Lecturas: Educación Física y Deportes | http://www.efdeportes.com

ISSN 1514-3465

 

Idosos institucionalizados: estado nutricional versus capacidade funcional

Institutionalized Elderly: Nutritional Status Versus Functional Capacity

Personas mayores institucionalizadas: estado nutricional versus capacidad funcional

 

Laura Maria de Melo Daneluz*

lmmdaneluz@gmail.com

Thamires Ueislla de Castro Véras**

thamiresweislla@gmail.com

Magali Miranda Barcelos**

nutricionistamagalimiranda@gmail.com

Tais Oliveira de Sousa+

taisfarani22@gmail.com

Natalia Cristina de Oliveira Vargas e Silva++

naymiranda24@hotmail.com

Marcia Maria Hernandes de Abreu de Oliveira Salgueiro+++

marciasalgueironutricionista@yahoo.com.br

 

*Graduanda em Nutrição

pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo

**Nutricionista pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo

**Nutricionista pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo

+Discente do curso de Nutrição

pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo

++Educadora Física e Doutora em Ciências Médicas

pela Faculdade de Medicina da USP

Docente do Mestrado em Promoção da Saúde

do Centro Universitário Adventista de São Paulo

+++Nutricionista, Doutora e Mestre em Saúde Pública

pela Universidade de São Paulo

Docente do curso de Mestrado em Promoção da Saúde

e do curso de Nutrição do Centro Universitário Adventista de São Paulo

(Brasil)

 

Recepção: 07/06/2022 - Aceitação: 12/11/2022

1ª Revisão: 07/11/2022 - 2ª Revisão: 08/11/2022

 

Level A conformance,
            W3C WAI Web Content Accessibility Guidelines 2.0
Documento acessível. Lei N° 26.653. WCAG 2.0

 

Creative Commons

Este trabalho está sob uma licença Creative Commons

Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0)

https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt

Citação sugerida: Daneluz, L.M. de M., Véras, T.U. de C., Barcelos, M.M., Sousa, T.O. de, Vargas e Silva, N.C. de O., e Salgueiro, M.M.H. de A. de O. (2022). Idosos institucionalizados: estado nutricional versus capacidade funcional. Lecturas: Educación Física y Deportes, 27(295), 117-130. https://doi.org/10.46642/efd.v27i295.3514

 

Resumo

    Introdução: Embora sejam diversos os fatores que predispõe um idoso a ser institucionalizado, distingue-se, como fator comum entre a maioria dos casos, as complicações fisiológicas, como o comprometimento cognitivo, dependências funcionais e necessidades que carecem de um cuidador profissional para a realização das atividades básicas de vida. Objetivo: Verificar a relação entre o estado nutricional e a capacidade funcional de idosos em instituições de longa permanência para idosos de uma cidade na região metropolitana de São Paulo. Métodos: Trata-se de um estudo transversal descritivo quantitativo com amostra probabilística, desenvolvido com idosos em duas instituições de longa permanência privadas. A amostra foi composta por 46 idosos e os dados foram coletados por meio de questionário contendo as variáveis sociodemográficas, avaliação nutricional por meio da mini avaliação nutricional-reduzida, dados antropométricos e avaliação funcional. Resultados: A média de idade foi de 79,5±10,71 anos, sendo a maioria do sexo feminino (58,7%), solteiros (36,3%) e com até 8 anos de escolaridade (64,9%). Quanto ao perfil nutricional 39,1% se encontravam em magreza, 39,1% eutrofia e 21,7% em obesidade. Verificou-se que a maioria apresentava risco nutricional (66,7%) e apenas 15,2% eram independentes para todas as atividades básicas de vida diária. Conclusão: Os resultados mostraram que a maioria dos idosos tinha risco nutricional e tinham dependência funcional e que o aumento do risco nutricional se relacionou com a redução do índice de massa corporal, do peso e com aumento do grau de dependência para as atividades básicas de vida diária.

    Unitermos: Avaliação nutricional. Dependência funcional. Pessoa idosa.

 

Abstract

    Introduction: Although there are several factors that predispose an elderly person to be institutionalized, physiological complications, such as cognitive impairment, functional dependencies and needs that require a professional caregiver to perform, are distinguished as a common factor in most cases. of basic life activities. Objective: To verify the relationship between the nutritional status and the functional capacity of the elderly in long-stay institutions for the elderly in a city in the metropolitan region of São Paulo. Methods: This is a quantitative descriptive cross-sectional study with a probabilistic sample, developed with elderly people in two private long-stay institutions. The sample consisted of 46 elderly people and data were collected through a questionnaire containing sociodemographic variables, nutritional assessment through mini-nutritional assessment, anthropometric data and functional assessment. Results: The mean age was 79.5±10.71 years, with the majority being female (58.7%), single (36.3%) and with up to 8 years of schooling (64.9%). As for the nutritional profile, 39.1% were thin, 39.1% eutrophic and 21.7% obese. It was found that most were at nutritional risk (66.7%) and only 15.2% were independent for all basic activities of daily living. Conclusion: The results showed that the majority of the elderly were at nutritional risk and had functional dependence and that the increase in nutritional risk was related to a reduction in body mass index, weight and an increase in the degree of dependence for basic life activities. daily.

    Keywords: Nutritional assessment. Functional dependency. Elderly.

 

Resumen

    Introducción: Si bien existen varios factores que predisponen a una persona mayor a ser institucionalizada, se distingue como factor común en la mayoría de los casos las complicaciones fisiológicas, deterioro cognitivo, dependencias funcionales y necesidades que requieren de cuidador profesional para realizar las actividades básicas de la vida diaria. Objetivo: Verificar la relación entre el estado nutricional y la capacidad funcional de personas mayores en instituciones de larga estancia en una ciudad cercana a Sao Paulo. Métodos: Se trata de un estudio transversal descriptivo cuantitativo con muestra probabilística, desarrollado con personas mayores en dos instituciones privadas de larga estancia. La muestra estuvo compuesta por 46 personas y los datos fueron recolectados a través de un cuestionario con variables sociodemográficas, evaluación nutricional a través de la minievaluación nutricional, datos antropométricos y evaluación funcional. Resultados: La edad media fue de 79,5±10,71 años, siendo la mayoría del sexo femenino (58,7%), soltera/o (36,3%) y con hasta 8 años de escolaridad (64,9%). En cuanto al perfil nutricional, 39,1% eran delgados, 39,1% eutróficos y 21,7% obesos. Se encontró que la mayoría se encontraba en riesgo nutricional (66,7%) y solo el 15,2% eran independientes para todas las actividades básicas de la vida diaria. Conclusión: Los resultados mostraron que la mayoría de las personas mayores estaban en riesgo nutricional y tenían dependencia funcional y que el aumento del riesgo nutricional estaba relacionado con una reducción del índice de masa corporal, el peso y un aumento en el grado de dependencia para las actividades básicas de la vida.

    Palabras clave: Evaluación nutricional. Dependencia funcional. Persona mayor.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 27, Núm. 295, Dic. (2022)


 

Introdução 

 

    Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são considerados idosos,indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos, em país em desenvolvimento (ONU, 1982). Entre 1980 e 2017, a população idosa passou de 382 milhões para 962 milhões de pessoas no mundo, esse mesmo crescimento está estimado para 2050, onde se poderá atingir 2,1 bilhões (United Nations, 2017). Tais dados são igualmente observados no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE (2019a), de 2012 a 2019 a população idosa cresceu de 8,8% para 10,8% em todas as Grandes Regiões.

 

    Dentre os aspectos multifatoriais que estão interligados ao fenômeno do envelhecimento populacional no mundo, é relevante ressaltar o aumento da expectativa de vida dos indivíduos, juntamente com a queda da fecundidade ocorrida nas últimas décadas (Reis, Barbosa, e Pimentel, 2016). Deste modo, constata-se um olhar geral, nos últimos anos, dos profissionais para a área do envelhecimento. (Veras, 2016)

 

    De acordo com a resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Brasil, 2005), Instituições de Longa Permanência são instituições governamentais ou não, que se caracterizam pelo acolhimento residencial coletivo de indivíduos considerados idosos, ou seja, com 60 anos ou mais, com ou sem assistência familiar. Tais instituições, haja vista as mudanças sociais ocorridas assim como na estrutura familiar, tornaram-se uma opção recorrente para uma sociedade com crescente número de idosos. (Silva, Fedosse, Pascotini, e Riehs, 2019; Schmidt, e Penni, 2021)

 

    Sabe-se que o processo de envelhecimento envolve diversas mudanças nos aspectos físicos, ambientais, sociais e psicológicos (Mota, Oliveira, e Batista, 2017). No âmbito fisiológico observa-se algumas variações no indivíduo, como a alteração na estrutura óssea, mudança na quantidade e distribuição do tecido adiposo subcutâneo, redução da massa muscular, perda de apetite, diminuição da percepção de sede e temperatura do alimento, limitação da capacidade olfativa, dificuldade de mastigação e alimentação por via oral - seja por características dentárias ou digestivas. Tais mudanças, podem comprometer a ingestão alimentar e afetar diretamente o estado nutricional do idoso. (Brasil, 2006)

 

    Embora sejam diversos os fatores que predispõe um idoso a ser institucionalizado, distingue-se, como fator comum entre a maioria dos casos, não a idade avançada, mas as complicações fisiológicas que são características desta fase de vida, como o comprometimento cognitivo, dependências funcionais e necessidades que carecem de um cuidador profissional para a realização das atividades básicas de vida. (Silvério, Pedreira, Kutz, e Salgueiro, 2017; Silva et al., 2020)

 

    No que se refere ao estado nutricional dos idosos, a literatura aponta que, o cenário em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) se configura pelo predomínio de casos de desnutrição e situação de estado de risco nutricional dos institucionalizados. (Silvério, Pedreira, Kutz, e Salgueiro, 2017; Silva et al., 2020; Alexandrino et al. 2020)

 

    Similarmente, entre os indivíduos que apresentam risco nutricional ou desnutrição a dependência funcional é mais frequente (Felinto, Haack, e Santos, 2019). Havendo, portanto, associações significativas entre estado nutricional e capacidade funcional (Silva et al., 2019). Sendo assim, o presente estudo teve por objetivo verificar a relação entre o estado nutricional e a capacidade funcional de idosos vivendo em duas IPLI de uma cidade na região metropolitana de São Paulo.

 

Metodologia 

 

    Tratou-se de um estudo transversal descritivo de abordagem quantitativa com amostra probabilística, desenvolvido com idosos em duas ILPI de caráter privado em uma cidade na região metropolitana de São Paulo. O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o CAAE 51572221.9.0000.5377, parecer de número 4.987.069 e pelos responsáveis das ILPI, estando de acordo com as diretrizes da Declaração de Helsinque (WMA, 2013) e da Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS). (Brasil, 2012)

 

    O estudo foi realizado nos meses de outubro e novembro de 2021, onde foram considerados idosos de ambos os sexos com idade maior ou igual a 60 anos. A amostra foi composta por 46 idosos e um indivíduo foi excluído por apresentar idade inferior a 60 anos. O convite foi realizado pessoalmente pelos pesquisadores nas ILPI, onde foi esclarecido e distribuído o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) em duas vias. Os idosos integrantes da pesquisa foram aqueles que aceitaram participar, via assinatura do TCLE em duas vias ou seu responsável legal.

 

    Os dados foram coletados por meio de questionário estruturado contendo as variáveis sociodemográficas, avaliação nutricional (MAN-reduzida), dados antropométricos e avaliação funcional. A coleta foi realizada presencialmente durante três dias, seguindo as orientações sanitárias em função da pandemia por COVID-19. 

 

    Em relação à caracterização sociodemográfica, foram coletados: idade (anos), data de nascimento, estado civil (solteiro, casado, divorciado ou viúvo), escolaridade (até 8 anos de escolaridade ou maior que 8 anos) e sexo (feminino e masculino). 

 

    No que se refere às medidas antropométricas, foram coletados os valores do peso, utilizando uma balança eletrônica portátil com sensibilidade de 100 gramas e capacidade de pesagem de até 150 kg. Para a aferição, o idoso foi situado ao centro do equipamento, com roupas leves, em posição ereta, com os pés juntos, os braços na vertical em direção ao solo e junto ao corpo (WHO, 1995). Para os idosos impossibilitados para a aferição na balança eletrônica, foi utilizada a fórmula de estimativa de peso, proposta por Chumlea, Cameron, Shumei, e Steinbaugh (1994), onde utiliza-se as medidas da altura do joelho e da circunferência do braço em centímetros, para a estimativa.

 

    Para a aferição da altura foi usada a medida da hemienvergadura, multiplicada por dois para o resultado. A medida da semi envergadura é obtida através do comprimento mensurado do dedo médio do indivíduo até o osso esterno na altura do peito, feita com um dos braços abertos na horizontal em relação ao chão, em um ângulo de 90 graus com o corpo. (Mitchell, e Lipschitz, 1982)

 

    Para a classificação do estado nutricional, um dos parâmetros usados foi o Índice de Massa Corporal (IMC), calculado através da relação do peso pela altura ao quadrado. Para a população idosa, a referência empregada foi a Nutrition Screening Initiative - NSI (1994), onde o IMC > 27 kg/m² é considerado excesso de peso ou obesidade, IMC entre 22 e 27 kg/m² é classificado como normal ou eutrofia e IMC < 22 kg/m² é estabelecido como magreza.

 

    Ademais, foi aplicada a Mini Avaliação Nutricional reduzida MAN-Nestlé. Tal instrumento é reconhecido como capaz de classificar idosos com possível risco de desnutrição, sendo prática, sensível, de fácil aplicação e validada.Tal ferramenta é composta por quatro partes além da triagem, que são: avaliação antropométrica (IMC, circunferência do braço, circunferência da panturrilha e perda de peso), avaliação global (perguntas acerca do estilo de vida, medicação, mobilidade e fatores psicológicos), avaliação dietética (número de refeições, ingestão de alimentos e líquidos e autonomia na alimentação) e autoavaliação (a autopercepção da saúde e da condição nutricional). (Vellas et al., 1999)

 

    Neste estudo, para avaliar o risco nutricional, foi utilizada a primeira parte da ferramenta Mini Avaliação Nutricional, que consiste nas seis primeiras perguntas do questionário, denominada MAN-reduzida. As perguntas são referentes a ingestão alimentar, perda de peso, mobilidade, estresse psicológico e presença de doenças, fatores neuropsicológicos e classificação do IMC. Tal classificação foi realizada segundos os dados antropométricos anteriormente coletados. A classificação do instrumento foi dada pela soma dos escores, onde ≥ 12 pontos o idoso é classificado como sem risco nutricional e indivíduos com ≤ 11 pontos são caracterizados em risco nutricional. (Vellas et al., 1999)

 

    Para a avaliação funcional, o instrumento utilizado foi o questionário de Atividades Básicas de Vida Diária (ABVD), formulado por Sidney Katz (1970). O questionário é pautado em seis funções básicas: banho, vestir-se, ir ao banheiro, transferência, continência e alimentação, das quais, os idosos são analisados quanto ao seu desempenho, e posteriormente, classificados como independentes ou dependentes. Usualmente usado na área gerontológica, é um instrumento onde se possibilita observar o grau da perda de função além de possibilitar prognósticos e medidas perante os resultados da população idosa. (Katz, Downs, Cash, e Grotz, 1970)

 

    A pontuação estabelecida no questionário determina em 1 ponto para a função realizada independentemente e 0 para realizada com supervisão, orientação ou assistência pessoal ou cuidado integral, de modo que, a pontuação máxima é de 6 pontos. A partir do escore obtido os idosos foram classificados em dependente para todas as atividades aqueles que pontuaram 0 nas seis categorias, dependentes para 5 atividades, dependentes para 4, dependentes para 3, dependentes para 2, dependentes para 1 e os totalmente independentes foram aqueles que tiveram escore 6. (Katz, Downs, Cash, e Grotz, 1970)

 

    Os dados foram organizados em planilha de Excel e todas as análises foram realizadas por meio do pacote estatístico SPSS 22 v.26 para Windows. A normalidade das variáveis foi testada pelo método de Kolmogorov-Smirnov. Os dados foram analisados com estatística descritiva. A associação entre as variáveis foi estabelecida pelo coeficiente de correlação de Pearson ou Spearman e classificada da seguinte forma: 0,0 < r < 0,2: correlação muito fraca; 0,2 < r < 0,4: correlação fraca; 0,4 < r < 0,6: correlação moderada; 0,6 < r < 0,8: correlação forte; 0,8 < r ≤ 1,0: correlação muito forte. Em todos os casos, valores de p<0,05 foram considerados estatisticamente significativos.

 

Resultados 

 

    Foram avaliados 46 idosos com idades entre 60 e 97 anos com média de idade de 79,5 ± 10,71 anos, sendo a maioria do sexo feminino (58,7%), solteiros (36,3%) e com até 8 anos de escolaridade (64,9%). Quanto ao perfil nutricional 39,1% se encontravam em magreza, 39,1% eutrofia e 21,7% em obesidade (Tabela 1).

 

Tabela 1. Caracterização sociodemográfica e classificação do IMC 

de idosos institucionalizados, em uma cidade na grande São Paulo, 2021

Variáveis

n %

Sexo

Feminino

 27 58,7

Masculino

19 41,3

Estado civil

Solteiro

16 36,3

Casado

05 11,4

Divorciado

09 20,4

Viúvo

14 31,9

Escolaridade

Até 8 anos

24 64,9

Mais de 8 anos

13 35,1

Classificação IMC

Magreza

18 39,1

Eutrófico

18 39,1

Obesidade

10 21,7

Fonte: Elaboração própria

 

    Na Tabela 2 verificou-se que a maioria se apresentava em risco nutricional de acordo com a MAN-reduzida (66,7%) e apenas 15,2% eram independentes para todas as ABVD.

 

Tabela 2. Classificação da MAN-reduzida e das ABVD de idosos 

institucionalizados, em uma cidade na grande São Paulo, 2021

Classificação da MAN (n=45)

Variáveis

n %

Com Risco

30 66,7

Sem Risco

15 33,3

Classificação ABVD

Dependente para todas as atividades

01 2,2

Dependente para 5 atividades

03 6,5

Dependente para 4 atividades

08 17,4

Dependente para 3 atividades

13 28,3

Dependente para 2 atividades

12 26,1

Dependente para 1 atividade

02 4,3

Independente para todas as atividades

07 15,2

MAN: Mini Avaliação Nutricional; ABVD: Atividades básicas de vida diária. 

Fonte: Elaboração Própria

 

    Observou-se correlação positiva e significante entre a MAN-reduzida e o IMC (r=0,421) e entre a MAN-reduzida e o peso (r=0,332), enquanto uma correlação negativa e significante entre a MAN-reduzida e as ABVD (r=-0,399) (Tabela 3).

 

Tabela 3. Correlações significantes entre IMC, MAN-reduzida, ABVD e peso

de idosos institucionalizados, em uma cidade na grande São Paulo, 2021

Variáveis

r

MAN-reduzida x IMC

0,421*

MAN-reduzida x ABVD

-0,399*

MAN-reduzida X Peso

0,332*

*p<0,05. MAN: Mini avaliação nutricional. IMC: Índice de Massa Corporal.  

ABVD: Atividades básicas de vida diária.

 Fonte: Elaboração própria

 

Discussão 

 

    Os principais achados desta pesquisa mostraram que, a maioria dos idosos que apresentaram risco nutricional são dependentes em algum grau para a realização das ABVD, e que o aumento do risco nutricional está diretamente relacionado com a redução do IMC, do peso corporal e com o aumento do grau de dependência para as ABVD.

 

    A caracterização sociodemográfica dos idosos institucionalizados das ILPI analisadas apontou o predomínio de idosos com média etária de 79,5 anos e de prevalência feminina (58,7%). Tais dados corroboram com estudos na mesma linha, onde há predominância do sexo feminino em relação ao masculino nas ILPI do país (Güths, Jacob, Santos, Arrosi, e Béria, 2017; Alcântara, Cavalcante, Fernandes, Leite, e Borges, 2019; Lopes et al., 2018). A respeito disso, tais achados podem ser elucidados dado o panorama geral social brasileiro, onde observou-se, na transição demográfica, um aumento da expectativa de vida brasileira nas últimas décadas, com ênfase nas diferenças encontradas segundo o sexo, onde, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2019b), a população feminina apresenta maior expectativa de vida quando comparada à população masculina.

 

    No que se refere ao estado civil, encontrou-se a predominância de idosos solteiros (36,3%) e viúvos (31,9%). Em análise de um estudo de Lopes et al. (2018), em uma Instituição de Longa Permanência da região nordeste do país, acerca da razão automotivada da institucionalização, apontaram que fatores como morar sozinho, morte do cônjuge e sentimento de fardo e sobrecarga para família foram motivos determinantes para a procura de uma ILPI.

 

    Ademais, estatísticas do IBGE através do PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), em 2019, no qual se avaliou a situação de escolaridade do Brasil, apresentou que as taxas de analfabetismo, apesar da diminuição durante os últimos anos, são superiores na população com 60 anos ou mais. Similarmente, nos dados deste presente estudo, observou-se que 64,9% dos idosos analisados apresentaram até 8 anos de escolaridade, havendo baixo índice de escolaridade entre os institucionalizados (IBGE, 2020).

 

    Resultados da atual pesquisa, apontaram prevalência de idosos classificados em magreza e eutrofia, em igual proporção. Tal relação não é observada em outros estudos com esta população, onde há recorrência de idosos classificados com baixo peso segundo o IMC. (Xavier, e Aquino, 2020; Silva, Mesquita, Benfica, França, e Cardoso, 2020). No estudo de Xavier, e Aquino (2020), onde se foi avaliado fatores associados à sarcopenia em idosos em São Paulo, 70% dos institucionalizados apresentaram baixo peso. Ainda assim, em outro estudo realizado no sudoeste da Bahia, acerca da frequência de idosos desnutridos em uma ILPI, observou-se que 60,5% dos integrantes apresentaram a classificação de desnutrição. (Silva, Mesquita, Benfica, França, e Cardoso, 2020)

 

    Em relação a utilização do IMC para avaliar o estado nutricional em longevos, deve-se considerar que a população idosa está passível de interferências devido às mudanças fisiológicas ocorridas pelo processo do envelhecimento, que podem comprometer a alimentação, o aproveitamento dos nutrientes e consequentemente o seu estado nutricional (Brasil, 2006). Em função dessas modificações fisiológicas verificadas neste público, considera-se então, a necessidade do emprego de mais um indicador ou ferramenta para a classificação e avaliação do estado nutricional com intuito da análise ser a mais precisa possível. (Mendes, e Silva, 2018)

 

    A despeito disso, na avaliação do estado nutricional deste estudo, utilizou-se além do IMC, a MAN-reduzida, que verificou o predomínio de idosos classificados em risco nutricional.

 

    Na avaliação da capacidade funcional, obtida por meio do índice de Katz, os idosos foram categorizados em independentes; parcialmente dependentes; e completamente dependentes. Dessa forma, os resultados demonstraram que 83,3% dos idosos são dependentes, apresentando declínio em sua funcionalidade. No aspecto do estado nutricional, verificou-se que a maioria dos idosos encontram-se desnutridos (66,7%) e que (26,7%) apresentaram risco de desnutrição. (Moreira, e Boas, 2011)

 

    Mantovani, Viebig, e Morimoto (2018), em sua análise sobre a concordância entre IMC e MAN, onde se utilizou uma amostra de 52 institucionalizados na capital e no interior de São Paulo, averiguou-se uma porcentagem de 61,5% de idosos classificados em baixo peso pelo IMC e 69,2% com risco nutricional segundo a MAN. Embora as análises divirjam dos resultados em relação à classificação do IMC no presente estudo, a correlação entre esses dois parâmetros, na pesquisa de Mantovani, Viebig, e Morimoto, foram equitativas. Segundo os autores, foi observada correlação positiva e significativa, entre as ferramentas IMC e o escore da MAN (r=0,41; p<0,01), foi igualmente observada tal relação nesta pesquisa, que se deu por (r=0,421; p<0,05). 

 

    Da análise acerca do estado nutricional e da funcionalidade em idosos institucionalizados, Moreira, e Boas (2011), encontraram um percentual de 46,3% de institucionalizados com baixo peso segundo o IMC em sua amostra, assim como 33,3% dos analisados foram considerados dependentes segundo a ABVD, constatando, desta forma, relação direta entre o baixo peso e dependência para as ABVD. 

 

    Ainda assim, nesta pesquisa, evidenciou-se uma relação inversamente significativa entre a MAN-reduzida e a ABVD. Dados deste estudo mostram que, quanto menor a pontuação obtida pela MAN-reduzida, maior a pontuação do Índice de Katz que avalia a funcionalidade, indicando maior dependência dos idosos estudados. Em conformidade com esses resultados, De Azevedo et al. (2017), em um estudo acerca do perfil sociodemográfico de idosos institucionalizados em uma ILPI em Natal, Rio Grande do Norte, observaram que grande parte dos institucionalizados se apresentaram desnutridos (66,7%) segundo MAN, tal como, houve o predomínio de idosos classificados como “muito dependentes" (70%), segundo o índice de Katz. 

 

    Sabe-se, desta forma, que enquanto processo biológico, o envelhecimento tem como consequência a redução gradual da capacidade funcional, que é progressiva e avança com a idade, assim como o surgimento de problemas crônicos de saúde, que está relacionado tanto ao fenômeno do envelhecer quanto ao comprometimento da capacidade de executar atividades ou funções relacionadas à rotina diária (Santana, Chaves, Lima, Valença, e Reis, 2017). Assim sendo, observa-se em pesquisas com idosos residentes, que o estado nutricional pode estar diretamente relacionado à situação da capacidade funcional dos idosos, de maneira que, os indivíduos que apresentam melhor estado nutricional, apresentam, por conseguinte, melhor capacidade funcional. (Carlos, Gazzola, e Gomes, 2016; Souza, Bomfim, Macedo, e Mestre, 2019)

 

    Deste modo, os achados deste estudo reforçam as relações entre estado nutricional e dependência funcional de idosos institucionalizados. No entanto, mais estudos nesta temática ainda são necessários para que possam ampliar o debate e para que medidas de promoção da saúde possam ser implementadas no processo do envelhecimento saudável. Assim, a promoção da saúde aplicada no decorrer da vida, resultará em idosos com melhor estado nutricional e funcional, e consequentemente, melhor qualidade de vida.

 

    Quanto às limitações do presente estudo, ressalta-se um reduzido número de idosos analisadas e de ILPI participantes, dado ao panorama mundial da pandemia pela COVID-19. Entretanto, ainda foi possível averiguar resultados significativos e de relevância para a literatura.

 

Conclusão 

 

    Frente aos resultados observados, conclui-se que a maioria dos idosos tinha risco nutricional e dependência funcional e que o aumento do risco nutricional se relacionou com a redução do Índice de Massa Corporal e do peso e com aumento do grau de dependência para as atividades básicas de vida diária. confirmando a relação entre essas duas variáveis. O envelhecimento é um processo cercado por limitações características desta fase, e o enfrentamento dessas especificidades se constituem em um desafio diário. Os estudos sobre idosos institucionalizados devem ser ampliados, envolvendo também as ILPI não privadas para que políticas públicas de enfrentamento e promoção da saúde relacionadas ao processo de envelhecimento sejam atualizadas e implementadas perante as necessidades desse segmento da população.

 

Referências 

 

Alcântara, R.K.L., Cavalcante, M.L.S.N., Fernandes, B.K.C., Leite, S.F.P., e Borges, C.L. (2019). Perfil sociodemográfico e de saúde de idosos institucionalizados. Revista de Enfermagem UFPE online, 13(3), 674-679. https://doi.org/10.5205/1981-8963-v13i3a237384p674-679-2019

 

Alexandrino, E.G., Marçal, D.F.S., Antunes, M.D., Oliveira, D.V., Bertolini, S.M.M.G., e Bennemann, R.M. (2020). Perfil alimentar e estado nutricional de idosos em instituições de longa permanência no Brasil. REFACS, Uberaba, MG, 8(3), 464-471. https://doi.org/10.18554/refacs.v8i3.3274

 

Brasil (2005) RDC N 283, de setembro de 2005. Dispõe do Regulamento Técnico para o Funcionamento das Instituições de Longa Permanência para Idosos. Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA. Ministério da Saúde.

 

Brasil (2006). Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica.

 

Brasil (2012). Resolução n° 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova Normas Regulamentadoras de Pesquisas Envolvendo Seres Humanos. Diário Oficial da União. Conselho Nacional de Saúde.

 

Carlos, A.G., Gazzola, J.M., e Gomes, A. de C. (2016). Funcionalidade de Idosos Institucionalizados: A influência do Estado Nutricional. Rev. Equilíbrio Corporal Saúde, 8(1), 17-22. http://dx.doi.org/10.17921/2176-9524.2016v8n1p17-22

 

Chumlea, W., Cameron, G.U.O., Shumei, S., e Steinbaugh, M.L. (1994). Prediction of stature from knee height for black and White adults and children with application to mobility impaired or handicapped persons. Journal of the American Dietetic Association, 94(12),1385-88. https://doi.org/10.1016/0002-8223(94)92540-2

 

De Azevedo, LM, Lima, HHG, Oliveira, KSA, Medeiros, KF, Nunes, VM, e Piuvesam, G. (2017). Perfil sociodemográfico e condições de saúde de idosos institucionalizados. Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde, 19(3), 16-23. https://periodicos.ufes.br/rbps/article/view/19560

 

Felinto, V.T., Haack, A., e Santos, A.C.S. (2019). Capacidade de identificação de risco nutricional em idosos pelo Malnutrition Screening Tool em relação à miniavaliação nutricional. Revista Enfermagem Atual In Derme, 90(28). https://doi.org/10.31011/reaid-2019-v.90-n.28-art.506

 

Güths, J.F.S., Jacob, M.H.V.M., Santos A.M.P.V., Arossi, G.A., e Béria J.U. (2017). Sociodemographic profile, family aspects, perception of health, functional capacity and depression in institutionalized elderly persons from the north coastal region of Rio Grande do Sul, Brazil. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia [online]. 20(02), 175-185. https://doi.org/10.1590/1981-22562017020.160058

 

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2019a). Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2012/2019. IBGE.

 

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, (2019b). Tábua completa de mortalidade para o Brasil – 2019. Breve análise da evolução da mortalidade no Brasil. IBGE.

 

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2020). Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, PNAD de 2016/2019. IBGE.

 

Katz, S., Downs, T.D., Cash, H.R., e Grotz R.C. (1970). Progress in development of the index of ADL. Gerontologist, 10(1), 20-30. https://doi.org/10.1093/geront/10.1_part_1.20

 

Lopes, V.M., Scofield, A.M.T.S., Alcântara, R.K.L., Fernandes, B.K.C., Leite, S.F.P., e Borges, C.L. (2018). O que levou os idosos à institucionalização? Revista de Enfermagem UFPE online, 12 (9), 2428-2435. https://doi.org/10.5205/1981-8963-v12i9a234624p2428-2435-2018

 

Mantovani, L.M., Viebig, R.F., e Morimoto, J.M. (2018). Associação entre estado nutricional e vulnerabilidade em idosos institucionalizados. Braspen J, São Paulo, 2(33), 181-187. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-910157

 

Mendes, H.F., e Silva, A.P. (2018). Avaliação antropométrica de pacientes idosos institucionalizados com doenças neurodegenerativas. Revista Nutrir, 1(9). 

 

Mitchell, C.O., e Lipschitz, D.A. (1982). Arm length measurement as an alternative to height in nutritional assessment of the elderly. JPEN, 6, 226-229. https://doi.org/10.1177/0148607182006003226

 

Moreira, P.L., e Boas, P.J.F.V. (2011). Avaliação nutricional e capacidade funcional de idosos institucionalizados em Botucatu/SP. Geriatria & Gerontologia, 5(1), 19-23.

 

Mota, R.S.M., Oliveira, M.L.M.C., e Batista, E.C. (2017). Qualidade de vida na velhice: Uma reflexão teórica. Communitas, 1(1), 47-61. https://periodicos.ufac.br/index.php/COMMUNITAS/article/view/1122

 

Nutrition Screening Initiative (1994). Incorporation nutrition screening and interventions into medical practice: A monograph for physicians. NSI.

 

Organização das Nações Unidas (1982). Assembleia Mundial sobre envelhecimento: resolução 39/125. ONU.

 

Organização Mundial da Saúde (‎1995)‎. Estado físico: uso e interpretação da antropometria, relatório de um comitê de especialistas da OMS. WHO.

 

Reis, C., Barbosa, L.M.L.H., e Pimentel, V.P. (2016). O desafio do envelhecimento populacional na perspectiva sistêmica da saúde. BNDES Setorial, Rio de Janeiro, 44, 87-124. http://web.bndes.gov.br/bib/jspui/handle/1408/9955

 

Santana, E. dos S., Chaves, R.N., Lima, P.V., Valença, T.D.C., dos Reis, L.A. (2017). Limites do envelhecer: Percepção de idosos com dependência funcional no interior da Bahia. Revista UNIABEU, 10(24). https://revista.uniabeu.edu.br/index.php/RU/article/view/2529

 

Schmidt, A., e Penna, R.A. (2021). Instituições Residenciais Brasileiras para Idosos e Condições Psicológicas e Cognitivas de Residentes. Psicologia: Ciência e Profissão, 41(4), e191768. https://doi.org/10.1590/1982-3703003191768

 

Silva, GA, Silva, GD, Cabral, AMBO, Santiago, ERC, Araújo, ERS, Rosa, ÉPC, Medeiros, GC, e Silva, JAB (2019). Estado nutricional e capacidade funcional de idosos oncológicos hospitalizados. Nutrición clínica y dietética hospitalaria, 39(2), 54-62. https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=7047304

 

Silva, GC, Mesquita, BRM, Benfica, ME, França, VF, e Cardoso, LGV (2020). Desnutrição e intervenção nutricional em idosos de uma instituição de longa permanência. Acta Elit Salutis, 3(1), 988-0999. https://doi.org/10.48075/aes.v3i1.26323 

 

Silva, R.S., Fedosse, E., Pascotine, F. dos S., e Riehs, E.B. (2019). Condições de saúde de idosos institucionalizados: contribuições para ação interdisciplinar e promotora de saúde. Cadernos Brasileiros de Terapia Ocupacional, 27(2), 345-356. https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoAO1590

 

Silvério, J.K.A., Pedreira, K.R.A., Kutz, N.A., e Salgueiro, M.M.H.A.O. (2017). Estado nutricional de idosos institucionalizados: Uma revisão de literatura. Visão Acadêmica, 17(3). http://dx.doi.org/10.5380/acd.v17i3.49477

 

Souza, L.B., Bomfim, R.A., Macedo, A.G., e Mestre, M.L. (2019). Excesso de peso influencia negativamente a capacidade funcional de idosos em atividades cotidianas. Geriatr Gerontol Aging, 13(2), 62-68. http://dx.doi.org/10.5327/Z2447-211520191900017

 

United Nations (2017). Population Division. World Population Ageing 2017 - Highlights (ST/ESA/SER.A/397). Department of Economic and Social Affairs, UN.

 

Vellas, B., Guigoz, Y., Garry, P.J., Nourhashemi, F., Bennahum, D., Lauque, S., e Albarede, J.L. (1999). The Mini Nutritional Assessment (MNA) and its use in grading the nutritional state of elderly patients. Nutrition (Burbank, Los Angeles County, Calif.), 15(2), 116-122. https://doi.org/10.1016/s0899-9007(98)00171-3

 

Veras, R. (2016). É possível, no Brasil, envelhecer com saúde e qualidade de vida? Rev. bras. geriatr. gerontol., 19(3), 381-382. http://dx.doi.org/10.1590/1809-98232016019.160100

 

World Medical Association - WMA (2013). World Medical Association Declaration of Helsinki: ethical principles for medical research involving human subjects. JAMA: The Journal of the American Medical Association, 310(20), 2191-2194. https://doi.org/10.1001/jama.2013.281053

 

Xavier, C.C.R., e Aquino, R.C. (2020). Fatores associados à sarcopenia em idosos institucionalizados. Kairós Gerontologia, 23(2). https://doi.org/10.23925/2176-901X.2020v23i2p477-498


Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 27, Núm. 295, Dic. (2022)