ISSN 1514-3465
Relação entre o salto horizontal e vertical e o
tempo de 30 metros lançados em velocistas
Relationship between Horizontal and Vertical Jump and 30-Meter Flying Time in Sprinters
Relación entre el salto horizontal y vertical y el tiempo de 30 metros lanzados en velocistas
Vidal Palacios Calderón
*palacios@ufpr.br
Matheus Souza dos Santos
**matthewsdsantos@gmail.com
Ana Carolina Vieira Delfino
***acvd661@gmail.com
*Graduado em Educação Física
pelo Instituto Central de Cultura Física (Moscou)
Doutor em Ciências da Cultura Física
pelo Instituto Superior de Cultura Física Manuel Fajardo (Havana)
Técnico Nível I da World Athletics
**Graduado em Educação Física
pela Universidade Federal do Paraná (UFPR)
Mestrado em Biociências e saúde
pela Universidade Oeste de Santa Catarina (UNOESC)
***Graduado em Educação Física pela UFPR
(Brasil)
Recepción: 18/05/2025 - Aceptación: 27/07/2025
1ª Revisión: 01/07/2025 - 2ª Revisión: 21/07/2025
Documento acessível. Lei N° 26.653. WCAG 2.0
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Cita sugerida
: Calderón, V.P., Santos, M.S. dos, e Delfino, A.C.V. (2025). Relação entre o salto horizontal e vertical e o tempo de 30 metros lançados em velocistas. Lecturas: Educación Física y Deportes, 30(328), 123-138. https://doi.org/10.46642/efd.v30i328.8386
Resumo
A potência muscular, avaliada por meio dos testes de salto vertical, é amplamente considerada um indicador do desempenho na fase de aceleração dos sprints. No entanto, há escassez de pesquisas que investiguem a relação entre o salto horizontal e o tempo nos 30 metros lançados. Este estudo investigou a relação e a influência preditiva dos desempenhos nos saltos horizontal e vertical sobre o tempo no sprint de 30 metros lançados. Além disso, buscou-se avaliar a relevância dos coeficientes de eficiência derivados desses testes, a fim de identificar possíveis preditores de desempenho no teste de 30 metros lançados. Trata-se de um estudo observacional, analítico e transversal. Dezoito velocistas do sexo masculino (22,8 ± 1,89 anos) realizaram testes de salto Counter Movement Jump (CMJ), salto horizontal e sprint de 30 metros lançados. Os coeficientes de eficiência explosiva e vertical, assim como o desempenho no salto horizontal, foram preditores significativos do tempo no sprint de 30 metros lançados (p < 0,05; R² = 0,721), (p < 0,05; R² = 0,453), (p < 0,05; R² = 0,292), enquanto a altura do CMJ não apresentou relação significativa (p > 0,05; R² = 0,107). Conclui-se que a potência horizontal e os coeficientes de eficiência explosiva e vertical podem ter uma relação mais forte com o desempenho dos velocistas na fase de aceleração do que a potência vertical. Isso sugere a importância de treinar capacidades específicas para otimizar essa fase do sprint por meio de exercícios que priorizem o componente horizontal.
Unitermos
: Atletismo. Desempenho atlético. Saltos. Força muscular.
Abstract
Muscular power, assessed through vertical jump tests, is widely considered an indicator of performance during the acceleration phase of sprints. However, there is a lack of research investigating the relationship between horizontal jump performance and time in the 30-meter flying sprint. This study investigated the relationship and predictive influence of horizontal and vertical jump performances on time in the 30-meter flying sprint. Additionally, it aimed to assess the relevance of efficiency coefficients derived from these tests to identify potential performance predictors in the 30-meter flying sprint test. This is an observational, analytical, and cross-sectional study. Eighteen male sprinters (22.8 ± 1.89 years old) performed Counter Movement Jump (CMJ) tests, horizontal jump tests, and the 30-meter flying sprint. The explosive and vertical efficiency coefficients, as well as horizontal jump performance, were significant predictors of time in the 30-meter flying sprint (p < 0.05; R² = 0.721), (p < 0.05; R² = 0.453), (p < 0.05; R² = 0.292), while CMJ height showed no significant relationship (p > 0.05; R² = 0.107). It is concluded that horizontal power and the explosive and vertical efficiency coefficients may have a stronger relationship with sprinters’ performance in the acceleration phase than vertical power. This suggests the importance of training specific capacities to optimize this sprint phase through exercises that prioritize the horizontal component.
Keywords
: Athletics. Athletic performance. Jumping. Muscle strength.
Resumen
La potencia muscular, evaluada mediante pruebas de salto vertical, es ampliamente considerada indicador del rendimiento en la fase de aceleración de sprints. Sin embargo, hay una escasez de investigaciones que examinen la relación entre el salto horizontal y el tiempo en 30 metros lanzados. Este estudio investigó la relación y la influencia predictiva del rendimiento en los saltos horizontal y vertical sobre el tiempo en el sprint de 30 metros lanzados. Además, se buscó evaluar la relevancia de los coeficientes de eficiencia derivados de estas pruebas con el objetivo de identificar posibles predictores del rendimiento en el test de 30 metros lanzados. Se trata de un estudio observacional, analítico y transversal. Dieciocho velocistas masculinos (22,8 ± 1,89 años) realizaron pruebas de salto Counter Movement Jump (CMJ), salto horizontal y sprint de 30 metros lanzados. Los coeficientes de eficiencia explosiva y vertical, así como el rendimiento en salto horizontal, fueron predictores significativos del tiempo en sprint de 30 metros lanzados (p < 0,05; R² = 0,721), (p < 0,05; R² = 0,453), (p < 0,05; R² = 0,292), mientras que la altura del CMJ no mostró una relación significativa (p > 0,05; R² = 0,107). Se concluye que la potencia horizontal y los coeficientes de eficiencia explosiva y vertical pueden tener una relación más fuerte con el rendimiento de los velocistas en la fase de aceleración que la potencia vertical. Esto sugiere la importancia de entrenar capacidades específicas para optimizar esta fase del sprint mediante ejercicios que prioricen el componente horizontal.
Palabras clave
: Atletismo. Desempeño atlético. Saltos. Fuerza muscular.
Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 30, Núm. 328, Sep. (2025)
Introdução
O salto Counter Movement Jump (CMJ) é amplamente utilizado para avaliar a potência muscular dos membros inferiores, a qual constitui um componente essencial para o desempenho em sprints (Bosco, 1994; Cometti, 2007; Markovic et al., 2004). Esse tipo de salto envolve um movimento prévio de flexão dos joelhos, o que permite um desempenho superior ao do Squat Jump (SJ) em termos de altura alcançada, devido ao aproveitamento da energia elástica, que contribui para um impulso mais eficiente. (Bosco, 1994)
As variáveis de potência e altura dos saltos SJ e CMJ influenciam diretamente o desempenho de jovens atletas de futebol e podem ser usadas para avaliar a potência muscular dos membros inferiores (Bendo, e Mara, 2020). Os perfis de força-velocidade-potência, tanto vertical quanto horizontal, fornecem informações específicas sobre a capacidade mecânica dos membros inferiores, auxiliando na compreensão mais aprofundada de suas capacidades máximas (Jiménez-Reyes et al., 2018).
Estudo prévio indicou que jogadores com maior potência muscular obtiveram melhor desempenho em sprints, indicando que a capacidade de gerar força rapidamente é crucial para a eficiência no deslocamento horizontal (Dal Pupo et al., 2010). Köklü et al. (2015) descreveram relações moderadas a altas entre a altura do CMJ e corridas de 30 m, bem como entre corridas de 10 m e 30 m, em jovens jogadores de futebol.
O estudo de Loturco et al. (2015) indicou que tanto os testes de saltos verticais quanto os horizontais podem ser utilizados por treinadores para avaliar qualidades relacionadas ao desempenho de sprint em velocistas de elite. Outros estudos revelaram a importância da altura do CMJ como um indicador eficaz da capacidade competitiva dos atletas em eventos como corridas de curta e média distância, provas com barreiras, saltos e arremessos. (Aoki, 2020)
Autores como Coledam et al. (2013) avaliaram as relações entre os saltos verticais e horizontais e os testes de sprint em crianças, destacando a maior capacidade preditiva do salto vertical em comparação ao salto horizontal. De forma semelhante, o estudo de Nascimento e Rocha (2020) indicou que o salto vertical pode ser uma alternativa valiosa para a predição do desempenho em velocidade e agilidade, ao passo que o salto horizontal não apresentou essa mesma capacidade.
A relação entre os saltos horizontal e vertical e o desempenho em sprint também foi destacada no estudo de Matúš et al. (2022), que analisou a largada e os primeiros 5 metros em nadadores competitivos. Por outro lado, Brasil, e Franken (2023) relataram correlações fortes entre a altura do salto vertical e o desempenho em corrida de velocidade em 24 estudantes de ambos os sexos. Uma pesquisa com estudantes universitários mostrou uma correlação moderada entre o tempo no teste de 30 metros lançados e a altura do salto CMJ. (Calderón et al., 2025)
Parece que as relações entre os testes de salto vertical e horizontal e o desempenho em sprint dependem da modalidade esportiva. Percebe-se uma discrepância nos diversos estudos publicados sobre o papel dos saltos horizontal e vertical no desempenho nas distâncias de sprint. Poucos estudos utilizaram o teste de 30 metros lançados para avaliar a aceleração, pois a maioria utiliza a distância de 30 metros ou outras distâncias partindo de uma posição estacionária.
A hipótese deste estudo é que as variáveis com componente de força horizontal sejam preditores mais eficazes do desempenho no teste de 30 metros lançados do que as variáveis com componente de força vertical. Sendo assim, este estudo investigou a relação e a influência preditiva dos desempenhos nos saltos horizontal e vertical sobre o tempo no sprint de 30 metros lançados. Além disso, buscou-se avaliar a relevância dos coeficientes de eficiência derivados desses testes, com o objetivo de identificar possíveis preditores de desempenho nesse teste.
Métodos
Participantes
O delineamento do estudo é observacional, analítico e transversal. Participaram do estudo 18 velocistas do sexo masculino, residentes na cidade de Curitiba e competidores em nível estadual. Todos eram especialistas nas provas de 100 e 200 metros rasos, com idade média de 22,7 anos (±1,86), estatura média de 176 cm (±6,09), massa corporal média de 70,1 kg (±6,79) e tempo médio nos 30 metros lançados de 3,22 segundos (±0,121). O presente estudo utilizou uma amostra por conveniência, composta por todos os velocistas disponíveis e elegíveis no período de coleta, com prática contínua do atletismo e mais de cinco anos de experiência. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Paraná (CEP/SD).
Procedimentos
A estatura dos participantes foi medida utilizando um estadiômetro portátil Avaliação Física Nutricionista Persona®. Para garantir a precisão das medições, os participantes foram instruídos a usar roupas leves e sem calçados durante a avaliação. A estatura foi registrada em centímetros (cm), com precisão de 0,1 cm.
A massa corporal dos participantes foi medida utilizando uma balança digital Omron® HBF-514C. A medição foi realizada com o indivíduo em pé, ereto e com os pés centralizados na plataforma da balança. O valor foi registrado em quilogramas (kg), com precisão de 0,1 kg.
Os participantes realizaram, primeiramente, um aquecimento geral padronizado durante 10 minutos e, a seguir, um aquecimento específico, que concluiu com a simulação de vários saltos CMJ e sprints de 20 metros.
Todas as avaliações foram realizadas durante a fase específica de preparação, no período da manhã (entre 8 horas e 11 horas), seguindo um protocolo padronizado. As avaliações antropométricas foram conduzidas no Laboratório de Fisiologia, enquanto os testes de salto e corrida foram realizados na pista de atletismo, conforme a seguinte sequência: avaliação antropométrica, teste de salto vertical, teste de salto horizontal e teste de 30 metros lançados. Foi estabelecido um intervalo de 25 minutos entre a realização dos testes de salto e o teste de sprint. Três especialistas em atletismo acompanharam e supervisionaram todas as etapas da coleta.
Descrição dos testes
Teste do salto Counter Movement Jump (CMJ)
As avaliações do salto com contramovimento (CMJ) foram realizadas de acordo com protocolos descritos e validados por diversos autores (Bosco, 1994; Cometti, 2007; Marković et al., 2004). Na técnica do CMJ, o participante iniciava o teste em pé, realizava uma flexão rápida dos joelhos e quadris (~90°) na fase excêntrica e, em seguida, executava o salto vertical na fase concêntrica, buscando alcançar a maior altura possível. Durante a execução do salto, os participantes mantiveram as mãos na cintura. Foram permitidas três tentativas em um tapete de contato (Jump System®, CEFISE, Nova Odessa, SP, Brasil), cuja validade e confiabilidade para mensuração da altura do salto foram previamente demonstradas (Silva et al., 2016). Apenas o salto de melhor desempenho foi considerado para análise. Os saltos foram invalidados nas seguintes situações: (a) ocorrência de flexão dos joelhos durante a fase de voo e (b) utilização dos membros superiores.
Teste de salto horizontal
Os participantes posicionaram-se na posição anatômica de referência, com os braços estendidos acima da cabeça, à frente de uma linha, com os pés afastados na largura dos ombros. O salto foi iniciado com um movimento de flexão e extensão dos membros inferiores, com impulsão e aterrissagem realizadas simultaneamente com ambos os pés. Foram permitidas três tentativas, sendo considerada apenas a de melhor desempenho. A distância do salto foi medida com uma trena posicionada sobre o solo, tomando-se como referência o calcanhar mais próximo da linha de impulsão ou o ponto de contato mais próximo de outra parte do corpo. O ponto zero da trena foi colocado no local de aterrissagem para a leitura da medida do salto.
Teste de 30 metros lançados
No teste de sprint de 30 metros lançados, cada participante realizou três tentativas, com um intervalo de descanso de 3 minutos entre elas, sendo considerada para a análise a melhor marca obtida. Para a realização do teste, os avaliados partiram da marca de 40 metros. A primeira fotocélula foi posicionada aos 10 metros e a segunda, 30 metros depois da primeira. Um sistema de fotocélula sobressalente Speed Test Fit, da marca CEFISE®, registrou o tempo nesse percurso com precisão de até 0,01 segundo.
Em todos os testes foram utilizados estímulos motivacionais (Vasconcelos et al., 2020), pois esse tipo de procedimento melhorou o desempenho nos saltos SJ e CMJ.
Cálculos dos coeficientes de eficiência explosiva e vertical
O Coeficiente de Eficiência Explosiva (CEE) e o Coeficiente de Eficiência Vertical (CEV) foram calculados para avaliar a capacidade explosiva dos participantes e refletir a eficiência do atleta na execução de movimentos rápidos e potentes. Embora essas métricas não tenham sido amplamente discutidas na literatura, foram utilizadas neste estudo para captar uma dimensão da eficiência explosiva, considerando simultaneamente o desempenho em saltos e corridas. O CEE foi calculado pela razão entre a distância do salto horizontal (em centímetros) e o tempo registrado no teste de 30 metros (em segundos), conforme a fórmula: CEE = Distância do Salto Horizontal (cm) / Tempo nos 30 m (seg.). O CEV, por sua vez, foi obtido pela razão entre a altura do salto vertical (em centímetros) e o tempo registrado no teste de 30 metros (em segundos), conforme a fórmula: CEV = Altura do CMJ (cm) / Tempo nos 30 m (seg.). Essas métricas têm como objetivo quantificar a eficiência da produção de força em movimentos horizontais e verticais, respectivamente.
Reprodutibilidade dos testes
O Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI) (tipo concordância absoluta; modelo de efeitos aleatórios de duas vias) (Koo, e Li, 2016) foi utilizado para avaliar a concordância entre as três tentativas de execução dos saltos horizontal, vertical e o tempo nos 30 metros lançados. A classificação do CCI foi: < 0,5 = confiabilidade fraca; 0,5 a 0,75 = confiabilidade moderada; 0,75 a 0,9 = confiabilidade boa; > 0,9 = confiabilidade excelente.
A reprodutibilidade dos testes de salto horizontal, salto vertical e 30 metros lançados está descrita na Tabela 1.
Tabela 1. Reprodutibilidade dos testes utilizados no estudo
Teste |
ICC |
ICC (95%) |
F |
p |
T-30m (segundos) |
0,98 |
0,95-0,99 |
126,66 |
<,001 |
SH (cm) |
0,98 |
0,95-0,99 |
79,441 |
<,001 |
A_CMJ (cm) |
0,98 |
0,93-0,99 |
90,814 |
<,001 |
Legenda: CCI = Coeficiente de Correlação Intraclasse, ICC (95%) = Intervalo de confiança de 95% do ICC, F = valor do teste F, p = nível de significância, T-30m (s) = tempo no teste de 30 metros lançados; SH (cm) = salto horizontal; A_CMJ (cm) = altura do salto Counter Movement Jump. Fonte: Dados da pesquisa
Análise estatística
Este estudo utilizou um modelo de regressão linear simples para analisar a relação entre diferentes testes de salto (vertical e horizontal) e o desempenho no sprint de 30 metros lançados. Para isso, foram realizadas quatro análises de regressão separadas. Em todas as análises, o tempo no teste de 30 metros lançados (T30m) foi considerado a variável dependente, enquanto as variáveis independentes foram: a distância do salto horizontal (SH), a altura do salto vertical A(CMJ), o Coeficiente de Eficiência Explosiva (CEE) e o Coeficiente de Eficiência Vertical (CEV). Os modelos matemáticos utilizados foram:
Modelo 1: T30m = α+β1⋅SH+ε
Modelo 2: T30m = α+β2⋅A_CMJ+ε
Modelo 3: T30m = α+β3⋅CEE+ε
Modelo 4: T30m = α+β4⋅CEV+ε
Onde:
α é o intercepto da regressão;
β são os coeficientes de regressão associados a cada variável preditora;
ε representa o erro residual.
A normalidade das variáveis numéricas foi verificada por meio do teste de Shapiro-Wilk. Os dados foram apresentados como média ± desvio padrão. A correlação linear de Pearson (r) foi utilizada e a força das correlações foi interpretada conforme os seguintes critérios: 0,00 a 0,19 = muito fraca; 0,20 a 0,39 = fraca; 0,40 a 0,59 = moderada; 0,60 a 0,79 = forte; 0,80 a 1,00 = muito forte (Dancey, e Reidy, 2006). Além disso, uma análise de regressão linear simples foi conduzida separadamente para cada preditor. Todas as análises estatísticas foram realizadas utilizando os softwares SPSS 25.0 e Jamovi 2.3.38 e o GraphPad Prism (versão 9.5.1), utilizado para a geração dos gráficos.
Resultados
De acordo com o teste de normalidade de Shapiro-Wilk, aplicado às características morfológicas da amostra e às variáveis investigadas, apenas a estatura não apresentou distribuição normal. As estatísticas descritivas das variáveis de estudo estão apresentadas na Tabela 2.
Tabela 2. Estatística descritiva das variáveis investigadas
T30m(seg.) |
SH(cm) |
A(CMJ) |
CEE(cm/s) |
CEV(cm/s) |
|
Média±DP |
3,22±0,121 |
287±13,5 |
57,9±4,07 |
89,3±6,64 |
18±1,62 |
Legenda: T-30m(seg.) = tempo no teste de 30 metros lançados; SH(cm) = salto horizontal; A(CMJ) em cm = altura do salto Counter Movement Jump; CEE(cm/s) = Coeficiente de Eficiência Explosiva; CEV(cm/s) = Coeficiente de Eficiência Vertical. Fonte: Dados da pesquisa
A matriz de correlação de Pearson indicou uma correlação negativa forte e estatisticamente significativa entre o tempo no teste de 30 metros lançados e os CEE e CEV (Tabela 3). As variáveis A (CMJ) e SH apresentaram correlações fraca e moderada, respectivamente.
Tabela 3. Matriz de correlação de Pearson
Variável 1 |
Variável 2 |
r (coeficiente de correlação) |
p-valor |
T30 metros |
SH |
-0,541* |
0,025 |
T30 metros |
A(CMJ) |
-0,327 |
0,200 |
T30 metros |
CEE |
-0,849*** |
< ,001 |
T30 metros |
CEV |
-0,673** |
0,003 |
Nota: * p < ,05, ** p < ,01, *** p < ,001. Legenda: T30m(s) = tempo no teste de 30 metros lançados; SH (cm) = salto horizontal; A(CMJ), em cm = altura do salto Counter Movement Jump; CEE = Coeficiente de Eficiência Explosiva; CEV = Coeficiente de Eficiência Vertical. Fonte: Dados da pesquisa
Os coeficientes dos quatro modelos de regressão linear simples indicaram que o desempenho no salto horizontal é um preditor significativo do tempo no teste de sprint de 30 metros lançados [F(1,15) = 6,191, p < 0,05; R² = 0,292], explicando 29,2% da variabilidade no tempo do teste (Figura 1). A equação de regressão gerada foi: Y=-0,004853*x+4,609.
Figura 1. Linha de regressão linear simples entre o
tempo nos 30 metros lançados e o salto horizontal
Nota: A Figura 1 mostra a equação da regressão linear simples e o coeficiente
de determinação (R²) entre o tempo nos 30 metros lançados e o salto horizontal.
Fonte: Dados da pesquisa
A variável A(CMJ) não se mostrou um preditor significativo do tempo no sprint de 30 metros lançados [F(1,15) = 1,799, p > 0,05; R² = 0,107], explicando apenas 10,7% da variabilidade no tempo da corrida (Figura 2). A equação de regressão gerada foi: Y=-0,009742*x+3,782.
Figura 2. Linha de regressão linear simples entre o tempo nos
30 metros lançados e a altura do salto com contramovimento (CMJ)
Nota: A Figura 2 mostra a equação da regressão linear simples e o coeficiente
de determinação (R²) entre o tempo nos 30 metros lançados e o salto com contramovimento.
Fonte: Dados da pesquisa
O Coeficiente de Eficiência Explosiva (CEE) mostrou-se o preditor mais significativo do tempo no sprint de 30 metros lançados [F(1,15) = 38,801; p < 0,001; R² = 0,721], explicando 72,1% da variabilidade no tempo de corrida (Figura 3). A equação de regressão gerada foi: Y=-0,0155*x+4,603.
Figura 3. Linha de regressão linear simples entre o tempo nos
30 metros lançados e o Coeficiente de Eficiência Explosiva
Nota: A Figura 3 mostra a equação da regressão linear simples e o coeficiente de determinação (R²)
entre o tempo nos 30 metros lançados e o Coeficiente de Eficiência Explosiva (CEE).
Fonte: Dados da pesquisa
O Coeficiente de Eficiência Vertical (CEV) mostrou ser um preditor significativo do tempo na distância de 30 metros lançados [F(1,15) = 12,405, p < 0,05; R² = 0,453], explicando apenas 45,3% da variabilidade no tempo da corrida (Figura 4). A equação de regressão gerada foi: Y=-0,05039*x+4,126.
Figura 4. Linha de regressão linear simples entre o tempo nos
30 metros lançados e o Coeficiente de Eficiência Vertical (CEV)
Nota: A Figura 4 mostra a equação da regressão linear simples e o coeficiente de determinação (R²)
entre o tempo nos 30 metros lançados e o Coeficiente de Eficiência Explosiva.
Fonte: Dados da pesquisa
Discussão
O presente estudo investigou a relação entre os testes de salto vertical e horizontal, bem como seus respectivos coeficientes de eficiência, com o tempo no teste de 30 metros lançados em velocistas. Além disso, analisou-se a capacidade desses testes e de seus coeficientes de eficiência em predizer o desempenho nessa distância. A hipótese de que as variáveis com componente de força horizontal seriam preditores mais eficazes do desempenho no teste de 30 metros lançados do que as variáveis com componente de força vertical foi parcialmente confirmada, uma vez que o CEV apresentou uma inclinação angular mais acentuada na equação de regressão, indicando uma redução de 0,050 segundos no tempo para cada unidade de aumento, e demonstrando um elevado poder preditivo, com um R² de 0,452, explicando 45,2% da variação no tempo dos 30 metros lançados.
Até onde se sabe, este é o primeiro estudo a utilizar os coeficientes de eficiência explosiva horizontal (CEE) e vertical (CEV) em atletas velocistas, além de ser um dos poucos a empregar o tempo no teste de 30 metros lançados para avaliar a aceleração. Os principais achados do estudo indicaram que o desempenho no salto horizontal, bem como os coeficientes de eficiência explosiva e vertical, foram preditores significativos do tempo no sprint de 30 metros lançados (p < 0,05). A variável A (CMJ) não se mostrou um preditor significativo do desempenho nessa distância (p > 0,05). A equação de regressão gerada para o salto horizontal Y=-0,004853*x+ 4,609 indica que, para cada aumento de 1 cm no salto horizontal, o tempo no sprint de 30 metros lançados tende a diminuir em 0,004 segundos.
Nosso achado em relação ao salto horizontal é consistente com o estudo de Boone et al. (2021), realizado com atletas universitários de futebol americano. Esse estudo demonstrou uma correlação moderada e negativa entre a distância do salto horizontal e o tempo no sprint de 10 jardas, indicando que os atletas que saltaram distâncias maiores também correram mais rápido. Os resultados da pesquisa de Fernández-Galván et al. (2024) estão de acordo com nosso achado, que indicou que os saltos baseados no perfil horizontal são possivelmente mais eficazes nas provas de desempenho de sprint. Em contraste, o estudo de Nascimento, e Rocha (2020), conduzido com 18 jovens atletas de futsal, vai de encontro ao nosso achado, indicando que o salto vertical pode ser uma alternativa valiosa para a predição do desempenho em velocidade e agilidade, mas não o salto horizontal.
Alguns estudos que avaliaram as relações entre os saltos verticais e horizontais apresentaram resultados conflitantes em relação aos nossos achados quanto ao salto vertical. A pesquisa de Coledam et al. (2013) revelou que o salto vertical foi capaz de predizer o desempenho na agilidade e na velocidade no sprint de 25 metros, enquanto o salto horizontal não apresentou capacidade preditiva para essas habilidades. Diferentemente do que foi observado nesse estudo, em nossa análise, o salto horizontal foi capaz de explicar 29,2% da variação no tempo dos 30 metros lançados, enquanto o salto vertical explicou apenas 10,7%.
Outro estudo que analisou a relação entre o salto horizontal e vertical e o desempenho no sprint mostrou que a altura e a distância dos saltos verticais e horizontais apresentaram correlações mais fortes com a velocidade de corrida, indicando que tanto os testes de saltos verticais quanto os horizontais podem ser utilizados por treinadores para avaliar qualidades relacionadas ao desempenho de sprint em velocistas de elite. (Loturco et al., 2015)
A variável A (CMJ) não apresentou relação significativa (p > 0,05). A equação de regressão sugere que para cada aumento de 1 cm na altura do CMJ, o tempo no sprint de 30 metros lançados tende a diminuir em aproximadamente 0,009 segundos. Nosso achado com relação à variável A (CMJ) difere do estudo de Köklü et al. (2015), que descreveu relações moderadas a altas entre o CMJ e corridas de 30 m, bem como entre corridas de 10 m e 30 m, em jovens jogadores de futebol. Também contrasta com um estudo recente, no qual foram relatadas correlações fortes entre a altura do salto vertical e o desempenho em corrida de velocidade em 24 estudantes, dos sexos masculino e feminino, com idade média de 16,45 ± 1,16 anos (r = -0,721 e p = 0,000) (Brasil, e Franken, 2023). Portanto, os resultados deste estudo devem ser interpretados com cautela em relação a outras pesquisas.
A diferença nos resultados dos estudos citados em relação aos nossos achados pode ser parcialmente atribuída à heterogeneidade das populações analisadas, considerando fatores como a modalidade esportiva, o nível de competição, a fase de preparação, a distância de sprint utilizada e o protocolo de realização do teste. Ademais, houve estudos que adotaram métricas distintas para mensurar o desempenho no sprint: um com base no tempo gasto para completar a distância e outro com base na velocidade alcançada. Nossa pesquisa utilizou o teste de 30 metros lançados.
Outra explicação plausível para a capacidade do teste de salto horizontal prever o desempenho no teste de 30 metros lançados pode estar relacionada à direção de aplicação do vetor de força durante sua execução, impactando positivamente o tempo nesse teste em comparação com o salto vertical. Segundo Abade et al. (2021), a orientação do vetor de força nos exercícios deve ser estrategicamente planejada ao longo da programação do treinamento. Isso se deve ao fato de que exercícios que priorizam o vetor horizontal resultam em ganhos superiores no sprint.
Outro fator que pode influenciar nossos achados é a ênfase dada no treinamento dos velocistas do nosso estudo a um maior volume de saltos com componente horizontal, como multisaltos com uma perna, salto quíntuplo, décuplo, saltos horizontais consecutivos e passadas saltadas, além do próprio salto horizontal, especialmente nas fases específica e competitiva da preparação. No entanto, uma área futura de investigação deve avaliar o impacto de programas de treinamento que enfatizem componentes verticais (como saltos para o caixote, na barreira e em profundidade) no desempenho de corridas de curta distância.
O CEE e o CEV representaram a taxa de altura do salto alcançado ou da distância horizontal percorrida por segundo, podendo ser interpretados como medidas de eficiência na conversão da potência muscular em deslocamento vertical ou horizontal. Neste estudo, o CEE (89,3 ± 6,64 cm/s) foi, de modo geral, a métrica que mais se correlacionou com o tempo nos 30 metros lançados (r = -0,849), explicando 72,1% da variabilidade no tempo da corrida. Esse resultado sugere que velocistas com maior CEE tendem a apresentar tempos menores no sprint de 30 metros lançados, reforçando a importância da eficiência explosiva horizontal para o desempenho na corrida de velocidade. A equação de regressão gerada (Y=-0,0155x + 4,603) indica que, para cada unidade de aumento no CEE, o tempo no sprint de 30 metros lançados diminui em 0,015 segundos.
Os estudos de Boone et al. (2021) e Fernández-Galván et al. (2024) reforçam os nossos achados, ao revelarem que a capacidade de produção de potência explosiva na direção horizontal pode ser um fator determinante no desempenho em sprints, enquanto a contribuição da potência vertical, embora relevante, tende a ter um impacto menor. Esses resultados também estão em consonância com o estudo de Abade et al. (2021), no qual se destaca que a aplicação da força na direção horizontal tende a ser mais determinante para a manutenção da velocidade máxima, evidenciando o papel relevante da força horizontal no desenvolvimento da velocidade. Por outro lado, os achados de Nascimento e Rocha (2020) contrastam com os resultados observados neste estudo, ao indicarem que o salto vertical pode ser uma alternativa valiosa para a predição do desempenho em velocidade e agilidade, ao passo que o salto horizontal não demonstrou essa mesma eficácia.
Uma justificativa para esse achado pode estar no fato de que a posição horizontal depende diretamente da aplicação de força no sentido da corrida. Sendo assim, o CEE pode representar uma métrica relevante para o desempenho dos velocistas na fase inicial de uma corrida de velocidade, uma vez que integra componentes de força explosiva e tempo de deslocamento, aproximando-se de índices já utilizados para avaliar potência aplicada ao sprint.
Por outro lado, o CEV, com média de 18 ± 1,62 cm/s, apresentou uma correlação forte com o tempo (r = -0,67). Embora tenha explicado, em menor grau, a variabilidade no tempo da corrida (45,3%), teve uma influência significativa no modelo. A equação de regressão gerada (Y=-0,05039x + 4,126) indica que, para cada unidade de aumento no CEV, o tempo no sprint de 30 metros diminui em aproximadamente 0,050 segundos. Esse resultado sugere que a capacidade de aplicar força na direção vertical também contribui para o desempenho no sprint. Um estudo que corrobora esse achado é o de Weyand et al. (2010), que sugeriram que o vetor de força vertical é determinante no desempenho em corridas de velocidade. Todavia, uma área futura de investigação poderia explorar como esses coeficientes de eficiência podem ser incorporados a modelos preditivos de desempenho no sprint conforme o nível de preparação de velocistas.
Vale destacar algumas limitações deste estudo. Em primeiro lugar, a amostra de velocistas foi pequena, o que pode limitar a generalização dos resultados. Estudos longitudinais futuros poderiam incluir um número maior de participantes e acompanhar a evolução das métricas investigadas ao longo do tempo, com foco no desempenho em distâncias superiores, como 60 e 100 metros.
Em segundo lugar, não foi possível avaliar no salto vertical uma variável importante como a taxa de desenvolvimento de força, devido ao instrumento de avaliação utilizado (tapete de contato). Futuras pesquisas com velocistas devem explorar a relação entre a taxa de desenvolvimento de força, coeficiente de eficiência vertical e tempo no sprint de 30 metros lançados por meio do uso de uma plataforma de força. Embora o Coeficiente de Eficiência Explosiva e o Coeficiente de Eficiência Vertical não sejam índices amplamente reconhecidos na literatura, eles foram introduzidos neste estudo como uma métrica exploratória para analisar a relação entre salto horizontal e vertical e velocidade em provas de sprint.
Além disso, outra limitação metodológica deste estudo refere-se à utilização dos coeficientes de eficiência (CEE e CEV), que incorporam o tempo do sprint de 30 metros lançados em seu denominador, enquanto o próprio tempo de sprint de 30 metros também foi utilizado como variável desfecho nas análises de correlação e regressão. Essa sobreposição pode gerar uma dependência matemática artificial entre os indicadores, caracterizando uma circularidade estatística. Portanto, os resultados deste estudo que envolve esses coeficientes devem ser interpretados com cautela, e análises complementares devem ser consideradas para mitigar o viés de circularidade. Estudos futuros podem empregar abordagens estatísticas alternativas ou variáveis independentes compostas que não compartilhem elementos com o desfecho.
A validação dessa fórmula em contextos mais amplos poderia ser um ponto de investigação em pesquisas subsequentes. Apesar das limitações, elas tiveram um impacto pequeno, insuficiente para alterar as conclusões da pesquisa.
Conclusão
Na pesquisa, foram identificadas correlações estatisticamente significativas, fortes e negativas entre o tempo no teste de 30 metros lançados e os coeficientes de eficiência explosiva e vertical. O desempenho nos saltos horizontal e vertical apresentou associações mais fracas com o tempo nos 30 metros lançados. Entretanto, a distância do salto horizontal teve uma influência significativa no modelo, assim como os coeficientes de eficiência explosiva e vertical. Essas três métricas foram significativas para o modelo de regressão simples e podem compor um modelo preditivo de desempenho no teste de 30 metros lançados. Já a altura do salto vertical não se mostrou um preditor significativo do desempenho nesse teste.
Recomendamos que futuras pesquisas aprofundem essa temática, considerando um acompanhamento longitudinal da evolução e da relação entre as métricas avaliadas neste estudo ao longo das diferentes fases da preparação. Uma linha futura de investigação deve avaliar o impacto de programas de treinamento que enfatizem componentes verticais (como saltos no caixote, sobre barreiras e em profundidade) no desempenho em corridas de curta distância, bem como utilizar a taxa de desenvolvimento de força como variável preditora.
A pesquisa trouxe insights relevantes sobre a relação entre os desempenhos nos saltos horizontal e vertical e os coeficientes de eficiência explosiva (CEE) e vertical (CEV). Com base nessas descobertas, sugere-se que o CEE e o CEV podem ser utilizados por treinadores como indicadores para o monitoramento do nível de potência explosiva e da eficiência na transição da força aplicada para o deslocamento horizontal. Estudos futuros podem explorar a aplicabilidade desses coeficientes em diferentes populações de atletas, bem como sua relação com outras variáveis biomecânicas e neuromusculares.
Referências
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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 30, Núm. 328, Sep. (2025)