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ISSN 1514-3465

 

Representações sociais de professores de Educação Física

sobre o autismo: estado do conhecimento de artigos

Social Representations of Physical Education Teachers about Autism: State of Article Knowledge

Representaciones sociales de profesores de Educación Física

sobre el autismo: estado de conocimiento de los artículos

 

Marconi Silva de Andrade*

coni.andrade@gmail.com

Felipe da Silva Triani**

felipetriani@gmail.com

 

*Mestre em Educacação

Universidade de Estácio de Sá (UNESA)

**Doutor em Ciências do Exercício e do Esporte - UERJ

Universidade de Estácio de Sá (UNESA)

(Brasil)

 

Recepção: 14/07/2023 - Aceitação: 19/10/2023

1ª Revisão: 07/09/2023 - 2ª Revisão: 12/10/2023

 

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Citação sugerida: Andrade, M.S. de, e Triani, F. da S. (2024). Representações sociais de professores de educação física sobre o autismo: estado do conhecimento de artigos. Lecturas: Educación Física y Deportes, 28(310), 163-180. https://doi.org/10.46642/efd.v28i310.7127

 

Resumo

    O estudo das representações sociais, elaborada por Moscovici em 1961, se propõe estudar a fomentação e a difusão do conhecimento popular, o senso comum, teoria que é uma vertente da Psicologia Social. Essa pesquisa visa identificar e analisar artigos científicos publicados entre 2017 a 2021 com o intuito de conhecer a produção acadêmica publicada sobre a temática em tela. A base teórica tem como alicerce a Teoria das Representações Sociais de professores de Educação Física sobre o que estes compartilham sobre as práticas inclusivas de alunos autistas. A metodologia utilizada foi o estado do conhecimento, com busca nas bases de dados do Periódico Capes, SciELO e Google Acadêmico, tendo como palavras-chaves: “representações sociais” and “educação física” and “inclusão” and “autismo”. Foram apresentados três artigos científicos que versam sobre representações sociais em contexto escolar diferentes, porém nenhum que se espelhasse com o ora estudado. Os autores conseguiram responder aos questionamentos de seus estudos e por não existir uma produção consistente sobre esse tema, foi identificada uma lacuna no conhecimento que ainda pode ser explorada em novos trabalhos acadêmicos.

    Unitermos: Representações sociais. Educação Física. Inclusão. Autismo.

 

Abstract

    The study of social representations, developed by Moscovici in 1961, proposes to study the promotion and diffusion of popular knowledge, common sense, a theory that is a branch of Social Psychology. This research aims to identify and analyze scientific articles published between 2017 and 2021 in order to know the academic production published on the subject in question. The theoretical basis is based on the Theory of Social Representations of Physical Education teachers about what they share about the inclusive practices of autistic students. The methodology used was the state of knowledge, with a search in the databases of the Periodical Capes, SciELO and Google Scholar, having as keywords: “social representations” and “physical education” and “inclusion” and “autism”. Three scientific articles were presented that deal with social representations in different school contexts, but none that mirrored the one studied here. The authors were able to answer the questions of their studies and because there is no consistent production on this topic, a gap in knowledge was identified that can still be explored in new academic works.

    Keywords: Social representations. Physical Education. Inclusion. Autism.

 

Resumen

    El estudio de las representaciones sociales, desarrollado por Moscovici en 1961, tiene como objetivo estudiar la promoción y difusión del conocimiento popular, el sentido común, teoría que es una rama de la Psicología Social. Esta investigación tiene como objetivo identificar y analizar artículos científicos publicados entre 2017 y 2021 con el objetivo de comprender la producción académica publicada sobre el tema que nos ocupa. La base teórica se fundamenta en la Teoría de las Representaciones Sociales de docentes de Educación Física sobre lo que comparten sobre prácticas inclusivas para estudiantes autistas. La metodología utilizada fue el estado del conocimiento, con una búsqueda en las bases de datos del Periódico Capes, SciELO y Google Scholar, utilizando las siguientes palabras clave: “representaciones sociales” y “educación física” e “inclusión” y “autismo”. Se presentaron tres artículos científicos que abordan las representaciones sociales en diferentes contextos escolares, pero ninguno que reflejara el aquí estudiado. Los autores pudieron responder las preguntas en sus estudios y como no existe una producción consistente sobre este tema, se identificó una brecha de conocimiento que aún puede ser explorada en nuevos trabajos académicos.

    Palabras clave: Representaciones sociales. Educación Física. Inclusión. Autismo.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 28, Núm. 310, Mar. (2024)


 

Introdução 

 

    A Teoria das Representações Sociais (TRS) em sua multifacetada definição é um termo filosófico que representa as reproduções e percepções que estão no consciente das pessoas, em suas lembranças ou conteúdo do pensamento e esse tema de pesquisa atravessou a história sendo estudado por diferentes correntes até alcançar um formato mais definitivo com a teoria criada por Moscovici em 1961. (Minayo, 2009)

 

    As representações sociais, pensada por Moscovici em 1961, é considerado um fenômeno que nos ajuda a entender como a sociedade cria, modifica e compartilha o conhecimento de senso comum e de que forma atua na construção da identidade dos grupos (Dias, Dias, e Chamon, 2016). Os professores de educação física que atuam no ensino regular têm muito a contribuir com a educação de alunos com deficiência quando pode-se entender, através das representações sociais, o conhecimento produzido durante as aulas.

 

    A educação consiste como um processo subjetivo, mutável e necessita ser avaliado constantemente, pois os indivíduos que constroem esse contexto de ensino aprendizagem pensam e têm interesses diferentes. Segundo Alves-Mazzotti (2008), as representações sociais é uma ferramenta apropriada para compreender e sugerir mudanças, pois viés é possível identificar como se formam e como funcionam o conjunto de ações presentes na educação através da interpretação das representações evocadas pelos envolvidos.

 

    A Educação Física Escolar, uma disciplina obrigatória no currículo se apresenta como uma ferramenta importante para promover a inclusão dos alunos com deficiência, pois em sua prática metodológica proporciona motivação, integração e desafios. Segundo Assmann et al. (2019), acentuam a importância dos debates acerca da Educação Física, na perspectiva da educação especial, nesse contexto os alunos com deficiências e os demais colegas sem deficiência são levados a novas experiências que irão promover um desenvolvimento integral desses indivíduos.

 

    De acordo com Silva, e Paula (2023) a Educação Física desempenha um papel significativo na promoção da inclusão, uma vez que oferece amplas oportunidades de participação, mesmo para estudantes com dificuldades motoras, sensoriais, cognitivas ou de outras naturezas. Além disso, é capaz de estimular a participação e proporcionar alto nível de satisfação para estudantes com diferentes níveis de desempenho. Essa disciplina contribui para o desenvolvimento integral dos estudantes, auxiliando na adaptação, na independência, na autonomia e no processo de inclusão em grupos sociais.

 

    De acordo com Barbosa et al. (2019), na perspectiva da proposta de inclusão, é sugerido que o professor leve em consideração as habilidades individuais dos alunos, respeitando seu ritmo de aprendizagem e considerando suas limitações físicas ou intelectuais. A autora destaca a importância de transformar a escola, desmantelando práticas segregacionistas, em vez de simplesmente adequá-la. Nesse sentido a inclusão é vista como um avanço educacional com implicações políticas e sociais significativas, pois envolve a transformação da realidade das práticas educacionais.

 

    Segundo com Silva, e Bordas (2013) os docentes encaram a inclusão de alunos com deficiência em turmas regulares de forma positiva, acreditando que isso promoveria a integração social e proporcionaria oportunidades iguais para todos os estudantes. No entanto, reconheço a necessidade de planejar as aulas de maneira diferenciada, com afinidade emocionalmente voltada para a metodologia de ensino.

 

    Lima, e Ferreira (2020) identificaram que as representações sociais formadas por professores regentes dos anos iniciais em relação ao trabalho do segundo professor na Educação Inclusiva e estes apontaram que as percepções sobre o segundo professor estão em constante formação, influenciadas por crenças, opiniões e imagens compartilhadas, refletindo uma prática recente e diversificada. Nesse sentido, destacou-se a importância de fomentar uma prática escolar colaborativa e reflexiva para a efetivação de uma docência compartilhada e inclusiva.

 

    Entre as deficiências assistidas na escola o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é umas das que mais tem crescido ultimamente e tem apresentado aos profissionais da educação muitos desafios por ser uma patologia pode acumular algumas comorbidades associadas e não ter cura. Segundo Pinto et al. (2016), o TEA é um transtorno que acomete diversas áreas do ser humano como: o desenvolvimento motor, cognitivo, social, linguagem e sua origem envolve alguns fatores genéticos.

 

    Essa pesquisa visa identificar e analisar artigos científicos publicados entre 2017 a 2021 com o intuito de conhecer a produção acadêmica publicada sobre a temática em tela.

 

Metodologia 

 

    A pesquisa é uma etapa fundamental para construção do trabalho acadêmico/científico do pesquisador, pois é através dela que se pode encontrar alicerce e caminhos na busca de respostas a um determinado tema. Ainda sobre a pesquisa Booth, Colomb, e Williams (2005), definem o ato de pesquisar como uma forma de agrupar informações necessárias que possam dar subsídios ao pesquisador encontrar as respostas da pergunta culminando na solução ao problema. Triani (2021), reforça esse conceito afirmando que o levantamento das produções científicas existentes relacionadas a um determinado tema é uma fase fundamental para culminância em uma pesquisa bem elaborada.

 

    Esse estudo é um levantamento de trabalhos acadêmicos recentes com a finalidade de identificar lacunas no conhecimento, analisar e discutir a Teoria das Representações Sociais (TRS) e sua relação com a educação. Segundo Morosini, e Fernandes (2014, p. 155), o estado do conhecimento “[...] é identificação, registro, categorização que levem à reflexão e síntese sobre a produção cientifica de uma determinada área, em um determinado espaço de tempo, congregando periódicos, teses, dissertações e livros sobre uma temática específica”.

 

    A pesquisa para construção desse trabalho científico foi realizada através das plataformas eletrônicas: Periódicos da Capes, SciELO e o Google Acadêmico e foram pesquisados artigos relacionados com o tema em tela. Os principais filtros utilizados para as buscas foram o recorte temporal de 2017 a 2021, os descritores “representações sociais” and “educação física” and “inclusão” and “autismo” e produções na língua portuguesa com o intuito de localizar trabalhos que possuam relação prática-teórica com o as representações sociais dos professores de educação física e suas práticas inclusivas.

 

    Na construção do corpus, o tamanho da amostra não é importante, desde que haja evidências de saturação, esse processo é iterativo, envolvendo a adição gradual de textos para análise, até que se atinja a saturação, onde novos dados não trazem informações adicionais. A construção do corpus é um processo sistemático na pesquisa qualitativa, levando em consideração a relevância, homogeneidade, sincronicidade e saturação. A saturação é utilizada para selecionar textos, interrompendo o processo de seleção quando fica claro que esforços adicionais não trarão novas perspectivas e a adição de mais unidades resulta em retornos decrescentes. (Bauer, e Gaskell, 2002)

 

    Baseado nas palavras-chaves descritas acima foi realizada a pesquisa na base de dados do Periódico Capes e não foi encontrado nenhum artigo. Na plataforma SciELO, utilizando a mesma formatação anterior também não foram encontrados nenhum trabalho. Já no Google Acadêmico ao total foram encontrados dezessete trabalhos acadêmicos dos quais três foram selecionados (Quadro 1).

 

Quadro 1. Detalhamento da quantidade de trabalhos

Critérios de triagem

Bases de dados

Google Acadêmico

Periódicos Capes

SciELO

Total de trabalhos encontrados

17

0

0

Número de trabalhos excluídos

14

0

0

Número de trabalhos selecionados

3

0

0

Fonte: Os autores

 

    Dentre os trabalhos encontrados após essa primeira etapa, foram selecionados aqueles que possuíam relação igual ou aproximada com o tema, então foi realizada a leitura dos trabalhos e seus resumos. Para fins de análise completa dos textos foram excluídos aqueles que não possuíam sua versão aberta e não tinha status de artigo, como pode ser observado no Quadro 2.

 

Quadro 2. Relação de trabalhos excluídos do corpus de análise e seus respectivos motivos

Autor

Título

Periódico / Instituição

Motivo

Pequeno (2018)

O papel do professor e a inclusão escolar da criança autista

Universidade Federal Rural de Pernambuco

Trata-se de um trabalho de conclusão de curso (TCC)

Souza, Furlanetto, e Carvalho (2019)

Educação Inclusiva: educação física nas escolas públicas

Veredas Amazônicas

Não adota a Teoria das representações Sociais como referencial teórico

Silva (2018)

Percepções dos professores de apoio educacional especializado sobre a inclusão de alunos com o transtorno espectro do autismo

Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Trata-se de uma dissertação (Mestrado)

Kitahara (2018)

Representações sociais de professores do ensino fundamental sobre alunos com deficiência e a educação inclusiva

Universidade Metodista de São Paulo

Trata-se de uma tese (Doutorado)

Maia, Bataglion, e Mazo (2020)

Alunos com transtorno do espectro autista na escola regular: relatos de professores de educação física

 

Revista da Associação Brasileira de Atividade Motora Adaptada

Artigo fora do contexto das representações sociais

Tavares (2021)

Mediação docente nas aulas teóricas de educação física: um debate sobre as representações sociais de saúde

Universidade de Brasília

Trata-se de um trabalho de conclusão de curso (TCC)

Guimarães (2021)

As representações sociais do autismo entre professores e familiares cuidadores

Universidade Estadual da Paraíba

Trata-se de uma dissertação (Mestrado)

Lindolpho (2019)

Representações sociais de deficiência intelectual de adolescentes e adultos com síndrome de Down em instituição especial e escolas de ensino comum

Universidade Estadual Paulista

Trata-se de uma dissertação (Mestrado)

Lima (2017)

A gênese das representações sociais sobre o trabalho do segundo professor na perspectiva da educação inclusiva


Universidade Federal da Fronteira Sul

Trata-se de uma dissertação (Mestrado)

Souza (2017)

A educação inclusiva na perspectiva dos professores da rede municipal de Frutal: um estudo de representações sociais

Universidade de Uberaba

Trata-se de uma dissertação (Mestrado)

Gil (2020)

Representações sociais sobre a prática pedagógica: educação inclusiva nos anos finais do ensino fundamental

Universidade Católica de Santos

Trata-se de uma dissertação (Mestrado)

Paganotti (2017)

Representações sociais de professores do Ensino Fundamental I em exercício: os sentidos no contexto da(s) diferença(s)

Universidade Estadual Paulista

Trata-se de uma dissertação (Mestrado)

Souza, e Perez (2021)

Diversidade e diferença: representações sociais no espaço educacional

 

Revista Ibero-americana de Estudos em Educação

Trata-se de um artigo de revisão

Varanda (2018)

As representações sociais de educação física na visão de diferentes atores escolares: alunos, professores e gestores 

Universidade Estadual Paulista

Trata-se de uma dissertação (Mestrado)

Fonte: Os autores

 

    Cabe ressaltar que apesar da importância dos estudos acadêmicos para a construção de um estado do conhecimento e enriquecimento das problematizações, o fulcro desse trabalho foi investigar as representações sociais dos professores de educação física e sua relação com o contexto da educação especial encontrada apenas em artigos científicos que não sejam revisões de literatura visto que este trabalho se trata de uma revisão, o que justifica a exclusão das demais produções.

 

Resultados e discussões 

 

    Os resultados encontrados que derivaram das buscas realizadas nos bancos de dados serão organizados na Tabela 1, em ordem cronológica, e servirão de base para a construção dessa revisão. A tabela será dividida em quantitativo de produções selecionadas, citação do estudo, o título do manuscrito e a revista científica na qual se encontra.

 

Tabela 1. Pesquisas resultantes dos artigos que têm como base a Teoria das Representações Sociais relacionados com educação e inclusão (n=3)

Autor

Título do artigo

Periódico

1

Morgado et al. (2017)

Representações Sociais sobre a Deficiência: Perspectivas de Alunos de Educação Física Escolar

Revista Brasileira de Educação Especial

2

Vargas, e Portilho (2018)

Representações Sociais e Concepções Epistemológicas de Aprendizagem de Professores da Educação Especial

Revista Brasileira de Educação Especial

3

Savarezzi, Novaes, e Gimenez (2019)

Representações sociais do componente curricular educação física: uma análise sobre os níveis de ensino fundamental e médio

Eccos Revista Científica

Fonte: Os autores

 

    Na Tabela 1 estão ilustrados três artigos que não representam integralmente o objeto de estudo desse trabalho, estes conteúdos se aproximam do quanto estudado em tela. Todos possuem como ponto de partida o estudo da TRS e divergem quanto ao encaminhamento da pesquisa, pois ora retrata a deficiência, ora estuda o contexto da Educação Física escolar.

O recorte temporal das buscas se limitou entre os anos de 2017 a 2021 para que pudessem ser selecionados trabalhos mais recentes para que fossem investigados e analisados o quanto se produziu nos últimos anos em relação ao tema. É notória a escassez de produções, além de não serem encontrados artigos científicos recentes (2020 e 2021).

 

Tabela 2. Apresentação dos objetivos e resultados

Autores

Objetivo

Objeto de estudo

Morgado et al. (2017)

Investigas as representações sociais compartilhadas por alunos de Educação Física sobre a deficiência e analisar quais impactos esses olhares causam na participação dos alunos com deficiência nas aulas.

Participação de aluno com deficiência nas aulas de Educação Física.

Vargas e Portilho (2018)

Estudar as concepções epistemológicas da aprendizagem de professores durante uma formação continuada em educação especial.

Aprendizagem de professores em formação continuada, na modalidade educação especial.

Savarezzi, Novaes, e Gimenez (2019)

Compreender o que os estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio compartilham acerca da disciplina de Educação Física e o entender o motivo do desinteresse pelas aulas dessa disciplina.

A Educação Física como componente curricular e o desinteresse dos alunos pela sua prática.

Fonte: Os autores

 

    Todos os trabalhos ora analisados na Tabela 2, têm o mesmo objetivo que é compreender, investigar e estudar um objeto, através das representações sociais. Apesar de possuírem essa similaridade no objetivo os seus objetos de estudos são diferenciados. Morgado et al. (2017), busca entender a baixa adesão dos alunos com deficiência nas aulas de Educação Física através dos próprios alunos com deficiência e sem deficiência. Vargas, e Portilho (2018), estudou a aprendizagem de professores da educação básica a nível de formação continuada em educação especial e Savarezzi, Novaes, e Gimenez (2019), com o apoio TRS tentou compreender como estudantes do Ensino Fundamento e Ensino Médio concebem a Educação Física Escolar e quais nuances causam o desinteresse pelas aulas.

 

Tabela 3. Composição dos trabalhos quanto ao instrumento de coleta e análise dos resultados obtidos na pesquisa

Autores

Tipo de pesquisa

Instrumento de coleta

Instrumento de análise

Morgado et al. (2017)

Qualitativa

Entrevista semiestruturada

Análise de conteúdo de Bardin

Vargas, e Portilho (2018)

Qualitativa

Registros das falas

IRAMUTEQ, nuvem de palavras e árvore de similitude

Savarezzi, Novaes, e Gimenez (2019)

Quali-quantitativo

Técnica de evocações livres

EVOC e Mise em Cause

Fonte: Os autores

 

    Os três artigos na sua parte metodológica apresentaram distintas propostas, como destacado na Tabela 3, apontando as possibilidades de valer-se da TRS utilizando-se variados métodos de coleta e análise, nesse sentido cabe ressaltar que:

    A diversidade de desdobramentos teóricos e a própria característica do objeto, em sua complexidade, criam as condições para o uso de vários instrumentos e abordagens metodológicos ou mesmo para a criação de instrumentos, como no caso da Teoria de Núcleo Central. (Bertoni, e Galinkin, 2017, pp. 114-115)

    Morgado et al. (2017); Vargas, e Portilho (2018), para conduzir as pesquisas escolheram o método qualitativo que de acordo com Prodanov, e Freitas (2013, p. 70) “considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números”. Enquanto Savarezzi, Novaes, e Gimenez (2019), optaram pelo tipo de pesquisa quali-quantitativa, que de acordo com Triani (2022), ao tempo que os dados quantitativos são produzidos, estes são categorizados e analisados com base na autoria, referências teóricas, abordagens e demais procedimentos metodológicos.

 

    Entre os instrumentos de coleta de dados adotados, Morgado et al. (2017) utilizou a entrevista semiestruturada que segundo Zambello et al. (2018), permite maior flexibilidade e adaptação à estrutura da entrevista como a refazer questões e confirmar com o entrevistado se foi devidamente entendido. Savarezzi, Novaes, e Gimenez (2019),decidiram trabalhar com a Técnica de evocações livres que “Trata-se de um procedimento realizado com evocações livres, em que se computam suas frequências e ordem média com que aparecem no discurso em relação às demais palavras” (Wachelke, 2009, p. 103). Já Vargas, e Portilho (2018), fizeram o registo das falas dos professores durante os encontros formativos e construíram um texto que foi submetido a análise posterior.

 

    Ainda, baseado na Tabela 3, percebe-se uma diversidade na conduta de análise dos dados coletados onde Morgado et al. (2017) utilizou-se da análise de conteúdo de Bardin que “objetiva analisar o que foi dito em meio a uma investigação, construindo e apresentando concepções em torno de um objeto de estudo” (Sousa, e Santos, 2020, p. 1400). Vargas, e Portilho (2018) decidiram pelo uso da nuvem de palavras que conforme Vilela, Ribeiro, e Batista (2020), são representações gráficas com o intuito de registar o grau de frequência de palavras utilizadas no texto e que quanto mais utilizada maiores aparecem na nuvem, juntamente com esse recurso utilizaram a árvore de similitude “[...] que permite a visualização da conexidade entre as palavras e identifica as palavras com maior frequência e ocorrência no corpus, denominadas itens lexicais centrais, e também as palavras próximas a esses, denominadas itens lexicais periféricos” (Rocha et al., 2018, p. 3). E para além, esses instrumentos apresentados são gerados através do software IRAMUTEQ que de acordo com Camargo, e Justo (2013):

    Este programa informático viabiliza diferentes tipos de análise de dados textuais, desde aquelas bem simples, como a lexicografia básica (cálculo de frequência de palavras), até análises multivariadas (classificação hierárquica descendente, análises de similitude). Ele organiza a distribuição do vocabulário de forma facilmente compreensível e visualmente clara (análise de similitude e nuvem de palavras) (p. 515).

    Ainda no que tange a análise, Savarezzi, Novaes, e Gimenez (2019), se apropriaram, também, de um software, o EVOC, ferramenta similar que possui o mesmo objetivo do IRAMUTEQ, realizar análise da frequência de palavras evocadas e em segunda etapa utilizaram a técnica do Mise in Cause que conforme Wachelke (2009, p. 105) “[...] calculou-se a proporção dos participantes que consideraram cada palavra simultaneamente muito importante e essencial para o objeto social (adaptação do princípio de refutação da técnica de mise en cause) [...]”.

 

    A Tabela 4 analisa os sujeitos que participaram das pesquisas, a descrição do grupo amostral, nos três artigos e a amostragem, quantidade de participantes.

 

Tabela 4. Sujeitos da pesquisa e quantitativo da amostragem

Autores

Sujeitos

Amostragem (n)

Morgado et al. (2017)

Estudantes da rede Estadual de Ensino

29

Vargas, e Portilho (2018)

Professores da Educação Básica

12

Savarezzi, Novaes, e Gimenez (2019)

Estudantes do Ensino Fundamental e Médio

516

Fonte: Os autores

 

    Em relação ao grupo amostral Morgado et al. (2017), selecionou 29 estudantes, de ambos os sexos, de cinco escolas da Rede Estadual nos municípios de Itaguaí e Seropédica e entre esses participantes tinha alunos com deficiência e sem deficiência. Vargas, e Portilho (2018), utilizaram uma amostra não probabilística de 12 professores da educação básica modalidade especial com idades entre 23 e 58 anos e por fim Savarezzi, Novaes, e Gimenez (2019), para construir sua pesquisa, utilizaram um grupo amostral de 516 crianças e adolescentes divididos em 314 participantes do Ensino Fundamental (4º, 5º, 6º, 7º e 9º anos) e 202 do Ensino Médio 1º, 2º e 3º).

 

    Os participantes dos três estudos tiveram como ponto convergente na construção de seus estudos as representações sociais e na tabela 5 se identifica e destaca o referencial teórico balizador dos trabalhos.

 

Tabela 5. Referencial teórico

Autores

Principais referências

Morgado et al. (2017)

Moscovici (2003)

Vargas e Portilho (2018)

Moscovici (1978)

Savarezzi, Novaes e Gimenez (2019)

Moscovici (1978) e Abric (2000)

Fonte: Os autores

 

    Identifica-se como principal referência teórica dos trabalhos o precursor das representações sociais, Serge Moscovici (1978, e 2003), que é citado com o intuito de conceituar a Teoria das Representações Sociais (TRS) e que serviu de base metodológicas para todas as pesquisas. Apenas Savarezzi, Novaes, e Gimenez (2019) utilizaram pois tiveram como desdobramento da teoria a abordagem estrutural, para auxiliá-los na análise de dados baseada no Núcleo Central (NC).

 

    Uma das principais características das representações sociais é conhecer o que um determinado grupo social compartilha sobre um determinado objeto, o senso comum, criando, a partir dessa iteração novas representações. Conforme Wachelke, e Camargo (2007), por meio da comunicação entre os grupos sociais novas convenções são operacionalizadas (construídas e difundidas) para lidar com a realidade.

 

Tabela 6. Principais resultados

Autores

Resultados

Morgado et al. (2017)

A pesquisa concluiu que existe uma visão estigmatizante e excludente que pode influenciar na inserção dos alunos com deficiência nas aulas de Educação Física.

Vargas, e Portilho (2018)

Os resultados induzem à formação continuada, discussões reflexivas em torno do corpo escolar sobre o papel da escola especial e o incentivo ao trabalho interdisciplinar.

Savarezzi, Novaes, e Gimenez (2019)

Os resultados sugerem que o núcleo da representação referente à Educação Física circulante entre os alunos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio está atrelado à concepção tradicional de esporte e aos exercícios.

Fonte: Os autores

 

    Na Tabela 6 foi constatado os principais resultados apresentados pelos autores e nota-se que todos encontram resultados importantes que poderão nortear ações de reflexivas nos ambientes onde as pesquisas foram realizadas. Morgado et al. (2017), concluiu os alunos com deficiência sofrem com alguma resistência em relação a sua participação nas aulas de Educação Física, por conta dos estigmas que os excluem, devido às suas limitações físicas e cognitivas. Nós resultados encontrados por Vargas, e Portilho (2018), puderam concluir que os professores desejam mais formações continuadas para ampliarem os conhecimentos, ampliação das discussões em torno da escola especial, aumentando o grau de reflexão do seu papo e por fim o incentivo ao trabalho interdisciplinar para aumentar as possibilidades e ações pedagógicas. Na culminância do seu trabalho, Savarezzi, Novaes, e Gimenez (2019), puderam constatar que a visão estigmatizante dos alunos em relação aos seus colegas com deficiência faz parte do núcleo central da representação social que foi investigada, eles ainda enxergam a Educação Física como tecnicista, ou seja, fato que exclui os alunos com deficiência de participarem das aulas.

 

    É possível apontar também que em todos os trabalhos apresentados, os autores tiveram a preocupação metodológica e ética de submeter suas pesquisas ao Comitê de Ética em Pesquisas (CEP), instituição reguladora das pesquisas envolvendo seres humanos.

 

Tabela 7. Submissão ao Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos

Autores

Aspectos éticos - protocolos

Morgado et al. (2017)

Protocolo nº 640/2015

Vargas, e Portilho (2018)

Protocolo nº 205.177/2013

Savarezzi, Novaes, e Gimenez (2019)

Protocolo nº 1.510.638

Fonte: Os autores

 

    Na Tabela 7, ressalta-se que todas as pesquisas foram submetidas e aprovadas ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) que possui instâncias descentralizadas em diversas regiões do Brasil. No caso de Morgado et al. (2017), os autores submeteram seus trabalhos ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro em agosto de 2015, enquanto Vargas, e Portilho (2018), submeteram suas pesquisas e tiveram aprovação em fevereiro de 2013, porém não identificaram o comitê ao qual foi apresentado o trabalho e por fim Savarezzi, Novaes, e Gimenez (2019), tiveram a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Cidade de São Paulo, mas não informaram o período.

 

Conclusões 

 

    A Teoria das Representações Sociais e suas diversas metodologias que servem de caminho para estudo em várias áreas das ciências, no caso em tela as representações sociais se entrelaçam com a educação, para identificar e analisar os trabalhos acadêmicos, artigos, que permeiam os professores de Educação Física e suas práticas pedagógicas inclusivas.

 

    O objetivo desse estudo foi verificar o corpus de artigos já publicados que versam sobre as representações sociais de professores de Educação Física e autismo e assim construir um cenário de antecedentes literários. Esse panorama é embasado no estado do conhecimento que tem como fulcro a verificação, categorização e sistematização da área de conhecimento para identificação, principalmente das lacunas no conhecimento.

 

    Os autores se apropriaram de variados instrumentos metodológicos tanto na coleta como na análise dos dados. Houve pluralidade em todas as metodologias, alguns autores utilizaram a pesquisa qualitativa e outro a quali-quantitativa. Quanto à coleta identificou-se entrevistas, registro de falas e o teste de associação livre de palavras (TALP). Na análise basearam-se na análise de conteúdo e os softwares IRAMUTEQ e EVOC.

 

    Pode-se notar que apesar de trabalhos científicos relevantes que foram produzidos nos últimos anos (2017 a 2021), muito pouco se aproxima da temática apresentada anteriormente, porém é importante destacar que todas as pesquisas foram no contexto escolar e traziam as representações sociais com seu eixo metodológico. Outro ponto em comum foi a base teórica de construção que utilizaram o referencial de Moscovici.

 

    Nos resultados eles puderam responder às perguntas norteadores de suas pesquisas, após as análises dos resultados todos conseguiram apresentar conclusões reflexivas sobre o objeto de estudo. Isso demonstra que o processo teórico-metodológico das representações sociais tem validade e segurança.

 

    Corroborando com o quanto exposto, Silva et al. (2023) analisou o uso da Teoria das Representações Sociais no judô na educação física em publicações científicas brasileiras. Os resultados mostraram que a teoria é utilizada principalmente em estudos relacionados a professores, processo de ensino e aprendizagem, e judô nas escolas. Embora o número de publicações seja limitado, houve um aumento nos últimos cinco anos, destacando a importância de acompanhar e desenvolver novos estudos nessa área.

 

    O trabalho de Zilberstein (2013) sugere a necessidade de uma maior reflexão sobre a participação nas aulas de Educação Física, a fim de promover aprendizagens mais cognitivas e desenvolver autonomia crítica nos estudantes.

 

    Conclui-se, baseado na investigação realizadas nos artigos explorados que a Educação Física tem um potencial muito grande no desenvolvimento dos alunos com necessidades educacionais específicas, porém precisam de melhores estruturas e formação complementar adequada. Para além disso as publicações de artigos que abordem as representações sociais de professores de Educação Física e sua relação com as práticas inclusivas de alunos autistas, deixam uma lacuna no conhecimento que corroboram com o aprofundamento no estudo desse tema.

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 28, Núm. 310, Mar. (2024)