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Analise comparativa de acumulo de lactato em treinamento

 intervalado e treinamento de resistência/força no spinning®

Análisis comparativo de acumulación de lactato en el entrenamiento intervalado
y en el entrenamiento de la resistencia/fuerza en el spinning®

Comparative analysis of accumulation of lactate interval training
and resistance training/strength in spinning®

 

*Acadêmico de Educação Física da Faculdade Católica do Ceará

**Mestre em Saúde Coletiva, Professor Adjunto da Faculdade Católica do Ceará (FCC)

e da Faculdade Metropolitana de Fortaleza (FAMETRO), orientador da pesquisa.

***Doutor em Ciências da Educação. Coordenador do curso de Educação Física

da Faculdade Católica do Ceará (FCC)

****Mestre em Educação e Gestão Desportiva

Coordenador do curso de Educação Física (FAMETRO)

Docente da faculdade Católica do Ceará (FCC)

Felipe Moreira Pinheiro*

Demétrius Cavalcanti Brandão**

Leandro Firmeza Felício***

Jurandir Fernandes Cavalcante****

felipe.pinheiro@hotmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Muito se discute sobre utilização e remoção do lactato produzido através da degradação do carboidrato durante atividade física intensa. Devido ciclismo indoor ter se tornado modalidade bastante atraente nas academias pela eficácia na redução de peso, do risco de doenças cardíacas e melhoria do condicionamento físico, nos possibilita analisar esse acumulo em diferentes níveis de esforço, submetendo os avaliados a treinos específicos. A pesquisa objetiva a comparar o acúmulo de lactado em diferentes treinamentos em aula de Spinning®. Estudo do tipo: Analítico descritivo modelo correlacional, estudou de 3 a 5 indivíduos, 28% a 35% dos praticantes da modalidade Spinning® na B2 academia, onde efetuada a coletas sanguíneas e obtido os nível de lactato, em intervalos de 10 minutos durante 30 minutos de duração total e uma no inicio dos treinos, tendo intensidade de treino controle pela freqüência cardíaca (freqüencimetro Polar). Coletas foram realizadas no treino resistência/força (treino de subida progressiva) e treino intervalado aeróbio (treino com elevação a 85% da freqüência cardíaca máxima e recuperação a 65% da máxima). Evidenciamos que avaliados acima de 12 meses de pratica no treino intervalado há menor acumulo de lactato, quando comparado ao resistência/força. Isso se inverte para avaliado com menos de 12 meses de pratica. Concluímos que em geral o treino intervalado apresenta maior acúmulo de lactato comparado ao resistência/força. Explicações possíveis estão na diferente capacidade aeróbica entre os participantes e na ineficiência da utilização da formula que tem sua criação relacionada ao nome “Karvonem” para indivíduos treinados com mais de 12 meses.

          Unitermos: Acido láctico. Ciclismo indoor. Lactato. Intervalado. Resistencia/força.

 

Abstract

          There is debate about the use and removal of lactate produced by degradation of carbohydrates during intense physical activity. Because indoor cycling mode to be quite popular in gyms for effectiveness in weight loss, reduced risk of heart disease and improve physical conditioning (DOMINGUES SON, 2005), enables us to analyze this accumulation in different stress levels, subjecting evaluated training specific. The research aims to compare the accumulation of lactate in different trainings Spinning® class. Study type: Analytical descriptive correlational model, studied 3-5 individuals, 28% to 35% of the practitioners of the sport Spinning® B2 in academia, where the collections made ​​and obtained the blood lactate level at 10 minute intervals for 30 minutes and a total duration at the beginning of training, and training intensity by controlling heart rate (frequency meter polar). Samples were collected in workout strength/power (progressive increase training) and aerobic interval training (training to increase to 85% of maximum heart rate and recovery to 65% of maximum). We showed that evaluated over 12 months of interval training in practice there is less accumulation of lactate, compared to resistance/force. This reverses rated for less than 12 months of practice. We conclude that in general the interval training has a higher accumulation of lactate compared to resistance/force. Possible explanations are different in aerobic capacity between participants and inefficiency in the use of the formula that has its creation related to the name "Karvonem" trained individuals over 12 months.

          Keywords: Lactic acid. Indoor cycling. Lactate. Interval. Resistance/strength.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 186, Noviembre de 2013. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Muito se discute a cerca da utilização e remoção do lactato produzido através da degradação do carboidrato durante atividade física de alta intensidade. Apesar de ser inegável o beneficio para o inicio e manutenção da atividade física de intensidade moderada, ele interfere diretamente no rendimento quando os mecanismos de remoção não conseguem remove-lo quão rápido é a sua produção.

    Como o ciclismo indoor é uma modalidade bastante procurada nas academias devido à eficácia na perca de peso, redução do risco de doenças cardíacas e melhoria do condicionamento físico (DOMINGUES FILHO, 2005), nos possibilita mensura e analisar esse acumulo em diferentes níveis de esforço, submetendo os avaliados a treinos específicos e comparando os resultados obtidos entre si.

    O crescimento de idéias e inovações no mercado de academias atrai mais e mais alunos a pratica de ciclismo indoor, que é uma atividade praticada por um grupo heterogêneo de idade, sexo e aptidão física, realizado em bicicleta estacionaria ministrada por um profissional de Educação Física, trabalhando capacidade aeróbia e anaeróbia com ou sem acompanhamento musical (DESCHAMPS, 2005).

    O Spinning® foi à iniciativa de se criar uma atividade que gerasse os benefícios do treinamento de ciclismo estacionário aliado ao desafio e a motivação. Atividade proposta por Johnny Goldberg (1999) como o Spinning® (MELLO, 2003).

    As denominações, ácido lático e lactato estão diretamente ligadas ao surgimento da fadiga, que se dá pela alta concentração de acido lático no sangue e no músculo. Adotamos o termo lactato a partir desse ponto de fadiga (FOSS, 2000).

    McArdle (2011, p. 310) afirma que “A concentração de H+ aumenta em virtude da produção de dióxido de carbono e da formação de lactato durante o exercício vigoroso”.

    Dessa forma, visualizamos que apesar da importante função do acido lático no inicio da atividade, em exercício de alta intensidade, ele limita o desempenho por conta de uma redução no pH arterial, apesar da ação dos tampões como mecanismos de defesa.

    Sendo a musculatura ativa a principal produtora de ácido lático (fonte liberadora de íon hidrogênio), é aceitável que esteja localizada na musculatura também a sua primeira linha de combate à elevação da produção de acido (POWERS, 2004).

    Powers (2004, p. 225) menciona que “Um tampão resiste à alteração do PH, removendo íon de hidrogênio quando a sua concentração aumenta e liberando íon de hidrogênio quando a sua concentração diminui”.

    Porém durante a pratica de exercício moderada ou em repouso algum lactato é formado continuamente, podendo ele ser o precursor indireto do glicogênio hepático em uma de suas atribuições. Contudo não havendo um acumulo, devido há uma equivalência entre o ritmo de produção e remoção do lactato. Durante o exercício a uma maior eliminação (ou remoção) do lactato é evidenciado em atletas de endurance (McArdle, 2011).

    Sobretudo a eficiência na remoção do lactato esta ligada a continuidade do exercício, que outrora exaustivo, agora em intensidade mais baixa em que normalmente não produza lactato. A recuperação ativa com exercício sendo executado com intensidade por volta de 60% do consumo máximo de oxigênio aperfeiçoa a remoção do lactato em seu ponto de otimização (RODAHL, 2006).

    A eficácia recuperativa é otimizada, ou mais rapidamente executada em pratica ativa com 30% e 45% do VO2 max para indivíduos destreinados. Já a otimização dessa remoção em atletas se dá pelo melhor nível de aptidão fisiológica, tendo intensidade ideal mostrada em estudos 50% e 65% do VO2 max (FOSS, 2000).

    As células são supridas por oxigênio o suficiente durante os níveis moderado e leve do metabolismo energético. A mitocôndria oxida o hidrogênio que se une ao oxigênio para a formação de água. Bioquimicamente falando um “ritmo estável” existe devido à velocidade de disponibilização do hidrogênio, ser semelhante a sua velocidade de oxidação (McArdle, 2011).

    Essa pesquisa objetivou analisar os níveis de lactato em dois modelos de treinamento em aulas de bicicletas estacionárias na modalidade Spinning® buscando evidenciar qual dos treinamentos do estudo há um maior acumulo de lactato e a partir de qual ponto há uma maior interferência do lactato na progressão do treinamento nos dois treinos pré-estabelecidos.

Material e método

    Esta pesquisa foi realizada conforme resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde respeitando todos os princípios bioéticos, constando termo de consentimento livre e esclarecido assinado por todos os avaliados. Em se tratando de um estudo do tipo: Analítico descritivo modelo correlacional onde a população estudada foi de 3 a 5 indivíduos, 28% a 35% dos praticantes da modalidade Spinning® na B2 academia às 18 horas com indivíduos do sexo masculino de uma turma mista com total de 14 alunos representando 100% da turma. Foi realizado na Academia B2 localizada em Fortaleza Ceará, na Avenida Beira Mar n° 4050 A, utilizando uma sala com 11 bicicletas estacionarias da marca Schwinn Pro 2007 (MFG DATE 2007 julho MADE IN Taiwan), ou seja, bicicletas com catraca fixa, mecanismo que o movimento da roda se perpetua junto aos pedais enquanto a força cinética existir nela não tiver sido totalmente transformada em calor e energia sonora (em pequena escala) para que o movimento cesse (GOLDEBERG. 2001). Tendo este sido realizado de 10 a 15 de Maio de 2013.

    Foram incluídos na amostra alunos e professores com idade entre 20 e 58 anos, do sexo masculino, com estado de saúde considerado normal (Bom), praticantes da modalidade Spinning® há pelo menos 3 meses; foram excluídos alunos com idade fora da margem determinada e alunos do sexo feminino.

    Foi aplicado questionário referente ao perfil do aluno para saber dados como: idade sexo, grau de instrução, atividade profissional dentre tempo de pratica da atividade, dentre outras informações.

    Os participantes se submeteram a dois programas de treinamento específicos do Spinning®; o treino de resistência/forca e o treino intervalado aeróbico, que terão tempos iguais de duração. Foi realizada coleta de amostras de sangue para mensura o nível de acido lático sanguíneo ao final de cada período de 10 minutos do tempo de execução da parte principal da aula, sendo uma em estado de repouso, e a primeira durante a aula no final do décimo minuto da parte principal, sendo realizadas no total 4 amostragens por aluno. Esta amostra teve como base de controle durante a execução da aula a freqüência cardíaca, utilizando freqüencimetros da marca Polar®, com freqüência de treino variando entre 65% a 85% da freqüência cardíaca máxima.

    Utilizaremos a formula de mensuração da freqüência cardíaca máxima que tem sua criação relacionada ao nome “Karvonem” para base comparativa.

FCmax = (220 – idade) (POLICARPO, 2004).

    Essa formula foi adotada por ser considerada cientificamente através de estudos como forma de estimativa precisa da freqüência cardíaca máxima especificamente em homens (GOLDBERG, 2001).

    Feitas as analises comparativas dos resultados das duas aulas, que foram ministradas uma em cada sexta feira de semanas seqüenciadas.

    As duas aulas tiveram o tempo de duração de 30 minutos na parte principal com aquecimento inicial de 5 minutos e 5 minutos para volta a calma ao fim da aula, totalizando 40 minutos de treino. Foi realizada em ambiente climatizado a temperatura de 21° C.

    A aplicação da pesquisa foi iniciada pelo treino resistência e força que teve em sua parte principal três subidas sentadas com elevação progressiva da freqüência cardíaca, iniciando moderadamente (75% da freqüência cardíaca máxima) durante 10 minutos, sendo elevada imediatamente para intensidade moderada/forte (80% da freqüência cardíaca máxima) por 10 minutos e por fim sendo elevada a intensidade forte (85% da freqüência cardíaca máxima) por 10 minutos finais, tendo sido coletada as amostras ao final de cada 10 minutos.

    O termino da coleta de dados se deu no treino onde submetemos os mesmos alunos a um treino de intervalado que em sua parte principal terá a divisão de intervalos em 2/2, ou seja, 2 minutos em intensidade recuperativa (65% da freqüência cardíaca máxima) e 2 minutos na intensidade elevada (85% da freqüência cardíaca máxima) com execução livre (subidas ou restas sentada ou em pé), onde foi efetuada a coleta a cada 10 minutos da parte principal no período de recuperação ativa.

Analise dos resultados

    Os resultados a baixo provem do grupo estudado composto por 3 praticantes de ciclismo indoor na modalidade Spinning® que concordaram em participar do estudo, dentre eles estão: um individuo treinado há mais de dois anos e dois indivíduos iniciantes (treinando a período inferior a 1 ano) sendo todos do sexo masculino.

Tabela 1. Treino resistência/força (75% 80% 85%), B2 Academia 2013. Resultados em mM.

    Os dados mostram o avaliado 1 (com mais de 12 meses de pratica) com um aumento irrelevante no nível acumulo de lactato sanguíneo se comparado com o acumulo dos avaliados 2 e 3 (com menos de 12 meses de pratica). Assim evidenciamos a diferença do condicionamento aeróbico.

Gráfico comparativo entra media e desvio padrão da tabela 1

 

Tabela 2. Treino intervalado (65% a 85%), B2 Academia 2013. Resultados em mM

    Podemos evidenciar através dos resultados obtidos na tabela 2 que ocorre um aumento relevante nos níveis de lactato sanguíneo dos avaliados 2 e 3 logo aos 20 minutos na parte principal da atividade e seguem quase que em total progressão a partir desse pondo, onde em contrapartida, o avaliado 1 atinge seu ápice e inicia um declínio na concentração de lactato sanguíneo.

Gráfico comparativo entra media e desvio padrão da tabela 2

 

Gráfico 1. Treino resistência/força (75% 80% 85%) resultados em mM referente a dados da tabela 1

    No gráfico 1, visualizamos um maior pico de progressivo de elevação dos níveis de lactato nos avaliados 2 e 3 quando comparado ao pico de lactato sanguíneo menos acentuado com declínio progressivo do Avalido1.

Gráfico 2. Treino intervalado (65% a 85%) resultados em mM referente a dados da tabela 2

    Já no gráfico 2, observa-se que os valores da concentração do lactato sanguíneo obtidos dos avaliados 2 e 3 superam os valores do avaliado 1. Evidenciamos também que Avaliado 2 e 3 apesar de declínio momentâneo, estão em constante progressão de acumulo durante todo período de execução do treino.

Gráfico 3. Quadro comparativo entre treino intervalado e treino resistência/força referente a dados das tabelas 1 e 2

    Evidencia-se no gráfico 3, que os níveis de acúmulos de lactato sanguíneo são progressivamente superiores durante o treino intervalado em comparação ao treino de resistência/força.

Gráfico 4. Quadro comparativo entre limites no acumulo individual de lactato sanguíneo no treino

intervalado, treino resistência/força e limite mencionado por Gomes (2004 apud Mello ET AL, 2003)

    Evidencia-se que o limite mínimo de acumulo de lactato sanguíneo obtido durante o treino de Spinning® esta em concordância com os padrões mencionados na pesquisa de Gomes 2004, porem o valor máximo de acumulo de lactato sanguíneo encontrado supera os 9,34 mmol/L mencionados na pesquisa de Gomes.

Discussão

    O maior pico de progressivo de elevação dos níveis de lactato nos avaliados 2 e 3 relatados no gráfico 1 ocorre pelo fato de o organismo não conseguir equilibra a remoção com a produção de lactato tendo um aumento evidente já a partir do décimo minuto de atividade.

    Estudos de Gomes (2004) menciona que há uma tolerância ao exercício por durante longo período, tanto dos indivíduos bem treinados quanto os indivíduos sedentários estando entre 58 e 78% VO2max, que corresponde à zona alvo de 70 a 80% da FCmax, porem no individuo destreinado passa a ter o estoque de glicose como fator limitante. Em exercícios realizados entre 70 e 80% FCmax há um a baixa participação do metabolismo anaeróbico, apesar de haver uma grande variação individual.

    Em sua pesquisa Franchini (2004) afirma que a intensidade de recuperação ativa utilizada em seu estudo assemelha-se a intensidade ótima para redução do lactato sanguíneo (30 a 70% do VO2max) mencionada em outros estudos.

    Já esse pico progressivo de acúmulo de lactato sanguíneo é menos acentuado e entra em declínio no Avaliado 1, que consegue equilibra ou até mesmo inverter a produção com a remoção de lactato mesmo em 85% da freqüência cardíaca máxima.

    Franchini (2004) menciona a superioridade da recuperação ativa em relação á recuperação passiva quanto á redução dos níveis de lactato sanguíneo.

    No que diz respeito há variação de lactato sanguíneo, Gomes (2004 apud Mello et al, 2003) menciona 3,6 mmol/l a 9,34 mmol/l como sendo a variação encontrada durante uma aula de Spinning, tendo como limite do tempo de vinte e um minutos de aula o volume de 6,60mmol/l de lactato no sangue. Esses dados corroboram o resultado do gráfico 1 (Tabela 1) em parte, já que encontramos níveis mais elevados do que 6,6 mmol/l após o vigésimo primeiro minuto de atividade.

    No gráfico 4 podemos evidenciar claramente que o nível de maior acumulo de lactato sanguíneo mencionado por Gomes 2004, foi superado no que diz respeito ao acumulo individual do avaliado 2.

    Já no gráfico 2 (Tabela 2), observa-se que os valores da concentração do lactato sanguíneo obtidos dos avaliados 2 e 3 superam os valores do avaliado 1 neste mesmo gráfico, possivelmente devido à falta de condicionamento aeróbico apresentado pelos avaliados 2 e 3. Evidenciamos também no gráfico 2 que os níveis de lactato sanguíneo dos avaliados 2 e 3, apesar de em algum momento o avaliado 3 apresentarem ligeira redução no nível de lactato, ambos estão em constante progressão de acumulo desse lactato durante todo período de execução do treino. Provavelmente devido á insuficiência no período de recuperação ativa ou ainda a intensidade elevada do mesmo (65% da FCmax).

    Nos estudos realizados por Pastre (2009), ele afirma que há divergência entre autores quando se refere á intensidade de recuperação ativa. Alguns deles utilizam a intensidade de 20% VO2max em ciclo ergométrica durante período de 5 minutos, já outros adotam 40% VO2max como intensidade recuperativa ideal, mas há quem defenda outras intensidades sendo considerada ideal, como a de 50 % do VO2max por exemplo. Apesar dessa considerável margem de 20 a 50% do VO2max citada, acredita-se que a prescrição de exercício ativo para uma recuperação eficiente tem como fator principal a capacidade física do praticante, ressaltando o tipo de exercício, o tempo, bem como a intensidade do mesmo.

    Complacente com essas afirmações podemos mencionar uma redução gradativa dos níveis de lactato sanguíneo pelo avaliado 1 após os 10 primeiros minutos no gráfico 2, possivelmente devido à suficiência do tempo de recuperação e da intensidade adequada de recuperação para o seu nível de condicionamento físico, resultado que coincide com as afirmações de Gomes (2004) em sua pesquisa, Podemos assim afirma que há um equilíbrio positivo dos níveis de lactato sanguíneo, ou seja remoção mais eficiente do que a quantidade de produção. Pastre (2009) explica ainda que a diferença de resultados entre os avaliados se da provavelmente não por conta da relação de diferença nos exercícios mais sim com o estado de treinamento dos indivíduos. Sendo assim para uma adequada remoção de lactato com uma alta intensidade do exercício de recuperação se faz necessário um alto nível de aptidão do avaliado.

    Rodahl (2006) menciona que diversos investigadores já confirmaram a observação de que a recuperação ativa como um modo acelerador na remoção do lactato acumulado durante o exercício exaustivo. É mencionado 60% do consumo máximo de oxigênio, como taxa de remoção ótima do lactato.

    Podemos atribuir ao mau condicionamento aeróbico, ao tempo de recuperação, bem como a intensidade da recuperação utilizada pelos avaliados 2 e 3 os grandes níveis progressivos de acumulo de lactato sanguíneo do treino intervalado superando os índices obtidos no treino de resistência/força. Além de o treino de resistência/força apresentar menores níveis de lactato, mostra uma redução progressiva mais acentuada nos níveis de lactato sanguíneo a partir dos 20 minutos de treino que se da por uma proximidade da estabilização dos níveis de lactato sanguíneo dos avaliados 2 e 3 e por uma drástica queda desse nível no avaliado 1 , resultando em uma queda nos níveis de lactato sanguíneo geral do treino em questão.

Conclusão

    Com base nos resultados obtidos nesse estudo podemos concluir que há um acumulo maior no nível de lactato sanguíneo no treino intervalado, superando os níveis do treino resistência/força no que diz respeito a alunos e professores com tempo inferior de treino a 12 meses, tendo como contraponto uma inversão desses valores para os participantes com tempo de pratica superior a 12 messes. Em média geral dos resultados, o acumulo de lactato sanguíneo é superior no treinamento intervalado, superando os níveis encontrados no treino de resistência/força, havendo assim uma maior interferência no desempenho durante o treino intervalado a partir do décimo minuto de execução na parte principal do treino onde mesmo havendo uma redução, permanece com níveis de lactato sanguíneo acima dos obtidos no treino de resistência/força que atingem seu ápice no vigésimo minuto da parte principal e entra em declínio progressivo a partir desse ponto. Uma explicação possível para essa constatação pode esta na diferença da capacidade aeróbica entre os participantes e na ineficiência da utilização da formula que tem sua criação relacionada ao nome “Karvonem” para indivíduos treinados com mais de 12 meses.

Referências

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