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ISSN 1514-3465

 

O treinamento esportivo escolar em Ribeirão Preto: uma janela de oportunidades

School Sports Training in Ribeirao Preto: A Window of Opportunities

Formación deportiva escolar en Ribeirao Preto: una ventana de oportunidades

 

Eduardo Henrique de Oliveira*

duholiveira@hotmail.com

Cristiana Aparecido de Souza Oliveira**

profcristianaoliveira@gmail.com

Christian Viana Oliveira+

chrisvianaoliveira@gmail.com

Myrian Nunomura++

mnunomur@usp.br

 

*Doutor e Mestre em Ciências na área da Educação

Especialista em Educação Física Escolar e Língua Brasileira de Sinais

Licenciado e Bacharel em Educação Física

Atualmente, professor de Educação Física na rede municipal de Ribeirão Preto

e professor da Faculdade Metropolitana

**Mestra em Ciências Faculdade de Filosofia, Ciências

e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP)

Universidade de São Paulo (USP)

Especialista em Educação Física Escolar

e Fisiologia do Exercício e Treinamento Esportivo

Licenciada em Educação Física e Pedagogia

Atualmente, professora de Educação Física na educação básica pública

+Mestre em Educação Física escolar

pela Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Graduado em Pedagogia pela Universidade Metropolitana de Santos

Graduação em Educação Física pela Universidade de Ribeirão Preto

e Licenciatura em Educação Física pela Universidade de Ribeirão Preto

Atualmente é doutorando da Faculdade de Filosofia, Letras

e Ciências da USP/RP e professor de Educação Física

da Rede municipal de Ribeirão Preto.

++Graduada (Licenciatura) em Educação Física

pela Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo

Mestra em Educação pela Yokohama National University, Japão

Doutora em Ciências do Esporte pela Universidade Estadual de Campinas

Pós-doutora no Institute of Health and Sports Sciences da University of Tsukuba, Japão

Livre docência em Educação Física pela Universidade de São Paulo

Atualmente é professora Titular da Escola de Educação Física e Esporte

de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo

(Brasil)

 

Recepción: 08/01/2025 - Aceptación: 01/05/2025

1ª Revisión: 28/02/2025 - 2ª Revisión: 28/04/2025

 

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Cita sugerida: Oliveira, E.H. de, Oliveira, C.A. de S., Oliveira, C.V., e Nunomura, M. (2025). O treinamento esportivo escolar em Ribeirão Preto: uma janela de oportunidades. Lecturas: Educación Física y Deportes, 30(326), 202-218. https://doi.org/10.46642/efd.v30i326.8098

 

Resumo

    Este artigo tem como objetivo evidenciar as oportunidades proporcionadas pelo Treinamento Esportivo Escolar (TEE) aos estudantes, ressaltando a relevância dos projetos esportivos extracurriculares implementados em algumas redes de ensino e destacando sua importância para a educação enquanto processo de transformação social, formação humana e promoção da cidadania. Com base em uma revisão bibliográfica sobre o esporte no contexto escolar e na análise de dados de uma tese de doutorado, foram identificadas as contribuições do TEE para a vida estudantil, profissional e pessoal dos estudantes. Os relatos de professores, gestores e ex-estudantes destacam que o TEE vai além da prática esportiva, promovendo o desenvolvimento de competências, valores e novas perspectivas. Entre os benefícios evidenciados estão bolsas de estudos, ingresso em cursos de graduação, formação de profissionais em Educação Física e oportunidades em equipes esportivas de destaque. Essas experiências configuram o TEE como uma "janela de oportunidades", que impacta positivamente os estudantes, promovendo emancipação social, desenvolvimento humano e inclusão no âmbito educacional.

    Unitermos: Esporte educacional. Educação Física. Treinamento. Igualdade de oportunidades.

 

Abstract

    This article aims to highlight the opportunities provided by School Sports Training (SST) to students, emphasizing the relevance of extracurricular sports projects implemented in some school systems and highlighting their importance for education as a process of social transformation, human development and promotion of citizenship. Based on a literature review on sports in the school context and the analysis of data from a doctoral thesis, the contributions of SST to the student, professional and personal lives of students were identified. Reports from teachers, administrators and former students highlight that SST goes beyond sports practice, promoting the development of skills, values ​​and new perspectives. Among the benefits highlighted are scholarships, admission to undergraduate courses, training of professionals in Physical Education and opportunities in prominent sports teams. These experiences configure SST as a "window of opportunities" that positively impacts students, promoting social emancipation, human development and inclusion in the educational environment.

    Keywords: Educational sport. Physical Education. Training. Equal opportunities.

 

Resumen

    Este artículo tiene como objetivo resaltar las oportunidades que brinda la Formación Deportiva Escolar (FDE) a los estudiantes, resaltando la relevancia de los proyectos deportivos extracurriculares implementados en algunas redes educativas y destacando su importancia para la educación como proceso de transformación social, formación humana y promoción de la ciudadanía. A partir de una revisión bibliográfica sobre el deporte en el contexto escolar y el análisis de datos de una tesis doctoral, se identificaron los aportes del FDE a la vida estudiantil, profesional y personal de los estudiantes. Informes de docentes, directivos y exalumnos destacan que el FDE va más allá del deporte, promoviendo el desarrollo de habilidades, valores y nuevas perspectivas. Entre los beneficios destacados se encuentran becas, ingreso a carreras de pregrado, formación de profesionales en Educación Física y oportunidades en destacados equipos deportivos. Estas experiencias configuran el FDE como una “ventana de oportunidades”, que impacta positivamente en los estudiantes, promoviendo la emancipación social, el desarrollo humano y la inclusión en el ámbito educativo.

    Palabras clave: Deporte educativo. Educación Física. Entrenamiento. Igualdad de oportunidades.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 30, Núm. 326, Jul. (2025)


 

Introdução 

 

    O esporte escolar pode ser compreendido como a convergência entre dois campos fundamentais: a formação cidadã e a ascensão social. Nesse contexto, este estudo busca analisar o papel das atividades extracurriculares de Treinamento Esportivo Escolar (TEE) como promotoras de transformações sociais e oportunidades para estudantes no ambiente escolar.

 

    O esporte é um fenômeno social em constante transformação, sendo objeto de estudo em áreas como educação, sociologia e antropologia, que buscam explicá-lo e compreendê-lo (Marques, 2015; Bahia et al., 2020; Furtado, e Borges, 2019). Na educação básica, o esporte está diretamente associado à Educação Física (EF), consolidando-se como um dos conteúdos mais tradicionais e hegemônicos desse componente curricular. Sua credibilidade como elemento educativo, no entanto, ganha destaque sobretudo em contextos competitivos. (Faria, Caregnato, e Cavichiolli, 2019; Reverdito et al., 2008)

 

    Cabe destacar que, a educação esportiva configura-se uma oportunidade na construção do caráter e aquisição de valores, dentre eles: liderança, determinação, trabalho em equipe, honestidade, respeito e ética. (Bisa, 2023)

 

    A escola, enquanto instituição formadora e precursora de diversas práticas, desempenha papel fundamental na iniciação esportiva de muitos estudantes, seja por meio das aulas regulares de EF ou de atividades extracurriculares (Lettnin, 2005). É nesse espaço que muitos estudantes têm seu primeiro contato com o esporte e a escolha da modalidade praticada frequentemente é influenciada pelas práticas pedagógicas ofertadas. (Peres, e Lovisolo, 2008)

 

    O TEE, enquanto extensão das aulas regulares, ocorre no contraturno escolar, oferecendo experiências mais aprofundadas no esporte e promovendo a participação em competições. Esses programas recebem diferentes nomenclaturas conforme a rede de ensino, como Atividades Curriculares Desportivas (ACD) no Estado de São Paulo ou Turmas de Desporto Educacional (TDE) no município de Ribeirão Preto (SP). Todavia, compartilham objetivos comuns: ampliar a integração social, fomentar a cidadania consciente e vivenciar o contexto competitivo. (Ribeirão Preto, 2021; São Paulo, 2016)

 

    Assim, além de usufruir da disciplina regular de EF, o estudante possui (em algumas redes) o ambiente de aprendizagem do esporte, em nível de treinamento e pode participar de competições esportivas por sua instituição (Silva, 2020). Com isso, o TEE destaca-se como um ambiente de aprendizado interativo que transcende o domínio técnico-tático, favorecendo o desenvolvimento de competências socioemocionais. Pesquisas indicam que alunos envolvidos em tais atividades apresentam maior criatividade, persistência e autocontrole diante de desafios, contribuindo para sua formação cidadã e democratizando o acesso ao esporte. (Chaves, 2015; Luguetti, Bastos, e Böhme, 2011)

 

    Metodologicamente, este artigo adota um recorte da tese intitulada “Esporte na/da Escola: a experiência nas turmas de treinamento e sua importância para a educação” (no prelo), a qual foi utilizada a análise temática reflexiva e se caracteriza uma pesquisa qualitativa (Braun, e Clarke, 2013). Os dados são frutos de entrevistas semiestruturadas da tese em questão, a qual foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – FFCLRP, CAAE: 58369022.9.0000.5407. O recorte traz o tema “janela de oportunidades” promovidas pelo TEE” com os relatos de professores, ex-alunos e alunos de escolas do ensino fundamental e médio da cidade de Ribeirão Preto/SP que possuem turmas de treinamento. Para a discussão dos dados foram utilizadas as bibliografias da tese e complementadas com outros artigos que envolvem a temática. Os termos utilizados para a busca dos demais artigos na base Google Acadêmico incluíram: "Esporte e Educação Física", "Educação Física Escolar", "Treinamento Esportivo Escolar" e "Atividades Extracurriculares Esportivas".

 

    Dessa maneira, o principal objetivo deste artigo é evidenciar as oportunidades proporcionadas pelo TEE aos estudantes, ressaltando a relevância dos projetos esportivos extracurriculares implementados na rede pública (estadual e municipal) de Ribeirão Preto/SP e destacando sua importância para a educação enquanto processo de transformação social, formação humana e promoção da cidadania.

 

Abordagens sobre o esporte escolar 

 

    No Brasil, a EF teve suas origens no período da República, marcada por uma forte ligação com o militarismo e a ideologia higienista. Nesse contexto, os métodos ginásticos foram implementados com caráter essencialmente prático, voltados para a formação de indivíduos fisicamente saudáveis e preparados, tanto para o mercado de trabalho, quanto para a defesa da pátria. Esse modelo inicial consolidou a EF como uma prática de natureza instrumental e funcional, com foco na preparação física e moral da população. A partir de 1964, a EF começou a se relacionar diretamente com o esporte, assumindo um papel central nesse período. O modelo "Esporte-Rendimento-Saúde" ganhou destaque, impulsionado pela pretensão de transformar o Brasil em uma potência esportiva. O lema “O esporte é vida” tornou-se um símbolo dessa fase, enfatizando o esporte como elemento primordial para o desenvolvimento físico e moral dos cidadãos. (Castellani Filho, 2010; Darido, e Rangel, 2005; Darido, 2003)

 

    Nesse período, a influência do esporte na escola foi expressiva, transformando-o no principal conteúdo da EF e configurando a relação professor-aluno em um modelo de treinador-atleta. O objetivo principal era a iniciação esportiva com foco em competições escolares e na formação de atletas, o que resultou na associação direta entre a EF e o esporte. (Soares et al., 1992; Sousa, 2022)

 

    Com o surgimento das abordagens críticas na EF, começou-se a questionar o modelo de esporte ensinado nas escolas. Esse processo permitiu uma transformação do esporte em conteúdo da disciplina, mas não o único. A EF passou a ser concebida como um espaço de inserção dos estudantes na cultura corporal, sendo o esporte compreendido como parte dessa cultura, carregado de valores sociais, econômicos, estéticos e culturais. Apesar disso, embora seja um dos conteúdos mais tradicionais e praticados da EF, sua função educativa ainda é alvo de questionamentos no âmbito escolar. (Sousa, 2022)

 

    No cenário atual, resquícios das abordagens históricas ainda são perceptíveis, tanto nas aulas de EF quanto nas práticas extracurriculares, com uma ênfase predominante nos aspectos técnicos, táticos e nas competições escolares. Entretanto, quando orientado adequadamente e fundamentado em princípios humanísticos, o conteúdo esportivo e as competições escolares podem ser trabalhados de forma a valorizar conceitos como cooperação e a promoção de valores sociais. (Revertido et al., 2008)

 

    O esporte, nesse sentido, contribui para a formação de indivíduos e não necessariamente de atletas, uma vez que não é responsabilidade da escola formar esportistas profissionais. No entanto, as habilidades desenvolvidas por meio da prática esportiva podem auxiliar os alunos a alcançarem suas aspirações, seja em carreiras esportivas ou em outras áreas (Sousa, 2022). De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Brasil, 1996), uma das finalidades da educação é formar cidadãos para o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho. Assim, enquanto conteúdo curricular da EF e componente de projetos extracurriculares, o esporte integra-se à escola como elemento essencial para a formação integral do aluno enquanto cidadão.

 

Compreendendo o Treinamento Esportivo Escolar 

 

    Conforme mencionado, o TEE consiste em uma prática paralela à disciplina de EF, configurando-se como uma atividade pedagógica na qual os estudantes se dedicam ao treinamento de uma ou mais modalidades esportivas, sejam elas coletivas ou individuais. Nessas práticas, aprimoram suas habilidades motoras, sociais, emocionais e participam de competições. O esporte na escola, nesse contexto, é compreendido como um fenômeno que não está totalmente vinculado ao currículo da EF escolar, mas como uma prática realizada geralmente no contraturno, com aprofundamento em modalidades esportivas e participação em competições (Sousa, 2022). Assim, o TEE configura-se uma atividade extracurricular.

 

    É válido destacar que as essas atividades relacionam-se de alguma maneira com o currículo escolar e implicam positivamente no rendimento acadêmico, no desenvolvimento do caráter e na formação do estudante como cidadão (Rahayu, e Dong, 2023). Além disso, podem melhorar o apreço ao esporte, desenvolver relações de amizade, motivar o aprendizado e o ajuste comportamental para a vida em sociedade. (Jiang, e Espeso, 2023)

 

    A legitimidade do esporte no ambiente escolar se apresenta por sua natureza educacional, uma vez que, o contato e aprendizado é concedido a diversos estudantes que não acessam o mundo esportivo pelas vias da educação não formal (Reverdito, Galatti, e Scaglia, 2022). Dessa maneira, destaca-se a importância do esporte na vida das crianças, considerando que as escolas frequentemente são as únicas instituições governamentais presentes nas periferias. A união entre escola e esporte pode abrir uma “janela de oportunidades” para afastar as crianças das ruas e favorecer seu desenvolvimento nos aspectos psicomotores e sociais. Quando a escola abre suas portas no contraturno, oferece oportunidades de crescimento aos estudantes, ao mesmo tempo que os protege de riscos como a sexualização precoce, envolvimento com drogas e criminalidade.

 

    Nesse sentido, as turmas de TEE apresentam aos estudantes uma perspectiva ampliada em relação à EF escolar, proporcionando um conhecimento mais aprofundado e que vai além do currículo oficial. Contudo, é importante ressaltar que nem todas as redes de ensino promovem esse tipo de projeto. Para esse estudo, foram analisadas as turmas de TEE da rede estadual paulista e da rede municipal de Ribeirão Preto.

 

    A organização dessas aulas é regulada por resoluções publicadas pelas Diretorias de Ensino (DE) e pela Secretaria Municipal de Educação (SME), que definem as diretrizes pedagógicas e administrativas para o ano letivo. Tais documentos asseguram que o TEE seja reconhecido como direito dos estudantes e o consolidam como parte do Projeto Político Pedagógico (PPP) das escolas.

 

    Ao analisar as resoluções das redes estadual e municipal, observa-se uma convergência quanto à finalidade do TEE e sua proposta pedagógica. O projeto deve estar integrado ao PPP da escola, com planejamento anual devidamente apresentado à equipe gestora. As aulas são realizadas no contraturno escolar, sem prejuízo às atividades regulares do estudante. No entanto, cada rede possui especificidades: a rede estadual permite que as aulas ocorram, se necessário, no período noturno ou aos sábados, enquanto a rede municipal mantém as atividades nos horários convencionais. (Ribeirão Preto, 2021; São Paulo, 2016)

 

    As aulas de TEE são ministradas exclusivamente por professores de EF vinculados à rede de ensino, que assumem a responsabilidade pelas turmas como parte de sua jornada de trabalho. Esses profissionais realizam registros de frequência, planejamento, autorizações e relatórios, além de participarem do conselho escolar para discutir questões relacionadas ao projeto. (Ribeirão Preto, 2021; São Paulo, 2016)

 

    A quantidade mínima de estudantes por turma varia entre as redes: no município, exige-se pelo menos 15 estudantes, enquanto na rede estadual o número mínimo é de 20 alunos. Os horários das aulas são definidos em consenso entre a gestão escolar e o professor, sendo que os ajustes devem ser aprovados pelo conselho escolar. O número de turmas em cada unidade de ensino também é determinado de forma distinta: na rede municipal, depende do total de alunos matriculados, enquanto na estadual, baseia-se no número de classes. (Ribeirão Preto, 2021; São Paulo, 2016)

 

    Na rede estadual, as aulas devem ocorrer no mínimo duas vezes por semana e, no máximo, três vezes, enquanto na rede municipal a carga horária semanal é de três horas/aula, com 50 minutos cada. Os estudantes são organizados em categorias esportivas conforme a faixa etária, que correspondem às principais competições escolares de cada rede. Na rede municipal, as categorias incluem sub-11, sub-13 e sub-15. Já na rede estadual, as categorias são pré-mirim (12 anos completos no ano), mirim (até 14 anos), infantil (até 17 anos) e juvenil (18 anos ou mais). Em ambas as redes, as equipes podem ser mistas. (Ribeirão Preto, 2021; São Paulo, 2016)

 

    Segundo as resoluções de Ribeirão Preto (2021) e de São Paulo (2016) as modalidades esportivas ofertadas nas duas redes são semelhantes, destacando-se futsal, basquetebol, voleibol, handebol, atletismo, xadrez, tênis de mesa e badminton.

 

    Na rede municipal, as TDE passaram a ter respaldo legal em 11 de outubro de 2019, com a publicação da Lei Ordinária Nº 14.406, que incluiu o Campeonato Interescolar da Rede Municipal de Ensino (CIREM) no calendário oficial da cidade. Essa lei garantiu a regulamentação das turmas esportivas por meio da Resolução SME 12/2019, consolidando-as como um direito dos estudantes e parte integrante da proposta pedagógica das escolas. (Ribeirão Preto, 2021)

 

    A culminância do TEE são as competições oficiais, como os Jogos Escolares do Estado de São Paulo (JEESP) e o CIREM. Esses eventos representam o momento em que os estudantes podem aplicar todo o aprendizado adquirido durante os treinamentos.

 

Análise de caso do TEE: a janela de oportunidades 

 

    A tese “Esporte na/da Escola: a experiência nas turmas de treinamento e sua importância para a educação” destaca o TEE como uma "janela de oportunidades", evidenciando, por meio de depoimentos de professores, estudantes, ex-estudantes e gestores, o impacto transformador desse projeto na vida das crianças e adolescentes. Tal expressão remete aos benefícios e conquistas que os participantes podem alcançar, como bolsas de estudos, integração a equipes de alto rendimento, ampliação de amizades e vivências, além da oportunidade de conhecer novos lugares.

 

    A temática: “janela de oportunidades” refere-se a aspectos da vida do aluno que podem configurar como benefícios e/ou conquistas, tais como: bolsas de estudos (em escolas particulares ou faculdades), ingresso em uma equipe de rendimento, conhecer lugares novos, ampliar amizades, experiências etc. A janela que se abre, mostra a eles um horizonte de novas possibilidades e metas que podem ser idealizadas.

 

    No estudo de caso sobre o TEE em Ribeirão Preto, os depoimentos dos estudantes revelaram que, tanto os treinamentos quanto as competições associadas, proporcionaram experiências marcantes, como viagens para competir em outras cidades. Alguns deles destacaram a emoção de ver o mar pela primeira vez durante essas viagens: “E eu não conhecia a praia, então eu fiquei, nossa, foi incrível” (Aluno SN); “[...] para quem não, nunca tinha ido pra praia, pôde aproveitar, então abriu muita oportunidade [...]” (Aluno FF).

 

    Os professores reforçaram o impacto positivo dessas vivências: “o esporte tá proporcionando essa vivência de estar conhecendo outros lugares, outras cidades, de conhecer pessoas, de viajar e de arrumar o seu próprio quarto, a sua própria cama [...]” (Professora SA). Para corroborar essa temática, uma das gestoras participantes relatou: “o esporte ele é uma porta que abre muitas outras portas. E, dentro da escola é o primeiro lugar que a gente deve abrir essa porta para o aluno” (Gestora LS).

 

    Assim, com os resultados analisados, identificou-se que além de novos locais e oportunidades de tomar decisões, se autoconhecer e criar independência com responsabilidade, o TEE também impacta no campo profissional: oportunidades de estudo, de construir uma carreira esportiva e promover a socialização.

 

    Em relação à contribuição na vida acadêmica dos estudantes, sejam eles praticantes atuais ou egressos no treinamento, destacou-se que bolsas de estudos em escolas particulares foi uma conquista proporcionada pelo TEE. Assim, é perceptível seu impacto no campo acadêmico e profissional da vida do aluno.

 

    O jovem DJ, que participou do TEE em sua época escolar, explicou que competições escolares abriram portas para ele e seus amigos: “[...] muitos colegas conseguiram bolsa de estudos para o ensino médio em virtude de serem vistos nos campeonatos escolares”. Professores também relataram casos similares: “[...] nós tivemos 3 alunos com bolsas de estudo pra ensino médio numa escola bastante expressiva aqui da cidade [...]” (Professora AC). Outro professor completou: [...] as meninas tiveram excelente classificação e conseguiram várias bolsas [...] então assim, além de tudo isso era uma vitrine para eles, de poder viver um outro mundo [...]” (Professor LC).

 

    Oportunidades no ensino superior também foram destacadas. Dois ex-estudantes relataram que faculdades parceiras ofereceram bolsas em cursos de graduação para atletas de suas equipes. DJ, por exemplo, cursou EF graças a essa oportunidade, enquanto GR mencionou uma colega que seguiu o mesmo caminho. Essas experiências reforçam como o TEE pode atuar como uma ponte para a formação acadêmica e profissional.

 

    Além de cursar o nível superior, os depoimentos reconheceram a oportunidade de se projetar profissionalmente. Estudantes que participaram do TEE, bem como os professores que hoje lecionam no projeto, afirmaram que escolheram a carreira na EF devido à experiência da iniciação esportiva nos treinamentos da escola.

    

    Em sua maioria, os docentes disseram que o esporte, tanto na EF escolar quanto no treinamento (aqueles que o possuíam em sua unidade escolar), plantou a semente que frutificou na carreira profissional que iniciaram. Além disso, muitos foram atletas amadores em suas respectivas modalidades. A professora AC relatou: “a partir dessa inserção no vôlei da escola, quando o professor fez essa formação dessa equipe pra poder competir [...] me motivou a poder cursar a educação física[...]”. Também nessa perspectiva, relatou o professor MA: “Eu tive professores muito bons que são referência para mim, na minha formação. Sempre gostei de esporte [...].”

 

    Além do impacto educacional, o TEE foi citado como um fator determinante na escolha profissional de ex-estudantes. Muitos participantes, influenciados pelas vivências esportivas, decidiram seguir carreiras na área de Educação Física. A professora GR afirmou: “É, sem dúvidas, o treinamento influenciou demais na minha carreira. Hoje eu consigo dar um treino de handebol devido a essa vivência que eu tive nos, nos treinamentos da escola”.

 

    Já DJ, atualmente professor e jogador de handebol, reconhece: “Porque como eu me espelhava em quem era meu professor, meu treinador ou em quem jogava no time de X, hoje eu sou tudo isso, hoje eu sou treinador, eu sou professor e jogo no time de X.”

 

    Outro aspecto relevante é a visibilidade que as competições do TEE proporcionam, abrindo caminho para carreiras no esporte de alto rendimento. Alguns participantes do TEE, ao se destacarem nas modalidades praticadas, ingressaram em equipes profissionais, atuaram fora do estado ou participaram de competições internacionais. Um exemplo notável foi mencionado pela professora MJ: “[...] uma aluna né, em especial, foi campeã dos jogos escolares do estado campeã das paraolimpíadas escolares [...] ela é a atual recordista mundial”.

 

    Em suma, o TEE tem sido uma ferramenta poderosa para transformar vidas, oferecendo oportunidades em diversas esferas, como estudos, carreira e esporte. A visibilidade obtida nas aulas e competições não apenas amplia os horizontes dos estudantes, mas também, materializa conquistas antes consideradas inatingíveis.

 

Resultados 

 

    O TEE, enquanto atividade pedagógica no contexto escolar, transcende a formação esportiva ao impactar a formação cidadã e profissional dos estudantes. As oportunidades geradas por esse projeto não se restringem apenas aos estudantes com habilidades destacadas em modalidades esportivas, mas abrangem também, o desenvolvimento de capacidades reflexivas e de tomada de decisão.

 

    Os resultados mostraram que o esporte extracurricular promovido na escola não só direciona os estudantes para a docência, como também, proporciona bolsas de estudos que possibilitam o acesso a outras carreiras. Para os que se destacam, ele oferece vivências que enriquecem sua experiência em equipes profissionais. Assim, o TEE se configura como um projeto que, mesmo selecionando alguns, tem como objetivo central a formação integral de crianças e jovens.

 

    Os depoimentos analisados evidenciam o impacto do TEE na trajetória profissional de muitos de seus ex-estudantes que em sua maioria, seguiram carreiras ligadas à EF, seja no esporte ou como docentes. Nessa perspectiva, os professores entrevistados destacaram a influência do TEE na escolha da carreira em EF por muitos que usufruíram do projeto: “Participar dessas turmas de treinamento incentivou vários a cursarem Educação Física e se tornarem professores” (Professor L).

 

    Os resultados elucidaram, também, que o esporte escolar com o suporte da família, se apresenta como um meio emancipatório, especialmente para as crianças e adolescentes em situações de alta vulnerabilidade. A possibilidade de obter bolsas de estudo e, eventualmente, decidir por uma carreira como atleta profissional ou não, representa uma oportunidade concreta de mudar o contexto de vida. Apesar das incertezas do caminho esportivo, o esforço e o investimento no TEE permitem a eles vislumbrarem um futuro diferente.

 

    No entanto, não existem apenas janelas de oportunidades no âmbito desse projeto, há algumas barreiras a serem superadas. Embora o TEE seja um projeto extracurricular com grande potencial, os depoimentos apontaram desafios que revelam a necessidade de atenção e investimentos adequados nas escolas públicas. Professores da rede municipal de Ribeirão Preto/SP relataram problemas em relação aos horários e à infraestrutura do projeto.

 

    Os horários das aulas, muitas vezes organizados no contraturno, dificultam a formação de equipes em modalidades coletivas, visto que os alunos frequentam a escola em turnos distintos. Para contornar essa questão, os professores ajustaram as aulas para o horário do almoço, contemplando a saída de estudantes do período matutino e a entrada dos do período vespertino, como relatou o professor L: “[...] então, geralmente, a gente treinava na hora do almoço para facilitar para os alunos”. Quanto à estrutura, há precariedade nos materiais e espaços disponíveis. Os professores relataram a falta de equipamentos adequados, como postes para voleibol, redes, bolas de qualidade e raquetes, além de limitações físicas dos espaços.

 

    Esses desafios indicam que, para o TEE cumprir plenamente seu papel de “janela de oportunidades”, é necessário superar obstáculos estruturais e logísticos. Um olhar diferenciado para investimentos e melhorias na organização do projeto poderia potencializar seus benefícios.

 

Discussão 

 

    Para discutir sobre as janelas “abertas” pelo TEE aos estudantes, foi possível destacar a legislação da educação nacional e estudos sobre projetos esportivos extracurriculares ou atividades semelhantes. Assim, vale destacar que seus objetivos demonstram compromisso com a formação cidadã, preparando-os para a tomada de decisões e para traçar metas. De acordo com a LDB 9.394/96, um dos objetivos da educação é preparar o indivíduo para o exercício da cidadania e para o trabalho (Brasil, 1996). Em relação aos resultados, percebe-se que os participantes do projeto vivem experiências que promovem a aquisição de responsabilidades e situações reflexivas para a formação do seu caráter.

 

    Foi evidente que uma das oportunidades diz respeito à carreira como docentes ou profissionais na EF. Nessa perspectiva, o estudo de Silva (2020) aponta que muitos ex-atletas se tornaram professores de EF e, posteriormente, treinadores, levando adiante o legado esportivo que tiveram na escola. Essa vivência esportiva inicial contribuiu significativamente para a formação de seu capital cultural, refletindo em suas carreiras profissionais.

 

    Da mesma forma, Luguetti et al. (2013) identificaram que na cidade de Santos/SP, muitos professores e treinadores atuam nas mesmas modalidades esportivas em que foram atletas. Ainda sobre a questão profissional, foi destacado pelos professores que estudantes que tiveram experiências fantásticas com essas turmas de treinamento “estão fazendo faculdade de educação física”. Pontoglio, Nunomura, e Costa (2023) destacam, ainda, que participar de projetos esportivos, seja na escola ou em outras instituições, pode trazer forte influência aos estudantes em cursarem EF e seguirem a carreira de professor.

 

    Atividades extracurriculares, tal qual se configura o TEE, complementam a formação acadêmica e preparam o jovem para o futuro em aspectos profissionais e pessoais (Macay-López et al., 2022). Além disso, experiências positivas durante o treinamento fortaleceram o vínculo dos ex-estudantes com o esporte, transformando-os em formadores que perpetuam o legado cultural do projeto. (Silva, 2020)

 

    Outra oportunidade que se abre ao participante do TEE refere-se às questões sociais. Baseado nisso, estudos de Gomes (2009) e Vissoci et al. (2018) reforçam que as competições escolares satisfazem tanto necessidades pessoais quanto sociais, muitas vezes iniciadas no ambiente escolar. O TEE, nesse sentido, proporciona mais do que formação esportiva; oferece uma alternativa de vida, seja pela conquista de bolsas de estudo, seja pela ampliação do horizonte de escolhas.

 

    Muitos estudantes do TEE são de comunidades periféricas e, por meio dos treinamentos e suas competições, conhecem diferentes cidades e estados. Nessa perspectiva, adquirem-se novas experiências e conhecem-se novas pessoas. O esporte transforma o comportamento dos indivíduos e os coloca em espaços promissores que permitem uma expectativa de vida melhor (Bueno Filho, 2023). Cabe ressaltar ainda, a promoção da liderança e melhoria na capacidade de comunicação. (Jiang, e Espeso, 2023)

 

    No que compete a desafios e problemáticas do projeto, como a questão de horários e materiais, Luguetti et al. (2013) já haviam destacado essa realidade em outras redes públicas de ensino, apontando a baixa qualidade dos materiais e das instalações como barreiras para a prática esportiva escolar. De modo similar, o estudo de Bueno Filho (2023), com egressos do treinamento das escolas estaduais de Londrina/PR, apontou que muitos não possuem materiais adequados à modalidade praticada. Com isso, é necessário investimento de qualidade no projeto em aspectos como: a destinação de recursos para aquisição de material de qualidade e preparação adequada do local de treinamento; formação continuada aos docentes, bem como o ajuste da carga horária para proporcionar maiores possibilidades de prática esportiva aos estudantes.

 

    Na perspectiva dos estudos discutidos, o TEE, ao longo de sua trajetória, mostrou-se um importante aliado no processo educativo, promovendo benefícios em diferentes esferas da vida dos estudantes. As vivências proporcionadas pelos treinos e competições fomentam a autonomia, a capacidade de julgamento, o respeito ao próximo e a responsabilidade individual (Rosado, e Mesquita, 2011). O ensino do esporte é um conteúdo valioso para a educação dos estudantes e, portanto, seu ensino é compreendido para a formação de cidadãos participativos e reflexivos. (Manzino, Rodriguez, e Sarni, 2024)

 

    Apresentando-se o TEE como atividade extracurricular, sua importância deve ser sublinhada. São atividades que levam o estudante a uma perspectiva de futuro e são cruciais na aquisição e desenvolvimento de habilidades para sua convivência em sociedade. (Ayyldiz Durhan, 2021)

 

    Os resultados aqui discutidos e evidenciados destacam o esporte como uma ferramenta transformadora capaz de ampliar horizontes e possibilitar emancipação social, acadêmica e profissional. Contudo, para que o TEE alcance todo o seu potencial, é imprescindível investir em infraestrutura e readequações logísticas, permitindo que o projeto seja ainda mais inclusivo e eficiente.

 

Conclusões 

 

    O TEE demonstrou ser uma ferramenta pedagógica potente no contexto educacional, promovendo benefícios que transcendem o ambiente escolar. O esporte, nesse âmbito, desempenha um papel transformador ao abrir caminhos para um futuro mais promissor, proporcionando aos estudantes oportunidades que vão desde o ingresso em instituições de ensino conceituadas até o acesso ao ensino superior em áreas de sua escolha. Essas oportunidades reforçam a importância do esporte como um catalisador para o desenvolvimento integral do estudante.

 

    O projeto não apenas oferece uma experiência esportiva, como também semeia valores e habilidades que podem moldar carreiras diferenciadas. A vivência nas aulas e competições forma indivíduos mais preparados e reflexivos, influenciando significativamente sua atuação profissional. No âmbito da EF, o treinamento tem um impacto direto na formação de profissionais, especialmente docentes, que levam adiante a paixão pelo esporte e sua importância na formação educacional.

 

    Para aqueles alunos que se destacam, o TEE se apresenta como uma vitrine social, conectando-os a oportunidades de ingressar em equipes esportivas de destaque e ampliando suas vivências e conhecimentos na modalidade praticada. Essa experiência não se limita à construção de uma carreira esportiva, mas também enriquece a formação humana ao proporcionar vivências que vão além do esporte, como conhecer novos lugares, interagir com pessoas diversas e realizar sonhos.

 

    O TEE, portanto, consolida-se como mais do que um projeto esportivo extracurricular. Ele é uma janela de oportunidades que possibilita a emancipação social, acadêmica e profissional, alinhando-se aos objetivos da educação escolar de formar cidadãos e profissionais qualificados. Não se trata apenas de formar atletas de alto rendimento, mas de ampliar horizontes, alcançar metas e criar possibilidades para todas as crianças e jovens que participam do projeto.

 

    Contudo, os desafios estruturais e logísticos enfrentados pelo TEE são uma realidade. A precariedade de materiais e espaços, além das dificuldades relacionadas aos horários de treinamento, precisam ser enfrentados para que o projeto alcance todo o seu potencial. Investir em melhorias é essencial para garantir que a educação juntamente com o campo esportivo continuem sendo uma ferramenta transformadora, acessível e eficaz.

 

    Em suma, o TEE reafirma a força do esporte como elemento educativo, oferecendo benefícios que impactam positivamente diversas esferas da vida dos estudantes. Ele promove o desenvolvimento de competências, fortalece laços sociais e proporciona escolhas que influenciam trajetórias de vida. Com os ajustes necessários, o TEE tem o potencial de se consolidar ainda mais como um pilar do desenvolvimento integral no âmbito escolar.

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 30, Núm. 326, Jul. (2025)