ISSN 1514-3465
Violência, esporte e saúde. Um estudo de revisão
Violence, Sport and Health. A Review Study
Violencia, deporte y salud. Un estudio de revisión
Nilo Terra Arêas Neto*
niloneto@isecensa.edu.br
Laiza Gomes Freitas André
** laiza.andre@isecensa.edu.brMaria Fernanda Camilo Volotão+
maria.volotao@isecensa.edu.br
Robson Pinheiro Chagas
+robson.chagas@isecensa.edu.br
Roberto Alves Carvalho
++robertofilho@isecensa.edu.br
*Doutor em Saúde da Criança, do Adolescente e da Mulher
Instituto Fernandes Figueira/Fundação Oswaldo Cruz (IFF/Fiocruz)
**Graduanda em Psicologia
Institutos Superiores de Ensino do CENSA (ISECENSA)
+Graduanda em Educação Física (ISECENSA)
++ Mestre em Alimentação, Nutrição e Saúde
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
(Brasil)
Recepción: 17/02/2025 - Aceptación: 13/04/2025
1ª Revisión: 26/03/2025 - 2ª Revisión: 10/04/2025
Documento acessível. Lei N° 26.653. WCAG 2.0
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Cita sugerida
: Neto, N.T.A., André, L.G.F., Volotão, L.F.C., Chagas, R.P., e Carvalho, R.A. (2025). Violência, esporte e saúde. Um estudo de revisão. Lecturas: Educación Física y Deportes, 30(324), 156-182. https://doi.org/10.46642/efd.v30i324.8142
Resumo
Frequentemente associado à melhoria da saúde e bem-estar físico e social, o “esporte” apresenta uma faceta complexa ao se considerar as diversas formas de violência que o permeiam. Estudiosos do tema afirmam que o ambiente esportivo não está imune a diversas manifestações de violências entre praticantes e torcedores. Desta forma, a partir da realização de um estudo de revisão da literatura científica (scoping review), com o objetivo de identificar as diversas formas de violência ocorridas no ambiente esportivo, foram selecionados e analisados 135 artigos científicos publicados na última década. Os resultados indicam a violência estrutural, incluindo racismo e sexismo, como um tema predominante, impactando a igualdade de oportunidades e destacam a necessidade de repensar a cultura da violência e promover o fair play em todos os níveis do esporte. Foi possível concluir que é inquestionável o potencial do esporte como ferramenta de transformação social, desde que sejam implementadas políticas de proteção e respeito. Para enfrentar a violência no esporte é preciso que haja ações com foco na educação, prevenção e promoção de ambientes seguros e inclusivos.
Unitermos:
Esporte. Violência. Saúde.
Abstract
Frequently associated with improving health and physical and social well-being, “sport” presents a complex facet when considering the various forms of violence that permeate it. Experts on the subject state that the sports environment is not immune to various manifestations of violence between practitioners and fans. Thus, based on a review of the scientific literature (scoping review), with the aim of identifying the various forms of violence that occur in the sports environment, 135 scientific articles published in the last decade were selected and analyzed. The results indicate structural violence, including racism and sexism, as a predominant theme, impacting equal opportunities and highlighting the need to rethink the culture of violence and promote fair play at all levels of sport. It was possible to conclude that the potential of sport as a tool for social transformation is unquestionable, as long as protection and respect policies are implemented. To address violence in sport, there must be actions focused on education, prevention and the promotion of safe and inclusive environments.
Keywords:
Sport. Violence. Health.
Resumen
A menudo asociado con una mejor salud y bienestar físico y social, el deporte presenta una faceta compleja al considerar las diversas formas de violencia que lo permean. Expertos en la materia afirman que el entorno deportivo no es inmune a diversas manifestaciones de violencia entre practicantes y aficionados. Por ello, a partir de una revisión de la literatura científica (scoping review), con el objetivo de identificar las diversas formas de violencia que ocurren en el ámbito deportivo, se seleccionaron y analizaron 135 artículos científicos publicados en la última década. Los resultados indican que la violencia estructural, incluyendo el racismo y el sexismo, es un tema predominante, impactando la igualdad de oportunidades y destacando la necesidad de repensar la cultura de la violencia y promover el fair play en todos los niveles del deporte. Se pudo concluir que el potencial del deporte como herramienta de transformación social es incuestionable, siempre que se implementen políticas de protección y respeto. Para abordar la violencia en el deporte, se deben implementar acciones centradas en la educación, la prevención y la promoción de entornos seguros e inclusivos.
Palabras clave:
Deporte. Violencia. Salud.
Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 30, Núm. 324, May. (2025)
Introdução
Frequentemente associado à melhoria da saúde e bem-estar físico e social, o “esporte” apresenta uma faceta complexa ao se considerar as diversas formas de violência que o permeiam. Estudiosos do tema nesta última década afirmam que, como reflexo da sociedade o ambiente esportivo não está imune a manifestações de violências, que vão além dos confrontos físicos entre praticantes e torcedores, abrangendo também agressões verbais, discriminação e abuso psicológico. Destaca-se também no ambiente esportivo a violência simbólica, quase sempre legitimada por figuras de autoridade como técnicos, professores, familiares e árbitros. (Bourdieu, 1999; DaMatta, 2013, Berbet et al., 2014; Capez, 1996; Chesnais, 1999; Castaldelli-Maia, 2019)
A baixa produção científica sobre a violência no esporte evidencia a necessidade de mais estudos e abordagens multidisciplinares, Prodocimo et al. (2014) nos adverte quanto a relevância do tema, destacando que apenas 0,60% dos artigos científicos publicizados em periódicos da área do Desporto e do Exercício Físico no Brasil eram dedicados a temática da violência.
Assim, esse artigo teve como objetivo identificar e compreender os principais tipos de violência no ambiente esportivo, com base em artigos científicos publicados na última década. Contribuir para a formulação de soluções que mitiguem os efeitos e impactos dos diversos tipos de violência na saúde física e mental de todos os envolvidos nesse ambiente, sejam eles atletas ou torcedores, é o que justifica essa pesquisa. Para tanto foi realizada uma revisão de literatura do tipo scoping review, que mapeou a literatura sobre o tema. Apesar de não ser um teste de hipóteses, esse estudo objetivou principalmente responder a seguinte pergunta norteadora: quais as principais violências que ocorrem no ambiente esportivo e quais seriam as maneiras mais adequadas ao seu enfrentamento?
Método
Neste estudo optou-se pelo modelo de revisão de escopo (scoping review), que visa mapear a literatura sobre um determinado tópico para identificar conceitos-chave e lacunas. Diferentemente das revisões sistemáticas, a revisão de escopo não avalia a qualidade das evidências, mas objetiva mapear os principais conceitos que sustentam uma área de pesquisa. (Levac et al., 2010; Florêncio et al., 2020; Faria et al., 2021)
Foram utilizadas duas linhas de busca para o levantamento bibliográfico:
Linha 1: Violência OR Agress* OR Homicid* OR Assassin* OR Suicid* OR Linchamento OR Assédio OR Estupro OR "Abuso sexual" OR "Abuso psicológico" OR Discriminação OR Bullying OR Misoginia OR Machismo OR Homofobia OR Transfobia OR Racismo OR Violence OR Aggressi* OR Homicid* OR Murder* OR Harassment OR Rape OR "Sexual abuse" OR "Psichological abuse" OR Discrimination OR Bullying OR misogyny OR Homophobi* Or Transphobi* OR Racism
Linha 2: Esportes OR Esporte OR Futebol OR Estádios OR "Violence on stadium" OR "Violence on stadiums" OR Sports
As buscas foram realizadas nas bases de dados SCIELO, Portal Regional BVS, Web of Science, SCOPUS e OASISBR e os resultados foram analisados e estão demonstrados no fluxograma (Figura 1), que mostra as etapas de seleção dos artigos. Os artigos selecionados foram categorizados de acordo com a tipologia da violência no Quadro 1, e quantificados no Gráfico 1.
Resultados
Como se pode observar no fluxograma (Figura 1), das 812 ocorrências obtidas no processo inicial de levantamento bibliográfico, 321 artigos foram incialmente selecionados após a filtragem e eliminação das duplicidades. Efetivamente 135 foram incluídos na análise após avaliação da adequação do artigo ao objeto de estudo.
Figura 1. Fluxograma das principais etapas da revisão bibliográfica
Fonte: Dados de pesquisa
Fenômeno complexo e multifacetado, A violência pode ser categorizada em diferentes tipologias, cada uma com suas características e impactos específicos (Krug et al., 2002). Após criterioso processo de leitura e análise da adequação dos artigos ao escopo da pesquisa foram incluídos 135 artigos, identificados e categorizadas de acordo com a tipologia da violência. As referências e a classificação dos artigos incluídos são apesentadas no Quadro 1, logo abaixo.
Quadro 1. Descrição do quantitativo de Artigos incluídos na análise, categorizados pela tipologia da violência
Categoria |
N°
Artigos |
Autor/Ano |
Violência
Física: Lesões intencionais ou agressões entre atletas,
treinadores, árbitros ou torcedores. (Gould, e Damaris, 2018) Subcategorias:
Violência entre pares (08); Violência entre Torcidas (24). |
32 |
(VEP)
(Blomqvist, 2020); (Chistofaro, et al., 2014); (Blasco, e Orgilés,
2014); (Costa et al., 2015); (Farias, e Wiggers, 2021); (Grau et al.,
2020); (Costa et al., 2020); (Weimer, e Moreira, 2014); (VET) (Farias
et al., 2020); (Brandão
et al., 2021); (Lopes, 2013);
(Reis, 2015);
(Lopes, e Cordeiro,
2020); (Noel et al.,
2017); (Reis, e Lopes, 2016); (Nepomuceno et al., 2022); (Garcia
Zeferino et al., 2021); (Schaefer, e Cabrera, 2021); (Lozano, e Parra,
2021); (Lozano, 2020); (Rojas-Cely et al., 2019); (Uribe, 2019);
(Lozano, 2019); (Lopes, e Hollanda, 2018); (Bundio, 2018); (Cabrera,
2018); (Teixeira, 2018); (Cabrera, 2017); (Garriga Zucal, 2016); (Pérez
Calderón, 2015); (Santos et al., 2014); (Alvito, 2013). |
Violência
Auto infligida:
Definida como "qualquer comportamento que cause dano físico ou
emocional a si mesmo". (Linehan, 1993) |
06 |
(Santos-Junior et al., 2020); (Artioli et al., 2016) (Nogueira
et al., 2014) (De Almeida, e Rodrigues, 2014) (Bomtempo, 2016); (Tralci
Filho, e Dos Santos, 2020). |
Violência
Psicológica: Toda ação ou
omissão que causa ou visa causar dano à autoestima, à identidade ou
ao desenvolvimento da pessoa. Dentre as modalidades de violência, é a
mais difícil de ser identificada. (Silva et al., 2007) |
10 |
(Mackedanz et al., 2021); (Scivoletto et al., 2014); (Andrade
et al., 2020); (Mendes, 2017); (Turelli
et al., 2020); (Turelli
et al., 2021); (Páez-Ardila et al., 2020); (Retondar et al., 2016);
(Sarmento et al., 2015); (Keller et al., 2013). |
Violência
Estrutural: A violência
estrutural é frequentemente invisíbilizada, pois está naturalizada
nas instituições e estruturas sociais, levando a disparidades evitáveis
em qualidade de vida e expectativa de vida entre diferentes grupos.
(Galtung, 1969) Subcategorias:
Racismo (08); Violência de Gênero (27); Capacitismo; (02); Outras
Formas Estruturais de Violência (03) |
40 |
R)
(Braga et al., 2019);
(Oliveira et al., 2015); (Mackedanz et al., 2021); (Oliveira et al.,
2021); (Balzano et al., 2020); (Farias et al., 2020; (Tralci Filho, e
Dos Santos, 2020); (Silva, e Paula, 2020). (VG); (Teixeira, e
Caminha, 2013); (de Oliveira et al., 2019); (Vieira et al., 2018);
(Devide, 2017; (Salvini, e Marchi Júnior, 2016); (Mesquita et al.,
2022); (Martins et al., 2021); (Oliveira, e Maldonado, 2020);
(Soares de Almeida, 2019); (Hamilton et al., 2021); (Pigozzi et al.,
2022); (Rosa, 2021); (Cervin et al., 2017); (Revilla et al., 2022);
(Brito, e Silva Junior, 2022); (Pelluso, et al., 2021); (Pisani, e
Pinto, 2021); (Anjos, 2021); (Mendonça, e Mendonça, 2021); (Arboleda
et al., 2020); (Almeida, e Freitas, 2020); (Castro, e Siqueira, 2020);
(Hernández, e García, 2020); (Pereira et al., 2014); (Moioli et al.,
2014); (Fornari et al., 2019); (Cavalcanti, e Capraro, 2019); (C)
(Ulate et al., 2020); (Costa et al., 2014) (OF); (Oliveira et
al., 2015); (Balzano et al., 2020); (Silva, e Paula, 2020). |
Violência
Simbólica: Uso de símbolos,
gestos ou linguagem ofensiva para intimidar ou excluir outros.
(Bourdieu, 2014) |
07 |
(Braga
et al., 2019): (Costa et al., 2022); (Mariante Neto et al., 2021);
(Jorand et al., 2019); (Barreira, 2019); (Arango, 2018); (Costa et al.,
2016). |
Ações
de enfrentamento e prevenção a violência |
40 |
(De
Lima, e Brasileiro, 2020) (Silva, Borges, e Amaral, 2015); (Matias et
al., 2015); (Santos et al., 2015); (Silva, Romera, e Borges, 2014);
(Sanfelice et al., 2013); (Starepravo et al., 2015); (Silva, Borges, e
Amaral, 2015); (Lacerda, e Lara, 2019); (Sevegnani et al., 2019);
(Belato et a, 2019); (Passos, e Athayde, 2018); (Marani, et al., 2018);
(Paz, 2018); (Zardo et al. 2018); (Ferreira et al., 2017); (Canan et
al., 2017); (Castro et al., 2017); (Kravchychyn et al., 2017); (Bertollo,
e Schwengber, 2017); (Bertollo, e Schwengber, 2017); (De Camargo, e
Mezzadri, 2017); (Santos, 2016); (Dias et al., 2016); (Lemos et al.,
2016); (Starepravo, e Marchi Júnior, 2015); (Bisconsini et al.,
2015); (Reis, e Lopes, 2016); (Guerra et al., 2021); (Carneiro et
al., 2021); (Fernandes et al., 2023); (Uhle et al., 2022); (Maldonado,
e Neira, 2022); (Roson et al., 2022); (Deets, 2021); (Lemos, 2017);
(Silva, e Silva, 2014); (Françoso, e Neira, 2014); (Lico, e Westphal,
2014). |
Fonte: Dados de pesquisa
O Gráfico 1, logo abaixo, ilustra o quantitativo de artigos publicados por tipo e subtipo de violência, demonstrando que a violência estrutural foi a mais abordada, seguida dos artigos sobre ações de enfrentamento e prevenção à violência no esporte, violências físicas, psicológicas, simbólicas e auto infligidas.
Gráfico 1. Quantitativo de Artigos publicados por tipo de violência
Fonte: Dados de pesquisa
Discussão
A discussão dos resultados obtidos no processo de levantamento de dados se dará a seguir de forma fragmentada, por tipo de violência. Assim, embutida nas estruturas sociais e entendida como qualquer forma de discriminação, exclusão ou desigualdade de oportunidades para certos grupos, como mulheres, minorias étnicas ou pessoas com deficiência (Galtung, 1969), a Violência Estrutural foi tema de 40 artigos, subdivididos nas seguintes subcategorias: racismo (08); violência de gênero (27); capacitismo; (02); outras formas estruturais de violência (03).
Examinando a multiculturalidade no esporte e como a violência estrutural pode ser perpetuada por sistemas políticos e culturais que marginalizam grupos minoritários, Parekh (2000) e Bourdieu (1999) afirmam que sistemas políticos e culturais são estruturas sociais muito bem estruturadas e estruturantes, pois continuam a estruturar (produzir) pessoas para manterem as estruturas exatamente como estão, impedindo transformações sociais importantes e necessárias a uma cultura de paz.
Importante pontuar que o racismo, a homofobia e a xenofobia são consideradas subcategorias de violência que pertencem, tanto a categorias de violência simbólica quanto a de violência estrutural (Bourdieu, 1999, p. 123). Aqui neste estudo optou-se pela inclusão dos estudos com essa característica na categoria de violência estrutural em detrimento da violência simbólica. Essa escolha se deu a partir da leitura e observância da problematização das pesquisas apresentadas nos artigos.
Desta forma, Ferreira et al. (2017) discutem os repertórios interpretativos acerca do preconceito racial no futebol, destacando como o racismo se manifesta e é percebido pelos jogadores e torcedores e destacam que os eventos de racismo ocorridos nos campeonatos europeus com jogadores afrodescendentes é algo recorrente, que a mídia se vê obrigada a noticiar semanalmente.
Teixeira e Caminha (2013), Vieira et al. (2018) e Soares de Almeida (2019) analisam documentos históricos do esporte brasileiros e destacam como o racismo e o sexismo (violência de gênero) têm sido componentes persistentes na marginalização das mulheres no futebol.
Salvini e Marchi Júnior (2016), Cervin et al. (2017), Pelluso et al. (2021), Brito, e Silva Junior (2022) e Martins et al. (2021) exploram essas interseções de gênero, classe e raça no contexto do futebol brasileiro e também destacam como o racismo e o sexismo são formas de violência estrutural perpetuadas por normas sociais e culturais que afetam a trajetória e o reconhecimento das jogadoras. Para esses autores a produção e perpetração dessas formas de violência estrutural são institucionalizadas e perpetuadas por políticas e práticas discriminatórias que contribuem para a marginalização das mulheres negras no esporte.
Oliveira et al. (2019) corroborando a este racional discutem a inclusão das mulheres no rugby, destacando as percepções das jogadoras da seleção brasileira. Eles identificam o racismo e o sexismo como barreiras significativas, evidenciando como essas formas de violência estrutural limitam as oportunidades e o reconhecimento das mulheres no esporte.
Oliveira, e Maldonado (2020) analisam a cobertura midiática do futebol feminino no Brasil, destacando como a mídia perpetua estereótipos raciais e de gênero. Eles argumentam que essa representação midiática contribui para a violência estrutural contra as mulheres negras no esporte, enquanto Devide (2017) e Revilla et al. (2022) refletem sobre o uso da linguagem e da imagem na pesquisa histórica do esporte, destacando que a representação das mulheres no esporte é influenciada por estereótipos raciais e de gênero, contribuindo para a violência estrutural contra as mulheres negras.
Blomqvist Mickelsson (2020) aborda questões de inclusão e igualdade racial no Jiu-Jitsu Brasileiro, enquanto Chistofaro et al. (2014) analisam a discriminação racial no futebol durante a Copa do Mundo de 2010.
Ainda sobre racismo e violência de gênero, Almeida, e Freitas (2020) e Mesquita et al. (2022) investigam as oportunidades para mulheres como treinadoras principais nas seleções nacionais do Brasil. Eles também identificaram o racismo e o sexismo como barreiras significativas, evidenciando como essas formas de violência estrutural limitam as oportunidades de liderança para as mulheres negras no esporte.
Por tudo isso Hamilton et al. (2021) respondem ao relatório do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas sobre discriminação racial e de gênero no esporte expressando preocupação e chamando a atenção para a necessidade de priorizar pesquisas sobre essas formas de violência estrutural.
Nesse sentido Pigozzi et al. (2022) apresentam uma declaração conjunta sobre o quadro do COI para equidade, inclusão e não discriminação com base na identidade de gênero e variações sexuais. Eles destacam a importância de combater o racismo e o sexismo como formas de violência estrutural no esporte.
Pisani, e Pinto (2021) analisaram as expressões e corporalidades de mulheres cis e homens trans no futebol, destacando como o racismo e a transfobia são formas de violência estrutural que afetam esses grupos no esporte.
Anjos (2021) discute a defesa dos direitos LGBTQI+ nos estádios, destacando como o racismo e a homofobia são formas de violência estrutural que afetam torcedores e atletas.
Castro, e Siqueira (2020) exploram os discursos de resistência em clubes brasileiros de futebol gay, destacando como o racismo e a homofobia são formas de violência estrutural que afetam a inclusão e a equidade no esporte. Analisando os cantos homofóbicos de torcidas de futebol, Mendonça, e Mendonça (2021) destacam como o racismo e a homofobia são formas de violência estrutural que perpetuam discursos de masculinidade tóxica.
Blasco, e Orgilés (2014) e Costa et al. (2015) destacam o racismo como uma forma de violência entre jovens atletas e estudantes, respectivamente. Nesse sentido Hernández et al. (2020) discutem a pedagogia crítica para a conscientização em torno da discriminação de gênero e a emancipação das meninas na educação física, destacando como o racismo e o sexismo são formas de violência estrutural que afetam a inclusão e a equidade no esporte.
Arboleda et al. (2020) exploram as representações sociais da violência de gênero na formação de jogadores de futebol adolescentes, destacando como o racismo e o sexismo são formas de violência estrutural que afetam a formação desses jovens.
Com apenas 02 artigos identificados e selecionados nesse estudo, O capacitismo no esporte é uma forma de Violência Estrutural que discrimina e marginaliza pessoas com deficiência, perpetuando barreiras físicas, sociais e culturais que limitam sua participação e reconhecimento no ambiente esportivo. (Ulate et al., 2020 e Costa et al., 2014)
Ulate et al. (2020) discutem o capacitismo no esporte como uma manifestação de uma sociedade que valoriza corpos e habilidades consideradas "normativas", excluindo aqueles que não se enquadram nesses padrões. Os autores argumentam que o esporte, muitas vezes, reforça estereótipos capacitistas ao priorizar atletas sem deficiência e ao tratar a participação de pessoas com deficiência como uma exceção ou um gesto de caridade, em vez de um direito. Eles enfatizam a importância de políticas públicas e práticas institucionais que garantam acessibilidade universal, desde a infraestrutura até a formação de profissionais capacitados para atender às necessidades de atletas com deficiência. Além disso, defendem a visibilidade e o reconhecimento dos esportes adaptados como modalidades legítimas e competitivas, que merecem o mesmo respeito e investimento que os esportes convencionais.
Já Costa et al. (2014) focam no papel da educação e da mídia no combate ao capacitismo no esporte. Eles criticam a cobertura midiática que frequentemente reforça narrativas capacitistas, como a superação como única forma de valorizar atletas com deficiência, ignorando suas habilidades técnicas e contribuições reais para o esporte. Os autores defendem uma abordagem educacional que promova a conscientização sobre a diversidade corporal e a inclusão desde a infância, tanto nas escolas quanto nas comunidades esportivas. Eles também destacam a importância de representações midiáticas mais diversas e realistas, que celebrem a participação de pessoas com deficiência no esporte sem reduzi-las a estereótipos ou histórias de superação.
Ambos os autores concordam ao apontar que o capacitismo no esporte é um problema estrutural que requer mudanças profundas nas políticas, nas práticas esportivas e nas representações culturais. Juntos, eles defendem um esporte mais inclusivo, que valorize a diversidade e garanta a plena participação de pessoas com deficiência, não como uma concessão, mas como um direito fundamental.
Em relação aos artigos que tratavam de outras formas de violência estrutural, os autores dos 03 artigos abordam diferentes dimensões da violência estrutural, destacando causas, consequências e estratégias para enfrentar o problema.
Oliveira et al. (2015) abordam a violência estrutural no esporte, destacando como a falta de investimento em infraestrutura, a desigualdade de acesso e a precarização das condições de trabalho para atletas e profissionais do esporte perpetuam injustiças sociais. Eles sugerem maior investimento público e privado para democratizar o acesso ao esporte. Balzano et al. (2020) analisam a violência no esporte escolar, relacionando-a ao bullying e à falta de preparo dos educadores para lidar com conflitos. Eles sugerem a integração de programas de educação emocional e resolução de conflitos no currículo escolar. Já Silva e Paula (2020) focam na violência contra crianças e adolescentes no esporte, destacando situações de abuso físico, psicológico e sexual. Eles defendem a criação de protocolos de proteção e a formação de profissionais para identificar e prevenir esses abusos.
Violência Física
A Violência Física foi o segundo tema mais abordado (Figura 1), com 32 artigos, subdivididos em violência entre torcidas (24) e violência entre pares (08).
Dentre as consequências mais danosas a saúde, os artigos pesquisados enunciaram as lesões físicas, com consequências imediatas e de longo-prazo para a saúde dos atletas (Gould, e Damaris, 2018).
Em relação a violência física nas torcidas de futebol, Bourdieu (2014) destaca a dominação social como razão para a maioria das ocorrências desse tipo.
A violência nas torcidas de futebol é um fenômeno complexo, influenciado por diversos fatores. Brandão et al. (2021) discutem o consumo de álcool como determinante na exacerbação de comportamentos violentos entre torcedores organizados.
Os autores citados abordam a violência nas torcidas organizadas a partir de diferentes enfoques, como sociológico, histórico, cultural e jurídico, oferecendo uma visão ampla e crítica sobre o fenômeno. Farias et al. (2020) e Brandão et al. (2021) discutem a violência nas torcidas como um reflexo de problemas sociais mais amplos, como exclusão, desigualdade e falta de políticas públicas eficazes. Eles destacam que a agressividade muitas vezes é alimentada por rivalidades históricas e pela busca de identidade grupal.
Lopes (2013), e Lopes, e Cordeiro (2020) exploram a dinâmica interna das torcidas organizadas, enfatizando como a hierarquia, a lealdade ao grupo e a cultura da violência são perpetuadas. Eles argumentam que a violência é muitas vezes ritualizada e vista como uma forma de demonstrar força e pertencimento. Noel et al. (2017) e Reis, e Lopes (2016) complementam essa perspectiva ao analisar o papel da mídia e da espetacularização do futebol na exacerbação dos conflitos entre torcidas.
Nepomuceno et al. (2022) e Garcia Zeferino et al. (2021) abordam a violência nas torcidas sob uma perspectiva jurídica e de segurança pública, discutindo a eficácia (ou ineficácia) das medidas repressivas e preventivas adotadas pelo Estado. Schaefer, e Cabrera (2021) e Lozano, e Parra (2021) focam no contexto latino-americano, destacando como a violência nas torcidas está ligada a problemas estruturais, como corrupção, impunidade e falta de investimento em políticas sociais.
Lozano (2020; 2019) e Rojas-Cely et al. (2019) analisam o fenômeno no contexto colombiano, onde a violência nas torcidas é frequentemente associada ao narcotráfico e à criminalidade organizada. Uribe (2019) complementa essa visão ao discutir como a violência nas torcidas reflete tensões sociais e políticas mais profundas.
No Brasil, Lopes, e Hollanda (2018), Bundio (2018), Cabrera (2018; 2017), e Teixeira (2018) discutem a relação entre as torcidas organizadas e a violência urbana, destacando como esses grupos muitas vezes operam em um limiar entre o lícito e o ilícito. Garriga Zucal (2016) e Pérez Calderón (2015) abordam a questão a partir de uma perspectiva antropológica, explorando como a violência é construída e legitimada dentro das torcidas.
Santos et al. (2014) e Alvito (2013) trazem uma perspectiva histórica, analisando como a violência nas torcidas evoluiu ao longo do tempo e como está ligada a transformações sociais e políticas no Brasil. Eles destacam que a violência não é um fenômeno recente, mas sim uma manifestação de conflitos que têm raízes profundas na sociedade.
Segundo os autores citados a violência nas torcidas é influenciada também por fatores sociais, culturais, econômicos e políticos e a solução é complexa. Requer uma abordagem integrada, que inclua medidas repressivas, mas também investimento em educação, cultura e inclusão social, além de uma maior regulação e fiscalização por parte do Estado e das instituições esportivas.
A violência entre pares: A pesquisa não detalha especificamente os fatores relacionados à violência física entre pares, mas indica que essa subcategoria representa uma parte significativa da violência física no esporte e neste estudo foi representada por 08 publicações.
Blomqvist (2020) e Grau et al. (2020) discutem a violência no esporte como um reflexo de dinâmicas sociais mais amplas, enfatizando a importância do ambiente esportivo na formação de comportamentos agressivos ou cooperativos. Eles destacam que a cultura esportiva, quando mal orientada, pode normalizar atitudes violentas entre atletas, especialmente em modalidades competitivas.
Chistofaro et al. (2014) e Blasco, e Orgilés (2014) focam na violência entre jovens atletas, analisando como a pressão por resultados e a falta de orientação adequada podem levar a comportamentos agressivos entre pares. Eles sugerem que a intervenção de treinadores e a promoção de valores como respeito e fair play são essenciais para mitigar esses problemas.
Costa et al. (2015; 2020) exploram a violência no esporte sob uma perspectiva psicológica, destacando o impacto do estresse, da ansiedade e da frustração no comportamento dos atletas. Eles argumentam que a violência entre pares muitas vezes surge como uma resposta a esses fatores emocionais, reforçando a necessidade de suporte psicológico no ambiente esportivo.
Farias, e Wiggers (2021) e Weimer, e Moreira (2014) abordam a violência no esporte a partir de uma perspectiva sociológica, discutindo como as relações de poder e hierarquia dentro das equipes podem contribuir para conflitos e agressões. Eles enfatizam a importância de uma gestão democrática e inclusiva para prevenir a violência e promover um ambiente saudável.
No entanto, todos os autores pesquisados convergem ao apontar que a violência entre pares no esporte é influenciada por fatores emocionais, sociais e culturais. Segundo esses mesmos autores, a solução passa por uma abordagem multidisciplinar, que inclua a promoção de valores positivos, o suporte psicológico e a gestão adequada do ambiente esportivo.
Violência psicológica
A violência psicológica
aparece em terceiro lugar, com 9 artigos (Quadro 1). Junto aos traumas psicológicos e seus efeitos duradouros em aspectos de autoestima, autoconfiança, ansiedade e depressão, a desmotivação e o abandono do esporte expressam a gravidade dessa situação, permeada de questões emocionais que envolvem o sofrimento e o adoecimento mental dos atletas. A pressão para vencer, a rivalidade intensa e a falta de atenção em saúde e educação interferem diretamente na percepção da violência psicológica no ambiente esportivo. (Silva et al., 2007; Scivoletto et al., 2014; Andrade et al., 2020)
Os casos de adoecimento mental de atletas renomados, como Simone Biles, Gabriel Medina, Ian Thorpe, Michael Phelps e outros ainda são expressivos desse quadro e jogam “luz” a essa problemática. Scivoletto et al. (2014) destacam a violência psicológica como um fator de risco para o desenvolvimento de transtornos mentais em jovens, especialmente em ambientes competitivos como o esporte.
Mendes (2017) e Turelli et al. (2020) exploram a violência psicológica no esporte, destacando o papel dos treinadores e colegas na perpetuação de comportamentos abusivos, como humilhação e exclusão. Ambos os estudos convergem ao apontar a necessidade de uma cultura esportiva mais inclusiva e respeitosa. Turelli et al. (2021) avançam nessa discussão ao propor estratégias de intervenção baseadas no fortalecimento da autoestima e da resiliência emocional dos atletas.
Páez-Ardila et al. (2020) trazem uma perspectiva inovadora ao analisar a violência psicológica a partir da interseccionalidade, considerando fatores como gênero e etnia. Seus achados destacam que mulheres e minorias étnicas são mais vulneráveis a esse tipo de violência, tanto no esporte quanto em outros contextos.
Violência simbólica
Já sobre a violência simbólica, Bourdieu (2014) introduz seu conceito no esporte, destacando que no ambiente esportivo as relações de poder são mantidas por meio da aceitação implícita de normas e valores dominantes, enquanto Hall (1997) entende a violência simbólica através das representações culturais e como estas moldam identidades e relações de poder. Aqui nesse estudo a violência simbólica é mencionada em 07 publicações. Bourdieu (2014) destacou que as relações de poder são mantidas pela aceitação implícita de normas e valores dominantes, enquanto Hall (1997) entende a violência simbólica através das representações culturais e como estas moldam identidades e relações de poder. No esporte a violência simbólica é uma forma de opressão que se manifesta por meio de discursos, práticas e representações que reforçam estereótipos, hierarquias e exclusões, muitas vezes de maneira sutil e naturalizada.
Braga et al. (2019) discutem a violência simbólica no esporte como uma forma de discriminação que marginaliza mulheres, pessoas com deficiência e LGBTQIA+. Eles destacam como a linguagem, as representações midiáticas e as práticas esportivas reforçam estereótipos de gênero e de capacidade, excluindo esses grupos de espaços de poder e reconhecimento. Para combatê-la, defendem a promoção de uma cultura esportiva mais inclusiva e a valorização de narrativas que contestem esses estereótipos.
Costa et al. (2022) abordam a violência simbólica no esporte a partir da análise de discursos midiáticos que reforçam a idealização de corpos e performances "perfeitas". Eles criticam a cobertura esportiva que exclui ou inferioriza atletas que não se encaixam nesses padrões, como mulheres, pessoas com deficiência ou atletas não brancos. Os autores defendem a diversificação das representações midiáticas e a conscientização sobre os impactos desses discursos na autoestima e na participação esportiva.
Mariante Neto et al. (2021) discutem a violência simbólica no esporte como uma barreira à participação de pessoas com deficiência, destacando como a falta de visibilidade e o tratamento desses atletas como "heróis" ou "exceções" reforçam a ideia de que o esporte é um espaço predominantemente para corpos "normativos". Eles defendem a normalização da participação de pessoas com deficiência e o reconhecimento de suas habilidades técnicas.
Jorand et al. (2019) analisam a violência simbólica no esporte a partir da perspectiva de gênero, destacando como as mulheres são frequentemente representadas como menos capazes ou menos importantes no esporte. Eles criticam a falta de investimento em modalidades femininas e a cobertura midiática que sexualiza as atletas em vez de valorizar suas conquistas esportivas. A solução proposta inclui políticas de equidade e a promoção de narrativas que valorizem o esporte feminino.
Barreira (2019) explora a violência simbólica no esporte como uma forma de perpetuar desigualdades raciais e sociais. O autor destaca como atletas negros são frequentemente estereotipados e como suas conquistas são atribuídas a "dons naturais" em vez de esforço e técnica. Ele defende a desconstrução desses estereótipos por meio da educação e da valorização da diversidade no esporte.
Arango (2018) discute a violência simbólica no esporte como uma forma de exclusão de populações marginalizadas, como indígenas e comunidades tradicionais. O autor critica a apropriação cultural de práticas esportivas desses grupos sem o devido reconhecimento de suas origens. Ele propõe a inclusão dessas comunidades nos processos de decisão e a valorização de seus conhecimentos e práticas esportivas.
Costa et al. (2016) abordam a violência simbólica no esporte escolar, destacando como a hierarquização de modalidades e a valorização excessiva do desempenho podem excluir alunos que não se encaixam nos padrões esperados. Eles defendem uma abordagem pedagógica mais inclusiva, que valorize a participação e o desenvolvimento integral dos estudantes.
Em relação a violência psicológica, é necessário destacar que, juntamente aos traumas psicológicos, têm efeitos duradouros em aspectos de autoestima, autoconfiança, ansiedade e depressão, resultando, em alguns casos na perda de interesse e o consequente abandono do esporte por parte do atleta (Silva et al., 2007; Scivoletto et al., 2014; Andrade et al., 2020). Os casos recentes de adoecimento mental da ginasta Simone Biles, do nadador Michael Phelps e dos surfistas Gabriel Medina e Filipe Toledo são ilustrativos e reveladores do tamanho dessa problemática.
Foram identificados como principais fatores contribuintes para este cenário: a) a pressão para vencer: A ênfase excessiva em resultados pode levar a comportamentos agressivos (Gould, e Damaris, 2018); b) a rivalidade: A competição intensa pode gerar tensão e conflitos; c) a falta de educação: a ausência de programas de educação e sensibilização pode contribuir para a violência (Silva et al., 2007) e; d) a uma cultura de violência: onde a normalização ou naturalização da violência na sociedade acaba por se refletir no ambiente esportivo (DaMatta, 2013).
Violência auto infligida
A violência auto infligida aparece como tema de 06 artigos neste estudo. Definida como "qualquer comportamento que cause dano físico ou emocional a si mesmo", manifesta-se através de autolesão física, abuso de substâncias e comportamento autodestrutivo (Linehan, 1993, p. 123). Pode ser entendida como um mecanismo de coping mal adaptativo, que visa aliviar a dor emocional ou a tensão. No Brasil sua prevalência entre toda população de adolescentes atinge a alarmantes 27,39%. (Nock, 2010)
Santos-Junior et al. (2020) investigaram comportamentos de perda de peso entre atletas de artes marciais mistas no Brasil e encontraram uma prevalência significativa de práticas como dietas restritivas e uso de laxantes. Essas práticas, embora visem melhorar o desempenho esportivo, podem ser consideradas formas de violência auto infligida, pois causam danos físicos e emocionais aos atletas.
Já Artioli et al. (2016) analisaram a distribuição epidemiológica da violência auto infligida em adolescentes e destacaram os perigos da perda rápida de peso em esportes de combate. Práticas como jejum e uso de diuréticos, comuns nesses esportes, são formas de violência auto infligida que podem levar a sérios problemas de saúde a longo prazo.
Nogueira et al. (2014) exploraram a prevalência do uso de esteroides anabolizantes entre fisiculturistas em João Pessoa, PB. O uso dessas substâncias, embora vise aumentar a massa muscular e melhorar o desempenho, é uma forma de violência auto infligida devido aos riscos à saúde associados, incluindo problemas cardiovasculares, hormonais e psicológicos.
De Almeida, e Rodrigues (2014) abordaram a política antidoping no Brasil e como a violência auto infligida pode se manifestar através do uso de substâncias proibidas para melhorar o desempenho esportivo. O doping, além de ser uma prática ilegal, pode causar danos físicos e psicológicos aos atletas, caracterizando-se como uma forma de violência auto infligida.
Enquanto Bomtempo (2016) discutiu o doping genético e a eugenia, explorando como essas práticas podem ser vistas como formas extremas de violência auto infligida. A busca por vantagens competitivas através de manipulação genética representa um risco significativo à saúde e à integridade dos atletas.
Por fim, Tralci Filho, e Dos Santos (2020) também contribuem para essa discussão ao examinar a interseção entre práticas esportivas e saúde mental, destacando a importância de políticas de proteção e suporte psicológico para prevenir comportamentos autodestrutivos no esporte. A conscientização e a implementação de políticas de proteção são essenciais para mitigar os riscos associados a essas práticas e promover um ambiente esportivo mais seguro e saudável para todos os atletas.
Enfrentamento à violência
Um achado relevante desta pesquisa foi o número expressivo de artigos científicos encontrados que são voltados ao enfrentamento a violência, discutindo principalmente estratégias de prevenção a violência, avaliação e implementação de projetos e ações sócio desportivas, avaliação de políticas públicas de fomento a prática esportiva a alunos e a atletas e para-atletas em todos os níveis de performance, como o “Bolsa Atleta” e o projeto “Segundo Tempo”. Apesar de não figurar entre as violências perpetradas e sofridas em ambientes esportivos, o escopo dessa pesquisa de revisão de literatura tinha também como objetivo compreender o que se sabe, por meio da ciência, sobre as violências nesse mesmo ambiente.
Incluir nesse estudo artigos científicos sobre enfrentamento a violência publicados nesta última década permitiu-nos perceber que o Esporte é um fenômeno capaz de contribuir, não somente para a saúde e entretenimento, mas na transformação social de seus praticantes e familiares, a partir de estratégias que envolvem a implementação e manutenção de projetos e ações que proporcionam acesso a crianças, jovens e adultos, com ou sem deficiência ou redução de mobilidade, a ações de cunho essencialmente esportivo, em níveis elementares e competitivos de altíssimo rendimento. A colaboração entre diferentes organizações, como o UNICEF, Luta pela Paz e Etapas, e o Instituto Rodrigo Mendes, é fundamental para o sucesso dessas iniciativas. Essas parcerias permitem a troca de conhecimentos e boas práticas, fortalecendo os esforços de prevenção e enfrentamento da violência no esporte. (UNESCO, 2017)
Silva, Borges, e Amaral (2015) exploram a intersecção entre esporte, lazer e sociologia pública, abordando como essas práticas podem influenciar a violência. Eles argumentam que a promoção de atividades esportivas e recreativas pode atuar como um fator protetor contra a violência, ao oferecer alternativas construtivas para os jovens e fortalecer o tecido social.
Muitos projetos pesquisados focam na educação e conscientização sobre a violência no esporte, promovendo campanhas e cursos para atletas, treinadores e gestores esportivos. Por exemplo, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) lançou o Curso de Prevenção e Enfrentamento do Assédio e Abuso no Esporte (PEAAE), que visa difundir a cultura de prevenção e enfrentamento dessas práticas. (Gould, e Damaris, 2018)
Alguns desses projetos são especificamente voltados para a inclusão de pessoas com deficiência e/ou redução de mobilidade e visam garantir que essas pessoas tenham acesso igualitário às atividades esportivas e sejam integradas ao ambiente social. (Organização Mundial da Saúde, 2018)
Percebe-se que há um esforço contínuo para criar ambientes esportivos seguros e inclusivos, onde todos possam participar sem medo de violência ou discriminação. Isso inclui a implementação de políticas de proteção e a promoção de uma cultura de respeito e igualdade. (Parekh, 2000)
Conclusões
Este estudo revelou a complexidade da violência no ambiente esportivo, que se manifesta de diversas formas, desde a violência física até a violência simbólica e estrutural. A violência estrutural, particularmente o racismo e o sexismo, é um problema persistente que afeta a igualdade de oportunidades e o reconhecimento de grupos minoritários no esporte.
Destaca-se nos resultados obtidos o expressivo número de artigos científicos que abordaram o esporte como meio de enfrentamento as questões de violência, evidenciando o conhecimento que já se tem acerca da relevância do esporte num contexto outro, que não somente o entretenimento e o lucro, mas a prevenção das violências.
Assim, é óbvio e aceito que a cultura de violência, presente em muitos ambientes esportivos, precisa ser repensada. A multiculturalidade no esporte é ameaçada por uma violência estrutural perpetuada por sistemas políticos e culturais, estruturas sociais muito bem estruturadas e estruturantes, pois continuam a estruturar (produzir) pessoas para manterem as estruturas exatamente como estão, impedindo transformações sociais importantes e necessárias a uma cultura de paz.
Também parece ser essencial promover o fair play (“jogo limpo”) desde as categorias de base no esporte. A implementação de programas de educação, o fortalecimento da gestão e a promoção de uma cultura de respeito são cruciais para o enfrentamento da violência no esporte. O esporte tem o potencial de promover a saúde, o bem-estar e a transformação social, mas é fundamental que se criem ambientes seguros e inclusivos onde todos possam participar sem medo de violência ou discriminação. A implementação de políticas de proteção e o fomento de uma cultura de respeito e igualdade são fundamentais para que o esporte cumpra seu papel na sociedade de promoção a saúde, lazer e entretenimento.
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