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ISSN 1514-3465

 

Roteiro de trilha ecoturística no distrito

de Juá em São Francisco de Paula/RS

Ecotourism Trail Itinerary in the Juá District in São Francisco de Paula/RS

Itinerario de sendero ecoturístico en el distrito de Juá, en São Francisco de Paula/RS

 

Felipe Kohls Rangel*

felipe-rangel@uergs.edu.br

Marcia dos Santos Ramos Berreta**

marcia-berreta@uergs.edu.br

Rodrigo Koch***

prof.koch.rodrigo@gmail.com

 

*Autor principal. Bacharel em Ciências Biológicas (ULBRA)

Especialista em Licenciamento e Diagnóstico Ambiental (ULBRA)

Mestre em Ambiente e Sustentabilidade (UERGS)

Servidor público da Secretaria Estadual do Meio Ambiente

do Rio Grande do Sul (SEMA), lotado na Divisão de Unidades de Conservação

**Orientadora. Bolsista de Fixação de Recursos Humanos do CNPq - Nível G

Professora Adjunta da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul

na Unidade Hortênsias, em São Francisco de Paula

Graduada em Estudos Sociais pela Universidade do Sul de Santa Catarina

Bacharel em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Mestre e Doutora do Programa de Pós-Graduação em Geografia pela UFRGS

Pós-doutora no PGDR/UFRGS e Le Mans Université (França)

***Coorientador. Pós-Doutor (Sociologia i Antropologia Social)

pelo Institut Universitari de Creativitat i Innovacions Educatives

de la Universitat de València (UV)

Doutor em Educação pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Mestre em Educação (Estudos Culturais)

pela Universidade Luterana do Brasil (ULBra)

Pós-graduado em Administração e Marketing Esportivo

pela Universidade Gama Filho (UGF)

Graduado/Licenciado em Educação Física pela ULBra

Professor adjunto da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul

lotado na unidade Hortênsias-São Francisco de Paula

(Brasil)

 

Recepción: 16/06/2025 - Aceptación: 23/10/2025

1ª Revisión: 10/07/2025 - 2ª Revisión: 20/10/2025

 

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Cita sugerida: Rangel, F.K., Berreta, M. dos S.R., e Koch, R. (2025). Roteiro de trilha ecoturística no distrito de Juá em São Francisco de Paula/RS. Lecturas: Educación Física y Deportes, 30(331), 82-99. https://doi.org/10.46642/efd.v30i331.8435

 

Resumo

    Esta pesquisa teve como objetivo elaborar um roteiro de trilhas ecológicas na localidade de Cadeinha, distrito de Juá, no município de São Francisco de Paula (RS), como estratégia de conservação da biodiversidade e promoção do desenvolvimento local. Os objetivos específicos incluem identificar e mapear os atrativos naturais da localidade, fornecer subsídios técnicos para a elaboração de um roteiro estruturado, propor a integração de Cadeinha ao Caminho das Araucárias e desenvolver produtos técnicos de divulgação que auxiliem na implementação do projeto. A proposta está fundamentada nos princípios das Trilhas de Longo Curso (TLC), concebidas como instrumentos de conexão de paisagens e valorização ambiental. A justificativa do estudo está na necessidade de integrar Cadeinha ao percurso da Trilha de Longo Curso Caminho das Araucárias, promovendo o uso sustentável do território e ampliando oportunidades de geração de renda para os moradores. A metodologia envolveu saídas de campo para reconhecimento da área, levantamento de atrativos naturais e pontos de interesse, entrevistas informais com moradores e análise de informações disponíveis em plataformas digitais sobre trilhas. Como resultados, foram identificadas nove trilhas com potencial ecoturístico, mapeadas e organizadas em um roteiro que valoriza paisagens naturais como mirantes, cachoeiras e arroios. Conclui-se que o roteiro proposto tem potencial para fortalecer a conservação ambiental e fomentar alternativas sustentáveis de desenvolvimento, alinhando-se aos objetivos das Trilhas de Longo Curso e às demandas da comunidade local.

    Unitermos: Trilhas de longo curso. Ecoturismo. Desenvolvimento local. Conservação da biodiversidade. São Francisco de Paula.

 

Abstract

    This study aimed to develop a route of ecological trails in the locality of Cadeinha, district of Juá, in the municipality of São Francisco de Paula (RS), as a strategy for biodiversity conservation and local development. The specific objectives include identifying and mapping the natural attractions of the location, providing technical support for the development of a structured itinerary, proposing the integration of Cadeinha with Caminho das Araucárias and developing technical promotional products that assist in the implementation of the project. The proposal is based on the principles of Long-Distance Trails (LDT), conceived as tools for landscape connectivity and environmental appreciation. The study is justified by the need to integrate Cadeinha into the Long-Distance Trail Caminho das Araucárias, promoting sustainable land use and increasing income-generating opportunities for residents. The methodology included field visits to recognize the area, mapping of natural attractions and points of interest, informal interviews with residents, and analysis of information available on digital platforms about existing trails. As a result, nine trails with ecotourism potential were identified, mapped, and organized into a route that highlights natural landscapes such as viewpoints, waterfalls, and streams. It is concluded that the proposed route has the potential to strengthen environmental conservation and promote sustainable development alternatives, aligning with the goals of Long-Distance Trails and the needs of the local community.

    Keywords: Long-distance trails. Ecotourism. Local development. Biodiversity conservation. São Francisco de Paula.

 

Resumen

    Esta investigación tuvo como objetivo elaborar una ruta de senderos ecológicos en la localidad de Cadeinha, distrito de Juá, en el municipio de São Francisco de Paula (RS), como estrategia para la conservación de la biodiversidad y la promoción del desarrollo local. Los objetivos específicos incluyen identificar y mapear los atractivos naturales del lugar, brindar apoyo técnico para el desarrollo de un itinerario estructurado, proponer la integración de Cadeinha con el Caminho das Araucárias y desarrollar productos técnicos promocionales que auxilien la implementación del proyecto. La propuesta se basa en los principios de los Senderos de Largo Recorrido (SLR), concebidos como instrumentos para la conexión del paisaje y la valorización ambiental. La justificación del estudio radica en la necesidad de integrar Cadeinha al recorrido del Sendero de Largo Recorrido Caminho das Araucárias, promoviendo el uso sostenible del territorio y ampliando las oportunidades de generación de ingresos para los residentes. La metodología incluyó salidas de campo para el reconocimiento del área, mapeo de atractivos naturales y puntos de interés, entrevistas informales con residentes y análisis de información disponible en plataformas digitales sobre senderos existentes. Como resultado, se identificaron nueve senderos con potencial ecoturístico, los cuales fueron mapeados y organizados en una ruta que destaca paisajes naturales como miradores, cascadas y arroyos. Se concluye que la ruta propuesta tiene potencial para fortalecer la conservación ambiental y fomentar alternativas sostenibles de desarrollo, en línea con los objetivos de los Senderos de Largo Recorrido y las demandas de la comunidad local.

    Palabras clave: Senderos de largo recorrido. Ecoturismo. Desarrollo local. Conservación de la biodiversidad. São Francisco de Paula.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 30, Núm. 331, Dic. (2025)


 

Introdução 

 

    As Trilhas de Longo Curso (TLC) surgiram no início do século XX, com a sinalização de um caminho de aproximadamente 3.600 km na Cordilheira dos Apalaches, nos Estados Unidos, iniciativa que foi concluída em 1937 graças ao engajamento de voluntários entusiastas do excursionismo (Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura – ABETA, 2009). Atualmente, os Estados Unidos possuem dezenas de trilhas sinalizadas totalizando cerca de 150 mil km, incluindo a Continental Divide Trail, a North Country Trail e a Pacific Crest Trail, todas oficialmente protegidas por legislação nacional desde 1968 (ABETA, 2009). Essa experiência norte-americana tem servido de inspiração para vários países que adotam as TLC como ferramentas para conectar paisagens e promover a conservação da biodiversidade. Ademais, esta é uma prática que contribui essencialmente com a saúde, como destaca Dominguez (2025): “El senderismo, más que un pasatiempo, es un estilo de vida beneficioso física y emocionalmente. Accesible y conectado con la naturaleza, mejora la salud cardiovascular, fortalece músculos y articulaciones, y ayuda al control de peso”.

 

    No Brasil, a Trilha Transcarioca, implantada em 2017, é considerada a primeira TLC do território nacional. No mesmo ano, por meio da Coordenação-Geral de Uso Público do ICMBIO e do Ministério do Meio Ambiente (MMA), foi criada a Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso e Conectividade (REDE), formalizada pela Portaria Conjunta nº 407 dos Ministérios do Meio Ambiente e do Turismo (MMA, 2018a; Rede Trilhas, 2023). A REDE visa ordenar o desenvolvimento, sinalização e governança das trilhas nacionais, promovendo a conectividade entre ecossistemas por meio de corredores ecológicos que integram unidades de conservação e áreas naturais preservadas. Essa estratégia não apenas fortalece a conservação da biodiversidade, como também estimula o turismo sustentável e a geração de emprego e renda em áreas rurais (MMA, 2018a).

 

    No Rio Grande do Sul e Santa Catarina, destaca-se a TLC Caminho das Araucárias, com percurso aproximado de 600 km que atravessa áreas de relevante importância ambiental e cultural, oferecendo contato direto com paisagens naturais como campos nativos, matas de araucária, rios e cachoeiras, além de comunidades tradicionais. O trecho no município de São Francisco de Paula, que abrange cerca de 120 km do Caminho das Araucárias, possui locais alternativos que podem integrar essa rede, como a localidade de Cadeinha, distrito de Juá. Esta região, situada na borda do Vale do Caí, destaca-se pela presença de núcleos de natureza preservada e atrativos cênicos, incluindo mirantes com vista para o Rio Santa Cruz e as encostas dos municípios vizinhos Canela e Caxias do Sul.

 

    Lumertz (2022), aponta em suas pesquisas que 83% do território de Juá são constituídos de vegetação nativa e que nos últimos anos, o avanço da monocultura de soja vem crescendo naquele distrito. Com isso a crescente pressão sobre os ecossistemas locais evidencia a necessidade de modelos de desenvolvimento sustentável que minimizem os impactos ambientais, uma vez que práticas agrícolas convencionais tendem a aumentar a pegada ecológica do território. Nesse contexto, o ecoturismo surge como uma alternativa viável para promover a conservação da biodiversidade e, simultaneamente, gerar renda e diversificar a economia local.

 

    Assim, a presente pesquisa parte da problemática de integrar propriedades familiares distantes do eixo principal da TLC ao longo percurso do Caminho das Araucárias, considerando as especificidades e potencialidades da localidade de Cadeinha. O objetivo central é elaborar um roteiro ecoturístico que conecte os atrativos naturais de Cadeinha ao eixo principal da trilha, contribuindo para o desenvolvimento econômico sustentável da comunidade local, alinhado aos princípios do ecoturismo e da conservação ambiental.

 

    Os objetivos específicos incluem identificar e mapear os atrativos naturais da localidade, fornecer subsídios técnicos para a elaboração de um roteiro estruturado, propor a integração de Cadeinha ao Caminho das Araucárias e desenvolver produtos técnicos de divulgação que auxiliem na implementação do projeto.

 

As Trilhas de Longo Curso: origem e potencialidade 

 

    O presente referencial teórico fundamenta-se em estudos relacionados às Trilhas de Longo Curso (TLC), buscando apresentar o histórico da relação do ser humano com a natureza para fins de lazer, além de embasar o marco legal e referências contemporâneas que sustentam o desenvolvimento teórico da pesquisa. Esta base é fundamental para a elaboração de produtos técnicos e tecnológicos que atendam à proposta desta dissertação.

 

    A prática da caminhada em ambientes naturais tem se consolidado como uma das principais atividades de lazer para pessoas que vivem em contextos urbanos modernos, proporcionando benefícios significativos à saúde em meio a um cotidiano marcado pelo estresse e pela competitividade. Essa atividade, conhecida também como trekking1 ou hiking2, tem raízes históricas profundas, embora a palavra “caminhada” como se conhece tenha surgido apenas no início do século XIX. Um dos primeiros relatos históricos de caminhada por lazer é do poeta Francesco Petrarca, que em 1336 descreveu a escalada do Mont Ventoux, estabelecendo um marco para a prática recreativa. (Ralph, 2021)

 

    Entre os séculos XVIII e XIX, especialmente na Inglaterra, a urbanização e a industrialização fizeram crescer o desejo das pessoas por escapadas à natureza, criando-se clubes que defendiam o direito de acesso a áreas naturais para fins recreativos, mesmo diante da predominância de terrenos privados nas proximidades das cidades industriais (Wuyts, 2020). Com a intensificação da Revolução Industrial, a caminhada passou a representar uma forma de reconexão entre os humanos e a natureza, contrabalançando o afastamento provocado pela rotina de trabalho extenuante e o crescimento das cidades. As trilhas emergiram então como espaços privilegiados para a promoção do bem-estar e da qualidade de vida, possibilitando contato direto com ambientes naturais. (Wuyts, 2020)

 

    No século XX, o movimento organizado de construção e manutenção de trilhas ganhou força, com destaque para o surgimento das Trilhas de Longo Curso, percursos que se estendem por centenas de quilômetros e demandam vários dias para serem completados. O exemplo europeu emblemático é a Trilha Azul Nacional Húngara, criada em 1938, com aproximadamente 1.200 km, que atravessa uma diversidade de paisagens naturais e culturais, sinalizada por faixas horizontais azuis, reunindo milhares de trilheiros anualmente (Béla, (2023)3. Na América, a Trilha dos Apalaches, idealizada em 1921 e concluída em 1937, com seus cerca de 3.600 km, é um dos maiores exemplos de sucesso, atraindo milhões de caminhantes ao ano. (The Appalachian Trail Conservancy, 2023)

 

    No Brasil, as caminhadas em áreas naturais são praticadas há décadas em locais como o Parque Nacional de Itatiaia, Chapada dos Veadeiros, Chapada Diamantina e na Serra Geral, evidenciando a tradição do turismo em espaços naturais (ABETA, 2009). Entretanto, a organização formal das TLC brasileiras é recente, tendo como precursora a Trilha Transcarioca, idealizada em 1995 e implantada em 2015, inspirada em modelos internacionais e que, além do lazer, cumpre papel importante na conservação da biodiversidade e na conexão entre áreas protegidas urbanas (Simon, e Silva, 2020). A partir dessa experiência, o ICMBIO articulou atores em todo o país para criar a Rede Brasileira de Trilhas (RBT), regulamentada pela Portaria nº 407/2018. Estruturada sobre três pilares fundamentais - a conservação ambiental, a valorização cultural e a geração de emprego (Figura 1). Além disso, a iniciativa busca fomentar a oferta turística sustentável por meio da implementação e integração das trilhas de longo curso. (MMA, 2018a)

 

Figura 1. Os três pilares das trilhas de longo curso

Figura 1. Os três pilares das trilhas de longo curso

Fonte: Autores

 

O Caminho das Araucárias 

 

    No sul do Brasil, destaca-se o projeto da TLC Caminho das Araucárias, idealizado em 2017, que visa conectar o Parque Estadual do Caracol (RS) ao Parque Nacional de São Joaquim (SC), totalizando cerca de 600 km de percurso (Figura 2). Esse trajeto integra a RBT e oferece múltiplas possibilidades de uso — a pé, de bicicleta ou a cavalo — contemplando uma rica diversidade ambiental, cultural e paisagística, como campos nativos, matas com araucárias, rios e cachoeiras, além de comunidades tradicionais. (Rede Trilhas, 2023)

 

Figura 2. Mapa do Percurso da TLC Caminho das Araucárias

Figura 2. Mapa do Percurso da TLC Caminho das Araucárias

Fonte: Caminho das Araucárias/Autores

 

    A implantação do Caminho das Araucárias teve início com a Oficina de Manejo e Sinalização de Trilhas promovida pelo ICMBIO em 2017, um marco fundamental que envolveu diversos atores locais, incluindo representantes da sociedade civil, unidades de conservação, guias e entusiastas. O primeiro trecho sinalizado, com 8 km dentro da Floresta Nacional de São Francisco de Paula, representou o ponto de partida para a consolidação do projeto (Rede Trilhas, 2023). Em 2021, a criação da Associação Caminhos da Araucária (ACA) formalizou o grupo de voluntários e apoiadores dedicados ao desenvolvimento e manutenção da trilha.

 

    Segundo Omena, e Bregolin (2020), a implantação do Caminho das Araucárias abre novas possibilidades para ampliar o apoio social à conservação das áreas protegidas da região, além de oferecer uma experiência qualificada de contato com a natureza para os usuários. Ainda que o movimento de implantação de TLC no Brasil seja recente, estudos como o de Silva (2020) destacam a relevância do projeto para o turismo de aventura e a conservação da biodiversidade, alinhando lazer, sustentabilidade e fortalecimento dos corredores ecológicos, conforme proposto pela RBT.

 

A potencialidade da trilha local 

 

    A RBT classifica as trilhas em três tipos: local, de longo curso regional e de longo curso nacional, segundo critérios definidos na Portaria Conjunta nº 500/2020 (MMA; Ministério do Turismo, 2020). As trilhas locais são aquelas percorridas em poucas horas, geralmente em um único dia, e possuem grande importância por sua proximidade com as TLC principais. Seu fácil acesso favorece a interação das comunidades com o turismo, promovendo renda para proprietários locais e fomentando o desenvolvimento regional.

 

    A integração das comunidades locais nas atividades ligadas às trilhas é essencial para sua conservação e sustentabilidade, o que requer políticas públicas e estudos que identifiquem os atrativos naturais e culturais ao longo dos percursos, estimulando o envolvimento social (Breves, e Menezes, 2018). É igualmente importante que as trilhas se configurem como corredores ecológicos, conectando áreas protegidas para garantir a manutenção dos serviços ecossistêmicos, uma questão vital diante do impacto de intervenções inadequadas no ambiente.

 

    Exemplo prático é o estudo realizado na Fazenda Serra Grande, Paraíba, que demonstrou o potencial das trilhas locais para estratégias de conservação da biodiversidade por meio do ecoturismo, valorizando áreas de preservação permanente e promovendo a conscientização ambiental entre moradores e visitantes (Carvalho, e Crispim, 2017). Esse modelo reforça a possibilidade de coexistência harmônica entre humanos e ambientes naturais, com benefícios para a conservação dos recursos hídricos e a biodiversidade.

 

    Além disso, a atividade turística em áreas rurais, como destaca Bathke (2002), pode ser uma importante ferramenta para o desenvolvimento local sustentável, diversificando as fontes de renda e melhorando a qualidade de vida das comunidades afastadas dos centros urbanos. As trilhas locais, inseridas no escopo do turismo rural, ecológico e cultural, encontram um campo fértil para expansão e consolidação, conforme as definições e classificações discutidas por Graziano, Vilarinho, e Dale (2006).

 

    No campo conceitual, diferentes termos relacionados ao turismo na natureza são usados para designar as atividades recreativas em ambientes naturais, como “turismo na natureza”, “turismo de natureza” e “ecoturismo”, com nuances importantes na forma de atuação e impacto ambiental (Martins, e Silva, 2019). Galvão (2004) diferencia o turismo de natureza, que pode abranger desde práticas massificadas até sustentáveis, do ecoturismo, que prioriza a conservação e o envolvimento comunitário. No Brasil, o ecoturismo ganhou força no final dos anos 1980 e foi formalmente definido por diretrizes nacionais que reforçam seu caráter sustentável, educativo e conservacionista, alinhando-se à valorização das comunidades locais e à proteção ambiental. (Ministério do Turismo, 2024)

 

Área de Estudo 

 

    O presente estudo foi desenvolvido no distrito de Juá, localizado no município de São Francisco de Paula, inserido na região dos Campos de Cima da Serra, nordeste do Rio Grande do Sul. O município possui uma extensão territorial de 3.317,79 km² e uma população estimada em 21.893 habitantes (IBGE, 2022), distribuída entre seis distritos e a sede municipal, que concentra a maior parte da população. (Ceolin et al., 2021)

 

    O distrito de Juá situa-se na porção noroeste do município, fazendo divisa com Canela, Caxias do Sul e com os distritos de Cazuza Ferreira, Lajeado Grande e Eletra (Figura 3). A localidade de Cadeinha, dentro do distrito, foi selecionada para o planejamento de um roteiro de atividades de ecoturismo e esportes na natureza, como hiking, trekking, ciclismo e rapel. A proposta inicial, denominada “Caminhos de Juá”, pretende futuramente abranger todo o distrito.

 

Figura 3. Localização geográfica do Distrito de Juá

Figura 3. Localização geográfica do Distrito de Juá

Fonte: Ganeco/PPGAS/autores

 

    Criado em 1950, Juá recebeu seu nome de uma planta comum na região, conhecida por seus espinhos e frutos amarelos e venenosos (Cardoso, 2019). Segundo relatos históricos, o nome surgiu da prática dos tropeiros que utilizavam a região como ponto de descanso: “vamos posar lá nos juás” (Reis apud Cardoso, 2019, p. 62). O distrito apresenta uma área de 340 km², com predominância de vegetação nativa do bioma Mata Atlântica, incluindo Campos de Altitude e Floresta Ombrófila Mista. (Lumertz, 2022)

 

    Inserido na bacia hidrográfica do rio Caí, Juá caracteriza-se por sua beleza cênica resultante da combinação de atributos ecológicos e geomorfológicos. Tais características reforçam seu potencial para o desenvolvimento de trilhas ecológicas e contemplativas, fortalecendo o ecoturismo. Conforme Neiman, e Mendonça (2000), áreas com elevado valor ecológico e paisagístico favorecem o surgimento do ecoturismo como ferramenta para o desenvolvimento sustentável.

 

    A localização estratégica do distrito, próximo a centros turísticos consolidados como Canela, Gramado e Caxias do Sul, também contribui para seu potencial turístico. Spindler (2020), ao propor o roteiro “Encantos Rurais de São Chico”, identificou propriedades em Juá com potencial para hospedagem e experiências no meio rural.

 

    A comunidade local é marcada por um modo de vida tranquilo, baseado na pecuária extensiva e na extração de pinhão. Cardoso (2019) descreve a população atual como composta majoritariamente por aposentados, oriundos de famílias que viviam da agricultura e da pecuária. Ceolin et al. (2021) indicam que Juá concentra as maiores áreas de exploração pecuária do município. A migração de jovens nas décadas passadas em busca de oportunidades em centros urbanos contribuiu para essa configuração demográfica atual.

 

    Além das atividades agropecuárias, há geração de renda por meio da venda de pequenas chácaras a moradores de Caxias do Sul e da produção de queijo serrano e leite para cooperativas locais (Cardoso, 2019). Apesar da chegada de novos residentes de final de semana, a interação com os moradores tradicionais ainda é limitada. Segundo Ceolin (2021), a comunidade de Juá destacou-se positivamente em autoavaliações de qualidade de vida, especialmente nos domínios das relações sociais e psicológicas.

 

Metodologia 

 

    A pesquisa possui abordagem qualitativa e natureza aplicada. A abordagem qualitativa permite uma compreensão mais aprofundada da realidade local, considerando a subjetividade dos sujeitos e a singularidade do território (Perez, 2005). Trata-se de uma pesquisa aplicada, voltada à elaboração de um produto prático – um roteiro ecoturístico – com potencial de subsidiar ações da gestão pública, da comunidade e de associações locais.

 

    Dada a escassez de dados secundários sobre turismo ecológico no distrito de Juá, recorreu-se a diversas fontes para coleta de informações. As técnicas utilizadas incluíram pesquisa bibliográfica, documental, saídas a campo com observação direta, registro em diário de campo e acervo fotográfico, além de conversas informais com moradores da Cadeinha.

 

Coleta de dados 

 

    A coleta de dados incluiu visitas de campo à localidade de Cadeinha para observação in loco e levantamento de informações sobre a paisagem, os atrativos e a organização do espaço. O trabalho de campo teve caráter exploratório-descritivo, com uso de caderno de anotações e registro fotográfico.

 

    Durante o levantamento, buscou-se identificar recursos turísticos naturais (rios, cachoeiras, matas), manifestações culturais (gastronomia, saberes locais, usos e costumes), além de elementos do patrimônio material e imaterial (Sebrae, 2014). Também foi avaliado o potencial de geração de renda por meio do turismo rural e ecológico.

 

    As informações obtidas junto aos moradores, proprietários e caminhantes complementaram os dados obtidos em fontes documentais, possibilitando uma leitura mais completa do território e subsidiando a elaboração do roteiro Caminhos de Juá.

 

Resultados e discussões 

 

    A pesquisa de campo resultou na identificação de nove trilhas com potencial ecoturístico na localidade de Cadeinha, distrito de Juá, em São Francisco de Paula (RS). Essas trilhas foram mapeadas, descritas e organizadas em um roteiro integrado ao eixo principal da Trilha de Longo Curso Caminho das Araucárias. Cada trilha foi analisada quanto à sua relevância ambiental, cênica e logística, levando em conta a acessibilidade, o grau de dificuldade, o tempo estimado de percurso e os atrativos naturais contemplados.

 

Trilhas identificadas 

 

    As trilhas criadas e organizadas sob o nome "Caminhos de Juá" são:

  1. Trilha dos Mirantes Sul (9,3 km) – vista panorâmica para o Vale do Caí e o Rio Santa Cruz.

  2. Trilha Circuito Cadeinha (15,3 km) – percurso circular por estradas e trilhas secundárias.

  3. Trilha Cadeinha até a Cachoeira do Baú (12,6 km) – acesso a uma bela cachoeira na Fazenda do Baú.

  4. Trilha do Rio Santa Cruz (21,7 km) – caminhada até o fundo do vale do Rio Santa Cruz, com floresta densa e xaxins.

  5. Trilha da Cachoeira do Oneide (1,4 km) – percurso com possibilidade de banho e prática de rapel.

  6. Trilha Cadeinha Completa (19,3 km) – trajeto mais longo, reunindo trechos de diversas trilhas menores.

  7. Trilha Cadeinha até Lajeado Arroio Muniz (14,8 km) – lajedo e poço para banho em trecho conservado do arroio.

  8. Trilha dos Mirantes Norte (6,35 km) – vistas para as encostas de Caxias do Sul e áreas de campo com araucárias.

  9. Trilha Cadeinha até o Caminho das Araucárias (20,09 km) – conecta Cadeinha ao eixo principal da TLC por meio do Passo do Valentim.

Produtos técnicos e tecnológicos 

 

    Além do mapeamento das trilhas, o estudo resultou no desenvolvimento de produtos técnicos e tecnológicos que contribuem para a estruturação da proposta ecoturística:

 

    Folder informativo com mapa, informações sobre as trilhas e atrativos locais.

Figura 4. Folder ilustrativo (imagem mostrando ambos os lados)

Figura 4. Folder ilustrativo (imagem mostrando ambos os lados)

Fonte: Autores

 

    Totem de sinalização, instalado no ponto inicial do percurso, com design padronizado segundo os critérios da Rede Brasileira de Trilhas.

 

Figura 5. Totem de identificação do Caminhos de Juá

Figura 5. Totem de identificação do Caminhos de Juá

Fonte: Autores

 

    Marca visual e logotipo “Caminhos de Juá”, desenvolvidos para identificação e divulgação do roteiro.

Figura 6. Logotipos criados para utilizar no roteiro do Caminho de Juá e

pegada de sinalização e identificação para inserção na Rede Brasileira de Trilhas

Figura 6. Logotipos criados para utilizar no roteiro do Caminho de Juá e pegada de sinalização e identificação para inserção na Rede Brasileira de Trilhas

Fonte: Autores / Carolina Steck

 

    Esses materiais foram elaborados com o apoio técnico da equipe da SEMA/RS e de colaboradores locais, reforçando o caráter participativo do projeto. Eles visam facilitar a visitação, orientar os caminhantes, fortalecer a identidade territorial e promover o uso sustentável dos recursos naturais da região.

 

Discussão 

 

    Os resultados obtidos demonstram que a localidade de Cadeinha, no distrito de Juá, possui um elevado potencial para o desenvolvimento do ecoturismo por meio da implantação de trilhas locais conectadas ao eixo principal da Trilha de Longo Curso Caminho das Araucárias. Essa proposta está alinhada aos três pilares da Rede Brasileira de Trilhas (RBT): conservação da biodiversidade, geração de emprego e renda, e promoção da saúde e bem-estar por meio da recreação em ambientes naturais. (MMA, 2018a)

 

    O processo de mapeamento das trilhas e a elaboração dos produtos técnicos revelaram a riqueza dos atrativos naturais da região, bem como a disposição da comunidade em colaborar com o projeto. Segundo Breves e Menezes (2018), o envolvimento comunitário é fundamental para a consolidação e manutenção das trilhas, sendo esse um diferencial observado no caso de Cadeinha, onde alguns moradores locais participaram ativamente do reconhecimento dos percursos e da construção do roteiro.

 

    A integração da proposta à Trilha de Longo Curso Caminho das Araucárias, que conecta áreas naturais protegidas e comunidades tradicionais ao longo de 600 km, amplia a visibilidade da região e insere Cadeinha em um contexto mais amplo de turismo de natureza no sul do Brasil. A proximidade da localidade com o Passo do Valentim, ponto de ligação com o eixo principal da trilha, favorece essa articulação territorial e logística.

 

    Além disso, a proposta reforça o papel das trilhas locais como estratégia de conservação e valorização cultural. De acordo com Carvalho, e Crispim (2017), trilhas ecológicas podem ser utilizadas como ferramentas de sensibilização ambiental e educação, especialmente quando percorrem áreas de preservação e ecossistemas frágeis, como os Campos de Altitude e a Floresta Ombrófila Mista encontrados em Cadeinha.

 

    O desenvolvimento de produtos técnicos, como o folder e o totem informativo, também se mostrou essencial para promover a identidade visual do roteiro e facilitar a experiência dos visitantes. Esses materiais seguem as diretrizes da Rede Brasileira de Trilhas e representam um passo importante na estruturação e sinalização do território, conforme orientações do Ministério do Meio Ambiente. (MMA, 2020)

 

    Ao articular turismo, conservação e desenvolvimento local, a proposta apresentada atende aos princípios do ecoturismo sustentável, que, segundo Galvão (2004), pressupõe o uso responsável dos recursos naturais aliado à valorização das comunidades locais. A marca “Caminhos de Juá” simboliza essa intenção, promovendo o pertencimento da população e a apropriação coletiva do território como um espaço de visitação consciente.

 

    Por fim, a sistematização dos resultados demonstra a viabilidade da proposta e oferece uma base concreta para futuras iniciativas na região. Como destacado por Fennell (2020), o ecoturismo é uma alternativa eficaz para comunidades rurais que buscam diversificação econômica e conservação ambiental simultaneamente.

 

Conclusões 

 

    Levando em consideração as palavras de Galeano-Terán (2021), ao afirmar que “Las actividades en el medioambiente natural facilitan la construcción de conocimientos significativos adaptándose a las individualidades [...], mejora el trabajo en equipo e interacción con la comunidad”; a criação do roteiro de trilhas com o objetivo de desenvolver o turismo ecológico na comunidade de Cadeinha revela-se uma importante estratégia para a geração de renda local, além de fomentar ações e empreendimentos voltados à conservação ambiental, sobretudo em áreas ainda pouco impactadas. Os produtos técnico-tecnológicos (PPT), como o folder e o totem, oferecem um conjunto estruturado de roteiros ecológicos que favorecem a prática de atividades como trekking, corridas de trilha, mountain bike e rapel, ampliando o leque de oportunidades para o ecoturismo na região.

 

    A viabilidade dessas atividades poderá beneficiar toda a comunidade, por meio da geração de renda derivada de serviços de hospedagem, alimentação, guias turísticos, aluguel de equipamentos, entre outras oportunidades associadas ao turismo ecológico. Destaca-se a relevância das atividades de campo realizadas, que foram fundamentais para a coleta dos dados necessários à elaboração dos PPT.

 

    Cadeinha, localizada em uma região ainda pouco explorada turisticamente, apresenta grande potencial para o ecoturismo, com atrativos como as cachoeiras do Arroio Muniz e as vias de rapel do Arroio Mulata até o Rio Santa Cruz. A participação ativa dos moradores foi essencial para a elaboração e continuidade deste estudo, evidenciando que a região possui muito a oferecer.

 

    Entretanto, a aceitação comunitária, embora fundamental, não é suficiente para a implantação do roteiro. A participação do poder público, em níveis municipal e estadual, é imprescindível para garantir a efetivação do projeto. A integração do roteiro Caminhos do Juá ao Programa Estadual de Trilhas de Longo Curso (TLC) reforçará sua divulgação e atrairá os primeiros trilheiros.

 

    Com o apoio da Secretaria do Meio Ambiente (SEMA) e de analistas ambientais especializados nas TLC, pretende-se articular a participação da comunidade, agências de ecoturismo, poder público e demais atores locais para fortalecer esta proposta. Dessa forma, Cadeinha poderá integrar a Rede Brasileira de Trilhas (RBT) e se tornar um elo de conexão com o Caminho das Araucárias, ampliando sua visibilidade regional.

 

    Por fim, ressalta-se o risco de alterações na paisagem natural devido ao avanço da conversão de campos nativos em monoculturas e silviculturas, o que pode comprometer a implementação e sustentabilidade do roteiro no futuro. Essa questão demanda atenção da comunidade, academia e gestão pública para assegurar escolhas que conciliem conservação ambiental e desenvolvimento sustentável.

 

Notas 

  1. Trekking consiste em caminhadas longas que podem variar em percursos de altitudes elevadas ou mais planas que podem durar dias (Crasto Neto, 2019).

  2. Hiking consiste em caminhadas de percurso curto, que não tem por necessidade acampar ou se manter em um ambiente por muito tempo (Crasto Neto, 2019).

  3. Neste site é possível ter acesso ao mapa da Trilha Azul Nacional, bem como o grau de dificuldades de cada uma das 27 etapas do percurso: https://www.termeszetjaro.hu/en/tour/hiking-trail/national-blue-trail-okt-/23265051/#dm=1

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