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ISSN 1514-3465

 

Perfil patológico crônico, correlação entre 

índices antropométricos e suas implicações à saúde

Pathological Profile, Correlation between Anthropometric Indices and their Implications for Health

Perfil patológico crónico, correlación entre índices antropométricos y sus implicaciones en la salud

 

Carlos Eduardo das Neves*

carloseduardo.neves@univassouras.edu.br

Marckson da Silva Paula**

profmarckson@gmail.com

Carlos Marcelo de Oliveira Klein***

carloseduardo.neves@univassouras.edu.br

Cristiano de Oliveira Silva****

cristianomarica@yahoo.com.br

Andréa de Menezes Machado*****

andreamachadotkd@gmail.com

João Coutinho Barroso Júnior+

profbarrosojr@gmail.com

Paulo de Tarso Bezerra Almeida Simões++

ptasimoes@gmail.com

Ricardo Mattos Fernandes+++

ricardo.fernandes@univassouras.edu.br

Pedro Xavier de Avilez++++

pedro.xavier222@gmail.com

Jani Cleria Pereira Bezerra+++++

j.cleria@gmail.com

Estélio Henrique Martin Dantas++++++

estelio.dantas@unirio.br

 

*Mestre em Ciências da Saúde

Universidade de Vassouras (UNIVASSOURAS)

**Especialista em Treinamento desportivo e Fisiologia do exercício

Universidade Castelo Branco (UCB)

***Mestre em Ciência da Motricidade Humana (UCB)

****Especialista em Atletismo

Centro Universitário Venda Nova do Imigrante (UNIFAVENI)

*****Doutora em Ciência Biológicas - Biofísica

Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ)

+Mestre em Ciências da Atividade Física

Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO)

++Mestre em Ciências da Atividade Física (UNIVERSO)

+++Mestre em Ciências do Meio Ambiente

Universidade Veiga de Almeida (UVA)

++++Especialista em Avaliação e Prescrição de Exercícios Físicos para Grupos

Especiais Faculdade de Empreendedorismo e Ciências Humanas (FAECH)

+++++Doutora em Enfermagem e Biociências

Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)

. ++++++Doutor em Educação Física

Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)

(Brasil)

 

Recepción: 12/08/2025 - Aceptación: 03/10/2025

1ª Revisión: 30/09/2025 - 2ª Revisión: 30/09/2025

 

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Cita sugerida: Neves, CE, Paula, MS, Klein, CMO, Silva, CO, Machado, AM, Barroso Júnior, JC, Simões, PTBA, Fernandes, RM, Avilez, PX, Bezerra, JCP, e Dantas, EHM (2025). Perfil patológico, correlação entre índices antropométricos e suas implicações à saúde. Lecturas: Educación Física y Deportes, 30(331), 131-149. https://doi.org/10.46642/efd.v30i331.8514

 

Resumo

    As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) representam importante desafio de saúde pública devido à alta morbimortalidade e aos impactos sociais e econômicos associados. A prevenção exige intervenções baseadas em hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e prática regular de atividade física. A antropometria -por meio de indicadores como IMC, CC, RCQ, IC e IR- é uma ferramenta essencial para identificar riscos metabólicos e cardiovasculares. Este estudo transversal analisou o perfil de DCNT e a correlação entre índices antropométricos em 232 mulheres adultas de Maricá/RJ. As coletas, realizadas entre setembro de 2024 e março de 2025, incluíram medidas corporais e questionário sobre hábitos de vida. Observou-se prevalência de sobrepeso (IMC médio de 29,1 kg/m²) e risco aumentado para doenças cardiovasculares (CC = 88,9 cm; RCQ = 0,8). Mais da metade (60,3%) apresentou pelo menos uma DCNT, com destaque para hipertensão (26,3%), hipercolesterolemia (14,7%) e diabetes (10,8%). Também se verificaram altas taxas de tabagismo (44,8%), consumo de álcool (31,0%) e inatividade física (60,3%). A análise revelou correlação muito forte entre CC e IR (r = 0,94) e forte entre IMC e IR (r = 0,67), indicando boa concordância entre os indicadores antropométricos. Conclui-se que a avaliação antropométrica é ferramenta prática e eficaz para triagem de riscos à saúde, reforçando a importância de políticas públicas e ações preventivas voltadas à redução da incidência de DCNT em mulheres adultas.

    Unitermos: Antropometria. Doenças metabólicas. Estilo de vida. Qualidade de vida. Saúde.

 

Abstract

    Noncommunicable chronic diseases (NCDs) represent an important public health challenge due to their high morbidity and mortality rates and the associated social and economic impacts. Prevention requires interventions based on healthy habits, such as a balanced diet and regular physical activity. Anthropometry—through indicators such as BMI, WC, WHR, CI, and BRI—is an essential tool for identifying metabolic and cardiovascular risks. This cross-sectional study analyzed the NCD profile and the correlation between anthropometric indices in 232 adult women from Maricá, Rio de Janeiro. Data collection, conducted between September 2024 and March 2025, included body measurements and a lifestyle questionnaire. A high prevalence of overweight was observed (mean BMI = 29.1 kg/m²), along with increased cardiovascular risk (WC = 88.9 cm; WHR = 0.8). More than half of the participants (60.3%) presented at least one NCD, mainly hypertension (26.3%), hypercholesterolemia (14.7%), and diabetes (10.8%). High rates of smoking (44.8%), alcohol consumption (31.0%), and physical inactivity (60.3%) were also recorded. The analysis revealed a very strong correlation between WC and BRI (r = 0.94) and a strong correlation between BMI and BRI (r = 0.67), indicating good agreement among the anthropometric indicators. It is concluded that anthropometric assessment is a practical and effective tool for health risk screening, reinforcing the importance of public policies and preventive actions aimed at reducing the incidence of NCDs among adult women.

    Keywords: Anthropometry. Metabolic diseases. Lifestyle. Quality of life. Health.

 

Resumen

    Las enfermedades crónicas no transmisibles (ECNT) representan un importante desafío para la salud pública debido a su alta morbilidad y mortalidad, y sus repercusiones sociales y económicas. Su prevención requiere intervenciones basadas en hábitos saludables, como dieta balanceada y práctica regular de actividad física. La antropometría -a través de indicadores como el IMC, la circunferencia de cintura (CC), el índice cintura-cadera (ICC), el índice de condición (IC) y el índice de riesgo (IR)- permite identificar riesgos metabólicos y cardiovasculares. Este estudio transversal analizó el perfil de ECNT y la correlación entre los índices antropométricos en 232 mujeres adultas de Río de Janeiro. La recolección de datos, incluyó mediciones corporales y un cuestionario sobre hábitos de vida. Se observó una prevalencia de sobrepeso (IMC promedio de 29,1 kg/m²) y un mayor riesgo de enfermedades cardiovasculares (CC=88,9 cm; ICC=0,8). Más de la mitad (60,3%) presentó al menos una enfermedad no transmisible (ENT), siendo las más frecuentes hipertensión (26,3%), hipercolesterolemia (14,7%) y diabetes (10,8%). También se observaron altas tasas de tabaquismo (44,8%), consumo de alcohol (31,0%) e inactividad física (60,3%). El análisis reveló correlación muy fuerte entre CC y e IR (r=0,94) y entre el IMC e IR (r=0,67), lo que indica una buena concordancia entre los indicadores antropométricos. Se concluye que la evaluación antropométrica es una herramienta práctica y eficaz para la detección de riesgos para la salud, lo que refuerza la importancia de las políticas públicas y las acciones preventivas dirigidas a reducir la incidencia de ENT en mujeres adultas.

    Palabras clave: Antropometría. Enfermedades metabólicas. Estilo de vida. Calidad de vida. Salud.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 30, Núm. 331, Dic. (2025)


 

Introdução 

 

    As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) compreendem um grupo de condições de origem não infecciosa, marcadas por múltiplos fatores de risco, evolução lenta e longa duração. Caracterizam-se por elevadas taxas de morbidade e mortalidade, comprometendo a capacidade funcional e reduzindo significativamente a qualidade de vida (Figueiredo, Ceccon, e Figueiredo, 2021; Coelho et al., 2023). O enfrentamento dessas enfermidades exige estratégias sustentadas de prevenção e controle, com ênfase em mudanças no estilo de vida, como alimentação equilibrada, prática regular de atividade física e controle do peso corporal. (Carvalho et al., 2020; Rossi et al., 2024)

 

    Nesse contexto, a avaliação antropométrica destaca-se como ferramenta essencial para identificar e monitorar fatores de risco associados às DCNT, especialmente às doenças metabólicas e cardiovasculares. Parâmetros como peso, estatura, índice de massa corporal (IMC), circunferência da cintura (CC) e relação cintura-quadril (RCQ) permitem estimar a distribuição de gordura corporal e sua associação com disfunções metabólicas, como obesidade, hipertensão e diabetes tipo 2. (Silva, 2024; Arthur et al., 2023)

 

    A CC e a RCQ são particularmente sensíveis à gordura visceral, cuja presença excessiva está fortemente relacionada à resistência à insulina, inflamação crônica e síndrome metabólica — fatores que elevam o risco de eventos cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral (Loureiro et al., 2020; Moreira, 2022). Valores elevados nesses indicadores reforçam a necessidade de intervenções precoces.

 

    Além desses, índices como o de conicidade (IC) e o de redondeza (IR) vêm sendo cada vez mais utilizados por fornecerem uma avaliação mais precisa da forma corporal e da distribuição de gordura. Tais medidas são úteis para complementar o IMC, especialmente em casos em que esse índice não reflete com precisão a composição corporal — como em indivíduos com alta massa muscular ou distribuição atípica de tecido adiposo. (Favarato, 2021; Sousa et al., 2020)

 

    A simplicidade, o baixo custo e a aplicabilidade em larga escala tornam a antropometria uma aliada tanto na prática clínica quanto em estudos epidemiológicos. Sua utilização permite detectar precocemente alterações relacionadas à saúde, favorecendo o direcionamento de condutas individualizadas e a prevenção de complicações mais graves. (Sangouni, Hosseinzadeh, e Parastouei, 2024)

 

    A relação entre saúde pública e atividade física é estreita, uma vez que o exercício regular é um dos pilares para a prevenção e o controle das DCNT. Nesse sentido, as medidas antropométricas contribuem para avaliar o estado nutricional da população, estimar riscos cardiometabólicos e acompanhar os efeitos de políticas públicas voltadas à promoção da saúde. A incorporação dessas práticas fortalece a atenção preventiva, reduz custos com o sistema de saúde e melhora o bem-estar coletivo (Costa, 2025). Este estudo transversal teve como objetivo descrever o perfil de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e analisar a correlação entre índices antropométricos em mulheres adultas.

 

Metodologia 

 

    Este foi um estudo transversal de base populacional, realizado no município de Maricá/RJ, seguiu as diretrizes do Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology - STROBE (Vandenbroucke et al., 2007). A coleta de dados ocorreu entre setembro de 2024 e março de 2025.

 

    O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Fundação Educacional Severino Sombra (CAEE: 83138524.0.0000.5290) e está em conformidade com a Lei Nº 14.874/2024, que regula pesquisas com seres humanos no Brasil.

 

    Os critérios de inclusão contemplaram mulheres com idades entre 18 e 86 anos, residentes no município de Maricá/RJ, que manifestaram interesse em participar da pesquisa e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foram excluídas aquelas que não consentiram com sua participação. As avaliações ocorreram entre setembro de 2024 e março de 2025. As participantes foram convidadas por meio de divulgação em unidades de saúde e redes comunitárias locais; após receberem informações detalhadas sobre os objetivos do estudo e manifestarem interesse, foram selecionadas conforme os critérios de elegibilidade estabelecidos.

 

    A coleta de dados foi realizada por uma equipe de profissionais de Educação Física e enfermeiros, previamente treinados por meio de oficinas práticas conduzidas pelos autores do estudo. Os procedimentos ocorreram em unidades de saúde e espaços comunitários, entre 7h e 11h da manhã, a fim de padronizar as condições fisiológicas dos participantes e minimizar variações causadas por alimentação ou esforço físico recente.

 

    As entrevistas individuais consistiram na aplicação de um questionário estruturado, elaborado pelos autores, que abordou hábitos de vida (consumo de álcool, tabagismo, prática de atividade física, padrão alimentar) e histórico de doenças. Além disso, foram realizadas medições antropométricas de peso, estatura, circunferência da cintura (CC) e do quadril.

 

    Para as medições, foram utilizadas uma balança digital (Filizola®, precisão de 100g) e um estadiômetro portátil (Sanny®, precisão de 0,1cm), ambos posicionados em piso nivelado. As circunferências foram aferidas com fita métrica inelástica, sem compressão da pele.

 

    A partir dessas medições, foram calculados os seguintes índices antropométricos: Índice de Massa Corporal (IMC), Relação Cintura-Quadril (RCQ), Circunferência da Cintura (CC), Índice de Conicidade (IC) e Índice de Redondeza (IR). As classificações desses indicadores seguiram os critérios da Organização Mundial da Saúde (2008) para IMC, RCQ e CC, de Chin et al. (2020) para o IC, e de Thomas et al. (2013) para o IR.

 

    A análise estatística foi conduzida no software SPSS, versão 30.0.0. Foram utilizadas estatísticas descritivas (média, desvio-padrão, valores mínimo e máximo) para caracterizar a amostra, e o teste de Kolmogorov-Smirnov para verificar a normalidade dos dados. A correlação de Pearson foi aplicada para investigar associações entre os índices antropométricos, com a interpretação dos resultados baseada nos parâmetros de Mukaka (2012): r ≥ 0,9: Correlação muito forte; r = 0,7 - 0,89: Correlação forte; r = 0,5 - 0,69: Correlação moderada; r = 0,3 - 0,49: Correlação fraca; r < 0,3: Correlação desprezível.

 

Resultados e discussão 

 

    Após explanação da pesquisa e seleção dos indivíduos, a partir dos critérios de inclusão e de exclusão, a amostra foi depurada, sendo composta por 232 mulheres, conforme Tabela 1, abaixo.

 

Tabela 1. Características descritivas da amostra.

Idade (anos)

MC (kg)

Estatura (m)

IMC

RCQ

CC

IC

IR

Média

44,6

75,5

1,6

29,1

0,8

88,9

1,2

4,5

Desvio padrão

14,91

19,76

0,08

7,54

0,10

15,55

0,36

2,06

Mínimo

17,0

10,0

1,3

3,2

0,3

25,0

0,4

-0,8

Máximo

86,0

154,7

1,9

55,5

1,1

135,0

4,3

10,9

Amplitude

69,0

144,7

0,6

52,3

0,8

110,0

3,9

11,8

Nota: MC: massa corporal; IMC: índice de massa corporal; RCQ: relação cintura-quadril; CC: circunferência da cintura; IC: índice de conicidade; IR: índice de redondeza; SOB: sobrepeso; RM: risco moderado; RA: risco aumentado; RE: risco elevado; RB: risco baixo. Fonte: Autores

 

Índice de Massa Corporal (IMC) 

 

    A amostra apresentou média de massa corporal de 75,5 kg e estatura média de 1,6 m, resultando em um IMC médio de 29,1 kg/m², classificado como sobrepeso, próximo ao limiar da obesidade grau I. A ampla variação observada — com IMC entre 13,2 e 55,5 kg/m² —, associada ao elevado desvio padrão, evidencia grande heterogeneidade morfológica entre as participantes, abrangendo desde casos de desnutrição até obesidade grave.

 

    Essa diversidade reforça as limitações do IMC como único indicador corporal, ressaltando a necessidade de medidas complementares, como circunferência da cintura (CC), relação cintura-quadril (RCQ) e percentual de gordura corporal, para uma avaliação mais precisa dos riscos metabólicos. Estudos prévios também indicam forte relação entre valores de IMC e a prevalência de DCNT, destacando sobrepeso e obesidade como fatores de risco significativos para o desenvolvimento dessas enfermidades.

 

    Embora o IMC tenha se mostrado um preditor relevante, a CC, apesar da alta correlação com o IMC (r = 0,87), não apresentou poder preditivo no modelo de regressão (Bezerra et al., 2025). Esses achados divergem do observado por Peixoto et al. (2006), que identificaram a CC como indicador mais sensível para o acúmulo de gordura visceral, fator diretamente associado à hipertensão e outras DCNT.

 

    De modo geral, a maioria das mulheres avaliadas apresentou um perfil compatível com maior vulnerabilidade às DCNT, especialmente quando associado a fatores como sedentarismo, alimentação inadequada e envelhecimento. Tais resultados reforçam a importância da avaliação antropométrica contínua e da promoção de hábitos saudáveis como estratégias essenciais para prevenir DCNT e melhorar a qualidade de vida ao longo do envelhecimento. (Bernucci et al., 2024; Bull et al., 2020; Tomás et al., 2016)

 

Circunferência da Cintura (CC) 

 

    A circunferência da cintura (CC) média observada na amostra foi de 88,9 cm, valor superior ao ponto de corte recomendado de 80 cm para mulheres, indicando risco elevado para complicações metabólicas, como resistência à insulina, síndrome metabólica e doenças cardiovasculares. A ampla variação nos valores de CC, que oscilaram entre 25 cm e 135 cm, evidencia a heterogeneidade corporal presente entre as participantes, abrangendo desde mulheres com baixa adiposidade abdominal até aquelas com obesidade central grave. Esses achados reforçam a relevância da CC como um indicador simples, acessível e eficaz na estratificação do risco cardiometabólico, sendo também uma ferramenta valiosa para o planejamento de estratégias de prevenção e promoção da saúde. (Oliveira et al., 2022; Oliveira, Oliveira, e Costa, 2021)

 

    Estudos prévios que avaliaram a relação entre CC, IMC e indicadores de risco cardiometabólico demonstraram que a CC apresenta forte associação com o desenvolvimento de hipertensão arterial, mesmo após ajuste para fatores de confusão. Em particular, mulheres com maior CC apresentaram três vezes mais chances de desenvolver hipertensão arterial (OR = 3,02; IC95% = 1,87-4,87), e a prevalência da doença aumentou progressivamente com a elevação da medida da cintura. Esses resultados confirmam a utilidade da CC como marcador de risco, sendo o ponto de corte de 80 cm para mulheres considerado preditivo de hipertensão arterial, valor que, neste estudo, foi excedido, evidenciando preocupação quanto à saúde cardiometabólica desta população. (Peixoto et al., 2006)

 

    No conjunto, a análise da CC demonstra não apenas a presença de risco elevado para doenças metabólicas e cardiovasculares, mas também a importância de seu monitoramento contínuo. A utilização de medidas simples e não invasivas, como a CC, pode orientar intervenções preventivas e programas de promoção da saúde voltados especificamente para mulheres com maior vulnerabilidade, contribuindo para a redução de complicações relacionadas à obesidade central e à hipertensão arterial.

 

Relação Cintura-Quadril (RCQ) 

 

    A relação cintura-quadril (RCQ) média observada na amostra foi de 0,8, enquadrando-se na faixa considerada de alto risco cardiovascular, segundo diretrizes internacionais. A RCQ é apontada como um indicador mais sensível do que o Índice de Massa Corporal (IMC) para predizer eventos cardiovasculares, pois reflete não apenas a quantidade total de gordura corporal, mas também sua distribuição. Mulheres com RCQ acima de 0,8 apresentam maior probabilidade de desenvolver hipertensão arterial, dislipidemias e doenças cardíacas, indicando que um subgrupo das participantes possui risco cardiometabólico elevado. (Batista et al., 2022; National Institutes of Health, 1998; Pereira, Sichieri, e Marins, 1999)

 

    Estudos anteriores demonstram que o RCQ apresenta forte correlação com triglicerídeos, colesterol total e hipertensão arterial, especialmente em homens, além de se associar ao diabetes mellitus em ambos os sexos. A combinação da RCQ com a circunferência da cintura (CC) tem se mostrado um preditor mais eficaz de doenças cardiovasculares do que o IMC isolado, devido à sua associação direta com a gordura visceral e outros distúrbios metabólicos. (Loureiro et al., 2020)

 

    Esses achados reforçam a relevância da RCQ como ferramenta de avaliação clínica e epidemiológica, permitindo identificar indivíduos com maior risco cardiometabólico e subsidiando estratégias preventivas direcionadas à redução de complicações cardiovasculares.

 

Índice de Conicidade (IC) 

 

    O Índice de Conicidade (IC) médio observado na amostra foi de 1,2, valor relativamente elevado, considerando que pontuações acima de 0,5 já indicam risco aumentado para doenças cardiovasculares e metabólicas. O IC é considerado um indicador sensível para predizer desfechos adversos à saúde, pois reflete a concentração de gordura na região abdominal, muitas vezes não captada por medidas como o IMC. A ampla variação observada — entre 0,4 e 4,3 — evidencia significativa heterogeneidade morfológica entre as participantes, reforçando a necessidade de análises segmentadas, especialmente para valores superiores a 0,6, associados a risco muito elevado. (Saadati et al., 2021; Valente et al., 2024)

 

    Os achados da amostra, como IMC elevado, circunferência da cintura próxima ao limite crítico e RCQ em nível intermediário, indicam a presença de fatores de risco relevantes para a saúde cardiometabólica. Tais resultados enfatizam a necessidade de estratégias voltadas à redução da gordura abdominal, incluindo a implementação de programas regulares de atividade física combinados com acompanhamento nutricional, como medidas essenciais para prevenir doenças crônicas não transmissíveis e melhorar a qualidade de vida. (Idrizovic et al., 2021; Neves et al., 2024)

 

    Estudos prévios reforçam a associação entre IC e risco cardiovascular. Sousa et al. (2020) identificaram que indivíduos com IC alterado apresentavam maior prevalência de hipertensão arterial. Os autores destacam que o IC pode ser ainda mais sensível que outros índices de obesidade central, como circunferência da cintura (CC), relação cintura-quadril (RCQ) e relação cintura/estatura (RCE), na predição de riscos cardiovasculares. Além disso, por ser um indicador de baixo custo e não invasivo, o IC se mostra uma ferramenta promissora para aplicação na Atenção Primária à Saúde (APS).

 

Índice de Redondeza (IR) 

 

    O Índice de Redondeza (IR) apresentou média de 4,5 e desvio padrão de 2,06. Os valores variaram de um mínimo de -0,8 a um máximo de 10,9, resultando em uma amplitude de 11,8.

 

    O estudo conclui que o Índice de Redondeza (IR) é uma ferramenta promissora e não invasiva para prever o risco de síndrome metabólica (SM). Ele demonstrou um desempenho similar ou superior ao de medidas tradicionais como IMC e Circunferência da Cintura (CC). A análise mostrou que um aumento no IR está associado a um risco significativamente maior de SM. Por ser uma ferramenta útil e acessível, o IR é considerado uma boa opção para a triagem clínica de indivíduos em risco. (Stefanescu et al., 2019)

 

    Prado et al. (2025) também confirmam essa eficiência do IR como preditor para riscos cardiometabólicos. Eles afirmam que esse índice também é eficiente em avaliar a gordura visceral e distribuição da gordura corporal, sendo até mais eficiente que outros marcadores antropométricos (IMC, RCQ, RCE). Os autores afirmam que pontos de corte específicos desse índice apresentam alta especificidade e sensibilidade na detecção precoce de indivíduos em risco.

 

Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) 

 

    A Tabela 2 apresenta a frequência das condições de saúde autorreferidas pelas participantes, incluindo tanto doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) quanto neoplasias. A análise desses dados em comparação com evidências da literatura científica permite compreender melhor o impacto dessas condições na população estudada, reforçando a necessidade de estratégias eficazes de prevenção e manejo.

 

    A maioria das participantes (60,3%) relatou pelo menos uma condição crônica, com predominância de doenças metabólicas e cardiovasculares. Entre as mais frequentes destacam-se hipertensão arterial (26,3%), hipercolesterolemia (14,7%) e diabetes mellitus (10,8%), evidenciando o peso significativo das DCNT nesse grupo. Embora menos frequente, a hipertrigliceridemia (6,5%) também constitui um fator de risco relevante para eventos cardiovasculares. Por sua vez, os casos de câncer corresponderam a 2,1%, percentual considerado baixo, possivelmente em função das características específicas da amostra, que podem não refletir a prevalência populacional geral de neoplasias. (Prince et al., 2024; Mendonça et al., 2024)

 

    Estudos anteriores corroboram esses achados. Em pesquisa com 59 idosos, majoritariamente mulheres (62,7%), foi observado que a presença de duas DCNT simultaneamente aumentava significativamente o risco de dependência funcional, especialmente em condições como hipertensão arterial, doenças cardíacas e pulmonares. Já o câncer e o diabetes apresentaram impacto moderado sobre a funcionalidade. Os autores destacaram ainda diferenças de gênero na experiência das DCNT: mulheres apresentaram maior prevalência de doenças crônicas e maior perda de funcionalidade em atividades domésticas, enquanto homens relataram impactos mais significativos no ambiente laboral. (Figueiredo, Ceccon, e Figueiredo, 2021)

 

    Esses achados reforçam a necessidade de políticas e intervenções de saúde direcionadas à prevenção e ao manejo das DCNT, considerando as especificidades de gênero e os diferentes contextos de vulnerabilidade funcional.

 

Tabela 2. Condições de saúde autorreferidas

Absoluto

Relativo %

Nenhuma

92

39,7

Hipertensão Arterial

61

26,3

Diabetes Mellitus

25

10,8

Hipercolesterolemia

34

14,7

Hipertrigliceridemia

15

6,5

Câncer de Próstata

0

0,0

Câncer de Aparelho Digestório

1

0,4

Câncer de mama

2

0,9

Câncer de colo de útero

1

0,4

Câncer de pulmão

1

0,4

Total

232

100,0

Fonte: Autores

 

Hipertensão Arterial 

 

    A hipertensão arterial foi a doença crônica não transmissível (DCNT) mais frequente na amostra, acometendo 26,3% das participantes. Esse achado está alinhado com dados epidemiológicos nacionais e internacionais, que apontam a hipertensão como uma das principais causas de morbimortalidade cardiovascular. O controle inadequado dessa condição pode levar a complicações graves, como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e insuficiência renal, o que reforça a importância de triagens regulares e da implementação de estratégias preventivas para a detecção precoce e o manejo adequado da hipertensão. (Neves et al., 2024)

 

    Em uma revisão sistemática de 42 estudos, foi observado que vários fatores se associaram à prevalência de hipertensão arterial. Dentre eles: idade elevada, sexo masculino, cor branca, baixa escolaridade e renda, obesidade, sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de álcool. Os autores ainda relatam que alguns desses fatores são hábitos modificáveis, sendo necessário políticas públicas de promoção da saúde e, em outros casos, apoio e atuação direcionada aos grupos mais vulneráveis, uma vez que a baixa renda e escolaridade também se associaram à hipertensão (Marques et al., 2020). Oliveira et al. (2022) também destacam a relação entre o uso dos anticoncepcionais e as alterações nos níveis pressóricos, podendo ser explicadas pela ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona, afetando a retenção de sódio e água.

 

Diabetes Mellitus 

 

    O diabetes mellitus também apresentou frequência elevada entre as participantes, afetando 10,8% da amostra — valor semelhante ao identificado em inquéritos populacionais, como o VIGITEL. Essa condição está fortemente associada a fatores modificáveis, como excesso de peso, sedentarismo e hábitos alimentares inadequados. Além dos impactos metabólicos diretos, o diabetes aumenta significativamente o risco de complicações cardiovasculares, renais e neurológicas, consolidando-se como uma das principais preocupações de saúde pública na atualidade. (Ali et al., 2022; Barbosa Mezavila Abdelmur et al., 2025; Cardoso, 2023; Irfan, 2024)

 

    Um estudo observou que as DCNT têm múltiplas causas e se associam a maus hábitos como a alimentação irregular, tabagismo, sedentarismo, consumo excessivo de álcool, histórico familiar. Uma das doenças abordadas é o diabetes mellitus, que é uma das DCNT responsáveis por ocasionar mortes e aposentadorias prematuras, sobrecarregar o Sistema Único de Saúde (SUS) e afetar a economia por meio da perda de produtividade dos trabalhadores. Os autores listam várias medidas que podem ser realizadas para minimizar os avanços das DCNT, dentre elas: redução das porções alimentares, monitoramento dos alimentos oferecidos em escolas, reformulação de alimentos processados e ultraprocessados. (Nilson et al., 2018)

 

Dislipidemias (Hipercolesterolemia e Hipertrigliceridemia) 

 

    As dislipidemias, compreendendo os casos de hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia, foram identificadas em 21,2% das participantes, correspondendo a aproximadamente uma em cada cinco mulheres da amostra. Essas alterações lipídicas são reconhecidas como fatores de risco relevantes para o desenvolvimento de aterosclerose, infarto agudo do miocárdio e outras doenças cardiovasculares, especialmente quando associadas a condições como obesidade, hipertensão arterial e resistência à insulina. (Mentoor, Kruger, e Nell, 2018)

 

    Estudos anteriores, como o de Oliveira et al. (2022), indicam que as dislipidemias são mais frequentes em mulheres com idade superior a 50 anos. Esse período coincide, geralmente, com o climatério, fase da vida feminina marcada por diversas alterações metabólicas, incluindo o aumento do risco para desordens lipídicas. Essas mudanças reforçam a necessidade de monitoramento contínuo do perfil lipídico e da implementação de estratégias preventivas e de promoção da saúde, especialmente em mulheres na transição menopausal.

 

Câncer 

 

    A frequência de casos de câncer na amostra foi relativamente baixa (2,1%), possivelmente devido à faixa etária das participantes ou às limitações inerentes à autorreferência. Apesar disso, os tipos identificados — câncer de mama, colo do útero, pulmão e do aparelho digestório — estão entre os mais incidentes na população feminina brasileira, conforme dados do Instituto Nacional de Câncer. Especificamente, o câncer de mama foi relatado por 0,9% das participantes, percentual inferior ao esperado considerando sua alta incidência no país. Ainda assim, a presença desses casos reforça a importância da detecção precoce e do rastreamento contínuo, uma vez que a identificação precoce é determinante para o sucesso do tratamento. (Instituto Nacional de Câncer, 2023)

De maneira geral, cerca de 60,3% das mulheres avaliadas relataram pelo menos uma doença crônica não transmissível (DCNT), com predomínio de doenças metabólicas e cardiovasculares — como hipertensão, diabetes e dislipidemias — em relação às neoplasias. Esses achados evidenciam a necessidade urgente de políticas públicas voltadas à prevenção, educação em saúde e promoção de estilos de vida saudáveis, incluindo alimentação equilibrada e prática regular de atividade física. (Instituto Nacional de Câncer, 2023)

 

    A Tabela 3 apresenta informações sobre o comportamento de saúde das participantes, destacando três fatores de risco modificáveis: consumo de álcool, uso de tabaco e prática de atividade física. A identificação desses elementos é fundamental para compreender o perfil de risco da população estudada e para orientar intervenções de saúde coletiva mais eficazes.

 

Tabela 3. Estilo de vida autorreferido

Absoluto

Relativo %

Bebida alcoólica

Sim

72

31,0

Não

160

69,0

Tabaco

Sim

104

44,8

Não

128

55,2

Atividade Física

Sim

92

39,7

Não

140

60,3

Total

232

100%

Fonte: Autores

 

Consumo de bebida alcoólica 

 

    Embora a maioria das participantes (69,0%) tenha declarado não consumir álcool, 31,0% relataram o uso de bebidas alcoólicas. O consumo frequente de álcool, especialmente em padrões de binge drinking, está associado a um risco elevado de hipertensão, doenças hepáticas, câncer de mama e distúrbios metabólicos em mulheres. (Enriquez-Martinez et al., 2023)

 

    Estudos apontam que o consumo de álcool entre mulheres aumentou significativamente no período de 2006 a 2019, sendo mais prevalente em adultos com idade entre 25 e 44 anos e entre 55 e 64 anos, além de indivíduos com maior escolaridade. Esse aumento é atribuído a mudanças sociais e econômicas, bem como ao marketing direcionado ao público feminino. As consequências desse hábito incluem maior risco de câncer de mama, doenças cardiovasculares, complicações na gravidez e menor adesão aos tratamentos relacionados à redução do consumo de álcool. (Malta et al., 2021)

 

Tabagismo 

 

    Cerca de 44,8% das mulheres participantes declararam ser fumantes, um dado preocupante diante dos impactos amplamente comprovados do tabagismo na saúde feminina. O tabaco constitui um dos principais fatores de risco evitáveis para o desenvolvimento de câncer — incluindo pulmão, colo do útero e mama — além de doenças cardiovasculares e respiratórias crônicas (Sousa et al., 2021). Esse percentual supera a média nacional de tabagismo entre mulheres, evidenciando vulnerabilidades comportamentais específicas nesta população e reforçando a necessidade de estratégias eficazes de cessação do tabagismo. (Chan et al., 2022)

 

    Estudos adicionais indicam que mulheres jovens, especialmente aquelas entre 20 e 29 anos, apresentam maior frequência de consumo de cigarro e álcool. Em uma pesquisa com 289 participantes, 16,6% eram fumantes, destacando-se o padrão de maior risco entre a população feminina mais jovem. Esses achados corroboram evidências internacionais que apontam aumento do tabagismo e do consumo de álcool entre mulheres jovens, reforçando a urgência de ações preventivas direcionadas a esse grupo. (Oliveira et al., 2022)

 

Prática de atividade física 

 

    A baixa adesão à prática regular de atividade física foi relatada por 60,3% das participantes, evidenciando um elevado índice de inatividade física na amostra. Essa condição configura um fator de risco central para o desenvolvimento de obesidade, diabetes tipo 2, hipertensão arterial e declínio funcional (Araújo, Sanseverino, e Rodrigues, 2024), além de impactar negativamente a saúde mental e a qualidade de vida das mulheres. (Souza et al., 2021)

 

    Quando analisado em conjunto com outros fatores comportamentais, o perfil das participantes revela um cenário preocupante para a saúde metabólica e cardiovascular. A combinação da elevada inatividade física, do uso expressivo de tabaco (44,8%) e do consumo significativo de álcool (31,0%) evidencia um estilo de vida desfavorável à saúde. Esse panorama ressalta a necessidade urgente de intervenções multicomponentes, que incluam programas de educação em saúde, estímulo à prática de exercícios físicos supervisionados, políticas públicas de combate ao tabagismo e estratégias para redução dos riscos associados ao consumo de álcool. (Brasil, 2023; Bull et al., 2020)

 

    A Figura 1 apresenta a correlação entre as variáveis antropométricas analisadas no estudo.

 

Figura 1. Correlação de Pearson entre os índices antropométricos.

Figura 1. Correlação de Pearson entre os índices antropométricos.

IMC: Índice de Massa Corporal; RCQ: Relacao Cintura-Cuadril; 

CC: Circunferência da Cintura; IC: Índice de Conicidade; IR: Índice de Redondeza.

Fonte: Autores

 

    A análise das correlações entre os indicadores antropométricos revelou diferentes níveis de associação, destacando a circunferência da cintura (CC) e o índice de redondeza (IR) como os mais fortemente relacionados ao risco metabólico. O índice de massa corporal (IMC) apresentou correlação positiva forte com a CC (r = 0,618) e com o IR (r = 0,675), o que reforça sua utilidade na estimativa do acúmulo total de gordura corporal. Contudo, o IMC apresentou correlação fraca com a relação cintura-quadril (RCQ; r = 0,174) e correlação negativa com o índice de conicidade (IC; r = -0,289), sugerindo que o IMC, isoladamente, pode não refletir adequadamente a distribuição central da gordura.

 

    A RCQ, por sua vez, mostrou forte correlação com a CC (r = 0,702) e correlações moderadas com o IR (r = 0,608) e o IC (r = 0,373), indicando que é um bom marcador de adiposidade abdominal, ainda que avalie aspectos diferentes em relação aos demais índices. A CC foi o indicador mais fortemente associado ao IR (r = 0,940), destacando sua importância na avaliação do risco cardiometabólico, além de apresentar correlação moderada com o IC (r = 0,444).

 

    Por fim, o IR demonstrou correlação positiva com todos os demais índices, confirmando sua relevância como preditor do risco metabólico, especialmente pela forte associação com a CC. A correlação moderada entre IR e IC (r = 0,413) sugere que ambos avaliam aspectos da forma corporal, ainda que sob enfoques distintos. Esses resultados reforçam a importância do uso combinado de múltiplos indicadores antropométricos para uma avaliação mais precisa da composição corporal e do risco de doenças crônicas.

 

Conclusão 

 

    A interpretação dos dados obtidos, alinhada à literatura científica, indica que os indivíduos da amostra apresentam características compatíveis com populações de risco elevado para doenças metabólicas e cardiovasculares. A análise combinada de múltiplos parâmetros — como Índice de Massa Corporal (IMC), Circunferência da Cintura (CC), Relação Cintura-Quadril (RCQ), Índice de Conicidade (IC) e Índice de Redondeza (IR) — possibilita uma avaliação mais completa da composição corporal e da distribuição de gordura, evidenciando a importância de abordagens integradas na avaliação nutricional e na formulação de estratégias preventivas.

 

    Diante desse contexto, torna-se essencial que iniciativas de saúde pública e programas de promoção da qualidade de vida incluam ações específicas voltadas ao controle do peso corporal. A implementação de rotinas estruturadas de atividade física, combinada com orientação alimentar adequada, pode ser determinante para a redução dos riscos metabólicos e cardiovasculares. Além da perda de peso, o exercício regular contribui para melhorar a sensibilidade à insulina, reduzir processos inflamatórios e auxiliar no controle de fatores como colesterol e pressão arterial.

 

    Portanto, os achados deste estudo reforçam a necessidade de intervenções precoces e individualizadas para indivíduos com indicadores antropométricos associados a risco cardiometabólico. A avaliação contínua desses marcadores não apenas orienta políticas públicas mais eficazes, como também favorece estratégias de promoção da saúde, contribuindo para a redução da incidência de doenças crônicas relacionadas ao excesso de adiposidade.

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 30, Núm. 331, Dic. (2025)