ISSN 1514-3465
Efeitos das práticas integrativas de saúde sobre a flexibilidade de atletas de futsal
Effects of Integrative Health Practices on the Flexibility of Futsal Athletes
Efectos de las prácticas de salud integradoras en la flexibilidad de los jugadores de futsal
Natalia Soares Sarmento*
nataliasarmento@alu.uern.br
Napoleão Diógenes Pessoa Neto
**napoleaodiogenes@uern.br
Ludmila Lucena Pereira Cabral
***ludmilalpcmartins@gmail.com
Larissa Nayara de Souza
+larissanay15@gmail.com
Maria Lúcia Lira de Andrade
++lucialira@uern.br
*Graduação em Educação Física (UERN)
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)
**Professor Classe I e nível 10 do Departamento de Educação Física
do Campus de Pau dos Ferros - DEF/CAPF/UERN
da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)
Graduado em Fisioterapia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
Especialista em Cinesiologia e Fisiologia do Exercício
pela Universidade Veiga de Almeida (UVA/RJ)
Fisioterapeuta da Secretaria de Saúde do Estado do Rio Grande do Norte (SESAP),
lotado no Hospital Regional Dr. Cleodon Carlos de Andrade,
na cidade de Pau dos Ferros
***Doutora em Ciências da Saúde (bolsa CAPES/UFRN)
Mestre em Educação Física (bolsa CAPES/UFRN)
Licenciada Plena em Educação Física (UFPB)
Profissional de Educação Física (CREF: 4185-G/RN)
Atualmente é pesquisadora do Grupo de Pesquisa Exercício Clínico
e Envelhecimento (ExCE), do Departamento de Educação Física, da UFRN
Realiza estágio Pós-Doutoral Voluntário
no Programa de Pós-Graduação em Educação Física (UFRN)
e também possui vínculo com o grupo de pesquisa Avaliação de Tecnologias em Saúde
da UEPB exercendo a função de coorientação de alunos de mestrado
Professora substituta dos cursos técnicos integrados
do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba, campus Esperança
+Mestranda em Saúde e Sociedade pela UERN
Especialista em Educação Física escolar - Educação Infantil e Ensino Fundamental
pela Universidade Pitágoras Unopar Anhanguera
Possui Graduação em Educação Física pela UERN/CAPF
Membro do Grupo de Pesquisa Educação Física, Sociedade e Saúde (GPEFSS-DEF CAPF/UERN)
e do Grupo de Pesquisa Cultura Corporal, Educação e Desenvolvimento Humano (GCEDH-UERN)
++Doutorado em Bioquímica e Biologia Molecular, pela UERN
Mestrado em Bioquímica pela UFRN
Graduada em Ciências Biológicas pela UERN
Atualmente é professora Adjunta IV da UERN, no Departamento de Educação Física
(Brasil)
Recepción: 19/12/2024 - Aceptación: 15/05/2025
1ª Revisión: 22/02/2025 - 2ª Revisión: 12/05/2025
Documento acessível. Lei N° 26.653. WCAG 2.0
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Cita sugerida
: Sarmento, N.S., Neto, N.D.P., Cabral, L.L.P., Souza, L.N. de, e Andrade, M.L.L. de (2025). Efeitos das práticas integrativas de saúde sobre a flexibilidade de atletas de futsal. Lecturas: Educación Física y Deportes, 30(326), 32-49. https://doi.org/10.46642/efd.v30i326.8073
Resumo
Introdução: A ventosaterapia e a liberação miofascial são práticas integrativas e complementares em saúde (PICS) amplamente utilizadas para relaxamento muscular e alívio de dores crônicas, especialmente no contexto esportivo. Este estudo buscou avaliar os efeitos das PICS, especificamente a ventosaterapia e a liberação miofascial, na melhoria da flexibilidade dos atletas de futsal que disputaram os Jogos Escolares do Rio Grande do Norte (JERNS) 2024. Métodos: Trata-se de uma pesquisa quantitativa, experimental e randomizada foi realizada com sete estudantes do sexo masculino de uma escola estadual em Pau dos Ferros-RN. Os participantes foram divididos em dois grupos: experimental (GE), submetido à liberação miofascial com ventosas, e controle (GC), sem intervenção. A flexibilidade dos membros inferiores foi avaliada antes e depois do treinamento usando o teste PROESP-Br, com análise estatística no software SPSS 16.0 (p<0,05). Resultados: Mostraram aumento geral na flexibilidade de 30±9,6 cm para 39±8,9 cm. O GC apresentou maior ganho (29,3±8 cm para 34,3±11,7 cm) em comparação ao GE (32,5±11,7 cm para 34,7±8,18 cm). Apesar da ausência de significância estatística (p=0,082), dois atletas do GE relataram melhoria no desempenho, e 57,2% do grupo descreveram a experiência como “confortável” ou “muito boa”. Conclusões: As PICS isoladamente apresentaram impacto leve na flexibilidade, mas a combinação com outras práticas poderá potencializar resultados melhores. Deste modo, estudos futuros devem explorar essa associação para análises mais aprofundadas.
Unitermos:
Futsal. Flexibilidade. Liberação miofascial. Ventosaterapia. PICS.
Abstract
Introduction: Cupping therapy and myofascial release are integrative and complementary health practices (ICHP) widely used for muscle relaxation and relief of chronic pain, especially in sports contexts. This study aimed to evaluate the effects of PICS, specifically cupping therapy and myofascial release, on improving flexibility among futsal athletes who competed in the 2024 Jogos Escolares do Rio Grande do Norte (JERNS). Methods: This quantitative, experimental, and randomized research was conducted with seven male students from a state school in Pau dos Ferros, RN. The participants were divided into two groups: experimental (EG), subjected to myofascial release with cupping therapy, and control (CG), which received no intervention. Lower limb flexibility was assessed before and after training using the PROESP-Br test, with statistical analysis performed in SPSS 16.0 software (p<0.05). Results: Overall flexibility increased from 30±9.6 cm to 39±8.9 cm. The CG showed a greater gain (29.3±8 cm to 34.3±11.7 cm) compared to the EG (32.5±11.7 cm to 34.7±8.18 cm). Despite the lack of statistical significance (p=0.082), two athletes from the EG reported performance improvements, and 57.2% of the group described the experience as "comfortable" or "very good." Conclusions: PICS, when used alone, showed a mild impact on flexibility, but combining these practices with others may enhance outcomes. Thus, future studies should explore this combination for more in-depth analyses.
Keywords:
Futsal. Flexibility. Myofascial release. Cupping therapy. ICHP.
Resumen
Introducción: La terapia con ventosas y la liberación miofascial son prácticas integrativas y complementarias de salud (PICS) ampliamente utilizadas para relajación muscular y alivio del dolor crónico, especialmente en el contexto deportivo. Este estudio buscó evaluar los efectos de PICS, específicamente la terapia de ventosas y la liberación miofascial, en la mejora de la flexibilidad de los atletas de fútbol sala que compitieron en los Juegos Escolares de Rio Grande do Norte (JERNS) 2024. Métodos: Investigación cuantitativa, experimental y aleatoria en siete estudiantes varones de una escuela estatal de Pau dos Ferros-RN. Los participantes se dividieron en: grupo experimental (GE), sometido a liberación miofascial con ventosas, y control (GC), sin intervención. La flexibilidad de miembros inferiores se evaluó antes y después del entrenamiento mediante el test PROESP-Br, con análisis estadístico mediante el software SPSS 16.0 (p<0,05). Resultados: Mostraron un aumento global de flexibilidad de 30±9,6 cm a 39±8,9 cm. El CG mostró una mayor ganancia (29,3±8 cm a 34,3±11,7 cm) en comparación con el GE (32,5±11,7 cm a 34,7±8,18 cm). A pesar de la falta de significancia estadística (p=0,082), dos atletas del GE informaron un mejor rendimiento y el 57,2% del grupo describió la experiencia como “cómoda” o “muy buena”. Conclusiones: El PICS por sí solo tuvo un ligero impacto en la flexibilidad, pero la combinación con otras prácticas podría conducir a mejores resultados. Por lo tanto, estudios futuros deberían explorar esta asociación para realizar análisis más profundos.
Palabras clave
: Futsal. Flexibilidad. Liberación miofascial. Terapia de ventosas. PICS.
Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 30, Núm. 326, Jul. (2025)
Introdução
A legislação brasileira reconhece o desporto em diversas manifestações, entre elas o desporto de participação, que promove integração social, saúde, educação e preservação ambiental (Brasil, 1998). O desporto escolar, por sua vez, vai além da educação física e do treinamento esportivo ao democratizar a prática esportiva, permitindo a participação de todos os alunos, independentemente de suas habilidades, e promovendo a cooperação e o aprendizado por meio do lúdico e da adaptação de jogos. (Corrêa, Fiorucci, e Paixão, 2018)
Tubino (2010) define o esporte na escola com base em princípios fundamentais como participação, cooperação, coeducação, cogestão e integração, que contribuem não apenas para a formação acadêmica, mas também para o desenvolvimento social dos estudantes. Nesse contexto, os Jogos Escolares do Rio Grande do Norte (JERNS) destacam-se como uma iniciativa que mobiliza a rede escolar, promovendo o pertencimento e a integração entre alunos de diferentes cidades, além de estimular o vínculo com a escola e reduzir a evasão e a reprovação. (Rio Grande do Norte, 2023)
No entanto, a participação nesses eventos exige atenção especial à saúde dos atletas, pois as tensões musculares são recorrentes tanto durante os treinamentos quanto nas competições. Essas tensões geralmente afetam as fáscias, tecidos conjuntivos que envolvem os músculos e auxiliam na função motora, sendo compostas por elastina e colágeno (Bienfait, 1999; Standring, 2010). Disfunções nas fáscias podem causar dor, perda de flexibilidade e predisposição a lesões (Cessar, 2001; Barreto et al., 2023). Nesse sentido, a flexibilidade articular é essencial para o desempenho esportivo e a prevenção de lesões, uma vez que a rigidez muscular e a baixa amplitude de movimento são fatores de risco significativos. (Witvrouw et al., 2003; Williams et al., 2019)
Dentre os métodos de prevenção e recuperação, destacam-se a ventosaterapia e a liberação miofascial, ambas reconhecidas como Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) e oferecidas pelo SUS desde 2006 (Brasil, 2006). A ventosaterapia, originada no antigo Egito e aperfeiçoada pela Medicina Tradicional Chinesa, atua por meio da sucção, aumentando a vascularização, promovendo a circulação sanguínea e liberando tensões musculares (Moura, 2019; Santos et al., 2020). Já a liberação miofascial consiste na aplicação de técnicas manuais ou instrumentais sobre o tecido conjuntivo e muscular, melhorando a mobilidade, a flexibilidade e reduzindo o risco de lesões. (Junior, 2020)
Estudos demonstram a eficácia dessas técnicas no aumento da amplitude de movimento e na prevenção de lesões em atletas adultos (Murray, e Clarkson, 2019; Yang et al., 2016). No entanto, pesquisas que abordam os efeitos da ventosaterapia e da liberação miofascial em atletas adolescentes são escassas. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos das PICS, especificamente a ventosaterapia e a liberação miofascial, na melhoria da flexibilidade dos atletas de futsal que disputaram os Jogos Escolares do Rio Grande do Norte (JERNS) 2024.
Métodos
O presente estudo consiste em uma pesquisa quantitativa, de caráter quase experimental e randomizado. O protocolo de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa UERN (CEP) com o parecer de número: 6.667.640
A abordagem quantitativa distingue-se pela mensuração e análise sistemática dos dados, utilizando técnicas estatísticas para classificação e interpretação dos achados (Lüdke, e André, 1986; Triviños, 1987; Minayo, 1997). O delineamento experimental clássico caracteriza-se pela alocação aleatória dos sujeitos em dois grupos: o grupo experimental (GE) e o grupo controle (GC). A intervenção foi aplicada exclusivamente aos participantes do GE, enquanto o GC não recebeu nenhuma intervenção. A avaliação da variável dependente foi realizada em ambos os grupos, em dois momentos distintos: antes e após a implementação da intervenção proposta. (Dutra et al., 2016)
População e amostra
A população-alvo deste estudo foi composta por estudantes de uma escola pública estadual localizada no município de Pau dos Ferros - RN. O grupo selecionado incluiu atletas de uma equipe de futsal masculino. A escolha dessa modalidade deve-se ao fato de que o futsal envolve um uso intensivo dos membros inferiores, demandando maior atenção à prevenção de lesões.
A amostra foi definida por meio de uma abordagem probabilística intencional, com os seguintes critérios de inclusão: alunos que participaram regularmente dos treinos durante o período de coleta de dados, demonstraram intenção de competir nos Jogos Escolares do Rio Grande do Norte (JERNS) 2024, eram do sexo masculino, tinham entre 14 e 17 anos completos no ano de coleta de dados, e integravam o time de futsal há pelo menos seis meses. Foram excluídos do estudo os estudantes que apresentaram histórico de lesão nos últimos seis meses, apresentavam varizes nos membros inferiores ou distúrbios hemorrágicos.
O recrutamento da amostra ocorreu após a anuência formal da instituição de ensino e aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). A pesquisa foi conduzida em algumas etapas, realizou-se inicialmente visitas aos estudantes durante os horários de treino para apresentar o estudo, explicando detalhadamente seus objetivos, metodologia, potenciais riscos e benefícios. Após os esclarecimentos, foram entregues os Termos de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e os Termos de Assentimento Livre e Esclarecido (TALE), para que os alunos levassem aos responsáveis.
Uma semana após a entrega dos termos, foi realizada a coleta dos documentos assinados e agendado o início da coleta de dados, assegurando tanto a adesão adequada quanto à conformidade ética dos participantes.
Local e localização da pesquisa
A coleta de dados foi realizada na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), no Campus Avançado de Pau dos Ferros, na sala do NUPICS C1, localizada no Bloco C, no período das 7 às 11 horas, com monitoramento da temperatura ambiente. Os participantes utilizaram vestimentas leves, adequadas para a realização dos procedimentos.
Para a avaliação da flexibilidade, foi utilizada uma fita métrica de 1,5 metros, fixada ao chão com o auxílio de tiras de fita adesiva, seguindo rigorosamente os protocolos exigidos pelo teste de flexibilidade do PROESP.
Desenho experimental
O desenho experimental foi estruturado da seguinte forma: os participantes foram divididos aleatoriamente em dois grupos por meio de um sorteio manual. O GE foi submetido a um protocolo de liberação miofascial utilizando ventosas, enquanto o GC não recebeu intervenção. Ambos os grupos responderam a um questionário para caracterização dos participantes, que incluiu perguntas sobre histórico de lesões durante os treinos e percepção dos efeitos da terapia. Todos os procedimentos foram realizados no mesmo dia para ambos os grupos (GE e GC). A Figura 1 ilustra a sequência metodológica desenvolvida na pesquisa.
Figura 1. Proposta da sequência metodológica a ser desenvolvida na pesquisa
Fonte: Dados da pesquisa
Variável dependente: Teste de flexibilidade
A intervenção foi realizada exclusivamente no GE, na sala do NUPICS da UERN - Pau dos Ferros. A aplicação seguiu as diretrizes, como o uso adequadamente dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), incluindo máscara descartável, uso do álcool 70% líquido para a higienização das mãos e da área onde as ventosas seriam aplicadas. As ventosas, da marca Dong Yang, foram lavadas previamente com água e sabão antes da primeira aplicação e higienizadas.
A intervenção ocorreu de forma individualizada, iniciando-se com a aplicação da ventosaterapia nos músculos isquiotibiais - em ambas as pernas (posterior da coxa, envolvendo o bíceps femoral, semitendinoso e semimembranoso) - com os participantes em posição em pé. Não houve pausa no tempo de permanência estática das ventosas.
Na sequência, realizou-se a liberação miofascial, em que o participante realizou movimentos de flexão do tronco (tentando tocar as mãos na ponta dos pés), com as pernas levemente afastadas na largura do quadril.
Todo o procedimento teve duração máxima de 2 minutos, contemplando as seguintes etapas: higienização da perna, aplicação das ventosas, realização dos movimentos de flexão, retirada das ventosas e finalização com higienização com álcool 70%.
Questionário
O questionário utilizado foi elaborado pela equipe da pesquisa e foi composto por perguntas abertas e fechadas. A primeira pergunta foi acerca da idade, as perguntas subsequentes abordavam sobre a percepção dos atletas durante e após a intervenção, e por fim, como classificariam o seu desempenho no treino.
Grupo controle e experimental
O GC participou apenas da aplicação do teste de flexibilidade dos membros inferiores, realizado antes e após o treino de rotina, além do preenchimento do questionário. Todo o procedimento foi conduzido no mesmo dia. Ao final do período da pesquisa, o tratamento foi oferecido ao GC, para os participantes que se interessaram em receber o tratamento.
No GE, os atletas foram submetidos a aplicação do teste de flexibilidade dos membros inferiores, em seguida ao protocolo de ventosaterapia e liberação miofascial, seguindo o treino de rotina, e por fim o teste de flexibilidade juntamente com a aplicação do questionário.
Análise estatística
As informações coletadas foram organizadas em banco de dados em programa estatístico, o SPSS 16.0 (Statistical Package for the Social Sciences) e analisadas a partir de técnicas de estatística descritiva e inferencial. Os resultados foram apresentados em média, desvio padrão, frequência e porcentagem. Foi realizado o teste t de student para amostras pareadas. O nível de significância considerado foi de p<0,05.
Resultados
Participaram da pesquisa sete alunos da Escola Estadual Professora Maria Edilma de Freitas, com idade média de 16 ± 0,81 anos. Esses estudantes integraram a equipe que disputou os Jogos Escolares do Rio Grande do Norte (JERNS) em 2024. O número reduzido de participantes ocorreu devido à reforma da escola, que inviabilizou os treinos regulares de futsal. Para contornar essa limitação, foi organizado um dia extra de treino na quadra do Campus da UERN, fora do horário de aula, o que dificultou a adesão dos atletas no dia da coleta de dados.
A pesquisa incluiu apenas uma intervenção para avaliar o quadro álgico imediato, bem como os efeitos das PICS sobre a flexibilidade e o bem-estar dos atletas. A flexibilidade dos participantes (n=7) foi avaliada por meio do teste do PROESP-Br. A média obtida antes da intervenção e do treino foi de 30 ± 9,6 cm, enquanto após o treino registrou-se uma média de 39 ± 8,9 cm. Esses resultados classificam os estudantes em um nível de flexibilidade considerado razoável, conforme demonstrado na Tabela 1.
Tabela 1. Quadro de categorização da flexibilidade de acordo com o PROESP
Flexibilidade (teste de sentar e alcançar) |
||||||
|
Idade |
Fraco |
Razoável |
Bom |
Muito Bom |
Exceléncia |
Masculino |
6 |
< 34,3 |
34,3 - 41,2 |
41,3 - 50,3 |
50,4 - 73,9 |
³
74,0 |
7 |
< 33,3 |
33,3 – 39,6 |
39,7 - 47,9 |
48,0 - 68,4 |
³
68,5 |
|
8 |
< 32,3 |
32,3 – 38,3 |
38,4 - 45,9 |
46,0 - 63,9 |
³
64,0 |
|
9 |
< 31,3 |
31,3 - 37,1 |
37,2 - 44,5 |
44,6 - 61,4 |
³
61,5 |
|
10 |
< 30,4 |
30,4 – 36,4 |
36,5 - 43,8 |
43,9 - 60,7 |
³
60,8 |
|
11 |
< 29,8 |
29,8 - 35,6 |
35,7 - 42,9 |
43,0 - 59,2 |
³
59,3 |
|
12 |
< 29,4 |
29,4 – 35,1 |
35,2 - 42,1 |
42,2 - 57,8 |
³
57,9 |
|
13 |
< 29,1 |
29,1 - 35,2 |
35,3 - 42,8 |
42,9 - 60,5 |
³
60,6 |
|
14 |
< 28,7 |
28,7 - 35,6 |
35,7 - 44,7 |
44,8 - 67,1 |
³
67,2 |
|
15 |
< 28,4 |
28,4 - 36,3 |
36,4 - 46,9 |
47,0 - 73,7 |
³
73,8 |
|
16 |
< 28,4 |
28,4 - 36,7 |
36,8 - 48,0 |
48,1 - 76,5 |
³
76,6 |
|
17 |
< 28,7 |
28,7 - 36,8 |
36,9 - 47,9 |
48,0 - 76,1 |
³
76,2 |
Fonte: Gaya et al. (2021)
Ao serem analisados separadamente, o grupo controle (GC, n=3) e o grupo experimental (GE, n=4) revelaram que o GC apresentou um aumento mais expressivo na flexibilidade. De acordo com os resultados do teste de flexibilidade baseado no PROESP, o grupo experimental apresentou, antes da intervenção, uma média de 32,5 cm (±11,7 cm). Após a intervenção, essa média aumentou para 34,7 cm (±8,18 cm), sendo classificado como de flexibilidade razoável. Já o grupo controle iniciou com uma média de 29,3 cm (±8 cm) e alcançou 34,3 cm (±11,7 cm) após o período analisado, também permanecendo na categoria de flexibilidade razoável. Embora ambos os grupos tenham demonstrado melhora, o teste t de Student para amostras pareadas não identificou diferença estatisticamente significativa entre os momentos avaliados, com valores de p=0,082 para o GE e p=0,274 para o GC.
Foi questionado aos atletas, como eles consideraram o seu desempenho no jogo (Gráfico 1). Todos os atletas que participaram do GC afirmaram que seu desempenho no dia foi regular (n = 3), diferentemente dos atletas do GE, os quais afirmaram que seu desempenho foi bom (n = 1) e ótimo (n = 1).
Gráfico 1. Percepção do atleta sobre seu desempenho após o jogo (n=7)
Legenda: Os dados foram apresentados em frequência. Fonte: Dados da pesquisa
Também foi questionado como os participantes que tiveram a intervenção se sentiram, durante ela (Gráfico 2). Porcentagens equivalentes disseram se sentir confortável (28,6%, n= 2) ou muito bem (28,6%, n= 2).
Gráfico 2. Como os atletas se sentiram durante a intervenção de ventosaterapia e liberação miofascial (n=7)
Legenda: Os dados foram apresentados em porcentagem. Fonte: Dados da pesquisa
Também foi questionado como os participantes do GE se sentiram, após a intervenção, e as respostas também foram positivas, onde se sentiu confortável (14,3% n= 1), bem (42,9% n= 3) ou não teve intervenção (42,9% n= 3) (Gráfico 3).
Gráfico 3. Como os atletas se sentiram após a intervenção de ventosaterapia e liberação miofascial (n=7)
Legenda: Os dados foram apresentados em porcentagem. Fonte: Dados da pesquisa
Apesar de não haver interferência da intervenção na flexibilidade dos atletas (p=0,082), todos aqueles que participaram do GE relataram que a intervenção influenciou positivamente no desempenho do treino, e todos aqueles que participaram da pesquisa não apresentaram nenhum tipo de lesão.
Discussão
Os achados deste estudo não demonstraram efeitos significativos da intervenção proposta sobre a variável estudada. Contudo, observam-se resultados positivos da ventosaterapia e da liberação miofascial na percepção de bem-estar dos atletas e no desempenho durante os treinos.
Ao analisar a flexibilidade dos participantes, verificam-se que os atletas apresentaram uma classificação de flexibilidade razoável. Esse resultado diverge da literatura existente, que geralmente aponta para baixos níveis de flexibilidade em estudantes de escolas públicas, especialmente entre indivíduos sedentários. Rodrigues et al. (2019) destacaram diferenças significativas na flexibilidade entre estudantes com estilos de vida ativos e sedentários, além de distinções entre os sexos. De forma semelhante, Souza, Neto, e Santos (2020) indicaram que a média de flexibilidade em alunos sedentários encontra-se abaixo do ponto de corte, situando-os na zona de risco. Esses resultados sugerem que baixos níveis de flexibilidade podem, ao longo do tempo, comprometer a realização de atividades cotidianas. (Spirduso, 1995)
Neste estudo, os participantes eram atletas de futebol com estilo de vida ativo, caracterizado por treinos e exercícios regulares, o que contribuiu para o aumento da flexibilidade articular (Moura, 2019). A análise da flexibilidade antes e após a intervenção mostrou um aumento dessa variável em ambos os grupos (GC e GE), embora sem significância estatística. Williams et al. (2019) relataram resultados semelhantes ao não encontrarem diferenças estatísticas após uma única sessão de ventosaterapia em jogadores de futebol com média etária de 19 anos.
De acordo com Schafer et al. (2020), a aplicação única de ventosaterapia não resultou em aumento significativo da flexibilidade dos isquiotibiais em comparação ao grupo controle. Resultados similares foram observados por Williams et al. (2019), que relataram um aumento médio de 4,35° na flexibilidade no grupo que recebeu intervenção e 1,93° no grupo controle, embora sem significância estatística (p = 0,35). Os autores atribuíram esses resultados à breve duração do tratamento, sugerindo que uma única intervenção pode limitar os efeitos obtidos. Estudos futuros devem explorar múltiplas sessões ou combinações com outras abordagens terapêuticas, como o alongamento estático. Além disso, variáveis individuais, como a espessura da gordura subcutânea, podem influenciar os efeitos da ventosaterapia sobre a flexibilidade muscular. (Williams et al., 2019)
Por outro lado, Murray, e Clarkson (2019) relataram um aumento significativo na amplitude de movimento do quadril e do joelho em adultos jovens saudáveis após uma sessão de ventosaterapia de 15 minutos. De forma complementar, Bridgett et al. (2018), em uma revisão sistemática, destacaram potenciais benefícios da ventosaterapia, como a redução da dor, aumento da amplitude de movimento e diminuição de marcadores de lesão muscular, como a creatina quinase. Entretanto, os resultados entre os estudos revisados foram inconsistentes, com algumas pesquisas mostrando melhorias significativas e outras não identificando efeitos relevantes em comparação aos grupos controle.
A diferença nos achados pode ser atribuída ao tempo de intervenção. Murray, e Clarkson (2019) utilizaram um tempo superior ao aplicado neste estudo e nas pesquisas de Williams et al. (2019) e Schafer et al. (2020), o que pode ter influenciado os resultados. No estudo de Correa (2021) observou que uma única sessão de ventosaterapia não promoveu melhorias significativas na flexibilidade, mas quatro sessões consecutivas resultaram em aumento estatisticamente significativo da flexibilidade articular, especialmente na extensão do joelho e dorsiflexão do tornozelo. No entanto, não houve alterações significativas no limiar de dor à pressão, sugerindo que os benefícios da técnica estão mais relacionados à mobilidade e prevenção de lesões do que ao alívio da dor.
A liberação miofascial também demonstrou efeitos positivos. Dias Junior (2020) relatou que intervenções semanais ao longo de seis meses resultaram em melhorias significativas na flexibilidade, recuperação muscular e prevenção de lesões. Ferreira et al. (2021) identificaram que, após cinco sessões da técnica nos membros inferiores, houve melhora significativa na flexibilidade em comparação ao grupo que realizou apenas alongamento. De forma semelhante, Arruda (2010) observou aumento progressivo da amplitude de movimento em adultos masculinos após aplicação da técnica.
A revisão sistemática de Morimoto (2019) reforça que, apesar da ausência de efeitos agudos relevantes em alguns estudos, a ventosaterapia apresenta benefícios acumulativos, especialmente no alívio da dor musculoesquelética e no aumento da flexibilidade, quando aplicada de forma regular e prolongada. Warren et al. (2020) também destacaram os benefícios da ventosaterapia na flexibilidade dos isquiotibiais, atribuídos à descompressão miofascial e à melhora da mobilidade.
Os resultados deste estudo sugerem que a eficácia da ventosaterapia no aumento da flexibilidade dos membros inferiores pode estar relacionada à duração das sessões e à continuidade do protocolo. Protocolos mais longos ou com maior número de sessões consecutivas podem ser mais eficazes na promoção de ganhos na amplitude de movimento.
Adicionalmente, as PICS investigadas neste estudo demonstraram benefícios tanto no rendimento quanto no bem-estar percebido pelos atletas. Durante a intervenção, os participantes relataram conforto e bem-estar, percepção mantida também no pós-intervenção. Estudos anteriores também indicam resultados positivos das PICS na promoção do bem-estar individual (Ferraz et al., 2020; Andrade, Cavalcanti e Maia, 2024), além de contribuírem para a melhoria da percepção corporal.
Por outro lado, o estudo de Murray, e Clarkson (2019) avaliou a experiência com a ventosaterapia e identificou que 76% dos participantes relataram desconforto durante o procedimento, possivelmente devido ao tempo prolongado de aplicação (15 minutos). Neste estudo, a intervenção foi de aproximadamente dois minutos, o que pode explicar a ausência de relatos significativos de desconforto. O tempo de aplicação parece ser um determinante importante na percepção dos indivíduos.
Por fim, dois participantes do GE relataram percepção de rendimento classificada entre bom e ótimo, enquanto os participantes do GC consideraram seu rendimento apenas regular. Essa diferença pode ser atribuída aos efeitos da ventosaterapia e da liberação miofascial, que favorecem a circulação sanguínea e a oxigenação dos tecidos, influenciando positivamente o desempenho em atividades físicas. (Santos et al., 2020; Aboushanab, 2018; Calogero, 2017; Campos, 2015)
Conclusões
As PICS avaliadas no presente estudo não apresentaram aumento significativo na flexibilidade. No entanto, observa-se uma melhora na percepção do rendimento, bem como conforto e bem-estar relatados durante e após o período de intervenção. Embora as PICS, de forma aguda, não resultem em um ganho acentuado na amplitude de movimento, é possível que a prática contínua, com mais sessões terapêuticas, possa proporcionar resultados mais expressivos na flexibilidade.
Entre as limitações deste estudo, se destaca o tamanho reduzido da amostra, o que comprometeu a robustez da análise estatística e dificultou a aplicação de testes mais precisos. Esse fator decorreu, em parte, da dificuldade de recrutamento, devido à interrupção dos treinos semanais dos atletas. Portanto, se sugerem novos estudos com amostras maiores para fortalecer a confiabilidade dos resultados encontrados.
Apesar das limitações, o estudo apresentou resultados alinhados com a literatura e inovou ao investigar a aplicação de técnicas como a ventosaterapia e a liberação miofascial em atletas escolares, uma área ainda pouco explorada. A introdução das PICS no contexto do esporte escolar apresenta grande potencial de benefícios, especialmente devido ao baixo custo, acessibilidade e aos efeitos positivos relatados. Dessa forma, se ressalta a relevância de novas pesquisas nesse campo, para promover melhorias significativas no rendimento e no bem-estar de alunos e atletas, além de contribuir para a expansão do uso das PICS em práticas esportivas.
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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 30, Núm. 326, Jul. (2025)