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A sustentabilidade e a prática do parapente na cidade de Canoinhas, SC

La sustentabilidad y la práctica del parapente en la ciudad de Canoinhas, SC

 

Licenciados em Educação Física

pela Universidade do Contestado, UnC

(Brasil)

William Cordeiro De Souza

Jailson Alves Ribeiro

williammixx@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          Este trabalho teve como objetivo realizar uma análise entre a prática do parapente e a sustentabilidade na cidade de Canoinhas, SC. Com base nos estudos, foi verificado que a cidade não é apta para receber a prática do parapente pelo motivo de não ter um local adequado e não ter profissionais qualificados. Com relação o parapente e a sustentabilidade se conclui que esse esporte não prejudica a natureza desde que haja a conscientização dos praticantes de esportes de natureza.

          Unitermos: Sustentabilidade. Natureza. Parapente.

 

Abstract

          This work aimed to make an analysis between paragliding and sustainability in the city of Canoinhas, SC. Based on the studies, it was found that the city is not able to receive the paragliding by reason of not having a suitable place and not have qualified professionals. Regarding the parasailing and sustainability concludes that sport does not affect the nature since there is awareness of the nature of sports enthusiasts.

          Keywords: Sustainability. Nature. Parasailing.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 174, Noviembre de 2012. http://www.efdeportes.com/

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Conceito de sustentabilidade

    Segundo o Gauss Consultores Associados (2008) o conceito de desenvolvimento sustentável tem a sua história iniciada em 1983 quando foi criada pela Assembléia Geral da ONU na Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD), presidida por Gro Harlem Brundtland, na época primeira-ministra da Noruega. Essa comissão deveria propor novas normas de cooperação internacional que pudessem orientar políticas e ações internacionais de modo a promover as mudanças que se faziam necessárias. No trabalho surgido dessa Comissão, apareceu pela primeira vez de forma clara, o conceito de desenvolvimento sustentável.

    Assim Ely (1992) apud Gehrke, Freitas e Castro (2006, p. 42) citam que:

    Não pode haver desenvolvimento se este não for sustentado, auto-sustentado e integrado. Entende-se isso como a constante melhora e manutenção do bem-estar das gerações do presente, se estendendo para as futuras, em uma integração harmônica entre sistemas político, social e natural, reproduzindo qualidade ambiental para o pleno desenvolvimento integral do ser humano, seja do ponto de vista biológico, social e psíquico.

    Ruscheinsky (2004) apud Gehrke, Freitas e Castro (2006) complementam que a sustentabilidade consiste em conceitos amplos e admite variações de acordo com interesses e posicionamentos das pessoas, além do que ainda é recente e, por isso mesmo, sujeito às ambigüidades e dilemas quanto ao seu uso e significado. Entre cientistas e formuladores de políticas públicas, a sustentabilidade costuma ser sinônimo de controvérsia.

Esportes de aventura

    O esporte de aventura para Paiva (1999), Aragão Jr (2005), Teixeira (2005) apud Costa e Paixão (2009) caracteriza-se pela presença do esportista, um agente ativo, conhecedor da atividade ora praticada de forma espontânea, na perspectiva do lazer, recreação ou mesmo competição.

    Nesses esportes o individuo deve toma alguns cuidados, pois os mesmos trazem alguns riscos à vida dos participantes.

    Segundo Spink (2004) apud Costa e Paixão (2009) essas práticas corporais na natureza envolvem riscos consideráveis e até mesmo extremos às habilidades do indivíduo praticante de uma modalidade de esporte de aventura, podendo implicar na sua integridade física e emocional. E em casos de erros e ou falhas, dependendo da modalidade, inclui-se a morte.

    Maron e Vieira (2007) acrescentam que o esporte se relaciona com a natureza principalmente através do movimento esportivos denominados Esportes da Natureza. Essas atividades esportivas são caracterizadas pela interação de seus praticantes com o ambiente natural, ou seja, são praticados em espaços naturais - na terra, água e/ou ar. Se por um lado pode-se lançar um olhar positivo em relação a esta interação do homem com a natureza através da prática esportiva, por outro este processo merece atenção, pois o crescente surgimento de modalidades esportivas que utilizam o meio natural para a sua prática, associado ao aumento do número de praticantes, resulta em uma exploração maior dos fatores ambientais envolvidos no desenvolvimento dessas atividades. Isso exige que todos os envolvidos nos eventos esportivos, sejam esportistas, organizadores, público e mídia, tenham a compreensão de sua responsabilidade frente às questões ambientais.

Degradações ambientais ocasionadas pela prática esportiva

    Conforme Maron e Vieira (2007) embora sejam evidentes as degradações ocasionadas pela prática esportiva ao ambiente natural é fundamental salientar que esses danos são potenciais, isto é, podem ou não ocorrer.

    Os indivíduos que praticam esse tipo de atividades devem se conscientizar e rever suas atitudes antes de praticas esporte no meio ambiente, no momento em que haver conscientização para essa população provavelmente diminuirá os danos no meio ambiente.

    Nos dia de hoje muito se tem discutido sobre a questão ambiental, onde está havendo uma preocupação estabelecida principalmente a partir do início deste século, quando passou a ser evidente a relação entre a ação do homem, o clima mundial e as possibilidades de sobrevivência da maioria das espécies de fauna e flora, incluindo o próprio homem. A partir da década de 1960, surgem vários movimentos criticando não só o modo de produção, mas também o modo de vida. (ZIMMERMANN, 2006, p.1).

Parapente

    Segundo Machado (2011) o parapente é uma modalidade do vôo livre passou a ser desenvolvida e reconhecida a partir dos anos 80 quando os antigos pára-quedas foram adaptados de forma que o piloto pudesse ter maior controle da vela.

    Com isso, o aperfeiçoamento dos equipamentos passou a proporcionar um maior desempenho capaz de satisfazer quem pretendia mais do que descer montanhas, mas realmente voar. O nome parapente vem do francês e significa pára-quedas de encosta (SEMENOFF, 1998; apud MACHADO, 2011).

    “Parapente - É uma modalidade do vôo livre, em que o piloto voa sentado. A decolagem é realizada em plataformas especiais, geralmente em montanhas”. (VIEIRA, 2004 apud COSTA e PAIXÃO, 2009, p. 1).

    No momento da decolagem, o parapente é aberto na rampa, o piloto conectado em sua selete (cadeirinha que aloja o piloto) corre inflando o equipamento que rapidamente se posiciona sobre sua cabeça, é então que o piloto verifica se tudo esta em ordem e finalmente realiza a decolagem. Por ser uma modalidade do vôo livre, o parapente não possui motor, neste caso, o vôo depende exclusivamente da destreza e experiência do piloto (AMBROSINI, 2007; apud MACHADO, 2011, p.15).

    O equipamento básico é composto por quatro itens, sendo eles: velame (composto por vela, linha e tirantes), selete, pára-quedas de emergência e capacete. Recomenda-se que o piloto esteja protegido com luvas e botas, pois pode realizar o pouso em local campestre, bem como que utilize capacete com proteção integral e selete com proteção para a coluna. Além dos equipamentos básicos existem os equipamentos opcionais como, por exemplo: macacão, bússola, rádio de comunicação, GPS e Variômetro (Instrumento que indica a altitude do vôo assim como a variação positiva ou negativa de deslocamento vertical). Para poder decolar é importante que o piloto tenha noções de meteorologia aplicada ao vôo, aerodinâmica e técnicas de vôo (SEMENOFF, 1998; MEIER, 1981; apud MACHADO, 2011).

Foto: Disponível em Google

Parapente na cidade de Canoinhas

    Na cidade de Canoinhas a pratica do parapente é muito difícil, pois é não se encontra um local adequado e nem pessoas capacitadas para á pratica desse esporte. Com relação esse esporte e a sustentabilidade, é uma atividade que podemos observar que não prejudica a natureza, mas o que falta é um espaço adequado e profissional capacitado para orientar os interessados em praticar esse esporte, pois ele traz algumas precauções e cuidados que devem ser analisados antes da execução do voô.

Conclusão

    Com base nos estudos, foi verificado que Canoinhas, SC, não é apta para receber a prática do parapente pelo motivo de não ter um local adequado e não ter profissionais qualificados. Com relação o parapente e a sustentabilidade se conclui que esse esporte não prejudica a natureza desde que haja a conscientização dos praticantes de esportes de natureza.

Referências

  • GAUSS CONSULTORES ASSOCIADOS. Especializada em Gestão e transformação. O conceito de sustentabilidade. Publicada originalmente na edição de Outubro 2008 pela Revista Banas Qualidade

  • GEHRKE, Rafael; FREITAS, Giovana Souza; CASTRO, Dilton. Os níveis de sustentabilidade social, ambiental e econômica dos beneficiários do Projeto Papa-Mel: uma aplicação metodológica. Extensão Rural e Desenvolvimento Sustentável. Porto Alegre, v.2, n.1/3, set/dez 2006.

  • MACHADO, Mariana Godinho. Motivos que determinam a prática do parapente na Grande Florianópolis, SC. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso Educação Física como requisito parcial para obtenção de título de graduação no Bacharelado em Educação Física. Departamento de Educação Física, Centro de Desportos, Universidade Federal de Santa Catarina. 2011.

  • MARON, Kalyla; VIEIRA, Valdo. Impactos ambientais positivos são possíveis nos esportes praticados em ambientes naturais? EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 12 - N° 108 - Maio de 2007. http://www.efdeportes.com/efd108/impactos-ambientais-positivos-nos-esportes-praticados-em-ambientes-naturais.htm

  • PAIXÃO, Jairo Antônio da; COSTA Vera Lucia de Menezes. Esporte de aventura e turismo de aventura: aproximações e distanciamentos. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 14 - Nº 139 - Dezembro de 2009. http://www.efdeportes.com/efd139/esporte-de-aventura-e-turismo-de-aventura.htm

  • ZIMMERMANN, Ana Cristina. Atividades de aventura e qualidade de vida. Um estudo sobre a aventura, o esporte e o ambiente na Ilha de Santa Catarina. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 10 - N° 93 - Fevereiro de 2006. http://www.efdeportes.com/efd93/sc.htm

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