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ISSN 1514-3465

 

Impacto da segunda onda de COVID-19 na qualidade de vida e nível 

de atividade física. Um estudo com idosos de Manaus, Amazonas

Impact of the Second Wave of COVID-19 on Quality of Life and Level of

Physical Activity. A Study with Elderly People from Manaus, Amazonas

Impacto de la segunda ola de COVID-19 en la calidad de vida y el nivel de 

actividad física. Un estudio con personas mayores de Manaus, Amazonas

 

Rafaela Batista Brasil*

http://lattes.cnpq.br/6013204412860412

rafaelabbrasil1@gmail.com

Geovanna Souza*

http://lattes.cnpq.br/9441068761875110

geovannam.souza@gmail.com

Caroline Ferraz Simões**

http://lattes.cnpq.br/4772900748640187

carol_ferrazs@hotmail.com

Wagner Jorge Ribeiro Domingues***

http://lattes.cnpq.br/2013104533801948

wjrdomingues@ufam.edu.br

Ewertton de Souza Bezerra*

http://lattes.cnpq.br/2110212288190711

ewertton_bezerra@ufam.edu.br

 

*Universidade Federal do Amazonas

Faculdade de Educação Física e Fisioterapia, Manaus, Amazonas

**Faculdade Estácio do Amazonas, Manaus, Amazonas

***Universidade Federal do Amazonas

Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia, Parintins, Amazonas

(Brasil)

 

Recepção: 15/12/2022 - Aceitação: 16/04/2023

1ª Revisão: 22/03/2023 - 2ª Revisão: 12/04/2023

 

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https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt

Citação sugerida: Brasil, R.B., Souza, G., Simões, C.F., Domingues, W.J.R., e Bezerra, E. de S. (2023). Impacto da segunda onda de COVID-19 na qualidade de vida e nível de atividade física. Um estudo com idosos de Manaus, Amazonas. Lecturas: Educación Física y Deportes, 28(300), 77-91. https://doi.org/10.46642/efd.v28i300.3798

 

Resumo

    O surto do coronavírus (COVID-19) impactou no estilo de vida especialmente de idosos, e as consequências da interrupção súbita de um programa de atividade física não foram investigadas. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar o impacto do lockdown da segunda onda da COVID-19 na Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (QVRS) e no Nível de Atividade Física (NAF) de idosos da cidade de Manaus, Amazonas. Este prospectivo aplicado a 53 idosos, inscritos em um programa comunitário universitário, sendo proposto por duas entrevistas via telefone (Pré = dezembro/2020 e Pós = fevereiro/2021). A QVRS foi avaliada pelo Short Form 6D e o NAF pelo Questionário Internacional de Atividade Física. Um aumento significativo no equivalente metabólico foi observado (X² = -4,54; p<0,001). No entanto, não foram observadas alterações significativas nos escores de QVRS e no tempo sentado (P>0,05). Nossos achados sugerem que a segunda onda da COVID-19 provocou aumento no NAF, mas sem alterações na QVRS e tempo sentado de idosos.

    Unitermos: Idoso. Coronavírus. Políticas públicas.

 

Abstract

    The coronavirus (COVID-19) outbreak has impacted the lifestyle, especially of the elderly, and the consequences of sudden interruption of a physical activity program have not been investigated. Thus, the objective of the present study was to assess the impact of the COVID-19 second wave lockdown on Health-Related Quality of Life (HRQoL) and Physical Activity Level (PAL) of the elderly from Manaus, Amazonas. This prospective applied to 53 seniors, enrolled in a university community program, being proposed by two telephone interviews (Pre = December/2020 and Post = February/2021). HRQoL was assessed by the Short Form 6D and the daily PAL by the International Physical Activity Questionnaire. A significant increase in metabolic equivalent was observed (X² = -4.54; p<0.001). However, no significant changes were observed in HRQoL scores and time sitting/week and weekend (P>0.05). Our findings suggest that the second wave of the COVID-19 pandemic caused an increase in daily PAL, but without changes in HRQoL and time sitting in the elderly.

    Keywords: Aging. Coronavirus. Public policies.

 

Resumen

    El brote de coronavirus (COVID-19) ha afectado los estilos de vida, especialmente entre las personas mayores, y no se han investigado las consecuencias de interrumpir repentinamente un programa de actividad física. Así, el objetivo del presente estudio fue evaluar el impacto de la segunda ola de confinamiento por la COVID-19 en la Calidad de Vida Relacionada con la Salud (CVRS) y el Nivel de Actividad Física (NAF) de ancianos de la ciudad de Manaus, Amazonas. Esta prospectiva se aplicó a 53 ancianos, matriculados en un programa comunitario universitario, siendo propuesta por dos entrevistas telefónicas (Pre = Diciembre/2020 y Post = Febrero/2021). La CVRS se evaluó mediante el Short Form 6D y NAF mediante el Cuestionario Internacional de Actividad Física. Se observó un aumento significativo del equivalente metabólico (X² = -4,54; p<0,001). Sin embargo, no se observaron cambios significativos en las puntuaciones de CVRS y el tiempo sentado (P>0,05). Nuestros hallazgos sugieren que la segunda ola de COVID-19 provocó un aumento en NAF, pero sin cambios en la CVRS y el tiempo sentado en personas mayores.

    Palabras clave: Persona mayor. Coronavirus. Políticas públicas.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 28, Núm. 300, May. (2023)


 

Introdução 

 

    O surto da doença coronavírus (COVID-19) foi relatado pela primeira vez em dezembro de 2019 e, desde então, se espalhou para países ao redor do mundo. Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia global em todo o mundo. Para conter o avanço e a disseminação da COVID-19, medidas de higiene, utilização de máscaras, distanciamento físico e isolamento social foram necessárias, principalmente o fechamento de estabelecimentos comerciais, escolas e universidades. (Guan et al., 2020)

 

    Em junho de 2020, iniciou-se o plano de reabertura gradual do comércio de atividades não essenciais na cidade de Manaus – AM. Após as fases de flexibilização do governo, as atividades rotineiras de grande parte da população voltaram ao mais perto do normal (período pré-pandemia) incluindo as atividades físicas, academias e similares puderam retornar ao funcionamento na terceira fase do plano de reabertura. Neste primeiro período de distanciamento social/físico foi percebido um aumento de vulnerabilidades na saúde entre os idosos aumentado pelo primeiro surto COVID-19, impactando diretamente na atividade física e qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) (Do Nascimento et al., 2021). Todavia, no mês de dezembro o número de casos e óbitos alcançou níveis elevados, ocasionando a segunda onda, o que levou as autoridades a tomar novamente medidas restritivas, e consequentemente um novo lockdown. (Gräf et al., 2021)

 

    É indiscutível o impacto negativo na saúde mental e física das pessoas, derivado do confinamento para evitar a transmissão do vírus (Bezerra et al., 2021; Sánchez-Torres, Montoya-Restrepo, e Montoya-Restrepo, 2022). Os efeitos colaterais do vírus se refletem de várias maneiras, como aumento do peso corporal, mudança nos hábitos alimentares e padrões de sono, excesso de trabalho, exaustão por atividades domésticas, cuidado e apoio nos filhos submetidos ao ensino remoto, aumento do consumo de bebidas alcoólicas e, em algumas ocasiões, de substâncias tóxicas (Sánchez-Torres et al., 2022). Essas ações modificaram o comportamento, principalmente dos idosos, limitando o acesso a espaços públicos de lazer, bem como as atividades desenvolvidas por programas públicos (Schrempft et al., 2019). Quando as condições acima mencionadas são observadas em idosos, efeitos acelerados de incapacidade podem ser esperados (Kutz, Maria, Abreu, e Salgueiro, 2016). Destes são esperadas reduções acentuadas nas capacidades cognitivas e físicas, culminando em declínios de capacidade funcional e de respostas adaptativas que são indispensáveis para a realização de atividade física (AF) diária. (Muir, Gopaul, e Montero, 2012; Willians, e Kemper, 2010)

 

    Estudos têm evidenciado que em grande frequência ocorre a associação entre o envelhecimento e o isolamento social (Robins, Hill, Finch, Clemson, e Haines, 2018; Yu, Steptoe, Niu, Ku, e Chen, 2018). Este, é definido como a falta de comunicação significativa e sustentada ou interações com redes sociais (Smith, Dainty, e Macgregor, 2018). Além disso, este fato corrobora para o aumento da suscetibilidade a perda da função cognitiva, redução da mobilidade, aumento da fadiga, perdas funcionais, problemas no sono, sentimentos de solidão e sintomas depressivos. (Yu, Steptoe, Niu, Ku, e Chen, 2018; Park, Jang, Lee, e Chiriboga, 2017; Ribeiro et al., 2019)

 

    No entanto, os estudos priorizaram investigar os efeitos na saúde mental, havendo necessidade de ampliar a investigação para a saúde física da população idosa (Bezerra et al., 2021), assim como, até o momento nenhum estudo investigou a consequência da interrupção súbita de um programa de atividade física regular em idosos. Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar o impacto do lockdown da segunda onda da COVID-19 na Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (QVRS) e no Nível de Atividade Física (NAF) de idosos da cidade de Manaus-AM.

 

Métodos 

 

    Trata-se de um estudo prospectivo com o objetivo de analisar o comportamento da QVRS e NAF de idosos cadastrados em programa comunitário da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) na cidade de Manaus-AM, durante a segunda onda do surto de COVID-19, entre os meses de dezembro de 2020 e fevereiro de 2021. Neste período a cidade de Manaus registrou diferentes momentos no estágio da pandemia de COVID-19, conforme informações expressas no quadro abaixo.

 

Quadro 1. Decretos Estaduais do Amazonas durante período de dezembro/2020 a fevereiro/2021

Decretos

Dezembro/2020

Janeiro/2021

Fevereiro/2021

nº 43.234 - 23/12/2020

n° 43.282 - 14/01/21

nº 43.302 - 23/01/21

nº 43.450 - 19/02/21

Resumo dos

Decretos

Art. 1º. Fica suspenso, no período de 26 de dezembro de 2020 a 10 de janeiro de 2021, o funcionamento de todos os estabelecimentos comerciais e serviços não essenciais e destinados à recreação e lazer.

Art. 1º. Fica instituída, pelo período de 10 (dez) dias, a restrição provisória da circulação de pessoas, entre as 19 horas e as 06 horas, ressalvados os casos de extrema necessidade.

Art. 1º Fica instituída, até 31 de janeiro de 2021, a restrição provisória da circulação de pessoas, durante as 24 horas do dia.

Estabeleceu restrição parcial e temporária de circulação de pessoas, no município de Manaus.

Fonte: http://www.fvs.am.gov.br/

 

    O presente estudo foi composto por uma amostra intencional total de 53 idosos, de ambos os sexos, recrutados a partir de em um estudo primário (Do Nascimento et al., 2021). Na primeira etapa do estudo, todos os idosos foram entrevistados na quinzena inicial de dezembro/2020 (Do Nascimento et al., 2021), e na segunda quinzena do mês de fevereiro/2021 quando ocorreu uma maior flexibilização neste momento o Decreto lei (Decreto nº 43.450). Os questionários foram aplicados por meio de ligação telefônica, realizados sempre pela mesma entrevistadora. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Amazonas (CAAE: 30542020.2.0000.0008, parecer 3.985.520), sendo realizada de acordo com a Declaração de Helsinque de 1964 (2013: Sétima revisão, 64º Encontro, Fortaleza, Brasil).

 

    O NAF foi medido por meio do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ-SF), traduzido e validado para o português (Matsudo et al., 2001). O IPAQ-SF é composto por itens que avaliam a frequência e a duração da atividade física em três faixas de intensidade: atividade física vigorosa (8,0 equivalente metabólico [METs]), atividade física moderada (4,0 METs) e baixa atividade física (3,3 METs), realizada ao longo um conjunto de domínios que inclui tempo de lazer, tarefas domésticas e de jardinagem (quintal) e atividades relacionadas ao trabalho e transporte durante uma semana típica de sua vida. Valores entre 0 a <600 MET.minutos/semanais caracterizam uma dose baixa de atividade física, entre 600 a <1200 MET.minutos/semanais como moderada, e entre ≥1200 MET.minutos/semanais como alta. Além disso, estipulou-se o tempo gasto sentado em minutos, durante a semana e no fim de semana dos avaliados. (Matsudo et al., 2001)

 

    A QVRS foi avaliada pelo questionário Short-Form 6 Dimensions (SF-6D) na versão em português (Campolina, Bortoluzzo, Ferraz, e Ciconelli, 2016). O questionário classifica a QVRS em seis domínios (Capacidade Funcional, Limitação Global, Aspectos Sociais, Dor, Saúde Mental e Vitalidade). Com base na seleção de um item de cada uma das seis dimensões ou domínios que compõem o instrumento, é dado um escore SF-6D único, que varia de 0 a 1, o qual representa a preferência do indivíduo por um determinado estado de QVRS, em uma escala onde 0 representa o pior estado de saúde e 1 significa o melhor estado de saúde. As análises foram realizadas por meio do algoritmo desenvolvido por Cruz et al. (2011).

 

    Por meio de ligações telefônicas, foi realizado uma entrevista sobre o comportamento durante o distanciamento social/físico utilizando o modelo proposto por Barros et al. (2020):

  • Questão 1: “Quantas pessoas vivem com você? Opção: livre;

  • Questão 2: “Com relação ao distanciamento social que está sendo orientado pelas autoridades de saúde, ou seja, ficar em casa e evitar contato com outras pessoas, quanto você acha que está conseguindo ou conseguiu fazer?” Opções de resposta: "Muito pouco","Pouco","Mais ou menos","Bastante" e “Praticamente isolado de todos”;

  • Questão 3: "Como era ou tem sido a sua rotina de atividades?", Opções de resposta: "Fiquei em casa o tempo todo", "Saia apenas para o essencial, como comprar comida", "Saia de vez em quando para fazer compras e esticar as pernas”, “Saia todos os dias para alguma atividade” e “Saia todos os dias, o dia todo, para o trabalho ou outra atividade regular”;

  • Questão 4: “ Pensando na rotina da casa, quem tem acessando a casa?” Opções de resposta: "Apenas familiares que moram juntos se houver, e mais ninguém", "Alguns parentes próximos visitam uma ou duas vezes por semana", "Alguns parentes próximos visitam quase todos os dias", "Amigos, parentes ou outras pessoas visitam uma vez ou duas vezes por semana "e "Amigos, parentes ou outras pessoas visitam quase todos os dias";

  • Questão 5: Durante o período de isolamento, o que você achou da sua saúde?opções de resposta: “Piorou”, “Nem melhorou nem piorou” e “Melhorou”;

  • Questão 6: “Em relação à sua qualidade de vida, o que você diria?” Opções de resposta: “Está muito pior do que antes da Pandemia”; “É pior do que antes da pandemia”, “é a mesma que era antes da pandemia”, “Está melhor do que antes da pandemia”, e “É muito melhor do que antes da pandemia”. Durante a entrevista, as opções foram faladas em ordem aleatória para cada participante.

    Os dados foram analisados no Statistical Package for the Social Sciences (IBM® SPSS, versão 25.0) e os gráficos foram construídos no Graphpad Prism (versão 9.2.0). A normalidade das variáveis contínuas foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilk. O teste de Wilcoxon foi utilizado para verificar o efeito do tempo Pré (dezembro 2020) e Pós (fevereiro 2021) na QVRS e NAF. O questionário de distanciamento social foi analisado usando o teste de independência qui-quadrado (X²), com grau de associação observado para o teste V de Craemer. As frequências absoluta e relativa foram utilizadas para a descrição das variáveis categóricas. Além disso, analisou-se a frequência absoluta e esperada seguindo o resíduo padronizado ajustado. médias e desvios-padrão foram utilizados para a descrição das variáveis contínuas. O nível de significância foi estabelecido em valores de P<0,05.

 

    Para o cálculo do tamanho da amostra foi realizado um estudo piloto (n=80), cujos resultados foram aplicados a partir do software estatístico G*Power (University of Düsseldorf, Dusseldorf, Germany), sendo esta continuidade de um estudo previamente publicado durante a primeira onda da pandemia (março a agosto de 2020) (Do Nascimento et al., 2021). Dois paradigmas estatísticos inferenciais foram adotados devido as perdas analíticas do estudo: uma análise do conjunto de dados completo (em que apenas os participantes que responderam os dois momentos (39 sujeitos) da observação foram considerados e uma análise por imputação múltipla (em que os valores para a pós-observação foram estimados). Um procedimento de imputação múltipla foi adotado porque a taxa de perda foi de mais de 5% para as medidas desfechos da observação. O procedimento foi realizado via sequencial imputação de regressão (ou seja, especificação totalmente condicional). Os valores imputados foram restringidos pelo mínimo e máximo de cada resultado/preditor (ou seja, a pontuação provável para cada escala/domínio avaliado). Conforme recomendado por Rubin (1996), cinco conjuntos de dados imputados foram criados e agrupados para produzir as estimativas. A imputação múltipla assumiu um mecanismo de dados completamente aleatório ausente.

 

Resultados 

 

    Inicialmente, 53 idosos foram avaliados durante o mês de dezembro/2020. Entretanto, a análise final incluiu 39 respondentes, que participaram das duas etapas deste estudo. A Tabela 1 apresenta as características gerais da amostra.

 

Tabela 1. Características gerais dos participantes na linha de base do estudo (dezembro/2020)

 

Geral (n = 53)

Mulheres (n = 43)

Homens (n = 10)

Idade (anos)

66,77 ± 4,82

66,28 ±4,60

68,09 ± 4,99

Estatura (m)

1,55 ± 0,08

1,53 ± 0,06

1,67 ± 0,05

Massa corporal (kg)

70,93 ± 15,54

68,35 ± 12,4)

82,05 ± 21,16

IMC (kg/m²)

29,05 ± 5,04

29,1 ± 4,60

28,85 ± 6,49

RCQ (cm)

0,9 ±0,07

0.88 ± 0,05

0,99 ± 0,07

Nota: Valores apresentados em média ± desvio padrão. IMC: Índice de Massa Corporal; 

RCQ: Razão cintura quadril. Fonte: Dados da pesquisa

 

    A Tabela 2 apresenta os resultados durante a segunda onda da COVID-19 na QVRS e NAF de idosos. O METs teve um aumento significativo no mês de fevereiro/2021, comparado a dezembro/2020 (X² = -4,54; p<0,001). Entretanto, mudanças no tempo sentado durante a semana e no fim de semana, bem como, na QVRS não foram observadas (p>0,05). Os valores imputados apresentam similaridade com os dados originais, reforçando que o comportamento das variáveis não foi influenciado pela perda nas observações do mês de fevereiro/2021.

 

Tabela 2. Mudanças cronológicas nos indicadores de atividade física e qualidade de vida relacionada à saúde

 

Dados Originais

Dados Imputados

Dezembro/2020

Fevereiro/2021

Dezembro/2020

Fevereiro/2021

METs

1036,25 ± 871,86

2034,36 ± 717,89*

1036,64

2034,19*

Tempo sentado (minutos)

Semana

206,54 ± 131,46

215,38 ± 145,49

206,58

215,43

Fim de semana

204,29 ±133,94

215,38 ± 145,49

204,19

215,30

QVRS

0,87 ± 0,07

0,88 ± 0,06

0,87

0,87

*Diferença significativa comparado aos valores de linha de base (Pré - mês de dezembro) (Wilcoxon test).

Valores apresentados em média ± desvio padrão. METs: Equivalente metabólico; 

QVRS: Qualidade de vida relacionada à saúde. Fonte: Dados da pesquisa

 

    A Figura 1 apresenta os resultados em relação ao questionário de distanciamento social/físico. A maioria dos idosos entrevistados (43,4%) alegaram dividir a casa com apenas 1 pessoa (Figura 1A - Questão 1). Em relação à Questão 2 (“ficar em casa e evitar contato com outras pessoas”), nossos resultados mostram efeito dos decretos governamentais em relação ao comportamento social, visto que não houve alteração (X² (2) = 1,96, p=0,92) para a condição totalmente isolado em dezembro/2021(69,8%) para fevereiro/2021 (45,3%) (Figura 1B).

 

    Sobre a rotina de atividades diárias (Questão 3), os achados não demonstram alterações da rotina expressa pelas pessoas (X² (2) = 3,08, p=0,79), em dezembro/2020 (96,2%) (“ficar em casa o tempo todo” ou “sai apenas para coisas essenciais, como comprar comida”), comparado a fevereiro/2021 (98,1%) (Figura 1C). Em dezembro/2020, a maioria dos idosos estavam mais restritos a receberem pessoas de fora do seu convívio, uma vez que 64,2% declaram ter convivência somente com familiares que moravam juntos (“somente os familiares que moram juntos, se tiver, e mais ninguém”). Embora em fevereiro/2021 tal condição tenha mudado para maior prevalência na resposta “alguns parentes próximos visitam de uma a duas vezes por semana” (52,8%), foram observadas alterações significativas nesta condição (X² (2) = 15,96, p=0,06) (Figura 1D - Questão 4).

 

    Ao serem questionados quanto ao seu estado de saúde (Questão 5), 34% declararam “piorou” em dezembro/2020. Todavia, essa condição reduziu para 17% em fevereiro/2021 (período no qual a campanha de vacinação estava direcionada para o público idoso) mostrando um efeito associativo significativo (X² (2) = 44,56, p<0,001) (Figura 1E). Ainda quando questionado sobre a QVRS em dezembro/2020, 69,8% dos idosos declararam “Está do mesmo jeito do que durante a 1ª etapa do projeto, primeira onda”. Entretanto, 11,3% declaram uma melhora em fevereiro/2021, sendo este resultado significativo estatisticamente (X² (2) = 40,05, p<0,001) (Figura 1F).

 

Figura 1. Densidade expressa na resposta do questionário de distanciamento social/físico da amostra total

Figura 1. Densidade expressa na resposta do questionário de distanciamento social/físico da amostra total

Fonte: Dados da pesquisa

 

Discussão 

 

    Até onde temos conhecimento, este é o primeiro estudo que buscou avaliar os impactos da segunda maior restrição governamental do Estado do Amazonas, que ficou conhecida com segunda onda de COVID-19, na atividade física diária e qualidade de vida relacionada à saúde de idosos. Os principais achados mostraram que durante este período, houve um aumento do equivalente metabólico e uma manutenção na qualidade de vida relacionada à saúde e no tempo sentado durante a semana e no final de semana de idosos da cidade de Manaus-AM.

 

    É importante ressaltar que, durante a segunda onda de COVID-19, severas restrições quanto ao fluxo de pessoas foram adotadas (Decreto lei nº 43.302), e consequentemente, ocorreu um aumento do distanciamento social/físico, que se confirma, uma vez que nossos resultados mostram que durante este período a maioria dos idosos relatou ficar em casa e evitar contato com outras pessoas, corroborando com os resultados do estudo Epicovid-19 (Mesenburg et al., 2021). Entretanto, os idosos avaliados em nosso estudo, apresentaram um aumento significativo dos METs entre os meses de dezembro/2020 e fevereiro/2021, contrário ao que foi observado no estudo prévio durante a primeira severa restrição imposta na cidade de Manaus,no qual no início do estudo, 56,8% dos idosos foram classificados como ativos e, após o primeiro mês, 18,5% relataram alteração nessa condição. (Do Nascimento et al., 2021)

 

    Não obstante, os resultados do presente estudo se contrapõem aos de um estudo realizado no Reino Unido, no qual foram investigados a influência das seis semanas iniciais de distanciamento nos níveis de atividade física, função física percebida e humor em 117 idosos. Nesse estudo os resultados demonstraram um aumento do tempo sedentário, diminuição da atividade física vigorosa, aumento no tempo de caminhada e atividade física moderada nos idosos. Os pesquisadores atribuíram esses achados a esse período de bloqueio. (Richardson, Duncan, Clarke, Myers, e Tallis, 2021)

 

    A recente meta-análise de Wunsch, Kienberger, e Niessner (2022) identificou que, apesar da prática de atividade física ter diminuído significativamente em idosos durante a pandemia da COVID-19, a maior redução ocorreu em exercícios ou esportes leves, moderados ou extenuantes. Em contraste, foi encontrado um aumento da prática de exercícios leves ou atividades esportivas e em tarefas domésticas moderadas ou pesadas, o que pode explicar em partes nossos resultados. Além disso, informações de que a inatividade física (Sallis et al., 2021), e inúmeras doenças crônicas que comumente afetam os idosos (Mesenburg et al., 2021), estão associadas a um risco aumentado de agravamento da COVID-19 e maior prevalência de sintomas, foram amplamente divulgadas nos principais meios de comunicação, o que pode ter contribuído para os idosos aumentarem os METs. A revisão de Sánchez-Torres et al. (2022) ressalta que grupos de apoio, esportes e centros de saúde fizeram um esforço significativo para motivar as pessoas a manter um mínimo de atividade física em casa, usando utensílios domésticos, o que foi fortemente observado durante a segunda onda da COVID-19. Também pode-se assumir que, a segunda onda da COVID-19 em Manaus-AM, embora a mais intensa do País, devido à variante registrada na cidade (Gräf, Bello, Venas, Pereira, e Paixão, 2021), foi coincidente com o início da vacinação para o público idoso.

 

    Por outro lado, embora os idosos não tenham apresentado alterações no tempo sentado nos dias de semana e no fim de semana, a estabilidade desta variável pode ser vista como um ponto positivo, visto que o METs foi aumentando. O aumento da NAF reduz doenças osteodegenerativas (Peffers, Balaskas, e Smagul, 2018), risco de acidente vascular cerebral (Nogueira, Santos, Mont'Alverne, Martins, e Magalhães, 2012) e eventos cardíacos (Batty, 2002). Adicionalmente, aumentos do gasto energético podem contrapor o aumento da gordura corporal, principalmente abdominal, que quando aumentada desencadeia problemas metabólicos como dislipidemia (Moreno, e Casanueva, 2007) e diabetes (Dewan, e Wilding 2003) a médio e longo prazo nessa população. A manutenção no tempo sentado, e não seu prolongamento, como observado no estudo anterior (aumento de 51% e 43% no tempo sentado na semana e fim de semana, respectivamente) (Do Nascimento et al., 2021) pode reduzir as chances de sobrecarga na região lombar (Beach, Parkinson, Stothart, e Callaghan, 2005) e, posteriormente, o aparecimento de lombalgias. (Kastelic, Voglar, e Šarabon, 2018)

 

    As condições acima expostas reforçam a manutenção da QVRS, já que mudanças no SF-6D não foram observadas em nossa amostra. Considerando que este é um importante indicador de QVRS (Ferreira, Ferreira, Pereira, Rowen, e Brazier, 2013), no qual em muitos países é usado como um indicador de mudança no perfil econômico (García-Gordillo, Del Pozo-Cruz, Adsuar, e Cordero-Ferrera, 2015; Zhao et al. 2019), tal aspecto pode expressar uma possível adaptação ao estado anteriormente causado pela primeira onda, levando a um ajuste nos domínios que interferem na QVRS, como, capacidade funcional, limitação global, aspectos sociais, dor, saúde mental e vitalidade. Alguns desses aspectos foram observados indiretamente durante a percepção auto relatada no questionário de distanciamento social/físico. Embora mantendo maior distanciamento, conforme instruído pelos decretos governamentais, foi constatado uma manutenção mais constante da NAF, um aumento dos METs, e uma percepção de melhora da condição de saúde entre dezembro/2020 e fevereiro/2021. Em janeiro e fevereiro/2021 o Plano Nacional de Imunização (PNI), idealizado pelo Ministério da Saúde do Brasil, foi direcionado para o público idoso, fatos estes que não observados por Nascimento et al. (2021), na primeira fase do estudo e nem por Barros et al. (2020), quando aplicados em idosos do Rio Grande do Sul, também durante a primeira onda.

 

    Alguns pontos limitantes e pontos fortes do estudo precisam ser considerados. A amostra do estudo não pode ser generalizada como um comportamento da população de Manaus. Além disso, ocorreram perdas no processo de coleta, desde os respondentes previstos até aqueles que participaram da fase final. Mesmo havendo imputação de dados para minimizar possíveis vieses resultantes pela ausência de dados, estes resultados jamais representarão as respostas obtidas de forma direta com o entrevistado. Ainda, a aplicação de pesquisas telefônicas pode gerar pontos de confusão para o respondente, o que pode gerar viés nas respostas obtidas, e por fim, outra importante limitação do nosso estudo é a natureza subjetiva dos questionários utilizados. Por outro lado, se fornecem importantes informações sobre o comportamento durante a segunda onda da pandemia de COVID-19. Outro ponto positivo foi que a amostra foi composta por idosos que praticam atividade física e, atualmente, Manaus possui diversos projetos comunitários para idosos com perfis semelhantes.

 

Conclusão 

 

    Apesar do primeiro surto da COVID-19 ter impactado diretamente na prática de atividade física e na qualidade de vida de idosos da cidade de Manaus-AM, identifica-se que a segunda maior restrição governamental do Estado do Amazonas, que ficou conhecida como segunda onda de COVID-19, ocasionou em um aumento do equivalente metabólico (METs), sem alterações na qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) e na atividade física diária (tempo sentado durante a semana e final de semana). Coletivamente, nossos achados sugerem que a experiência adquirida na primeira onda da COVID-19, as informações difundidas pelos meios de comunicação, assim como o fato deste período ter coincidido com o início da vacinação para o público idoso, podem ter contribuído para o aumento da prática de atividade física (METs) colaborando para melhoria da saúde dos idosos da cidade de Manaus - AM.

 

Agradecimentos 

 

    Os autores agradecem aos participantes da pesquisa. Este estudo foi financiado em parte pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código 001" e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM).

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 28, Núm. 300, May. (2023)