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ISSN 1514-3465

 

Estresse em estudantes durante a pandemia de 

COVID-19 em uma universidade do sul do Brasil

Stress in Students During the COVID-19 Pandemic at a University in Southern Brazil

Estrés en estudiantes durante la pandemia de COVID-19 en una universidad del sur de Brasil

 

Gabriel dos Reis Lopes*

gabriellopes.efi@gmail.com

Paulo Tadeu Campos Lopes**

pclopes@ulbra.br

Ana Maria Pujol Vieira dos Santos***

anapujol@ulbra.br

 

*Bacharel em Educação Física

Universidade Luterana do Brasil (ULBRA)

**Professor do Curso de Educação Física

e do Programa de Pós-Graduação e Ensino

de Ciências e Matemática (ULBRA)

***Professora orientadora do Curso de Educação Física

e do Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde (ULBRA)

(Brasil)

 

Recepção: 06/09/2022 - Aceitação: 24/12/2022

1ª Revisão: 13/08/2022 - 2ª Revisão: 31/10/2022

 

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Citação sugerida: Lopes, G. dos Reis, Lopes, P.T.C., e Santos, A.M.P.V. dos (2023). Estresse em estudantes durante a pandemia de COVID-19 em uma universidade do sul do Brasil. Lecturas: Educación Física y Deportes, 27(297), 103-121. https://doi.org/10.46642/efd.v27i297.3670

 

Resumo

    O estresse é uma reação natural do organismo causado pela perturbação homeostática do estado natural e fisiológico do corpo. Estudantes universitários estão em um momento de modificação importante da vida e são particularmente propensos a desequilíbrios emocionais. O objetivo deste estudo foi identificar o nível e as principais causas geradoras de estresse em acadêmicos do curso de Educação Física de uma universidade privada da região metropolitana de Porto Alegre, Brasil, no período da pandemia de COVID-19. Estudo quantitativo de caráter analítico-exploratório e corte transversal. Foram aplicados um questionário sociodemográfico e o Nível de Estresse em Estudantes (N.I.S.E.S.T.E.) por meio do Google Formulários, enviado através de e-mail ou Whatsapp. Participaram do estudo 104 acadêmicos, com predominância do sexo feminino (63,5%), faixa etária entre 20 e 29 anos (72,1%), etnia branca (71,1%), solteiros (69,3%) e trabalhando (79,9%). O principal motivo de estresse foi em relação a fatores relacionados aos domínios Incapacidade e inferioridade (3,12) seguido de Sintomas fisiológicos (3,01), Lazer (2,80) e Relação professor/aluno (2,59). O acompanhamento e implementação de programas de promoção da saúde em estudantes é desejável, como estratégia para remediação de episódios estressantes decorrentes das atividades acadêmicas.

    Unitermos: Estresse psicológico. Estudantes. Pandemias. COVID-19.

 

Abstract

    Stress is a natural reaction of the organism caused by the homeostatic disturbance of the natural and physiological state of the body. College students are in a major life-altering moment and are particularly prone to emotional imbalances. The objective of this study was to identify the level and main causes of stress in academics of the Physical Education course of a private university in the metropolitan region of Porto Alegre, Brazil, during the COVID-19 pandemic. Quantitative study of an analytical-exploratory and cross-sectional nature. A sociodemographic questionnaire and the Student Stress Level (N.I.S.E.S.T.E.) were applied through Google Forms, sent via email or Whatsapp. A total of 104 academics participated in the study, predominantly female (63.5%), aged between 20 and 29 years (72.1%), white ethnicity (71.1%), single (69.3%) and working (79.9%). The main reason for stress was related to factors related to the Disability and inferiority domains (3.12) followed by Physiological symptoms (3.01), Leisure (2.80) and Teacher/student relationship (2.59). The monitoring and implementation of health promotion programs in students is desirable, as a strategy to remediate stressful episodes resulting from academic activities.

    Keywords: Psychological stress. Students. Pandemics. COVID-19.

 

Resumen

    El estrés es una reacción natural del organismo causada por la alteración homeostática del estado natural y fisiológico del cuerpo. Los estudiantes universitarios se encuentran en un momento de cambios significativos en sus vidas y son particularmente propensos a los desequilibrios emocionales. El objetivo de este estudio fue identificar el nivel y las principales causas de estrés en estudiantes de Educación Física de una universidad privada de la región metropolitana de Porto Alegre, Brasil, durante la pandemia de COVID-19. Estudio cuantitativo de carácter analítico-exploratorio y transversal. Se aplicó un cuestionario sociodemográfico y el Nivel de Estrés en Estudiantes (N.I.S.E.S.T.E.) a través de Google Formularios, enviados por correo electrónico o Whatsapp. Participaron del estudio 104 estudiantes, predominantemente del sexo femenino (63,5%), con edad entre 20 y 29 años (72,1%), de etnia blanca (71,1%), solteros (69,3%) y trabajadores (79,9%). El principal motivo de estrés estuvo relacionado con factores relacionados con los dominios Incapacidad e inferioridad (3,12), seguido de Síntomas fisiológicos (3,01), Ocio (2,80) y Relación profesor/alumno (2,59). Es deseable el seguimiento e implementación de programas de promoción de la salud de los estudiantes, como estrategia para remediar los episodios estresantes derivados de las actividades académicas.

    Palabras clave: Estrés psicológico. Estudiantes. Pandemias. COVID-19.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 27, Núm. 297, Feb. (2023)


 

Introdução 

 

    Em dezembro de 2019, foi identificado em Wuhan, na China, um surto de doença causada pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda severa 2 (Severe Acute Respiratory Syndrome Coronavirus 2 – Sars-CoV-2), a coronavirus disease (COVID-19) (Rodrigues, Cardoso, Peres, e Marques, 2020), levando a Organização Mundial da Saúde (OMS) a decretar a pandemia pela doença citada em onze de março de 2020 (Lima, Silva, Gomes, e Vaz, 2021), observando-se, desde então, uma rápida e crescente difusão e dispersão territorial da doença no mundo, com alcance global (Faccin, Rorato, Campos, Libera, Lenhart, e Bernardi, 2022). O vírus que causa a COVID-19 é transmitido principalmente por meio de gotículas geradas quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou exala, podendo o indivíduo ser infectado ao inalar o vírus se estiver próximo de alguém que tenha COVID-19 ou ao tocar em uma superfície contaminada e, em seguida, passar as mãos nos olhos, nariz ou boca. (OPAS, 2020)

 

Imagem 1. Altos níveis de estresse foram encontrados em 

universitários, o que pode interferir em seu desempenho acadêmico

Imagem 1. Altos níveis de estresse foram encontrados em universitários, o que pode interferir em seu desempenho acadêmico

Fonte: Pexels.com - Foto: Yan Krukau

 

    Essa nova pandemia colocou o planeta em isolamento e, em algumas situações, em quarentena e essas medidas representam alternativas para reduzir os contágios entre as pessoas (Sturza, e Tonel, 2020). A quarentena pode causar inúmeros sintomas psicopatológicos, como humor deprimido, irritabilidade, ansiedade, medo, raiva, insônia, sintomas de estresse pós-traumático, confusão, entre outros e devido ao fechamento das universidades, encontros presenciais de ensino e aprendizagem foram suspensos, afetando as fases fisiológicas da vida e induzindo muitas preocupações individuais e coletivas. (Rodrigues et al., 2020)

 

    Há um impacto negativo muito importante na saúde mental e física das pessoas, derivado do confinamento para evitar a transmissão do vírus (Sánchez-Torres, Montoya-Restrepo, e Montoya-Restrepo, 2022), entretanto, poucos estudos exploraram os impactos da COVID-19 e da quarentena sobre a saúde mental de estudantes universitários, principalmente quanto aos níveis de depressão, ansiedade e estresse. (Maia, e Dias, 2020)

 

    O estresse corresponde a uma resposta física, psíquica e hormonal que ocorre quando o organismo necessita se adaptar frente a uma situação desafiadora, sendo uma das respostas mais recorrentes no meio acadêmico devido à rotina exaustiva e conteúdo denso que exigem responsabilidade e competitividade dos estudantes (Kam et al., 2019), afetando a saúde diretamente, por meio de respostas autonômicas e neuroendócrinas, mas também indiretamente, por meio de mudanças nos comportamentos de saúde que são percebidos como estressantes (O’Connor, Thayer, e Vedhara, 2021). Os efeitos do estresse excessivo e contínuo não se limitam ao comprometimento da saúde, podendo ter um efeito desencadeador do desenvolvimento de inúmeras doenças, propiciar um prejuízo para a qualidade de vida e a produtividade do ser humano. (Oliveira et al., 2015)

 

    Estudantes universitários estão em um momento de modificação importante da vida e são particularmente propensos a desequilíbrios emocionais. A entrada na universidade pode ser uma passagem estressante, tendo em vista as grandes mudanças na vida envolvidas nessa transição, e os sintomas de estresse e depressão são comuns entre estudantes universitários. As exigências acadêmicas e as novas demandas sociais causam um aumento demasiado em suas responsabilidades, podendo trazer efeitos negativos ao acadêmico (Penaforte, Matta, e Japur, 2016). Foi constatado que níveis de estresse elevados em universitários, com possibilidade de trazer prejuízos ao bem-estar e a saúde, podem atrapalhar no desempenho acadêmico e assistencial, o que indica a importância do estudo deste acontecimento (Ribeiro et al., 2020). Compreende-se a importância da ligação corpo e mente e percebe-se que os fatores estressores exercem uma influência negativa no processo de aprendizagem do estudante, podendo apresentar dificuldades na evolução de seu conhecimento, vivenciando fatores estressantes em sua rotina. (Pereira, Miranda, e Passos, 2010)

 

    Com base no exposto acima, elencou-se a seguinte situação-problema: A pandemia da COVID-19 foi causa geradora de estresse em acadêmicos do curso de educação física de uma universidade privada da região metropolitana de Porto Alegre? Assim, o objetivo deste estudo foi identificar o nível e as principais causas geradoras de estresse em acadêmicos do curso de educação física de uma universidade privada da região metropolitana de Porto Alegre, Brasil, no período de pandemia da COVID-19.

 

Método 

 

    Estudo quantitativo de caráter analítico-exploratório e corte transversal. A população foi composta por alunos dos cursos de Educação Física – Licenciatura e Bacharelado de uma universidade privada da região metropolitana de Porto Alegre, Brasil. A amostra foi selecionada por conveniência. Os critérios de inclusão foram estar regularmente matriculado no semestre 2020/2 e ser maior de 18 anos. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Universidade Luterana do Brasil (CAAE 29891520.1.0000.5349).

 

    Dois instrumentos foram escolhidos para a pesquisa. Para a caracterização da amostra, foi aplicada uma ficha com questões sociodemográficas. Para avaliar o estresse, o instrumento escolhido foi a Escala de Estresse em Estudantes (N.I.S.E.S.T.E.) desenvolvido por Maria Zita Rodrigues Alves em Portugal (Alves, 1995) e validado para o Brasil em 2020 (Souza Filho, e Câmara, 2020). A escala é composta por 20 questões agrupadas em uma estrutura que avalia o estresse biológico, social e psicológico. Sendo cinco de sintomas fisiológicos, quatro de relação professor/aluno, seis de incapacidade e inferioridade e cinco de lazer. Cada uma das questões é avaliada por meio de uma escala do tipo Likert, que varia de (1) Não concordo, (2) Concordo pouco, (3) Não concordo nem discordo, (4) Concordo muito e (5) Concordo plenamente. Para analisar os resultados da escala Likert foi utilizado o cálculo do Ranking Médio (RM). Neste modelo atribui-se um valor de 1 a 5 para cada resposta, a partir da qual é calculada a média ponderada para cada item, baseando-se na frequência das respostas. Quanto mais próximo de 5 no RM maior será o grau de estresse.

 

    A produção de dados foi realizada por meio de um link de acesso ao formulário online do Google Forms, contendo o Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE) e os dois instrumentos da pesquisa. Os alunos receberam este link por e-mail ou Whatsapp, ficando disponível para preenchimento durante o mês de outubro de 2020.

 

    A consistência interna da N.I.S.E.S.T.E. foi verificada por meio do coeficiente alfa de Cronbach, cujos valores foram de 0,83 para o domínio Sintomas fisiológicos, 0,79 para Relações professor/aluno, 0,81 para Incapacidade e inferioridade, 0,76 para Lazer e 0,89 para o fator global.

 

    O software estatístico SPSS (Statistical Package for Social Sciences) versão 22.0 foi utilizado para análise dos dados. Os resultados das variáveis contínuas foram expressos através de medidas de posição (média e mediana) e de dispersão (desvio padrão, mínimo, máximo, quartis) e os resultados das variáveis categóricas foram expressos através de análises de frequência. A normalidade das variáveis quantitativas (Dimensões do inventário da N.I.S.E.S.T.E.) para universitários brasileiros) foi verificada por meio do teste de Kolmogorov-Smirnov. Para se testar as diferenças na avaliação do estresse dos participantes expressos através de quatro domínios (Sintomas fisiológicos, Relação professor/aluno, Incapacidade e inferioridade e Lazer) com as faixas etárias, cor/etnia, estado civil e campus foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis e para realizar a mesma comparação com o gênero e se trabalha atualmente foi utilizado o teste de Mann-Whitney; em caso de diferença significativa foi utilizado o teste de post-hoc de Duncan. Para comparar a pontuação das diferentes dimensões foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis.

 

Resultados 

 

    O perfil sociodemográfico dos 104 alunos participantes da pesquisa é demonstrado na Tabela 1, verificando-se uma predominância do sexo feminino (63,5%). A idade variou de 19 a 45 anos com média de 26,48 (±5,65) anos, sendo verificado um maior percentual na categoria de 20 a 29 anos (75%). A maioria dos estudantes era de etnia branca (71,1%), solteira (69,3%), e trabalhavam (79,9%). Os alunos estavam distribuídos em três campi da universidade: Canoas (75%), Gravataí (20,2%) e São Jerônimo (4,8%), todos situados na região metropolitana de Porto Alegre.

 

Tabela 1. Perfil sociodemográfico dos alunos do Curso 

de Educação Física de uma universidade privada (2020)

Variáveis

n = 104

Sexo

Feminino

66 (63,5%)

Masculino

38 (36,5%)

Idade

18 a 19 anos

2 (1,9%)

20 a 29 anos

75 (72,1%)

30 a 39 anos

24 (23,1%)

40 a 49 anos

3 (2,9%)

Cor/etnia

Branca

74 (71,1%)

Negra

16 (15,4%)

Parda

14 (13,5%)

Estado Civil

Solteiro (a)

72 (69,3%)

Casado (a)

18 (17,3%)

União estável

12 (11,5%)

Divorciado (a)

2 (1,9%)

Trabalha atualmente

Não

24 (23,1%)

Sim

80 (79,9%)

Pólo de estudo

Canoas

78 (75%)

Gravataí

21 (20,2%)

São Jerônimo

5 (4,8%)

Resultados expressos através de análises de frequência

Fonte: Dados da pesquisa

 

    As características dos domínios apresentadas pelos entrevistados nas quatro dimensões da N.I.S.E.S.T.E. estão descritas na Tabela 2. O principal motivo de estresse foi em relação a fatores relacionados aos domínios Incapacidade e inferioridade (3,12) seguido de Sintomas fisiológicos (3,01), Lazer (2,80) e Relação professor/aluno (2,59). Para esta comparação, foi utilizada a média dos resultados, pois as escalas não apresentavam o mesmo número de itens, não sendo observada diferença estatisticamente significativa entre a pontuação média dos domínios Sintomas fisiológicos e Lazer (p=0,40).

 

Tabela 2. Escala de Estresse nos Estudantes (N.I.S.E.S.T.E.) de 

alunos do Curso de Educação Física de uma universidade privada (2020) 

Domínios

Mínimo

Máximo

Média pontos total

Média pontos bruto**

Desvio padrão

LI

LS

Mediana

Q1

Q3

Incapacidade e inferioridade

7

30

18,74

3,12 a

5,52

2,95

3,30

18,5

14

23

Sintomas fisiológicos

5

25

15,06

3,01 b

5,74

2,79

3,23

15

10

20

Lazer

5

25

14,00

2,80 b

4,87

2,61

2,99

14

10

18

Relação professor/aluno

4

20

10,38

2,59 c

4,18

2,39

2,80

10

7

14

Geral

24

89

58,17

2,88

16,45

2,78

2,98

59

42

69,75

Notas: LI = Limite inferior do Intervalo de confiança de 95% para média; LS = Limite Superior do Intervalo 

de confiança de 95% para média; Q1 - Quartil 01; Q3 - Quartil 03; **Letras iguais indicam 

similaridade entre os grupos Kruskal-Wallis p = 0,02. Fonte: Dados da pesquisa

 

    O nível de concordância dos alunos em relação aos domínios e questões está apresentado na Tabela 3. Quando avaliado o nível de estresse dos estudantes em relação ao domínio Sintomas fisiológicos, uma maior concordância foi encontrada nos itens “Fico sempre muito nervoso próximo às avaliações finais” (40,4%) e “Costumo sentir um aperto no estômago quando ando mais preocupado com os estudos” (25%). No domínio Relação professor/aluno as maiores dificuldades foram relacionadas a “Sensação de que a opinião do professor sempre se sobrepõe à do aluno” (19,2%) e “Sinto que existe uma grande distância entre alunos e professores” (12,5%). No domínio Incapacidade e inferioridade, a maior concordância foi relacionada a “Quando estou estudando verifico com frequência que meu pensamento se dispersa, fazendo com que eu tenha dificuldade de me concentrar no estudo” (49%), sendo este o item mais estressante (RM=4,05). As maiores dificuldades em relação ao domínio Lazer referem-se a “Sinto-me culpado com o tempo que “desperdiço”, quando estou estudando” (24%).

 

Tabela 3. Concordância dos domínios da Escala de Estresse nos Estudantes (N.I.S.E.S.T.E.) 

de alunos do Curso de Educação Física de uma universidade privada (2020)

Domínios/Questões

Concordância

RM

Não concordo

n (%)

Concordo pouco

n (%)

Não concordo nem discordo

n (%)

Concordo muito

n (%)

Concordo plenamente

n (%)

Sintomas fisiológicos

Fico sempre muito nervoso próximo às avaliações finais.

4 (4,8)

13 (12,5)

21 (20,2)

23 (22,1)

42 (40,4)

3,81

Costumo sentir um “aperto no estômago” quando ando mais preocupado com os estudos.

27 (26)

16 (15,4)

10 (9,6)

25 (24)

26 (25)

3,07

Quando estou realizando uma avaliação, costumo sentir o coração bater depressa demais.

20 (19,2)

23 (22,2)

22 (21,2)

21 (20,2)

18 (17,3)

2,94

Próximo ao período de avaliações tenho com frequência dificuldade para dormir.

32 (30,8)

17 (16,3)

11 (10,6)

16 (15,4)

28 (26,9)

2,91

Nos períodos de maiores trabalhos avaliativos costumo ter alterações de peso.

54 (51,9)

6 (5,8)

17 (16,4)

10 (9,6)

17 (16,3)

2,33

Relação professor/aluno

Tenho a sensação de que a opinião do professor sempre se sobrepõe à do aluno, mesmo que o aluno tenha a razão.

25 (24)

22 (21,2)

22 (21,2)

15 (14,4)

20 (19,2)

2,84

Sinto que existe uma grande distância entre alunos e professores.

27 (26)

19 (18,3)

29 (27,8)

16 (15,4)

13 (12,5)

2,70

Em minha universidade as relações entre alunos e professores reduzem-se estritamente ao ponto de vista profissional.

29 (27,9)

23 (22,1)

34 (32,6)

9 (8,7)

9 (8,7)

2,47

Aborreço-me com frequência com algumas atitudes dos professores.

32 (30,8)

32 (30,7)

21 (20,2)

9 (8,7)

10 (9,6)

2,36

Incapacidade e inferioridade

Quando estou estudando verifico com frequência que meu pensamento se dispersa, fazendo com que eu tenha dificuldade de me concentrar no estudo.

3 (2,9)

11 (10,6)

15 (14,4)

24 (23,1)

51 (49)

4,05

Sinto-me fracassado quando obtenho maus resultados nas disciplinas que frequento.

5 (4,8)

16 (15,4)

16 (15,4)

23 (22,1)

44 (42,3)

3,82

Sinto-me inferior ao estudante ideal que gostaria de ser.

13 (12,5)

8 (7,7)

24 (23,1)

24 (23,1)

35 (33,6)

3,58

As críticas dos professores me afetam muito.

22 (21,2)

25 (24)

29 (27,9)

18 (17,3)

10 (9,6)

2,39

Sinto-me incapaz de ter êxito nos estudos.

43 (41,4)

16 (15,4)

18 (17,3)

17 (17,3)

10 (9,6)

2,38

Sinto-me incapaz para resolver sozinho meus problemas acadêmicos.

40 (38,5)

24 (23)

22 (21,2)

13 (12,5)

5 (4,8)

2,22

Lazer

Sinto-me culpado com o tempo que “desperdiço”, quando estou estudando.

13 (12,5)

17 (16,3)

27 (26)

22 (21,2)

25 (24)

3,28

A sobrecarga das matérias de estudo me tira tempo para atividades de lazer.

14 (13,5)

23 (22,1)

33 (31,8)

17 (16,3)

17 (16,3)

3,00

A preocupação que sinto com as matérias de estudo me permite que me dedique a atividades de lazer.

20 (19,2)

23 (22,2)

30 (28,8)

19 (18,3)

12 (11,5)

2,80

Quando estou na cafeteria com colegas, olho frequentemente para o relógio e tenho a sensação de que deveria estar ali por ter de fazer muitas coisas.

38 (36,6)

17 (16,3)

18 (17,3)

14 (13,5)

17 (16,3)

2,57

Só participo de atividades de lazer quando os outros me procuram.

43 (41,3)

17 (16,2)

22 (21,2)

9 (8,8)

13 (12,5)

2,35

Resultados expressos através de análises de frequência

Nota: RM= Ranking médio Fonte: Dados da pesquisa

 

    Quando os domínios do N.I.S.E.S.T.E. foram comparados com as demais variáveis de estudo, não foram identificadas diferenças significativas (Tabela 4).

 

Tabela 4. Associação da Escala de Estresse nos Estudantes (N.I.S.E.S.T.E.) com as variáveis 

sociodemográficas de alunos do Curso de Educação Física de uma universidade privada (2020)

Variáveis

Domínios

Sintomas fisiológicos

Relação professor/aluno

Incapacidade e inferioridade

Lazer

Idade (a)

De 18 a 19 anos

10 ± 0

10,5 ± 6,4

17 ± 7,1

14 ± 5

De 20 a 29 anos

15 ± 5,7

10,5 ± 4,2

19 ± 5,6

14 ± 5

De 30 a 39 anos

15,7 ± 6

10,2 ± 4,4

18,3 ± 5,5

14 ± 5

De 40 a 49 anos

15, ± 8,2

9,7 ± 2,1

17 ± 4,6

12 ± 5

Valor de p

0,60

0,98

0,84

0,83

Trabalha atualmente (b)

Não

15,7 ± 7,1

10,7 ± 4,3

18,6 ± 5,2

13 ± 5

Sim

14,9 ± 5,3

10,3 ± 4,2

18,8 ± 5,4

14 ± 5

Valor de p

0,52

0,65

0,90

0,53

Estado civil (a)

Casado (b)

14,3 ± 7,2

10,5 ± 5,5

17,7 ± 6,5

14 ± 5

Solteiro (b)

15,3 ± 5,6

10,3± 3,8

19,1 ± 5,4

14 ± 5

União estável

14,7 ± 4,9

10,9 ± 3,9

18,6 ± 5,2

15 ± 5

Divorciado (b)

15 ± 2,8

10 ± 8,5

17,5 ± 3,5

9 ± 1

Valor de p

0,91

0,96

0,81

0,43

Resultados expressos através de média ± desvio padrão

**Significativo ao nível de 0,05; (a) teste de Kruskal-Wallis; (b) teste de Mann Whitney

Fonte: Dados da pesquisa

 

Discussão 

 

    O objetivo desta pesquisa foi identificar os níveis e os principais fatores causadores de estresse nos acadêmicos do curso de educação física de uma universidade privada da região metropolitana de Porto Alegre, Brasil. Participaram 104 alunos, sendo a maioria do sexo feminino, de faixa etária entre 20 e 29 anos, de etnia branca e trabalham. O perfil dos estudantes deste estudo foi semelhante aos achados de outros estudos. (Almeida, Silva, Rocha, Batista, e Sales, 2018; Cardoso, Gomes, Junior, e Silva, 2019; Marchini, Cardoso, Oswaldo, e Pires, 2019)

 

    Em relação aos domínios, os mais estressantes para os acadêmicos foram Incapacidade e inferioridade, seguidos de Sintomas fisiológicos e Lazer e, por último, Relação professor/aluno. Sobre o domínio Incapacidade e inferioridade destacam-se as questões envolvendo dispersão do pensamento no estudo e sensação de fracasso com maus resultados nas disciplinas cursadas. Estes sentimentos negativos podem estar associados a períodos de mudanças, como a transição do mundo universitário para a realidade profissional e a incerteza da pandemia. As condições de estresse estão presentes ao longo do curso de graduação, mas se intensificam com a inserção do estudante na realização de atividades práticas a partir do sexto semestre (Almeida et al., 2018). Além disso, a proximidade com a finalização do curso traz incertezas, dúvidas e preocupações quanto à inserção no mercado de trabalho, à aprovação em processos seletivos de cursos de especialização e residência, assim como expectativas quanto ao sucesso profissional (Ribeiro et al., 2020). Durante a pandemia, estudantes da Índia com mais de 25 anos sentiram-se mais afetados pelo estresse psicológico. Além disso, estudantes com mais de 20 anos perceberam maior risco na carreira futura comparado aos mais jovens (Kapasia, Paul, Roy, Das, Ghosh, e Chouhan, 2022). Os estudantes no último ano do curso de bacharelado em Educação Física apresentam nível elevado de estresse (Souza, Oliveira, Castro, Gama, e Lima, 2022) e para os autores uma estratégia efetiva para minimizar os efeitos do estresse sobre os estudantes em fase final de curso é o oferecimento de serviços permanentes de terapia psíquica pelas administrações universitárias.

 

    A pandemia do COVID-19 pode ter acentuado o sentimento de incapacidade e inferioridade, visto que trouxe a transição do ensino presencial para o ensino remoto de maneira súbita, mesmo com o auxílio de Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC). Muitas disciplinas, inclusive as práticas como os estágios, passaram a ter sua interação on-line, como foi o caso dos alunos desta pesquisa. Para Coelho, e Moura (2021) essa nova forma de ensino é diferente da modalidade de Educação a Distância (EaD), em que todo o processo formativo e o material a ser utilizado, tal como as vídeo aulas e processos educacionais, são pensados e desenvolvidos com essa finalidade, e professores e estudantes já sabem, previamente, as normas e como as aulas irão ocorrer. Com este novo modelo, muitos acadêmicos se encontraram diante de novos desafios, reflexões e dúvidas, ocasionando em novas fontes geradoras de estresse. Para estudantes de medicina que realizaram atividades acadêmicas por meio do ensino remoto durante a pandemia, a maioria relatou não conseguir ter concentração nos estudos e apresentam preocupações em relação às reposições das matérias e com a perda ou atraso semestral (Teixeira, Costa, Mattos, e Pimentel, 2021). Em seu estudo de revisão, Torres, Nolasco, Oliveira, e Martins (2022) sugerem que estudantes universitários são colocados como uma população vulnerável e propensa a apresentar uma saúde mental mais comprometida durante a pandemia de COVID-19, que provocou efeitos deletérios na saúde mental de estudantes universitários de Portugal (Maia, e Dias, 2020) assim como intenso sofrimento psíquico em estudantes de um Centro Universitário em Juiz de Fora, Brasil. (Mota et al., 2021)

 

    O distanciamento social provocado pela pandemia pode ter interferido negativamente na saúde mental dos estudantes, influenciando a alta taxa de depressão encontrada em um do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) (Esteves, Argimon, Ferreira, Sampaio, e Esteves, 2021). Alunos da área da saúde nos EUA, no início da pandemia, apontaram as áreas de bem-estar social e bem-estar emocional como as mais afetadas negativamente pela COVID-19 (Pfeifer, Egger, Hughes, Tondl, High, e Nelson, 2022). O prejuízo na vivência do cotidiano na universidade, bem como na interação entre os colegas, amigos e professores do curso foram apontados como os principais efeitos negativos do ensino remoto por estudantes universitários. (Constantinidis, e Matsukura, 2021).

 

    No domínio Sintomas fisiológicos os acadêmicos relataram alto nível de estresse e dificuldade para dormir na época dos processos avaliativos, assim como um sentimento de aperto no estômago quando se preocupam com os estudos. Estes resultados corroboram com os achados de Dávila, Gotarate, e Solano (2019), em que fatores de reações psicológicas, sonolência e dificuldade para relaxar e ficar quieto foram os sintomas mais acometidos nos estudantes. Já Coelho et al. (2020) em seu estudo sobre saúde mental e qualidade do sono entre estudantes universitários de uma universidade pública na Bahia, Brasil, relatam que o sono foi pontuado pela maioria dos participantes como algo prejudicado nesse período de pandemia, sendo a ausência de uma rotina diária e as muitas horas investidas nas mídias sociais/digitais referidas como causadoras de uma irregularidade significativa no sono/repouso. Mais da metade dos estudantes do IFRS da região metropolitana de Porto Alegre também relataram dificuldades para dormir durante o período da pandemia (Esteves et al., 2021). Houve diferentes experiências relacionadas ao sono percebidas nas falas, de modo que enquanto alguns referiram dormir bem, com um bom padrão de sono, com o qual conseguiam descansar, outros relataram distúrbios como insônia, pesadelos, excessos do sono e, até mesmo, paralisias do sono. No Brasil, Almeida et al. (2021) observaram grandes proporções de indivíduos que se sentiram frequentemente isolados, tristes ou deprimidos e ansiosos ou nervosos, bem como de pessoas que relataram problemas no sono. Além disso, o relato de alto nível de estresse e dificuldade para dormir na época dos processos avaliativos, pode ter aumentado devido a pandemia de COVID-19. Em estudantes de Odontologia o estresse induziu baixa qualidade de sono durante a pandemia, o que interferiu na rotina de estudos. (Malheiros et al., 2021)

 

    No domínio Relação professor/aluno as maiores dificuldades foram relacionadas a sensação de que a opinião do professor sempre se sobrepõe à do aluno e do sentimento de que existe uma grande distância entre alunos e professores. Neste período pandêmico, de isolamento social e ensino remoto, pode ter acentuado a distância da relação professor/aluno, principalmente quando se reflete nas aulas do Curso de Educação Física, onde os atores estão próximos nas aulas práticas. Para Pereira, Souza Selvati, Souza Ramos, Teixeira, e Conceição (2020), em seu trabalho com estudantes da área da saúde, os participantes passaram pelo período de adaptação às aulas remotas tendo diferentes experiências e que puderam apontar tantos pontos positivos, como negativos deste novo processo, tornando-se necessário investir em estratégias para minimizar os pontos negativos modificáveis, e propiciar experiências assertivas para os estudantes em formação.

 

    Sobre o Lazer, sensação de culpa com o tempo desperdiçado sem estudo e sobrecarga de estudo comprometendo o lazer, obtiveram de níveis médios a médios altos nos estudantes. Hirsch, Barlem, Almeida, Tomaschewski-Barlem, Lunardi, e Ramos (2018) identificaram que, entre as situações evidenciadas pelos estudantes como geradoras do estresse, a dimensão Tempo e Lazer foi destacada, sendo a falta de tempo para o descanso e atividades de lazer as principais causa do estresse universitário no ambiente formativo.

 

    O estudo apresenta limitações, pois trata-se de uma pesquisa transversal e amostra de conveniência, tendo os resultados se restringido ao universo amostral pesquisado, não permitindo generalizações. Outros estudos se fazem necessários para um maior aprofundamento sobre o assunto, permitindo obter maior subsídios a respeito das causas do estresse universitário no ambiente formativo da educação física durante a pandemia de COVID-19.

 

Conclusão 

 

    O estudo evidenciou que os acadêmicos de educação física percebem a dimensão Incapacidade e inferioridade como a maior causa do estresse universitário, seguido das dimensões Sintomas fisiológicos, Lazer e Relação professor/aluno. A pandemia de COVID-19 pode ter acentuado os sintomas de estresse nos estudantes. Sugere-se o acompanhamento e implementação de programas de promoção da saúde para estudantes, como estratégia para remediação de episódios estressantes decorrentes das atividades acadêmicas.

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 27, Núm. 297, Feb. (2023)