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ISSN 1514-3465

 

Reflexões sobre os protocolos do Programa Nacional 

de Segurança do Paciente em um hospital público

Reflections on the Protocols of the National Patient Safety Program in a Public Hospital

Reflexiones sobre los protocolos del Programa Nacional 

de Seguridad del Paciente en un hospital público

 

Adaíse Passos Souza Amaral*

adaisepassos@gmail.com

Gleide Magali Lemos Pinheiro**

gleidemlp@gmail.com

 

*Mestra em Ciências da Saúde pelo Programa de Pós Graduação

em Enfermagem e Saúde (PPGES)

da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)

**Doutorado em Enfermagem

pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

(Brasil)

 

Recepção: 07/10/2018 - Aceitação: 02/12/2020

1ª Revisão: 22/05/2019 - 2ª Revisão: 29/10/2020

 

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Citação sugerida: Amaral, A.P.S., & Pinheiro, G.M.L. (2021). Reflexões sobre os protocolos do Programa Nacional de Segurança do Paciente em um hospital público. Lecturas: Educación Física y Deportes, 25(272), 146-158. Recuperado de: https://doi.org/10.46642/efd.v25i272.908

 

Resumo

    O Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) foi instituído no Brasil, em 2013, com o intuito de contribuir com a qualificação do cuidado em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional. Objetivo: Descrever as reflexões sobre a implantação dos protocolos do Programa Nacional de Segurança do Paciente em um hospital público. Método: trata-se de relato de experiência, a partir de observação in loco, sobre a possibilidade de implantação dos protocolos do PNSP em um hospital público no interior da Bahia. Resultados e discussão: A implantação dos protocolos esbarra em entraves, como a falta destes protocolos na unidade, deficiências na estrutura física, aquisição e manutenção de materiais de consumo e permanentes, e inconsistência da cultura de segurança do paciente na instituição. Como fator positivo, o hospital possui o Núcleo de Segurança do Paciente, que pode elaborar os protocolos voltados à realidade local e os indicadores para monitoramento, e planejar as ações para sua implantação. Conclusão: Os protocolos são viáveis para implantação no hospital do estudo, devendo ser encorajados sua implementação e seguimento.

    Unitermos: Segurança do paciente. Protocolo. Qualidade da assistência à saúde.

 

Abstract

    The National Patient Safety Program (PNSP) was established in Brazil in 2013 with the aim of contributing to the qualification of care in all health facilities in the national territory. Objective: To describe the reflections on the implementation of the protocols of the National Patient Safety Program in a public hospital. Method: this is an experience report, from on-site observation, about the possibility of implementing the PNSP protocols in a public hospital in the interior of Bahia. Results and discussion: The implementation of the protocols encounters obstacles such as the lack of these protocols in the unit, deficiencies in the physical structure, acquisition and maintenance of consumable and permanent materials, and inconsistency of the patient safety culture in the institution. As a positive factor, the hospital has the Patient Safety Center, which can elaborate the local reality protocols and indicators for monitoring, and plan the actions for its implementation. Conclusion: The protocols are feasible for implantation in the hospital of the study, and their implementation and follow-up should be encouraged.

    Keywords: Patient safety. Protocols. Quality of health care.

 

Resumen

    El Programa Nacional de Seguridad del Paciente (PNSP) fue establecido en Brasil en 2013, con el objetivo de contribuir a la calidad de la atención en todos los establecimientos de salud del territorio nacional. Objetivo: Describir las reflexiones sobre la implementación de los protocolos del Programa Nacional de Seguridad del Paciente en un hospital público. Método: Se trata de un informe de experiencia, basado en la observación in situ, sobre la posibilidad de implementar protocolos de PNSP en un hospital público del interior de Bahía. Resultados y discusión: La implementación de los protocolos tropieza con obstáculos, como la falta de estos protocolos en la unidad, deficiencias en la estructura física, adquisición y mantenimiento de materiales consumibles y permanentes, e inconsistencia en la cultura de seguridad del paciente en la institución. Como factor positivo, el hospital cuenta con el Centro de Seguridad del Paciente, que puede desarrollar protocolos para la realidad local e indicadores de seguimiento, y planificar acciones para su implementación. Conclusión: Los protocolos son viables para su implementación en el hospital del estudio y se debe incentivar su implementación y seguimiento.

    Palabras clave: Seguridad del paciente. Protocolo. Calidad de la atención de salud.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 25, Núm. 272, Ene. (2021)


 

Introdução 

 

    O pai da Medicina Hipócrates (460 a 370 a.C.), desde sua época, tinha a noção que o cuidado poderia causar algum tipo de dano e cunhou o postulado Primum non nocere, que significa – primeiro não cause o dano. Ao longo da história, este e outros personagens contribuíram com a melhoria da qualidade em saúde, reconhecendo a importância da transmissão da infecção pelas mãos, da organização do cuidado, da criação de padrões de qualidade em saúde, da avaliação dos estabelecimentos de saúde, da variabilidade clínica e da medicina baseada em evidência. (Brasil, 2014)

 

    O reconhecimento da importância do tema qualidade e segurança no cuidado está diretamente relacionado à percepção, no final da década de 1990, do aumento de despesas com erros médicos e a exploração pela mídia de alguns casos de pacientes que vivenciaram efeitos adversos, quais sejam quedas, administração incorreta de medicamentos, falhas na identificação do paciente, erros em procedimentos cirúrgicos, infecções, mau uso de dispositivos e equipamentos médicos, dentre outros. Tal fato fez com que os governos e pesquisadores da área da saúde, detectassem a necessidade de elaboração de políticas públicas que regulamentassem as formas de conduzir o assunto. (Brasil, 2015)

 

    Com o avanço dos conhecimentos científicos, houve uma mudança na forma de prestação de cuidados, observando-se que o cuidado à saúde, que antes era simples, menos efetivo e relativamente seguro, passou a ser mais complexo, mais efetivo, porém potencialmente perigoso (Brasil, 2014). Por isso, a Segurança do Paciente passa a ser entendida como um componente essencial da qualidade do cuidado, e tem adquirido, em todo o mundo, importância cada vez maior para os pacientes e suas famílias, para os gestores e profissionais de saúde no sentido de oferecer uma assistência segura e de qualidade.

 

    Os incidentes associados ao cuidado de saúde, e em particular os eventos adversos (incidentes com danos ao paciente), representam uma elevada morbidade e mortalidade em todos os sistemas de saúde. Dessa forma, a Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou, em outubro de 2004, a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, com o objetivo de despertar a consciência profissional e o comprometimento político para uma melhor segurança na assistência à saúde (OMS, 2009). No Brasil, o Ministério da Saúde instituiu, em 2013, o Programa Nacional de Segurança do Paciente – PNSP, com o intuito de contribuir com a qualificação do cuidado em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional.

 

    Inserido neste contexto, o presente estudo trata-se de um produto do curso de especialização em Qualidade e Segurança do Cuidado ao Paciente (QSCP), promovido a partir da parceria do Ministério da Saúde e do Hospital Sírio Libanês, oportunizando que profissionais do Sistema Único de Saúde estabeleçam olhares mais reflexivos sobre o tema qualidade e segurança do cuidado, de forma a gerar conhecimentos elaborados coletivamente sobre o tema qualidade e segurança no cuidado ao paciente.

 

    Assim, por meio de análise crítica de sínteses reflexivas produzidas durante o curso, essa produção está centrada no processo de implantação dos protocolos de segurança do paciente do PNSP, fazendo um paralelo com a responsabilidade de aplicar os conhecimentos adquiridos e, com vistas a contribuir para a transformação da realidade atual. Nesse sentido, objetiva descrever as reflexões sobre o processo de implantação dos protocolos do Programa Nacional de Segurança do Paciente na realidade de um hospital público no interior da Bahia.

 

Método 

 

    O presente artigo trata-se de pesquisa qualitativa, do tipo relato de experiência oriundo do curso de especialização em Qualidade e Segurança no Cuidado ao Paciente (QSCP).As reflexões foram produzidas a partir das observações in loco realizadas em um hospital público, e dos produtos construídos ao longo do referido curso de especialização no período de novembro de 2015 a novembro de 2016.

 

    As sínteses reflexivas dos protocolos configuram-se como produtos das atividades de aprendizagem autodirigidas, que segundo Brasil (2015, p. 39), “representa espaços protegidos na agenda dos participantes para que realizem suas buscas e análise de informações”. Para a elaboração individual das sínteses reflexivas, foram realizados primeiramente em grupo movimentos de aprendizagem no decorrer do curso, em que ocorria a discussão dos protocolos em reuniões grupais, com posterior apresentação e socialização da produção coletiva, em geral por meio de slides.

 

    Após este processo, cada especializando elaborou a reflexão individual sobre os protocolos trabalhados, desenvolvendo sua autonomia no processo de aprendizagem. Para nortear esta etapa, foram seguidas as três perguntas levantadas no roteiro de estudo:

  1. Qual a viabilidade da aplicação deste protocolo na minha realidade?

  2. Como construo a viabilidade da implantação deste protocolo na minha prática?

  3. Como posso me preparar para as dificuldades que enfrentarei?

    Considerando estes questionamentos, as sínteses refletem as possibilidades de implantação dos protocolos discutidos no curso na realidade local, que neste estudo trata-se de um hospital público no interior da Bahia, destinado integralmente a atendimentos do SUS.

 

Resultados e discussão 

 

    Para as sínteses reflexivas sobre a implantação dos seis protocolos de segurança do paciente do PNSP discutidos ao longo do curso de especialização em QSCP, foram utilizados os seguintes protocolos: Protocolo de Lavagem das Mãos; Identificação do Paciente; Prevenção de Quedas; Segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos; Prevenção de úlcera por pressão e Cirurgia Segura.

 

    O Protocolo de Identificação do Paciente tem por finalidade garantir a correta identificação do paciente, a fim de reduzir a ocorrência de incidentes, assegurando que o cuidado seja prestado à pessoa para a qual se destina (Brasil, 2103a). O Protocolo para a Prática de Higiene das Mãos em Serviços de Saúde, por sua vez, tem por finalidade instituir e promover a ação de higienizar as mãos para prevenir a transmissão de micro-organismos e consequentemente evitar que pacientes e profissionais de saúde adquiram infecção relacionada à assistência à saúde. (Brasil, 2013c)

 

    Estes protocolos, identificação do paciente e higienização das mãos, são necessários para a prática de assistência à saúde em um hospital geral, refletindo diretamente na qualidade do cuidado, e ambos são viáveis para a implantação no referido hospital público, porém esbarram em dois grandes entraves, a dificuldade de garantia ininterrupta de insumos e a dificuldade de adesão dos profissionais envolvidos.

 

    A viabilidade da implantação dos protocolos de identificação do paciente e lavagem das mãos depende do envolvimento dos gestores para a aquisição de insumos por meio de processo licitatório, em especial pulseiras de identificação, impressoras, etiquetas, sabão, papel-toalha, álcool-gel e seus dispensadores, dentre outros; a disponibilidade contínua desses insumos para os setores; estrutura física adequada, que permita o fácil acesso a pias; fornecimento contínuo de água; a elaboração de protocolos internos; e realização de atividades de educação permanente para a divulgação do protocolo e promoção da adesão dos profissionais da assistência, quem de fato pode pôr em prática as ações propostas pelos protocolos.

 

    No cenário do estudo, a observação in loco permitiu entender que a identificação do paciente ocorre, em geral, apenas pelo prontuário, alguns setores, identificam erroneamente o paciente, com papéis afixados no leito do paciente ou na parede. Com relação à higienização das mãos, ocorre a falta de sabão, papel toalha, álcool gel, pias mal localizadas e de tamanho inadequado. Todas estas situações precisam ser modificadas para facilitar a adesão aos protocolos, pois torna-se inconsistente propor aos servidores mudanças de práticas, sem fornecer a eles as condições necessárias.

 

    Segundo Brasil (2013a) o protocolo de identificação do paciente inclui as seguintes intervenções: identificar os pacientes; educar o paciente, acompanhante, familiar e/ou cuidador; confirmar a identificação do paciente antes do cuidado. É preciso estabelecer os dados que devem constar na pulseira; definir o membro onde colocar as pulseiras, e elencar outros membros com prioridades de escolha devido à impossibilidade de utilizar o membro padrão em situações específicas (edema, amputação, dentre outros); estimular os profissionais a envolver o paciente em seu cuidado e sempre confirmar a identificação antes da prestação do cuidado.

 

    Algumas questões devem ser discutidas, como lembrar que a pulseira de identificação deve constar o nome completo do paciente, sem abreviaturas; o número de quarto, enfermaria ou leito não pode ser usado como identificador, nunca perguntar ao paciente “você é o Sr. Silva?”, porque ele pode não compreender e concordar por engano (Brasil, 2013a). Os indicadores para monitorar o protocolo de identificação são: número de eventos adversos devido a falhas na identificação do paciente, e proporção de pacientes com pulseiras padronizadas entre os pacientes atendidos na instituição.

 

    Com relação ao protocolo de Higienização das Mãos, cabe destacar que as mãos são consideradas as principais ferramentas dos profissionais que atuam nos serviços de saúde, pois é através delas que eles executam suas atividades. Assim, a segurança dos pacientes, nesses serviços, depende da higienização cuidadosa e frequente das mãos desses profissionais (Brasil, 2009). Como ação para promover as lavagens das mãos nas unidades, tem-se a exposição em locais de fácil acesso dos cinco momentos para a higiene das mãos. Segundo Brasil (2013c) os cinco momentos são: antes de tocar o paciente, antes de realizar procedimento limpo/asséptico, após o risco de exposição a fluidos corporais ou excreções, após tocar o paciente, e após tocar superfícies próximas ao paciente.Imagens como os passos para a higienização correta das mãos também devem ser disponibilizadas em locais próximos às pias e aos dispensadores de álcool gel, de forma a estimular a sua realização nas unidades de produção do hospital.

 

    Brasil (2009) recomenda que a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) da instituição supervisione ou crie um esquema que permita verificar se os fatores relacionados à higienização das mãos estão em consonância com as normas recomendadas.

 

    É válido lembrar que o ressecamento das mãos e dermatite crônica de contato, devido ao uso frequente e repetitivo do produto, poder se constituir como uma barreira a prática de lavagem das mãos pelos profissionais de saúde em geral. Diante disso, a instituição deve, segundo Brasil (2009), substituir produtos que causam ressecamento, irritação e dermatites por outros que causam menos danos à pele, como produtos contendo emolientes; e educar os profissionais de saúde quanto aos riscos de ressecamento e dermatites de contato irritativa, e quanto à importância de medidas de prevenção, a exemplo do uso diário de cremes hidratantes para a pele das mãos. Hidratantes também poderiam ser fornecidos pela instituição, como sinal de valorização desses profissionais.

 

    Estudos sobre o tema mostram que a adesão dos profissionais de saúde às práticas de higienização das mãos de forma constante e na rotina diária ainda é baixa, devendo ser estimulada para tornar esses profissionais conscientes da importância de tal hábito. Torna-se imprescindível reformular essas práticas nos serviços de saúde, na tentativa de mudar a cultura prevalente, de modo a aumentar a adesão à higienização das mãos.

 

    Dessa forma, a atenção dos gestores públicos, dos diretores e administradores dos serviços de saúde e dos educadores deve estar voltada para o incentivo e a sensibilização dos profissionais com relação à adoção de práticas cotidianas de higienização das mãos. Todos devem estar conscientes da importância dessas medidas para garantir a segurança e a qualidade da atenção prestada. (Brasil, 2009)

 

    Considerando que a implantação de protocolos de segurança em estabelecimentos de saúde reflete diretamente na qualidade do serviço prestado; as medidas propostas pelo Protocolo de Prevenção de Quedas e pelo Protocolo de Segurança na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos também são viáveis para a aplicação no hospital público. No entanto, esta viabilidade de aplicação está relacionada a modificações em vários fatores, incluindo estrutura física, aquisição e manutenção de materiais de consumo e permanentes, e, sobretudo, o estabelecimento da cultura de segurança do paciente entre os profissionais envolvidos no processo de assistência à saúde.

 

    O Protocolo de Prevenção de Quedas tem por finalidade reduzir a ocorrência de queda de pacientes nos pontos de assistência e o dano dela decorrente, por meio da implantação de medidas que contemplem a avaliação de risco, garantam cuidado multiprofissional em um ambiente seguro e promovam a educação do paciente, familiares e profissionais. (Brasil, 2013f)

 

    As vivências e observação no hospital analisado indicam que as quedas acontecem em diferentes setores, e os profissionais não são estimulados a analisar as ações que poderiam impedir esta situação. O censo hospitalar preenchido diariamente contém campo para preenchimento referente a quedas, no entanto muitas vezes não são registrados. Muitos profissionais de saúde consideram que as quedas ocorrem apenas por falhas nos equipamentos, a exemplo de macas e camas danificadas e sem grades, não percebendo a importância de seu papel no processo de prevenção de quedas.

 

    De acordo Costa-Dias, & Ferreira (2014), os acidentes por quedas do paciente continuam a ser os mais relatados dos incidentes a nível hospitalar, tratando-se de um problema de qualidade e segurança do paciente que a organização hospitalar deve se preocupar.

 

    Segundo Brasil (2013f), a avaliação de risco de queda deve ser feita no momento da admissão do paciente com o emprego de escala adequada ao perfil de pacientes da instituição, e deve ser repetida diariamente até o momento da alta do paciente. A saber, as duas escalas de avaliação do risco de quedas mais utilizadas são: a St Thomas’s Risk Assessment Tool in Falling Elderly In Patients (STRATIFY) e a Morse Fall Scale (MFS), visto que os hospitais devem utilizar instrumentos já desenvolvidos e testados. (Costa-Dias, & Ferreira, 2014)

 

    Como forma de reduzir as quedas no ambiente hospitalar, pode-se lançar mão da identificação e inclusão da escala de classificação de risco de queda na ficha de admissão e de evolução diária de enfermagem, afixar em local visível para a equipe os fatores de risco para queda, implantar a utilização de pulseiras que identifiquem pacientes com alto risco de quedas, sinalizar os locais que gerem risco, estimular os profissionais a atentarem diariamente para as condições de risco de materiais, a exemplo de leitos e macas, e promover sua manutenção preventiva e curativa junto ao setor responsável, mesmo sendo esta última prática de difícil implantação no serviço público que possui processos de licitação demorados.

 

    Além disso, a unidade de saúde deverá adotar medidas gerais para prevenção de quedas de todos os pacientes, independente do risco. Tais medidas incluem a criação de um ambiente de cuidado seguro, tais como: piso antiderrapante, mobiliário e iluminação adequados, corredores livres de obstáculos, uso de vestuário e calçados adequados e a movimentação segura dos pacientes (Brasil, 2013f), além de conscientização dos profissionais de sua importância nesse processo.

 

    Na realidade local, deve-se também atentar aos problemas relacionados ao transporte do paciente no ambiente intra-hospitalar, em especial para realização de exames como radiografia, eletrocardiograma e ultrassonografia, que algumas vezes ocorre sem a presença do profissional de enfermagem, sendo o transporte do paciente realizado, em algumas situações, apenas pelo maqueiro. Situação que ocorre por diversos fatores, como falta de norma interna do hospital que regulamente o transporte intra-hospitalar, sobrecarga de trabalho e dimensionamento insuficiente da equipe de enfermagem, que deveria estar disponível para acompanhar o paciente no momento do transporte.

 

    Quanto ao Protocolo de Segurança na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos, que tem por finalidade promover práticas seguras no uso de medicamentos em estabelecimentos de saúde (Brasil, 2013b), as ações em relação ao mesmo deverão incluir a equipe médica, da farmácia e de enfermagem. Vale lembrar que a gestão de medicamentos é propensa a erros, que dependendo dos erros podem causar danos ao paciente, o aumento da permanência hospitalar e despesas legais significativas A maioria dos enfermeiros estão envolvidos na gestão de medicamentos, que é integrada para promover a segurança do paciente. (Nute, 2014)

 

    Por observação no cenário desse estudo, algumas situações favorecem a ocorrência de erros na prescrição, uso e administração de medicamentos. Situações como prescrição de medicamentos que o paciente possui alergia, pela não valorização da coleta de dados do paciente e falta de padronização de onde registrar a informação de alergia; diluição de fármacos em volumes não recomendados; prescrição de dose incorreta, administração em mesmo horário de medicamentos incompatíveis.

 

    Na fase relativa ao uso e administração dos medicamentos, tem-se como estratégias o estabelecimento de medidas de segurança no armazenamento de medicamentos de alta vigilância com identificação clara nas unidades; o estabelecimento de comunicação efetiva entre as equipes, que permita a continuidade da assistência do paciente, sem os riscos de conciliação medicamentosa mesmo quando o paciente seja transferido de unidade ou setor.

 

    O Protocolo de Úlcera por Pressão, por sua vez, tem por finalidade promover a prevenção da ocorrência de úlcera por pressão e outras lesões da pele (Brasil, 2013e). Por entender que a maioria dos casos de úlcera por pressão pode ser evitada por meio da identificação dos pacientes em risco e da implantação de estratégias de prevenção para estes pacientes, considera-se ser de extrema viabilidade a aplicação deste protocolo na realidade de hospitais públicos, a exemplo do hospital cenário do presente estudo.

 

    Para tanto, precisa-se que todos os profissionais de saúde sejam treinados para realizar diariamente a avaliação do paciente, incluindo a inspeção diária da pele e a classificação de risco para o desenvolvimento de úlceras; conhecer as medidas de prevenção disponíveis na unidade, valorizando a prática de mudança de decúbito, e a manutenção do paciente seco e com a pele hidratada, minimizar a pressão por meio de colchões apropriados e uso de superfícies de apoio; conhecer o estadiamento da lesão por pressão; e conhecer os tratamentos disponíveis na unidade adequados para cada caso.

 

    Para a classificação de risco do paciente, pode-se utilizar a escala de Braden, por ser esta a ferramenta mais amplamente utilizada dentre as várias disponíveis; lembrando-se de utilizar a escala Braden Q para a ala pediátrica (Brasil, 2013e). Esta escala pode ser incluída na evolução de enfermagem da unidade. No hospital analisado, a escala de Braden já é utilizada, porém o profissional precisa ter em mente que não basta disponibilizar e preencher a escala, é preciso a sua avaliação diária e o estabelecimento de medidas de prevenção para cada nível de risco identificado com a escala.

 

    É preciso ainda entender que a prevenção de úlcera por pressão só será efetiva quando ocorrer a ação da equipe multiprofissional. A equipe médica e nutricionista devem estar atentas à presença de sinais clínicos de desnutrição ou que podem predispor a alterações no estado nutricional, como o edema, perda de peso, disfagia, inapetência, desidratação, dentre outros. Nesse hospital, não se observa a participação ativa dessas duas equipes na prevenção de úlceras, o que deve ser estimulado para o alcance de melhores resultados.

 

    Cabe aqui destacar que o hospital do estudo conta com um Núcleo de Prevenção e Tratamento de Feridas, sendo um fator positivo para favorecer a implantação do Protocolo de Prevenção de Úlcera por Pressão. No entanto, ressalta-se a importância do referido núcleo mostrar-se mais atuante nas unidades de produção, agindo mais ativamente na prevenção e no tratamento das lesões por pressão. Ressalta-se ainda como um dos problemas que dificultam a prevenção de lesões a dificuldade de colocar em prática a rotina de mudança de decúbito do paciente.

 

    Com relação ao protocolo de cirurgia segura, este tem por finalidade determinar as medidas a serem implantadas para reduzir a ocorrência de incidentes e eventos adversos e a mortalidade cirúrgica. Para tanto, deve ser utilizada a lista de verificação de cirurgia segura, desenvolvida pela OMS, que possibilita o aumento da segurança na realização de procedimentos cirúrgicos, no local correto e no paciente correto (Brasil, 2013d).

 

    O segundo Desafio Global para a Segurança do paciente, formulado pela Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, dirigiu sua atenção para os fundamentos e práticas da segurança cirúrgica, que são, inquestionavelmente, componentes essenciais da assistência à saúde (OMS, 2009). Um conjunto de ações deve ser verificado, incluindo a identificação correta do paciente e presença de toda equipe cirúrgica; confirmação do procedimento a ser realizado e planejamento de acesso respiratório e da necessidade de transfusão de sangue, posicionamento correto do paciente na mesa cirúrgica; confirmação do lado a ser operado; disponibilidade de equipamentos e materiais necessários para a cirurgia; e encaminhamento de materiais para exames diagnósticos.

 

    Segundo a OMS (2009), as infecções do sítio cirúrgico continuam sendo uma das causas mais comuns de complicações cirúrgicas sérias e as complicações anestésicas, uma das causas substanciais de mortes cirúrgicas em todo o mundo. As evidências mostram que medidas comprovadas -como a profilaxia antimicrobiana uma hora antes da incisão e a esterilização efetiva dos instrumentos- são seguidas de maneira inconsistente, e que existe uma falta séria e contínua de anestesia segura para cirurgias.

 

    Na sala de operações, onde as tensões podem ser altas e vidas estão em jogo, a equipe de trabalho é um componente essencial da prática segura. A qualidade da equipe de trabalho depende de sua cultura e de seus padrões de comunicação, bem como das habilidades médicas e da consciência dos membros da equipe sobre os riscos envolvidos. A melhora das características da equipe deve ajudar a comunicação e reduzir os danos ao paciente (OMS, 2009). Para a verificação de cada uma dessas ações, será necessário envolvimento de toda a equipe multiprofissional, o que talvez seja o maior entrave a ser enfrentado na realidade do hospital, em que a comunicação ainda se mostra ineficaz entre os profissionais.

 

    No referido hospital a visita pré-anestésica não é uma rotina, ocorrendo em casos específicos e, em geral, após o paciente ser encaminhado ao Centro Cirúrgico (CC), gerando desordem e insatisfação dos familiares quando ocorre a suspensão do procedimento cirúrgico; a demarcação de lateralidade pelo cirurgião antes do paciente ser encaminhado ao CC não é rotina nesta unidade; ocorre a falta de comunicação efetiva também entre os profissionais do CC e os profissionais da equipe transfusional deste hospital e o Banco de Sangue.

    

    A Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica da OMS é uma ferramenta prática e simples que qualquer equipe cirúrgica no mundo pode usar para assegurar que as etapas pré, trans e pós-operatórias que já demonstraram benefícios sejam cumpridas de uma maneira oportuna e eficiente, podendo ser utilizada para a assistência transoperatória segura em hospitais (OMS, 2009), podendo ser adequada para realidade local, assegurando que elementos-chave de segurança sejam incorporados à rotina das unidades de produção do hospital.

 

    Diante dessas observações, acredita-se ser um dos protocolos mais difíceis de implantação, por depender da ação conjunta de todos profissionais de saúde envolvidos na assistência à saúde do paciente antes, durante e depois das cirurgias e, principalmente, por depender de mudança de ações por parte da equipe multiprofissional.

 

    Sabe-se que não é suficiente aplicar o protocolo, é preciso também realizar o seu monitoramento. Por isso, a equipe precisa conhecer os indicadores que podem ser utilizados, como os indicadores do número de cirurgias em local errado, número de cirurgias em paciente errado, número de procedimentos errados, percentual de pacientes que recebeu antibioticoterapia no momento adequado, taxa de mortalidade cirúrgica intra-hospitalar, taxa de adesão da equipe à aplicação da lista de verificação de cirurgia segura.

 

    Percebe-se que na unidade estudada, diversas são as questões que precisam ser modificadas para que a efetiva implantação dos protocolos de segurança aconteça, o que irá demandar muita determinação dos profissionais envolvidos no processo. Considera-se que tão importante quanto implantar os protocolos de segurança, é mantê-los atuantes nas unidades, por meio de atividades de educação permanente e ações de sensibilização contínua da equipe de saúde, além do estabelecimento de instrumentos de coleta de eventos adversos e indicadores de avaliação da implantação dos protocolos para avaliação contínua do processo.

 

    Sobre os indicadores de avaliação, a gestão do conhecimento gerado por este tipo de análise só é possível se conta com sistemas de notificação confiáveis que garantam a avaliação dos dados relacionados com os incidentes sem danos e os eventos adversos de forma estruturada e segundo pautas que permitam sua codificação, análise dos elementos vulneráveis do sistema e a disseminação da informação aos profissionais. (Mira et al., 2013)

 

    Como ação comum para a construção da viabilidade de implantação dos protocolos de segurança, tem-se também a sensibilização dos profissionais da assistência e gestores quanto à importância dos mesmos para uma saúde pública de qualidade. É preciso sensibilizar a equipe de saúde, e para tal é necessária criatividade para estabelecer em longo prazo uma cultura institucional de segurança do paciente. Nesta sensibilização, pode-se enfatizar a exposição de dados e o registro de problemas já identificados nas unidades de produção.

 

    Sabe-se que o profissional não erra de forma intencional, em geral o serviço possui armadilhas, um círculo vicioso que finaliza em expor o paciente ao risco ou ao dano. Sobre esta questão, Brasil (2014) diz que os eventos adversos não são causados por más pessoas, mas por sistemas que foram mal desenhados e produzem resultados ruins. Esse conceito está transformando o foco anterior sobre o erro individual pelo foco nos defeitos do sistema. Por isso, entender esse ciclo e identificar as armadilhas do sistema, eliminando-as a partir da sistematização da assistência pela implantação de protocolos, torna-se peça chave no processo de conscientização e sensibilização da equipe de saúde.

 

    Além disso, as estratégias de monitoramento e indicadores precisam ser criados e, periodicamente, avaliados para alcançar os resultados esperados. Tem-se demonstrado que a investigação e a identificação dos principais riscos que desencadeiam efeitos adversos poderiam converter-se em uma fonte primária para estabelecer medidas administrativas que os previnam (Mondragón-Cardona et al., 2012), mostrando aqui o papel importante que pode ser desempenhado pela gestão das unidades de saúde em prol de promover ações voltadas à segurança do paciente.

 

    As atividades de educação permanente destacam-se como instrumento para favorecer a implantação dos protocolos. Entende-se aqui como educação permanente em saúde uma estratégia fundamental às transformações do processo de trabalho no setor, direcionando-o a tornar-se locus de atuação crítica, reflexiva e propositiva. (Andrade, Meirelles, & Iazoni, 2011)

 

    Nesse sentido, deve-se promover nestes momentos a utilização de casos práticos, levando a uma maior relação com a realidade e facilitando a fixação de conteúdos e promovendo o pensamento crítico por parte do profissional, levando-o a refletir sobre o processo de trabalho e o seu poder de transformar sua realidade, tendo em vista a busca de mudanças em sua relação consigo mesmo, com o usuário e com a comunidade em geral.

 

    O hospital do estudo possui também o Núcleo de Segurança do Paciente, o que se configura como um passo importante, por ter equipe já formada que pode dedicar-se à elaboração dos protocolos voltados à realidade local, e realizar o planejamento de ações para sua implantação. No entanto, alguns integrantes desse Núcleo desempenham outras funções no hospital e nem sempre participam das reuniões para deliberar suas ações.

 

    A notificação de eventos adversos também precisa ser encorajada entre os profissionais que prestam a assistência direta ao paciente, de forma a servir de dados para nortear as ações do Núcleo dentro das unidades. Sobre essa questão, foram disponibilizadas fichas de notificação de eventos adversos em todos os setores no hospital, no entanto nem toda a equipe conhece a ficha e ainda são necessárias ações para sensibilizar os profissionais sobre o seu preenchimento.

 

    Outro fator de extrema importância a ser considerado para o sucesso da implantação dos protocolos de segurança é o envolvimento do cidadão na sua segurança, que se trata de um dos eixos do PNSP. Segundo Brasil (2014), um programa da OMS estabelece que haverá melhora na segurança se os pacientes forem colocados no centro dos cuidados e incluídos como parceiros, gerando corresponsabilidade e vínculos solidários, e remetendo a uma perspectiva de envolvimento do paciente e de seus familiares no cuidado.

 

Conclusão 

 

    A qualidade e segurança do paciente são fruto de ações de saúde conscientes e baseadas em evidências, que podem ser alcançadas por todas as instituições que tenham como objetivo a excelência do cuidado. No entanto, para atingi-la é necessário um trabalho árduo de longo prazo para a mudança da cultura organizacional, em prol da segurança do cuidado.

 

    Nesse sentido, torna-se necessário que os profissionais de saúde se desafiem a realizar uma análise crítica das situações de trabalho atual e, principalmente sobre seu papel nesse contexto. A fim de gerar uma reflexão e levarem à mudança na forma de percepção sobre a qualidade e segurança no cuidado ao paciente.

 

    Espera-se, assim, que este estudo seja capaz de encorajar a busca pela implantação dos Protocolos do Programa Nacional de Segurança do Paciente nas instituições de saúde, adaptando-o a cada realidade local.

 

Referências 

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 25, Núm. 272, Ene. (2021)