Lecturas: Educación Física y Deportes | http://www.efdeportes.com

ISSN 1514-3465

 

Plantas medicinais e estresse oxidativo em atletas. 

Uma revisão sobre compostos antioxidantes

Medicinal Plants and Oxidative Stress in Athletes. A Review on Antioxidant Compounds

Plantas medicinales y estrés oxidativo en deportistas. Una revisión sobre compuestos antioxidantes

 

Henrique Simão Moraes*

henriquesimaomoraes@gmail.com

Camilla Fagundes de Oliveira Bueno**

bueno.cami@hotmail.com

Fábio Rocha***

fabiorocha_15@hotmail.com

Luiz Augusto da Silva****

lasilva7@hotmail.com

Marcos Roberto Brasil+

brasilmr@hotmail.com.br

Marianna Wirthmann Pompeo Flauzino++

mari.flau.pr@gmail.com

Nilane Françoise Patel+++

nanepatel@gmail.com

Raul Osiecki++++

raulfisioex@gmail.com

Carlos Ricardo Maneck Malfatti+++++

crmalfatti@gmail.com

 

*Bacharel em Biomedicina pela Faculdade Campo Real

com ênfase em Análises Clínicas

Mestre em Ciências Farmacêuticas

pela Universidade Estadual do Centro Oeste (UNICENTRO)

Doutorando em Ciências Farmacêuticas (UNICENTRO)

na área de Avaliação Química e Biológica de Produtos Naturais

**Fisioterapeuta graduada pela UNICENTRO

Especialista em Fisioterapia Traumato-ortopédica

pela Universidade Cândido Mendes

Pós Graduanda em Ciências Forenses e Perícia Criminal

pelo Instituto Cursal, Mestranda em Ciências Farmacêuticas

pela UNICENTRO - Guarapuava/PR

***Graduado em Odontologia

pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Mestre em Odontologia com ênfase em Prótese Dentária

Doutorando em Ciências Farmacêuticas pela UNICENTRO

Especialista em Prótese Dentária e Implantodontia

***Doutor em Educação Física pela Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Mestre em Ciências Farmacêuticas pela UNICENTRO

Especialista em Treinamento Desportivo pela Faculdade Anhanguera

Graduado em Educação Física Licenciatura

Educação Física Bacharelado e Tecnologia em Gestão Pública

pela UNICENTRO). Na UNIGUAIRACÁ é Docente Adjunto III

do Curso de Educação Física Bacharelado

e Licenciatura Presencial e EaD

Professor colaborador do curso de Educação Física na UNICENTRO

Participa do Laboratório de Ciências Biomédicas (BIOMED) da UNICENTRO

Professor e orientador do Programa

de Desenvolvimento Educacional (PDE) pela UNICENTRO

+Doutor em Educação Física pela Universidade Estadual de Maringá

Mestre em Educação Física pela Universidade Estadual de Maringá

Bacharelado em Educação Física pelo Centro Universitário Guairacá

Licenciatura em Educação Física pelo Centro Universitário Guairacá

Professor Assistente da UNICENTRO e Professor Titular

do Centro Universitário Guairacá (UNIGUAIRACÁ)

++Graduada em Farmácia pela UNICENTRO

Mestre e Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação

em Ciências Farmacêuticas da UNICENTRO

+++Biomédica Patologista Clínica e Esteta

Especialista em Saúde Estética

Mestre e Doutoranda em Ciências Farmacêuticas da UNICENTRO

Palestrante e Professora de Pós-Graduação.

++++Professor Titular do Curso de Educação Física da UFPR

Professor Efetivo do Programa de Pós Graduação em Educação Física da UFPR

Doutor e Mestre em Fisiologia do Exercício

Líder do Grupo de Pesquisa CEPEFIS - Centro de Estudos

da Performance Física da UFPR

+++++Graduado em Biomedicina (Habilitado em Análises Clínicas,

Fisiopatologia, Bioquímica, Toxicologia Forense e Imagem)

e em Educação Física (Licenciatura Plena)

Professor de Fisiologia e Bioquímica do Exercício na UNICENTRO

Policial Científico do Paraná (QPPO), membro da Academia Brasileira

de Ciências Forenses, Conselheiro e Delegado do CRBM6 (2021-2025)

(Brasil)

 

Recepción: 26/08/2024 - Aceptación: 25/04/2025

1ª Revisión: 16/04/2025 - 2ª Revisión: 22/04/2025

 

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https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt

Cita sugerida: Moraes, HS, Bueno, CFO, Rocha, F., Silva, LA, Brasil, MR, Flauzino, MWP, Patel, NF, Osiecki, R., e Malfatti, CRF (2025). Plantas medicinais e estresse oxidativo em atletas. Uma revisão sobre compostos antioxidantes. Lecturas: Educación Física y Deportes, 30(326), 219-236. https://doi.org/10.46642/efd.v30i326.7855

 

Resumo

    A prática intensa de exercícios físicos pode desencadear estresse oxidativo, comprometendo o desempenho atlético por meio do acúmulo de espécies reativas de oxigênio. Diante disso, este estudo revisou evidências sobre compostos antioxidantes presentes em Baccharis dracunculifolia DC, Matricaria chamomilla L. e Mentha piperita L. A metodologia consistiu em uma revisão narrativa baseada em artigos publicados entre 2015 e 2025 nas bases PubMed, SciELO e Scopus, resultando em 50 estudos selecionados. Os resultados demonstraram que M. chamomilla e M. piperita apresentam efeitos benéficos na resposta antioxidante e na recuperação muscular em humanos, com destaque para a presença de flavonoides e compostos fenólicos. Já B. dracunculifolia apresentou melhora nos parâmetros glicêmicos e potencial antioxidante em modelos experimentais, mas ainda carece de estudos clínicos feitos em humanos. Apesar dos benefícios, o uso excessivo de antioxidantes pode comprometer adaptações fisiológicas importantes, evidenciando a necessidade de estudos. A integração da fitoterapia à nutrição esportiva se apresenta como uma estratégia viável para a manutenção da performance atlética e prevenção de danos celulares. Contudo, são necessários mais estudos clínicos para consolidar sua aplicação segura e eficaz na prática esportiva.

    Unitermos: Antioxidantes. Exercício físico. Fitoterapia. Oxidação.

 

Abstract

    High-intensity physical activity can trigger oxidative stress, potentially impairing athletic performance through the accumulation of reactive oxygen species. In this context, the present study reviewed current evidence on antioxidant compounds found in Baccharis dracunculifolia DC, Matricaria chamomilla L., and Mentha piperita L. A narrative review was conducted using articles published between 2015 and 2025 from the PubMed, SciELO, and Scopus databases, resulting in the selection of 50 studies. Findings revealed that M. chamomilla and M. piperita offer promising benefits in enhancing antioxidant responses and supporting muscle recovery in humans, largely due to their rich profiles of flavonoids and phenolic compounds. B. dracunculifolia also demonstrated antioxidant potential and glycemic improvements in experimental models, though clinical data in humans remain scarce. Despite the protective role of antioxidants, excessive supplementation may interfere with key physiological adaptations to exercise, such as mitochondrial biogenesis and muscle hypertrophy. This underscores the need for more targeted investigations. Integrating herbal medicine into sports nutrition emerges as a promising approach to mitigate oxidative damage and support athletic performance. However, further clinical research is essential to ensure safe and effective application in athletic settings.

    Keywords: Antioxidants. Physical exercise. Phytotherapy. Oxidation.

 

Resumen

    El ejercicio físico intenso puede desencadenar estrés oxidativo, comprometiendo el rendimiento deportivo a través de la acumulación de especies reactivas de oxígeno. Por lo tanto, este estudio revisó la evidencia sobre compuestos antioxidantes presentes en Baccharis dracunculifolia DC, Matricaria chamomilla L. y Mentha piperita L. La metodología consistió en una revisión narrativa basada en artículos publicados entre 2015 y 2025 en las bases de datos PubMed, SciELO y Scopus, dando como resultado 50 estudios seleccionados. Los resultados demostraron que M. chamomilla y M. piperita tienen efectos beneficiosos sobre la respuesta antioxidante y la recuperación muscular en humanos, con énfasis en la presencia de flavonoides y compuestos fenólicos. B. dracunculifolia mostró mejoras en los parámetros glucémicos y el potencial antioxidante en modelos experimentales, pero aún faltan estudios clínicos en humanos. A pesar de los beneficios, el uso excesivo de antioxidantes puede comprometer adaptaciones fisiológicas importantes, lo que destaca la necesidad de realizar estudios. La integración de la fitoterapia en la nutrición deportiva parece ser una estrategia viable para mantener el rendimiento atlético y prevenir el daño celular. Sin embargo, se necesitan más estudios clínicos para consolidar su aplicación segura y efectiva en la práctica deportiva.

    Palabras clave: Antioxidantes. Ejercicio físico. Fitoterapia. Oxidación.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 30, Núm. 326, Jul. (2025)


 

Introdução 

 

    A prática regular de exercícios físicos leva à melhora da aptidão física, fortalecimento dos músculos e ossos, além de aumentar a flexibilidade e o equilíbrio. Também desempenha um papel importante na prevenção de doenças, como diabetes, hipertensão e doença cardíaca, além de causar um impacto positivo na saúde mental, com a liberação de endorfinas. (Kalfin et al., 2024)

 

    A atividade física pode ser classificada em baixa, moderada e intensa. Para determinar essa classificação, é importante considerar o tipo de atividade realizada, sua duração, repetição e a frequência de treinamento. Além disso, fatores como idade, sexo e nível de condicionamento físico também podem influenciar a classificação da intensidade (Johann, 2019). Estudos demonstram que apesar da prática regular de exercícios trazer benefícios ao corpo, quando os limites são ultrapassados, o aumento da produção de radicais livres pode acontecer. Se os radicais livres não forem neutralizados, podem danificar células saudáveis e tecidos do organismo. (Macedo et al., 2019)

 

    Os radicais livres são átomos que possuem elétrons desemparelhados ou livres, e as reações envolvendo esses radicais ocorrem em três etapas principais: a fase da iniciação, onde ocorre uma quebra molecular que dá início à reação em cadeia, gerando radicais livres, a fase da propagação, onde os radicais livres interagem com moléculas neutras, formando novos radicais livres e mantendo a reação em andamento, e a fase da terminação, onde dois radicais livres se combinam, formando uma molécula estável e encerrando a reação (Tumilaar et al., 2024). As fontes endógenas de radicais livres incluem diferentes organelas celulares, como mitocôndrias, peroxissomos e retículo endoplasmático, além de diversas atividades enzimáticas, metabolismo de ácidos graxos e células fagocíticas. As fontes exógenas incluem radiação, como raios X e raios γ, reagentes químicos como metais pesados ou de transição, além de fatores como cozimento de alimentos (carnes defumadas, óleo reutilizado), altas temperaturas, poluentes ambientais, infecções microbianas, medicamentos e seus metabólitos. (Martemucci et al., 2022)

 

    Compostos antioxidantes são substâncias que, mesmo em baixas concentrações, são capazes de atrasar ou inibir a oxidação de um substrato de forma eficaz, atuando em diferentes níveis para proteger o organismo, sendo a primeira ação a tentativa de evitar a formação de radicais livres. (Lima, e Carvalho, 2024)

 

    Os tecidos vegetais são ricos em componentes terapeuticamente ativos dos metabólitos secundários das plantas, que agem como proteção contra herbívoros, microrganismos e outras plantas. A análise química e a purificação dos extratos vegetais resultaram em um grande número de substâncias refinadas indispensáveis para a medicina moderna (Alqudah et al., 2023), como os flavonoides, alcaloides, fenólicos, taninos, glicosídeos e esteroides. (Diab et al., 2021)

 

    Com base no exposto acima, este artigo aborda a importância desses compostos e propõe uma revisão da literatura sobre os antioxidantes encontrados em três plantas: Baccharis dracunculifolia DC, Mentha piperita L. e Matricaria chamomilla L., destacando suas propriedades e seus possíveis benefícios em praticantes de atividade física.

 

Metodologia 

 

    O estudo se trata de uma revisão narrativa, de natureza qualitativa, cuja coleta de informações ocorreu através da utilização de artigos científicos obtidos nas bases de dados PubMed, SciELO e Scopus, utilizando as palavras-chave “Baccharis dracunculifolia DC antioxidant”, “Matricaria chamomilla L. antioxidant”,Mentha piperita L. antioxidant”, oxidative stress in exercise”, “antioxidants in exercise” e “excessive supplementation of antioxidants”. Foram obtidos 13.644 artigos publicados nas línguas português e inglês no período de 2015 a 2025. Primeiro foram removidos artigos duplicados. Depois, artigos que não se enquadravam no tema do trabalho foram removidos após a leitura do título e depois mais artigos foram removidos com base na leitura do resumo, resultando em 50 artigos escolhidos. A escolha das plantas desse estudo se deu pela ampla utilização na fitoterapia, pela facilidade de cultivo e sua presença em diversas regiões do mundo, incluindo o Brasil. A pesquisa sobre essas espécies é relevante devido ao crescente interesse da indústria em novas fontes de antioxidantes naturais.

 

Estresse oxidativo no exercício 

 

    A produção dos radicais livres ocorre em diferentes vias e situações, como no metabolismo mitocondrial, na inflamação, no processo de isquemia e nos exercícios físicos (Vellosa et al., 2021). Mesmo que alguns treinos pareçam ter efeito positivo na antioxidação, a atividade física intensa também pode aumentar o estresse oxidativo no organismo, afetando negativamente a função do músculo esquelético e causando fadiga precoce durante o treinamento. (Zhou et al., 2022)

 

    Qualquer atividade física, principalmente de alta intensidade, induz danos as fibras musculares devido ao aumento da produção de radicais livres, acarretando a uma resposta inflamatória no organismo (Cichón-Wozniak et al., 2024). Isso pode levar a modificações agudas e crônicas no sistema imune, além de alterações na regulação hormonal, influenciando diretamente nas respostas imunes (Pedroso, Vicenzi, e Zanette, 2015). As espécies reativas de oxigênio (EROs) causam impacto à saúde e à doença de uma maneira complexa, modulando inflamação, apoptose e função mitocondrial. Além disso, altos níveis de EROs estão ligados a doenças como síndrome metabólica, aterosclerose, doença de Alzheimer, artrite reumatoide e envelhecimento. (Meng, e Su, 2024)

 

    Os radicais livres são frequentemente vistos como causadores de lesões durante o exercício físico, mas também desempenham funções metabólicas essenciais e têm efeitos positivos no sistema imunológico. O impacto negativo ou benéfico dos radicais livres no organismo depende da ação dos antioxidantes, que atuam suprimindo os radicais livres e seus efeitos nocivos (Silva et al., 2021).

 

    Os atletas podem ser submetidos a elevados níveis de treinamento durante períodos extensos, o que requer atenção para minimizar fatores que possam comprometer seu desempenho. A manutenção de um alto nível de performance pode ser alcançada por meio de diversas estratégias, entre as quais se destaca a utilização de antioxidantes. Esses compostos têm o papel fundamental de reduzir os efeitos nocivos dos radicais livres no organismo humano, contribuindo assim para a preservação da saúde e da capacidade de rendimento dos atletas. (Apolinário, 2021)

 

Antioxidantes na fisiologia do exercício 

 

    O organismo tem função de controlar a degradação dos radicais livres por meio do sistema antioxidante endógeno enzimático, que atua neutralizando os radicais livres gerados pelo metabolismo celular ou fontes externas, interrompendo reações em cadeia e prevenindo danos celulares. Além disso, esse sistema contribui para a proteção e reparo de danos, removendo lesões no DNA e restaurando membranas celulares danificadas. (Silva et al., 2021)

 

    O sistema de defesa antioxidante é eficaz durante exercícios de baixa intensidade e curta duração, prevenindo danos celulares. No entanto, em atividades de alta intensidade e longa duração, os antioxidantes naturais do corpo podem não ser suficientes para proteger as células do estresse oxidativo, tornando necessária a suplementação e alimentação com fontes de antioxidantes exógenos. (Rocha, 2020)

 

    O estudo de Shamsnia et al. (2023) observou que o exercício aeróbico pode afetar a expressão de biomarcadores de danos oxidativos no músculo esquelético, dependendo da intensidade e duração do exercício. A prática de exercício regular aumenta a expressão de antioxidantes, promovendo adaptação e redução de danos oxidativos. No entanto, o uso de suplementos antioxidantes antes do pico de estresse oxidativo pode prejudicar adaptações importantes, como a biogênese mitocondrial e a hipertrofia. Após o aumento de estresse oxidativo e desempenho máximo, os antioxidantes podem reduzir os efeitos destrutivos do estresse oxidativo e melhorar o desempenho do paciente.

 

    As principais fontes de EROs endógenas são as mitocôndrias e as enzimas nicotinamida adenina dinucleotídeo fosfato (NADPH), oxidase e xantina oxidase (XO), sendo esta última associada à contribuição para os danos musculares induzidos pelo exercício, como a peroxidação lipídica e o aumento da permeabilidade celular. (Martinez-Ferran et al., 2020)

 

Mecanismos de proteção 

 

    Substâncias que previnem ou atrasam a oxidação de proteínas, lipídeos e carboidratos são chamados de antioxidantes, que podem ser descritos como um sistema que tem função de proteger biomoléculas e o organismo de efeitos nocivos dos radicais livres. Atuam convertendo compostos oxidantes em moléculas mais fracas, através da adição de H+, interrompendo reações em cadeia ou reparando moléculas danificadas. O nível e a composição dos sistemas de defesa antioxidante variam de tecido para tecido e de célula para célula. (Kiran, Otlu, e Karabulut, 2023)

 

    Para minimizar os efeitos prejudiciais dos radicais livres, o organismo humano desenvolveu um complexo mecanismo de defesa antioxidante, incluindo antioxidantes enzimáticos, como superóxido dismutase (SOD), catalase e glutationa peroxidase, e antioxidantes não enzimáticos, como vitamina C, vitamina E e glutationa. (Chandimali et al., 2025)

 

    As defesas antioxidantes podem ser divididas em três grandes grupos: os antioxidantes diretos, que são “varredores” de radicais livres, podendo suprimir diretamente a formação de radicais livres; as enzimas antioxidantes, incluindo as enzimas superóxido dismutase, que removem EROs prejudiciais da célula, catalisando alternadamente a conversão do radical superóxido em oxigênio ou peróxido de hidrogênio; glutationa peroxidase, que decompõe peróxidos; e a catalase, responsável por catalisar a decomposição do peróxido de hidrogênio em água e oxigênio molecular. As defesas antioxidantes também podem ser apresentadas como antioxidantes não enzimáticos, representados pelo ácido ascórbico (vitamina C), capaz de proteger as células contra danos oxidativos, além de uma possível melhoria na capacidade aeróbica, levando a um desempenho aprimorado. Além do ácido ascórbico, pode-se citar o α-tocoferol (vitamina E), que possui os mesmos efeitos da vitamina C, glutationa, flavonoides, isoprenóides, carotenoides, ubiquinona e plastoquinona. (Espírito-Santo et al., 2024; Larsen, 2024; Rudenko et al., 2023)

 

    Os flavonoides são potentes antioxidantes com múltiplos mecanismos que contribuem para sua eficácia na prevenção de dano oxidativo ao organismo, atuando como eliminadores de radicais livres por meio da doação de átomos de hidrogênio ou elétrons (Zahra, Abrahamse, e George, 2024). A glutationa tem função de eliminar diretamente oxidantes como ânion superóxido, radical hidroxila, óxido nítrico e radicais de carbono, catalisar a desintoxicação de hidroperóxidos, peroxinitritos e peróxidos lipídicos e reciclar as vitaminas C e E. (Ribeiro, 2023)

 

As plantas e suas propriedades 

 

    Alimentos e plantas medicinais são alvos de interesse devido à sua quantidade de componentes com atividade antioxidante, sendo o principal fator para o decréscimo da incidência de doenças crônicas degenerativas em populações que fazem dietas ricas nesses alimentos (Fernandes et al., 2023). A busca de plantas com potencial de atividade biológica envolve a análise fitoquímica, que tem como objetivo determinar os constituintes químicos da espécie ou verificar sua presença de forma qualitativa. Caso não existam estudos prévios sobre a espécie investigada, essa análise fitoquímica identifica os metabólitos secundários importantes, ajudando a esclarecer as possíveis atividades terapêuticas da planta. (Crespo et al., 2024)

 

    Em 2011, foi estimado que 60% da população mundial usava ervas e produtos naturais, como chás e extratos, para tratamento de doenças. Embora esse uso fosse tradicionalmente baseado em crenças populares, esse conhecimento empírico está sendo substituído por comprovações científicas, à medida que pesquisas confirmam as atividades terapêuticas de espécies amplamente conhecidas e utilizadas na medicina popular. (Bruzadelli et al., 2020)

 

Alecrim-do-Campo (Baccharis dracunculifolia DC) 

 

    No Brasil, Baccharis dracunculifolia DC (Asteraceae) é conhecida popularmente como vassourinha ou alecrim-do-campo. Na medicina popular, o chá das folhas é utilizado para problemas no fígado e no estômago. Além disso, a infusão e a decocção das flores são amplamente usadas para tratar processos inflamatórios, distúrbios hepáticos e úlceras estomacais. Além disso, apresenta atividades anti-inflamatória, antiulcerogênica, imunomoduladora, neuroprotetora, antioxidante, antimicrobiana, antipatogênica, inseticida e acaricida. (Gazim et al., 2022)

 

    Entre as substâncias químicas encontradas nessa espécie, destacam-se os flavonoides (quercetina, kaempferol, apigenina, naringenina e aromadendrina), ácidos fenólicos (artepelin C, drupanina, ácido ferúlico, ácido caféico e ácido dicafeoilquínico) e terpenoides (ácido oleanólico e a-spinasterol) (Domingos Neto et al., 2023). A pesquisa de flavonoides é necessária e estimulada pelo fato de apresentar um amplo espectro de atividades biológicas, sendo assim, esses compostos têm sido destacados como agentes preventivos ou terapêuticos naturais. (Avanci Junior et al., 2022)

 

    O uso de B. dracunculifolia DC tem sido investigado em diversos modelos. No estudo de Pereira e colaboradores (2022), foi observada uma redução nos níveis de glicemia capilar em jejum, além de proteção contra danos em órgãos como fígado, rins e pâncreas, após a administração de doses de extrato metanólico em ratos com diabetes induzido. Já o estudo de Hocayen et al. (2016) relatou a proteção das ilhotas pancreáticas e a prevenção de danos celulares irreversíveis em modelos de diabetes e obesidade.

 

Camomila (Matricaria chamomilla L.) 

 

    A camomila é uma planta medicinal da família Asteraceae, que cresce anualmente com raízes finas fusiformes. O caule ramificado e ereto cresce até uma altura de 10 a 80 cm. As inflorescências da Matricaria chamomilla L. são pedunculadas, dispostas separadamente e possuem um diâmetro de 10 a 30 mm. (Mihyaoui et al., 2022)

 

    É comumente utilizada por meio de infusões para o tratamento de mal-estar no estômago, nervosismo, má-digestão, hemorroidas, cicatrizes da pele e ferimentos na mucosa da boca (Abreu, e Correa, 2023), e possui atividades antimicrobiana, anti-inflamatória, ansiolítica e antifúngica. (Santos et al., 2019)

 

    Na literatura, a camomila é descrita como uma fonte de compostos fenólicos, conhecidos como flavonoides, que contribuem para as suas propriedades antioxidantes, possuindo onze compostos fenólicos bioativos, como a herniarina, umbeliferona (cumarina), ácido clorogênico, ácido cafeico (fenilpropanóides), apigenina, apigenina-7-Oglucosídeo, luteolina, luteolino-7-O-glicosídeo (flavonas), quercetina, rutina (flavonóis) e naringenina (flavanona). (Caleja et al., 2017; Santos et al., 2019)

    

    A cumarina e seus derivados possuem forte atividade antioxidante, evidenciada pela capacidade de eliminar radicais livres como peróxido de hidrogênio e DPPH, além de atuar como reguladores do sistema antioxidante natural do corpo. Essa atividade aumenta com concentrações mais altas de cumarina, indicando efeito dependente da concentração. (Saadati et al., 2024)

 

    Jabri et al. (2016) verificaram o efeito protetor do extrato de camomila contra espécies reativas de oxigênio em ratos Wistar adultos, com resultados que indicam que o extrato age inibindo a produção de EROs em neutrófilos, possuindo função de proteção contra alterações hematológicas induzidas por etanol e estresse oxidativo de eritrócitos. Kolodziejczyk-Czepas e colaboradores (2015) estudaram outro aspecto da atividade biológica dos conjugados polifenólicos–polissacarídicos da camomila: suas propriedades antioxidantes na proteção dos componentes do plasma sanguíneo contra o estresse oxidativo in vitro. Os resultados obtidos neste estudo indicam que os conjugados isolados de substâncias de M. chamomilla possuem propriedades antioxidantes.

 

    O estudo de Jafari, Tartibian, e Tayebi (2023) investigou qual seria o efeito do extrato de M. chamomilla em 20 adolescentes do sexo feminino, após jogarem uma partida de futsal. Como resultado, encontraram que o grupo que consumiu 1500 mg/dia de suplemento de cápsulas de extrato seco de camomila durante 7 dias teve um aumento significativo nos níveis de superóxido dismutase e uma diminuição significativa nos níveis de catalase imediatamente após a competição.

 

Hortelã (Mentha piperita L.) 

 

    A hortelã, pertencente ao gênero Mentha e à família Lamiaceae, é uma planta caracterizada por caules finos entrelaçados e folhas que variam do verde ao verde amarronzado quando secas. Possui propriedades medicinais que ajudam a combater sintomas de gripe e resfriado. Também tem ação antioxidante, antiespasmódica e anti-inflamatória. Além disso, pode aliviar dores de cabeça, melhorar problemas respiratórios graças ao seu efeito descongestionante, e reduzir complicações de doenças como asma e bronquite. (Castro et al., 2023)

 

    O óleo essencial da hortelã é caracterizado por altas concentrações de monoterpenos (mentol e mentona), pulegona, mentofurano, acetato de mentila, ácido caféico, flavonoides, polifenóis polimerizados, carotenos, tocoferóis, betaína e colina, que quando combinados, contribuem para a alta qualidade do óleo essencial da hortelã. (Silva et al., 2024)

 

    Quando as quantidades de compostos fenólicos e a capacidade de neutralizar radicais livres dos óleos essenciais de quatro plantas (Majorana hortensis Moench, Mentha spicata, M. piperita e Rosmarinus officinalis) foram comparadas, o óleo de M. piperita mostrou a maior eficácia, com o menor valor de IC50 (indicando maior potência antioxidante), seguido pelo óleo de R. officinalis (Hudz et al., 2023). O estudo de Fialová et al. (2020) confirmou a presença de atividade antioxidante de infusões de rizoma, que é o caule subterrâneo que se assemelha à raiz da hortelã, através de ensaios químicos e celular com fibroblastos embrionários de camundongos. Como resultado, obtiveram dados que apresentam que as infusões reduziram o estresse oxidativo intracelular.

 

    O estudo de Miranda Neto e colaboradores (2023) avaliou a capacidade do óleo essencial de hortelã em melhorar o desempenho físico de 14 corredores do sexo masculino em um protocolo de corrida até a exaustão. Como resultado, encontraram que o grupo que consumiu 500 mL de água com adição de 0,05 mL de extrato de hortelã tiveram um aumento significativo do tempo de exaustão, sem alteração na temperatura corporal, sensação térmica, conforto térmico ou estado de hidratação, quando comparado ao grupo placebo.

 

Suplementação excessiva de antioxidantes 

 

    Atletas frequentemente fazem o consumo de antioxidantes exógenos para prevenção de efeitos prejudiciais do estresse oxidativo resultante do exercício e para melhora da performance na prática de exercício. Quando a suplementação é feita da maneira correta, pode trazer benefícios no excesso de treinamento, sobrecarga e danos musculares. Porém, quando a suplementação exógena é feita de forma excessiva, os antioxidantes perturbam o equilibro entre os radicais livres e os mecanismos antioxidantes endógenos, causando alteração nas respostas adaptativas fisiológicas, aumentando a fatiga muscular e atrasando a recuperação. (Li, Fasipe, e Laher, 2022)

 

    O aumento dos níveis de produção endógenos de antioxidantes, o maior consumo diário de alimentos ricos em antioxidantes ou uma combinação dos dois fatores, poderiam ultrapassar os limites saudáveis de antioxidantes e causar efeitos adversos. Embora pouco se saiba sobre os possíveis efeitos prejudiciais da suplementação de antioxidantes, foi demonstrado que a vitamina C e a α-tocoferol podem ter efeitos pró-oxidantes em altas concentrações, levando à geração de EROs e contribuindo para um estado de estresse oxidativo. (Meulmeester et al., 2022)

 

Discussão 

 

    A prática de exercícios físicos melhora a capacidade física e a qualidade de vida, além de oferecer diversos benefícios, como controle de peso, redução da pressão arterial, tratamento e prevenção do diabetes, e redução da inflamação. Também impacta o estilo de vida, reduzindo o estresse, o apetite e a chance de fumar (Cunha, 2022). No entanto, o aumento da produção de radicais livres decorrente de exercícios intensos e prolongados indica a necessidade de uma abordagem equilibrada na prática de atividades físicas, considerando não apenas a intensidade do exercício, mas também o estado geral de saúde do atleta. (Macedo et al., 2019)

 

    A presença de antioxidantes na dieta é de extrema importância para otimizar o desempenho atlético e preservar a saúde geral dos praticantes de atividades físicas. Mas, a suplementação excessiva com antioxidantes pode ter um resultado oposto ao esperado, afetando negativamente o processo de treinamento, levando ao aumento do estresse oxidativo. (Dobrowolski et al., 2024)

 

    O trabalho de Meulmeester e colaboradores (2022) ressalta que os efeitos clínicos adversos observados com o uso da α-tocoferol como antioxidante podem ser observados por acaso ou devido a falhas no desenho do estudo e/ou na seleção da população estudada. Portanto, é essencial determinar se um indivíduo realmente necessita de suplementação antioxidante antes de fazer consumo, além de ser necessário fazer acompanhamento profissional.

 

    O estudo e a exploração de fontes naturais de antioxidantes, como plantas tradicionais e suas propriedades bioativas, abrem novas perspectivas para a prática esportiva e a recuperação física do paciente. Os estudos sobre as plantas citadas neste trabalho apresentam que os compostos fenólicos podem oferecer proteção contra danos oxidativos, contribuindo para a saúde dos praticantes de atividade física, além de poderem ajudar no tratamento de outras patologias.

 

    Enquanto algumas evidências sugiram que o consumo de antioxidantes exógenos possa impactar positivamente praticantes de atividade física, mais pesquisas são necessárias para que possa se estabelecer recomendações claras para atletas.

 

Conclusão 

 

    A existência de artigos discutindo os efeitos de extratos de Mentha piperita L. e Matricaria chamomilla L. demonstra o interesse científico e a relevância dessas plantas medicinais no contexto terapêutico de praticantes de atividade física. No entanto, a ausência de pesquisas sobre o consumo de extrato de Baccharis dracunculifolia DC em humanos coloca em evidência a necessidade de mais estudos. Além disso, mais validações por meio de ensaios clínicos para total compreensão da dosagem e biodisponibilidade dos compostos antioxidantes em atletas devem ser feitas.

 

Referências 

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 30, Núm. 326, Jul. (2025)