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A influência da hidroginástica na capacidade funcional do idoso

La influencia de la gimnasia acuática en la capacidad funcional de la persona mayor

The influence of aquagym on the functional capacity of the elderly

 

*Profa. Dra. do Programa de pós-graduação stricto senso

em Letras e Ciências Humanas. UNIGRANRIO, Duque de Caxias

Coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Representações Sociais

na/para formação de Professores, LAGERES

**Aluna/o de Iniciação Científica

***Bacharel em Educação Física

(Brasil)

Cristina Novikoff*

c_novikoff@yahoo.com.br

Felipe Triani**

felipetriani@hotmail.com

Veronica Maria Barros de Oliveira***

veronica.lip@bol.com.br

Rosana Vieira Wagner**

rosana.wagner@ig.com.br

 

 

 

 

Resumo

          O envelhecimento é um processo inevitável aos seres viventes, levando-os a uma perda das aptidões funcionais do organismo, aumentando o risco do sedentarismo, afetando negativamente a qualidade de vida e impossibilitando as atividades da vida diária. Neste sentido, uma atividade física que contribui para o envelhecimento saudável pode ser a hidroginástica, pois é realizada na água, caracterizando-se como uma atividade que há menos impacto. Este estudo tem como proposta analisar através de uma revisão bibliográfica os benefícios da hidroginástica e sua influência na capacidade funcional do idoso. Logo, identificou-se que os benefícios da hidroginástica, contribuem para melhor qualidade de vida e retardo dos processos naturais do envelhecimento, garantindo autonomia e independência ao idoso.

          Unitermos: Envelhecimento. Capacidade funcional. Hidroginástica.

 

Abstract

          Aging is an inevitable process of living, leading to a loss of functional abilities of the body, increasing the risk of a sedentary lifestyle, negatively affecting the quality of life and prevention of activities of daily living. In this sense, a physical activity contributes to aging can be healthy by the water as it is performed in water, which is characterized as an activity that is less impact. This paper aims to explore through a literature review of the benefits of aquagym and its influence on the functional capacity of the elderly. Soon, they found that the benefits of aquagym, contribute to a better quality of life and delay the natural aging process, ensuring the autonomy and independence for older people.

          Keywords: Aging. Functional capacity. Aquagym.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 17 - Nº 170 - Julio de 2012. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    As transformações demográficas no último século nos fazem observar com mais atenção uma população com uma expectativa de vida maior, evidencia-se a importância de garantir aos idosos não só uma sobrevivência, mas também qualidade de vida.

    O conceito de qualidade de vida está relacionado à autoestima e ao bem-estar pessoal, abrangendo uma série de aspectos como a capacidade funcional, o nível sócio-econômico, estado emocional, a interação social, atividade intelectual, o autocuidado, suporte familiar, o próprio estado de saúde, os valores culturais, éticos e a religiosidade, o estilo de vida, satisfação com o emprego ou com atividades da vida diárias.

    Faz-se necessário investir na busca de uma melhor qualidade de vida através de exercícios físicos, alimentação equilibrada e bom relacionamento familiar como forma de atenuar os grandes causadores de mortalidade nesta faixa etária, como as doenças crônicas. O exercício físico tem sido recomendado como tratamento de prevenção, principalmente para doenças do coração e diabetes, melhorando a expectativas de vida do idoso (PINHO et al, 2003).

    Neste sentido, o presente estudo se propõe em verificar os efeitos da prática da hidroginástica nos últimos artigos da Movimentum, Revista Digital de Educação Física e EFDeportes.com, Revista Digital de Buenos Aires, para verificar as fontes mais recomendadas e os métodos utilizados para os estudos.

    Assim, o artigo objetiva demonstrar os conhecimentos, através de uma revisão de artigos, a respeito da influencia da hidroginástica na capacidade funcional do idoso, onde visa contribuir e explicitar uma pesquisa teórica sobre o assunto. Embasada em fontes como periódicos, textos e artigos eletrônicos exposto em banco de dados.

    A contribuição está em aprofundar a discussão acerca da capacidade funcional do idoso, significante população na atualidade.

Envelhecimento

    O envelhecimento é o um somatório progressivo de mudanças que, com o passar do tempo, aumentam a probabilidade de doenças e, que ao final levam à morte. É também um processo fisiológico que, não necessariamente, corre paralelamente à idade cronológica e que apresenta grande variável entre individuo.

    Dessa forma, a grande evolução do envelhecimento é um processo lento, progressivo e inevitável, caracterizado pela diminuição da atividade fisiológica e de adaptação no decorrer da vida.

    O processo do envelhecimento começa desde a concepção, então a velhice, é um processo dinâmico e progressivo em que há modificações morfológicas, funcionais, bioquímicas e psicológicas que irão determinar a perda progressiva da capacidade de adaptação ao meio ambiente, ocasionando uma maior incidência de processos patológicos. O desgaste do organismo com o passar dos anos é inevitável, apesar da velhice não ser considerada doença, é uma fase em que o ser humano fica mais suscetível a elas (ETCHEPARE et al, 2003).

    O envelhecimento é universal, progressivo e intrínseco. Acontecem perdas estruturais e funcionais, sendo totalmente envolvida nesse processo que relutantemente avança ao passar do tempo. As funções fisiológicas em geral melhoram rapidamente a infância e alcançam um máximo entre o final da adolescência e os 30 anos de idade. Também existem, evidências de um declínio na maioria das reservas funcionais dos sistemas do corpo com a idade.

    Além desses fatores, com o aumento da idade cronológica, as pessoas tornam-se menos ativas, já que as capacidades físicas diminuem e, com as alterações psicológicas e sociais que acompanham a idade (sentimento de velhice, estresse e depressão) existe também uma diminuição maior da prática de atividade física, que facilitará a aparição de doenças crônicas que contribuem para acelerar o envelhecimento.

    Apesar das perdas orgânicas, funcionais e mentais naturais do envelhecimento, é possível gerar um ser humano idoso sadio e com autonomia para realizar suas atividades físicas diárias, bem como, manter suas relações intelectuais e sociais com o meio em que vive (RABELO; NAKAGAVA, 2007).

    O envelhecimento é bem marcado por um decréscimo das capacidades motoras, redução da força, flexibilidade, velocidade, e níveis de VO2 máximo que dificulta a realização das atividades físicas diárias e a manutenção de um estilo de vida saudável (TAKAHASHIA; TUMELERO, 2004).

    Ocorrem alterações fisiológicas durante o envelhecimento que poderão diminuir a capacidade funcional, comprometendo a saúde do idoso. Essas alterações acontecem: ao nível do sistema cardiorrespiratório em consequência de uma frequência cardíaca máxima baixa, o débito cardíaco máximo em geral é reduzido com a idade. Para essa capacidade reduzida do fluxo sanguíneo, se faz necessário a contribuição de uma redução do volume de ejeção do coração, que pode ser responsável por até 50% de declínio do VO2 máximo relacionado à idade. O declínio no volume de ejeção refletirá na redução no desempenho contrátil sistólico e diastólico do ventrículo esquerdo observado com o envelhecimento (RABELO THOMAZ; ASSIS, 2006).

    Rabelo Thomaz e Assis (2006) ainda afirmam que, a respiração é uma das características básicas e essenciais dos seres vivos, o sistema respiratório consiste na absorção, pelo organismo, de oxigênio e na eliminação do gás carbônico que é resultante de oxidações celulares. A função primária é a troca gasosa e transferência de oxigênio (O2) do meio ambiente para os tecidos. O sistema respiratório age como servente para o resto do corpo, transferindo O2 suficiente e removendo CO2 suficiente para a demanda metabólica. A circulação pulmonar desempenha um papel importantíssimo de filtração. Rabelo Thomaz e Assis (2006) dizem que, todas as estruturas relacionadas à respiração alteram-se no envelhecimento. Estes autores destacam que, em consequências dessas modificações, observa-se que nos idosos há insuficiência respiratória restrita e obstrutiva. No entanto, esta deficiência torna-se evidenciada apenas em condições de esforço ou quando o idoso apresenta um processo patológico pulmonar, que somará as alterações causadas pelo envelhecimento.

    O envelhecimento do sistema nervoso apresenta modificações. O processo morfológico do sistema nervoso se manifesta através das perdas das alterações celulares. As células nervosas quando perdidas, não são substituídas, mesmo havendo uma diminuição progressiva do número delas. Ocorre também a redução do débito sanguíneo cerebral diminuindo o consumo de oxigênio para o cérebro. O número de neurônios cerebral diminui, com isso acontece uma perda considerável nos reflexos, no equilíbrio e na memória imediata, que causará esquecimentos. Tudo isso levará a diminuição da velocidade de condução nervosa tornando os idosos mais lentos, afetando também a sensibilidade na resposta motora dos estímulos (RABELO THOMAZ; ASSIS, 2006).

    Já no sistema musculoesquelético, destaca-se principalmente a força entre as inúmeras funções, para as capacidades funcionais nos idosos. A fraqueza dos músculos pode avançar até que uma pessoa idosa não possa realizar as atividades comuns da vida diária, como tarefas domésticas, entre elas estão: levantar-se de uma cadeira, varrer o chão ou jogar o lixo fora. A perda da massa muscular e consequentemente da força muscular é o modo principal para se notar a deteriorização da mobilidade e da capacidade funcional do indivíduo que está envelhecendo. O sistema neuromuscular, no homem alcança sua maturação plena entre 20 e 30 anos de idade, a força muscular é essencial para o desempenho de habilidades motoras. Com a evolução da idade, a estrutura e a função do sistema musculoesquelético altera-se, estruturalmente, a massa muscular diminui à medida que o número e tamanho das fibras musculares declinam durante o final da meia-idade e dos anos posteriores da idade adulta. A atrofia muscular da idade avançada acontece principalmente na perda das fibras musculares. A principal causa apontada como responsável pela redução seletiva de massa muscular é a diminuição nos níveis de hormônios, que ocorre com o envelhecimento (PEREIRA et al, 2006).

    Assim como as funções fisiológicas estão relacionadas com o avançar da idade, ocorre também, um declínio das funções psicológicas e sociais que envolvem alterações comportamentais, assim como um declínio funcional dos vários domínios do agir psicológico, podendo atingir a saúde e bem-estar emocional e social.

    Essas alterações podem acontecer através de perda que o idoso sofre ao longo de sua vida, morte de parentes e amigos, segundo Rabelo e Nakagava (2007), essas perdas podem influenciar na diminuição da massa muscular, força e flexibilidade; também perda da capacidade física. Porém, estas alterações podem ser influenciadas de forma positiva através da prática regular de atividade física, Rabelo e Nakagava (2007) ainda incluem a melhoria da auto-eficácia, autoestima, das funções cognitivas e diminuição do estresse. Sendo assim, a influência da atividade física no processo de envelhecimento atinge diretamente a qualidade de vida, influenciando positivamente nos aspectos físico e psicológico do idoso.

    Leva-se a crer que os benefícios vindos dos exercícios físicos podem exercer efeitos contrários ao processo degenerativo do envelhecimento, desempenhando alterações de menor intensidade, age desacelerando e minimizando o desgaste deixado pelo tempo. Os efeitos do exercício físico contribuem para um estilo de vida saudável, trazendo independência, melhorando a capacidade funcional e a qualidade de vida da população. Essa participação é uma intervenção efetiva para prevenir vários declínios funcionais associados com o envelhecimento.

Capacidade funcional

    O processo do envelhecimento varia entre pessoas e é influenciado pelo estilo de vida e os fatores genéticos. Dentre as modificações que o envelhecimento causa destaca-se a diminuição da capacidade funcional. Esta que, pode ser definida como capacidade do indivíduo realizar as atividades da vida diária que possa o considerar independente, incluindo também as atividades recreativas, ações de deslocamentos, auto cuidado, quer motoras, quer psicológicas e também sociais (GUIMARÃES et al, 2006).

    Nesse processo, a autonomia funcional, que também é conhecida como capacidade funcional, mostra-se um conceito mais relevante em relação à saúde, marcado por um declínio das capacidades motoras, redução da força, flexibilidade, velocidade e dos níveis de VO2 máximo, ela está associada às dificuldades das realizações das atividades diárias e manutenção de um estilo de vida saudável, podendo ser a razão para a perda da autonomia e independência do idoso (TAKANAHASHI; TUMELERO, 2004).

    Em consequência, os transtornos causados pela perda progressiva da capacidade funcional refletem-se nos diversos domínios desse indivíduo, alterando a sua independência, fazendo se sentir menos útil.

    A prática de atividade física pode combater o sedentarismo, contribuindo de maneira significante para a manutenção da aptidão física do idoso. Neste sentido, uma atividade que se destaca para os idosos é a hidroginástica, realizada na água, que com sua propriedade física auxilia na execução do exercício, pois é uma atividade considerada de menor impacto.

    Ao chegar à idade avançada, muitas pessoas ficam impossibilitadas de realizar exercício da maneira tradicional (solo), por conta das alterações fisiológicas que o corpo sofre, é por isso que, a hidroginástica se torna a atividade mais adequada (PINTO et al, 2008).

Hidroginástica e idoso

    Por algum tempo as atividades aquáticas eram realizadas por causa de suas propriedades e finalidades recreativas e curativas. Atualmente, a hidroginástica pode ser vista também com diferentes terminologias, como: ginástica aquática, aquaeróbica, entre outras. Também pode ser entendida, como prática corporal que aproveita o meio líquido para melhoria do condicionamento físico e da força, por ter menor impacto articular. É interpretada como conjunto de exercícios executados na água de forma agradável e recreativa, exercícios executados com ou sem material em piscina, valendo da resistência da água como sobrecarga, oferecendo qualidade de vida e bem-estar aos praticantes. A temperatura da água também e um dos pontos importantes que deve ser observada neste tipo de exercício. A temperatura deve ser entre 27° e 29° (graus) para atividades não competitivas e esta depende da faixa etária dos praticantes. Acima de 31° só em caso de trabalhos terapêuticos. O benefício é o empuxo, que permite que articulações sofram menos impacto com o solo durante os saltos, fator relevante para as pessoas em condições posturais especiais, para gestantes, obesos e principalmente para idosos que com o avançar da idade são mais propícios a desenvolverem doenças como osteoporose e outras (FERNANDES, 2011).

    Para entender os princípios das atividades aquáticas, se faz necessário o conhecimento das propriedades físicas da água, em relação com os conceitos da matéria: massa, densidade, flutuação, pressão hidrostática, tensão superficial, resistência e viscosidade. Dentre as leis da física da água as mais importantes são a flutuação (princípio de Arquimedes) e a pressão hidrostática (Lei de Pascal). O princípio de Arquimedes acontece quando o corpo está completo ou parcialmente imergido no meio líquido em repouso, sofrendo uma força para cima (empuxo) igual ao peso do volume de líquido que se deslocou. A flutuação é a força experimentada como empuxo para cima, que atua em sentido oposto à força da gravidade, o corpo imergido apresenta uma sensação de alívio de peso que facilitará a execução do exercício (RABELO THOMAZ; ASSIS, 2006).

    A hidroginástica tem grande somatória de exercícios com movimentos dirigidos, no meio onde, a ação da gravidade, incide brandamente impedindo os microtraumas comuns a prática física, tendo como resultado a interação automática nos domínios afetivos, cognitivos e motores (FERNANDES, 2011). Tal atividade é uma excelente opção de exercício aeróbico, os benefícios fisiológicos sobre o organismo são divulgados e conhecidos, através de pesquisas científicas. (RABELO; NAKAGAVA, 2007).

    A prática de exercício é fundamental em todas as fases da vida, especialmente na terceira idade onde acontecem perdas consideráveis da aptidão física. Por esse motivo, a hidroginástica tem se mostrado uma aliada forte aos idosos, é um dos exercícios mais recomendados para essa população. A hidroginástica causará um retardo no processo de envelhecimento e trará benefícios fisiológicos, cognitivos e sócio-afetivos aos idosos, fazendo com que se tornem sadios, proporcionando-lhes qualidade de vida (TAKAHASHI; TUMELERO, 2004).

    Os benefícios da prática da hidroginástica estão também consolidados, principalmente no que diz respeito à segurança desta atividade, podendo possibilitar a locomoção do idoso com dificuldade de locomoção.

    Como a hidroginástica é eficaz no desenvolvimento e manutenção das potencialidades físicas e orgânicas, seus benefícios são muitos para aqueles que a pratica. A atividade física em meio líquido reduz consideravelmente os níveis de depressão, contribui para vida saudável, melhorando a capacidade funcional do idoso (PINTO et al, 2008).

    Os principais benefícios, adquiridos com a prática da hidroginástica se referem aos aspectos antropométricos, neuromusculares, metabólicos e psicológicos (MAZINI FILHO et al, 2009).

    As modificações são:

  • Menor frequência cardíaca, coração bombeia o sangue com menor esforço.

  • Aumento de VO2 máximo, os pulmões passarão a absorver maior quantidade de ar.

  • Estimula a circulação sanguínea.

  • Devido ao baixo impacto proposto pela atividade, haverá diminuição de tensão muscular.

  • Músculos mais fortes.

  • Aumento da resistência.

  • Maior flexibilidade.

  • Desintoxicação das vias respiratórias.

  • Aumento da agilidade, percepção, esquema corporal, velocidade de ação e reação e também um aumento significativo da força.

  • Diminuição de tecido adiposo.

  • Melhora na autoestima, reintegração social.

  • Melhoras dos aspectos cognitivos.

  • Melhora da densidade óssea.

  • Melhora na coordenação motora.

  • Redução de quedas.

  • Diminuição de problemas com hipertensão.

  • Diminuição de problemas de hipotensão.

  • Melhoria da postura.

  • Alívio das dores.

  • Alívio das tensões.

  • Diminuição da ansiedade.

  • Melhoria na qualidade do sono.

  • Bem-estar físico e mental.

  • Melhor qualidade de vida.

    Percebe-se então, a existência de inúmeras vantagens no exercício aquático para os idosos. Neste sentido, a capacidade de movimentar-se na água pode contribuir para movimentos realizados no cotidiano, tendo como benefício o retardo de alguns processos do envelhecimento, contribuindo também para autonomia funcional e independência (THOMAZ; ASSIS, 2006).

    Por outro lado, a hidroginástica pode apresentar alguns pontos negativos, como o medo da imersão corporal na água, sensações de frio, agentes químicos abrasivos, que são agressivos aos idosos por causa da sensibilidade da pele. Pode ocorrer também, desinteresse, causado pela rotina de repetições nas aulas. Cabe ao profissional mantê-los motivados e incentivados.

    As aulas devem sempre ser prazerosas e cativantes, para que os reflexos possam ser positivos na qualidade de vida dos idosos. Também atividades recreativas, em grupo, de caráter lúdico promovendo socialização, estimulando a produção de endorfina e andrógeno, responsáveis pela sensação de prazer, bem-estar e recuperação da autoestima, atividades moderadas e progressivas, preparando paulatinamente o organismo para suportar estímulos cada vez mais fortes e exercícios de relaxamento para diminuir as tensões musculares e mentais. Com a prática da hidroginástica, o idoso terá aptidão e qualidade de vida, adquirindo independência (MAZINI FILHO et al, 2009).

Apresentação do estado do conhecimento

    Para melhor compreender do tema deste estudo, trazemos a seguir uma tabela analítica dos autores que pesquisaram o mesmo.

Tabela.

Tema

Autor

Conceito de envelhecimento

Teóricos

Metodologia

Conclusão

Terceira idade: aptidão física de praticantes de hidroginástica.

Etchepare et al (2003).

Processo que começa desde o nascimento e o desgaste do organismo.

Meirelles (1999);

Zimermam

(2000);

Leite (1987).

Pesquisa com teste: “sentar e alcançar” para avaliar a flexibilidade (AAPERD,1980)

“vai e vem” para avaliar agilidade.

 

Em relação aos testes físicos, houve melhora em todas as qualidades físicas testadas.

Perfil da qualidade de vida de mulheres idosas praticantes de hidroginástica.

Nakagava e Rabelo (2007).

É universal, progressivo e intrínseco.

Barbanti (1990);

Matsudo (2000);

Rocha (2001).

esquisa com questionário SF36 CICONELLI, (1997).

Prática regular da hidroginástica contribui para a melhoria do perfil de qualidade de vida.

Beneficio da atividade física na melhor idade.

Takahashi; Tumelero (2004).

O processo do envelhecimento e acompanhado por uma série de alterações fisiológicas.

Matsudo (1992);

Bonachela (1994);

Leite (1990).

30 pessoas com faixa etária de 60 anos de idade

Balança para controle do peso corporal.

Que a hidroginástica proporciona bem estar físico e mental.

Os benefícios gerados pela pratica de hidroginástica em idosos.

Mello Pinto et al (2008).

O envelhecimento é o processo onde ocorrem varias mudanças fisiológicas no individuo.

Leite (1996);

Matsudo (2000).

 

Revisão bibliográfica.

Através da pratica de exercícios físicos pode se obtiver mais qualidade de vida.

Principais benefícios relacionados aos exercícios físicos em idosos.

Mello Pinto et al (2008)

O envelhecimento é um processo inexorável aos seres vivos e conduz a uma perda de aptidões funcionais do organismo.

Rocha (1994);

Alves (2004);

Cleto (2002).

Revisão bibliográfica.

Através dos benefícios causados pela hidroginástica o idoso torna-se capaz de viver melhor retardando alguns processos de envelhecimento.

Análise da interferência da pratica da hidroginástica no desempenho das AVD’s em indivíduos idosos.

Mazini Filho et al (2009)

A velhice é inevitável e faz parte da vida, portanto o envelhecimento é um processo natural e que a senescência não é patológica, pois é intrínseca a condição humana.

Matsudo (2000);

Pereira (2000).

Pesquisa de campo usando um questionário adaptado por Matsudo e Pereira (2000) questões para dados demográficos a atividades funcionais relacionadas ao dia a dia.

Pode se constatar que a hidroginástica e eficiente na promoção da autonomia dos movimentos físicos dos idosos,

Mantendo a “dependência” como um elemento mais distante da vida dessa clientela.

O envelhecimento e o sistema músculo esquelético.

Pereira et al (2006).

O envelhecimento, processo natural pelo qual todos os seres humanos passam, é caracterizado por diversas modificações do organismo.

Matsudo (2001);

Leite (2006).

Revisão bibliográfica.

A autonomia e qualidade de vida de todas as pessoas em especial dos idosos, deve-se resguardar suas funções com estilo de vida mais ativo e saudável.

Idosos praticantes de atividade física: tendência a estado depressivo e capacidade funcional.

Guimarães et al (2006).

O envelhecimento causa alterações progressivas, nos aspectos funcionais, quer motores, psicológicos e sociais, pelo estilo de vida ou por fatores genéticos.

Silveira (2001);

Moreira (2001).

Pesquisa de campo tipo descritiva.

Aplicação do formulário adaptado por Spoppe; Lousã Neto (1999).

Observou que os idosos praticantes de atividade física tem melhor percepção da capacidade funcional; ou seja, maior autonomia nas atividades da vida diária.

    Segundo a tabela:

  • O método mais utilizado pelos autores foi de pesquisa bibliográfica.

  • Os teóricos mais citados foram Matsudo e Bonachela.

  • O conceito que marcou a idéia de envelhecimento foi de Mazini Filho et al, que define o envelhecimento como um processo natural e que a senescência não é patológica, pois é intrínseca à condição humana.

Conclusão

    A partir desse estudo foi possível perceber que o processo natural do envelhecimento trás consigo alterações fisiológicas, podendo causar dificuldades no idoso ao longo do tempo, principalmente no que diz respeito à capacidade funcional. A hidroginástica se apresenta como uma modalidade de exercício físico seguro que proporciona benefícios, não somente na parte física, mas também aos aspectos emocionais e sociais nessa fase da vida.

    Contudo, é possível concluir que através dos benefícios causados pela hidroginástica, o idoso conseguirá ser capaz de viver melhor, retardando alguns processos naturais do envelhecimento, contribuindo para maior autonomia e independência.

    Entretanto, há uma necessidade de novos estudos que avaliem os efeitos abordados aqui e outros sobre a aptidão física dos idosos.

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  • PINHO, T. S.; ALVES, M. D.; SCHILD, G. F. J.; AFONSO, R. M. A hidroginástica na terceira idade. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, ano 11 - n.102, Nov. 2006. http://www.efdeportes.com/efd102/hidrog.htm

  • NAKAGAVA, C. K. B.; RABELO, J. R. Perfil da qualidade de vida em mulheres idosas praticantes de hidroginástica. MOVIMENTUM - Revista Digital de educação física – Ipatinga: Unileste-MG – V.2 – fev/jul. 2007.

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  • TAKAHASHI, S. R. S.; TUMELERO, S. Benefícios da atividade física na melhor idade. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, ano 10 - n.74, jul. 2004. http://www.efdeportes.com/efd74/idade.htm

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