Lecturas: Educación Física y Deportes | http://www.efdeportes.com

ISSN 1514-3465

 

Basquete 3x3: análise e compreensão a partir da Pedagogia do Esporte

3x3 Basketball: Analysis and Understanding Based on Sport Pedagogy

Baloncesto 3x3: análisis y comprensión desde la Pedagogía Deportiva

 

Douglas Vinicius Carvalho Brasil*

D138267@dac.unicamp.br

Roberto Rodrigues Paes**

paes@unicamp.br

Roberto Donato da Silva Júnior+

roberto.junior@fca.unicamp.br

Alcides José Scaglia++

scaglia@unicamp.br

 

*Master, Bachelor and Licensed in Physical Education

from the Faculty of Physical Education

of the University of Campinas (FEF-UNICAMP)

where he is currently studying for a Phd. Specialist

in Sport by the Brazilian Academy

of Coaches of the Brazilian Olympic Institute

Skateboarding teacher qualified

by the “Federação Paulista de Skate” (FPS)

and “Confederação Brasileira de Skateboarding”

and in 3x3 Basketball by the “Confederação Brasileira de Basquetebol”

He is Professor of “Skateboarding Teacher’s Course” of FPS

Member of the Laboratory for Studies in Sport Pedagogy (LEPE)

at the Faculty of Applied Sciences at UNICAMP

and the Study Group of Sport Pedagogy (GEPESP) at FEF-UNICAMP

**Professor in the Graduation

and Post-Graduation program at the FEF-UNICAMP

Graduated in Physical Education

from the Pontifical Catholic University of Campinas

Master in Education from the Methodist University of Piracicaba

and Doctorate in Education from the UNICAMP

He is a member (facilitator) of the Brazilian Academy of Coaches

of the Brazilian Olympic Institute and Leader

of the Study Group on Sport Pedagogy (GEPESP)

of FEF-UNICAMP accredited by CNPq

+Professor of the Common General Nucleus (NGC)

of the Interdisciplinary Master's Degree in Applied Human

and Social Sciences (ICHSA) of the Faculty of Applied Sciences (FCA)

and of the Doctorate in Environment and Society

of the Institute of Philosophy and Human Sciences (IFCH)

all within the scope of the State University of Campinas (UNICAMP)

He has a degree (bachelor's and undergraduate degree)

in Social Sciences and a Master's degree in Sociology

from the Faculty of Sciences and Letters, Araraquara Campus (FCLAr)

of the São Paulo State University Júlio de Mesquita Filho (UNESP)

Doctorate in Environment and Society from the Postgraduate Program

in Environment and Society of the Center

for Environmental Studies and Research (AS/NEPAM/IFCH/UNICAMP)

He is currently a Teaching Advisor to the Rector's Office (GR/UNICAMP)

and Deputy Editor of the Journal Ambiente e Sociedade

He also serves on the boards of the National Association

for Interdisciplinary Research and Postgraduate Studies

in Social Sciences and Humanities (Aninter-SH)

and the National Association for Postgraduate Studies

and Research in Environment and Society (ANPPAS)

++Professor at the Faculty of Applied Sciences

of the State University of Campinas (FCA-UNICAMP)

in the Sport Sciences course and in the PostGraduation program

of the Faculty of Physical Education at UNICAMP

He holds a licenciate and a bachelor's degree in Physical Education

Master's in Sport Pedagogy and a PhD in Movement Pedagogy

from the University of Campinas

He is coresponsible for research

at LEPE (Laboratory of Studies in Sport Pedagogy)

and leader of the LEPE-FUT research group

(Brasil)

 

Recepción: 02/08/2024 - Aceptación: 27/04/2025

1ª Revisión: 15/04/2025 - 2ª Revisión: 24/04/2025

 

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https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt

Cita sugerida: Brasil, D.V.C., Paes, R.R., Silva Júnior, R.D. da, e Scaglia, A.J. (2025). Basquete 3x3: análise e compreensão a partir da Pedagogia do Esporte. Lecturas: Educación Física y Deportes, 30(325), 141-163. https://doi.org/10.46642/efd.v30i325.7813

 

Resumo

    Apresentado pela Federação Internacional de Basquetebol (FIBA) como o “Esporte Coletivo Urbano" mais praticado no mundo, o Basquete 3x3 (B3x3) carece de investimento científico e difusão no meio acadêmico. Nesta perspectiva, o presente ensaio teórico tem como objetivo principal caracterizar o B3x3 a partir da Pedagogia do Esporte. Deste modo, foi possível estabelecer os fundamentos, ações táticas e principais características deste esporte, refletir acerca de sua concepção como Esporte coletivo urbano e sua suposta classificação como o mais praticado no mundo. Conclui-se que o B3x3 caracteriza-se como um esporte complexo e dinâmico, cujas características se diferem de outras práticas corporais da família do basquetebol. Logo, é preciso que profissionais de Educação Física e Ciências do Esporte conheçam suas especificidades, para que, pautados nos referenciais da Pedagogia do Esporte organizem, sistematizem, medeiem e avaliem o processo de ensino, vivência, aprendizagem e treinamento, de modo a estimular uma formação ampla e crítica de quem o vivencie.

    Unitermos: Basquete 3x3. Pedagogia do Esporte. Educação Física. Ciências do Esporte. Esporte urbano. Ensino.

 

Abstract

    Presented by International Basketball Federation (FIBA) ​​as the most practiced “Urban Team Sport” in the world, 3x3 Basketball (B3x3) lacks scientific investment and dissemination in the academic environment. In this perspective, this theoretical essay has as its main objective to characterize B3x3 from the perspective of Sport Pedagogy. In this way, it was possible to establish the foundations, tactical actions and main characteristics of this sport, reflect on its conception as an urban team sport and its supposed classification as the most practiced in the world. It is concluded that B3x3 is characterized as a complex and dynamic sport, whose characteristics differ from other body practices of the basketball family. Therefore, it is necessary that Physical Education and Sports Science professionals know its specificities, so that, based on the references of Sport Pedagogy, they organize, systematize, mediate and evaluate the teaching, experience, learning and training process, in order to stimulate a broad and critical formation of those who experience it.

    Keywords: 3x3 Basketball. Sport Pedagogy. Physical Education. Sport Science. Urban sport. Teaching.

 

Resumen

    Presentado por la Federación Internacional de Baloncesto (FIBA) como el “Deporte Urbano de Equipo” más practicado en el mundo, el Baloncesto 3x3 (B3x3) carece de producción científica y difusión en el entorno académico. Desde esta perspectiva, el objetivo principal de este ensayo teórico es caracterizar el B3x3 desde la perspectiva de la Pedagogía del Deporte. De esta manera, se pudieron establecer los fundamentos, acciones tácticas y características principales de este deporte, reflexionar sobre su concepción como deporte colectivo urbano y su supuesta clasificación como el más practicado en el mundo. Se concluye que el B3x3 se caracteriza por ser un deporte complejo y dinámico, cuyas características lo diferencian de otras prácticas corporales de la familia del baloncesto. Por tanto, es necesario que los profesionales de la Educación Física y las Ciencias del Deporte conozcan sus especificidades, para que, a partir de los referenciales de la Pedagogía del Deporte, puedan organizar, sistematizar, mediar y evaluar el proceso de enseñanza, vivencia, aprendizaje y formación, a fin de estimular una formación amplia y crítica de quienes lo practican.

    Palabras clave: Baloncesto 3x3. Pedagogía del Deporte. Educación Física. Ciencias del deporte. Deporte urbano. Enseñanza.

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 30, Núm. 325, Jun. (2025)


 

Introdução 

 

    O Esporte é um fenômeno plural, de significados diversos, presente nos mais variados contextos e pode ser vivenciado com finalidades diversas (Leonardi et al., 2017; Machado et al., 2014; Galatti, et al., 2014; Reverdito et al., 2013; Brasil, e Paes, 2022; Brasil et al., 2022; Brasil, e Paes, 2024). No século XXI, a Pedagogia do Esporte (PE), compreendida enquanto um sistema perito nutrido por saberes de diferentes campos do conhecimento (Brasil, 2019), tem mediado o debate acadêmico e orientado novos procedimentos e intervenções profissionais relacionadas ao processo de ensino, vivência1, aprendizagem e treinamento dos esportes, considerando sua complexidade, pluralidade, sentidos e significados atribuídos por quem os vivencia. Logo, pode ampliar e garantir a possibilidade de as pessoas vivenciarem os esportes em suas diferentes manifestações. (Scaglia et al., 2014; Brasil, e Paes, 2023; Paes, 2018)

 

Figura 1. O Basquete de Rua transgrede as regras e normas do

Basquete 3x3 ainda se originam de fundamentos em comum

Figura 1. O Basquete de Rua transgrede as regras e normas do Basquete 3x3 ainda se originam de fundamentos em comum

Fonte: Gerador de imagens Microsoft Bing

 

    Machado et al. (2014), Paes (2018) e Brasil et al. (2022), defendem que a PE possui três referenciais (técnico-tático, socioeducativo e histórico-cultural), os quais, em suma, podem ser compreendidos conforme exposto na Tabela 1.

 

Tabela 1. Referenciais da Pedagogia do Esporte

Referencial

O que trata

Técnico-tático

Aborda questões estruturantes e condicionantes dos esportes. Logo, trata das regras, da aquisição, desenvolvimento e manutenção de habilidades motoras, capacidades físicas, fisiológicas, intelectuais, psicológicas e qualquer outro aspecto atrelado ao desempenho esportivo, ou seja, a prática em si.

Socioeducativo

Aborda aspectos éticos e morais transmitidos e/ou influenciados pelos esportes. Portanto, relaciona-se a princípios de participação, cooperação, convivência, coeducação, autonomia, questões sociais e/ou familiares correlacionadas direta ou indiretamente ao contexto esportivo etc.

Histórico-cultural

De modo crítico e reflexivo, aborda aspectos históricos e culturais dos esportes, por exemplo: o surgimento e desenvolvimento; a biografia de atletas e outros atores de referência no contexto esportivo; identifica e problematiza a influência da mídia e da indústria cultural no contexto esportivo; alteração das regras; questões de gênero; jogos e brincadeiras da cultura infantil e popular; entre outros temas.

Fonte: Adaptado de Machado et al. (2014), Paes (2018) e Brasil et al. (2022). Elaboração própria

 

    Os referenciais supracitados podem ser abordados de modo isolado ou combinado ao longo do processo de ensino, vivência, aprendizagem e treinamento, o que pode contribuir para formação ampla e crítica, “para” e “pelos” esportes (Brasil, e Paes, 2024; Brasil et al., 2022). Apesar do objeto de estudo e intervenção da PE ser amplo, pesquisas indicam que os esforços acadêmico-científicos têm se limitado a poucas modalidades esportivas, principalmente, o Futebol, Handebol e Esportes de Raquete. (Brasil, e Paes, 2024; Costa et al., 2019)

 

    Dito isso, tendo principalmente o referencial técnico-tático da PE enquanto balizador, o presente ensaio teórico teve como objetivo principal caracterizar o Basquete 3x3 (B3x3), esporte relativamente novo, que carece de investigação acadêmico-científica, principalmente a partir da ótica da Pedagogia do Esporte (Brasil, 2019). Deste modo, visa-se fornecer subsídios para que pesquisadores(as), estudantes e profissionais de Educação Física, Ciências do Esporte e campos correlatos possam conhecer a fundo os fundamentos e ações táticas da modalidade, bem como, problematizar sua concepção enquanto “Esporte Coletivo Urbano” e, a partir disso, refletir acerca da organização, mediação, sistematização e avaliação de seu processo de ensino, vivência, aprendizagem e treinamento em diferentes contextos (Escolas, Clubes, Universidades etc.).

 

Basquete 3x3: características e singularidades 

 

    Em suma, o B3x3 possui cinco características principais: A) arremessos convertidos/que caem dentro da cesta valem 1 ou 2 pontos; B) o tamanho da quadra de jogo e a quantidade de atletas por equipe, tempo e tabelas são reduzidas se comparadas ao basquetebol; C) não há paralizações e reposição de bola do fundo da quadra após a conversão de arremessos em pontos; D) o termino da partida é definido por tempo (10 minutos) ou quando uma equipe marca 21 pontos; E) 12 segundos de posse para efetuar um ataque (Brasil et al., 2022; Montgomery, e Maloney, 2018; Petrov, e Bonev, 2020). Dito isso, a partir das regras do Basquetebol (CBB, 2022), do B3x3 (CBB, 2024), da “Liga Internacional de Basquete de Rua” (Athayde, [2011?]), competição de Basquete de Rua (BDR) (Brasil, 2019) e do “BIG3”, competição do jogo de “Basquetebol três contra três” (DOOMbot, 2022), na Tabela 2 são apresentadas as principais diferenças entre estes jogos oriundos do basquetebol.

 

Tabela 2. Principais características do Basquete 3x3, Basquetebol e Basquete de Rua

Característica

Basquete 3x3

Basquetebol

LIIBRA

BIG 3

Tamanho da quadra ou espaço de jogo

15m (largura) X 11m (comprimento)

15m (largura) X 28m (comprimento)

12m (largura) X 22m (comprimento)

15m (largura) x 14m (comprimento)

Tabela e aro

1 a 3,05m de altura

2 a 3,05m de altura

2 a 3,10m de altura

1 a 3,05m de altura

Pontuação

1 e 2 pontos

1, 2 e 3 pontos

1, 2, 3, 4, 5 e 6 pontos2

1, 2, 3 e 4 pontos***

Formato de jogo

3x3

5x5

4x4 (ou 3x3)3

3x3

Tempo de jogo

10 minutos.

4 períodos de 10 minutos.

Na fase classificatória, 2 períodos de 8 minutos e 30 segundos.

Nas disputas finais, 3 períodos de 10 minutos.

Dois períodos. O primeiro período se encerra quando uma equipe marcar 25 pontos.

Término da partida

Pontos (21 ou mais) ou por tempo.

Pontos e Tempo.

Pontos e Tempo.

Pontos (50 pontos).

Em caso de empate

Prorrogação na qual quem fizer dois pontos primeiro vence.

Prorrogação de 5 minutos. Permanecendo o empate, haverá quantas prorrogações forem necessárias até que não haja mais empate.

Prorrogação de 3 minutos, na qual vence: a equipe que abrir 3 pontos de vantagem antes do término do tempo; a equipe que ao término deste período estiver com mais pontos.

O jogo só acaba quando a equipe que marcar 50 pontos estives com no mínimo 2 pontos de vantagem sobre a adversária, do contrário o jogo continua. Não há prorrogação.

Definição da posse de bola inicial

Sorteio (cara ou coroa).

Bola ao alto.

Bola ao alto.

Não identificado.

Início da partida

Check-ball.

Bola ao alto.

Bola ao alto.

Check-ball do arbitro no fundo da quadra de defesa.

Reposição de bola em situação de bola morta/“parada”

Check-ball.

Lateral ou fundo da quadra.

Lateral ou do fundo da quadra.

Das laterais, do fundo da quadra atrás do aro ou do lado oposto dele, a depender da situação.

Tempo de posse de bola

12 segundos

24 segundos

20 segundos

14 segundos

Jogadores(as) por equipe

4 (3 em jogo e 1 reserva).

12 (5 em jogo e 7 reservas).

6 (4 em jogo e 2 reservas).

5 (3 em jogo e 2 reservas).

Treinadores(as)

Não pode estar em quadra ou intervir no momento do Jogo.

Está em quadra e pode intervir durante os jogos.

Está em quadra e pode intervir durante os jogos.

Está em quadra e pode intervir durante os jogos.

Permite jogadas que infringem regras da FIBA para o basquetebol

Não

Não

Sim

Não

Pontua-se de outra forma que não arremessando a bola a cesta

Não

Não

Sim. Passar a bola por entre as pernas dos adversários ou cobrir sua cabeça. Enterradas e arremessos tem pontuações distintas do Basquetebol.

Não

Fonte: Elaboração própria

 

    É importante citar que no contexto informal (não institucionalizado), a prática do BDR tem suas regras estabelecidas pelos próprios praticantes e podem variar de local para local e/ou de momento para momento, por exemplo, a depender da quantidade de jogadores(as) ou das condições da quadra (Brasil et al., 2018). Neste contexto, Brasil et al. (2018) e Brasil et al. (2023), apontam que os jogos de três contra três não consideram as regras da FIBA estabelecidas para o B3x3. Logo, os dados da Tabela 2, somadas as contribuições de somados as contribuições de Brasil et al. (2018), Brasil (2019), Brasil et al. (2023) e Brasil et al. (2022), permitem afirmar que nem todo jogo de Basquetebol ou BDR disputado por duas equipes compostas por três pessoas cada, é de fato um jogo de B3x3.

 

Fundamentos e ações táticas do Basquete 3x3 

 

    Fundamentos podem ser compreendidos enquanto ações e técnicas básicas de determinada prática esportiva, que podem ser realizadas isoladamente ou em conjunto, cuja execução relaciona-se às capacidades motoras condicionais e coordenativas dos sujeitos, bem como, as situações imprevisíveis que ocorrem durante a prática (Brasil, 2019; Brasil; Paes, 2023). Na Tabela 3, são apresentados os fundamentos das “Práticas Corporais da Família do Basquetebol” (Brasil, 2024) e, considerando a discussão suscitada por Brasil (2019) e Dumas (2019), reflexões sobre sua execução no B3x3. Portanto, podem não corresponder à execução dos fundamentos em outras práticas corporais, como, por exemplo, o BDR, o Basquetebol e o Big3, visto que, a observação de jogos no canal oficial da FIBA3x3, FIBA, Big3 e AND1 (uma das principais empresas e equipes responsáveis por difundir o BDR a nível mundial) no “Youtube”, somada as discussões suscitadas por Brasil (2019) e Brasil et al. (2022), permite afirmar que ainda que estas práticas esportivas possuam os mesmos fundamentos, sua execução está condicionada as características estruturantes e condicionantes de cada modalidade, ou seja, as suas regras, espaço, implemento e equipamentos de jogo.

 

Tabela 3. Fundamentos do Basquete 3x3

Fundamento

Descrição e exemplos

Relevância

Execução

Controle de Corpo

 

Movimentos e gestos em resposta às exigências do jogo, como, por exemplo, saídas rápidas, saltos, fintas, paradas bruscas, mudanças de direção, giros, entre outros.

Possibilita se posicionar de modo mais eficaz em quadra, seja no ataque ou na defesa, bem como, diminuir o gasto energético. Logo, seu domínio é extremamente relevante vide o tempo de posse de bola para finalizar um ataque e o fato de que só há um substituto no Basquete 3x3.

Sem bola

Com a bola

Ataque

Defesa

Controle/

Manipulação de Bola

 

 

 

 

Permite ao jogador(a) controlar a bola exclusivamente com uma ou duas mãos de acordo com a situação do jogo, desde que não infrinja as regras da modalidade. Por exemplo: trocar a bola de mãos e movimentá-la em diversos planos do corpo quicar, lançar, rolar, segurar, tocar, etc.

Impacta a execução de outros fundamentos que utilizem bola, como o passe e recepção, o drible e as finalizações, visto que, quanto mais apurado o controle da bola, a tendência é que a execução dos fundamentos executado com bola apresentem melhor qualidade. Além disso, os diferentes modos de controlar a bola parada permitem protegê-la dos adversários de modo mais eficaz e manter sua posse.

Na defesa, a certa medida facilita a interceptação da bola, bloqueios/“tocos” de bola arremessadas, e recuperação de rebotes, visto que o domínio deste fundamento facilita o segurar da bola com uma ou duas mão, tapeá-la a direcionando para direção vantajosa, etc.

Com Bola

Ataque

Defesa

Sem Bola

Drible

Ato de propulsionar a bola em direção ao solo (popularmente conhecido como, “bater” ou “quicar” a bola), que possibilita ao jogador(a) deslocar-se em quadra com a bola sem infringir as regras da modalidade. Pode ser executado de diferentes modos: em locomoção ou não, em diferentes níveis de altura, com mudança de direção (para frente e para trás, de um lado para outro), por entre as pernas, por trás do corpo, trocando a bola de mão, entre outros

Se executado de forma eficaz, permite manter a posse de bola, deslocar-se em direção a cesta para finalizar uma jogada, “limpar a bola” (ato de levar a bola para fora da linha de 2 pontos após a equipe se tornar atacante, para que então possa buscar a finalização) de modo rápido etc.

Com bola

Ataque

Passe

O passe está intimamente correlacionado a recepção da bola e consiste em passar este implemento para um(a) companheiro(a) de equipe. Pode ser realizado com uma das mãos: de gancho, picado, por baixo, à altura do ombro, por trás do corpo ou por entre as pernas. Ou com duas mãos: picado, acima da cabeça, na altura do tórax ou por baixo. Dentre outras possibilidades, desde que não infrinjam as regras.

Um passe bem executado pode colocar a equipe atacante em vantagem em relação à defensora e/ou em relação ao tempo de posse de bola para finalizar. Visto que, por exemplo, no Basquete 3x3 ao utilizar passes diretos para limpar a bola, a tendência é que a equipe que se tornou atacante tenha mais tempo de posse para trabalhar e finalizar a jogada.

 

Com Bola

Ataque

 

Arremesso/

Finalização

Fundamento ofensivo no qual a bola é lançada em direção à cesta adversária com objetivo de pontuar. Por exemplo: bandeja, gancho, arremesso com uma das mãos, com ou sem salto, enterrada, entre outras possibilidades que não infrinjam as regras.

A “enterrada”, é compreendida como a finalização na qual o(a) atleta salta e lança a bola de uma distância próxima ao aro e de uma altura superior à dele, de modo que a bola seja lançada em uma trajetória descendente (de cima para baixo e sem parábola). É comum que ao realizar esta finalização, o(a) atleta toque o aro com uma ou duas mãos. Essa ação pode ser iniciada em deslocamento ou parado(a), com ou sem a posse da bola. Quando o(a) atleta salta sem a bola e recepciona um passe no ar e executa a enterrada antes de aterrissar, dá-se o nome de “Alley-oop” (também conhecido como, “Ponte-Aérea”, no Brasil).

Obs. A enterrada pode ser executada de frente, de costas, com as duas mãos ou uma mão, entre outras possibilidades que não infrinjam as regras do jogo. Cabe citar ainda, que apesar da “enterrada” ser uma possibilidade de finalização, ela exige altura e/ou potência muscular que podem não ser alcançadas por todas as pessoas, assim como o domínio técnico dos diferentes tipos de arremesso.

No Basquete 3x3, a execução de arremessos realizados a uma distância superior a 6,75m quando convertidos em pontos, podem representar uma vantagem considerável as equipes, visto que valem 2 pontos, ou seja, o dobro dos realizados a uma distância igual ou inferior a esta, que valem 1 ponto.

O número de atletas por equipe e o espaço de jogo no Basquete 3x3 pode favorecer a execução de enterrada e “ponte-aérea”, o que pode ser uma vantagem, principalmente para equipes que possuam atletas de estatura relativamente alta em comparação com os(as) adversários, que podem se beneficiar da altura para executar esse tipo de finalização, as quais possuem um índice considerável de acerto e, por vezes, podem influenciar a equipe adversária a realizar faltas.

 

Com Bola

Ataque

Rebote

 

 

Ato de recuperar a bola após uma finalização não convertida em pontos. Pode ser ofensivo ou defensivo.

No Basquete 3x3 o rebote ofensivo pode possibilitar um arremesso rápido a curta distância e/ou um passe para um(a) companheiro(a) de equipe livre de marcação. Enquanto o rebote defensivo marca o início da transição ofensiva, consequentemente, do ato de “limpar a bola”, que pode ser feito via passe ou drible.

Sem bola

Ataque

Defesa

Fonte: Adaptado de Brasil (2019)

 

    Por sua vez, na Tabela 4 são apresentadas algumas das principais ações táticas utilizadas no B3x3. Para tal, nos pautamos na observação de jogos disponíveis na internet, somada as discussões suscitadas por Brasil (2019).

 

Tabela 4. Ações táticas do Basquete 3x3

Ação tática

Descrição

Execução

Finta

Ação intencional que visa influenciar o adversário a cometer um erro e, assim, adquirir vantagem sobre ele.

Com a bola

Sem a bola

Ofensiva

Defensiva

Infiltração

Ação ofensiva na qual o jogador se desloca de modo a transpor a defesa adversária em direção à cesta, causando desequilíbrio no sistema defensivo. Pode causar situações de vantagem ofensiva, por exemplo: a recepção de um passe e/ou finalização próxima a cesta. No Basquete 3x3, as infiltrações podem ser facilitadas pela quantidade de jogadores por equipe e espaço de jogo.

Com a bola

Sem a bola

Ofensiva

Corta-luz

Ação ofensiva na qual um jogador se posiciona na quadra de modo a realizar um bloqueio corporal legal, com a intenção de impedir, dificultar ou retardar a ação de um adversário. Visa obter vantagem ofensiva para um companheiro de equipe.

Dado o número de atletas por equipe e espaço de jogo, no Basquete 3x3 esta ação pode ser eficaz para facilitar a infiltração, receber um passe e/ou finalizar livre de marcação.

Sem a bola

Ofensiva

Mão a mão

Ação ofensiva na qual um jogador se posiciona de modo que um companheiro de equipe possa se aproximar e pegar a bola de sua mão, gerando uma vantagem em relação a defesa. Ou seja, como o nome sugere, é um passe realizado de “mão a mão”.

Com a bola

Ofensiva

Marcação

Ação defensiva individual ou coletiva que visa impedir o progresso das ações ofensivas adversárias. Nesse sentido, os(as) atletas da defesa podem posicionar-se em diferentes locais da quadra, visando tomar a bola do(a) adversário(a), dificultar o drible, infiltração, passe, recepção ou arremesso, interceptar passes e pegar rebotes. Logo, consiste em ações que podem levar os adversários a cometerem erros e/ou finalizar uma jogada em situação de desvantagem em relação ao tempo de jogo e/ou tempo de posse de bola.

Sem a bola
Defensiva

Recuperação Defensiva

Ação defensiva na qual o objetivo é organizar-se em quadra de modo que a defesa não fique desfavorável em relação ao ataque. Como no Basquetebol, esta ação pode se iniciar a partir de um ataque malsucedido. Porém, no Basquete 3x3 ela também se inicia após uma finalização bem-sucedida, visto que, após cair dentro da cesta, à posse de bola se inverte e o jogo prossegue sem pausa.

Sem a bola

Defensiva

Transição Ofensiva

Ação ofensiva realizada após a recuperação da posse de bola pela equipe defensora, que ao tornar-se atacante, deve posicionar-se em quadra de modo organizado. No Basquete 3x3, configura-se como a busca por posicionamentos em quadra que favoreçam a realização e recepção de um passe ou dribles com objetivo de “limpar a bola” e assim, poder buscar uma finalização.

Com a bola

Sem a bola

Ofensiva

Fonte: Adaptado de Brasil (2019)

 

    Como dito anteriormente, a definição dos fundamentos e ações táticas aqui apresentadas podem ser condizentes com as de outras práticas esportivas. No entanto, reforça-se que, ao considerá-los para outras práticas corporais, é preciso se atentar ao fato de que cada modalidade possui suas regras e normas específicas, as quais condicionam a execução dos fundamentos e ações táticas, por exemplo: o BDR possui movimentos (“moves” e “freestyles”) que transgredem as regras e normas do B3x3 e BDR, ainda que se originem de fundamentos em comum. Para se aprofundar e refletir acerca destas questões, indicamos a leitura da dissertação de mestrado de Brasil (2019) acerca do B3x3, do livro de Paes et al. (2009) a respeito do Basquetebol, dos textos de Brasil et al. (2018), Brasil et al. (2022) e Brasil (2024), que tratam do BDR, B3x3 e Foobaskill respectivamente.

 

Basquete 3x3, que esporte é esse? 

 

    A FIBA (([201-?]; [2019?]) alega que o B3x3 é o “Esporte Coletivo Urbano” (ECU) mais praticado no mundo. Perspectiva corroborada pela Confederação Brasileira de Basquetebol (CBB), que alega que este “é considerado o esporte urbano número 1 do planeta” (CBB, [2019]). Neste sentido, a FIBA (2012; [2019?]), sugere que há mais de 250 milhões de praticantes de B3x3 no mundo. No entanto, há de se destacar que a FIBA ([201-?]; [2019?]), e CBB ([2019?]), não apresentam uma definição do que é um “ECU” ou “Esporte Urbano” (EU), bem como, não apresentam fontes ou dados que permitam sustentar a afirmação de que nestas categorias, o B3x3 seja de fato o mais praticado. Portanto, a seguir são apresentadas definições de EU e ECU e reflexões acerca da possibilidade do B3x3 ser ou não o mais praticado nestas categorias.

 

    “Esportes Urbanos” podem ser compreendidos enquanto atividades físico-esportivas gratuitas e não organizadas vivenciadas em espaços públicos e ambientes mais sociáveis e menos competitivos em comparação aos esportes tradicionais (Bruggeling et al., 2020 apud Huyghe et al., 2024; Van der Meijde et al., 2020 apud Huyghe et al., 2024). No entanto, Huyghe et al. (2024) destaca que não existe uma definição definitiva de “Esporte Urbano” e que qualquer atividade físico-esportiva não organizada realizada em um espaço público urbano (específico para vivência esportiva) enquadra-se como tal.

 

    A partir do conceito de “Esportes Coletivos” (EC) (Tani, e Corrêa, 2006), de “Jogos Esportivos Coletivos” (JEC) (Teodorescu, 1984; Garganta, 1995; Bayer 1994) e da definição do termo “urbano”:

    “adjetivo Citadino; que pertence à cidade; próprio da cidade; que tem aparência de cidade ou a ela se refere: vida urbana.

 

    Que habita uma cidade; cuja vida se passa numa cidade: zona urbana.

 

    [Por Extensão] Que demonstra afabilidade; civilizado: comportamentos urbanos.

 

    Substantivo masculino Indivíduo que vive na cidade; quem tem os costumes próprios da vida na cidade.” (Instituto Antônio Houaiss, 2009).

    Brasil (2019) compreende “Esportes Urbanos” ou “Esportes Coletivos Urbanos” como esportes que além de possuírem as características dos EC e JECs, são próprios das cidades ou são pertencentes às zonas urbanas.

 

    Dados os conceitos de Brasil (2019) acerca de EU e ECU, bem como, de Huyghe et al. (2024) a respeito de EU, fica evidente que contemplam, o Futebol, o Basquetebol, o Skateboarding, o B3x3, entre outros. Portanto, práticas esportivas já contempladas por conceitos amplamente difundidos no cenário acadêmico-científicos no Brasil e no mundo, como, JEC, EC e Esportes Radicais. Logo, é preciso se aprofundar na discussão acerca da necessidade e aplicabilidade dos conceitos de EU e ECU ou não.

 

    Dito isso, cabe destacar que em 2006 existiam 265 milhões de praticantes de Futebol no mundo (FIFA Comunications Division, 2007), 15 milhões a mais que a quantidade alegada pela FIBA (2012; [2019?]) referente ao B3x3. O que, somado ao fato desta ser uma modalidade relativamente nova, cujo primeiro evento identificado data de 2007 e sua estreia nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, realizado em 2021 em virtude da pandemia de COVID-19 (Brasil, 2019; Brasil et al., 2019; Dumas, 2019; Brasil, e Ribeiro, 2020; Brasil et al., 2022; Snoj, 2021; Lavalette, 2022; De Rose Junior et al., 2022), parece-nos plausível considerar que, independentemente da categorização (“ECU, “EU”, “JEC” ou “EC”) que possa ser aplicada, até 2024 o B3x3 nunca tenha sido ou se aproximado de ser o esporte mais praticado no planeta. Perspectiva reforçada pela quantidade de praticantes de B3x3 registrados identificados no sistema “play.fiba3x3.com” em 25 de junho de 2024, 2.074.710 de pessoas, das quais 306.153 estavam ranqueadas4 (FIBA, 2024), bem como, pelos registros de 2018 (Brasil, 2019) e 2020 (Brasil et al., 2023) que, conforme ilustrado na Figura 2, indica uma quantidade muito inferior aos aproximadamente 250 milhões de praticantes alegados pela FIBA (2012; [2019?]).

 

Figura 2. Quantidade de praticantes de Basquete 3x3 no site Play.FIBA3x3.com em 2018, 2020 e 2024

Figura 2. Quantidade de praticantes de Basquete 3x3 no site Play.FIBA3x3.com em 2018, 2020 e 2024

Fonte: Play.FIBA3x3.com

 

    A Figura 2 também permite identificar o aumento na quantidade de adeptos(as) ao B3x3 entre o ano de 2018 e 2024, o que pode ter relação com a inclusão da modalidade no “XXII Jogos Olímpicos de Verão”, realizado em Tóquio-Japão em 2021 e sua permanência no “XXXIII Jogos Olímpicos de Verão”, realizado em Paris-França em 2024. Bem como, indica que a taxa de permanência dos adeptos na modalidade tem se tornando mais baixa ao longo dos anos, visto que em 2018, a quantidade pessoas ranqueadas era de aproximadamente 23% do total de registros, enquanto em 2024, representava aproximadamente 14,75% do total.

 

Conclusões 

 

    No presente ensaio teórico, ficou evidente que o B3x3 é um esporte complexo e dinâmico, que exige dos(as) praticantes, autonomia, capacidades físicas e motoras (básicas e específicas), domínio mínimo da lógica interna e técnico-tática, capacidade de tomada de decisão e de resolução de situações de jogo/problema rápidas, cooperação, respeito as regras e a todos(as) envolvidos no jogo (adversários, colegas de equipe, equipe de arbitragem, espectadores(as) etc.) e no processo de ensino, vivência, aprendizagem e treinamento (treinador(as), professor(a), gestor(a), familiares, etc.), dentre outras.

 

    Nesse sentido, ainda que o B3x3, Basquetebol, BDR e Big3 compartilhem algumas regras, fundamentos e ações táticas, é nítido que se trata de práticas físico-esportivas distintas e, portanto, a aquisição, manutenção e aprimoramento da técnica, tática, aspectos físicos, fisiológicos, psicológicos, entre outros aspectos, estão condicionados às suas características condicionantes e estruturantes.

 

    Ainda que as definições de “Esporte Coletivo Urbano” e “Esporte Urbano” aqui apresentadas sejam razoáveis, são necessários novos estudos para melhor compreendê-las, defini-las e refletir sobre sua aplicabilidade ou não. Portanto, ao menos por enquanto, defendemos que o B3x3 seja compreendido enquanto um Esporte Coletivo ou Jogo Esportivo Coletivo, categorias que contemplam esta modalidade e outras que podem ser consideradas urbanas. Dito isso, as evidências indicam que independente da categoria na qual o B3x3 possa ser enquadrado, diferente do que alegam a FIBA e CBB, ao menos por enquanto este não é o esporte mais praticado no mundo.

 

    Os dados apresentados na presente pesquisa devem ser considerados ao longo da organização, sistematização, mediação e avaliação do processo de ensino, vivência, aprendizagem e treinamento do B3x3. Além disso, dadas as semelhanças entre o BDR, Basquetebol, Big3 e o B3x3, essas modalidades podem ser vivenciadas com um fim em si mesmas e/ou para o aprendizado e desenvolvimento uma das outras e de outras práticas corporais que possuam os mesmos fundamentos e ações táticas, como, por exemplo, o Foobaskill.

 

    Por fim, a relevância do presente ensaio transcende o B3x3, visto que os dados e discussões apresentadas, que permitem refletir ainda acerca da PE, ECU e EU e, portanto, podem contribuir para formação de profissionais de Educação Física, Ciências do Esporte e campos correlatos, de modo a estimular o pensamento crítico, novas pesquisas e/ou contribuir para que organizem, sistematizem, medeiem e avaliem o processo de ensino, vivência, aprendizagem e treinamento de modo que a vivência esportiva contribua para uma formação ampla e crítica, “para” e “por meio” dos esportes.

 

Notas 

  1. A prática pode ser uma forma de vivenciar os esportes, mas nem toda vivência esportiva se limita a prática.

  2. Valem 1 ponto: Passar a bola por entre as pernas do adversário e pegá-la de volta; Lance livre; Arremesso realizados na zona de 2 pontos do Basquetebol. Valem 2 pontos: Arremessos realizados aproximadamente entre a linha de 3 metros do voleibol e a linha limítrofe de 2 pontos do Basquetebol; Enterradas. Valem 3 pontos: Enterrada com ponte aérea; Valem 4 pontos: Arremessos realizados aproximadamente entre a linha limítrofe do meio da quadra e limítrofe de 3 metros do voleibol do campo defensivo adversário; Arremessos realizados aproximadamente entre a linha limítrofe do meio da quadra e limítrofe de 3 metros do voleibol do próprio campo defensivo. Valem 5 pontos: Arremessos realizados aproximadamente entre a linha de 3 metros do voleibol e a linha limítrofe de 2 pontos do Basquetebol do próprio campo defensivo; Valem 6 pontos: Arremessos realizados na zona de 2 pontos do Basquetebol do próprio campo defensivo (Athayde, [2011?]).

  3. Em 2013, um dos autores do presente texto (Douglas Vinicius Carvalho Brasil), participou de uma etapa da LIIBRA realizada na cidade de Sorocaba-SP, na qual foi alterada a quantidade de jogadores para 3 por equipe em quadra, configurando uma disputa de três contra três. Porém, foram mantidas todas as demais regras desta competição.

  4. Estar ranqueado significa que a pessoa participou de ao menos uma competição oficial/chancelada pela FIBA no ano correspondente. Já os registros, dizem respeito a qualquer pessoa que tenha se registrado ou sido registrada por organizadores de eventos no sistema. Há de se destacar que podem existir registros duplicados (Brasil, 2019).

Financiamento 

 

    "O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001” e também, “com apoio CNPq, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - Brasil" e da “Associação Esportiva Cultural Pentágono” de Sumaré-SP, Brasil.

 

Referências 

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 30, Núm. 325, Jun. (2025)