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ISSN 1514-3465

 

Perfil dos participantes de competições de águas 

abertas de eventos na região sudeste do Brasil

Profile of Open Water Swimming Competition Participants 

in Events in the Southeastern Region of Brazil

Perfil de los participantes en competiciones de aguas 

abiertas en eventos de la región sudeste de Brasil

 

Everton Rocha Soares*

everton@ufop.edu.br

Géssyca Tolomeu de Oliveira**

gessyca.t.oliveira@gmail.com

Renato Melo Ferreira***

renato.mf@hotmail.com

 

*Professor Doutor da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

Coordenador do GEPAM (Grupo de Estudos e Pesquisas

em Avaliação e Musculação) da UFOP, Ouro Preto

LAQUA (Laboratório de Atividades Aquáticas)

da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

**Programa de Pós-Graduação em Educação Física

EXPPER - Exercise Physiology Performance Research

Departamento de Biofísica e Fisiologia

Laboratório de Atividades Aquáticas

Departamento de Educação Física e Desportos UFJF

Centro Universitário Governador Ozanam Coelho

Departamento de Educação Física, Ubá

***Professor Doutor da UFJF

Coordenador do GAIA (Grupo de Estudos em Atividades Aquáticas) da UFJF

Coordenador do LAQUA (Laboratório de Atividades Aquáticas) da UFJF

(Brasil)

 

Recepción: 03/04/2025 - Aceptación: 05/05/2025

1ª Revisión: 02/05/2025 - 2ª Revisión: 02/05/2025

 

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https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt

Cita sugerida: Soares, E.R., Oliveira, G.T. de, e Ferreira, R.M. (2025). Perfil dos participantes de competições de águas abertas de eventos na região sudeste do Brasil. Lecturas: Educación Física y Deportes, 30(326), 50-64. https://doi.org/10.46642/efd.v30i326.8233

 

Resumo

    Introdução: A natação em águas abertas tem se popularizado devido à sua acessibilidade, variedade de distâncias e proximidade com a natureza, atraindo praticantes de diferentes idades e níveis de condicionamento físico. No entanto, essa modalidade apresenta desafios específicos, como riscos ambientais e exigências físicas, tornando essencial a adoção de medidas de segurança e um treinamento adequado para garantir o desempenho e a integridade dos atletas. Objetivo: Traçar o perfil dos praticantes de provas em águas abertas durante os anos de 2023 e 2024 na região sudeste do Brasil. Métodos: Foram registrados 16.533 dados em uma planilha para análise descritiva e quantitativa. Resultados e conclusão: Os resultados indicam uma predominância masculina, com idade entre 30 e 54 anos, filiados a assessorias esportivas, e que preferem provas de distâncias curtas, como 1 km. Além disso, observou-se uma baixa adesão à participação em múltiplas provas dentro de um mesmo evento, assim como uma baixa taxa de retenção dos nadadores nas edições subsequentes dos mesmos eventos. Conhecer o perfil dos participantes de provas de águas abertas é essencial para o sucesso do evento e para garantir um bom atendimento ao cliente.

    Unitermos: Natação em águas abertas. Perfil do praticante. Eventos.

 

Abstract

    Introduction: Open water swimming has gained popularity due to its accessibility, variety of distances, and connection with nature, attracting participants of different ages and fitness levels. However, this modality presents specific challenges, such as environmental risks and physical demands, making it essential to adopt safety measures and appropriate training to ensure athletes' performance and well-being. Objective: To outline the profile of open water swimming participants during the years 2023 and 2024 in the southeastern region of Brazil. Methods: A total of 16,533 data points were recorded in a spreadsheet for descriptive and quantitative analysis. Results and conclusion: The results indicate a predominance of male participants, aged between 30 and 54 years, affiliated with sports training groups, and favoring shorter race distances, such as 1 km. Additionally, low participation in multiple races within the same event was observed, as well as a low retention rate of swimmers in subsequent editions of the same events. Understanding the profile of open water swimming participants is essential for the success of the event and for ensuring high-quality customer service.

    Keywords: Open water swimming. Athlete profile. Events.

 

Resumen

    Introducción: La natación en aguas abiertas se ha vuelto popular debido a su accesibilidad, variedad de distancias y proximidad a la naturaleza, atrayendo a practicantes de diferentes edades y niveles de condición física. Sin embargo, esta modalidad presenta desafíos específicos, como riesgos ambientales y exigencias físicas, por lo que es imprescindible adoptar medidas de seguridad y entrenamiento adecuado para garantizar el rendimiento y la integridad de los deportistas. Objetivo: Determinar el perfil de los participantes de las competencias de aguas abiertas durante 2023 y 2024 en la región sudeste de Brasil. Métodos: Se registraron 16.533 datos en una hoja de cálculo para el análisis descriptivo y cuantitativo. Resultados y conclusión: Los resultados indican un predominio masculino, con edad entre 30 y 54 años, vinculados a asesorías deportivas, y que prefieren carreras de corta distancia, como 1 km. Además, se observó un bajo nivel de participación en múltiples eventos dentro del mismo evento, así como una baja tasa de retención de nadadores en ediciones posteriores de los mismos eventos. Conocer el perfil de los participantes en eventos de aguas abiertas es fundamental para el éxito del evento y para garantizar un buen servicio al cliente.

    Palabras clave: Natación en aguas abiertas. Perfil del practicante. Eventos.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 30, Núm. 326, Jul. (2025)


 

Introdução 

 

    As provas de natação em águas abertas ocorrem em ambientes como rios, lagos e oceanos (World Aquatics, 2024). A proximidade com a natureza (Overbury et al., 2023), o baixo custo, a necessidade reduzida de equipamentos (Overbury et al., 2023), a variedade de distâncias (de poucos metros a dezenas de quilômetros) e a possibilidade de disputas em formato de desafio têm impulsionado a popularidade do esporte, o que atrai pessoas de diferentes idades, condições físicas e níveis de treinamento (Baldassarre et al., 2017; Freitas Filho et al., 2018), especialmente em um país como o Brasil, com grande diversidade hídrica.

 

    Ao analisar o perfil dos praticantes de natação em águas abertas em Fortaleza, Ceará, Freitas Filho et al. (2018) identificaram predominância masculina e de indivíduos na faixa etária de 20 a 50 anos, com maior concentração entre 30 e 40 anos. Os praticantes treinam de 2 a 3 vezes por semana, com sessões de 1 a 2 horas, e competem, principalmente, em provas nacionais com distâncias entre 2,5 km e 8 km (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, 2020). O treinamento deve focar no desenvolvimento da resistência aeróbia (Baldassarre et al., 2017), simulando as exigências das competições, com atenção especial à nutrição e hidratação, essenciais para o desempenho (Shaw et al., 2014).

 

    A prática da natação apresenta diversos benefícios, como melhoria do condicionamento cardiorrespiratório, aumento da resistência muscular e flexibilidade (Maglischo, 2010), além de reduzir o estresse e promover interações sociais além do ambiente familiar e profissional, elevar a autoestima e a percepção de competência (Christie, e Elliot, 2023). No entanto, a natação em águas abertas apresenta desafios específicos, como riscos de afogamento (Di Masi et al., 2022), hipotermia (Castro et al., 2009) e ondas de calor (Macaluso et al., 2013). Além disso, os atletas devem possuir habilidades aprimoradas em técnicas de nado, condicionamento físico, navegação e adaptação a um ambiente dinâmico, sujeito a mudanças repentinas, como galhos, rochas, correntes e fauna marinha (Shaw et al., 2014; Saycell et al., 2019; Chalmers et al., 2021; Soares et al., 2023). Esses fatores ressaltam a importância de um acompanhamento individualizado e treinamento específico (Piacentini et al., 2017). No entanto, medidas de segurança, como a presença de caiaques e barcos de apoio, uso de chip de rastreamento, briefings antes dos eventos (informando as condições ambientais) (World Aquatics, 2024) e trajes adequados, que protegem contra o frio (Saycell et al., 2019) e auxiliam na flutuação, contribuem para maior segurança nas competições.

 

    Embora haja crescente interesse pela natação em águas abertas (Garcia et al., 2024; Di Masi et al., 2022; Tertuliano et al., 2019), a literatura ainda é escassa em estudos que analisem o perfil dos praticantes dessa modalidade. Compreender as características demográficas, assim como aspectos de participação e treinamento, é fundamental para o desenvolvimento do esporte, tanto no âmbito das políticas públicas quanto na esfera econômica. Assim, este estudo visa reunir dados que possam beneficiar gestores, profissionais e praticantes, contribuindo para a valorização e expansão da modalidade. O objetivo foi traçar o perfil dos praticantes de provas em águas abertas na região Sudeste do Brasil.

 

Métodos 

 

    Este estudo adotou uma abordagem quantitativa e descritiva, com base na análise de dados provenientes de competições de natação em águas abertas realizadas entre 2023 e 2024. Os dados foram coletados de plataformas públicas, abrangendo participantes de 16 competições nos estados da região Sudeste do Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, com a seleção de quatro eventos por estado. A definição do período e local das competições foi feita por conveniência.

 

    As fontes primárias de dados incluíram os resultados oficiais das provas, disponibilizados por federações esportivas ou empresas organizadoras. Foram considerados para análise apenas eventos que atendiam aos seguintes critérios: (i) participação mínima de 250 atletas; (ii) organização por empresas ou federações com pelo menos três edições em anos distintos ou diferentes etapas; e (iii) disponibilidade de informações de ao menos uma edição de eventos realizados em 2023 ou 2024. Como critério de exclusão, foram analisadas apenas duas etapas do mesmo evento, garantindo maior diversidade de eventos e possibilitando comparações entre diferentes competições. Atletas com dados inconsistentes ou incompletos foram excluídos da amostra.

 

    A coleta de dados foi realizada exclusivamente por meio de fontes públicas, em conformidade com os princípios éticos da pesquisa científica, conforme normativas brasileiras (Brasil, 2012; 2016; 2021). Nenhum participante foi identificado, garantindo o anonimato dos atletas.

 

    As variáveis coletadas, foram:

  • Número total de inscritos: Quantificação dos participantes por evento e por estado;

  • Sexo: Classificação como masculino ou feminino;

  • Assessoria esportiva: Identificação da presença ou ausência de assessoria esportiva, conforme informado pelos atletas na inscrição;

  • Distância das provas: Registro das diferentes distâncias, variando de provas infantis (200-300 metros) até 10 km;

  • Idade: Faixa etária dos atletas, com base nas categorias das competições, variando de menores de 10 anos a acima de 70 anos;

  • Desempenho em diferentes distâncias: Cálculo da média e desvio padrão dos tempos dos TOP5, 10 e 25 melhores atletas, além dos tempos do primeiro e último colocados em cada principal distância;

  • Reincidência dos participantes em várias provas: Identificação de atletas que competiram em múltiplas provas no mesmo evento;

  • Retenção de participantes nos eventos: Avaliação da recorrência de participação dos atletas no mesmo evento e local ao longo do tempo (semestres ou anos).

    Os dados foram organizados em planilhas no software Excel®, e a análise descritiva das variáveis foi realizada por meio do cálculo de médias, desvios padrão e frequências absolutas e relativas para as variáveis categóricas (sexo, assessoria esportiva, tipo de prova).

 

Resultados 

 

    No total, foram analisados 16.553 registros, cuja distribuição dos participantes entre os quatro estados da região Sudeste, bem como a proporção entre homens e mulheres, está representada na Figura 01. Além disso, verificou-se que 8.160 participantes (74,70%) estavam vinculados a alguma assessoria esportiva, evidenciando a relevância dessas instituições no contexto das competições de águas abertas.

 

Figura 1. Número de participantes por estado da região sudeste e por sexo

Figura 1. Número de participantes por estado da região sudeste e por sexo

Fonte: Dados de pesquisa

 

    A análise da distribuição etária (Figura 2) revelou que o maior número de participantes foi registrado na faixa etária de 40-44 anos, em que a participação ultrapassou 2500 indivíduos. Evidenciado pela área destacada em cinza, observa-se que dos 30 a 54 anos, há um considerável interesse em competições em águas abertas, sendo as faixas etárias correspondentes contando com mais de 1500 participantes. Nas faixas etárias mais jovens (<30 anos), observou-se uma baixa participação, com números inferiores a 500 participantes até 20-24 anos. Após os 55 anos, houve uma redução progressiva, sendo essa queda mais acentuada nas idades acima de 65 anos.

 

Figura 2. Distribuição etária dos participantes de provas de águas abertas

Figura 2. Distribuição etária dos participantes de provas de águas abertas

Fonte: Dados de pesquisa

 

    A Figura 3 mostra o desempenho, em segundos, dos participantes nas provas, dividido por estado, sexo e ano da competição. No Espírito Santo, nos dois anos analisados, observou-se que os tempos médios aumentaram conforme a distância das provas (1 km, 2,5 km e 5 km), como esperado. Em todas as categorias de distância, os tempos médios das mulheres foram superiores aos dos homens, indicando um desempenho médio mais rápido por parte dos homens. Além disso, ao comparar os grupos (Top 5, Top 10 e Top 25), verificou-se que os tempos aumentaram progressivamente, refletindo a diferença de desempenho entre os nadadores de elite e os demais competidores. Em 2024, os tempos médios foram ligeiramente inferiores aos de 2023, sugerindo possíveis melhorias no desempenho entre as edições.

 

Figura 3. Desempenho nas provas de águas abertas, dividido por estado, 

sexo e ano da competição dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo

Figura 3. Desempenho nas provas de águas abertas, dividido por estado, sexo e ano da competição dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo

Fonte: Dados de pesquisa

 

    Em Minas Gerais, as distâncias analisadas foram menores (500 m, 1 km e 2 km), mas a tendência de aumento do tempo médio com o incremento da distância manteve-se consistente. Os homens completaram as provas em menos tempo que as mulheres, com diferenças mais pronunciadas nas distâncias maiores. Entre os dois eventos analisados (2024a e 2024b), o segundo apresentou maior dispersão nos tempos, especialmente no grupo Top 25, indicando maior variabilidade no desempenho dos competidores.

 

    Em São Paulo (Figura 4), os tempos médios também aumentaram com a distância das provas (1,5 km, 3 km e 7 km), seguindo o padrão observado nos outros estados. As mulheres apresentaram tempos médios superiores em todas as distâncias e grupos analisados, com diferenças mais evidentes nas provas de 7 km. A comparação entre os grupos (Top 5, Top 10 e Top 25) mostrou que os tempos aumentaram progressivamente, com os nadadores do Top 5 mantendo o desempenho significativamente superior. Em 2024, os tempos médios foram ligeiramente inferiores aos de 2023, sugerindo possíveis melhorias no desempenho geral.

 

Figura 4. Desempenho nas provas de águas abertas, dividido por estado,

sexo e ano da competição dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro

Figura 4. Desempenho nas provas de águas abertas, dividido por estado, sexo e ano da competição dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro

Fonte: Dados de pesquisa

 

    Por fim, no Rio de Janeiro (Figura 4), as distâncias analisadas foram mais amplas (500 m, 1 km, 2 km, 5 km e 10 km). As provas de 10 km, em particular, apresentaram tempos médios próximos a 3 horas e 53 minutos, nos grupos menos competitivos (Top 25). Assim como nos outros estados, os homens tiveram tempos médios inferiores aos das mulheres em todas as distâncias e anos, com diferenças mais acentuadas nas provas mais longas. A comparação entre 2023 e 2024 não revelou mudanças significativas nos tempos médios, mas a dispersão dos tempos foi levemente maior em 2024, indicando maior heterogeneidade entre os participantes.

 

    A Tabela 1 a seguir apresenta os melhores e piores tempos masculinos e femininos de diversas provas e eventos. Esses tempos foram registrados para cada distância.

 

Tabela 1. Melhores e piores tempos, em hora, minuto e segundo, por distância de cada evento realizado em cada Estado

Evento

Prova

Melhor Tempo Masculino

Pior Tempo Masculino

Melhor Tempo Feminino

Pior Tempo Feminino

ES2023

1 km

00:15:48

01:14:50

00:17:34

01:07:05

2,5 km

00:32:24

01:32:21

00:37:46

01:43:35

5 km

01:12:24

03:01:17

01:26:08

03:19:35

ES2024

1 km

00:14:17

00:57:22

00:18:30

00:44:19

2,5 km

00:28:34

01:39:55

00:32:24

01:34:47

5 km

01:10:01

04:52:10

01:34:38

03:15:37

MG2024a*

500 m

00:08:50

00:27:21

00:09:19

00:32:45

1 km

00:16:05

00:52:06

00:19:28

00:51:51

2 km

00:31:11

01:24:04

00:32:10

01:24:42

MG2024b**

500 m

00:08:14

00:29:13

00:08:53

00:26:24

1 km

00:15:07

00:43:44

00:16:31

00:37:59

2 km

00:28:19

01:14:21

00:31:21

01:12:11

SP2023

1,5 km

00:26:28

01:01:36

00:31:07

00:58:52

3 km

00:46:28

01:43:19

00:45:43

02:01:54

7 km

01:22:41

03:21:57

01:38:01

03:58:22

SP2024

1,5 km

00:26:21

01:14:45

00:25:03

01:42:23

3 km

00:39:51

01:20:59

00:47:35

01:32:31

7 km

01:24:30

03:33:50

01:29:30

03:19:43

RJ2023

500 m

00:06:32

00:36:29

00:07:56

00:39:01

1 km

00:12:14

00:56:40

00:13:38

00:52:28

2,5 km

00:31:06

01:33:48

00:35:37

01:53:52

5 km

01:03:56

03:10:23

01:12:20

03:05:22

10 km

02:10:40

04:25:40

02:17:40

04:05:20

RJ2024

500 m

00:06:35

00:38:19

00:07:25

00:33:47

1 km

00:14:18

01:12:11

00:14:26

01:06:11

2,5 km

00:30:07

02:06:01

00:33:33

01:34:29

5 km

01:01:35

04:40:37

01:09:18

03:20:39

10 km

02:13:12

04:50:12

02:32:36

04:45:35

Legenda: ES - Espirito Santo; MG - Minas Gerais; SP - São Paulo; RJ - Rio de Janeiro. 

*Evento realizado em março de 2024; ** Evento realizado em setembro de 2024. 

Fonte: Dados de pesquisa

 

    A Tabela 2 mostra o número de inscritos em cada evento, ano de realização e estado. O Rio de Janeiro destacou-se como o estado com o maior número de inscritos nos dois anos, representando 65% do total de competidores, enquanto São Paulo, com 17,5% dos inscritos, foi o segundo estado com maior adesão. A fidelização de atletas foi um aspecto relevante, com um total de 1626 retornos registrados entre os eventos, sendo o maior número no Rio de Janeiro (1199 retornos) e o menor em Minas Gerais (62 retornos entre eventos no mesmo ano). O Espírito Santo apresentou um crescimento de 24% no número de inscritos de 2023 para 2024, evidenciando um aumento significativo na popularidade da competição. Além disso, a análise das participações múltiplas mostra que 30 atletas participaram de três ou mais provas e 401 atletas competiram em pelo menos duas provas, reforçando o engajamento dos competidores em diferentes distâncias e eventos.

 

Tabela 2. Número de inscritos em cada evento, ano de realização e Estado, e a quantidade de pessoas que retornam para competir no mesmo evento

Estado

Total de Inscritos

Inscritos 2023

Inscritos2024

≥ 3 provas

≥ 2 provas

Retenção

ES

1200

535

665

5 em 2023 e

3 em 2024

39 em 2023 e

40 em 2024

187

MG

574

-

574

6

7

62

SP

1803

1141

662

4 em 2023

47 em 2023

178

RJ

6698

2962

3736

7 em 2023 e

5 em 2024

84 em 2023 e

184 em 2024

1199

Total

10.275

4638

5637

30

401

1626

Legenda: ES - Espirito Santo; MG - Minas Gerais; SP - São Paulo; RJ - Rio de Janeiro.

 Obs.: Considerou-se apenas os eventos realizados em duas edições por Estado. 

Fonte: Dados de pesquisa

 

Discussão 

 

    O estudo teve como objetivo traçar o perfil dos praticantes de provas em águas abertas na região Sudeste do Brasil, com base nas competições de 2023 e 2024. Observou-se maior participação no Rio de Janeiro, com predominância masculina e grande número de atletas vinculados a assessorias esportivas. A prova de 1 km foi a mais popular, seguida por 2,5 km, 500 metros e 5 km. A faixa etária predominante foi de 40 a 44 anos. Notou-se também uma melhoria nos tempos médios dos atletas entre edições, sugerindo maior desempenho, mas com baixa retenção entre participantes de edições sucessivas.

 

    Dos 16.551 participantes analisados, 49,71% eram do Rio de Janeiro, 25,17% de São Paulo, 13,68% de Minas Gerais e 11,44% do Espírito Santo. O crescente interesse por provas em águas abertas está associado à busca por ambientes naturais (Overbury et al., 2023) e ao potencial turístico dos locais (Guereño-Omil et al., 2024), como praias e rios, além de oferecer uma dualidade entre desafio e lazer, com a possibilidade de apreciar a paisagem. Eventos ao ar livre proporcionam maior interação social, especialmente antes da largada (Greenwood, e Fletcher, 2021), em comparação com competições em piscinas. Realizadas em um único dia, essas provas são mais acessíveis e convenientes. A presença de kits e medalhas de participação valoriza os atletas, o que favorece a fidelização à modalidade. (Tagliaria et al., 2020)

 

    Ao considerar a participação por sexo, embora a participação masculina (55,37%) seja ligeiramente superior à feminina (44,63%), a diferença não é expressiva, o que reflete, em parte, uma tendência observada em outros eventos com contato direto com a natureza, como corrida de rua (e.g. https://runrepeat.com/state-of-running) (Andersen, 2019). Os dados mostram um constante crescimento da participação feminina nas corridas de rua nas últimas décadas, sendo que em alguns eventos as mulheres são maioria.

 

    A presença de assessorias esportivas nas provas de águas abertas parece ser um fator relevante para o aumento da participação, fato observado em outros esportes, como na corrida de rua (Silva, e Sousa, 2013). No presente estudo, observou-se que 74,70% dos participantes pertencem a alguma assessoria, com São Paulo (43,08%) e Rio de Janeiro (35,74%) se destacando por um maior número de atletas vinculados a este suporte. A importância da orientação contribui no treinamento e no desempenho em competições, indicando que o apoio pode ser determinante para adesão ao esporte e qualidade do resultado. (Marinho et al., 2024; Yang et al., 2024)

 

    O formato das provas, e suas distâncias, reflete diretamente o perfil dos praticantes de águas abertas. Ao direcionar o olhar para os resultados, observou-se que as distâncias com mais adeptos são de 1 km (27,71%), 2,5 km (20,80%), 500 metros (11,89%) e 5 km (10,81%). Hipotetiza-se que as provas de águas abertas com distâncias menores, como 1 km e 2,5 km, tendem a ser as mais disputadas pois oferecem um equilíbrio entre acessibilidade e desafio, atraindo um público diversificado. A prova de 1 km se destaca como a mais democrática, abrangendo iniciantes, atletas experientes, idosos e pessoas com deficiência. Já a prova de 500 metros é frequentemente escolhida por aqueles que estão começando na modalidade, além de ser uma opção popular entre pais que desejam introduzir seus filhos ao esporte. Por outro lado, provas mais longas, como 5 km e 10 km, são preferidas por nadadores com maior experiência, que buscam desafios físicos e mentais mais intensos.

 

    Ao analisar o perfil etário dos participantes, percebe-se que 63,37% (10.489) apresentam idade entre 30 e 54 anos, o que reflete a presença de um público com maior poder aquisitivo que é mais propenso a pagar por eventos de alta qualidade, com boa estrutura e atendimento. Esses fatores são cruciais para a satisfação desse público, que valoriza tanto o desafio quanto a experiência social e de lazer bem-organizados (Stenner et al., 2020). Uma possível explicação para o baixo número de participantes mais jovens (menores de 20 anos) pode estar relacionada ao seu engajamento inicial na natação em piscina. À medida que envelhecem e assumem compromissos profissionais, muitos, após atingirem certa estabilidade financeira, optam por migrar para as águas abertas, buscando permanecer ativos no esporte enquanto desfrutam do contato com a natureza. Vale destacar que, embora a participação esportiva de crianças e adolescentes seja geralmente baixa no Brasil, essa transição pode refletir uma mudança de interesses à medida que a vida adulta se estabiliza. (Pereira et al., 2022)

 

    Ao analisar diferentes edições dos mesmos eventos, observou-se um aumento no número de participantes e uma melhoria nos tempos dos melhores atletas em cada distância (TOP 5, 10 e 25) na maioria dos Estados analisados. Esse crescimento reflete o amadurecimento do cenário competitivo e organizacional, sugerindo que as provas têm atraído mais atletas em busca de melhores condições de competição e maior fidelização por meio de treinamento estruturado e orientação profissional. No entanto, fatores como correntezas, temperatura e tempo da água podem alterar as condições de competição (Castro et al., 2009; Macaluso et al., 2013) e aumentar o risco de afogamentos (Di Masi et al., 2022), limitando a participação de atletas e exigindo maior preparação. Assim, a crescente profissionalização dos eventos reflete a busca por mais experiência e competitividade.

 

    A baixa adesão à multiprovas (Tabela 2), onde poucos participantes se inscrevem em mais de uma distância no mesmo evento, pode ser atribuída ao desgaste físico causado pela proximidade das provas, o que afeta o desempenho. A falta de pacotes promocionais atrativos também representa uma barreira econômica. Estudos indicam que ofertas combinadas e desafios dinâmicos, como provas conjuntas com a soma de tempos para um campeão geral, podem aumentar a participação (Rei e Rainha do Mar, 2024). A baixa taxa de retenção entre edições (Tabela 2) reflete a dificuldade em fidelizar os participantes, muitas vezes devido à falta de inovação nos kits e premiações ou à busca por novas experiências em diferentes locais. A sobreposição de eventos no mesmo fim de semana também dificulta a participação, já que muitos preferem diversificar suas experiências ao longo do ano. Para aumentar a adesão, é importante que o planejamento do evento alinhe os interesses dos organizadores e participantes, oferecendo incentivos e condições favoráveis para inscrições em múltiplas provas. (Chalip et al., 2016)

 

    A partir do apresentando, algumas aplicações práticas podem se relacionar diretamente com a característica que influencia o perfil do praticante e ao planejamento de eventos de águas abertas. Para o praticante, o volume e a frequência de treinamento são fatores determinantes para a preparação para as provas, influenciando diretamente sua capacidade de suportar as exigências físicas da competição. Além disso, a combinação de treinos em piscina e em águas abertas é essencial para otimizar a desempenho. Definir metas realistas e bem estruturadas também é crucial para uma trajetória consistente no esporte, seja visando apenas completar a prova, superar desafios pessoais ou buscar vitórias e recordes. Para muitos, a principal motivação está na experiência e na superação individual, enquanto para outros, o desejo de melhorar tempos e conquistar premiações impulsiona o comprometimento com os treinos. A qualidade da preparação deve ser ajustada conforme a distância, priorizando eficiência e estratégias de navegação em provas curtas, enquanto desafios maiores demandam maior ênfase na resistência e no condicionamento físico.

 

    Para incentivar a adesão a eventos, estratégias como pacotes promocionais com descontos para inscrições em múltiplas distâncias e um sistema de premiação por desempenho geral são eficazes. A fidelização pode ser promovida com recompensas para quem participa de várias edições, como kits exclusivos ou medalhas diferenciadas. A coordenação das datas é importante para evitar sobreposição de competições, oferecendo mais flexibilidade aos atletas ao longo do ano. Além disso, estratégias de marketing focadas no público de 30 a 54 anos podem destacar a qualidade da infraestrutura e as experiências sociais. Para os jovens, descontos para estudantes podem ajudar a atrair mais participantes. O turismo esportivo também pode ser explorado com parcerias locais, oferecendo uma experiência completa para atletas e acompanhantes. O uso de dados de desempenho das edições anteriores pode fornecer feedback útil, ajudando os atletas a ajustar seus treinamentos e melhorando continuamente as provas.

 

    Este estudo se limitou ao perfil dos praticantes de águas abertas na região Sudeste, com dados coletados dos canais oficiais de divulgação dos eventos. Algumas limitações devem ser destacadas, como a falta de informações sobre assessorias no Espírito Santo e a ausência de uma análise detalhada sobre as preferências de distâncias, assessoramento e faixa etária por sexo. Além disso, é preciso cautela ao comparar os resultados de diferentes edições, pois fatores como correntezas, ventos e condições do mar podem impactar os percursos e o desempenho dos atletas. Por fim, é importante ressaltar a heterogeneidade dos eventos, com alguns de maior apelo comercial, refletindo no número de inscritos, embora todos sejam consolidados e representativos em suas regiões.

 

Conclusões 

 

    O conhecimento do perfil dos praticantes de águas abertas é essencial para o sucesso de um evento. Identificar preferências como distância, faixa etária e interesses dos participantes permite criar eventos mais alinhados às suas expectativas, aumentando a satisfação e retenção. A repetição dos mesmos formatos pode desmotivar os atletas, que buscam novas experiências e desafios. Profissionais de Educação Física e assessorias esportivas devem focar na orientação e captação de alunos para promover o sucesso dos participantes e do evento. Conhecer a evolução quantitativa e qualitativa, como os tempos dos TOP 5, 10 e 25, ajuda a orientar os alunos, evitando desmotivação e abandono da modalidade. Recomenda-se a realização de um estudo longitudinal dos últimos 10 anos para entender a evolução do perfil dos praticantes de águas abertas.

 

Financiamento

 

    O presente trabalho não teve nenhum tipo de financiamento.

 

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