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Dança educação: interação e corporeidade nas aulas de Educação Física

La danza educativa: interacción y corporeidad en las clases de Educación Física

 

*Mestre em Ciência do Movimento Humano pela Universidade Federal

de Santa Maria/RS, Professora da Universidade do Oeste

de Santa Catarina (UNOESC), campus de São Miguel do Oeste/SC

**Acadêmico do Curso de Educação Física da UNOESC

Campus de São Miguel do Oeste/SC

Andréa Jaqueline Prates Ribeiro*

andrea.ribeiro@unoesc.edu.br

Rodrigo Antonio Kozloski**

rodrigokozloski@hotmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          A Educação Física possui conhecimentos específicos a serem tratados pedagogicamente no contexto escolar. Entre esses conhecimentos, encontra-se a dança. Esse elemento da cultura corporal não é exclusivo do profissional de Educação Física, sendo compartilhada, em outros âmbitos de atuação além da escola, mas dentro da educação física é que se encontra inserido com maior amplitude. É possibilitador do desenvolvimento corporal e social do ser humano de forma completa, uma vez que permite trabalhar todas as qualidades do indivíduo além de seus níveis de percepção e capacidade crítica. O objetivo do presente estudo foi verificar os níveis de interação e corporeidade nas aulas de Educação Física no ensino médio e também evidenciar se o uso da dança propicia uma maior percepção dos alunos e professores a cerca do conteúdo proposto. A pesquisa foi realizada com 30 escolares e 2 professoras da rede pública estadual, sendo uma escola localizada no município de São Miguel do Oeste e outra em Bandeirante, ambas no estado de Santa Catarina. Os resultados obtidos revelaram a não utilização da dança e uma defasagem na capacidade perceptiva de alunos e professores em relação a esse conteúdo. Após a intervenção, conclui-se que houve grande êxito em relação aos níveis de interação e corporeidade durante as aulas de Educação Física, uma vez que fomentou-se diretrizes para o trabalho destes pontos se utilizando da dança como prática educativa. Quanto às questões trabalhadas, a considerada com maior êxito pode ser a questão da percepção onde foi possível aguçar não somente um olhar crítico e pensativo dos alunos, mas também do professor sobre os objetivos do estudo, sendo assim possível semear uma forma mais amplificada de utilizar a dança na Educação Física como prática de ensino. Sendo assim, evidenciou-se que a dança é um campo para percepção e encorajamento para várias formas de trabalho e não somente o rítmico, mas também lúdico e corporal.

          Unitermos: Educação Física. Dança. Interação. Conhecimento corporal. Corporeidade.

 

Abstract

          Physical education has specific knowledge to be addressed pedagogically in the school context. Among these skills, is the dance. This element of physical culture is not unique to physical education professional, being shared, in other spheres of activity beyond the school, but in physical education is that it is inserted with greater amplitude. It is an enabler of development of physical and social human being fully, since it lets you work all the qualities of the individual beyond their levels of perception and criticism. The aim of this study was to determine the levels of interaction and embodiment in physical education classes in high school and also highlight the use of dance provides a greater perception of students and teachers about the proposed content. The survey was conducted with 30 students and two teachers from public schools, with one school located in the municipality of San Miguel West and another in Bandeirante, both in the state of Santa Catarina. The results revealed no use of dance and a perceptual lag in the ability of students and teachers in relation to that content. After the intervention, it is concluded that there was a great success over the levels of interaction and embodiment during physical education classes, once promoted are guidelines for the work of these points using dance as an educational practice. The questions worked, considered the most successful can be considered the question of perception where it was possible to excite not only a critical and thoughtful students of the teacher but also about the objectives of the study, so it is possible to sow a more amplified using dance in physical education teaching. Thus, it became clear that dance is a field for insight and encouragement to various forms of work and not only rhythmic but also playful and body.

          Keywords: Physical Education. Dance. Interaction. Knowledge body. Embodiment.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 161, Octubre de 2011. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    A utilização da dança como prática educativa vem sendo “deixada de lado” durante as aulas de Educação Física de forma a se utilizar mais os esportes coletivos e outras atividades como forma de aprendizado. Esta prática, isto é, a não utilização da dança enquanto conteúdo das aulas de Educação Física, vem sendo pouco explorada nos dias atuais, pois tem sido relegada a segundo plano durante os últimos tempos, sendo por razões particulares de cada professor ou por razões educacionais até então desconhecidas. (GARIBA, 2005).

Segundo Gariba (2005, p.1):

    a educação escolar tem privilegiado valores intelectuais em relação a valores corporais. Giffoni (1973, p.15 apud GARIBA, 2005), afirma que os problemas educacionais "(...) quase sempre são considerados pelo lado intelectual, constituindo uma das faltas da educação". Bèrge (1988, p.24 apud GARIBA, 2005) também concorda quando utiliza a metáfora "(...) O cérebro se empanturra, enquanto o corpo permanece esfomeado."

    Sendo assim, a partir do presente estudo busca-se, através de uma formação mais consistente e coerente, uma forma mais coesa de se utilizar e Educação Física dentro das escolas como disciplina para formação do ser completo. Busca-se também uma forma mais ampla de utilização dos seus conteúdos para o beneficio de um todo e não apenas um enlace para cumprir uma carga horária previamente designada.

    O tema do presente estudo centrou-se nos aspectos sociais e de corporeidade baseados na prática educativa se utilizando da dança como instrumento de docência, sendo esta pouco utilizada nas séries finais e no ensino médio, das escolas públicas.

    Por ser a dança uma prática que dificilmente busca vencedores, torna menos competitivas as atividades baseadas nelas, buscando uma maior interação e o contato é eminente, por que conforme salientam Chiarelli e Barreto (2005, p.3):

    A criança aos poucos vai formando sua identidade, percebendo-se diferente dos outros e ao mesmo tempo buscando integrar-se com os outros. Nesse processo a auto-estima e a auto-realização desempenham um papel muito importante. Através do desenvolvimento da auto-estima ela aprende a se aceitar como é com suas capacidades e limitações.

    Tal forma de ensino, com a utilização da dança, produz uma forma coesa e perceptiva de interação entre os alunos da turma. Segundo Steinhilber (2000, p.8 apud GARIBA, 2005) "Uma criança que participa de aulas de dança (...) se adapta melhor aos colegas e encontra mais facilidade no processo de alfabetização". Tal afirmação é fundamental, pois é de extrema importância proporcionar atividades onde seja facilitada a aproximação dos alunos, entre eles e com os professores, pois os alunos são mais produtivos quando o processo de interação ocorre. Segundo Gariba (2005 apud PEREIRA et al, 2001, p.61):

    A dança é um conteúdo fundamental a ser trabalhado na escola: com ela, pode-se levar os alunos a conhecerem a si próprios e/com os outros; a explorarem o mundo da emoção e da imaginação; a criarem. A explorarem novos sentidos, movimentos livres (...). Verifica-se assim, as infinitas possibilidades de trabalho do/ para o aluno com sua corporeidade por meio dessa atividade.

    A partir do exposto, percebe-se que a dança é de total importância na escola. E Oliveira (2001) ainda complementa ao falar sobre movimento consciente, uma vez que é importante que as pessoas se movimentem tendo consciência de todos os gestos, pensando e sentindo o que realizam. É necessário que tenham a sensação de si mesmos, caso contrário, estaremos diante da deseducação Física.

    Sabe-se que esta não é uma atividade de domínio fácil de aplicar na escola, mas também não é de cunho impossível, e cabe ao professor buscar aperfeiçoar-se. Nesse sentido Santoso e Freitas (2010, p.1) comentam que "o professor precisa adaptar o conteúdo à realidade do aluno, mas uma das grandes dificuldades é aplicar o conteúdo na prática". Dessa forma, é fundamental que o professor entenda como funciona a Dança para poder organizar atividades que possam atender às necessidades do aluno dentro de sua realidade, e usá-la conjuntamente com outras disciplinas de forma interdisciplinar.

    Sendo assim, o presente estudo objetivou verificar como é a interação e o conhecimento corporal nos alunos de ensino médio de escola pública municipal de Bandeirante/SC e São Miguel do oeste, com o intuito de implementar estratégias intervencionistas utilizando-se da dança nas aulas de Educação Física escolar, de tal forma a contribuir para melhorias em relação à interação e corporeidade desses alunos.

Metodologia

    A pesquisa se caracteriza como descritiva de campo uma vez que, segundo Cervo (1996, p. 49) "observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis) sem manipulá-los".

    Por tratar-se de um trabalho intervencionista trata-se de uma pesquisa de cunho participante pois envolve a comunidade e o pesquisador diretamente e de acordo com Brandão (1984) tem um enfoque de investigação social onde se se busca plena participação da comunidade na análise de sua própria realidade, com objetivo de promover a participação social para o benefício dos participantes da investigação.

    A amostra foi constituída por 18 indivíduos do sexo feminino e 12 do masculino, com idade de 15 e 16 anos, estudantes da 1ª série do ensino médio e por 2 professores de Educação Física das escolas Helio Wassum e São João Batista dos municípios de Bandeirante/SC e São Miguel do Oeste/SC, respectivamente.

    O critério de inclusão foi à entrega do TCLE assinado, sendo que os que não o entregaram foram excluídos da pesquisa.

    Para coleta dos dados utilizou-se de uma entrevista semi estruturada que foi aplicada a professores e alunos das respectivas escolas. A entrevista foi realizada antes e depois da proposta metodológica (intervenção), com intuito de verificar como foi à intervenção em relação aos objetivos do presente estudo.

    Também foi utilizado um diário de campo onde foram anotados aspectos relacionados às diretrizes do presente estudo e também aspectos relevantes para produção do mesmo.

    Primeiramente efetivou-se o contato com as escolas informando a natureza e propósito do trabalho e solicitando autorização para realização do mesmo. Em seguida foram encaminhados, para os professores de Educação Física das escolas, o Termo Livre e Esclarecido – TCLE para que eles assinassem e também encaminhassem aos pais ou responsáveis dos alunos, solicitando que autorizassem a participação dos adolescentes no presente estudo e a utilização dos dados obtidos para veiculação do conhecimento nos meios de divulgação científico devidamente reconhecido, sem que este ato pudesse submeter o avaliado a qualquer tipo de constrangimento ou prejuízo de qualquer ordem.

    Para a coleta de dados, o pesquisador, que realizou as avaliações, se deslocou às escolas dos municípios de São Miguel do Oeste/SC e Bandeirante/SC, conforme agendamento feito previamente, e foram avaliados todos os estudantes e professores de Educação Física referentes a duas turmas do primeiro ano de respectivas escolas, que estiveram presentes na mesma, no dia da coleta e que entregaram o TCLE assinado.

    Os avaliados responderam a uma entrevista semi-estruturada contendo questões relacionadas aos objetivos do estudo, a partir das quais foram feitas as comparações.

    De posse dos resultados da entrevista, iniciarem-se as aulas propriamente ditas (intervenção), com foco nas variáveis interação e corporeidade e ao término do período de intervenção, novamente realizou-se a entrevista com os professores de Educação Física e alunos das turmas avaliadas.

    A abordagem utilizada nas aulas foi a crítico-emancipatória e as atividades sempre tinham problematizações, ocorrendo em diferentes momentos da aula.

    Ao final desse período, novamente foi realizada a entrevista e realizada nova análise conjunta (alunos do ensino médio e pesquisador), com o intuito de avaliar o que foi desenvolvido durante a realização da pesquisa e sobre os resultados obtidos.

    Utilizou-se a análise de conteúdo para análise dos dados e também a análise de freqüência.

    Os dados foram retornados aos participantes da pesquisa, sendo explicados os resultados alcançados e discutidas estratégias que pudessem contribuir nas aulas de Educação Física.

Discussão

Primeira entrevista: diagnóstico

    Após ser realizada a apresentação à escola e a devolução por parte dos alunos do TCLE, sendo este o fator determinante para inclusão dos alunos e professores na pesquisa, promoveu-se a realização da entrevista semi-estruturada para diagnóstico da turma. Foi realizada a análise das respostas dadas na entrevista, partiu-se então para intervenção.

    Tanto a entrevista como a intervenção foram realizadas com um total de trinta (30) alunos e dois (2) professores. Desses, 14 alunos localizados no município de Bandeirante/SC e 16 no município de São Miguel do Oeste/SC.

    Após os questionamentos serem realizados a cada educando das duas escolas, verificou-se que não houve grande diferenciação nas respostas, sendo que em ambas as escolas o tempo de participação nas aulas de Educação Física é de 3 anos, isso é, participam desde a pré-escola.

    Já nas respostas da segunda pergunta (se o conteúdo dança é abordado e/ou utilizado nas aulas de educação de Educação Física), houve disparidade entre as escolas, sendo que os alunos da escola localizada no município de São Miguel do Oeste responderam que nunca estiveram presentes em aulas onde a dança fosse conteúdo da Educação Física. No entanto, os alunos da escola do município de Bandeirante salientaram que esse tipo de atividade já é "corriqueira", mas não nas aulas de Educação Física e sim em outro horário à noite.

    Não há explicação que sustente, de fato, a não utilização da dança como conteúdo escolar, pois segundo Verderi (1998, p.12), muitas coisas ocorreram no ensino ao longo dos anos. No entanto, continua-se não considerando relevante a educação rítmica nas aulas de Educação Física. A atividade musical, o contato com o som, o ritmo, o movimento, o incentivo as artes, unidos aos jogos recreativos, estão enquadrados no que tange ao desenvolvimento da formação do homem.

    Se percebe, ao longo deste estudo, uma gama de fatores que levam a recordar a importância de se utilizar a educação rítmica, no papel da dança, como um meio educacional, preocupada com a corporeidade de seu praticante e dos benefícios que a exploração dessa corporeidade estará promovendo para os alunos.

    Durante a entrevista com os professores as colocações, quanto a não utilização nas atividades envolvendo dança, os professores relataram que não tiveram muita capacitação durante sua vida acadêmica, e segundo eles a escola e os alunos não se mostram muito receptivos para esse tipo de atividade. Sendo assim, constatou-se que pelo fato de os alunos serem de escolas de nível público, os mesmos não se sentem obrigados, nem tão pouco comprometidos a participarem de atividades que envolvam dança.

    Frente a esse resultado, verifica-se que os alunos tem pouca ou nenhuma atividade desse gênero, uma vez que alguns chegaram a comentar que é mais fácil sair em finais de semana para dançar do que fazer isso na escola. Assim os alunos preferem "correr atrás de uma bola" do que "perder tempo com essa coisa" (fala de alguns alunos entrevistados). Assim nota-se certa aversão por parte dos alunos à prática da dança nas aulas de Educação Física. Da mesma forma os professores, uma vez que dizem que "não irão montar uma aula para serem repudiados pelos alunos pois não ganham pra isso".

    Sendo assim, percebe-se, nas respostas dadas pelos professores, que a dança é pouco ou remotamente utilizada pelos mesmos, perdendo-se assim uma prática pedagógica muito importante. Isso é confirmado por Cunha (1992, p. 13) ao salientar que ao vivenciar as práticas corporais como fenômeno cultural, é possível contribuir para formar homens capazes de serem sujeitos na construção de uma sociedade, uma vez que a prática dos esportes, dos jogos e das danças é, também, uma forma de se apropriar do mundo e não apenas fugir dele. A escola sempre reflete os conflitos e contradições presentes na sociedade, o que permite que sejam compreendidos os interesses dominantes que articulam a organização, a administração e a definição de meios e fins na estrutura escolar, além de possibilitar que sejam situados os compromissos políticos pedagógicos do dia-a-dia.

    Quando buscou-se investigar se os alunos possuíam algum tipo de preconceito sobre a atividade de dança, quase a totalidade, ou seja, vinte e quatro respostas foram positivas e apenas seis foram negativas, mostrando pouca aversão ao conteúdo dança, mostrando-se portanto receptivos a atividades relacionadas com esse conteúdo dentro das aulas de educação física.

    Conforme Santoso (2010), a dança, enquanto atividade pedagógica, ensina o aluno à capacidade de se perceber e se posicionar na sociedade, identificando através do movimento seus limites. Isso poderá ajudá-lo na construção da personalidade, a entender a importância das regras e o convívio em sociedade.

    As respostas relacionadas à imagem corporal, demonstraram que os adolescentes se percebem, no seu olhar e no do outro, com alguma proximidade de como realmente são.

    Identificou-se também que a maioria não possuíam problemas de relacionamento com colegas nem com professores.

Intervenção

    A partir do diagnóstico, partiu-se para implementação e realização da intervenção utilizando-se da dança como ferramenta para melhorar e promover novas experiências quanto às questões de interação e corporeidade.

    Observou-se que, mesmo se tratando de uma turma de ensino médio, o nível de desprendimento foi gigantesco, ou seja, nunca observam o valor pedagógico da aula e sim somente estão interessados na parte lúdica, portanto, notou-se que estes alunos não estavam muito preocupados com o porquê da aula, ou seja, os objetivos das atividades trazidas pelo professor.

    Dos aspectos diagnosticados, o mais crítico foi à interação pois pode-se observar que os alunos se separavam por grupos na sala de aula, e também na educação física, sendo que essa é uma das melhores ferramentas para se trabalhar esse “problema” pois segundo Boato (2002, p.03) "(...) a educação deve satisfazer às necessidades orgânicas, relacionais, afetivas e intelectuais para que haja a construção do 'Eu' e sua relação com o outro e com o mundo dos objetos".

    O trabalho, de certa forma, mostrou-se complexo nos primeiros encontros, pois os alunos mostravam-se retraídos e contidos no desenvolvimentos das atividades. A partir das anotações no diário de campo, notou-se a necessidade de utilizar-se atividades mais lúdicas do que as que vinham sendo usadas até o momento.

    De acordo com Fonseca (2008, p.392):

    ao brincar, a criança envolve-se em uma atividade psicomotora extremamente complexa, não só enriquecendo a sua organização sensorial, como estruturando a sua organização perceptiva, cognitiva e neuronal, elaborando conjuntamente sua organização motora adaptativa.

    A partir do sexto encontro percebeu-se que os alunos estavam mais inteirados com o pesquisador, podendo se trabalhar de forma mais ampla e significativa, sendo portanto a partir deste período, notável que os alunos se sentiam envolvidos no trabalho que estava sendo realizado. Percebeu-se maior envolvimento por parte dos alunos de seus aspectos interacionais e corporais. Nesse sentido, Cunha (1992, p.13.) relata: “acreditamos que somente a escola, através do emprego de um trabalho consciente de dança, terá condições de fazer emergir e formar um indivíduo com conhecimento de suas verdadeiras possibilidades corporais-expressivas”.

    As possibilidade de trabalho com a dança forma inúmeras durante a intervenção podendo-se observar que os alunos se mostravam encorajados a sugerir e a interagir com os demais em busca de novas atividades notando-se assim um maior nível de interação. Nesse sentido Pereira et al. (2001, p.60) salienta:

    "Para que esses objetivos sejam alcançados em aulas de dança na escola, o conteúdo desenvolvido deve caracterizar-se por uma lógica didática com relação a seus objetivos, à organização dos conteúdos, à escolha metodológica, aos procedimentos a serem tomados. Sobretudo, todas essas decisões devem ser tomadas sob uma concepção de educação e, portanto, de Educação Física, para que efetivamente o professor venha a escolher o caminho correto para a consecução dos seus objetivos educacionais."

    Durante a pesquisa fez-se um encontro com os pais onde os alunos, ao visualizar seus pais realizando atividades de dança as quais eles achavam pouco atrativas, acabaram sentindo-se instigados, estimulados a participar das atividades.

    Nesse encontro, evidenciou-se o porquê de certos alunos mostrarem-se contrários a certas atividades, pois os primeiros exemplos sejam eles preconceituais ou não vem diretamente do seu primeiro habitat, ou seja, sua casa, onde os primeiros termos de vida são construídos. Portanto foi a partir deste encontro, onde objetivou-se a quebra de algumas barreiras e conceitos pré estabelecidos, que houve um maior envolvimento durante as aulas, entre pesquisados e pesquisador.

    É necessário também, perceber que a dança enriquece não somente o corpo mas também o ser humano por completo cabendo a nós professores o direcionamento deste conteúdo para tal possibilidades. Com base no exposto, Gariba, (2005,p.1) comenta:

    Estas discussões apontam para o compromisso que se deve ter enquanto educador, assumindo uma atitude consciente na busca de uma prática pedagógica mais coerente com a realidade, em que a dança leva o indivíduo a desenvolver sua capacidade criativa numa descoberta pessoal de suas habilidades, contribuindo de maneira decisiva para a formação de cidadãos críticos autônomos e conscientes de seus atos, visando a uma transformação social.

    Tratando-se da questão corporal Caminada (1999) ressalta que, para que alcance a linguagem do corpo é preciso desenvolver as diferentes possibilidades do movimento corporal, que exige a descoberta do próprio corpo como via de sua sensibilização, vivência e conscientização, ou seja, perceber os aspectos físicos e psíquicos do corpo e suas inter-relações, e a dança, têm exatamente esse intuito.

    Ao longo da intervenção foram introduzidas atividades mais soltas e desenvolvidas de forma totalmente lúdicas, notando-se a evolução corporal e interacional dos alunos, com atividades notavelmente simples como por exemplo a dança do jeb-jeb, onde os alunos se dispunha num círculo iniciando os movimentos e seu colega ao lado deveria fazer todos os movimentos anteriores ao seu e acrescentar mais um, possibilitando assim uma criação mais livre e descontraída.

    Houve também atividades onde os alunos deveriam incorporam movimentos descontraídos e de grupo onde seu envolvimento corporal seria muito maior, onde a apropriação conceitual também seria muito maior, como a dança da quadrilha, a polonesa e a partir da qual sua movimentação possibilitava uma maior interação e envolvimento dos participantes.

    A maior participação foi percebida a partir da introdução das danças de salão e populares que possibilitaram maior movimentação artística, propiciando desenvolver aspectos corporais e físicos. Danças como por exemplo o frevo modificado e também o tango, onde os alunos se mostraram bem receptivos com essa forma de trabalho.

    Assim este conteúdo de dança na educação física escolar possibilita aos profissionais de educação física uma maior possibilidade de trabalho direcionado a um contexto mais amplo, e não somente a aprimoração física e motora, ou ainda, o aprendizado das modalidades esportivas. Possibilita promover uma reestruturação psicológica, mental e física dos alunos, pois segundo Viera (2009,p.2):

    constatou-se que a expressão corporal, nas suas diferentes dimensões, é uma das melhores características do ser humano de se expressar e aprender pela troca de experiências, pela criatividade e oportunidade de relacionamentos professor aluno, sendo um desafio que leva a descoberta, principalmente nas relações intergrupais. A vivência corporal é uma experiência, um consumo cultural, criando e recriando papéis diferentes.

    Afirma-se assim que a melhor intervenção ocorreu com uma maior ênfase nos aspectos interação e coordenação a partir do momento após o encontro com os pais nas duas escolas, pois a partir deste encontro os pais se estruturou um novo campo mais amplo de interação e significativa “liberdade” pois a partir deste encontro e das demais aulas que se seguiram os alunos encontraram-se mais dispostos ao trabalho em grupo e demais atividades envolvendo a dança.

Segunda entrevista: resultados após a intervenção

    A realização da entrevista semi-estruturada após a promoção da intervenção apresentou uma variação dos pontos questionados da pesquisa, sendo perceptível uma mudança de cunho positivo para a maioria dos questionamentos, demonstrando uma melhora dos aspectos estudados que eram interação e corporeidade. Constatou-se uma modificação nas respostas, pois os alunos mostraram-se mais perceptivos à questão contextual da dança, ou seja, quanto à parte rítmica e lúdica de várias atividades realizadas por eles, assim como Scarpato (2001, p. 59), relata que:

    Deve partir do pressuposto de que o movimento é uma forma de expressão e comunicação do aluno, objetivando torná-lo um cidadão crítico, participativo e responsável, capaz de expressar-se em variadas linguagens, desenvolvendo a auto-expressão e aprendendo a pensar em termos de movimento.

    Pode-se verificar ainda, que a dança em si para os alunos e professores é trabalhada de forma completa somente em apresentações e eventos, momentos esses que a escola incentiva.

    Quando questionados se sentiam-se satisfeitos com a forma com que a dança é trabalhada no ensino médio, sobre gostar de trabalhar ou participar de atividades que se utilizem da dança, houve uma totalidade de respostas negativas para esta questão na primeira entrevista, já na segunda as respostas foram totalmente positivas.

    Quanto à questão que questionava aos avaliados sobre o número de aulas de educação física que eles participavam por semestre onde o conteúdo de dança estava inserido, não souberam definir ao certo um número especifico, mas relataram que foram "algumas aulas", ou então "fizemos umas aulas que tinha" ou ainda "teve umas aulas perdida". Percebe-se então, um aumento de revelação e da apropriação de atividades “corriqueiras” observadas por eles que tem envolvimento rítmico, mas mesmo assim mostrando uma grande defasagem no conteúdo da dança nas aulas de educação física. Segundo Katz (1987, p. 10):

    [...] pode enriquecer a prática da Dança e também a da Educação Física. Porque o que mais tem feito falta no desenvolvimento dos dois setores é o debate fundamentado. Sem informação não se sai do lugar... Devemos usar essa aliança para promover desde experiências que possibilite o aprimoramento de sua criatividade e interpretatividade.

    A questão que propunha para aos alunos e os professores que atribuíssem nota ao seu interesse por atividades com dança apresentou um elevado crescimento nas notas, mostrando assim que após a intervenção houve maior interesse dos alunos por este tipo de atividade.

    Uma das questões que questionava os alunos e professores sobre se estes possuíam algum tipo de preconceito quanto a atividades que se utilizavam da dança, sendo totalizada novamente como na primeira entrevista, respostas negativas, em sua totalidade.

    A partir do encontro realizado com os pais, foi possível um conhecimento perceptível da nascente do por que deste "constrangimento" com atividade de dança. Os pais também sentiram-se constrangidos para realizar a atividade proposta, a qual envolveu ritmo, música e movimentos diversos.

    Segundo Marques (1997, p. 21) em primeiro lugar, não são poucos os pais de alunos, e os próprios alunos, que ainda consideram a dança "coisa de mulher". De acordo com a situação apresentada pelos pais e confrontando com o que a autora apresenta provavelmente os pais tenham essa percepção. Isso pode ser observado a partir de conversas paralelas durante a realização da atividade.

    Quando na segunda entrevista foram solicitados para citarem uma atividade aplicada pelo professor que tivessem participado, onde incluísse a dança para o ensino médio), a variação para a primeira entrevista foi total, pois relataram que em algum momento durante o semestre havia acontecido atividades envolvendo a dança. Relataram também, que em algumas aulas o professor titular havia lembrado que os alunos já tinham realizado alguma atividade que envolvia a dança.

    Esta questão, dentre todas as apresentadas, foi uma das que mais obteve variação, sendo perceptível uma diferenciação da primeira para a segunda entrevista, possibilitando assim ao aluno um olhar perceptivo sobre as atividades, adquirindo postura mais criterioso, onde foi possível perceber mais amplamente a intencionalidade das atividades propostas pelo professor. Tal achado concorda com Marques (1997, p.20): "É nesta perspectiva da diversidade e da multiplicidade de propostas e ações que caracterizam o mundo contemporâneo que seria interessante lançarmos um olhar mais crítico sobre a dança na escola".

    Com o propósito de verificar com os alunos suas percepções sobre seu estado corpóreo, a partir das respostas de como eles se viam e como eles acreditavam que os outros lhe viam, percebeu-se que houve melhoras, pois quando comparadas as respostas da primeira para a segunda entrevista, os alunos conseguiram se perceber de forma bem mais próxima de como realmente são.

    Nas questões que buscavam verificar os níveis de interação, houve variação significativa e positiva.

    Na seqüência, onde pesquisou se os níveis de relacionamento entre professor e alunos, que na primeira entrevista as respostas foram assinaladas como ruins, na segunda os alunos relataram que estão melhorando significativamente.

    Dessa forma, os dados nos fazem acreditar que os alunos apresentaram uma maior interação a partir da intervenção realizada, sendo este aspecto muito importante. Como Souza (2001,p.45) afirma, a cooperação e a participação social são despertadas na medida em que os alunos forem tomando ciência de que, no grupo, todos são importantes.

Percepção dos alunos frente à proposta implementada

    Durante a intervenção, freqüentemente, os alunos eram questionados sobre o que estava sendo realizado. As respostas dadas foram anotadas no diário de campo e são descritas a seguir.

    A percepção apresentada pelo alunos durante as aulas foi por assim dizer muito bem desenvolvida, partindo-se de um patamar quase nulo para um alto entendimento intencional do porque das atividades, sendo este entendimento muito ressaltado por alguns autores (GARIBA, 2010; MARQUES, 2001; VERDERI, 1998) os quais consideram de suma importância para o desenvolvimento e compreensão.

    O adolescente necessita de experiências que possibilitem a ela o uso de criatividade, interpretação enfatizando o aspecto lúdico através da liberdade de movimento. Verderi (1998), diz que a dança na escola deverá propiciar atividades que geram ação, decisão e reflexão sobre os resultados de suas ações para que assim possam modificá-la a partir do momento que surgem problemáticos, reforçando a auto-estima, a auto-confiança, assim as atividades desenvolvidas na escola. Segundo a mesma autora, devem ser naturais, envolvendo caminhar, correr, saltitar, girar, rastejar, entre outros, também devem estimular o desenvolvimento da noção de tamanho, forma, agrupamento, seguindo uma seqüência pedagógica que inicia do mais simples para o complexo; do concreto para o abstrato; do espontâneo para o específico.

    Deve-se possibilitar ao aluno desempenho individual para que se exija sua auto-reflexão frente às atividades e participação em grupo para favorecer o enriquecimento de experiências corporais. Atividades que envolvam sentimentos, emoções e identificação de sua imagem pessoal, atividades que exijam do aluno agir, reagir, interagir com seu grupo e com os outros.

Percepção dos professores frente à proposta implementada

    Durante a intervenção os professores também foram questionados sobre o trabalho que estava sendo realizado e os resultados são descritos a seguir.

    A percepção dos professores pode ser identificada a partir do ponto em que em algumas atividades foram promovidas em que o pesquisador realizava-as com os alunos. Relataram que antes da pesquisa, quando faziam essas atividades na turma, não havia envolvimento rítmico ou de interação e conhecimento corporal.

    Sendo este um dos aspectos classificados como um dos mais positivos a partir dos objetivos da pesquisa, percebeu-se que houve uma grande evolução, não somente dos alunos mas também dos professores, criando assim uma consciência positivista frente aos aspectos relacionados à dança.

    Alguns professores relataram que receberam pouca ou nenhuma formação para atuar com dança na escola, durante sua formação acadêmica. Nesse sentido Rangel (2002, p. 61), salienta:

    É certo que a pouca utilização desta atividade em propostas escolares, pode ser um reflexo de sua situação nos cursos de graduação em Educação Física (licenciatura), da visão com que os graduandos têm a respeito da dança e, conseqüentemente do enfoque que a mesma tem recebido, além da falta de licenciatura em cursos superiores de dança.

    Mas em contraposição, como relatou umas das professoras “Não adianta arrumar desculpa para se esconder atrás”. Essa é uma afirmação coerente, pois segundo Strazzacappa (2001, p.3), muitos professores esperam receita de bolo para ensinar dança. A autora salienta que os professores que quando estão próximo de um evento e são obrigados a preparar alguma atividade com os alunos, preferem copiar fórmulas prontas, ao invés de buscar aprender a trabalhar com o corpo na prática antes de dar aulas, cursos como esse são necessários principalmente para quem não tem afinidade em dança, e quem já o tem é necessário compreender as diferenças existentes na dança educacional.

    Sendo assim, quase que a totalidade das respostas mostraram-se positivas. A dança é uma prática muito aconselhável para o desenvolvimento, pois segundo Marques (1997, p 7) do ponto de vista social, o conhecimento direto da dança permite uma percepção crítica, tanto da dança quanto de suas relações consigo e com o mundo. A dança desenvolve atenção, memória, raciocínio e imaginação, com vantagens no estudo, no trabalho, nas amizades e no lazer. "Entre outros benefícios, a dança proporciona: melhoria nas relações interpessoais, ajuda na saúde mental, redução de ansiedade, stress e sedentarismo.

Conclusão

    A partir dos resultados, conclui-se que houve grande êxito em relação aos níveis de interação e corporeidade durante as aulas de Educação Física, uma vez que fomentou-se diretrizes para o trabalho destes pontos se utilizando da dança como prática educativa.

    Sendo o propósito do trabalho realizar atividades que promovessem o desenvolvimento do ser humano com o grupo e com ele mesmo, as atividades com dança foram de suma importância para desenvolver estas questões, possibilitando um desenvolvimento extenso de conteúdo.

    Quanto às questões trabalhadas a considerada com maior êxito pode ser considerada a questão da percepção onde foi possível aguçar não somente um olhar crítico e pensativo dos alunos mas do professor sobre os objetivos do estudo, Sendo assim, foi possível semear uma forma de utilizar a dança na Educação Física como prática de ensino, possibilitando aos indivíduos envolvidos no trabalho, incorporar uma nova maneiro de se pensar a dança em relação à Educação Física escolar.

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EFDeportes.com, Revista Digital · Año 16 · N° 161 | Buenos Aires, Octubre de 2011
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