Lecturas: Educación Física y Deportes | http://www.efdeportes.com

ISSN 1514-3465

 

Insatisfação com a imagem corporal entre universitários brasileiros. 

Uma análise dos níveis e critérios metodológicos a partir de dados secundários

Body Image Dissatisfaction among Brazilian University Students. 

An Analysis of Levels and Methodological Criteria Based on Secondary Data

Insatisfacción con la imagen corporal en estudiantes universitarios brasileños. 

Un análisis de niveles y criterios metodológicos a partir de datos secundarios

 

Gláucio Oliveira da Gama*

glaucio_gama@hotmail.com

Cláudio Oliveira da Gama**

claudiodagama@hotmail.com

Nancy Vieira Ferreira***

nancyvireiraferreira@yahoo.com.br

Lícia Oliveira Resende+

licia_jf@hotmail.com

Jefferson Portela Silveira++

dr.jeffersonportella@gmail.com

Agnaldo José Lopes+++

alopes@souunisuam.com.br

 

*Médico. Doutorando em Ciências da Reabilitação

Centro Universitário Augusto Mota (UNISUAM)

**Doutor em Epidemiologia em Saúde Pública

Fundação Osvaldo Cruz (FIOCRUZ)

Pós-Doutor em Educação

Universidade Federal Rural de Rio de Janeiro (UFRRJ)

***Médica. Mestre em Saúde Pública (FIOCRUZ)

+Médica. Especialista em Otorrinolaringologia

Policlínica Militar do Rio de Janeiro (PMRJ)

++Médico. Pós-Graduado em Dermatologia

Instituto Moreira Salles (IMS) / Hospital da Gamboa

+++Médico. Doutor em Ciências Médicas

Universidade Estadual de Rio de Janeiro (UERJ)

Docente da UNISUAM

(Brasil)

 

Recepción: 09/03/2025 - Aceptación: 23/05/2025

1ª Revisión: 15/05/2025 - 2ª Revisión: 20/05/2025

 

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Cita sugerida: Gama, G.O. da, Gama, C.O. da, Ferreira, N.V., Resende, L.O., Silveira, J.P., e Lopes, A.J. (2025). Insatisfação com a imagem corporal entre universitários brasileiros. Uma análise dos níveis e critérios metodológicos a partir de dados secundários. Lecturas: Educación Física y Deportes, 30(326), 182-201. https://doi.org/10.46642/efd.v30i326.8168

 

Resumo
    Objetivo: Investigar os valores de prevalência e os diferentes níveis de insatisfação com a imagem corporal (IC) entre estudos envolvendo universitários brasileiros por meio da análise do banco de dados de uma revisão sistemática com metanálise. Método: Estudo de análise secundária, baseado em dados provenientes de estudos transversais que utilizaram o Body Shape Questionnaire (BSQ), com as etapas de pesquisa conduzidas em 2021. Considerando os fatores de confusão previamente identificados, foram analisadas as distribuições dos níveis de insatisfação (leve, moderada e grave) nos subgrupos da variável sexo. Foram incluídos: (i) estudos que apresentaram dados de prevalência interníveis para o sexo feminino; (ii) estudos que analisaram de forma independente os dados do sexo masculino; e (iii) estudos sem especificação de sexo ou que apresentaram dados de classificação para ambos os sexos, de forma agrupada. Resultados e discussão: 34 estudos informaram os níveis de insatisfação com a IC. 15 apresentaram dados de ambos os sexos agrupados ou, então, não discriminaram sua amostra; 25 no público feminino e 7 masculinos. Um estudo identificou insatisfação grave entre homens, enquanto as prevalências foram significativamente maiores nas mulheres. A ausência de um ponto de corte padronizado compromete a comparabilidade entre pesquisas. Conclusão: A análise secundária evidenciou variações nos níveis de insatisfação corporal, com maior prevalência entre mulheres. As diferenças metodológicas, especialmente na definição dos pontos de corte do BSQ, comprometem a comparabilidade. Reforça-se a necessidade de padronização dos critérios de mensuração e de estratégias específicas para lidar com os impactos da insatisfação neste contexto.

    Unitermos: Imagem corporal. Insatisfação corporal. Estudantes. Metanálise em rede.

 

Abstract

    Objective: To investigate the prevalence values ​​and different levels of body image dissatisfaction (BI) among studies involving Brazilian university students by analyzing the database of a systematic review with meta-analysis. Method: Secondary analysis study, based on data from cross-sectional studies that used the Body Shape Questionnaire (BSQ), with the research stages conducted in 2021. Considering the previously identified confounding factors, the distributions of the levels of dissatisfaction (mild, moderate and severe) in the subgroups of the variable sex were analyzed. The following were included: (i) studies that presented inter-level prevalence data for females; (ii) studies that independently analyzed data for males; and (iii) studies without specifying sex or that presented classification data for both sexes, in a grouped manner. Results and discussion: Thirty-four studies that reported the levels of dissatisfaction with BI were included. 15 presented data for both sexes grouped together or, otherwise, did not discriminate their sample; 25 in females and 7 in males. One study identified severe dissatisfaction among men, while the prevalence was significantly higher in women. The absence of a standardized cutoff point compromises comparability between studies. Conclusion: The secondary analysis showed variations in the levels of body dissatisfaction, with greater prevalence and severity among women. Methodological differences, especially in the definition of BSQ cutoff points, compromise comparability. The need for standardization of measurement criteria and specific strategies to deal with the impacts of dissatisfaction in the Brazilian university context is reinforced.

    Keywords: Body image. Body dissatisfaction. Students. Network meta-analysis.

 

Resumen

    Objetivo: Investigar valores de prevalencia y diferentes niveles de insatisfacción con la imagen corporal (IC) entre estudios con estudiantes universitarios brasileños a través del análisis de la base de datos de una revisión sistemática con metaanálisis. Método: Estudio de análisis secundario, basado en datos de estudios transversales que utilizaron el Body Shape Questionnaire (BSQ), con etapas de investigación realizadas en 2021. Considerando factores de confusión previamente identificados, se analizaron distribuciones de los niveles de insatisfacción (leve, moderada y severa) en los subgrupos de la variable género. Se incluyeron los siguientes: (i) estudios que presentaron datos de prevalencia entre niveles para mujeres; (ii) estudios que analizaron de forma independiente datos masculinos; y (iii) estudios sin especificación de sexo o que presentaron datos de clasificación para ambos sexos, de manera agrupada. Resultados y discusión: 34 estudios reportaron niveles de insatisfacción con la CI. 15 presentaron datos de ambos sexos agrupados o no discriminaron su muestra; 25 en el público femenino y 7 en el público masculino. Un estudio identificó una grave insatisfacción entre hombres, mientras que la prevalencia fue mayor entre mujeres. La ausencia de un punto de corte estandarizado compromete la comparabilidad entre investigaciones. Conclusión: El análisis secundario mostró variaciones en niveles de insatisfacción corporal, con mayor prevalencia y severidad entre mujeres. Diferencias metodológicas, especialmente en la definición de los puntos de corte del BSQ, comprometen la comparabilidad. Se refuerza la necesidad de estandarización de criterios de medición y estrategias específicas para enfrentar los impactos de la insatisfacción en este contexto.

    Palabras clave: Imagen corporal. Insatisfacción corporal. Estudiantes. Metaanálisis de redes.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 30, Núm. 326, Jul. (2025)


 

Introdução 

 

    A insatisfação com a imagem corporal (IC) pode ser definida como a percepção negativa que um indivíduo tem de sua própria aparência física, frequentemente influenciada por fatores socioculturais e psicológicos. Essa percepção é exacerbada pela promoção de padrões de beleza irreais, amplamente difundidos pela mídia tradicional e digital (Santos et al., 2021). Além disso, o impacto desse fenômeno pode ser amplificado em contextos de vulnerabilidade, como ocorreu durante a pandemia da COVID-19, período no qual o aumento da exposição às redes sociais esteve associado a mudanças nos hábitos de vida e a uma intensificação da insatisfação corporal. (Pereira et al., 2020)

 

    Os apelos midiáticos voltados para ideais de saúde, beleza e estética têm intensificado a busca por um corpo socialmente aceito, levando uma parcela significativa da população a um processo contínuo de insatisfação corporal, especialmente entre aqueles que não conseguem atender aos padrões corporais impostos pela sociedade ocidental contemporânea. O aumento da exposição às telas na última década tem amplificado esse fenômeno, com as redes sociais desempenhando um papel central na disseminação de ideais estéticos inatingíveis. Esse mecanismo, ao mesmo tempo sutil e poderoso, influencia atitudes, gestos e comportamentos, reforçando a pressão pela conformidade estética. (Gama, 2021)

 

    Para uma compreensão mais aprofundada da insatisfação corporal, é essencial examinar seus fatores determinantes, considerando sua relação com transtornos alimentares, ansiedade e depressão. Segundo Santos et al. (2021), variáveis como sexo, idade e contexto socioeconômico influenciam diretamente esse fenômeno. Embora muitos estudos indiquem maior prevalência entre mulheres, essa diferença pode ser, em parte, reflexo da maior quantidade de pesquisas voltadas a esse grupo. A pressão estética, a influência midiática e a associação entre corpo e sucesso social são aspectos que impactam a insatisfação corporal em diferentes graus, independentemente do gênero, tornando-se fundamental ampliar as investigações sobre homens, permitindo uma compreensão mais equitativa e aprofundada do fenômeno, com análises que contemplem suas especificidades e garantam maior precisão na comparação entre os sexos.

 

    Paterna et al. (2021) destacam a necessidade de revisar a visão tradicional de que os distúrbios da IC são predominantemente uma experiência feminina. Embora a insatisfação corporal seja frequentemente associada às mulheres; evidências recentes indicam que preocupações com a aparência e comportamentos relacionados à IC também são comuns entre os homens. No entanto, os ideais estéticos internalizados diferem entre os gêneros: enquanto as mulheres tendem a priorizar um corpo magro, os homens valorizam um físico mais muscular e atlético.

 

    Apesar das contribuições relevantes, cumpre destacar que o estudo de Paterna et al. (2021) não contemplou a população universitária brasileira, que é o foco central da presente investigação. No que tange a esse público específico, observa-se que o ambiente acadêmico universitário exerce influência significativa sobre a percepção da própria IC. Tal influência decorre não apenas do estresse inerente às exigências acadêmicas e das alterações no estilo de vida, mas também das intensas pressões sociais e emocionais que atravessam a vivência universitária. Os estudantes, nesse contexto, enfrentam rotinas extenuantes, marcadas por sobrecarga de tarefas, demandas cognitivas e afetivas elevadas, bem como por desafios adicionais relacionados a questões financeiras, identitárias e de inserção social. (Gama et al., 2025)

 

    Esse conjunto de fatores pode comprometer a aceitação da própria imagem, favorecendo o surgimento de desconfortos e de sentimentos de inadequação que, por sua vez, tendem a desdobrar-se em processos de insatisfação corporal. Tais processos, não raramente, operam como tentativas de enfrentamento das inseguranças cotidianas, mecanismos de controle subjetivo ou estratégias de pertencimento dentro da complexa dinâmica social universitária.

 

    Diante disso, compreender as especificidades do fenômeno da insatisfação corporal no contexto universitário brasileiro revela-se essencial para aprofundar o entendimento sobre a insatisfação com a IC nesse grupo. O presente estudo busca contribuir nesse sentido, oferecendo uma análise direcionada e fundamentada, capaz de subsidiar estratégias mais eficazes de prevenção e intervenção.

 

    Diversos estudos nacionais têm investigado a insatisfação corporal entre universitários, com destaque para os trabalhos de Souza, e Alvarenga (2016) e Gama et al. (2016, 2021, 2022, 2024, 2025). Esses autores forneceram panoramas integrados e sistemáticos sobre o fenômeno entre jovens brasileiros, ressaltando a necessidade de um aprofundamento contextual dos fatores associados à insatisfação corporal. Entre as principais contribuições da literatura, destacam-se evidências consistentes de que o sexo feminino e a variação nos pontos de corte do Body Shape Questionnaire (BSQ) são variáveis-chave na análise desse fenômeno no grupo de universitários. Assim, diante da crescente produção científica sobre o tema no Brasil, torna-se essencial a padronização dos critérios de aplicação e classificação do BSQ, a fim de garantir maior consistência metodológica e comparabilidade entre os estudos. (Gama et al., 2024)

 

    Muitos instrumentos vêm sendo utilizados na investigação da IC, com destaque, no contexto brasileiro, para as escalas de Figuras e Silhuetas, como a proposta por Kakeshita et al. (2009), e para o BSQ, amplamente adotado na literatura científica. A escala de Kakeshita permite avaliar a discrepância entre a percepção corporal atual e a imagem idealizada. Já o BSQ, desenvolvido por Cooper et al. (1987), traduzido para o português por Cordás, e Neves (1999) e validado no Brasil por Di Pietro, e Silveira (2009), é uma escala autoaplicável composta por 34 itens, voltada à avaliação da insatisfação com a forma corporal nas quatro semanas anteriores à aplicação.

 

    Segundo Gama et al. (2022), o BSQ aborda preocupações com o peso e a silhueta, sentimentos de autodepreciação e alterações comportamentais associadas. O escore total varia de 34 a 204 pontos, sendo que valores mais elevados indicam maior nível de insatisfação corporal. Em razão de sua robustez psicométrica e ampla utilização em estudos populacionais, o BSQ foi o instrumento adotado na presente investigação.

 

    Este estudo tem como objetivo investigar os valores de prevalência e os diferentes níveis de insatisfação com a IC entre estudos envolvendo universitários brasileiros por meio da análise do banco de dados de uma revisão sistemática com metanálise.

 

Métodos 

 

    Trata-se de um estudo de análise secundária, que é uma estratégia metodológica que consiste na utilização de dados previamente coletados em pesquisas anteriores para responder a novas questões investigativas (Gil, 2008). Esta análise foi realizada a partir de dados extraídos de uma revisão sistemática com metanálise previamente conduzida, cujas etapas de busca, seleção e extração dos artigos ocorreram no ano de 2021. O delineamento adotado foi descritivo e analítico, focado na reavaliação dos dados provenientes de estudos transversais que utilizaram o (BSQ) para mensurar a insatisfação corporal em universitários brasileiros.

 

    Considerando os fatores de confusão previamente identificados nesse estudo de base, investigou-se na presente análise a distribuição dos interníveis de classificação do instrumento (“satisfeito”, “insatisfeito leve”, “moderado” e “grave”) nos subgrupos da variável sexo.

 

    Essa nova análise foi conduzida seguindo três critérios principais, com a construção de tabelas respectivas:

  1. Identificação de estudos que apresentaram dados de prevalência interníveis para o sexo feminino (Tabela 2).

  2. Consideração de estudos que analisaram de forma independente os dados do sexo masculino, segmentados por níveis de insatisfação (Tabela 3).

  3. Inclusão de estudos que investigaram universitários insatisfeitos sem especificação de sexo ou de estudos que apresentaram dados de classificação para ambos os sexos e também de maneira agrupada (Tabela 4).

Fontes de dados e seleção dos estudos 

 

    O protocolo da revisão sistemática de referência foi registrado no International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO) sob o número CRD42021266366 (Gama et al., 2021). O relato deste estudo seguiu as diretrizes do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). (Page et al., 2021)

 

    Os estudos incluídos foram selecionados a partir de buscas sistemáticas realizadas nas seguintes bases de dados:

  • Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE)

  • Excerpta Medica Database (EMBASE)

  • Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS)

  • Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

  • Scientific Electronic Library Online (SciELO)

  • Google Acadêmico

  • Seleção cruzada com base nas listas de referências dos artigos incluídos

    A estratégia de busca completa está detalhada em Gama et al. (2021). A tabulação dos dados foi realizada no software Microsoft Excel® (versão 2013). Todos os estudos selecionados foram submetidos a uma avaliação crítica utilizando a ferramenta do Joanna Briggs Institute (JBI) (Munn et al., 2015). Após a categorização dos estudos elegíveis, os dados foram organizados para a análise da prevalência global da insatisfação corporal, considerando a distribuição dos diferentes níveis de gravidade.

 

Instrumento de avaliação 

 

    O BSQ, desenvolvido por Cooper et al. (1987) e adaptado para o Brasil por Di Pietro, e Silveira (2009), é amplamente utilizado na literatura para avaliar a insatisfação corporal. Trata-se de um questionário autoaplicável composto por 34 itens, respondidos em uma escala Likert de seis pontos (1 = nunca; 2 = raramente; 3 = às vezes; 4 = frequentemente; 5 = muito frequentemente; 6 = sempre). As respostas refletem a percepção do participante sobre sua IC nas últimas quatro semanas. A pontuação total varia entre 34 e 204 pontos, sendo que valores mais elevados indicam maiores graus de insatisfação corporal. (Campana, e Tavares, 2009)

 

Resultados e discussão 

 

    A estratégia de pesquisa desta revisão inicial identificou 563 registros. Após triagem e exclusão de estudos duplicados ou que não atendiam aos critérios de inclusão, 49 artigos foram selecionados na revisão sistemática de Gama et al. (2024). Para a presente análise, que considerou a categorização dos níveis de insatisfação corporal, 34 estudos foram incluídos (Tabela 1).

 

Tabela 1. Identificação dos estudos incluídos no presente estudo

Identificação do estudo

Ano

Revista de publicação

Alexandre et al.

2013

Revista Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba

Bandeira et al.

2016

Jornal Brasileiro de Psiquiatria

Batista et al.

2015

Revista da Educação Física / UEM

Batista et al.

2017

Conversas Interdisciplinares

Bento et al.

2016

Revista Brasileira de Ciências da Saúde

Bernardino et al.

2019

Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento

Bosi et al.

2006

Jornal Brasileiro de Psiquiatria

Bosi et al.

2014

Revista Brasileira de Educação Médica

Bosi et al.

2009

Jornal Brasileiro de Psiquiatria

Bracht et al.

2013

O Mundo da Saúde

Costa, e Vasconcelos

2010

Revista Brasileira de Epidemiologia

Cruz et al.

2018

Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento

Damasceno et al.

2011

Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde

Di Pietro, e Silveira et al.

2009

Revista Brasileira de Psiquiatria

Garcia et al.

2010

Revista HCPA & Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Gaudioso et al.

2017

Psicólogo in Formação

Kessler, e Poll

2018

Jornal Brasileiro de Psiquiatria

Laus et al.

2009

Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul

Lizot, e Nicoletto

2018

Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento

Lopes et al.

2020

Brazilian Journal of Development

Lustosa et al.

2017

Revista Observatorio del Deporte

Maia et al.

2018

DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde

Miranda et al.

2012

Jornal Brasileiro de Psiquiatria

Nascimento, e Araújo

2019

Revista Brasileira de Nutrição Esportiva

Neto et al.

2018

Revista Eletrônica do Instituto de Engenharia e Enfermagem: Animais e Humanos

Nilson et al.

2013

Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde

Oliveira et al.

2020

Revista Enfermagem UFPE Online

Paiva et al.

2017

DEMETRA: Alimentação, Nutrição & Saúde

Pieper, e Cordova

2018

Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento

Reis, e Soares

2017

Revista Brasileira de Ciências da Saúde

Santos et al.

2019

Revista Brasileira de Educação e Cultura

Silva et al.

2012

Ciência & Saúde Coletiva

Sousa et al.

2015

Cinergis

Toral et al.

2016

Arch. latinoam. nutr

Fonte: Elaboração própria

 

    Dado o impacto do sexo e do ponto de corte do BSQ na prevalência da insatisfação corporal (Gama et al., 2024), os resultados foram organizados em três blocos analíticos: Bloco 1: estudos com dados de classificação oriundos de amostras femininas (Tabela 2); Bloco 2: estudos que analisaram amostras masculinas separadamente (Tabela 3); e Bloco 3: estudos que classificaram a insatisfação sem distinguir o sexo dos participantes ou que apresentaram dados de classificação de maneira agrupada (Tabela 4).

 

    Em acréscimo, a Tabela 5 sintetiza informações sobre os pontos de corte do BSQ, os locais de realização dos estudos por estado brasileiro e as respectivas áreas acadêmicas dos participantes universitários.

 

    Em destaque, a maioria dos estudos incluídos na análise abordou diretamente a insatisfação corporal, embora alguns tenham tratado o tema de forma indireta e correlacionada. A maior parte das amostras foi composta por universitários da área da Saúde, e todos os artigos analisados foram publicados na íntegra em língua portuguesa. Quanto ao instrumento BSQ, nossas análises deram publicidade aos critérios de pontos de corte adotados pelos autores. Observou-se que 11 estudos utilizaram o ponto de corte >110, 18 estudos adotaram >80 pontos e apenas 5 estudos aplicaram o critério ≥70 pontos para classificar os participantes com insatisfação corporal.

 

    De modo geral, os estudos apresentaram dados segmentados por sexo, embora alguns não tenham feito essa distinção; contudo, todos foram selecionados para análise. Para melhor análise e interpretação, as características gerais dos estudos estão detalhadas na Tabela 5, adaptada de Gama et al. (2024).

 

Tabela 2. Distribuição da prevalência global da insatisfação corporal e interníveis

considerando estudos que forneceram dados de amostra apenas do subgrupo de mulheres.

Id. estudo

Ano

A(n)

Pn(%)

Ln(%), Mn(%), Gn(%)

Alexandre et al.

2013

55

12 (21,80%)

9 (16,3%), 3 (5,5%), 0 (0%)

Bandeira et al.

2016

300

141 (47%)

87 (29%), 43 (14%), 11 (4%)

Batista et al.

2015

167

35 (20,6%)

26 (15,3%), 8 (4,7%), 1 (0,6%)

Batista et al.

2017

79

42 (53,15%)

24 (30,37%), 9 (11,39%), 9 (11,39%)

Bento et al.

2016

174

18 (10,34%)

15 (8,62%), 3 (1,7%), 0 (0%)

Bosi et al.

2006

193

78 (40,4%)

42 (21,8%), 24 (12,4%), 12 (6,2%)

Bosi et al.

2014

189

52 (27,7%)

Lx (x%), 33 (17,6%), 19 (10,1%)

Bosi et al.

2009

175

76 (43,4%)

42 (24%), 17 (9,7%), 17 (9,7%)

Bracht et al.

2013

26

13 (50%)

5 (19,2%), 4 (15,4%), 4 (15,4%)

Costa, e Vasconcelos

2010

220

104 (47,3%)

60 (27,3%), 34 (15,5%), 10 (4,5%)

Damasceno et al.

2011

89

42 (47,20%)

23 (25,89%), 12 (13,5%), 7 (7,8%)

Di Pietro, e Silveira

2009

71

15 (21,1%)

8 (11,2%), 7 (9,9%), 0 (0%)

Gaudioso et al.

2017

95

24 (25,3%)

11 (11,6%), 8 (8,4%), 5 (5,3%)

Kessler, e Poli

2018

225

115 (51,1%)

67 (29,8%), 29 (12,9%), 19 (8,4%)

Laus et al.

2009

127

77 (60,63%)

27 (21,26%), 15 (11,8%), 35 (27,6%)

Lopes et al.

2020

154

73 (47,4%)

33(21,43%), 23 (14,94%), 17 (11,04%)

Maia et al.

2018

52

24 (46,14%)

11(21,15%), 5 (9,61%), 8 (15,38%)

Miranda et al.

2012

290

44 (15,1%)

32 (11%), 12 (4,1%), 0 (0%)

Nilson et al.

2013

24

9 (37,5%)

5 (20,8%), 4 (16,7%), 0 (0%)

Oliveira et al.

2020

45

11 (24,4%)

5 (11,1%), 4 (8,9%), 2 (4,4%)

Paiva et al.

2017

90

42 (46,6%)

18 (20%), 15(16,6%), 9 (10%)

Pieper, e Cordova

2018

89

46 (51,7%)

19(21,3%), 24 (27%), 3 (3,4%)

Reis, e Soares

2017

165

64 (38,8%)

34 (20,6%), 21(12,7%), 9 (5,5%)

Silva et al.

2012

175

64 (36,6%)

40 (22,9%), 14 (8%), 10 (5,7%)

Sousa et al.

2015

30

12 (39,98%)

8 (26,66%), 2 (6,66%), 2 (6,66%)

Toral et al.

2016

427

232 (54,3%)

83 (19,4%), 35 (8,2%), 114 (26,7%)

Legenda: A(n): tamanho da amostra; Pn (%): prevalência de insatisfação com participantes e porcentagem; Ln(%), Mn(%), Gn(%): prevalência de insatisfação nos níveis leve (L); moderado (M) e grave (G) com população e porcentagens. Fonte: Elaboração própria

 

Distribuição da insatisfação corporal entre mulheres 

 

    A Tabela 2 apresenta a distribuição da prevalência global da insatisfação corporal nos estudos que forneceram dados femininos. Observa-se que todos os estudos relataram alguma prevalência de insatisfação, as quais, ainda que destoantes (por fatores específicos e também metodológicos), foram notadamente expressivas.

 

    Os valores de insatisfação corporal variaram consideravelmente entre os estudos. Por exemplo, Bento et al. (2016) identificaram 10,34% de insatisfeitas (8,62% leve, 1,7% moderada e 0% grave), enquanto Toral et al. (2016) encontrou um percentual bem mais alto, alcançando 54,3% (19,4% leve, 8,2% moderada e 26,7% grave). Essa ampla variação pode ser explicada pelos diferentes tipos de cursos analisados, por diferentes fatores associados (como local, idade, raça, cor, estilo de vida, hábitos, etc.) ou, até mesmo, pelos diferentes critérios metodológicos adotados, sobretudo na adoção de distintos pontos de corte do BSQ.

 

    A maior parte das participantes apresentou insatisfação leve ou moderada, enquanto a insatisfação grave foi menos comum. No entanto, alguns estudos encontraram taxas elevadas dessa categoria, como Laus et al. (2009) (27,6% grave) e Toral et al. (2016) (26,7% grave). Esses achados sugerem que um subconjunto significativo de universitárias apresenta insatisfação corporal grave, o que pode representar um fator de risco para transtornos alimentares e outras condições patológicas.

 

    A predominância da insatisfação corporal entre mulheres está associada a fatores socioculturais, incluindo a pressão pela magreza, a correlação entre corpo e sucesso social e a influência midiática (Damasceno et al., 2011; Santos et al., 2021; Paterna et al., 2021). Além disso, Gama et al. (2024) reforçam essa tendência ao identificar uma prevalência de insatisfação corporal de 33% entre as mulheres (IC95%: 27,8-38,5; I² = 95%), contrastando com os 5,6% observados entre os homens (IC95%: 2,8-9,1; I² = 84%) e os 32,4% no grupo sem especificação de sexo (IC95%: 23,7-41,8; I² = 96%).

 

Tabela 3. Distribuição da prevalência global da insatisfação corporal e interníveis, 

considerando estudos que forneceram dados da amostra apenas do subgrupo de homens.

Id. estudo

Ano

A(n)

Pn(%)

Ln(%), Mn(%), Gn(%)

Alexandre et al.

2013

45

0 (0%)

0 (0%), 0 (0%), 0 (0%)

Batista et al.

2015

40

0 (0%)

0 (0%), 0 (0%), 0 (0%)

Bracht et al.

2013

5

3 (60%)

1 (20%), 2 (40%), 0 (0%)

Di Pietro, e Silveira

2009

93

7 (7,5%)

5 (5,3%), 2(2,2%), 0 (0%)

Miranda et al.

2012

245

10 (4%)

6 (2,4%), 4 (1,6%), 0 (0%)

Nilson et al.

2013

41

3 (7,3%)

3 (7,3%), 0 (0%), 0 (0%)

Sousa et al., 2015

2015

70

14 (19,98%)

11 (15,71%), 2 (2,85%), 1 (1,42%)

Legenda: A(n): tamanho da amostra; Pn(%): prevalência de insatisfação com participantes e porcentagem; Ln(%), Mn(%), Gn(%): prevalência de insatisfação nos níveis leve (L); moderado (M) e grave (G) com população e porcentagens. Fonte: Elaboração própria.

 

Distribuição da insatisfação corporal entre homens 

 

    A Tabela 3 apresenta a distribuição da insatisfação corporal nos estudos que incluíram a classificação interníveis de amostras masculinas em suas análises. De maneira geral, a prevalência entre os homens insatisfeitos foi consideravelmente inferior à observada entre as mulheres, um achado consistente com a literatura existente. Todavia, é importante considerar que o menor número de estudos focados no público masculino pode influenciar essa diferença, subestimando a real magnitude do fenômeno entre os homens.

 

    Entre os estudos analisados, apenas Sousa et al. (2015) relataram uma prevalência expressiva de insatisfação masculina, atingindo 19,98% (15,71% leve, 2,85% moderada e 1,42% grave). Notavelmente, esse foi o único estudo a identificar um caso de insatisfação grave, um achado isolado dentro do conjunto analisado. Em contrapartida, pesquisas como as de Batista et al. (2015) e Alexandre et al. (2013) não registraram nenhum participante masculino insatisfeito.

 

    A menor prevalência de insatisfação corporal entre os homens pode estar relacionada a fatores socioculturais, como padrões estéticos menos rígidos e menor pressão social para aderir a um ideal corporal específico. Enquanto as mulheres frequentemente internalizam a busca pela magreza como um padrão estético dominante (Damasceno et al., 2011; Paterna et al., 2021), os homens tendem a enfrentar exigências menos uniformes. No entanto, esse cenário pode se modificar em determinados contextos, como nos cursos da área da Saúde. A exposição contínua a conteúdos relacionados à nutrição, estética e atividade física pode amplificar a preocupação com a IC entre esses estudantes, tornando-os mais propensos a desenvolver algum grau de insatisfação.

 

    O achado de Sousa et al. (2015), que identificou um caso isolado de insatisfação corporal grave entre homens, destaca a importância de investigações mais aprofundadas sobre esse subgrupo. Embora a literatura geralmente indique níveis mais baixos de insatisfação corporal entre os homens, a ocorrência desse caso sugere que fatores acadêmicos, sociais e contextuais, especialmente os vivenciados no ambiente universitário, podem exercer influência significativa sobre sua percepção corporal. No contexto universitário, jovens adultos estão frequentemente expostos a padrões estéticos idealizados, redes sociais, comparação corporal constante, além de vivenciarem transições identitárias e demandas por aceitação social, o que pode intensificar conflitos com a própria imagem. Compreender esses determinantes é essencial para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e intervenção mais eficazes, adaptadas às especificidades desse grupo. Dessa forma, torna-se imprescindível ampliar as investigações sobre o tema, evitando generalizações que possam subestimar a relevância da insatisfação corporal no público masculino, sobretudo no contexto universitário.

 

Tabela 4. Distribuição da prevalência global da Insatisfação com a IC e interníveis, considerando estudos que forneceram dados

de pesquisa com amostra “sem distinção do sexo do respondente” ou que forneceram seus dados também de forma agrupada.

Id. estudo (ano)

Ano

A(n)

Pn(%)

Ln(%), Mn(%), Gn(%)

Alexandre et al.

2013

100

12 (12%)

9 (9%), 3 (3%), 0 (0%)

Batista et al.

2015

207

35 (16,9%)

26 (12,56%), 8 (3,86%), 1 (0,48%)

Bernardino et al.

2019

72

22 (30,6%)

6 (8,5%), 6 (8,5%), 10 (13,6%)

Bracht et al.

2013

31

16 (51,6%)

6 (19,40%), 6 (19,40%), 4 (12,9%)

Cruz et al.

2018

24

7 (29%)

2 (8,5%), 3 (12%), 2 (8,5%)

Di Pietro, e Silveira

2009

164

22 (13,4%)

13 (7,9%), 9 (5,5%), 0 (0%)

Garcia et al.

2010

104

41 (39,5%)

27 (26%), 11 (10,6%), 3 (2,9%)

Lizot, e Nicoletto

2018

130

53 (40,8%)

37 (28,5%), 10 (7,7%), 6 (4,6%)

Lustosa et al.

2017

90

9 (10%)

5 (5,55%), 4 (4,44%), 0 (%)

Miranda et al.

2012

535

54 (10,1%)

38 (7,1%), 16(3%), 0 (%)

Nascimento, e Araújo

2019

135

20 (14,9%)

10 (7,4%), 8 (5,9%), 2 (1,4%)

Neto et al.

2018

866

356 (41,23%)

211 (24,36%), 90 (10,5%), 55 (6,37%)

Nilson et al.

2013

65

12 (18%)

8 (12%), 4(6%), 0 (0%)

Santos et al.

2019

719

107 (14,9%)

69 (9,6%), 32 (4,5%), 6 (0,8%)

Sousa et al.

2015

100

26 (26%)

19 (19%), 4 (4%), 3 (3%)

Legenda: A(n): tamanho da amostra; Pn (%): prevalência de insatisfação com participantes e porcentagem; Ln(%), Mn(%), Gn(%): prevalência de insatisfação nos níveis leve (L); moderado (M) e grave (G) com população e porcentagens. Fonte: Elaboração própria

 

Distribuição da insatisfação corporal sem distinção de sexo na amostra ou que apresentaram os dados de ambos os sexos também de maneira agrupada 

 

    A Tabela 4 apresenta dados de estudos que não diferenciaram os participantes por sexo ou que reportaram os resultados também de forma agrupada, analisando homens e mulheres em conjunto. Essa abordagem permite uma visão geral da prevalência da insatisfação corporal sem viés explícito de gênero, o que possibilita uma comparação mais ampla com os achados das tabelas anteriores.

 

    De maneira geral, as prevalências globais de insatisfação foram elevadas. Destacam-se os estudos de Bracht et al. (2013), com 51,6% de participantes insatisfeitos, Neto et al. (2018), com 41,23%, e Lizot, e Nicoletto (2018), com 40,8%. Em todos os casos, observou-se uma predominância de insatisfação leve e moderada, o que sugere que esse fenômeno afeta uma parcela expressiva da população, ainda que com diferentes graus de intensidade.

 

    Entretanto, a comparação entre os estudos é limitada pela falta de padronização nos pontos de corte do BSQ, o que pode influenciar na categorização dos níveis de insatisfação e, até mesmo, incluir indivíduos satisfeitos entre os insatisfeitos. Além disso, é possível que os valores elevados sejam parcialmente explicados pela predominância de mulheres nas amostras analisadas nas tabelas anteriores (Tabelas 1 e 2), dado que a insatisfação corporal tende a ser mais prevalente no público feminino.

 

    A análise detalhada das prevalências por nível de insatisfação reforça esse cenário. No estudo de Bracht et al. (2013), os índices foram 19,40% leve, 19,40% moderado e 12,9% grave; em Neto et al. (2018), 24,36% leve, 10,5% moderado e 6,37% grave; e em Lizot, e Nicoletto (2018), 28,5% leve, 7,7% moderado e 4,6% grave. A predominância dos níveis leve e moderado é consistente com a tendência observada na literatura, mas os casos de insatisfação grave também apresentaram valores expressivos.

 

    A ausência de dados desagregados por sexo dificulta inferências mais precisas nesses estudos elencados. Posto isto, a análise e interpretação dos resultados destes estudos não podem partir de uma perspectiva de gênero/sexo, mesmo tendo em vista a baixa prevalência de insatisfação corporal grave entre homens.

 

    Qualquer hipótese desta natureza permanece no campo especulativa da interpretação dos estudos, uma vez que os estudos não forneceram informações detalhadas sobre a composição das amostras. A heterogeneidade nos critérios de classificação e a provável influência do viés amostral impõem limites à interpretação dos dados, destacando a necessidade de investigações mais detalhadas com controle adequado para variáveis como sexo, hábitos, costumes e contexto sociocultural.

 

Tabela 5. Características dos estudos incluídos na presente revisão

Estudo

Ano

Amostra

(n)

Mulheres (%)

Cursos graduação

Local

Corte BSQ

Alexandre et al.

2013

100

55

Medicina

SP

>110

Bandeira et al.

2016

300

100

Área da Saúde

CE

>80

Batista et al.

2015

207

80,7

Estética, Educação Física e Nutrição

MG

>110

Batista et al.

2017

79

100

Estética

RS

>110

Bento et al.

2016

174

100

Enfermagem, Fisioterapia e Nutrição

PE

>80

Bernardino et al.

2019

72

69,4

Área da Saúde

SP

>80

Bosi et al.

2006

193

100

Nutrição

RJ

>80

Bosi et al.

2014

189

100

Medicina

RJ

>110

Bosi et al.

2009

175

100

Psicologia

RJ

>110

Bracht et al.

2013

31

83,9

Nutrição, Educação Física, Pedagogia, Biología

RS

≥70

Costa, e Vasconcelos

2010

220

100

Diversos

SC

>80

Cruz et al.

2018

24a

 

Nutrição

SP

>80

Damasceno et al.

2011

89

100

Diversos

PR

>80

Di Pietro, e Silveira et al.

2009

164

43,3

Medicina

SP

>110

Garcia et al.

2010

104a

 

Nutrição

RS

>80

Gaudioso et al.

2017

95

100

Diversos

MS

>80

Kessler, e Poli

2018

225

100

Área da Saúde

RS

>80

Laus et al.

2009

127

100

Saúde e Humanas

SP

≥70

Lizot, e Nicoletto

2018

130a

 

Nutrição

RS

>80

Lopes et al.

2020

154

100

Medicina

MS

>80

Lustosa et al.

2017

90a

 

Educação Física

CE

>110

Maia et al.

2018

52

100

Nutrição

CE

≥70

Miranda et al.

2012

535

54,2

Saúde, Exatas e Humanas

MG

>110

Nascimento, e Araújo

2019

135a

 

Área da Saúde

PE

>110

Neto et al.

2018

866a

 

Saúde e não Saúde

MG

>80

Nilson et al.

2013

65

36,9

Educação Física

RS

>80

Oliveira et al.

2020

45

100

Área da Saúde

MG

>110

Paiva et al.

2017

90

100

Nutrição

PI

≥70

Pieper, e Cordova

2018

89

100

Nutrição, Fisioterapia

RS

>80

Reis, e Soares

2017

165

100

Nutrição

MG

>80

Santos et al.

2019

719a

 

Diversos

MG

>110

Silva et al.

2012

175

100

Nutrição

MG

>80

Sousa et al.

2015

100

30

Educação Física

CE

>80

Toral et al.

2016

427

100

Nutrição

Nacional

≥70

Notas: aAmostra com a população sem especificação de sexo. Fonte: Elaboração própria (adaptado de Gama et al., 2024)

 

    Em se tratando da discussão envolvendo a heterogeneidade dos pontos de corte utilizados nos estudos, e conforme assinalado no estudo de Gama et al. (2022), a classificação do ponto de corte do BSQ apresenta relação direta com seu nível de gravidade, conforme mostra o Quadro 1.

 

Quadro 1. Classificação de insatisfação corporal medida pelo BSQ

Body Shape Questionnaire (BSQ)

Ponto de corte

Ausência

Leve

Moderada

Grave

BSQ ≥ 70 pontos

<70

70 a 90

90 a 110

> 110

BSQ > 80 pontos

≤ 80

81 a 110

111 a 140

> 140

BSQ > 110 pontos

≤ 110

> 110 ou ≤ 138

> 138 ou ≤ 167

≥ 168

Fonte: Gama et al. (2022)

 

Pontos de corte do BSQ e impacto na insatisfação corporal 

 

    A Tabela 5 resume as características metodológicas dos estudos incluídos, com destaque na maior frequência nos cursos universitários envolvidos com a área da saúde, no maior percentual do sexo feminino compondo as amostras dos estudos e na diversidade dos pontos de corte adotados para o BSQ. Como sinalizado, essa variação compromete a comparabilidade entre os estudos e dificulta a interpretação global dos achados.

 

    O Quadro 1 apresenta os três principais esquemas de classificação utilizados para o BSQ:

  • BSQ ≥ 70 pontos: critério mais abrangente, incluindo casos leves de insatisfação corporal.

  • BSQ > 80 pontos: ponto de corte mais comum, utilizado em 18 dos 34 estudos analisados.

  • BSQ > 110 pontos: classificação mais restritiva, associada a insatisfação grave.

    A literatura brasileira tende a adotar o critério > 110 pontos, conforme sugerido por Di Pietro, e Silveira (2009) e Campana, e Tavares (2009), que adaptaram o questionário para o Brasil. No entanto, a falta de padronização entre os estudos analisados gera inconsistências nos resultados e limita a construção de um panorama unificado sobre a insatisfação corporal no país.

 

    A revisão conduzida por Gama et al. (2024) reforça esse desafio, destacando que a diversidade nos pontos de corte pode impactar diretamente as prevalências reportadas. Embora a pontuação > 110 pontos seja amplamente divulgada na literatura científica Brasileira, a maioria dos estudos utilizou > 80 pontos, e outros adotaram um critério ainda mais flexível (≥ 70 pontos). Essa discrepância pode influenciar as taxas de insatisfação reportadas, gerando distorções na interpretação dos dados.

 

    Apesar dessas limitações, a qualidade metodológica dos estudos foi avaliada como satisfatória, com seis dos nove critérios estabelecidos pelo Instituto Joanna Briggs (JBI) atendidos (Munn et al., 2015). A metanálise realizada por Gama et al. (2024) apontou uma prevalência global de insatisfação corporal de 30,2% (IC 95%: 25,3-35,2; I² = 96,8%), com a maior taxa observada sendo 60,6% (IC 95%: 51,6-69,2) no estudo de Laus, Moreira & Costa (2009). Outro fator que pode influenciar os achados é a formulação das questões do BSQ, que parecem enfatizar preocupações relacionadas ao excesso de peso, em detrimento da magreza. Esse viés pode subestimar a insatisfação corporal em populações masculinas, reforçando a necessidade de ajustes na escala para melhor representar diferentes percepções corporais. (Gama et al., 2024)

 

    Considerando o impacto crescente das redes sociais e as mudanças no comportamento pós-pandemia, sugere-se que futuras pesquisas levem em conta esses novos fatores de influência. A intensificação da exposição à mídia digital durante o isolamento social pode ter alterado significativamente os padrões de insatisfação corporal, tornando essencial a condução de novos estudos que avaliem essas mudanças no contexto contemporâneo. Além disso, a adoção de critérios padronizados para a aplicação do BSQ é fundamental para garantir maior comparabilidade entre os achados e permitir inferências mais robustas sobre a insatisfação corporal na população brasileira.

 

Conclusão 

 

    A insatisfação com a IC é um fenômeno crescente no campo da saúde física e mental, amplamente discutido na literatura científica devido ao seu impacto significativo no bem-estar psicológico e emocional dos indivíduos. Além de servir como base para futuras investigações sobre o tema, o presente estudo teve um caráter diagnóstico, explorando aspectos críticos da categorização da insatisfação corporal em universitários.

 

    Esta análise avançou em relação às investigações realizadas no estudo de base, incorporando uma abordagem internível para examinar como os diferentes pontos de corte do BSQ e as análises distintas por sexo influenciam na insatisfação corporal. Os achados evidenciaram desafios metodológicos, onde a ausência de padronização nos critérios de classificação compromete a comparabilidade entre os estudos e a generalização dos resultados. Além disso, os achados reafirmam a importância de análises de subgrupos por sexo, visto que a insatisfação corporal grave apresenta baixa prevalência entre os homens, mas ocorre de maneira significativa entre as mulheres. Assim, há necessidade de aprofundar a investigação dos fatores associados à insatisfação grave nas mulheres.

 

    A diversidade de pontos de corte do BSQ (≥70, >80 e >110 pontos) reflete diferentes abordagens na mensuração da insatisfação corporal, especialmente nos níveis moderado e grave, que foram o foco desta revisão. Indivíduos que apresentam insatisfação corporal nesses níveis podem estar em risco aumentado para comprometimentos de saúde mental, tornando fundamental que os órgãos de saúde adotem estratégias para identificação precoce e intervenção adequada.

 

    Em síntese, esta revisão priorizou a identificação das prevalências de insatisfação corporal e suas discrepâncias metodológicas. Embora o grupo com insatisfação grave seja numericamente reduzido, sua relevância clínica justifica investigações mais aprofundadas, com foco em fatores associados e riscos específicos. Recomenda-se a realização de novos estudos, com análise de subgrupos por sexo e uso de pontos de corte padronizados, especialmente com delineamento observacional e métodos estatísticos robustos. Ressalta-se que, embora as redes sociais não tenham sido foco central desta investigação, sua influência crescente sobre padrões corporais irreais e o bem-estar psicológico dos jovens reforça a urgência de políticas públicas voltadas à aceitação corporal e à prevenção de agravos associados.

 

Referências 

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 30, Núm. 326, Jul. (2025)