Lecturas: Educación Física y Deportes | http://www.efdeportes.com

ISSN 1514-3465

 

A Psicomotricidade na Educação Infantil:

percepções de professores de Educação Física

Psychomotricity in Early Childhood Education: Perceptions of Physical Education Teachers

La Psicomotricidad en Educación Inicial: percepciones del profesorado de Educación Física

 

Josival Caetano da Silva Filho*

http://lattes.cnpq.br/4295074272300391

josival.caetano@upe.br

Igor Augusto Marques Vieira*

http://lattes.cnpq.br/3967245056579255

igor.marques@upe.br

Ana Patricia Falção*

http://lattes.cnpq.br/7408055813732416

ana.falcao@upe.br

Walmir Romário dos Santos

http://lattes.cnpq.br/0785790911779501

walmir@alumni.usp.br

Wlaldemir Roberto dos Santos**

http://lattes.cnpq.br/2623905128469403

wlaldemir.santos@upe.br

Marlene Salvina Fernandes da Costa*

http://lattes.cnpq.br/1022170712566206

marlene.costa@upe.br

 

*Escola Superior de Educação Física

Universidade de Pernambuco (UPE), Recife

**Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto

Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Preto, SP

(Brasil)

 

Recepción: 05/02/2025 - Aceptación: 01/07/2025

1ª Revisión: 17/04/2025 - 2ª Revisión: 27/06/2025

 

Level A conformance,
            W3C WAI Web Content Accessibility Guidelines 2.0
Documento acessível. Lei N° 26.653. WCAG 2.0

 

Creative Commons

Este trabalho está sob uma licença Creative Commons

Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0)

https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt

Cita sugerida: Silva Filho, J.C. da, Vieira, I.A.M., Falcão, A.P., Santos, Walmir R. dos, Santos, Wlaldemir R. dos, e Costa, M.S.F. da (2025). A Psicomotricidade na educação infantil: percepções de professores de Educação Física. Lecturas: Educación Física y Deportes, 30(327), 2-17. https://doi.org/10.46642/efd.v30i327.8124

 

Resumo

    A psicomotricidade é um campo transdisciplinar que investiga as interações entre motricidade e psiquismo, integrando aspectos emocionais, cognitivos e motores ao longo do desenvolvimento humano. Sua inserção na Educação Física escolar, especialmente na educação infantil, é fundamental para promover uma abordagem integrada do desenvolvimento, estimulando a expressão, a ação intencional e a construção do pensamento. Sua presença na Educação Física escolar, especialmente na educação infantil, revela-se essencial para promover a integração entre corpo e mente, favorecendo a expressão, o agir e a construção do pensamento. Este estudo teve como objetivo compreender como professores de Educação Física percebem a contribuição da psicomotricidade no processo de ensino-aprendizagem na educação infantil. A pesquisa, de natureza qualitativa, foi realizada com quatro docentes de municípios de Pernambuco, sendo dois da rede pública e dois da rede privada. As entrevistas foram conduzidas a partir de perguntas norteadoras que abordaram a formação profissional, a aplicação da psicomotricidade em aula, suas metodologias e os efeitos do não desenvolvimento psicomotor na infância. Os resultados evidenciaram que, embora os docentes reconheçam a importância da psicomotricidade na Educação Física escolar, suas falas revelam compreensões heterogêneas e, por vezes, pouco alinhadas a critérios metodológicos de aplicação. Conclui-se que, apesar do reconhecimento teórico da relevância da psicomotricidade, ainda há lacunas na prática pedagógica que demandam formação continuada e maior clareza na construção de propostas metodológicas contextualizadas.

    Unitermos: Educação Física. Escola. Psicomotricidade. Educação Infantil.

 

Abstract

    Psychomotor skills are a transdisciplinary field that investigates the interactions between motor skills and the psyche, integrating emotional, cognitive, and motor aspects throughout human development. Their inclusion in school physical education, especially in early childhood education, is fundamental to promoting an integrated approach to development, stimulating expression, intentional action, and the construction of thought. Its presence in school physical education, especially in early childhood education, is essential for promoting integration between body and mind, favoring expression, action, and the construction of thought. This study aimed to understand how physical education teachers perceive the contribution of psychomotricity in the teaching-learning process in early childhood education. The qualitative research was conducted with four teachers from municipalities in Pernambuco, two from the public school system and two from the private school system. The interviews were conducted based on guiding questions that addressed professional training, the application of psychomotor skills in the classroom, their methodologies, and the effects of non-psychomotor development in childhood. The results showed that, although teachers recognize the importance of psychomotor skills in school physical education, their statements reveal heterogeneous understandings that are sometimes poorly aligned with methodological criteria for application. It was concluded that, despite theoretical recognition of the relevance of psychomotor skills, there are still gaps in pedagogical practice that require continuing education and greater clarity in the construction of contextualized methodological proposals.

    Keywords: Physical Education. School. Psychomotricity. Early Childhood Education.

 

Resumen

    La psicomotricidad es un campo transdisciplinario que investiga las interacciones entre las habilidades motoras y la psique, integrando aspectos emocionales, cognitivos y motores a lo largo del desarrollo humano. Su inclusión en la Educación Física escolar, especialmente en la Educación Inicial, es esencial para promover un enfoque integral del desarrollo, estimulando la expresión, la acción intencional y la construcción del pensamiento. Su presencia en la Educación Física escolar, especialmente en la Educación Inicial, resulta esencial para promover la integración entre cuerpo y mente, fomentando la expresión, la acción y la construcción del pensamiento. Este estudio tuvo como objetivo comprender cómo los docentes de Educación Física perciben la contribución de la psicomotricidad al proceso de enseñanza-aprendizaje en la Educación Inicial. La investigación cualitativa se realizó con cuatro docentes de municipios de Pernambuco, dos del sistema escolar público y dos del sistema escolar privado. Las entrevistas se realizaron en base a preguntas orientadoras que abordaron la formación profesional, la aplicación de la psicomotricidad en el aula, sus metodologías y los efectos del desarrollo psicomotor en la infancia. Los resultados mostraron que, si bien el profesorado reconoce la importancia de la psicomotricidad en la Educación Física escolar, sus afirmaciones revelan una comprensión heterogénea y, en ocasiones, una escasa adecuación a los criterios metodológicos de aplicación. La conclusión es que, a pesar del reconocimiento teórico de la relevancia de la psicomotricidad, aún existen lagunas en la práctica pedagógica que requieren formación continua y mayor claridad en el desarrollo de propuestas metodológicas contextualizadas.

    Palabras clave: Educación Física. Escuela. Psicomotricidad. Educación Inicial.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 30, Núm. 327, Ago. (2025)


 

Introdução 

 

    A integração dos aspectos emocionais, cognitivos e motores ao longo das diferentes fases da vida é um princípio central da psicomotricidade, que valoriza a interação entre corpo e mente como base para decisões conscientes e para o processo de aprendizagem. (Santos et al., 2009; Le Boulch, 1984)

 

    Nesse contexto, a psicomotricidade é definida como a ciência que estuda o movimento humano em sua relação com o ambiente, levando em conta as interações sociais e culturais. Essa abordagem se destaca como uma ferramenta relevante para prevenir dificuldades na aprendizagem e favorecer o desenvolvimento motor, cognitivo e emocional das crianças. (Fonseca, 1985; Molinari, e Sens, 2003; Lussac, 2008)

 

    A prática psicomotora, especialmente em ambientes escolares, é essencial para o desenvolvimento integral da criança, pois utiliza o movimento como linguagem inicial para expressar e compreender o mundo ao seu redor (Vieceli, e Benker, 2020; Barbosa, e Assunção, 2020; Zanotto, 2021). A educação psicomotora proporciona às crianças oportunidades de desenvolver habilidades motoras, controle emocional e consciência corporal, além de facilitar a aquisição de conceitos espaciais, temporais e sociais fundamentais para sua formação. (Costa, 2019; Lima et al., 2024)

 

    Le Boulch (1984) enfatiza a importância de incluir a psicomotricidade nas séries iniciais da escola, um ambiente propício para o desenvolvimento da educação psicomotora. Isso ocorre com o intuito de facilitar a preparação para a educação pré-escolar e escolar, permitindo que a criança adquira consciência do seu corpo, compreenda a lateralidade, se posicione no espaço, domine o tempo e as reações do movimento, além de adquirir habilidades na coordenação de gestos e movimentos, ao mesmo tempo em que desenvolve sua inteligência. (Le Boulch, 1984)

 

    A principal área de atuação da psicomotricidade é o ambiente escolar, com ênfase na educação psicomotora voltada especialmente para crianças na segunda infância. Seu foco está no acompanhamento e no estímulo ao desenvolvimento motor (Lima, e Alves, 2022). O professor de Educação Física, nesse contexto, desempenha um papel fundamental ao observar as manifestações psicomotoras das crianças durante as atividades corporais, promovendo o estimulo das capacidades motoras básicas, sensoriais e perceptivas. Assim contribui para um desenvolvimento amplo, funcional e prazeroso dos movimentos infantis, respeitando o ritmo e as particularidades de cada criança. (Rossi, 2012; Lordani, 2020)

 

    Dessa forma, a psicomotricidade contribui para a compreensão da complexidade das ações humanas, ao integrar aspectos motores, afetivos e cognitivos. Já a Educação Física assume uma abordagem ampliada, reconhecendo o ser humano não apenas como um organismo biológico, mas também como sujeito histórico, cultural e social (Souza et al., 2021). Essa perspectiva favorece a conscientização corporal por meio do movimento, promovendo uma vivência mais integrada do corpo na aprendizagem. (Alencar et al., 2023)

 

    No Brasil, a psicomotricidade tem conquistado espaço nas aulas de Educação Física, promovendo a articulação entre aspectos motores e psíquicos no processo de ensino. O professor de Educação Física desempenha um papel mediador, utilizando abordagens psicomotoras para identificar e corrigir desvios no desenvolvimento motor e estimular a interação social das crianças (Alencar et al., 2023; Rossi, 2012). Essa prática favorece não apenas o aprimoramento motor, mas também o desenvolvimento cognitivo e emocional, ampliando a compreensão da criança sobre si mesma e seu ambiente.

 

    O trabalho com a educação psicomotora na infância deve estabelecer uma base sólida para o desenvolvimento motor, emocional e psicológico da criança, oferecendo experiências que, por meio de jogos e atividades lúdicas, favoreçam a consciência corporal (Mello, 1989; Costa, 2019; Jumbo, 2021). A Educação Física, nesse contexto, contribui para o aprimoramento das habilidades motoras, o controle mental da expressão corporal e o desenvolvimento integral da criança, respeitando suas particularidades e ritmos individuais. (Costa, 2019)

 

    Como estratégia de ensino-aprendizagem, a psicomotricidade contribui não apenas para o desenvolvimento físico e motor, mas também para o fortalecimento da saúde mental (Vieceli, e Benker, 2020). Nesse sentido, a Educação Física voltada à infância deve valorizar a relação da criança com seu próprio corpo por meio do movimento, respeitando as particularidades de cada faixa etária e estágio de desenvolvimento. Essa perspectiva configura uma abordagem psicomotora que integra corpo, mente e afetividade no contexto educacional. (Costa, 2019; Vieceli, e Benker, 2020)

 

    Nesse contexto, a inclusão da psicomotricidade na educação física, especialmente na educação infantil, proporciona ao professor um leque de possibilidades para explorar a linguagem corporal dos alunos, estimulando-os a descobrir o mundo ao seu redor e a si mesmos. (Alencar et al., 2023)

 

    A psicomotricidade, quando combinada com estratégias lúdicas, desempenha um papel fundamental no desenvolvimento das crianças, com respaldo científico, pois está integrada ao processo educacional. Essa integração é essencial para o avanço intelectual e motor das crianças, oferecendo diversas abordagens para estimular áreas psicomotoras específicas. A utilização de jogos e brincadeiras é reconhecida como uma ferramenta eficaz para aprimorar a compreensão e a organização do aprendizado, auxiliando as crianças a desenvolver suas noções espaciais e corporais, contribuindo significativamente para o desenvolvimento cognitivo e motor. (Mello, 1989; Vieceli, e Benker, 2020)

 

    Este estudo teve como objetivo compreender as percepções de professores de Educação Física sobre a psicomotricidade e sua contribuição para o processo de ensino-aprendizagem na educação infantil, considerando como essa abordagem é integrada às práticas pedagógicas e quais sentidos são atribuídos ao seu uso no cotidiano escolar.

 

Métodos 

 

Tipo de estudo 

 

    Segundo Thomas, Nelson, e Silverman (2009), as pesquisas qualitativas caracterizam-se pela interpretação dos dados a partir da perspectiva do pesquisador, valorizando as percepções e significados atribuídos pelos participantes. Esse tipo de abordagem permite uma análise mais aprofundada da temática investigada, favorecendo a compreensão detalhada dos fenômenos em seus contextos naturais. Assim, trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória-descritiva.

 

    A pesquisa foi conduzida com quatro professores de Educação Física, de municípios da Região Metropolitana do Recife, Pernambuco. A seleção da amostra foi não probabilística, por conveniência e adesão. Os participantes foram contatados inicialmente por meio dos gestores escolares, que autorizaram a realização do estudo. Todos eram profissionais formalmente contratados pelas instituições de ensino e atuavam presencialmente com aulas de Educação Física nos segmentos da pré-escola (crianças de 4 a 5 anos) e dos anos iniciais do ensino fundamental.

 

    Optou-se por esse recorte específico da Educação Infantil, em consonância com a organização por faixas etárias prevista na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), conforme a Resolução CNE/CP nº 2, de 22 de dezembro de 2017 (Brasil, 2017), que define a pré-escola como etapa posterior à creche e ao berçário, exigindo propostas pedagógicas voltadas ao desenvolvimento integral por meio de experiências corporais lúdicas e intencionais. Ressalta-se que, por se tratar de uma realidade altamente particular, a inclusão de profissionais não atuantes diretamente nesse microcampo poderia comprometer a profundidade e a coerência da análise.

 

    Foram excluídos da amostra professores que lecionavam em caráter polivalente, sem formação específica em Educação Física, bem como aqueles que não responderam integralmente à entrevista.

 

    A pesquisa respeitou os pressupostos e obedeceu aos preceitos éticos da Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) (Brasil, 2013), submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa - CEP da Universidade de Pernambuco e foi devidamente aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) sob o número CAAE: 68150523.0.0000.5192, número parecer: 6.002.664.

 

Instrumentos da pesquisa 

 

    Por se tratar de um estudo qualitativo, a coleta de dados sobre as posições dos professores foi realizada por meio de uma entrevista semiestruturada com os professores de Educação Física da rede pública e privada de ensino. A entrevista foi composta por questões, que serviram como roteiro para orientar a conversa e permitir a obtenção de informações sobre concepções, ideias e opiniões sobre o tema. (Fraser, e Gondim, 2004): 1) formação profissional e os dados sociodemograficos; 2) metodologia contextualizada (psicomotricidade), assim distribuída em perguntas norteadoras: 1) Você trabalha com a psicomotricidade nas suas aulas? 2) Em sua opinião como pode ser trabalhada a psicomotricidade nas aulas de educação física? 3) Na sua opinião, quais são as possíveis consequências para a criança que não vivencia adequadamente o desenvolvimento psicomotor na educação infantil? 4) Qual o papel do professor de educação física nesse desenvolvimento da educação psicomotora?

 

Procedimentos de coleta de dados 

 

    A coleta de dados foi iniciada com um primeiro contato telefônico com as escolas, para agendamento de visita junto à equipe gestora. Na visita presencial, os diretores e coordenadores foram apresentados ao projeto e aos objetivos da pesquisa, sendo detalhados os procedimentos de entrevista com os professores, com o intuito de obter a autorização formal para a realização do estudo.

 

    No segundo encontro, com a devida autorização e encaminhamento do gestor da escola, foi realizada a entrevista com os professores, onde os mesmos receberam todas as informações da pesquisa, e com o de acordo em participar da entrevista, receberam o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), que foi devidamente assinado, sendo a entrevista iniciada, de forma reservada, que foi gravada para posterior análise das informações.

 

Análise dos dados 

 

    Os dados obtidos pelas entrevistas gravadas em áudio foram analisados com base na Interpretação Qualitativa de Dados que constará de uma sequência: ordenação dos dados; classificação e análise dos dados finais (Fraser, e Gondim, 2004). Após as leituras flutuantes e releituras será possível compreender as duas categorias das perguntas relacionadas a 1) formação profissional e 2) psicomotricidade.

 

Resultados e discussão 

 

A Psicomotricidade nas aulas de Educação Física 

 

    A psicomotricidade tem ganhado crescente importância nas aulas de Educação Física no Brasil, com o objetivo de promover o desenvolvimento emocional, cognitivo e motor das crianças, evitando a separação entre corpo e mente. Isso permite que as crianças desenvolvam gradualmente a consciência de seus corpos, bem como amadureçam em aspectos mentais, psicológicos, sociais e culturais (Aquino et al., 2012; Lussac, 2008). Segundo os resultados deste estudo, os professores relataram de forma unânime que incorporam a psicomotricidade em suas aulas de Educação Física, reconhecendo a contribuição significativa e a perspectiva epistemológica que essa metodologia oferece para o desenvolvimento corporal, considerando a tríade: corpo-mente-espírito. (Souza et al., 2021; Lima, e Alves, 2022)

 

    Essa visão se alinha com o entendimento de Aquino (2012), que enfatiza que na infância, a afetividade e a formação da personalidade estão intimamente relacionadas à psicomotricidade. Muitas atividades permitem que as crianças criem e interpretem o mundo ao seu redor. Portanto, o ensino deve ser conduzido por meio de atividades lúdicas, jogos e tarefas que promovam o desenvolvimento motor e facilitem uma aprendizagem dinâmica e eficaz. Dessa forma, torna-se uma estratégia robusta para proporcionar um ajuste à criança inadaptada, dando-lhe condições de vivenciar plenamente o período escolar. (Alencar et al., 2023; Lussac, 2004)

 

Como trabalhar a Psicomotricidade nas aulas de Educação Física 

 

    A psicomotricidade é uma ferramenta amplamente utilizada na educação física infantil, com o propósito de contribuir para o desenvolvimento da criança em seus aspectos motores, cognitivos e socioafetivos (Lordani, 2020). Quando incorporada ao ambiente escolar, as atividades psicomotoras desempenham um papel crucial no processo de aprendizagem, permitindo o desenvolvimento satisfatório de elementos psicomotores. Entre as funções motoras e psíquicas que podem ser enfatizadas, destacam-se a coordenação motora ampla, coordenação motora fina, lateralidade, equilíbrio, estruturação espacial, orientação temporal, ritmo e esquema corporal. (Vieceli, e Benker, 2020)

 

    É amplamente reconhecido que a psicomotricidade desempenha um papel essencial na promoção da aprendizagem de crianças em idade escolar. Isso envolve a prevenção de problemas relacionados a dificuldades acadêmicas, como questões afetivas, leitura, escrita, matemática, atenção, níveis de alerta, lateralidade, dominância lateral, funções cognitivas, socialização e trabalho em grupo. (Negreiros et al., 2018; Vieceli, e Benker, 2020)

 

    Portanto, o trabalho com a psicomotricidade nas aulas de educação física inclui estratégias que auxiliam os alunos a aprimorar suas habilidades motoras, cognitivas e emocionais. Na prática, essas estratégias podem incluir atividades lúdicas e desafiadoras, jogos que envolvem movimentos corporais, coordenação motora e equilíbrio, bem como estratégias cognitivas. (Mello, 1989)

 

    Com base na experiência dos professores em sala de aula, essas estratégias estão intimamente alinhadas com as aulas diárias. Isso fica evidente nos relatos dos professores, nos quais descrevem como essas estratégias são aplicadas:

 

    Professor 1 - “[...] a psicomotricidade pode ser trabalhada nas aulas de educação física, através de oficinas, circuitos, por meio de atividades lúdicas, respeitando as dificuldades e necessidades de cada um.”

 

    Professor 2 - Buscando compreender o que se faz mais adequado a cada fase/conceitos, e daí criar e recriar formas de intervenção e verificação de assimilação dos alunos aguçando seu interesse. Algo que ele se aproprie, e que se sintam parte do movimento.”

 

    Professor 3 - “[...] Com atividades lúdicas, sendo elas jogos e brincadeiras.”

 

    Professor 4 - “Em todos os conteúdos, quer dizer quase todos, jogos lúdicos, esportes entre outros, com a finidade do movimento corporal buscando também o trabalho cognitivo da criança ou adolescente.”

 

    A partir dos discursos dos professores, percebe-se a importância da ludicidade e da psicomotricidade no desenvolvimento integral dos alunos no ambiente escolar, perpetuando conhecimentos em diferentes fases e atendendo às suas necessidades. A utilização de abordagens ativas, que rompem com o tradicionalismo da sala de aula, como oficinas, jogos e brincadeiras, apresenta-se como uma rica ferramenta para o desenvolvimento das habilidades motoras e cognitivas, de forma envolvente e inclusiva.

 

    Portanto, as atividades devem ir além do aspecto motor, permitindo uma visão holística do processo de ensino-aprendizagem, utilizando o movimento corporal como ponto de partida para o desenvolvimento integral da criança e do adolescente.

 

    Dessa forma, evidencia-se que a psicomotricidade exerce impacto positivo no desenvolvimento cognitivo e na construção do conhecimento dos alunos. Os relatos dos professores reforçam essa perspectiva ao destacarem a importância de integrar atividades psicomotoras às aulas de Educação Física por meio de propostas lúdicas, como jogos e brincadeiras. Essas estratégias, além de despertarem o interesse das crianças, favorecem a aprendizagem de maneira significativa e contextualizada, mostrando-se eficazes na prática pedagógica.

 

    Como exemplo prático de como trabalhar a psicomotricidade de forma coletiva ou individual, pesquisadores (Benetti et al., 2018) destacam que, por meio de brincadeiras, jogos, canções e atividades que envolvem recorte e colagem, pintura, desenhos, pontilhados, etc., são estratégias didáticas que podem ser inseridas nas aulas, levando em consideração a faixa etária, a necessidade e as limitações de cada turma.

 

Efeitos do desenvolvimento psicomotor na infância 

 

    A psicomotricidade, associada às estratégias lúdicas de ensino-aprendizagem motoras na infância, indiscutivelmente e cientificamente comprovada, promove o desenvolvimento intelectual e motor das crianças. Através das diferentes formas de trabalho, estimula a área psicomotora global e específica da criança. (Vieceli, e Benker, 2020; Lima, e Alves, 2022)

 

    Adicionalmente, seu papel de estimular e enriquecer os movimentos e a percepção corporal nas crianças favorece condições para o desenvolvimento das noções espaciais, temporais e corporais. A utilização de jogos e brincadeiras torna-se fundamental na educação básica, possibilitando a compreensão e organização do pensamento. (Vieceli, e Benker, 2020)

 

    O Professor 1 destaca: “Acredito que toda criança deve passar pelo desenvolvimento psicomotor, pois quando não passa por esse processo de psicomotricidade pode não aperfeiçoar e nem desenvolver os movimentos corretamente”.

 

    O professor 2 e 3 concordam em seus discursos, o professor 2 diz que: “[...] em parte, nossa juventude atual já é em parte reflexo disso; professor 3: [...] maiores índices de obesidade infantil e comorbidades associadas, maior introspecção e isolamento social, dificuldade lidar e solucionar frustações, que por sua vez os tornam mais propensos a distúrbios psíquicos ou frágeis de convívio, a nível físico me preocupa muito a estagnação do corpo, encurtamentos e baixa tonicidade muscular.

 

    Para o Professor 4: “Pode acontecer déficit de alguns movimentos corporais ou até cognitivos para as crianças, com isso acarretando até para sua vida adulta se não haver essa pratica...”

    Observou-se, a partir de tais posições, que a ausência de desenvolvimento na infância ocasionará comprometimentos no repertório motor de crianças e adolescentes. Nesse contexto, segundo os entrevistados, o professor 4 relata que as crianças terão impacto direto em seu processo de crescimento. A inatividade física tem sido amplamente associada à ocorrência de sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes, especialmente em consequência de mudanças no estilo de vida que incluem sedentarismo e consumo excessivo de calorias (Mello, Luft, e Meyer, 2004), cenário que pode elevar os riscos de distúrbios metabólicos, isolamento social e baixa autoestima.

 

    Segundo Lima et al. (2024), por meio dos gestos motores realizados pelas crianças nos anos iniciais, é possível perceber a necessidade de descobrirem a si mesmas e de construírem relações com o outro. Esse processo envolve o reconhecimento de seus próprios limites e o respeito à individualidade, entendendo que nenhuma criança é igual à outra. As atividades em grupo, aliadas à valorização da singularidade, favorecem a interação social e estimulam o desenvolvimento socioafetivo, um dos principais efeitos positivos do desenvolvimento psicomotor na infância.

 

    A ausência de práticas psicomotoras poderá acarretar consequências para crianças e jovens que se estenderão ao longo da vida, afetando não apenas os aspectos físicos, mas também as dimensões psicológica e social, corroborando os posicionamentos dos professores. (Lima, e Alves, 2022)

 

    Nessa perspectiva, a aprendizagem infantil não se limita à imitação, mas é potencializada pela mediação intencional do professor, que propõe experiências lúdicas e criativas em um ambiente acolhedor e integrador. Ao favorecer a liberdade de expressão e a exploração do corpo em movimento, o educador contribui para o desenvolvimento da imaginação, da autonomia e da percepção corporal da criança. (Vygotski, 1991)

 

O papel do professor de Educação Física no desenvolvimento da educação psicomotora 

 

    O papel do professor de educação física no desenvolvimento da educação psicomotora é fundamental para promover o desenvolvimento global e saudável das crianças. A educação psicomotora concentra-se na integração entre os aspectos cognitivos, motores e emocionais, auxiliando as crianças a desenvolver habilidades motoras, representação e coordenação, ao mesmo tempo em que estimula a cognição e a socialização. (Oliveira, 2002; Barbosa, e Assunção, 2020)

 

    Enquanto mediador do processo educativo, o professor, ao utilizar variações de atividades e estratégias lúdicas, estimula simultaneamente o desenvolvimento motor e cognitivo das crianças. Esse trabalho contribui para aprimorar a coordenação, o equilíbrio, a percepção corporal e espacial, além de favorecer o desenvolvimento de capacidades como força e agilidade. Paralelamente, são estimuladas habilidades de resolução de problemas e tomada de decisões, evidenciando a importância da atuação docente em uma fase crucial do desenvolvimento infantil: a descoberta do corpo por meio do movimento. (Zanotto, 2021; Oliveira, 2002; Lussac, 2008)

 

    É possível identificar, nas falas dos Professores 1 e 2, o reconhecimento da importância do educador físico no desenvolvimento psicomotor das crianças. O Professor 1 destaca:

    “[...] o profissional de Educação Física é essencial no processo psicomotor. É ele que desperta o interesse das crianças pela atividade física e passa toda a dinâmica de ensinamentos.”

    Já o Professor 2 enfatiza a necessidade de promover experiências significativas, desafiadoras e reflexivas:

    “[...] propiciar vivências, sendo elas desafiadoras, cada vez mais desafiadoras [...] vivemos num mundo onde se busca cada vez mais a praticidade, o menor esforço e numa frenética corrida contra o tempo, estimular os alunos, cativá-los, torná-los ativos e coparticipativos em suas práxis, levando conhecimento e compreensão do que, por quê e para quê de estarem passando pelas atividades, respeitando suas capacidades, habilidades e limitações, fazê-los se perceber num todo, por meio do lúdico e do analítico; estimular e possibilitar através do acervo psicomotor, sendo facilitador do conhecimento e juntos construir.”

    Essas falas revelam não apenas a valorização da atuação docente, mas também uma compreensão sensível e crítica do contexto contemporâneo da Educação Física na infância.

 

    Nota-se que o profissional de educação física desempenha um papel essencial no processo psicomotor das crianças, auxiliando no desenvolvimento do conhecimento específico e de habilidade motoras, cognitivas e emocionais (Oliveira, 2002). Estratégias metodológicas como a psicomotricidade, permite ao professor, criar diferentes abordagens e atividades adaptadas para as diferentes faixas etárias, contemplando e promovendo o desenvolvimento psicomotor saudável, além de buscar estímulos pelo movimento fluido. (Zanotto, 2021; Vieceli, e Benker, 2020; Lussac, 2004)

 

    De acordo com Barros, e Barros (1972), os movimentos são reconhecidos na educação física como movimentos naturais e espontâneos da criança, baseando-se nos diversos estágios do desenvolvimento psicomotor e assumindo características qualitativas e quantitativas diversas.

Os Professores 3 e 4 concordam em seus discursos quando relatam:

    “[...] oferecer experiências que possa promover desenvolvimento do aluno, habilidades motoras e trabalhar seus aspectos físicos e cognitivo”; “Desenvolver a melhora nos aspectos integral do aluno para que ele desenvolva de forma integral e com isso benefícios para sua saúde corporal e mental, com práticas dinâmicas e lúdicas para uma boa assimilação dos alunos”.

    Os entrevistados destacam o profissional de Educação Física como fundamental na construção psicomotora de crianças e adolescentes, sendo responsável pela elaboração de ambientes desafiadores e envolventes que respeitem as capacidades e limitações dos alunos. A utilização de abordagens ativas é considerada essencial.

 

    As aulas devem ser construídas com base em desafios que desenvolvam habilidades motoras e a cognição dos alunos, sem reduzir o processo de ensino às abordagens tecnicistas que muitas vezes nortearam a Educação Física escolar.

 

    De acordo com Fonseca (1995), a educação psicomotora é uma ferramenta valiosa utilizada por educadores para facilitar o processo de ensino-aprendizagem. Sua aplicação visa não apenas estimular, mas também identificar e prevenir possíveis dificuldades que os alunos possam apresentar ao longo de sua trajetória escolar. Trata-se de um recurso essencial para promover o equilíbrio entre as funções motoras, cognitivas e socioafetivas, contribuindo de forma significativa para o desenvolvimento global da criança.

 

    Diante disso, reforça-se a urgência de investir em formação continuada que capacite os professores a desenvolverem propostas pedagógicas inovadoras e contextualizadas, capazes de responder às demandas específicas da infância. Futuras pesquisas devem aprofundar a compreensão sobre os desafios enfrentados em sala de aula e avaliar estratégias efetivas para superar essas barreiras, garantindo uma prática educativa mais qualificada e alinhada às necessidades do desenvolvimento psicomotor infantil.

 

    Percebe-se claramente a importância da psicomotricidade e da atuação do professor de Educação Física como elementos essenciais na promoção do desenvolvimento infantil. Por meio de propostas lúdicas e intencionais, voltadas à consciência corporal e ao movimento, o educador contribui para a formação de sujeitos mais autônomos, organizados e integrados em suas funções motoras, cognitivas e afetivas. (Sandri, 2010; Vieceli, e Benker, 2020)

 

    As vivências na infância, quando mediadas com intencionalidade psicomotora, tornam-se base estruturante para o desenvolvimento funcional equilibrado ao longo da vida. Dessa forma, a Educação Física escolar reafirma seu papel como componente indispensável na educação infantil, sendo a psicomotricidade um de seus principais alicerces.

 

    Assim, fica evidente a importância da psicomotricidade e da atuação do professor de Educação Física como pilares no desenvolvimento integral da criança. Por meio de práticas lúdicas e intencionais, focadas na consciência corporal e no movimento, o educador favorece a formação de sujeitos mais autônomos, organizados e integrados em suas funções motoras, cognitivas e afetivas (Sandri, 2010; Vieceli, e Benker, 2020). Contudo, ainda persistem lacunas significativas na prática pedagógica, especialmente no que tange à necessidade de formação continuada dos professores e à construção de propostas metodológicas mais claras, contextualizadas e alinhadas à realidade dos estudantes.

 

Conclusões 

 

    Conclui-se que a psicomotricidade representa uma estratégia pedagógica essencial na Educação Física escolar, especialmente na educação infantil. Ao articular movimento, cognição e afetividade, ela favorece não apenas o desenvolvimento motor, mas também contribui para a formação de habilidades sociais, emocionais e cognitivas fundamentais nessa etapa da vida. Os relatos dos professores evidenciaram a relevância de práticas lúdicas intencionais, como jogos e brincadeiras, que promovem o autoconhecimento corporal e estimulam o aprendizado de forma prazerosa e significativa. Nesse cenário, o professor de Educação Física emerge como um mediador indispensável, capaz de identificar dificuldades, propor intervenções e contribuir para o desenvolvimento integral da criança.

 

    Portanto, é necessário que a psicomotricidade seja compreendida como um recurso pedagógico estruturante, inserido de forma planejada e consciente nas aulas de Educação Física. Sua aplicação qualificada pode proporcionar experiências marcantes para a criança, influenciando diretamente sua autonomia, organização e integração corporal. Tais vivências, construídas ainda na infância, colaboram para um percurso mais equilibrado ao longo da vida escolar e social, reafirmando o valor da psicomotricidade como base do desenvolvimento humano.

 

Referências 

 

Alencar, E.F., Barbosa, L.N. de O., Araújo, L.P.M., e Silva, A.L.P. da (2023). A importância da psicomotricidade nas aulas de Educação Física na educação infantil. Brazilian Applied Science Review, 7(1), 382-396. https://doi.org/10.34115/basrv7n1-018

 

Aquino, M.F.S., Browne, R.A.V., Sales, M.M., e Dantas, R.A.E. (2012). A psicomotricidade como ferramenta da educação física na educação infantil. Revista Brasileira de Futsal e Futebol, 4(14), 245-257. https://doi.org/10.13140/2.1.1947.4723

 

Barbosa, N.S., e Assunção, J.R. (2020). Educação Física e psicomotricidade: Fatores associados ao desenvolvimento cognitivo infantil. Diálogos e Perspectivas Interventivas, 1, e9984. https://doi.org/10.52579/diapi.vol1.i.a9984

 

Barros, D.R., e Barros, D. (1972). Educação física na escola primária (4ª ed.). Editora José Olympio.

 

Benetti, I.C., Barros, P.H.P. de, Wilhelm, F.A., Deon, A.P. da R., e Roberti Junior, J.P. (2018). Psicomotricidade e desenvolvimento: concepções e vivências de professores da educação infantil na Amazônia setentrional. Estudos e pesquisas em Psicologia, 18(2), 588-607. https://doi.org/10.12957/epp.2018.38814

 

Brasil (2017). Base Nacional Comum Curricular. MEC/SEB. https://basenacionalcomum.mec.gov.br.

 

Brasil. Ministério da Saúde (2012). Conselho Nacional de Saúde. Resolução n.º 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Diário Oficial da União. https://www.gov.br/conselho-nacional-de-saude/pt-br/atos-normativos/resolucoes/2012/resolucao-no-466.pdf/view

 

Costa, M.C.M. Q. de (2019). Educação Física e psicomotricidade. Revista Saberes & Práticas, (1), 133-144. https://periodicos.uea.edu.br/index.php/rsp/article/view/1314

 

Fonseca, V.D. (1985). Psicomotricidade (2ª ed.). Martins Fontes Editora.

 

Fonseca, V. (1995). Manual de observação psicomotora: Significação psiconeurológica dos fatores. Artmed Editora.

 

Fraser, M.T.D., e Gondim, S.M.G. (2004). Da fala do outro ao texto negociado: discussões sobre a entrevista na pesquisa qualitativa. Paidéia (Ribeirão Preto), 14, 139-152. https://doi.org/10.1590/S0103-863X2004000200004

 

Jumbo Salazar, F.F. (2021). Eficácia dos instrumentos de avaliação do desenvolvimento psicomotor. Revista de Ciências: Revista de Pesquisa e Inovação, 5(8). https://revistas.utb.edu.ec/index.php/magazine/article/view/971

 

Le Boulch, J. (1984). A educação pelo movimento: A psicocinética na idade escolar. Editorial Artes Médicas.

 

Lima, L.A.P., e Alves Caribé da Cunha, A. (2022). A relevância da psicomotricidade nas aulas de educação física na educação infantil. RENEF, 5(5), 156-166. https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/renef/article/view/5217

 

Lima, RS, Guimarães, TC, Oliveira Guimarães, LS, Ferreira, CR, Oliveira Rocha, VL, Cardoso, RDSP, Magalhães, DA, Ferreira, DSA, Martins, RS, Delorence, F., Alves, MSS, e Nobre, LPR (2024). A psicomotricidade no processo de aprendizagem na educação infantil. Revista Foco, 17(5), e5222-e5222. https://doi.org/10.54751/revistafoco.v17n5-157

 

Lordani, S.F.S. (2020). Psicomotricidade na Educação Infantil: uma proposta para a prevenção das Dificuldades de Aprendizagem [Dissertação, Mestrado Profissional em Ensino. Programa de Pós Graduação em Ensino, Centro de Ciências Humanas da Educação, Universidade Estadual do Norte do Paraná]. https://doi.org/10.20950/1678-2305.2020.46.1.527

 

Lussac, R.M.P. (2004). Desenvolvimento psicomotor fundamentado na prática da Educação Física. Editora Revinter. https://doi.org/10.26694/caedu.v4i1.2574

 

Lussac, R.M.P. (2008). Psicomotricidade: História, desenvolvimento, conceitos, definições e intervenção profissional. Lecturas: Educación Física y Deportes, 13(126). https://efdeportes.com/efd126/psicomotricidade-historia-e-intervencao-profissional.htm

 

Mello, A.M. (1989). Psicomotricidade, educação e jogos infantis. Editora IBRASA.

 

Mello, E.D.D., Luft, V.C., e Meyer, F. (2004). Obesidade infantil: Como podemos ser eficazes? Jornal de Pediatria, 80(3), 173-182. https://doi.org/10.2223/JPED.1196

 

Molinari, A.M.D.P., e Sens, S.M. (2003). A Educação Física e sua relação com a psicomotricidade. Revista PEC, 3(1), 85-93. https://avaliacao.area.scielo.br/scielo.php?script=sci_nlinks&ref=192584&pid=S0103-3948200800020000400012&lng=es

 

Negreiros, F., Sousa, C.M. de, e Moura, F.K.L.G. de (2018). Psicomotricidade e práticas pedagógicas no contexto da Educação Infantil: Uma etnografia escolar. Revista Brasileira de Educação Infantil, 11(1), 130-151. https://doi.org/10.18764/2358-4319.v11n1p130-151

 

Oliveira, J.A. de (2002). Padrões motores fundamentais: Implicações e aplicações na educação física infantil. Interação, 6(6), 37-41. https://www.researchgate.net/publication/237608994

 

Rossi, F.S. (2012). Considerações sobre a psicomotricidade na educação infantil. Revista Vozes dos Vales da UFVJM, 1(1), 1-18. https://site.ufvjm.edu.br/revistamultidisciplinar/files/2011/09/Considera%C3%A7%C3%B5es-sobre-a-Psicomotricidade-na-Educa%C3%A7%C3%A3o-Infantil.pdf

 

Sandri, L.S.L. (2010). A psicomotricidade e seus benefícios. Revista de Educação do IDEAU, 5(12), 1-15. https://www.bage.ideau.com.br/wp-content/files_mf/1e2ff9a71a77883a7974768af7800004160_1.pdf

 

Santos, R.C.F. dos, Beneti, N.L., Mastroianni, E.C.Q., e Viotto Filho, I.A.T. (2009). Psicomotricidade: Uma ferramenta norteadora no processo de ensino-aprendizagem de crianças com dislexia. Revista Ciência em Extensão, 5(2), 79-88. https://ojs.unesp.br/index.php/revista_proex/article/view/281

 

Souza Lordani, S.F. de, Blanco, M.B., e Neto, J.C. (2021). Psicomotricidade na Educação Infantil: Os desafios do ensino remoto emergencial na percepção dos pais e do professor de Educação Física. Olhares & Trilhas, 23(2), 447-467. https://doi.org/10.14393/OT2021v23.n.2.60023

 

Thomas, J.R., Nelson, J.K., e Silverman, S.J. (2009). Métodos de pesquisa em atividade física. Artmed Editora.

 

Vieceli, G., e Benker, D.J. (2020). A importância da psicomotricidade no processo de aprendizagem dos alunos da educação básica. Anuário Pesquisa e Extensão Unoesc Videira, 5, e25230. https://periodicos.unoesc.edu.br/apeuv/article/view/25230

 

Vygotski, L.S. (1991). A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores (4ª ed., M. da Penha Villarta, Trad.). Editora Martins Fontes.

 

Zanotto, L. (2021). Educação física na educação infantil: normativos e o trabalho docente. Retratos da Escola, 15(31), 165-181. https://doi.org/10.22420/rde.v15i31.1073


Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 30, Núm. 327, Ago. (2025)