ISSN 1514-3465
Hábitos de saúde e higiene em estudantes do
ensino médio e superior pós-pandemia da COVID-19
Health and Hygiene Habits in High School and College Students after the COVID-19 Pandemic
Hábitos de salud e higiene en estudiantes de secundaria y universidad tras la pandemia de COVID-19
Reginaldo Marcolan Braga Dias
*reginaldo.dias@ufv.br
Ítalo Santiago Alves Viana
**italo.viana@ufv.br
Guilherme de Azambuja Pussieldi
***guilhermepussieldi@ufv.br
*Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
Universidade Federal de Viçosa (UFV), Campus Florestal, Florestal, Minas Gerais
Licenciado em Educação Física pela UFV - Campus Florestal
**Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (UFV)
Campus Florestal, Florestal, Minas Gerais
Graduado em Educação Física pela UFV - Campus Florestal
Integrante do laboratório de análise
da morfofisiológia humana (Human Lab) e GEPAFIS
***Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (UFV)
Campus Florestal, Florestal, Minas Gerais
Professor da Universidade Federal de Viçosa
Campus Florestal (UFV-CAF)
Diretor de Ensino da UFV-CAF
Professor no Programa de Pós-graduação em Educação Física
da Universidade Federal do Maranhão
Gerente de Alto Rendimento da Confederação Brasileira de Ciclismo
Chefe de Delegação da modalidade Ciclismo nos Jogos Olímpicos de Paris 2024
(Brasil)
Recepción: 26/08/2024 - Aceptación: 06/04/2025
1ª Revisión: 30/03/2025 - 2ª Revisión: 03/04/2025
Documento acessível. Lei N° 26.653. WCAG 2.0
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Cita sugerida
: Dias, R.M.B., Viana, I.S.A., e Pussieldi, G. de A. (2025). Hábitos de saúde e higiene em estudantes do ensino médio e superior pós-pandemia da COVID-19. Lecturas: Educación Física y Deportes, 30(324), 79-99. https://doi.org/10.46642/efd.v30i324.7856
Resumo
A pandemia de COVID-19 evidenciou a importância da higiene pessoal e da desinfecção de objetos e superfícies. Este estudo teve como objetivo investigar os hábitos de saúde diária e as práticas de higiene, comparando esses aspectos entre estudantes do ensino médio e da graduação, seis meses após o pico da pandemia. A pesquisa foi realizada ao longo de dois meses e contou com a participação de estudantes de ambos os níveis de ensino, que responderam a um questionário com 25 questões relacionadas à higienização, práticas saudáveis e conhecimentos sobre a COVID-19. Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e inferencial (p<0,05), utilizando o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 26.0. Os resultados indicaram que estudantes do ensino médio apresentaram menor frequência na lavagem das mãos após o uso do banheiro (p=0,003), enquanto os universitários relataram menor regularidade na higienização de compras provenientes do supermercado (p=0,01), não mostrando diferenças em outras variáveis analisadas. Conclui-se que os estudantes de graduação realizam mais práticas de higienização diária, porém demonstram menor atenção à desinfecção de objetos, enquanto os estudantes do ensino médio priorizam, especificamente, a limpeza de produtos adquiridos no supermercado.
Unitermos
: Pandemia. Higiene das mãos. Estilo de vida saudável.
Abstract
The COVID-19 pandemic highlighted the importance of personal hygiene and the disinfection of objects and surfaces. This study aimed to investigate daily health habits and hygiene practices, comparing these aspects between high school and undergraduate students six months after the peak of the pandemic. The research was conducted over a two-month period and involved students from both educational levels, who responded to a 25-question survey related to hygiene, healthy practices, and knowledge about COVID-19. The data were analyzed using descriptive and inferential statistics (p<0.05), with the Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), version 26.0. The results indicated that high school students showed a lower frequency of hand washing after using the restroom (p=0.003), while university students reported less regularity in sanitizing groceries from the supermarket (p=0.01), with no differences observed in other analyzed variables. It was concluded that undergraduate students engage more in daily hygiene practices but pay less attention to disinfecting objects, whereas high school students specifically prioritize cleaning supermarket-purchased products.
Keywords
: Pandemic. Hand hygiene. Healthy lifestyle.
Resumen
La pandemia de COVID-19 ha puesto de relieve la importancia de la higiene personal y de la desinfección de objetos y superficies. Este estudio tuvo como objetivo investigar los hábitos de salud y las prácticas de higiene diarias, comparando estos aspectos entre estudiantes de secundaria y universitarios, seis meses después del pico de la pandemia. La investigación se desarrolló durante dos meses y contó con la participación de estudiantes de ambos niveles educativos, quienes respondieron un cuestionario con 25 preguntas relacionadas con higiene, prácticas saludables y conocimientos sobre COVID-19. Los datos fueron analizados mediante estadística descriptiva e inferencial (p<0,05), utilizando el software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versión 26.0. Los resultados indicaron que los estudiantes de secundaria fueron menos propensos a lavarse las manos luego de usar el baño (p=0,003), mientras que los universitarios reportaron menor regularidad en las compras de limpieza del supermercado (p=0,01), sin mostrar diferencias en otras variables analizadas. Se concluye que los estudiantes de pregrado realizan más prácticas de higiene diaria, pero demuestran menor atención a la desinfección de objetos, mientras que los estudiantes de secundaria priorizan específicamente los productos de limpieza adquiridos en el supermercado.
Palabras clave
: Pandemia. Higiene de manos. Estilo de vida saludable.
Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 30, Núm. 324, May. (2025)
Introdução
A possível contaminação adquirida por contato em superfícies sem higiene adequada tem se tornado cada vez mais comum, exigindo atenção redobrada por parte da saúde pública. As superfícies necessitam de limpeza constante e apropriada para minimizar a propagação de doenças transmitidas por patógenos. Com a pandemia do novo coronavírus (COVID-19) em 2020, a população global foi alertada sobre a importância da desinfecção de objetos, bem como da higienização das mãos e das superfícies de uso coletivo (Midzi et al., 2024), que são ferramentas essenciais para a conservação da saúde, dado que a contaminação adquirida por contato em superfícies sem higiene adequada está se tornando cada vez mais frequente. (Chin et al., 2020; Mahanta et al., 2021)
Estudos documentam que a contaminação é comum em situações de contato próximo, como escolas, creches, prisões e equipes esportivas (David et al., 2008; Gorwitz, 2008; Rackham et al., 2010; Who, 2020). A pandemia do COVID-19 afetou diversos setores da sociedade, desde o setor corporativo até a educação. De acordo com Krumsiek (2020), é fundamental que os pesquisadores educacionais investiguem diferentes aspectos das consequências educacionais da crise, para evitar que evidências anedóticas dominem a análise sobre o impacto do desligamento na vida dos alunos. O setor educacional, de forma geral, foi significativamente afetado, tanto alunos quanto professores, sendo um dos possíveis efeitos a alteração dos hábitos de higiene pessoal.
Durante a pandemia da COVID-19, a precaução com a higiene se mostrou essencial, pois a falta de atenção a esse aspecto transformou-se em um risco para a saúde, chegando a ter em 2023 mais de 671 milhões de casos da doença do coronavírus 2019 no mundo (Narayanan et al., 2024). A contaminação microbiológica das superfícies mais utilizadas em espaços públicos, que pode resultar em diversas doenças infecciosas, é um dos danos mais comuns (Gonçalves et al., 2021). As práticas de higiene pessoal desempenham um papel crucial na prevenção de contaminações bacterianas, fúngicas e outras infecções da pele e da saúde em geral. (Prado, 2012; Aboubakr et al., 2021)
O estudo de Bravine et al. (2022) evidenciou que os estudantes avaliados apresentavam baixos níveis de hábitos saudáveis diários, os quais estavam associados aos seus estilos de vida. Mesmo possuindo um bom nível de conhecimento sobre saúde, muitos mantinham comportamentos considerados de risco. De forma semelhante, Novák et al. (2020) observaram que, ainda que cursassem medicina, estudantes do ensino superior apresentavam dificuldades em manter uma higiene adequada das mãos, com 33% dos participantes não realizando a higienização de forma correta.
Considerando que práticas de higiene são fundamentais para a prevenção de doenças, torna-se necessário investigar possíveis associações entre os hábitos de saúde diária e essas práticas, além de comparar tais aspectos entre estudantes do ensino médio e da graduação. Essa análise, realizada após seis meses do período crítico da pandemia de COVID-19, contribui para uma compreensão mais abrangente do cenário pós-pandêmico, especialmente diante da escassez de estudos comparativos entre esses dois níveis educacionais, o que reforça a relevância da presente pesquisa.
Métodos
Delineamento e populações do estudo
Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa e qualitativa, realizado com uma amostra composta por 122 estudantes do ensino médio e da graduação, vinculados à Universidade Federal de Viçosa - Campus Florestal, localizada em Florestal, Minas Gerais, Brasil.
Critérios de inclusão e exclusão
Foram incluídos no estudo estudantes de ambos os sexos, com idades entre 17 e 22 anos, que tivessem acesso à Internet e estivessem aptos a responder ao questionário eletrônico. Foram excluídos os indivíduos que não dispunham de acesso à internet ou que não concluíram o preenchimento do instrumento de coleta de dados.
Coleta de dados e instrumentos
O presente estudo foi realizado ao longo de dois meses, com a coleta de dados conduzida por meio de um formulário eletrônico disponibilizado na plataforma Google Forms, entre os meses de fevereiro e março. Para avaliar a qualidade do sono percebida e os hábitos de higienização dos estudantes, foi elaborado um questionário autorrelatado, baseado no método utilizado por Andrade et al. (2016). A avaliação da qualidade do sono foi feita por meio de uma única pergunta objetiva: “Quantas horas, em média, você dorme por noite?”, com respostas organizadas em uma escala tipo Likert de três pontos, com os seguintes pontos de corte: 1 = 4 horas ou menos (indicando sono de baixa qualidade), 2 = entre 5 e 7 horas (sono de qualidade moderada) e 3 = 8 horas ou mais (sono de boa qualidade). A adoção de um instrumento autodeclarado é reconhecida como uma estratégia confiável para aferir a percepção da qualidade do sono entre jovens e estudantes, sendo amplamente utilizada em estudos recentes com metodologias semelhantes. (Brandt et al., 2017; Andrade et al., 2016; Brandt et al., 2014, Soares et al., 2021)
Os alunos também responderam a um questionário sobre os hábitos de saúde diários, que continham várias perguntas, incluindo perguntas sobre higienização, práticas saudáveis e conhecimento sobre a COVID-19.
Procedimento
O link contendo o questionário foi disponibilizado aos estudantes por meio do aplicativo de mensagens WhatsApp. Inicialmente, o link foi encaminhado aos professores, que se responsabilizaram por repassá-lo aos seus respectivos alunos. A coleta de dados foi realizada por meio da plataforma Google Forms, a qual permite a elaboração de pesquisas personalizadas do tipo Survey. As respostas foram automaticamente registradas em uma planilha vinculada, possibilitando posterior exportação para softwares de análise estatística. Esse método foi adotado com o objetivo de ampliar a abrangência da amostra, contemplando tanto estudantes do ensino médio quanto do ensino superior.
Aspectos éticos
Antes da realização de qualquer coleta, o presente trabalho foi previamente aprovado pelo Comitê de Ética para Pesquisa em Seres Humanos da Universidade Federal de Viçosa - Campus Florestal (CAAE: 31640820.3.0000.5153; Parecer número: 4.911.385), e os pais assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e os participantes menores o Termo de Assentimento.
Os indivíduos foram convidados a responder um questionário e o fizeram de forma voluntária, houve a garantia explícita de confidencialidade das respostas, após a própria concordância e dos pais ou responsáveis, assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) por intermédio da mídia social WhatsApp do grupo dos alunos e também esclarecido a finalidade da pesquisa, sua importância e seus objetivos. Juntamente com o link do Survey, continha o Termo de Assentimento (TA) e os questionários para que os alunos assinassem eletronicamente aceitando participar do projeto como voluntário.
Os participantes foram instruídos que poderiam deixar a qualquer momento a pesquisa. O projeto está de acordo com as Orientações para Procedimentos em Pesquisa em Ambiente Virtual (Carta Circular 01/2021) do CNS.
Análise estatística
As informações coletadas foram automaticamente dirigidas para uma planilha, onde foram importadas aos programas de análise. Os dados foram tabulados sendo feito análise descritiva utilizando o programa Excel® e identificação da diferença significativa (P<0,05) destes dados através do programa SPSS 26.0.
Resultados
Dos 122 participantes que responderam ao questionário, 53 (43,4%) são alunos do ensino médio com idade média de 17 ± 2,22 anos e 69 (56,6%) são alunos da graduação com idade média de 22 ± 4,33, de ambos os sexos, 65 (53,27%) do sexo feminino e 57 (46,73%) do sexo masculino.
Tabela 1. Associação entre o número médio de horas de sono e o nível de
ensino dos estudantes do ensino médio e da graduação, Florestal/MG (N=122)
Nota: Teste Qui-quadrado de Pearson, χ² (2) = 3,240, p = 0,198. Fonte: Dados de pesquisa
Conforme demonstrado na Tabela 1, foi analisada a associação entre o número médio de horas de sono e o nível de ensino dos participantes. Embora tenham sido observadas diferenças percentuais entre os grupos — com estudantes da graduação relatando maior frequência de sono reduzido — a análise estatística indicou que tais variações não foram significativas (Qui-quadrado de Pearson = 3,240; gl = 2; p = 0,198), sugerindo ausência de associação entre as variáveis.
Tabela 2. Associação entre a qualidade de sono e o nível de ensino dos
estudantes do ensino médio e da graduação, Florestal/MG (N=122)
Nota: Teste Qui-quadrado de Pearson, χ² (4) = 2,182, p = 0,702. Fonte: Dados de pesquisa
Os dados da Tabela 2 abordam a associação entre a qualidade do sono e o nível de ensino. Apesar das diferenças percentuais observadas — como a maior proporção de sono regular entre os estudantes do ensino médio e melhor qualidade percebida entre os da graduação — o teste do Qui-quadrado de Pearson (χ² = 2,182; gl = 4; p = 0,702) não indicou significância estatística, sugerindo que a qualidade do sono não varia de forma relevante entre os dois grupos.
Tabela 3. Frequência da prática de exercícios físicos entre estudantes do ensino
médio e da graduação e sua associação com o nível de ensino, Florestal/MG (N=122)
Nota: Teste Qui-quadrado de Pearson, χ² (1) = 0,569, p = 0,450. Fonte: Dados de pesquisa
De acordo com os dados dispostos na Tabela 3, que analisou a prática de exercício físico entre os diferentes níveis de ensino, observa-se que cerca de metade da amostra relatou não praticar atividade física no período pós-pandêmico. Apesar de não terem sido encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos (p > 0,05), verifica-se que, proporcionalmente, os estudantes de graduação têm se engajado mais em práticas de exercícios físicos em comparação aos estudantes do ensino médio.
Tabela 4. Relação entre a frequência de vezes por semana praticados e o nível
de ensino dos estudantes do ensino médio e da graduação, Florestal/MG (N=122)
Nota: Teste Qui-quadrado de Pearson, χ² (2) = 4,703, p = 0,095. Fonte: Dados de pesquisa
Com base nos dados da Tabela 4, observou-se que 45,3% dos estudantes do ensino médio relataram praticar atividade física, sendo que a maioria declarou fazê-lo de uma a três vezes por semana. Frequências mais elevadas (de quatro a sete vezes semanais) foram menos comuns e nenhuma prática superior a esse intervalo foi reportada. Em contrapartida, 54,7% dos estudantes desse grupo afirmaram não realizar nenhuma prática regular de exercício físico. Entre os estudantes da graduação, 56,3% indicaram praticar atividades físicas, com distribuição semelhante entre aqueles que praticavam de uma a três vezes por semana e os que o faziam de quatro a sete vezes. Nenhum estudante desse grupo ultrapassou sete sessões semanais. Apesar das variações percentuais entre os níveis de ensino, os resultados do teste de Qui-quadrado de Pearson (χ²(2) = 4,703; p = 0,095) não indicaram associação estatisticamente significativa entre as variáveis analisadas.
Quanto à ingestão hídrica, os estudantes do ensino médio apresentaram uma média de consumo diário de 6,62 ± 3,15 copos americanos de 200 ml, enquanto os da graduação relataram uma média ligeiramente superior, de 7,7 ± 4,4 copos por dia.
Tabela 5. Distribuição entre a higienização das mãos pós prática de exercício físico e
o nível de ensino dos estudantes do ensino médio e da graduação, Florestal/MG (N=122)
Nota: Teste Qui-quadrado de Pearson, χ² (3) = 0,067, p = 0,995. Fonte: Dados de pesquisa
A partir dos dados apresentados na Tabela 5, observou-se que a maioria dos participantes relatou higienizar as mãos após a prática de atividades físicas. Apesar de terem sido identificadas diferenças percentuais entre aqueles que realizam essa prática esporadicamente e os que a executam de forma habitual, os resultados do teste estatístico (Qui-quadrado de Pearson, p > 0,05) não revelaram significância, sugerindo comportamento semelhante entre os estudantes dos diferentes níveis de ensino.
Tabela 6. Associação entre a quantidade de vezes por dia que higienizam as mãos com sabão
e o nível de ensino dos estudantes do ensino médio e da graduação, Florestal/MG (N=122)
Nota: Teste Qui-quadrado de Pearson, χ² (4) = 7,694, p = 0,103. Fonte: Dados de pesquisa
A maior parte dos participantes, independentemente do nível de ensino, relatou lavar as mãos com sabão entre quatro e sete vezes ao dia. Frequências mais baixas (1 a 3 vezes) foram mais comuns entre os universitários, enquanto a prática mais intensiva (oito vezes ou mais) predominou entre os alunos do ensino médio. Apenas três estudantes afirmaram não realizar esse hábito. Apesar das variações, o teste estatístico não apontou diferenças significativas entre os grupos (χ² (4) = 7,694; p = 0,103), indicando um comportamento de higiene semelhante entre os níveis de escolaridade.
Tabela 7. Periodicidade da higienização das mãos por dia com álcool e o nível de
ensino dos estudantes do ensino médio e da graduação, Florestal/MG (N=122)
Nota: Teste Qui-quadrado de Pearson, χ² (5) = 5,031, p = 0,412. Fonte: Dados de pesquisa
No que se refere ao uso de álcool para higienização das mãos, observou-se maior frequência de uso entre uma a três vezes ao dia, especialmente entre os estudantes do ensino médio. Por outro lado, o não uso do álcool foi mais recorrente entre os universitários. Ainda assim, os resultados do teste de Qui-quadrado (χ² (5) = 5,031; p = 0,412) não evidenciaram diferença estatisticamente significativa, sugerindo uniformidade nesse comportamento entre os grupos.
Tabela 8. Relação entre os níveis de ensino e higienização das mãos
com água e sabão, após sair do banheiro, Florestal/MG (N=122)
Nota: Teste Qui-quadrado de Pearson, χ² (2) = 11,335, p = 0,003. Fonte: Dados de pesquisa
Conforme apresentado na Tabela 8, avaliou-se a frequência do hábito de lavar as mãos com água e sabão após ir ao banheiro entre estudantes do ensino médio e da graduação. Os resultados indicaram uma diferença estatisticamente significativa entre os grupos (χ² (2) = 11,335; p = 0,003), evidenciando que esse comportamento varia conforme o nível de ensino. Observa-se que todos os estudantes que relataram lavar as mãos apenas “às vezes” pertencem ao grupo da graduação, enquanto os poucos que afirmaram não realizar essa prática estão concentrados no ensino médio. Apesar de a maioria dos estudantes, independentemente do nível, relatar adotar o hábito com regularidade, a discrepância entre as respostas menos frequentes indica possíveis diferenças nos padrões de higiene que merecem atenção.
Tabela 9. Associação entre o hábito de lavar as mãos ao chegar em casa e o nível
de ensino dos estudantes do ensino médio e da graduação, Florestal/MG (N=122)
Nota: Teste Qui-quadrado de Pearson, χ² (2) = 5,709, p = 0,058. Fonte: Dados de pesquisa
Quanto ao hábito de lavar as mãos ao chegar em casa, os dados indicam variações percentuais entre os níveis educacionais. Estudantes do ensino médio demonstraram maior frequência de adesão ao hábito (54,2%), enquanto entre os graduandos essa proporção foi de 45,8%. Entre os que afirmaram realizá-lo apenas ocasionalmente, a maioria pertence à graduação (69,0%). Apesar dessas diferenças, o valor de p (χ² (2) = 5,709; p = 0,058) não foi suficiente para indicar significância estatística, o que aponta para uma tendência, mas não para uma associação conclusiva entre as variáveis.
Tabela 10. Associação entre hábito de lavar as mãos após tocar em um animal e o
nível de ensino dos estudantes do ensino médio e da graduação, Florestal/MG (N=122)
Nota: Teste Qui-quadrado de Pearson, χ² (2) = 2,106, p = 0,349. Fonte: Dados de pesquisa
Com base nos dados da Tabela 10, que apresenta a associação entre o hábito de lavar as mãos após tocar em um animal e o nível de ensino dos estudantes, observa-se que, embora a maioria dos participantes de ambos os grupos afirme realizar a higienização das mãos após esse contato, não houve associação estatisticamente significativa entre as variáveis.
Entre os estudantes do ensino médio, 48,6% afirmaram sempre lavar as mãos, enquanto 37,8% disseram fazê-lo apenas às vezes e 13,5% afirmaram não ter esse hábito. Já entre os estudantes da graduação, 51,4% relataram lavar as mãos após tocar em um animal, 31,1% responderam que não lavam e 32,0% o fazem apenas ocasionalmente. Apesar das variações percentuais, o valor de p indica que essas diferenças não são estatisticamente significativas, sugerindo um padrão de comportamento semelhante entre os grupos avaliados.
Tabela 11. Associação entre o hábito de lavar as mãos antes das refeições e o nível
de ensino dos estudantes do ensino médio e da graduação, Florestal/MG (N=122)
Nota: Teste Qui-quadrado de Pearson, χ² (2) = 0,718, p = 0,689. Fonte: Dados de pesquisa
Em relação ao hábito de lavar as mãos antes das refeições, a análise estatística (χ²(2) = 0,718; p = 0,689) não apontou diferenças significativas entre os estudantes do ensino médio e da graduação. Embora pequenas variações percentuais tenham sido observadas — com os universitários apresentando ligeira predominância de respostas afirmativas — tais diferenças não foram suficientes para evidenciar uma associação estatística. Isso sugere uma prática comum entre os níveis educacionais no que tange à higiene pré-refeição.
Tabela 12. Associação entre o hábito de higienizar compras feitas no supermercado e
o nível de ensino dos estudantes do ensino médio e da graduação, Florestal/MG (N=122)
Nota: Teste Qui-quadrado de Pearson, χ² (2) = 8,076, p = 0,018. Fonte: Dados de pesquisa
Os dados apresentados na Tabela 12 referem-se à associação entre o hábito de higienizar compras de supermercado e o nível de ensino dos estudantes. Verificou-se uma associação estatisticamente significativa entre as variáveis (χ² (2) = 8,076; p = 0,018), indicando que o comportamento relacionado à higienização das compras varia de forma relevante entre os grupos. Estudantes do ensino médio relataram maior frequência na prática de higienização, enquanto os universitários apresentaram maior proporção de respostas negativas. Esses resultados evidenciam diferenças comportamentais significativas entre os níveis educacionais quanto à adoção dessa medida preventiva.
Tabela 13. Associação entre a frequência de uso de máscaras e o nível de
ensino dos estudantes do ensino médio e da graduação, Florestal/MG (N=122)
Nota: Teste Qui-quadrado de Pearson, χ² (2) = 2,078, p = 0,354. Fonte: Dados de pesquisa
Nesta tabela, analisou-se a frequência de uso de máscaras segundo o nível de escolaridade. Os resultados (χ² (2) = 2,078; p = 0,354) indicam ausência de associação significativa, o que revela padrões semelhantes entre os estudantes do ensino médio e da graduação. Apesar de algumas variações, como uma leve inclinação dos alunos do ensino médio ao uso mais frequente da proteção facial, tais diferenças não foram estatisticamente relevantes.
Tabela 14. Associação entre a percepção dos estudantes quanto a necessidade de manter o rigor no uso
de máscaras e o nível de ensino dos estudantes do ensino médio e da graduação, Florestal/MG (N=122)
Nota: Teste Qui-quadrado de Pearson, χ² (1) = 0,078, p = 0,780. Fonte: Dados de pesquisa
Na Tabela 14 explora-se a percepção dos estudantes quanto à necessidade de manter o rigor no uso de máscaras, comparando os níveis de ensino. Os resultados não revelaram diferença estatisticamente significativa entre os grupos (χ² (1) = 0,078; p = 0,780), sugerindo que tanto os alunos do ensino médio quanto os da graduação compartilham opiniões semelhantes sobre a continuidade do uso rigoroso das máscaras. Ainda que a maioria de ambos os grupos tenha respondido positivamente à necessidade de manter esse cuidado, a semelhança nas proporções indica uma percepção relativamente homogênea entre os participantes, independentemente do nível de escolaridade.
Tabela 15. Associação entre o quantitativo de estudantes pertencentes ao grupo de risco da COVID-19
e o nível de ensino dos estudantes do ensino médio e da graduação, Florestal/MG (N=122)
Nota: Teste Qui-quadrado de Pearson, χ² (1) = 0,020, p = 0,888. Fonte: Dados de pesquisa
Nesta tabela, investigou-se a proporção de estudantes pertencentes ao grupo de risco para a COVID-19 em relação ao nível de ensino. Os dados mostram que apenas uma minoria se enquadrava nessa condição e, conforme o teste estatístico (χ² (1) = 0,020; p = 0,888), não houve diferença significativa entre os grupos. Isso indica distribuição uniforme dessa característica na amostra avaliada.
Tabela 16. Associação entre o nível de conhecimento sobre a COVID-19 e o nível
de ensino dos estudantes do ensino médio e da graduação, Florestal/MG (N=122)
Nota: Teste Qui-quadrado de Pearson, χ² (1) = 0,288, p = 0,592. Fonte: Dados de pesquisa
Já a Tabela 16 apresenta a autopercepção dos estudantes quanto ao conhecimento sobre a COVID-19. Observa-se que a maioria dos participantes relatou possuir um bom nível de conhecimento sobre a doença, com uma proporção levemente superior entre os estudantes da graduação. Apesar da aparente divisão entre os que declararam saber muito e os que afirmaram saber pouco, os resultados do teste Qui-quadrado não evidenciaram diferença estatisticamente significativa entre os níveis de ensino.
Tabela 17. Associação entre a utilização da máscara de proteção mesmo após o termino da pandemia
e o nível de ensino dos estudantes do ensino médio e da graduação, Florestal/MG (N=122)
Nota: Teste Qui-quadrado de Pearson, χ² (2) = 3,861, p = 0,145. Fonte: Dados de pesquisa
Já a Tabela 17 apresenta a relação entre os níveis de ensino e a frequência de uso de máscaras de proteção contra a COVID-19. Observa-se que grande parte dos estudantes relatou utilizar máscaras raramente, com predominância desse comportamento entre os alunos da graduação. No entanto, a análise estatística não revelou diferença significativa entre os grupos (p = 0,145), indicando que o uso de máscaras não variou de forma relevante entre os diferentes níveis de ensino.
Tabela 18. Associação entre o distanciamento em locais fechados e o nível de
ensino dos estudantes do ensino médio e da graduação, Florestal/MG (N=122)
Nota: Teste Qui-quadrado de Pearson, χ² (1) = 0,288, p = 0,592. Fonte: Dados de pesquisa
Por fim, a Tabela 18 examina a manutenção do distanciamento mínimo recomendado (1,5 metros) em ambientes fechados. Os resultados não demonstraram diferença estatística relevante entre os níveis de ensino (χ² (1) = 0,288; p = 0,592). Contudo, observou-se que a maioria dos participantes raramente respeitava essa medida, sendo essa conduta mais frequente entre os estudantes da graduação.
Discussão
No presente estudo, buscou-se verificar e comparar os hábitos de saúde diária de estudantes do ensino médio e da graduação, bem como as práticas de higiene adotadas por esses indivíduos nos seis meses seguintes ao período mais crítico da pandemia da COVID-19.
Em relação à qualidade do sono, 44,4% dos participantes (n = 54) avaliaram-na como boa ou muito boa. No entanto, todos relataram dormir menos de 8 horas por noite, o que contraria as recomendações da American Academy of Sleep Medicine (AASM, 2016), que sugere que adolescentes entre 13 e 18 anos devem dormir de 8 a 10 horas por dia para uma saúde ideal (Paruthi et al., 2016). Esse achado indica uma possível dissonância entre a percepção de qualidade e a prática efetiva do descanso noturno, o que pode comprometer o desempenho acadêmico, a imunidade e o bem-estar psicológico dos estudantes.
Outro dado expressivo refere-se à prática de atividades físicas. Observou-se um número significativo de estudantes que não realizavam exercícios físicos regularmente. Segundo Zhou et al. (2022), a pandemia da COVID-19 impôs negativamente significativas mudanças na rotina dos estudantes, sendo impactados em determinados componentes da aptidão física, especialmente na resistência aeróbica e na força explosiva, podendo estar relacionado ao sedentarismo intensificado pelo uso excessivo de smartphones e ao maior acesso a entretenimento digital, como jogos, vídeos e redes sociais (Pereira et al., 2020). Além disso, durante a pandemia, a limitação de espaços adequados para a prática de atividades físicas contribuiu para a redução desses hábitos, conforme apontado por Guimarães Junior, e Correia (2020), De Amorim et al. (2022) e Peyer et al. (2024).
Quanto às práticas de higiene, um dos achados mais significativos foi a maior adesão dos estudantes do ensino médio à higienização das compras de supermercado, em comparação aos universitários — comportamento também identificado por Braga, e Pussieldi (2021). Tal diferença pode estar relacionada a uma maior preocupação com a segurança alimentar, como sugerem Isin et al. (2024), que destacam que altos níveis de preocupação com a contaminação viral levam à adoção de medidas rigorosas de limpeza.
Outro ponto que merece destaque é o alto nível de adesão à higienização das mãos. A maioria dos participantes relatou manter essa prática com frequência, mesmo no período pós-pandêmico. Esses dados corroboram os achados de Noádia et al. (2021), os quais indicam que os jovens passaram a buscar mais informações sobre higiene pessoal durante o distanciamento social. Além disso, Erfani et al. (2023) ressaltam que práticas básicas de higiene, como a lavagem correta das mãos, são cruciais em contextos de crise sanitária, pois previnem a propagação de agentes infecciosos. Tania et al. (2021) e Hanna et al. (2023) complementam ao apontar que, além de remover sujeiras visíveis, a higienização das mãos reduz significativamente o risco de transmissão de doenças infecciosas relacionadas ao ambiente.
No que diz respeito ao nível de conhecimento sobre a COVID-19, 54 dos 122 estudantes relataram saber pouco sobre a doença. Isso pode estar associado ao fato de que a maioria não pertence ao grupo de risco, o que reduz a busca ativa por informações sobre a patologia. Conforme observado por Puspitasari et al. (2020), o medo da doença e o sentimento de vulnerabilidade foram importantes motivadores para que determinados grupos, como idosos e pessoas com comorbidades, se envolvessem mais com informações científicas e notícias sobre a pandemia.
Apesar das contribuições relevantes, este estudo apresenta algumas limitações. O recorte temporal, que compreendeu os meses de fevereiro e março, pode ter influenciado os resultados, considerando as especificidades do contexto pós-pandêmico nesse período. Além disso, o tamanho e a delimitação da amostra - composta por estudantes de uma única instituição localizada em Florestal/MG - restringem a generalização dos achados para outros contextos sociais, regionais e educacionais.
Conclusão
Conclui-se que a pesquisa obteve resultados significativos ao evidenciar os hábitos de saúde e higiene de estudantes do ensino médio e da graduação em um período específico pós-pandemia de COVID-19. As análises apresentadas apontam para importantes diferenças e semelhanças entre os grupos, indicando que, embora a maioria dos alunos demonstre boa qualidade de sono e práticas higiênicas adequadas, ainda há lacunas na adoção de hábitos como a prática regular de exercícios físicos.
O estudo também revelou que o contexto da pandemia estimulou um nível elevado de conscientização sobre medidas preventivas, como a higienização frequente das mãos, especialmente entre os estudantes do ensino médio. Entretanto, os alunos da graduação destacam-se por práticas consistentes de higienização ao chegarem em casa e após o uso do banheiro. Esses achados reforçam a importância da continuidade das campanhas educativas sobre saúde e higiene, adaptadas a diferentes faixas etárias e contextos acadêmicos.
Para trabalhos futuros, poderia ser interessante expandir a amostra e níveis de ensino, explorando não apenas a manutenção dos hábitos de higiene, mas também o impacto de fatores como a saúde mental na vida dos estudantes.
Financiamento
Financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) e Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
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