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Hidroginástica e osteoporose
Esp. Kátia Maria Silveira e Silva y Dr. Ramón Fabián Alonso López

http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 8 - N° 44 - Enero de 2002

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    Uma pesquisa realizada em Israel, relata aumentos significativos na DMO em mulheres pós menopausa após participarem de um programa de exercícios aquáticos por quinze meses, três vezes por semana, tendo um aumento maior que o grupo que realizou exercícios em terra e que o grupo controle (11).

    Evidências recentes sugerem que o tipo de exercício que parece conferir o maior benefício ao esqueleto envolve uma carga relativamente intensa com alta força de impacto. Ginastas, por exemplo têm uma massa óssea (BMD) muito maior do que o previsto para sua idade, peso e estado hormonal, e isso pode ser explicado pela carga de alto impacto que ocorre quando eles trabalham (1).

    Verifica-se portanto, através dos estudos supracitados que alguns autores concordam que a hidroginástica seja benéfica para o quadro osteoporótico e outros discordam dizendo que o ideal são os exercícios em terra que envolvam a sustentação do próprio corpo. É importante frisar que na hidroginástica o impacto é apenas atenuado podendo ser intensificado com o uso de materiais apropriados como por exemplo caneleiras e também através de impulsos verticais com a água na altura do apêndice xifóide.


Conclusões

  1. O programa de atividade física desenvolvido através de exercícios físicos de hidroginástica foi benéfico para o grupo estudado visto que houve uma melhora nas medidas antropométricas (peso, IMC, peso magro, peso gordo e percentual de gordura).

  2. Na flexibilidade constata-se uma melhora no grau de flexibilidade nos segmentos analisados. Destacando-se a retração de isquiotibiais.

  3. Foi constatado através da análise geral dos resultados que 70% das alunas que apresentavam uma BMD reduzida na coluna lombar no início do programa obtiveram uma melhora e dessa mesma amostra, em relação ao fêmur, 60% delas aumentaram a BMD.

  4. A partir das conclusões anteriores se aceita a hipótese a qual expressa: programa de hidroginástica aplicada tem um efeito positivo na amostra de portadores da síndrome osteoporótica estudada.


Recomendações

  1. Aumentar a amostra e a quantidade de testes nas próximas pesquisas para chegar a conclusões mais generalizadas

  2. Pelos resultados obtidos, acredita-se que para se alcançar melhores resultados o programa deva durar mais tempo e as cargas devam ser aumentadas para que haja uma melhor resposta à BMD.


Bibliografia

  1. BANDEIRA, Francisco, MACEDO, Geísa, CALDAS, Gustavo, GRIZ, Luiz e FARIA, Manoel. Osteoporose. Rio de Janeiro: Medsi, 2000.

  2. BRAVO, G. and al. A weight-bearing, water-based exercise program for osteopenic women: Its impact on bone, functional fitnees, and well-bering. Arch. Phys. Med. Rehabil. 78, pp.1375-1380. 1997.

  3. COLEGIO AMERICANO DE MEDICINA DESPORTIVA. Osteoporose e Exercício. Med. Sci. Sports Exerc, Vol 27, nº 4, págs. 662-666, 1995

  4. FOX, E.L. BOWERS R.W. & FOSS M.L. Bases fisiológicas da educação física e dos desportos. 4ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1991.

  5. HEYWARD, V.H. and STOLARCZYK, L.M. Avaliação da composição coporal aplicada. São Paulo: Manole Ltda, 2000.

  6. GUEDES. Protocolo de Guedes para o cálculo da composição corporal. Programa Archimedes. MICROMED. 1999.

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  8. KAPLAN, Frederick S. Prevenção e Tratamento da Osteoporose. Revista Clinical Symposia. v.47, n.1, São Paulo: Novartis, 1995.

  9. KNOPLICH, José. Prevenindo a Osteoporose: orientações para evitar fraturas. São Paulo: Ibrasa, 1995.

  10. KRAVITZ, L. & MAYO, J. The physiological effects of aquatic exercice: a brief review. AEA. 1997.

  11. LINDLE, J. The influence of weight-bearing water exercises on bone density of post-menopausal women. The AKWA letter, 1994.

  12. MASI, Fabrizio Di. Hidro. Propriedades Físicas e Aspectos Fisiológicos. Rio de Janeiro: Sprint, 2000.

  13. McARDLE, W.D, KATCH F.I. & KATCH V.L. Fisiologia do exercício. Energia nutrição e desempenho humano. 4ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.

  14. McILWAIN, H.H., BRUCE D.F., SILVERFIELD J.C. BURNETTE M.C., GERMAIN B.F. Vencendo a Osteoporose. Especialistas de vanguarda mostram como tratar, controlar e evitar a osteoporose. São Paulo: Cultrix, 1999.

  15. MENDA, N. Exercícios: ajudam ou atrapalham o tratamento da osteoporose?. Âmbito Medicina Desportiva. pp. 15-18. 1998.

  16. MOLINARI, B. Avaliação médica e física para atletas e praticantes de atividades físicas. São Paulo: Roca, 2000.

  17. MOREIRA, Caio & CARVALHO M.A.P. Noções Práticas de Reumatologia. Belo Horizonte: Livraria e Editora Health, 1996.

  18. NIEMAN, D.C. Exercício e saúde. São Paul:manole, 1999.

  19. RAMBART, P.C. Good and skeletal changes during space flight. Lnacet, II: 1050-1052, 1985.

  20. SOARES, M.P. Hidroterapia no Tratamento da Osteoporose. Rio de Janeiro: Sprint, 1999.

  21. VERAS, R.P. e al. Terceira Idade: Alternativas para uma sociedade em transição. 1ª ed. Rio de Janeiro: Relune-Dumará, 1999.

  22. WOOLF, Anthony D. Osteoporose. São Paulo: Art Plus, 1995.

Anexo. Tabelas

Antropometria. Tabela 1: Pré e Pós-programa de atividade física


 

Densitometria óssea: (Age Match). Tabela 2: Pré e Pós-programa de atividade física


 

Densitometria óssea: (Análise do Desvio Padrão - T Young).
Tabela 3: Pré e Pós-programa de atividade física


 

Densitometria óssea. Tabela 4: análise qualitativa da evolução dos diagnósticos dos casos estudados


N = Normal OS = Osteopenia OP = Osteoporose
 

Flexibilidade. Tabela 5: Pré e Pós-programa de atividade física


IA = Inclinação Anterior. RID = Retração de Isquiotibiais Direita
RIE = Retração de Isquiotibiais Esquerda. ILD = Inclinação Lateral Direita
ILE = Inclinação Lateral Esquerda .


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