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ISSN 1514-3465

 

Utilização dos jogos reduzidos como estratégia de 

ensino do voleibol na escola. Uma revisão narrativa

Use of Small-Sided Games as a Strategy for Teaching Volleyball at School. A Narrative Review

Uso de juegos reducidos como estrategia de enseñanza del voleibol en la escuela. Una revisión narrativa

 

Bruce Friederich*

bruce11@hotmail.com.br

Dr. Henrique de Oliveira Castro**

henriquecastro88@yahoo.com.br

Dr. Thiago José Leonardi***

thiago.leonardi@ufrgs.br

Dr. Rodrigo Lara Rother+

rodrigorother@univates.br

Dr. Gustavo De Conti Teixeira Costa++

conti02@hotmail.com

Dr. Lorenzo Iop Laporta+++

laportalorenzo@gmail.com

 

*Universidade Integrada do Alto-Uruguai e das Missões

**Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Mato Grosso

***Escola de Educação Física, Fisioterapia e Dança da UFRGS

+Universidade do Vale do Taquari (UNIVATES)

++Faculdade de Educação Física e Dança da UFG

+++Centro de Educação Física e Desportos da UFSM

(Brasil)

 

Recepção: 16/12/2021 - Aceitação: 29/05/2022

1ª Revisão: 20/05/2022 - 2ª Revisão: 23/05/2022

 

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https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt

Citação sugerida: Friederich, B., Castro, H. de O., Leonardi, T.J., Rother, R.L., Costa, G.D.C.T., y Laporta, L. (2022). Uso de juegos reducidos como estrategia de enseñanza del voleibol en la escuela. Una revisión narrativa. Lecturas: Educación Física y Deportes, 27(291), 169-181. https://doi.org/10.46642/efd.v27i291.3315

 

Resumo

    Os jogos reduzidos são formas alternativas de mudar a dinâmica e a estrutura dos jogos formais. Manipulações como: espaço de jogo, número de jogadores, posses de bola, regras, entre outros são realizadas, objetivando que o jogador se adapte a diversos contextos, como também fomentar a iniciação e facilitar a aprendizagem da tática e técnica inerentes ao voleibol. O presente estudo objetiva identificar a literatura acerca da utilização dos jogos reduzidos no processo de ensino do voleibol nos aspectos tático-técnicos e de tomada de decisão, físicos e psicológicos, em crianças e adolescentes em idade escolar. Recorreu-se à revisão narrativa com o intuito de analisar e interpretar, de forma crítica, o “estado da arte” sobre este tema. Os resultados mostraram que os jogos reduzidos são uma ferramenta eficaz para a aprendizagem e estimulam o desenvolvimento das habilidades tático-técnicas e físicas, à medida que se considera o estágio de desenvolvimento motor e da capacidade física dos participantes. Assim, ao vivenciar distintas configurações do jogo em um contexto simplificado, é oportunizada maior participação ativa no jogo, ao mesmo tempo em que traz experiências afetivas positivas com o voleibol. Além disso, são requeridas decisões em um ambiente instável, em situação análoga ao jogo formal, oportunizando a contextualização da técnica junto a demanda tática em contexto mais simples. Os jogos reduzidos são uma estratégia eficiente para o ensino do voleibol a nível escolar, desde que o professor modere o aprendizado considerando o estágio de desenvolvimento dos participantes e oportunize um clima positivo para a aprendizagem.

    Unitermos: Voleibol. Ensino. Escola.

 

Abstract

    Small-sided games are alternative ways to change the dynamics and structure of formal games. Manipulations such as: game space, players number, ball possessions, rules, among others, are carried out in order for the player to adapt to different contexts, as well as to encourage initiation and facilitate the learning of tactics and technique inherent to volleyball. The present study aims to identify the literature on the use of Small-sided games in the teaching process of volleyball in the tactical-technical and decision-making, physical and psychological aspects, in school-age children and adolescents. A narrative review was used to critically analyze and interpret the “state of the art” on this topic. The results showed that Small-sided games are an effective tool for learning and stimulate the development of tactical-technical and physical skills, as the stage of motor development and physical capacity of the participants is considered. Thus, when experiencing different game settings in a simplified context, more active participation in the game is provided, while bringing positive affective experiences with volleyball. In addition, decisions are required in an unstable environment, in a situation analogous to the formal game, providing the opportunity to contextualize the technique along with the tactical demand in a simpler context. Small-sided games are an efficient strategy for teaching volleyball at school level, as long as the teacher moderates the learning considering the participants' stage of development and creates a positive climate for learning.

    Keywords: Volleyball. Teaching. School.

 

Resumen

    Los juegos reducidos son formas alternativas de cambiar dinámica y estructura de los juegos formales. Se realizan alternativas sobre el espacio de juego, número de jugadores, posesión de balón, reglas, entre otras, buscando que el jugador se adapte a diferentes contextos, además de promover la iniciación y facilitar el aprendizaje de tácticas y técnicas propias del voleibol. El presente estudio tiene como objetivo identificar la literatura sobre el uso de juegos reducidos en el proceso de enseñanza del voleibol en los aspectos táctico-técnico y decisorio, físico y psicológico, en niños y adolescentes en edad escolar. Se utilizó una revisión narrativa con el fin de analizar e interpretar críticamente el “estado del arte” sobre este tema. Los resultados mostraron que los juegos reducidos son una herramienta eficaz para el aprendizaje y estimulan el desarrollo de habilidades táctico-técnicas y físicas, considerando la etapa de desarrollo motor y capacidad física de los participantes. Así, al experimentar diferentes escenarios de juego en un contexto simplificado, se proporciona una mayor participación activa en el juego, al mismo tiempo que aporta experiencias afectivas positivas con el voleibol. Además, se requieren decisiones en un ambiente inestable, en una situación análoga al juego formal, brindando la oportunidad de contextualizar la técnica junto con la demanda táctica en un contexto más simple. Los juegos reducidos son una estrategia eficiente para la enseñanza del voleibol escolar, siempre que el docente regule el aprendizaje considerando la etapa de desarrollo de los participantes y genere un clima positivo para el aprendizaje.

    Palabras clave: Voleibol. Enseñanza. Escuela.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 27, Núm. 291, Ago. (2022)


 

Introdução 

 

    As abordagens analíticas para o ensino dos esportes, focadas no aprendizado de habilidades técnicas de forma isolada, vem sendo debatidas no que diz respeito à sua contribuição para o ensino das habilidades necessárias para se jogar bem o jogo (Metzler, 2017). A utilização de tais abordagens, enquadradas nos métodos de ensino tradicionais, é descontextualizada da exigência tática existente nos esportes coletivos, não cumprindo os pressupostos de representatividade do jogo (Clemente et al., 2011), ao pouco estimular os processos cognitivos inerentes à tomada de decisão (Gama Filho, 2001) e ao não aumentar a motivação dos alunos nas aulas (da Costa, e do Nascimento, 2004). Neste contexto, a partir da crítica ao método tradicional, David Bunker e Rod Thorpe propuseram, em 1982, o modelo de ensino Teaching Games for Understanding (TGfU) que altera o foco da aprendizagem para os elementos e problemas táticos do jogo, colocando o aluno no centro do processo de ensino-aprendizagem e na resolução de problemas. (Kirk, e MacPhail, 2002; Memmert et al., 2015; Mesquita, 2007; Waring, e Almond, 1995; Werner et al., 1996)

 

    A partir dessa ruptura com os paradigmas propostos pelo ensino analítico dos esportes, observou-se uma crescente utilização dos jogos reduzidos para a aprendizagem (Meléndez Nieves, e Estrada Oliver, 2019; Serra-Olivares et al., 2015). Os jogos reduzidos - ou Pequenos Jogos (Rodrigues et al., 2022) - são manipulações do jogo formal (espaço de jogo, número de jogadores, número de posses de bola, pontuação, regras, entre outros), objetivando que o jogador se adapte a diferentes contextos (Clemente et al., 2020; Ometto et al., 2018). Neste âmbito, aprender através dos jogos reduzidos pode facilitar a compreensão tática do jogo, ressignificando o ensino da técnica e melhorando a compreensão geral dos jogos. (Arias-Estero et al., 2020; Fernández-Espínola et al., 2020)

 

Imagem 1. O uso dos jogos reduzidos no voleibol é uma 

ferramenta eficaz para melhorar as habilidades técnico-tácticas

Imagem 1. O uso dos jogos reduzidos no voleibol é uma ferramenta eficaz para melhorar as habilidades técnico-tácticas

Fonte: Isadora Enderle Bastianello

 

    Além disso, métodos contemporâneos pautados nos jogos reduzidos são capazes de melhorar os índices na tomada de decisão (Pizarro et al., 2019; Sierra-Ríos et al., 2020) e a execução da habilidade técnica (Práxedes et al., 2018), sendo mais motivantes para os praticantes (Gil-Arias et al., 2017; 2021) e promovendo mais engajamento no processo de ensino e aprendizado (Morales-Belando et al., 2018). Assim, destaca-se que o ensino pautado na compreensão tática apresenta exercícios simplificados e adaptados ao estágio em que se encontra o praticante (Mahedero et al., 2021), sendo mais motivantes, possibilitando mais oportunidades de participação e influenciando no aprendizado da modalidade. (Gil-Arias et al., 2021; Meléndez Nieves, e Estrada Oliver, 2019)

 

    No voleibol, uma revisão sistemática foi desenvolvida apresentando efeitos positivos da utilização dos jogos reduzidos em diferentes níveis treinamento e modelos de ensino, principalmente em variáveis físicas-fisiológicas, psicológicas e tático-técnicas (Castro et al., 2022). Além disso, estudos foram conduzidos para analisar diferentes variáveis (tomada de decisão, eficácia, execução motora, performance no jogo, entre outras) relacionadas à utilização de jogos reduzidos no voleibol para o ensino-aprendizagem de crianças e adolescentes em idade escolar, indicando efeito positivo na performance dos participantes de diferentes níveis (Arias et al., 2016; Gabbett, e Georgieff, 2006; Mahedero et al., 2021; Mahedero et al., 2015; Rocha, Freire et al., 2020; Sgrò et al., 2021). Uma das formas de jogos reduzidos no ambiente escolar é através da utilização do minivôlei. No Brasil, o minivôlei é uma variação do voleibol para crianças de 7 a 14 anos de idade, estruturado e adaptado para essa faixa etária, a fim de otimizar as condições físicas e motoras e a capacidade tática das crianças, utilizando-se da redução do número de atletas (até 4 vs. 4), do tamanho da quadra (12 x 5 metros) e da altura da rede (2 a 2,10 metros). (CBV, 2021)

 

    Desta forma, dada a importância de alternativas metodológicas que contribuam para o aprendizado e desenvolvimento do voleibol e a escassez de estudos que representem o tema, destaca-se a necessidade de identificação, apresentação e análise da investigação que utilizaram os jogos reduzidos no voleibol para o ensino-aprendizagem da modalidade com crianças e adolescentes em idade escolar. Com isso, o presente estudo objetiva identificar a literatura acerca da utilização dos jogos reduzidos no processo de ensino do voleibol nos aspectos tático-técnicos e de tomada de decisão, físicos e psicológicos, em crianças e adolescentes em idade escolar.

 

Métodos 

 

    O presente estudo caracteriza-se como uma revisão narrativa, com intuito de analisar e interpretar, de forma crítica, o “estado da arte” das publicações com jogos reduzidos no voleibol de forma ampla, sobre o ponto de vista teórico, no contexto escolar. (Elias et al., 2012; Rother, 2007)

 

    Foram revisados artigos científicos das bases de dados eletrônicas Pubmed, Scielo, ScienceDirect, Scopus e Web of Science, publicados até 21 de agosto de 2021 e sem restrição de data inicial da produção e idioma. Para a estratégia da busca, realizou-se uma ampla pesquisa pelo tema, sem restrição dos termos relacionados à escola, sendo considerado os seguintes descritores no singular e plural: (volleyball) AND (“conditioned game” OR “drill-based game” OR “reduced game” OR “small-sided game” OR “mini-volleyball”). Para a extração dos resultados foi utilizado a plataforma Rayyan (www.rayyan.qcri.org), como auxílio na busca, sistematização e verificação dos artigos duplicados e realizar a leitura dos títulos e resumos dos trabalhos com potencial elegível para o estudo.

 

    Foram considerados artigos descritivos, observacionais, experimentais e revisões sistemáticas que envolvessem participantes com idade escolar (até 18 anos), de qualquer nível competitivo, que jogassem voleibol indoor e participassem de uma intervenção ou análise que envolvesse jogos reduzidos (1 vs. 1 até 5 vs. 5), incluindo minivôlei.

 

    Foram identificados 841 estudos, sendo removidos 158 duplicados. Dessa forma, no primeiro momento 683 trabalhos tiveram título e resumo analisados, sendo excluídos 608 por não utilizarem os jogos reduzidos no voleibol como ferramenta de intervenção ou análise. Após isso, os 75 estudos restantes foram lidos na íntegra, sendo excluídos 63 por não utilizarem os jogos reduzidos, ou não apresentarem as modificações utilizadas na intervenção ou por não serem artigos científicos. Assim, após os passos anteriores foram incluídos 12 artigos no presente estudo, que serão debatidos nas sessões envolvendo as características tático-técnicas e de tomada de decisão e psicológicas e físicas em crianças e adolescentes em idade escolar. Na Figura 1 está apresentado o fluxograma com a síntese das etapas.

 

Figura 1. Fluxograma das etapas de identificação, triagem e inclusão dos artigos

Figura 1. Fluxograma das etapas de identificação, triagem e inclusão dos artigos

Fonte: Autores

 

Resultados 

 

    As categorias abaixo foram criadas a partir do agrupamento dos resultados dos respectivos artigos analisados.

 

Características tático-técnicas e de tomada de decisão 

 

    Observa-se, nas investigações nesta temática, que aspectos que evolvem a importância e relevância do trabalho com jogos reduzidos no voleibol, em diversos âmbitos, aprofunda o conhecimento acerca do aprendizado e desenvolvimento das habilidades tático-técnicas e de tomada de decisão em jovens, principalmente em idade escolar. Neste contexto, para que o praticante vivencie e aprenda os aspectos do jogo, diferentes manipulações podem ser realizadas no que se refere ao formato da quadra, número de participantes, altura da rede, utilização de recursos tecnológicos, entre outros. (Clemente et al., 2020)

 

    No estudo realizado por Rocha, Freire et al. (2020), com 12 jovens jogadores (idade média de 16 anos; experiência média de 1,5 anos), os autores verificaram que diferentes tamanhos de quadra possibilitam demandas específicas no desempenho tático-técnico (eficiência, eficácia, ajuste e de tomada de decisão) da recepção, levantamento e ataque em jogos de minivôlei 2 vs. 2 com diferentes tamanhos da quadra (quadra 1: 3x3 metros; quadra 2: 2x4,5 metros). As restrições ambientais estabelecidas influenciaram no aprendizado dos praticantes, sugerindo que o desenvolvimento tático-técnico influencia no desempenho observável do atleta. Assim, melhores resultados no ajustamento e na tomada de decisão na recepção, no desempenho técnico, ajustamento e eficiência do levantamento, e ajuste e tomada de decisão no ataque foram encontrados na quadra mais larga (2x4,5 metros), enquanto a quadra 1 favoreceu a eficácia da recepção (Rocha, Freire et al., 2020). Em outro estudo, Rocha, Castro et al. (2020) compararam o comportamento tático e técnico de iniciantes no voleibol (idade média de 12 anos; experiência média de 1,5 anos), na mesma situação de side-out (recepção, levantamento e ataque), em quatro situações distintas de relações de área por jogador, sendo: 3x3 metros (4,5 m²), 4x4 metros (8 m²), 4,6x4,6 metros (10,58 m²) e 5,2x5,2 metros (13,52 m²). Os participantes disputaram 76 jogos e apresentaram maiores índices técnicos e táticos nas habilidades de recepção e levantamento nas situações de 4,6x4,6 metros e 5,2x5,2 metros. Por outro lado, a situações 3x3 metros apresentou melhora na tomada de decisão quando comparado às situações 4,6x4,6 metros e 5,2x5,2 metros.

 

    Outro aspecto pesquisado que traz implicações para o desenvolvimento dos aspectos táticos-técnicos é a utilização de diferentes alturas da rede. Arias et al. (2016) verificaram o efeito na tomada de decisão e na eficácia no ataque de 22 estudantes do segundo ano do ensino médio (idades entre 12 e 13 anos) com as manipulações das dimensões da quadra (6x6 metros e 4,5x4,5 metros), número de jogadores (3 vs. 3 e 4 vs. 4) e alturas da rede (2,10 até 2,18 metros). Os resultados mostraram que todos os participantes apresentaram uma melhora significativa, tanto na tomada de decisão quanto na eficácia na ação de ataque entre as medidas pré-teste e pós-teste (Arias et al., 2016). Desta forma, o professor de Educação Física que possui o objetivo de contribuir com a progressão do aluno no voleibol, deve projetar tarefas que representem situações de jogo, adaptando-as ao nível de aprendizagem de seus alunos.

 

    Nesse contexto, os jogos reduzidos também foram utilizados para verificar a eficácia dos modelos de ensino para grupos de níveis de habilidades diferentes. Sgrò et al. (2021) examinaram os efeitos do desempenho tático através de um modelo instrucional com abordagem centrada no jogo (TGfU) com uso do minivôlei 4 vs. 4 (em quadra medindo 6x12 metros), em 39 alunos do ensino fundamental (idade de 8 a 9 anos), separados em dois grupos (menos e mais habilidosos), ao longo de 13 semanas de aulas. Ao final da intervenção os resultados demonstraram uma melhora geral de moderada a alta no aprendizado técnico em todos os participantes, incluindo retenção do aprendizado. Além disso, os alunos com menor nível de habilidade obtiveram uma melhora mais acentuada do que os alunos mais habilidosos. Desta forma, afirma-se que os professores, ao planejarem suas aulas com a utilização do minivôlei, devem considerar o nível de habilidade dos alunos, pois utilizando esse método de forma adequada poderão aprimorar os processos de aprendizagem da turma como um todo.

 

    Entretanto, resultados controversos foram encontrados em relação à divisão da turma por níveis de habilidade. Mahedero et al. (2015) utilizaram o modelo de Educação Esportiva com o minivôlei (1 vs. 1, 2 vs. 2, 3 vs. 3 e 4 vs. 4), com 48 alunos da oitava série (23 meninos e 25 meninas), com o objetivo de verificar a evolução nas variáveis de jogo, no conhecimento e na tomada de decisão de alunos com diferentes níveis de habilidade no voleibol. Os autores encontraram melhorias na tomada de decisão, mas não nas variáveis de jogo. Entretanto, os alunos de nível intermediário melhoraram a tomada de decisão e variáveis do jogo, enquanto os de menor habilidade não obtiveram melhoras nas variáveis de jogo. Por outro lado, em um estudo recente, Mahedero et al. (2021) verificaram a diferença de desempenho e conhecimento do jogo entre estudantes de níveis de habilidade homogêneos ou heterogêneos utilizando o jogos reduzidos. Para tal, 48 alunos da oitava série foram divididos em grupos de maior ou menor habilidade com o voleibol, sendo avaliados na tomada de decisão, na execução de habilidade, além de desempenho, envolvimento e conhecimento do jogo. Os alunos, de forma geral, se tornaram mais competentes em seu jogo e mais conhecedores de sua técnica, regras do esporte, consciência tática e conhecimento geral do jogo. No entanto, quando os alunos foram agrupados por nível de habilidade não se observou impacto nas variáveis ​​de desempenho e conhecimento do jogo (Mahedero et al., 2021). Embora a literatura sobre educação esportiva prefira a heterogeneidade no agrupamento baseado em habilidade, os grupos heterogêneos e homogêneos de alunos com habilidades superiores e inferiores alcançaram melhorias no desempenho e conhecimento do jogo, sugerindo que os professores interessados ​​em agrupar alunos para criar uma experiência de aprendizagem significativa devem considerar outros critérios além da capacidade do aluno.

 

    Outra variável descrita na literatura é a diferença entre os sexos. Verscheure, e Aamde-Escot (2007) verificaram a diferença entre os sexos nas habilidades técnicas de aprendizagem do ataque, utilizando-se do jogos reduzidos 2 vs. 2, com 16 estudantes de Educação Física. Os resultados mostraram que cada aluno constrói de maneira especifica o seu conhecimento sobre o ataque que julga ser eficiente no voleibol, sendo que o resultado é um processo muito complexo e que está relacionado mais ao nível de envolvimento dos alunos com as tarefas, evoluindo sobre como os alunos brincam ou não nas tarefas de aprendizagem, cooperam ou não com seus companheiros de equipe e com as expectativas que o professor passa, por suas interações verbais e a natureza do conhecimento que ele valoriza, do que por sexo. (Verscheure, e Amade-Escot, 2007)

 

    Além dos benefícios supracitados da utilização dos jogos reduzidos, o componente lúdico se torna um pilar fulcral que irá auxiliar no aprendizado e desenvolvimento técnico dos praticantes. Millán et al. (2015) realizaram um estudo em que verificaram se, além do elemento lúdico, a utilização de materiais alternativos poderia auxiliar no aprendizado técnico dos alunos por meio de um programa de ensino utilizando o jogos reduzidos em 48 alunos (9 a 11 anos de idade; sem experiência prévia com voleibol). Os autores mencionaram que o método tradicional de ensino (aula composta de três componentes: aquecimento, instrução ou prática de exercícios e jogo formal de voleibol 6 vs. 6) causava desinteresse por parte dos alunos, entretanto, ao introduzir um plano de ensino e aprendizagem através do minivôlei com caráter lúdico com utilização de materiais alternativos (cones, cordas, gorros e balões) e utilização de diferentes bolas na prática das atividades, estimulou a movimentação dentro de quadra e o aprendizado dos fundamentos técnicos. Desta forma, envolver o caráter lúdico na aula possibilita que a criança seja incentivada a participar e se interesse pela aula, fazendo com que descubram a real utilização dos fundamentos técnicos aprendidos nas diferentes situações de jogo.

 

    Adicionalmente, a tecnologia pode ser um fator positivo aliado aos jogos reduzidos no voleibol. Ningrum et al. (2021) verificaram a contribuição de um aplicativo de celular com jogos reduzidos para que primeiramente os alunos conheçam as atividades que serão realizadas, e posteriormente possam aplicar este jogo na próxima aula, contribuindo no aumento da participação nas aulas de Educação Física e no conhecimento da técnica da manchete. O estudo foi realizado com 84 alunos do ensino médio divididos em dois grupos. Ao longo de dois meses, um grupo realizava atividades de jogos reduzidos com e sem o formato digital (aplicativo de celular com jogos 3 vs. 3, 4 vs. 4 e 5 vs. 5). Os autores revelaram que a utilização do aplicativo no celular com jogos reduzidos contribuiu na aprendizagem do voleibol à medida que os alunos viram e posteriormente aplicaram a manchete nos formatos propostos, aprendendo de forma mais independente (Ningrum et al., 2021). Embora haja necessidade de mais estudos, o uso de tecnologia pode ser uma ferramenta para fomentar o interesse pela prática dos alunos nas aulas de Educação Física e de voleibol.

 

Características psicológicas e físicas 

 

    Avaliar se a utilização dos jogos reduzidos no voleibol pode ser uma boa estratégia para auxiliar em variáveis psicológicas e melhorar as capacidades físicas e parâmetros de composição corporal de seus praticantes também têm sido alvo de estudos. Trajković et al. (2020) verificaram o efeito do jogos reduzidos, realizado após o horário escolar, na aptidão física e no combate à agressão em 107 alunos (idade de 14 a 16 anos), em oito meses de treinamento (duas vezes na semana). Para tal, os autores utilizaram o minivôlei no formato de 3 vs. 3 e 4 vs. 4 em quadras de 9x4,5 metros e 12x6 metros, e avaliaram variáveis físicas, obtidas através do peso e massa corporal, arremesso da medicine ball, impulsão vertical e Yo-Yo test, e psicológicas, obtidas através do questionário de agressividade de Buss, e Perry (1992). Os autores concluíram que na utilização destes formatos de jogo obtiveram o potencial de diminuir o nível de agressividade do aluno, aumentar a diversão, motivação e autocontrole, bem com melhora nos níveis de aptidão física em comparação às aulas de Educação Física convencionais. (Trajković et al., 2020)

 

    Em outro estudo, realizado por Gabbett et al. (2006), os autores examinaram o efeito de um programa de treinamento de 3 sessões semanais de jogos reduzidos no voleibol (3 vs. 3 e 5 vs. 5) ao longo de 8 semanas nas variáveis físicas (antropometria, potência, velocidade, agilidade e potência aeróbia). A utilização dos jogos reduzidos nos dois formatos resultou em melhorias consideráveis da velocidade e agilidade, entretanto tiveram pouco efeito sobre as características fisiológicas e antropométricas dos jogadores, não apresentando diferenças significativas na massa corporal, dobras cutâneas, potência de membros inferiores e superiores e potência aeróbia.

 

Discussão 

 

    Esta revisão evidenciou que o uso dos jogos reduzidos no voleibol como uma ferramenta eficaz para melhoras de habilidades tático-técnicas, de tomada de decisão, e de variáveis físicas e psicossociais, quando utilizado como metodologia de ensino na introdução do voleibol em crianças e adolescentes. Os jogos reduzidos, como o minivôlei, por facilitar o aprendizado das movimentações e dos fundamentos técnicos exigidos nesse esporte de forma gradativa, contribui para que os praticantes, que estão em fase de maturação e desenvolvimento biológico e cognitivo, retenham e desenvolvam melhor os conteúdos de jogo. Além disso, a utilização de regras alternativas simplificadas conforme o nível de habilidade de seus praticantes, alterações dos espaços de jogo, altura da rede e do número de jogadores, permite uma maior participação durante a prática, possibilitando ao praticante tocar mais vezes na bola e participar do jogo. (Castro et al., 2022)

 

    Esses aspectos relacionados com ações tático-técnicos resultam em grandes mudanças em relação ao entendimento cognitivo do jogo e no desempenho dos fundamentos técnicos, por exemplo, mais controle sobre a técnica na realização dos movimentos, e, consequentemente, diminuição na taxa de erros, diminuindo a pressão. Os jogos reduzidos devem também estar presentes na iniciação esportiva, uma vez que facilitam o desempenho técnico individual do aluno, como também os aspectos físicos e psicossociais, pois a utilização desse método estimula a criatividade, envolvimento e o divertimento da aula, sendo capaz de diminuir significativamente a agressão dos alunos apresentando melhorais na disciplina e cooperação em grupo, na aptidão física, na motivação para a prática esportiva e na participação nas aulas de Educação Física.

 

    Assim, a utilização de jogos reduzidos no voleibol (o que inclui o minivôlei), por sua característica de se adaptar ao ambiente inserido e aos diferentes formatos de jogo, se torna uma metodologia útil para o desenvolvimento motor e técnico que envolvem o aprendizado no voleibol. As dimensões e o número de jogadores reduzidos estimulam os deslocamentos, desenvolvimento da técnica por repetição e a melhora da tomada de decisão dos praticantes. Além disso, o professor pode utilizar de diferentes artifícios como o aspecto lúdico, materiais alternativos e a tecnologia para fazer com que o aluno se sinta mais à vontade e motivado a participar das aulas.

 

    Nota-se, ainda, uma escassez de estudos que verifiquem os aspectos psicológicos e físicos envolvendo a temática, entretanto a utilização dos jogos reduzidos mostrou ser um ponto positivo em relação a melhora na agressividade dos alunos, autocontrole, bem como aumentar a motivação e a participação dos alunos durante as aulas de voleibol. No entanto, para o desenvolvimento dos aspectos físicos relacionados ao voleibol, apesar dos poucos resultados encontrados na literatura, pode ser uma ferramenta para aumentar a intensidade da aula, tendo em vista que, muitas vezes, no jogo formal 6 vs. 6, o aluno não participa ativamente do jogo e realiza poucos movimentos em posse da bola.

 

Conclusão 

 

    Os jogos reduzidos no voleibol devem ser inseridos na realidade escolar através das adaptações supracitadas e que irão acompanhar o nível de aprendizagem tático-técnica e de desenvolvimento cognitivo e psicossocial dos alunos até a prática do jogo formal (6 vs. 6), podendo até ser utilizado como avaliação dos estágios de desenvolvimento integrado de alunos ou atletas. Sugerimos que estudos futuros nesta temática devam avaliar os efeitos de modificações de jogo com diferentes populações e faixas etárias, assim como, analisar outros fatores psicossociais e físicos.

 

Referências 

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 27, Núm. 291, Ago. (2022)