uma seleção desses conteúdos para que os alunos desenvolvam suas habilidades motoras, expressões corporais, conhecimento do corpo e ter consciência do que é saúde (SOLER, 2003).

    Mesmo com diversas possibilidades de práticas, a Educação Física escolar tem sido confundida pelos alunos como a simples prática de esportes, sendo aplicados desde as séries iniciais. Porém, ela não tem o papel de criar atletas de elite ou ser apenas um passatempo, mas sim proporcionar aos alunos o conhecimento do seu corpo e suas expressões, bem como mantê-lo saudável (GALLARDO, 2005).

    No ensino médio, os alunos encontram-se numa fase de mudanças que influenciam na sua autoestima, o corpo passa a ser o foco de atenção, é ele a carta de apresentação para conseguir ser aceito pelos pares, mostrar-se ao mundo e interagir com seus iguais (GALLARDO, 2005). Na adolescência, a energia física presente para jogos e esportes é também dividida em vários tipos de tarefas, no lar, na escola ou no emprego, levando o aluno a não ser adepto da atividade física (PIRES et. al., 2004).

    Atitudes e certos comportamentos nessa fase podem afetar a condição de saúde na vida adulta, portanto a promoção de vida mais ativa na adolescência é essencial para a melhoria dos níveis de saúde individual e coletiva. Apesar da reconhecida importância para a saúde e bem-estar, muitos adolescentes não atingem os níveis recomendados de atividades físicas e não aderem a esta prática nem mesmo nas aulas de Educação Física escolar (NAHAS; BARROS, 2003).

    Conhecer os alunos e entender os motivos para o interesse, ou falta de interesse, em participar das aulas de Educação Física, permite que os professores criem soluções e possibilidades para motivar e aumentar a participação desses alunos durante as aulas.

    Nesse sentido, os objetivos deste trabalho são identificar os motivos que levam os alunos do ensino médio a participar ou não das aulas de Educação Física e quais atividades os motivariam, visando saber qual é a percepção desses alunos em relação aos conteúdos das aulas e quais suas sugestões para uma maior participação por parte deles.

Material e método

    Foi realizada uma pesquisa de abordagem quali-quantitativa, descritiva e analítica com relação aos seus objetivos. Para análise dos dados foi utilizado o método descritivo, que segundo Santos (1999) faz um levantamento das características conhecidas que são componentes do fato, do problema ou do fenômeno em estudo.

    Foram investigados escolares do ensino médio de uma escola da rede pública de ensino, do município de Catanduvas (SC). A escola possui 316 alunos cursando o ensino médio, nos período matutino e noturno. Para calcular o tamanho da amostra, foi utilizado o número total de alunos (n=316), com um nível de confiança de 95% (n=174), mais 10% para eventuais perdas ou recusas, totalizando 192 alunos de ambos os gêneros. A seleção dos indivíduos foi feita por sorteio, utilizando-se o método de amostragem casual simples, sendo que todos os elementos da população têm a mesma probabilidade de pertencerem à amostra (CALLEGARI-JACQUES, 2003).

    Para a investigação foi utilizado um questionário autoaplicado contendo questões abertas, fechadas e em forma de escala, relacionadas a informações demográficas (idade, gênero, série e período de estudo) e à participação e motivação nas aulas de educação física (gosta ou não das aulas, motivos da prática, relacionamento com o professor e com os colegas, tipo de atividades, sensações, afinidades com as atividades propostas).

    As informações foram coletadas durante as aulas de Educação Física. Os alunos selecionados responderam o instrumento ainda em sala de aula e quando concluíram o questionário foram liberados para participar da aula.

    Os dados foram analisados de forma descritiva. As respostas das questões abertas foram agrupadas por similaridade sendo descartados depoimentos que apresentaram apenas respostas evasivas e destacadas respostas consideradas importantes quanto ao assunto em questão. Nas questões fechadas, as variáveis categóricas foram apresentadas em frequência absoluta e relativa e as variáveis numéricas, em média e desvio-padrão. Dentre as variáveis categóricas, foram cruzadas as variáveis comportamentais por gênero.

Resultados e discussões

    Para a realização do estudo foi investigada uma amostra de 192 alunos do Ensino Médio de uma escola da rede pública de ensino, do município de Catanduvas (SC), sendo 85 alunos (44,3%) do gênero masculino e 107 (55,7%) do gênero feminino, com média () de idade de 15,7 anos (­±1,2). Os adolescentes foram selecionados de forma casual simples sendo pesquisados 64 alunos (33,3%) do primeiro ano, 64 (33,3%) do segundo ano e 64 (33,3%) do terceiro ano.

    Quando questionados sobre a afinidade com as aulas de Educação Física, 180 alunos (93,8%) responderam que gostam das aulas e 12 alunos (6,2%) relataram não gostar das aulas. Após esta constatação, os alunos foram questionados sobre os motivos que faziam os mesmos gostarem ou não das aulas de Educação Física, e 52 alunos (27,1%) afirmaram “gostar” porque durante as aulas praticavam esportes, 32 alunos (16,7%) por ser uma aula que proporciona diversão e é a única disciplina em que eles podem sair da sala de aula.

    A preocupação com a saúde e bem-estar com a imagem corporal foram citadas por 22 alunos (11,4%), aulas bem planejadas com atividades que consideram interessantes foram apontadas por 28 alunos (14,5%), a boa relação com o professor, acompanhada da motivação que ele lhes passa foram lembradas por 17 alunos (8,9%) e autoestima e interação com os demais colegas são os motivos de gostar das aulas de 13 alunos (6,8%). No que diz respeito aos motivos que levam os alunos a “não gostarem” das aulas de Educação Física, 21 alunos (10,9%), afirmam que não gostam de praticar atividades físicas ou não conseguem executar corretamente as atividades propostas e 07 alunos (3,6%) não responderam a questão.

    Existe uma variedade de fatores que se relacionam e interferem no fato de haver alunos que gostam e participam e alunos que não gostam e não participam das aulas. A idade, gênero, estrutura da escola, metodologia do professor e demais aspectos são alguns dos fatores que precisam de uma maior atenção, sendo que o objetivo da Educação Física é fazer com que os alunos não se privem dos seus benefícios por causa de questões que podem ser sanadas (KUNZ, 2006).

    Escolas que não dispõem de um bom espaço físico e materiais em estado precário também são obstáculos para os professores da área, tendo esses que usar ainda mais da sua criatividade para atrair os alunos para as suas aulas. Talvez criatividade e um vasto repertório de atividades sejam as “palavras-chaves” para formar um bom professor, ter flexibilidade para saber exatamente o que os seus alunos precisam e despertar o interesse pelas aulas faz com que os alunos passem a sentir prazer ao participar das aulas, ou seja, um bom professor pode despertar mais o interesse de seus alunos, independente das barreiras do dia a dia. Sendo assim, pode-se dizer que o gosto ou não das aulas pode depender da metodologia de ensino adotada pelo professor e a relação que ele tem com seus alunos.

    Com relação aos alunos que relataram ‘gostar’ das aulas de Educação Física (93,8%), os motivos informados foram os mais variados. De acordo com o Gráfico 01, a maior parte da amostra (29,4%) relatou gostar das aulas porque nelas é possível a prática de modalidades esportivas, atividade de sua preferência. A preocupação com a saúde, ressaltando que atividades físicas colaboram para que se possa ter uma qualidade de vida melhor, foram citadas por 45 alunos (25,0%). Um bom planejamento das aulas faz com que os alunos pratiquem todas as atividades propostas, o que é comprovado na pesquisa quando 31 alunos (17,2%) responderam que gostam das aulas e consequentemente gostam de exercícios físicos. Sair da sala de aula, sendo uma aula diferente das demais, foi citado por 26 alunos (14,4%), sendo também lembrada a interação com os colegas e diversão nas aulas onde 20 alunos (11,2%) dizem ser o principal motivo para praticar as aulas. Entre os alunos que afirmaram gostar das aulas, 05 alunos (2,8%) não informaram o motivo que os leva praticar as atividades da disciplina.

Gráfico 01. Fatores que contribuem para a adesão às aulas de Educação Física dos escolares do ensino médio da Escola de Educação Básica Irmã Wienfrida (Catanduvas, SC, 2012)

Fonte: os autores

    Este estudo corrobora com a pesquisa de Frey (2007), com uma amostra de 49 estudantes de ambos os gêneros em duas escolas da periferia da Grande São Paulo, em que foi constatado que as atividades que os alunos mais gostam de praticar nas aulas de Educação Física são as modalidades esportivas, sendo que, para quase metade dos alunos do Ensino Médio, o futebol é o que mais os agradam, seguido de voleibol.

    No que diz respeito às atividades que os alunos mais gostam de praticar nas aulas, a prática de esportes foi citada por 76,5% (n=146) dos investigados e 7,8% (n=15) dos alunos relataram gostar de todas as atividades. Poder participar de atividades onde há interação com o grupo foi lembrada por 6,2% (n=12) dos alunos e atividades que envolvam corridas foram citadas por 4,2% (n=08). Em contrapartida, 4,2% (n=08) dos alunos não gostam de praticar as aulas, e citam o fato de poder ficar sentado como preferência.

    Staviski e Cruz (2008) ao investigar 194 estudantes de uma escola pública do município de Florianópolis (SC), atribuíram à parcela de alunos que se sente mal ao participar da aula o fato de deixar de jogar as modalidades preferidas, destacando-se neste contexto, o futsal. Em contrapartida, os alunos que definitivamente não gostam das aulas demonstraram indiferença quanto às atividades, pois encaram a aula como uma oportunidade para não fazer nada ou estudar para outras disciplinas.

    A pesquisa demonstrou que há grande participação dos alunos nas aulas de Educação Física. Quando questionados em qual momento da aula participam das atividades, 172 alunos (89,6%) afirmaram praticar todas as atividades propostas pelo professor, 19 alunos (9,9%) fazem somente as atividades que querem e apenas 01 aluno (0,5%) disse não fazer nenhuma atividade.

    O Gráfico 02 apresenta os motivos para que os alunos não gostem das aulas de Educação Física, percebe-se que grande parte das respostas obtidas apresenta fatores que poderiam ser observados e alterados na metodologia utilizada pelo professor durante a escolha das atividades a serem desenvolvidas nas aulas.

Gráfico 02. Fatores que contribuem para a não adesão às aulas das de Educação Física dos escolares do ensino médio da Escola de Educação Básica Irmã Wienfrida (Catanduvas, SC, 2012)

Fonte: os autores

    Ainda no presente estudo, quando foram solicitadas sugestões de atividades que na opinião deles aperfeiçoariam as aulas de Educação Física, 53 alunos (27,6%) sugeriram que fossem “aplicados somente esportes” nas aulas. Atividades “diferentes das que costumam ter”, tornando as aulas inovadoras e não cansativas foram sugeridas por 41 alunos (21,4%) e 37 alunos (19,4%) consideram as “aulas boas e não mudariam” nada nelas. Uma parte da amostra, (36 alunos; 18,8%), não teve nenhuma sugestão de atividade e 13 alunos (6,8%) sugeriram atividades de “queimada e o dodgeball”, atividades que não costumam fazer em aula. Ainda, uma pequena quantidade da amostra (12 alunos; 6,2%) sugeriu “aulas de dança” durante as aulas de Educação Física, destacando a dança de rua.

    Na pesquisa de Staviski e Cruz (2008), quando mudanças nas aulas de Educação Física foram sugeridas pelos alunos, foi possível observar que uma atividade que é sugerida ou destacada por alguns alunos é criticada por outros, sendo necessária uma maior participação e autonomia na escolha dos conteúdos. Além disso, tanto os professores quanto os alunos são solicitados para terem uma participação mais efetiva nas aulas, uma vez que muitos alunos preferem não participar das mesmas.

    Para Silva e Salgado (2005) o fato dos alunos não participarem das atividades não é considerado exclusivamente um ato de exclusão. Ressaltam que quando se trata do tema “inclusão nas aulas de Educação Física”, não deve-se apenas considerar a inclusão das pessoas com necessidades especiais, mas também dar atenção às capacidades físicas de cada aluno e transmitir aos demais colegas respeito a essas individualidades.

Tabela 01. Variáveis comportamentais durante as aulas de Educação Física distribuídas por gênero de 

escolares do ensino médio da Escola de Educação Básica Irmã Wienfrida, da cidade de Catanduvas, SC (2012)

    Observa-se na Tabela 01, que a relação aluno/professor não demonstrou ter problemas nessa escola, pois 55,7% dos alunos relataram ter uma “boa” relação, seguido de “ótima” relação com 40,6%. Apenas 3,6% dos alunos dizem ter uma relação “regular” com o professor e nenhum aluno tem problemas com o professor da disciplina.

    Estes resultados corroboram com a pesquisa de Delgado, Paranhos e Vianna (2010) que investigaram 24 alunas do ensino médio na cidade do Rio de Janeiro (RJ), sendo 12 de escola pública e 12 de escola particular. Quanto ao relacionamento das alunas com os professores de Educação Física, 75,0% das alunas da escola particular consideram “ótimo”, enquanto 83,0% das meninas da escola pública afirmaram ter um bom relacionamento com o professor. As opções regular, ruim e péssimo não foram citadas pelas alunas.

    O sentimento de obrigatoriedade na participação das aulas de Educação Física atinge 14,1% da amostra, estes alunos relatam participar apenas por motivo das notas, enquanto 85,9% dos alunos participam sem se sentirem obrigados, podendo ser concluído que participariam das aulas mesmo se não fossem obrigatórias.

    No estudo de Frey (2007), apenas 05 alunos dos 49 questionados expressaram a obrigação de participar nas aulas de Educação Física, enquanto 44 alunos não se sentiram obrigados a participar, e dizem fazer as aulas com satisfação. Já em pesquisa aplicada por Betti e Liz (2003), 70,9% da amostra percebem a Educação Física como "obrigação e diversão", mas “obrigação” é no sentido de pertencer à grade curricular, pois ao mesmo tempo em que é preciso fazer as aulas, os alunos percebem que a aula é também um momento de lazer.

    A motivação com novas atividades também foi questionada, e ficou demonstrado que os alunos se sentem motivados com novas atividades, uma vez que 84,9% dos alunos responderam positivamente, enquanto 15,1% descreveram não gostar de novas atividades. Na escola de Catanduvas (SC) os professores têm trabalhado outros conteúdos além de jogos e esportes, fato que deveria acontecer com mais frequência não somente no ensino médio, mas também no ensino fundamental. Proporcionar aos alunos diversas formas de movimento faz com que eles aprimorem o acervo motor e desenvolvam suas habilidades físicas.

    Além das características de socialização e interação, o esporte possui outras características não tão positivas para o contexto escolar, como a competitividade. Além das aulas desenvolvidas de forma competitiva, os jogos interescolares também passam para o aluno uma responsabilidade muito grande para a obtenção de resultados positivos, o que pode afetar o aluno psicologicamente de forma negativa (BARROS NETO, 1997).

    É necessário que os alunos conheçam os conceitos relacionados à saúde e atividade física, pois assim poderão iniciar a prática de exercícios regulares. A motivação é uma peça chave para que isso aconteça, por isso, o professor é um importante mediador nessa relação dos alunos com a atividade física.

Conclusão

    Conclui-se que, grande parte dos alunos investigados gosta de ter Educação Física como componente curricular na escola. O principal motivo que leva os alunos a participar das aulas de Educação Física é a prática de modalidades esportivas, atividade que proporciona prazer, diversão e interação com os demais colegas. Os alunos investigados reconhecem a importância da atividade física para a promoção da saúde e em sua maioria procuram praticá-la em período extraescolar.

    A realização de atividades novas e diferentes das tradicionais foi sugerida como uma forma de melhoria das aulas. Permanece claro que o esporte está muito presente nas aulas de Educação Física da escola investigada e isso também satisfaz grande parte dos alunos, porém é necessário atender a todos e integrar os alunos de forma a efetivar e estimular a prática da atividade física no ambiente escolar.

    O principal motivo apontado para a participação nas atividades é a satisfação e prazer em realizar a atividade proposta, o que deve estimular os professores a conhecer o perfil das turmas e adaptar os conteúdos, para que não haja evasão durante as aulas. Os professores devem estimular seus alunos e incentivar a prática de atividade física como promotora da saúde não somente no ambiente escolar, mas também fora dele, o que contribuirá para que os indivíduos se tornem ativos também na fase adulta.

Referências

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  • CALLEGARI-JACQUES, Sidia M. Bioestatística: Princípios e Aplicações. Porto Alegre: Artmed, 255 p, 2003.

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  • KUNZ, Elenor. Transformação Didático-pedagógica do Esporte. 7ª ed. Ijuí: Ed. Unijuí, 2006.

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  • PIRES, Edna Aparecida Goulart; DUARTE, Maria de Fátima da Silva; PIRES, Mário César; SOUZA, Gustavo de Sá e. Hábitos de atividade física e o estresse em adolescentes de Florianópolis – SC, Brasil. Revista brasileira de Ciência e Movimento. Brasília v. 12 n. 1 p. 51-56 jan./mar. 2004.

  • SANTOS, Antonio Raimundo. Metodologia Científica: A Construção do Conhecimento. Rio de Janeiro: DP&A editora, 1999.

  • SILVA, Kátia Regina Xavier da; SALGADO, Simone da Silva. Construindo culturas de inclusão nas aulas de Educação Física numa perspectiva humanista. Arquivos em Movimento. v.1, n.1, p.45-53. Rio de Janeiro, 2005.

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