ISSN 1514-3465
Efeitos do exercício resistido em idosos hipertensos: uma revisão integrativa
Effects of Resistance Exercise in Hypertensive Older Adults: An Integrative Review
Efectos del ejercicio de resistencia en personas hipertensas: una revisión integradora
Eversom Cavalcante Lorena
*eversomcavalcante@alu.uern.br
Larissa Nayara de Souza
**larissaprofessoraedfisica@gmail.com
Roque Ribeiro da Silva Júnior
***roquejunior@alu.uern.br
Maria Irany Knackfuss
+mariaknackfuss@uern.br
Evilácio Jocas Júnior
++juniorjocas@iclo/ud.com
Themis Cristina Mesquita Soares
+++themissoares@uern.br
*Graduado em Educação Física
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)
**Mestranda em Saúde e Sociedade pela UERN
Programa de Pós-Graduação Saúde e Sociedade (UERN)
***Doutorando em Ciências Fisiológicas
pelo Programa Multicêntrico de Pós-Graduação da UERN
Programa Multicêntrico em Ciências Fisiológicas pela UERN
+Doutora em Ciências da Saúde pela UERN
Programa de Pós-Graduação Saúde e Sociedade (UERN)
++Especialista em Educação Física
Conselho Federal de Educação Física (CONFEF)
+++Doutora em Ciências da Saúde pela UERN
Programa de Mestrado Acadêmico em Planejamento e Dinâmicas Territoriais
no Semiárido PLANDITES/CAMEAM/UERN
(Brasil)
Recepción: 02/07/2025 - Aceptación: 27/10/2025
1ª Revisión: 14/10/2025 - 2ª Revisión: 23/10/2025
Documento acessível. Lei N° 26.653. WCAG 2.0
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Este trabalho está sob uma licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt |
Cita sugerida
: Lorena, E.C., Souza, L.N. de, Silva Júnior, R.R. da, Knackfuss, M.I., Jocas Júnior, E., e Soares, T.C.M. (2025). Efeitos do exercício resistido em idosos hipertensos: uma revisão integrativa. Lecturas: Educación Física y Deportes, 30(331), 197-210. https://doi.org/10.46642/efd.v30i331.8469
Resumo
O envelhecimento é um processo natural e inevitável, caracterizado por transformações fisiológicas que afetam o organismo humano de forma progressiva. Nesta etapa da vida, o cuidado com a saúde deve abranger todas as suas dimensões, física, psicológica e social, principalmente pelo surgimento de doenças crônicas, entre as quais a hipertensão arterial. Essa condição sobrecarrega o músculo cardíaco e demanda maior esforço circulatório, podendo desencadear complicações cardiovasculares. Nesse contexto, o exercício resistido atenuam sobre os marcadores biológicos inerentes a doença, contribuindo inclusive para prevenção dessa condição e auxiliando no controle da pressão arterial de repouso. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo analisar os efeitos do exercício resistido na saúde de idosos com hipertensão arterial, por meio de uma revisão integrativa da literatura, conduzida de forma sistemática segundo as diretrizes do PRISMA 2020 e estruturada com base no modelo PICOS. A pesquisa reuniu evidências provenientes de ensaios clínicos randomizados, que demonstraram os efeitos agudos e crônicos desse treinamento no controle da pressão arterial, reforçando os benefícios na saúde da população idosa.
Unitermos:
Ensaios clínicos. Hipertensão arterial. Idoso. Saúde. Treinamento resistido.
Abstract
Aging is a natural and inevitable process characterized by physiological transformations that progressively affect the human body. At this stage of life, health care must encompass all its dimensions physical, psychological, and social mainly due to the emergence of chronic diseases, among which arterial hypertension stands out. This condition overloads the cardiac muscle and requires greater circulatory effort, potentially leading to cardiovascular complications. In this context, resistance exercise helps mitigate biological markers inherent to the disease, contributing to its prevention and assisting in the control of resting blood pressure. Therefore, the present study aimed to analyze the effects of resistance exercise on the health of older adults with arterial hypertension through an integrative literature review, systematically conducted following PRISMA 2020 guidelines and structured based on the PICOS model. The research gathered evidence from randomized clinical trials that demonstrated the acute and chronic effects of this training on blood pressure control, reinforcing its benefits for the health of the elderly population.
Keywords:
Clinical trials. Arterial hypertension. Aged. Health. Resistance training.
Resumen
El envejecimiento es un proceso natural e inevitable, caracterizado por transformaciones fisiológicas que afectan progresivamente al organismo humano. En esta etapa de la vida, la atención sanitaria debe abarcar todas sus dimensiones -física, psicológica y social-, especialmente debido a la aparición de enfermedades crónicas, como la hipertensión. Esta afección sobrecarga el músculo cardíaco y exige un mayor esfuerzo circulatorio, lo que puede desencadenar complicaciones cardiovasculares. En este contexto, el ejercicio de resistencia atenúa los marcadores biológicos propios de la enfermedad, contribuyendo a su prevención y ayudando al control de la presión arterial en reposo. Por lo tanto, este estudio tuvo como objetivo analizar los efectos del ejercicio de resistencia en la salud de personas mayores con hipertensión, mediante una revisión bibliográfica integrativa, realizada sistemáticamente según las directrices PRISMA 2020 y estructurada según el modelo PICOS. La investigación recopiló evidencia de ensayos clínicos aleatorizados, que demostraron los efectos agudos y crónicos de este entrenamiento en el control de la presión arterial, reforzando los beneficios para la salud de la población mayor.
Palabras clave
: Ensayos clínicos. Hipertensión arterial. Personas mayores. Salud. Entrenamiento de resistencia.
Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 30, Núm. 331, Dic. (2025)
Introdução
Com o envelhecimento, ocorre a redução progressiva da capacidade funcional, afetando as funções metabólicas, motoras e cognitivas, o que torna desafiador a realização de atividades simples do cotidiano. O crescimento da população idosa está associado ao surgimento de doenças crônicas, como diabetes, obesidade e hipertensão. Lima et al. (2008) estimam que, até 2025, o número de idosos ultrapasse 30 milhões, sendo acompanhado de altos índices dessas condições. No entanto, o envelhecimento deve vim acompanhado de estratégias eficazes capazes de promover uma melhor qualidade de vida.
O declínio biológico somado às doenças e limitações funcionais reforça a visão da velhice ligada à decadência e à improdutividade. Alterações na saúde, déficits sensoriais, problemas osteoarticulares e comprometimentos cognitivos impactam a autonomia e o bem-estar, aumentando o estresse nessa fase. (Pereira et al., 2004)
Entre as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), a hipertensão arterial (HA) preocupa por afetar uma população biologicamente mais vulnerável (Radovanovic et al., 2014). A condição eleva a pressão nos vasos arteriais e aumenta o esforço cardíaco, podendo levar a infarto, AVC e insuficiência cardíaca (Silva et al., 2016). A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é definida por valores iguais ou superiores a 140/90 mmHg (Williams et al., 2018) e requer controle contínuo, sendo as DCNT, principais causas de morte no Brasil. (Duncan et al., 2012)
O exercício físico é uma estratégia eficaz na prevenção e controle de doenças crônicas, favorecendo bem-estar psicológico, mobilidade articular, força, redução de gordura e manutenção da pressão arterial (Mezzani et al., 2013). Além disso, evidências recentes destacam que programas de exercícios físicos, incluindo treinamento aeróbico, resistido e combinado, são eficazes para prevenção e controle da hipertensão arterial, promovendo reduções na pressão sistólica e diastólica. (Lima et al., 2025)
O treinamento resistido, em particular, mostra benefícios no controle da pressão arterial em idosos, com melhorias em 94 % dos casos analisados por Vieira, e Queiroz (2013). O efeito hipotensor crônico parece estar associado à redução aguda da PA após o exercício (“hipotensão pós-exercício”). (Kenney, e Seals, 1993)
Essa modalidade, caracterizada por movimentos musculares contra resistência externa, melhora desempenho motor e autonomia nas atividades diárias. Kryger, e Andersen (2007) destacam sua capacidade de aumentar massa muscular, força e potência mesmo quando iniciada tardiamente.
Diante disso, torna-se essencial adotar hábitos saudáveis no envelhecimento. A presente pesquisa buscou responder, com base em ensaios clínicos, a seguinte pergunta: quais são os efeitos do exercício resistido na saúde de idosos hipertensos? Assim, o objetivo foi analisar os efeitos do exercício resistido na saúde de idosos com hipertensão arterial.
Metodologia
Trata-se de uma revisão integrativa com busca sistemática (Souza et al., 2010). A busca foi estruturada na estratégia de PICOS (Methley et al., 2014), que consiste em um acrônimo para População/Problema (idosos hipertensos); Intervenção (treinamento resistido); Comparador (placebo/outras intervenções); Outcome/Desfecho (melhoria na saúde); Tipos de estudos (ensaios clínicos randomizados).
Foram incluídos idosos ≥60 anos, textos completos em inglês, português ou espanhol. Além dos estudos obtidos na busca sistemática, foram incluídas referências que tratava da temática, utilizado como material suplementar para ampliar a discussão, embora não constem no fluxograma de seleção, foram citados nas referências. Se exclui artigos privados, pesquisas com idosos com doenças cardiovasculares, síndromes metabólicas, depressão ou ansiedade. A exclusão dessas comorbidades visou evitar interferências nos desfechos avaliados, garantindo maior homogeneidade da amostra e precisão na análise dos efeitos do treinamento de força.
As buscas foram conduzidas nas seguintes bases de dados: Medline (PubMed), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), EMBASE, Cochrane Library e LILACS. Os descritores utilizados nas buscas foram selecionados pelo base de Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e Embase Subject Headings (Emtree). Os termos foram: "Hypertension", "Resistance Training" e "Randomized Controlled Trials as Topic". Os descritores foram combinados com os operadores booleanos “AND/OR”.
A busca ocorreu entre janeiro e fevereiro de 2025, seguindo o método de Ouzzani et al. (2016) com uso da plataforma Rayyan QCRI para triagem às cegas. Dois avaliadores (E.C.L. e L.N.S.) conduziram a seleção dos estudos, com divergências resolvidas por um terceiro (R.R.S.J.). O processo envolveu remoção de duplicatas, triagem de títulos e resumos (bastando a aprovação de um avaliador para avançar) e leitura integral, cuja inclusão exigiu concordância de todos. Esse método garantiu precisão e coerência na escolha dos estudos para a revisão.
A extração de dados foi realizada por meio do instrumento padronizado desenvolvido por Ursi, e Galvão (2005). Assegurando a extração completa de todos os dados relevantes. (Souza et al., 2010)
Os dados foram apresentados e discutidos por meio da síntese narrativa, buscando ampliar as discussões. A Tabela 1 foi organizada contemplando informações como autor/ano, objetivo do estudo, tipo de intervenção, grupo controle, número de participantes, desfechos avaliados, principais resultados e o nível de evidência (NE).
O nível de evidência (NE), categorizado nos estudos foi realizado da seguinte forma: Nível I - metanálises de múltiplos ensaios clínicos controlados e randomizados; Nível II - estudos experimentais individuais; Nível III - estudos quase-experimentais; Nível IV - estudos descritivos ou qualitativos; Nível V - relatos de caso ou experiências; e Nível VI - estudos fundamentados em opiniões de especialistas. (Stetler et al., 1998)
Resultados
A pesquisa bibliográfica identificou 2.286 artigos, sendo 438 duplicatas, restando 1.848 para rastreio. Após triagem de títulos e resumos, 41 seguiram para análise de elegibilidade, dos quais 28 foram excluídos, totalizando 13 estudos incluídos na revisão final (Figura 1- fluxograma PRISMA - Page et al., 2021) As exclusões ocorreram por artigos pagos (n=7), revisões sistemáticas/metanálises (n=12), problema distinto de hipertensão (n=3), população diferente (n=5) e ausência de idade evidenciada (n=1).
Figura 1. Representa o Fluxograma adaptado de PRISMA 2020
Fonte: Adptado e traduzidido por Page et al. (2021)
Os estudos incluídos nesta revisão contemplaram uma amostra de 631 participantes idosos hipertensos na faixa etária acima de 60 anos. As pesquisas investigaram os efeitos do treinamento de força sobre a PAS e PAD, por intermédio de ensaios clínicos randomizados com delineamentos e protocolos de treinamento de força específicos, desde do treinamento convencional com pesos, uso de faixas, peso corporal, resistência progressiva, potência, como também combinado aos exercícios aeróbicos. A duração das intervenções variou desde de sessões únicas com efeito agudo até protocolos prolongados de 12 semanas ou mais. Em síntese, os estudos reportam efeitos hipotensores relevantes do ponto de vista clinico do treinamento de força sobre a PAS e PAD de idosos, mostrando respostas tanto aguda como crônica (Tabela 1).
Tabela 1. Compêndio de Artigos Selecionados na Revisão (n=13)
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Autor/ Ano |
Objetivo do Estudo |
Tipo de Intervenção |
Grupo Controle |
Número de Participantes |
Desfechos Avaliados |
Principais Resultados |
Nível de Evidência (NE) |
Instrumentos de avaliação |
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Scher et al. (2010) |
Avaliar se valores semelhantes de pressão arterial são obtidos em idosos hipertensos submetidos ao exercício resistido, utilizando os métodos oscilométrico e auscultatório. |
Exercício resistido em idosos hipertensos. |
Sessão Controle (C) 40 min de repouso. |
16 idosos hipertensos de ambos os sexos, que atuaram como grupo experimental e controle em momentos distintos da intervenção. |
Medida da pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) pelos métodos oscilométrico e auscultatório antes, durante e após as sessões de exercício. |
Houve boa concordância entre os métodos antes e após as sessões, especialmente para a PAS. A PAD apresentou maiores diferenças entre os métodos após o exercício. Ambos os métodos identificaram a queda da pressão arterial nos primeiros 60 minutos após o exercício. |
II (Ensaio clínico randomizado) |
Métodos auscultatórios e oscilométricos |
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Carpes et al. (2022) |
Medir variações interindividuais na PA de 24 horas após uma única sessão de várias modalidades de exercício em adultos mais velhos com hipertensão. |
Aeróbico, combinado, resistência e isométrico. |
Sessão Controle (C) sem exercício. |
60 idosos hipertensos entre 62 e 70 anos, que atuaram como seus próprios controles em diferentes momentos, conforme o delineamento cruzado n=19 aeróbicos e combinados n= 23 treinamento de resistência n= 18 empunhadura isométrica. |
Pressão arterial em 24h, diurna e noturna, após exercícios aeróbicos, combinados, resistência e isométricos. |
Houve redução significativa da PA em 24h, com mais respondedores no aeróbico para PAD (53%) e no isométrico para PA noturna (39%), destacando a necessidade de protocolos individualizados. |
II (Análise exploratória de ECRs randomizados) |
Foi utilizado o Monitoramento Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) para aferição da pressão arterial ao longo de 24 horas, com registros em intervalos regulares durante o período diurno e noturno. |
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Fernandes et al. (2022) |
Comparar respostas da pressão arterial entre diferentes ordens de execução de exercício concorrente (EC) em idosos hipertensos. |
Exercício concorrente (aeróbio-resistência e resistência-aeróbio). |
Sessão Controle (C) foi realizada no mesmo ambiente e duração que as demais sessões. |
8 Idosos entre 60 e 80 anos com hipertensão arterial controlada.
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Pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM) em 2h e 24h após as sessões. |
A ordem de execução influencia a resposta pressórica, com maiores reduções na pressão arterial após a ordem resistência-aeróbio (RA) em comparação à controle. Hipotensão pós-exercício foi evidenciada independentemente da ordem. |
II (Ensaio clínico randomizado) |
Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ versão curta), exames de bioimpedância tetrapolar (InBody 230 Trepel®) e estadiômetro fixo (Sanny®). |
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Laddu et al. (2021) |
Testar o impacto do treinamento de resistência progressiva (TRP) em idosos com sarcopenia para controle da pressão arterial. |
Treinamento de resistência progressiva (TRP). |
Grupo Controle (C) recebeu educação sobre exercícios enviados a cada 3 semanas, durante 12 semanas. |
90 idosos com sarcopenia de ambos os sexos com mais de 65 anos n= 60 intervenção n= 30 controle. |
Pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica (PAD), força muscular, perfusão e função microvascular. |
O TRP reduziu a PAS e a PAD nos idosos sarcopênicos, com melhora da força muscular e da função microvascular. Os efeitos foram sustentados após 12 semanas e um ano de intervenção. |
II (Ensaio clínico randomizado) |
Esfigmomanômetro digital (pressão arterial), dinamômetro (força muscular), balança e estadiômetro (composição corporal). |
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Silva et al. (2020) |
Avaliar o efeito agudo do treinamento de força baseado no peso corporal (BWST) na pressão arterial de idosos hipertensos. |
Treinamento de força com peso corporal (BWST). |
O Grupo Controle (C) permanecia sentado durante 43 minutos, tempo de duração das sessões. |
11 idosos hipertensos sendo 7 homens e 4 mulheres entre 61 e 70 anos, que atuaram como grupo experimental e controle em momentos distintos da intervenção. |
Pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) antes, durante e após as sessões. |
O BWST reduziu a PAS em 6,5 mmHg após 30 minutos, com 82% dos participantes satisfeitos, mostrando efeito agudo benéfico mesmo com carga mínima, sem diferença significativa na PAD. |
II (Ensaio clínico randomizado cruzado) |
Esfigmomanômetro automático, monitor de frequência cardíaca. |
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Cunha e Jardim (2012) |
Analisar o comportamento da pressão arterial subaguda em mulheres idosas hipertensas após exercício resistido. |
Exercício resistido. |
O Grupo Controle (C) foi composto pelo mesmo total de participantes, onde as mesmas participavam da intervenção e controle. Tempo de observação de 45 minutos, podendo ficar em pé ou sentar. |
30 idosas hipertensas entre 62 e 71 anos, que atuaram como grupo experimental e controle em momentos distintos da intervenção. |
Pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) em resposta aguda e subaguda ao exercício. |
O exercício resistido reduziu significativamente PAS e PAD em idosas hipertensas, com efeito hipotensor subagudo não observado no protocolo controle, evidenciando sua eficácia na resposta pressórica aguda
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II (Ensaio clínico randomizado) |
Esfigmomanômetro auscultatório e oscilométrico.
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Gargallo et al. (2022) |
Determinar a dose mínima de exercício resistido para gerar hipotensão imediata em idosos hipertensos. |
Exercício resistido com faixas elásticas. |
Sessão Controle (C) repouso de 18 min, ou seja, tempo equivalente à realização de 6 séries de 20 RM). |
19 idosos hipertensos, 13 homens e 6 mulheres, com média de idade de 65 anos, que atuaram como grupo experimental e controle em momentos distintos da intervenção. |
Pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD) e frequência cardíaca média (FCM) antes, durante e após as sessões. |
Volumes de 6 a 9 séries de 20 RM reduziram significativamente PAS e PAD por até 60 minutos, superando a sessão controle, enquanto 3 séries tiveram efeito menor, indicando que o volume foi determinante na resposta hipotensiva. |
II (Ensaio clínico randomizado cruzado) |
Esfigmomanômetro digital validado, cronômetro |
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Oliveira-Dantas et al. (2020) |
Avaliar o impacto do treinamento de resistência de curta duração na modulação autonômica cardíaca e pressão arterial em idosas hipertensas. |
Treinamento resistido (curta duração). |
Grupo Controle (C) sem exercício. Eles foram instruídos a manter sua rotina habitual durante essas semanas em relação à alimentação, sono e atividades diárias. |
25 idosas hipertensas n=13 intervenção n=12 controle |
Modulação autonômica cardíaca, pressão arterial média (PAM), resistência vascular periférica (RVP) e frequência cardíaca em repouso (FCR). |
O treinamento resistido foi capaz de reduzir a pressão arterial média e melhorar a modulação autonômica cardíaca em idosas hipertensas, demonstrando benefícios hemodinâmicos periféricos. |
II (Ensaio clínico randomizado) |
Monitor de pressão arterial média, variabilidade da frequência cardíaca (VFC) via software especializado. |
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Bertani et al. (2018) |
Comparar os efeitos do treinamento de resistência e aeróbico intervalado na pressão arterial durante o sono em idosos hipertensos. |
Treinamento resistido e aeróbico intervalado. |
Grupo Controle (C): não realizou atividades físicas supervisionadas durante o período de estudo e manteve suas atividades diárias normais. |
61 idosos hipertensos sendo 41 mulheres e 20 homens, com idade acima de 60 anos n=15 aeróbico contínuo n= 15 aeróbico intervalado n= 16 treinamento resistido n=15 controle. |
Pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), diurna e noturna. |
O treinamento resistido promoveu maior queda noturna da pressão arterial em comparação com o aeróbico intervalado e o controle, sugerindo maior benefício para controle pressórico noturno. |
II (Ensaio clínico randomizado) |
Monitor Ambulatorial de Pressão Arterial (MAPA), esfigmomanômetro de consultório. |
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Schimitt et al. (2020) |
Avaliar o efeito de uma única sessão de treinamento de exercícios de potência (TP) na pressão arterial ambulatorial e no consultório em idosos hipertensos. |
Treinamento de potência (TP). |
Sessão Controle (C) sem exercício, permanecendo sentado. O grupo era composto pelos mesmos participantes das sessões de treinamento. |
24 idosos hipertensos, igualmente distribuídos entre os sexos, com 12 homens e 12 mulheres, que atuaram como grupo experimental e controle em momentos distintos da intervenção. |
Pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) em consultório e ambulatorial 24h. |
A sessão de potência reduziu a PAS em 10 mmHg e a PAD em 4 mmHg no consultório, mas sem efeito sustentado em medições ambulatoriais, sugerindo resposta hipotensora aguda e transitória. |
II (Ensaio clínico randomizado cruzado) |
MAPA 24h, esfigmomanômetro de consultório. |
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Pinto et al. (2018) |
Comparar respostas hemodinâmicas, percepção de esforço e lactato sanguíneo em exercício resistido com restrição de fluxo sanguíneo (RFS) contra o tradicional de alta intensidade. |
Exercício resistido com e sem restrição de fluxo sanguíneo (RFS). |
Sessão Controle (C) sem exercício e repouso em posição sentada no mesmo local e por tempo equivalente. |
18 idosas hipertensas com idade média de 65 anos. |
Pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD), frequência cardíaca (FC), volume sistólico (VS) e débito cardíaco (DC). |
O exercício com RFS mostrou valores hemodinâmicos semelhantes, menor esforço percebido e lactato sanguíneo, porém maior demanda nos intervalos de descanso em relação ao método tradicional. |
II (Ensaio clínico randomizado cruzado) |
Esfigmomanômetro, monitor de débito cardíaco, lactímetro, escala de percepção subjetiva de esforço (RPE). |
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Damorim et al. (2017) |
Estabelecer a cinética adaptativa das respostas da pressão arterial (PA) em função do tempo e do tipo de treinamento em pacientes hipertensos. |
Treinamento resistido e aeróbico. |
Sem grupo controle. Comparativo entre as duas modalidades. |
69 idosos sendo 20 homens e 49 mulheres n= 32 treinamento resistido n=32 treinamento aeróbico n= 5 abandonos. |
Pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD) ao longo de 50 sessões de treinamento. |
O treinamento aeróbico reduziu 16,5 mmHg na PAS e 11,6 mmHg na PAD, enquanto o resistido apresentou quedas de 6,9 mmHg e 5,3 mmHg, respectivamente, com estabilização após 20 sessões. |
II (Ensaio clínico randomizado |
Esfigmomanômetro, diário de treino, ficha de evolução. |
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Miura et al. (2015) |
Avaliar os efeitos do treinamento físico na rigidez arterial em mulheres hipertensas idosas em comparação com mulheres saudáveis idosas. |
Treinamento físico (resistido e aeróbico). |
Grupo Controle (C) foi escolhido aleatoriamente. |
Intervenção: 92 mulheres hipertensas Controle: 108 mulheres saudáveis. |
Pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD) e velocidade da onda de pulso braquial-tornozelo (VOPb). |
O treinamento físico reduziu a rigidez arterial e melhorou os parâmetros pressóricos. Apesar dos efeitos serem menos expressivos em mulheres hipertensas quando comparadas às saudáveis, observou-se uma melhora clínica significativa. |
II (Ensaio clínico randomizado) |
Velocidade da onda de pulso (VOP), esfigmomanômetro automático, questionários de saúde. |
Fonte: Elaborado pelos autores (2025)
Efeitos do treinamento de força sobre a pressão arterial diastólica em idosos
Os estudos evidenciam efeitos agudos e crônicos do treinamento resistido na redução da pressão arterial diastólica (PAD) em idosos hipertensos. Scher et al. (2010) observaram menor PAD nos primeiros 60 minutos pós-exercício, especialmente pelo método oscilométrico. Carpes et al. (2022) destacaram variações individuais, com maior eficácia do aeróbico (53% de redução). Fernandes et al. (2022) verificaram que a ordem resistência-aeróbico elevou a PAD, reduzindo o efeito esperado.
Bertani et al. (2018) identificaram queda de 10% na PAD durante o sono. Silva et al. (2021) e Cunha & Jardim (2012) não observaram redução imediata, mas entre 10 e 60 minutos após a sessão. Schimitt et al. (2020) relataram queda por até 1h após treino de potência, com tendência à diminuição diurna e noturna. Pinto et al. (2018) apontaram elevação transitória da PAD com restrição de fluxo sanguíneo, seguida de queda pós-liberação. Miura et al. (2015) observaram melhora na PAD e PAS mesmo em treinos curtos.
Gargallo et al. (2022) destacaram necessidade de 6 a 9 séries para efeito imediato de até 30 min. A longo prazo, Damorim et al. (2017) registraram redução média de 5,3 mmHg, inferior à do aeróbico (11,6 mmHg). Os achados indicam que o treinamento resistido contribui para redução da PAD, porém com efeitos variáveis e, por vezes, menores que o aeróbico.
Efeitos do treinamento de força sobre a pressão arterial sistólica em idosos
Os efeitos do treinamento resistido sobre a PAS mostraram resultados variados entre os estudos. Carpes et al. (2022) relataram respostas melhores ao aeróbico (37 %) em relação ao treinamento resistido (26 %). Fernandes et al. (2022) observaram aumento da PAS após uma sessão com treinamento de força. Silva et al. (2021) identificaram elevação imediata da PAS, seguida de redução aos 20-30 minutos; efeito semelhante foi visto na sessão controle, embora menos expressivo.
Cunha, e Jardim (2012) não encontraram diferenças imediatas entre grupos, mas observaram redução significativa da PAS intragrupo até 60 minutos pós-sessão. Gargallo et al. (2022) relataram efeito hipotensor apenas com volumes de 6 e 9 séries, sendo maior aos 30 min (6 séries) e 60 min (9 séries). Schimitt et al. (2020) não identificaram diferenças significativas. Pinto et al. (2018) também não encontraram mudanças pós-exercício, embora a PAS tenha sido maior durante todas as séries em relação ao controle.
Discussão
Hipotensão pós exercício e o tempo de resposta hipotensiva
A análise dos 13 estudos selecionados evidenciou a ocorrência de hipotensão pós-exercício (HPE) em idosos hipertensos após sessões de treinamento resistido. Scher et al. (2010) demonstraram redução da PAD nos primeiros 60 minutos, com diferenças entre métodos de aferição (oscilométrico e auscultatório), devido à subestimação do primeiro (Landgraf et al., 2010). Schimitt et al. (2020) também observaram queda da PAD por até 1h após treino de potência.
Estudos apontam redução progressiva da PA a partir de 10 minutos após o exercício (Cunha, e Jardim, 2012; Silva et al., 2021), enquanto a PAS apresenta aumento imediato, retornando gradualmente aos níveis basais. (Carrington, e White, 2001)
Mediano et al. (2005) mostraram maior declínio da PAS quando realizadas três séries de treinamento de força, sem efeito significativo sobre a PAD com apenas uma série. Pinto et al. (2018) observaram queda da PAD após a liberação do fluxo sanguíneo em exercícios com restrição vascular.
No entanto, Nunes et al. (2024) verificaram que a técnica de restrição de fluxo sanguíneo associada ao exercício de força eleva agudamente a PA durante a execução, sem consenso quanto aos efeitos no período pós-sessão, reforçando a necessidade de cautela em sua aplicação em idosos hipertensos.
Efeitos variam conforme volume, intensidade, séries e uso de medicamentos como captopril (Carpes et al., 2022; Hardy, e Tucker, 1998; Melo et al., 2006). A redução da atividade simpática pode explicar a HPE. (MacDonald, 2002; Oliveira-Dantas et al., 2020)
Em longo prazo, Damorim et al. (2017) identificaram redução da PAD até a 20ª semana, enquanto Moraes et al. (2012) observaram quedas progressivas da PAS e PAD após 12ª semanas, com benefícios persistindo mesmo após destreinamento.
Pressão arterial diurna e noturna
O treinamento de força pode reduzir a PAD até durante o sono, com declínio superior a 10 % relatado por Bertani et al. (2018). Schimitt et al. (2020) observaram tendência de queda diurna e noturna, possivelmente reforçada por protocolos repetidos. Durante o dia, variações da PA dependem do tipo, volume e intensidade do exercício (Carpes et al., 2022; Damorim et al., 2017), sendo a variabilidade da PAS diurna associada a maior mortalidade. (Fagard et al., 2008)
Volume, intensidade e duração do treinamento de força na resposta hipertensora
Pesquisas indicam que volume e intensidade são determinantes na prescrição do treinamento resistido para idosos hipertensos. Gargallo et al. (2022), Pinto et al. (2018) e Silva et al. (2021) observaram melhor resposta hipotensora com 6 a 9 séries. Pimenta et al. (2019) e Jones et al. (2021) destacam que altas intensidades reduzem rapidamente a pressão arterial, enquanto treinos moderados e longos geram efeitos mais duradouros. Damorim et al. (2017) verificaram redução da PAD até a 20ª semana com o resistido, frente a 10a semanas no aeróbico, reforçando a importância da continuidade. Laddu et al. (2021) e Han et al. (2014) apontam que baixa força muscular, especialmente em idosos com sarcopenia, aumenta o risco de hipertensão por rigidez arterial, disfunção microvascular e inflamação crônica.
Conclusão
O treinamento resistido mostrou efeitos benéficos sobre a pressão arterial de idosos hipertensos, com hipotensão pós-exercício frequente nos primeiros 60 minutos. Protocolos de maior volume e intensidade moderada a elevada potencializam respostas mais expressivas (Gargallo et al., 2022; Jones et al., 2021; Pimenta et al., 2019), favorecendo adaptações fisiológicas no controle autonômico e redução da resistência vascular (Oliveira-Dantas et al., 2020). O treinamento resistido, quando prescrito e monitorado adequadamente, é uma estratégia não farmacológica eficaz, mas estudos futuros com amostras maiores e melhor controle metodológico são necessários para fortalecer as evidências.
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