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ISSN 1514-3465

 

O efeito de uma sessão de treino em pacientes 

com doença renal crônica. Uma revisão sistemática

The Effect of a Training Session in Patients with Chronic Kidney Disease. A Systematic Review

El efecto de una sesión de entrenamiento en pacientes con enfermedad renal crónica. Una revisión sistemática

 

Alisson Miguel Knob*

alisson.k1009@gmail.com

Mayara Teodoro Jacob Oliveira Freitag**

dra_mayara@outlook.com

Abel Felipe Freitag***

abel_freitag@hotmail.com

 

*Departamento de Educação Física

Universidade Paranaense, Toledo/PR

http://lattes.cnpq.br/6337179629240289

**Departamento de Medicina

Hospital Santa Casa de Maringá, Maringá/PR

http://lattes.cnpq.br/6790267499208265

***Departamento de Educação Física

Universidade Estadual de Maringá

http://lattes.cnpq.br/1284071982697707

(Brasil)

 

Recepção: 25/05/2022 - Aceitação: 16/11/2022

1ª Revisão: 10/10/2022 - 2ª Revisão: 13/11/2022

 

Level A conformance,
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https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt

Citação sugerida: Knob, A.M., Freitag, M.T.J.O., e Freitag, A.F. (2023). O efeito de uma sessão de treino em pacientes com doença renal crônica. Uma revisão sistemática. Lecturas: Educación Física y Deportes, 27(297), 201-214. https://doi.org/10.46642/efd.v27i297.3497

 

Resumo

    Introdução: A Doença Renal Crônica (DRC) é conhecida atualmente devido suas proporções epidêmicas a nível mundial. Em 2017, a prevalência foi de 9,1% (aproximadamente 697,5 milhões de casos). Objetivo: Analisar o efeito de uma sessão de treino em diferentes estágios da DRC, descrevendo protocolos e desfechos clínicos. Métodos: A revisão foi realizada de acordo com o guideline PRISMA e está registrada no PROSPERO sob nº CRD 42020222701.As estratégias de busca foram realizadas nas bases eletrônicas LILACS, MEDLINE (acessado via PubMed), PEDro, SciELO e ScienceDirect. Como critérios de inclusão, foi utilizada a estratégia PICO(S) na sessão de treino e apresentar medidas de variáveis que potencialmente respondem à sessão de treino. A avaliação da qualidade dos estudos foi realizada utilizando o RevMan (versão 5.3). Resultadose discussão: A busca resultou em 72 artigos, e após todas as etapas de seleção, 10 atenderam aos requisitos para esta revisão. Em relação ao momento em que a intervenção foi realizada, cinco estudos (50%) realizaram a intervenção na intradialise, quatro (40%) apresentaram a sessão de treino com pacientes em estágios que antecedem ao tratamento dialítico e um (10%) pré e pós-transplante. A duração da sessão de treino variou de 20 à 48 minutos e a intensidade baixa à alta. Verifica-se a falta de padronização em relação ao tipo de exercício e intensidade da sessão. Conclusão: É possível que uma sessão de treino possa ter efeitos benéficos no curto espaço de tempo, favorecendo a condição clínica dos pacientes.

    Unitermos: Falência renal crônica. Diálise renal. Exercício.

 

Abstract

    Chronic Kidney Disease is currently known due to its epidemic proportions worldwide. In 2017, the prevalence was 9.1% (approximately 697.5 million cases). Objective: To analyze the effect of a training session on different stages of CKD, describing protocols and clinical outcomes. Methods: The review was carried out in accordance with the PRISMA guideline and is registered with PROSPERO under number CRD 42020222701. The search strategies were carried out in the electronic databases LILACS, MEDLINE (accessed via PubMed), PEDro, SciELO and ScienceDirect. As inclusion criteria, the PICO(S) strategy was used in the acute training session and presented measures of variables that potentially respond to the training session. The evaluation of the quality of the studies was carried out using RevMan (version 5.3). Results and discussion: The search resulted in 72 articles, and after all the selection steps, 10 met the requirements for this review. Five studies (50%) performed the intervention in intradyalisis, four (40%) presented the training session with patients in stages prior to dialysis treatment and one (10%) pre and post-transplant. The duration of the training session ranged from 20 to 48 minutes and the intensity was low to high. There is a lack of standardization in relation to the type of exercise and intensity of the session. Conclusion: it is possible that a training session could have beneficial effects in a short period of time, favoring the clinical condition of patients.

    Keywords: Chronic kidney failure. Renal dialysis. Exercise.

 

Resumen

    Introducción: La Enfermedad Renal Crónica (ERC) es conocida por sus proporciones epidémicas a nivel mundial. En 2017, la prevalencia fue del 9,1% (aproximadamente 697.5000.000 de casos). Objetivo: Analizar el efecto de una sesión de entrenamiento en diferentes estadios de la ERC, describiendo protocolos y resultados clínicos. Métodos: La revisión se realizó de acuerdo con la guía PRISMA, registrada en PROSPERO (Nº CRD 42020222701). Las estrategias de búsqueda se realizaron en las bases de datos electrónicas LILACS, MEDLINE (acceso a través de PubMed), PEDro, SciELO y ScienceDirect. Como criterio de inclusión se utilizó la estrategia PICO(S) en la sesión de entrenamiento y para presentar medidas de variables que potencialmente responden a la sesión de entrenamiento. La evaluación de la calidad de los estudios se realizó mediante RevMan (versión 5.3). Resultados y discusión: La búsqueda resultó en 72 artículos, y después de todos los pasos de selección, 10 cumplieron con los requisitos. En cuanto al momento en que se realizó la intervención, cinco estudios (50%) realizaron la intervención durante la intradiálisis, cuatro (40%) presentaron la sesión de entrenamiento con pacientes en etapas que preceden al tratamiento de diálisis y uno (10%) pre y post-trasplante. La duración de la sesión de entrenamiento varió de 20 a 48 minutos y la intensidad fue de baja a alta. Se verifica la falta de estandarización en tipo de ejercicio e intensidad. Conclusión: Es posible que una sesión de entrenamiento pueda tener efectos beneficiosos en un corto período de tiempo, favoreciendo la condición clínica de los pacientes.

    Palabras clave: Insuficiencia renal crónica. Diálisis de riñón. Ejercicio.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 27, Núm. 297, Feb. (2023)


 

Introdução 

 

    A Doença Renal Crônica (DRC) é conhecida devido suas altas proporções epidêmicas a nível mundial (Alelign, e Petros, 2018). Em 2017, a prevalência de DRC foi de 9,1% (697,5 milhões de casos), sendo estimada por meio de análises hematológicas laboratoriais e cálculos, considerando os valores de creatina sérica, a idade, a etnia e o gênero da pessoa (Cockcrofte Gault,1976; Levey et al.,1999; Levey et al., 2009). Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN, 2017), foi apontado mais de 133 mil pacientes em terapia renal substitutiva (TRS), um aumento de 63,9% nos casos de 2002 a 2018. A estimativa é de que mais de dez milhões de pessoas tenham algum grau de comprometimento nos rins.

 

    A DRC é definida como a diminuição da taxa de filtração glomerular (TFG) com níveis abaixo de 60 ml/min/1,73 m² ou presença de lesão renal caracterizada por proteinúria/dano estrutural, com duração acima de três meses e com complicações para a saúde. (Kirsztajn et al., 2014)

 

    De acordo com a Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO, 2013), a DRC é subdividida em cinco estágios, com base na TFG, sendo G1 com uma taxa sérica de creatina ≥90 ml/min/1,73 m² (normal ou alto), G2 de 60 a 89 ml/min/1,73 m² (diminuição ligeira), G3a de 45 a 59 ml/min/1,73 m² (diminuição moderada), G3b de 30 a 44 ml/min/1,73 m² (diminuição pouco severa), G4 de 15 a 29 ml/min/1,73 m² (diminuição grave) e G5 < que 15 ml/min/1,73 m² (falência renal). E de acordo com a albuminúria A1 < 30 mg/g (normal para ligeiro aumento), A2 entre 30 e 300 mg/g (aumento moderado) e A3 ≥ que 300 mg/g (aumento grave).

 

    Inúmeros fatores, tais como a disfunção da pressão arterial, vômito, tontura, cefaleia, arritmia cardíaca, dor no peito, hipoglicemia e parâmetros nutricionais (Riella, e Martins, 2013; Terra et al., 2010), se relacionam com a qualidade de vida nos pacientes renais crônicos, principalmente no estágio G5, onde a hemodiálise torna-se obrigatória influenciando ainda mais o comportamento sedentário (Caracas et al., 2017), aumentando o risco de doenças cardiovasculares (DCV) (Cavalcanti et al., 2021), e depressão (Lin et al., 2021), bem como influenciando no aumento de hospitalização e mortalidade. (Torino et al., 2014)

 

    Nas últimas décadas, a DRC tem se caracterizado como um importante problema de saúde pública. Estima-se que cerca de 90% dos atendimentos dialíticos sejam realizados em unidades vinculadas ao Sistema Único de Saúde (SUS). Neste contexto, os gastos com diálise e transplantes renais no Brasil ultrapassam o valor de 200 milhões com transplante renal e 2 bilhões de reais com TRS, por ano. (Alcalde, e Kirsztajn, 2018)

 

    Arazi et al. (2022) afirma que as mudanças no estilo de vida, sendo a mais importante a prática de exercícios físicos, estão entre as principais estratégias de prevenção e tratamento da DRC. Assim, o aumento do nível de atividade física, seja pela implementação do exercício físico ou simplesmente pela diminuição do comportamento sedentário, pode provocar benefícios em diversos parâmetros de saúde, como a composição corporal (Song et al., 2012), a capacidade física (Zhang et al., 2020), o nível de atividade física (Bohm et al., 2014), qualidade de vida, de sono e parâmetros psicológicos. (Giannaki et al., 2013)

 

    Estudos demonstram que diferentes protocolos crônicos de exercícios físicos, o aeróbio contínuo na esteira (Santana et al., 2017), a caminhada (Viana et al., 2014), o ciclo ergômetro (Martin et al., 2018; Brown et al., 2018; Fuhro et al., 2018; Bohm et al., 2017; Coletta et al., 2016; Van Craenenbroeck et al., 2015; Lau et al., 2015; Fatouros et al., 2008) o treinamento resistido (Ribeiro et al., 2013) e a combinação de ambos (Oh-Park et al., 2002), têm efeitos benéficos para os sujeitos com DRC tais como: melhora na taxa de adequação da diálise (Huang et al., 2020); melhora na resposta imune e inflamatória(Viana et al., 2014); melhora da capacidade funcional. (Monteiro et al., 2018)

 

    Contudo, o efeito agudo do exercício perante a DRC ainda não foi suficientemente estudado. É possível que uma sessão de treino provoque efeitos benéficos ou prejudiciais no curto espaço de tempo (Bohm et al., 2017; Fatouros et al., 2008). Face ao exposto, este estudo este estudo objetiva analisar o efeito de uma sessão de treino em diferentes estágios da DRC, descrevendo protocolos e desfechos clínicos.

 

Métodos 

 

Protocolo e registro 

 

    Esta revisão foi realizada de acordo com o guideline PRISMA. Está registrada no PROSPERO sob nº CRD 42020222701.

 

Critérios de inclusão e exclusão 

 

    A questão de pesquisa delimitada foi: “Quais são as alterações das variáveis fisiológicas e dos parâmetros bioquímicos de uma sessão de treino em pacientes com DRC?” A estratégia PICO(S) (Akobeng, 2005) foi adotada para esta pesquisa com as seguintes definições: P (população de estudo) - portadores de DRC, estágios G1 a G5, de ambos os sexos; I (Intervenção) - uma única sessão de treino; C (Comparação) - preferencialmente estudos que utilizem grupo controle; O (Outcomes / desfechos) - apresentar desfechos que potencialmente respondem ao treinamento por exercício; S (Studies / Tipos de estudo) - delineamento de ensaio clinico aleatorizado.

 

Estratégias de busca 

 

    Em março de 2021, a partir do registro mais antigo (1985) até dezembro/2020, realizou-se uma revisão de literatura utilizando-se estratégias de busca primária e secundária em base de dados, são elas: LILACS, MEDLINE (acessado via PubMed), PEDro, SciELO e ScienceDirect.

 

    Para a busca primária, foram utilizadas palavras-chave isoladas e combinadas entre si, relacionada à DRC e ao exercício e suas respectivas traduções para o inglês ([“renal insufficiency, chronic” OR “renal dialysis”] AND [“acute exercise” OR “acute resistance training”]). Para a busca secundária, foram utilizadas as listas de referências dos estudos relacionados após a busca primária.

 

Seleção dos estudos 

 

    Para a seleção dos artigos, inicialmente foi feita a leitura dos títulos e resumos por dois revisores independentes, que verificaram se continham as informações que preenchiam os critérios de inclusão. Os artigos da seleção final foram incluídos e lidos na íntegra e encaminhados a um terceiro revisor. Este último foi responsável por verificar concordâncias, resolver discordâncias e, consequentemente, estabelecer os artigos que fariam parte da presente revisão.

 

    Para a extração dos dados dos artigos selecionados foi utilizado um formulário padronizado no programa Microsoft Excel (2013), com os seguintes dados dos artigos: autor e ano de publicação, número de sujeitos do estudo, subdivisão de grupos de estudo, modalidade de exercícios e intensidade, tipo de intervenção realizada com o grupo teste e/ou controle, prescrição de treino (momento, frequência, duração e tempo do programa de exercício físico), desfechos e métodos utilizados, momento da coleta sanguínea e/ou urinária, além dos resultados encontrados.

 

Avaliação do risco de viés 

 

    Todos os estudos incluídos foram analisados por dois revisores independentes em relação ao risco de viés, por meio de uma tabela de risco padronizada, seguindo as recomendações do “Cochrane Handbook for Systematic Reviews of Interventions” (Review Manager - RevMan, versão 5.3), criado para o desenvolvimento e manutenção de Revisões Sistemáticas.

 

    RevMan é uma ferramenta composta de duas partes (primeira: descrição do que foi relatado no estudo que está sendo avaliado; segunda: julgamento quanto ao risco de viés para cada um dos domínios analisados) (Carvalho, Silva e Grande, 2013). Estão contidos em sete domínios, denominados: geração da sequência aleatória, cegamento de participantes e profissionais, cegamento de avaliadores de desfecho, desfechos incompletos, relato de desfecho seletivo e outras fontes de vieses.

 

    O Quadro 1 indica a avaliação da qualidade metodológica dos estudos selecionados nesta Revisão.

 

Quadro 1. Avaliação do risco de viés

Quadro 1. Avaliação do risco de viés

Fonte: Autores

 

Resultados 

 

    A busca preliminar por meio de filtros, tais como “humans” e “free full text” resultou em 72 artigos. Por meio da análise como títulos e resumos, 62 trabalhos não eram relacionados à temática da revisão ou eram repetidos em diferentes bases de dados.

 

    Dessa forma, 10 artigos foram selecionados para leitura de títulos e resumos. O processo de seleção dos estudos, de acordo com a base de dados, está apresentado esquematicamente na Figura 1.

 

Figura 1. Diagrama da seleção dos artigos para revisão sistemática

Figura 1. Diagrama da seleção dos artigos para revisão sistemática

Fonte: Autores

 

Caracterizações dos estudos 

 

    A pesquisa resultou em 10 artigos (Tabela 1), sendo realizadas investigações em grupos de tratamento, nos quais as avaliações foram realizadas antes, durante e após o treinamento. Nenhum dos estudos mencionou cegamento nas avaliações.

Em dois estudos (2/10; 20%) não houve a utilização de grupo controle (Coletta et al., 2016; Lau et al., 2015). Já em oito estudos (8/10; 80%) houve utilização de grupos intervenção e controle. (Viana et al., 2014; Martin et al., 2018; Brown et al., 2018; Fuhro et al., 2018; Bohm et al., 2017; Van Craenenbroeck et al., 2015, Fatouros et al., 2008; Santana et al., 2017)

 

Tabela 1. Descrição dos estudos que foi aplicado uma sessão de treino em pacientes com Doença Renal Crônica

Autores

(data)

Participantes (N)

Grupos

Intervenção / Exercício

Variáveis dependentes

(método utilizado)

Momento da coleta sanguínea e/ou urinaria

Resultados

Modalidade

(intensidade)

Prescrição

Martin et al. 2018

N = 11

♀ = 4

♂ = 7

GEF = 11

GC = 11

Ciclo ergômetro

Borg (13-14 um pouco difícil)

Intradialise

(durante)

30min

Cross over

(7 dias)

Micropartículas

 

 

Pré-exercício

Imediatamente após exercício

Após exercício (1 hora)

Hemodiálise

↑ Micropartículas

↑ Fosfatidilseria +

↑ Micropartículas e neutrófilos pro coagulantes

Em exercício

= Micropartículas

= Fosfatidilseria +

= Micropartículas; neutrófilos pro coagulantes

↑ Geração de espécies reativas de O2

Brown et al. 2018

N = 22

♀ = 7

♂ = 10

 

Co 55% =22

Co 70% =22

GC =22

Ciclo ergômetro

FCmáx (55-70%)

Borg (2-10)

Supervisionado

Intradialise (durante)

30min

Cross over

(3 semanas)

Qualidade da dialise (Kt/V)

Dosagens bioquímicas (ureia; clearence de ureia)

 

 

Durante exercício

(10, 20 e 30 min)

↑Kt/V; Ureia

=Ureia; Kt/V (intensidades)

Fuhro et al. 2018

N = 9

♀ = 7

♂ = 2

 

2 centros HD

Condição = 9

Ciclo ergômetro

Borg - moderado

(6-7, difícil ou muito difícil)

Intradialise (durante)

20 min

Cross over

(7 dias)

 

Dosagens bioquímicas (frequência periférica de células NK; cortisol; PCR; creatina quinase; ureia; creatinina)

 

 

Pré-exercício

Durante exercício

Imediatamente após exercício

Após hemodiálise

 

Hemodiálise

↓Frequência de células NK

Durante exercício

↑Ureia; creatinina

=Creatina quinase; PCR

↓Frequência de células NK

Após o exercício

↑Cortisol (GC); =Frequência de células NK

Santana et al. 2017

N = 33

♀ = 13

♂ = 20

DRC = 11

 DRC = 11

GC = 11

Esteira

VO2max (60%), moderada

DRC

DRC

30 min

Capacidade aeróbica (VO2max)

Frequência cardíaca (eletrocardiograma)

Função renal (creatinina sérica e urinaria)

TFG (depuração da creatinina)

Dosagens bioquímicas (creatinina, albumina)

 

 

Pré-exercício (2 horas)

Imediatamente após exercício

30/60/90 min após exercício

Características

↓ VO2max (DRC)

↓Frequência cardíaca (DRC)

Durante exercício

↓Frequência cardíaca (DRC)

Pós exercício

↑Creatinina sérica (DRC)

↓TFG (DRC)

↑Albuminúria em DRC

=Função renal em DRC

Bohm et al. 2017

N = 30

♀ = 7

♂ = 23

GEF = 15

GC = 15

Ciclo ergômetro

FCmáx (60-70%)

Borg (13-14)

Intradialise

(durante)

30 min

Dosagens bioquímicas (potássio; ureia; creatinina; fósforo; magnésio)

Estresse oxidativo (peroxidacão lipídica; capacidade antioxidante total)

Peroxidacão lipídica (substancias reativas ao ácido tiobarbitúrico, malondialdeido)

 

 

Pré-exercício (30 min)

Imediatamente após exercício 30 min após exercício

=Volume total de dialisado

=Remoção de solutos

↑Fósforo

↓Aumento da pressão parcial de O2

=Equilíbrio ácido-básico

↑Pressão arterial; saturação O2 (GEF)

↓Capacidade antioxidante total

 

 

Coletta et al. 2016

N = 5

♀ = 1

♂ = 4

GEF = 5

GC =?

Ciclo ergômetro

90 watts (alvo)

FCmáx (70-90%)

VO2max (70-90%)

Pré e pós transplante

48 min

Coorte

Marcadores inflamatórios

(biopsia muscular; mRNA; citocinas)

Dosagens bioquímicas (glicose; insulina)

Pré-transplante

Pré-exercício (até 30 min)

Após exercício (até 30 min)

Pós-transplante

1, 2, 4 e 12 meses

Pré-exercício (até 30 min)

Após exercício (até 30 min)

Pré-transplante; Pós-transplante

↓Expressão gênica do músculo esquelético (gene NFAT/calcineurina)

↓Eliminação de glicose

Pré-transplante X Pós-transplante

=Expressão gênica; eliminação de GLI

=VO2max;Frequência cardíaca

Van Craenenbroeck et al.

2015

N = 44

♀ = 23

♂ = 21

EF Agudo =32

EF Crônico = 40

GC = 12

Agudo

Ciclo ergômetro

20/40W + 10/20W-min

Crônico

12 semanas

? x semana

Home-based (caminhada)

FCmáx (90%)

DRC 1-5 (agudo)

8-10min

DRC 3-4 (crônico)

40 min

Diferentes tipos de MicroRNA

(seleção, extração e quantificação)

Angiogênese (miRNA-126/210)

Inflamação (miRNA-21/146a)

Hipóxia/isquemia (miRNA-21/210)

Células progenitoras (miRNA-150)

 

 

 

Pré-exercício

Imediatamente após exercício

10 min após exercício

Sessão aguda de exercício físico

↑miRNA-150 (DRC e GC)

↓miRNA-146a (DRC)

=miRNA-146a (GC)

=miRNA-21; miRNA-126; miRNA-210

↓miRNA-210 (DRC, pós treino)

Programa de exercícios físicos crônico

=miRNA; ↑VO2max

Lau et al.

2015

Crianças = 9

♀ = 5

♂ = 4

Estágio 3 = 3

Estágio 4 = 5

Estágio 5 = 1

GC = 4

Ciclo ergômetro

VO2máx (50%)

 

DRC 3-5

20 min

Inflamação

(contagem de células imunitárias)

Dosagens bioquímicas (células NK; células progenitoras circulantes; IL-6; TNF-α)

 

Pré-exercício

Após exercício (5-35 min)

=Células NK; CPC; hemograma

Pós exercício

↑Células NK

Tendência

↓TNF-α↑IL-6; ↑Relação IL-6/TNF-α

Viana et al. 2014

N = 39

♀ = 12

♂ = 27

 

EF Agudo = 15

EF Crônico = 13

GC = 11

 

Agudo

Caminhada

 Borg (12-14 um pouco difícil)

Crônico

24 semanas

5x semana

Home-based (caminhada)

 Borg (12-14 um pouco difícil)

DRC 1-4

30min

Degranulação de neutrófilos

(liberação de elastase)

 

Ativação de linfócitos T

(expressão de CD69)

 

Ativação de monócitos

(expressão CD86 e HLA-DR)

 

Marcadores inflamatórios

(IL-6; IL-10; TNF-α; PCR)

 

 

 

 

Pré-exercício

Imediatamente após exercício

Após exercício (1 hora)

Agudo

↑Degranulação de neutrófilos

=Ativação de linfócitos T

Ativação de monócitos

↑IL-6 (imediatamente pós exercício)

↑IL-10 (1h pós exercício)

=Proteína C-reativa; TNF-α

Crônico

=Degranulação de neutrófilos

Ativação: ↑linfócitos T; ↓monócitos

↑Interleucina-10; ↓IL-6; ↓TNF-α (tendência)

=Proteína C-reativa

Fatouros et al. 2008

N = 24

♂ = 24

 

GEF = 12

GC = 12

Ciclo ergômetro

5/20W + 5/10Wmin

Exaustão (? min)

Intradialise

(antes)

Cross over

(5 dias)

Dosagens bioquímicas (lactato; espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico; proteínas carbonilas; glutationa reduzida e oxidada; capacidade antioxidante total; catalase; glutationa peroxidase)

 

 

Pré-exercício

Após exercício

Repouso

↑espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico

↓Relação GSH/GSSG; ↑Catalase (GEF)

=Glutationa peroxidase

Em exercício

↑Espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico

↓Relação GSH/GSSG; ↑CAT (GEF + GC)

↑Catalase (GEF)

↑Glutationa peroxidase (GC)

Nota: Borg = Percepção subjetiva de esforço (escala de Borg); CA = capacidade aeróbica; CAT = capacidade antioxidante total; Células NK = células Natural Killer; Co = condição; CPC = células progenitoras circulantes; DRC = doença renal crônica; FC = frequência cardíaca; FCmáx = frequência cardíaca máxima; GC = grupo controle; GEF = grupo exercício físico; GLI = glicose; GSH = glutationa reduzida; GSSG = glutationa oxidada; HD = hemodiálise; IL = Inter leucina; IMC = índice de massa corporal; Kt/V = qualidade da dialise; miRNA = micro RNA;N = número de sujeitos; PCR = proteína C-reativa; SF = formulário curto de pesquisa em saúde; TC-6min = teste de caminhada de 6 minutos; TFG = taxa de filtração glomerular; TNF-α = fator de necrose tumoral α. Fonte: Dados da pesquisa

 

Sujeitos da amostra 

 

    Na soma dos trabalhos, foram recrutados 221 sujeitos. O tamanho da amostra variou de 5 a 44 pacientes. Em relação ao sexo dos participantes, a relação homens/mulheres foi de 142/79. Dois estudos analisaram apenas o sexo masculino (Brown et al., 2018; Fatouros et al., 2008). A idade da amostra foi expressa em média ± desvio-padrão em todos os estudos, ocorrendo uma variação da média das idades de 59 ± 13,6 anos.

 

    A etiologia da DRC foi reportada em três estudos (3/10; 30%). Nestes, as causas foram diabetes mellitus, hipertensão, nefropatia, doença de lúpus, nefrosclerose hipertensiva e glomerulonefrites crônica. (Martin et al., 2018; Bohm et al., 2017; Santana et al., 2017)

 

Intervenções por exercício 

 

    Entre os trabalhos, cinco estudos (5/10; 50%) apresentam programa de exercício físico (PEF) durante a hemodiálise (Martin et al., 2018; Brown et al., 2018; Fuhro et al., 2018; Bohm et al., 2017; Fatouros et al., 2008), um (1/10; 10%) pré e pós transplante (Coletta et al., 2016) e quatro estudos (4/10; 40%) não estão na hemodiálise (Martin et al., 2018; Van Craenenbroeck et al., 2015; Lau et al., 2015; Santana et al., 2017). A frequência das sessões variou de 8-48 minutos, exceto um estudo (Fatouros et al., 2008), que não relatou o tempo médio da sessão de treino. Sete estudos (7/10; 70%) apresentaram o controle de intensidade. Desses, três estudos (3/10; 30%) (Viana et al., 2014; Martin et al., 2018; Fuhro et al., 2018), e utilizam a escala de percepção subjetiva de esforço de Borg (Borg, 1982); dois estudos (2/10; 20%) empregaram Borg e FCmáx (Brown et al., 2018; Bohm et al., 2017); dois estudos (2/10; 20%) usaram apenas o VO2máx (Lau et al., 2015; Santana et al., 2017); a carga de trabalho (medida em W) foi empregada por dois estudos (2/10; 20%) (Van Craenenbroeck et al., 2015; Fatouros et al., 2008); e um estudo (1/10; 10%) empregou a FCmáx e VO2máx aliado a W. (Coletta et al., 2016)

 

    Em relação ao tipo de exercício, oito estudos (8/10; 80%) realizaram o exercício físico por meio do ciclo ergômetro (Martin et al., 2018; Brown et al., 2018; Fuhro et al., 2018; Bohm et al., 2017; Coletta et al., 2016; Van Craenenbroeck et al., 2015; Lau et al., 2015; Fatouros et al., 2008) e apenas dois estudos (2/10; 20%) foram executados em esteira ergométrica. (Viana et al., 2014; Santana et al., 2017)

 

Avaliação do risco de viés 

 

    Todos os artigos mostraram alto risco de viés no item geração de sequência aleatória e no cegamento de participantes e profissionais. No item que se refere à ocultação de alocação, apenas um artigo (1/10; 10%) mostrou baixo risco de viés (Bohm et al., 2017), seis artigos (6/10; 60%) mostraram risco de viés incerto (Viana et al., 2014; Martin et al., 2018; Brown et al., 2018; Fuhro et al., 2018; Lau et al., 2015; Santana et al., 2017), e dois artigos (2/10; 20%) mostraram alto risco de viés (Coletta et al., 2016; Van Craenenbroeck, 2015). Em relação a cegamento de avaliadores de desfecho, desfechos incompletos, relato de desfecho seletivo e outras fontes de vieses todos (10/10; 100%) demonstraram baixo risco.

 

Discussão 

 

    Martin et al. (2018) mostraram que o exercício intradialítico (IDE) teve uma capacidade maior de induzir espécies reativas ao oxigênio (ROS), as diferenças não foram significativas na origem e número de micropartículas (MP), na fosfatidilserina derivada de neutrófilos e nos neutrófilos pró-coagulantes. Os autores apontam que o aumento na produção de ROS pode indicar um efeito adaptativo, a longo prazo, na função das células endoteliais.

 

    Os marcadores inflamatórios e as dosagens bioquímicas antes e após o transplante renal, pré e pós 30 minutos de exercício em ciclo ergômetro por 48 minutos com FCmáx e VO2máx entre 70 e 90% foram descritos por Coletta et al. (2016). Após o transplante, os marcadores inflamatórios apresentaram uma diminuição, e a eliminação de glicose não apresentou diferenças significativas. Já em resposta ao exercício, a expressão gênica do músculo foi menor antes e depois do transplante comparando com voluntários saudáveis, não apresentando diferenças significativas assim como a eliminação de glicose e a expressão gênica de NFAT/Calcineurina.

 

    Viana et al. (2014) mostraram um aumento na degradação de neutrófilos e nos níveis de IL-6, que foram mais acentuados após o exercício, mas ainda visível uma hora após; a concentração de IL-10 aumentou, sendo que uma hora após mostrou níveis mais elevados. A concentração de PCR, de receptores I do TNF-α, de linfócitos e monócitos não sofreram efeitos significativos decorrentes do exercício físico. Estes dados se assemelham com o de Liao et al. (2015), onde pesquisam os estágios 3-5 e afirmam que houve um aumento nas citocinas e na concentração de IL-6, entretanto, não demonstraram alterações significativas na contagem de células imunes, células NK e CPCs já as células NK indicaram um aumento após o exercício. A partir desses achados, sugere-se a caminhada em intensidade moderada, pois não agrava as respostas imunes e indicam um efeito anti-inflamatório.

 

    Segundo Fuhro et al. (2018),a concentração de ureia (Kt/V) e creatinina diminuíram durante e após o exercício, em ambos os grupos, contudo com níveis menores no grupo intervenção; após a HD, o GC mostrou um aumento nos níveis de cortisol sérico. Esse achado vem ao encontro com o de Brown et al. (2018) e Santana et al. (2017), mostram que a depuração da ureia dialítica (Kt/V) e a TFG, demonstraram um aumento quando comparado ao GC, todavia não houve diferenciação entre as intensidades de exercício aplicadas. Em relação às análises após o exercício (30 e 60 minutos), houve uma diminuição da TFG em CKD 3-4 comparando com o GC e o grupo CKD 1-2. (Santana et al., 2017)

 

    Bohm et al. (2017) realizaram a coleta 30 minutos antes e 30 minutos após o exercício aeróbio em ciclo ergômetro demonstrando um aumento na pressão parcial de oxigênio, saturação e na concentração sérica de fósforo, além de apresentar a capacidade antioxidante total (TAC) diminuída. Já o volume total dialisado, medidas de concentração de soluto, massa removida e depuração de soluto no dialisante não apresentaram diferenças significativas em comparação aos dados de base, mostrando, de acordo com os autores, uma inalteração do equilíbrio acidobásico e na remoção de solutos.

 

    Em decorrência dos efeitos do exercício físico agudo, os níveis plasmáticos de miRNA, analisados por Van Craenenbroeck et al. (2015), indicaram um aumento no miRNA-150 associado ao VO2máx, uma diminuição na expressão de miRNA-146, entretanto, não apresentou alterações no GC. Já os níveis de miR-21, miR-126 e miR-210 permaneceram inalterados em ambos os grupos. Segundo os autores, as alterações no miRNA em resposta ao exercício tem um potencial fisiológico na adaptação cardiovascular.

 

    Fatouros et al. (2008) o efeito da sessão de exercício em pacientes submetidos a hemodiálise no ciclo ergômetro. Em repouso o GEF mostrou valores elevados de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), carbonilos de proteína (PC), e valores baixos de glutationa reduzida (GSH) e oxidada (GSSG). Quando submetidos ao exercício, ambos os grupos apresentaram um aumento nos níveis de TBARS, PC e redução da GSH/GSSG. A capacidade antioxidante total em repouso foi menor no grupo GEF, com a realização do exercício os níveis aumentaram em ambos os grupos, todavia a diferença foi maior no grupo HC. Pelos dados obtidos, os autores evidenciam que o exercício em pacientes descondicionados pode aumentar o estresse oxidativo devido à defesa antioxidante diminuída.

 

    Face ao exposto, Uchoa et al. (2021) afirma que o PEF é eficiente e de aplicabilidade factível. Mesmo sendo de baixa intensidade, inclusive de forma passiva, teve impactos positivos na saúde destes indivíduos e em mecanismos adaptativos a um estado hipóxico parecem contribuir para adaptações benéficas induzidas pelo exercício, que fundamentam o aumento da capacidade aeróbica pós-treinamento (Van Craenenbroeck et al., 2015). Entretanto, existem barreiras que precisam ser superadas, em destaque a falta de conhecimento dos profissionais da saúde sobre essa população e falta de infraestrutura para a realização dos protocolos nas unidades de diálise.

 

Conclusões 

 

    A partir dos resultados obtidos pelos trabalhos analisados, em sua maioria, com exercício durante a hemodiálise por meio do ciclo ergômetro, duração de 30 minutos e intensidade média/alta. Percebe-se que em uma sessão de treino possa ter efeitos benéficos a curto prazo,favorecendo a condição clínica dos pacientes com DRC, sabendo que pode haver o aumento do estresse oxidativo e da carga inflamatória. Dessa forma, recomenda-se o programa de exercício físico a ser realizado de forma contínua.

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 27, Núm. 297, Feb. (2023)