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ISSN 1514-3465

 

Programa New Start em usuários de uma unidade básica de saúde: efeitos a curto prazo

New Start Program in Users of a Basic Health Unit: Short-Term Effects

Programa New Start en usuarios de una unidad básica de salud: efectos a corto plazo

 

Amanda Aparecida Cruz Oliveira*

amandaaparecidacruzoliveira@gmail.com

Camila da Silva Barbosa**

camilabarbosasilva95@gmail.com

Vanessa Cristina Regis da Silva***

vanessacrisfisio@hotmail.com

Suraya Gomes Shimano+

suraya.shimano@uftm.edu.br

Isabel Aparecida Porcatti de Walsh++

isabel.walsh@uftm.edu.br

Márcia Cristina Teixeira Martins+++

marciactm@yahoo.com.br

Lislei Jorge Patrizzi Martins++++

lislei.patrizzi@uftm.edu.br

 

*Residente em Reabilitação

pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP)

**Graduada em Fisioterapia pela Universidade de Brasília (UnB)

Residência pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)

Especialização em Fisioterapia Respiratória pela Unibf

***Fisioterapeuta do Hospital de Clínicas da UFTM

+Docente do Curso de Graduação em UFTM

++Docente do Curso de Graduação em Fisioterapia

e Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (UFTM/UFU)

+++Farmacêutica-Bioquímica (Faculdades Oswaldo Cruz)

Nutricionista (FSP-USP), Mestre em Farmácia (FCF-USP)

Doutora em Ciência dos Alimentos (FEA-Unicamp)

Pós-doutorado em Epidemiologia Nutricional junto ao

Estudo de Saúde Adventista-2, Universidade de Loma Linda, EUA

Pós-doutorado em Nutrição (FSP-USP) com estágio

na Universidade de Umea, Suécia

++++ Docente do Curso de Graduação em Fisioterapia

e Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia UFTM/UFU

(Brasil)

 

Recepção: 17/11/2021 - Aceitação: 06/11/2022

1ª Revisão: 26/10/2022 - 2ª Revisão: 03/11/2022

 

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https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt

Citação sugerida: Oliveira, AAC, Barbosa, C. da S., Silva, VCR da, Shimano, SG, Walsh, IAP de, Martins, MCT, e Martins, LJP (2023). Programa New Start em usuários de uma unidade básica de saúde: efeitos a curto prazo. Lecturas: Educación Física y Deportes, 27(296), 122-139. https://doi.org/10.46642/efd.v27i296.3265

 

Resumo

    O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos a curto prazo do Programa New Start na autopercepção da saúde e estilo de vida de usuários de uma Unidade Básica de Saúde. Trata-se de um estudo quantitativo e de intervenção, realizado com onze indivíduos. Foram avaliados os aspectos socioeconômicos, saúde geral e estilo de vida dos participantes. Para avaliação do estilo de vida foi utilizado o instrumento Q8RN - versão adulto. Com duração de sete dias, a intervenção educativa baseou-se no programa New Start e no estímulo contínuo com imediata inserção de oito práticas de promoção de saúde no cotidiano dos participantes. As avaliações foram realizadas antes e após intervenção educativa. A análise estatística envolveu uma análise descritiva dos dados e teste T pareado. A autopercepção da saúde não sofreu alterações após sete dias de intervenção, porém, houve mudança significativa no estilo de vida (p=0,016) no pós intervenção. Conclui-se que o programa New Start pode melhorar o estilo de vida em sete dias, porém não modifica a autopercepção de saúde de usuários de uma Unidade Básica de Saúde.

    Unitermos: Estilo de vida. Saúde. Envelhecimento.

 

Abstract

    The objective was to evaluate the effects of the New Start Program on the self-perception of health and lifestyle of users of a Basic Health Unit. This was a quantitative and intervention study carried out with eleven users of a basic health unit in Sanitary District I in the city of Uberaba, MG. Participants were evaluated by questions related to socioeconomic aspects, general health and for the assessment of lifestyle before and after the intervention, the Q8RN, adult version, was used. Lasting seven days, the intervention protocol was based on the New Start program and on the gradual encouragement to insert eight pillars of health promotion in the participants' daily lives. Statistical analysis involved descriptive data analysis and paired T-test. Self-perceived health did not change after seven days of intervention, however, in lifestyle there were significant changes (p=0.016) after the intervention period. It was concluded that the New Start program can improve lifestyle in seven days, but does not modify the self-perceived health of users of a Basic Health Unit.

    Keywords: Life style. Health. Aging.

 

Resumen

    El objetivo de este estudio fue evaluar los efectos a corto plazo del Programa New Start en la autopercepción de salud y estilo de vida de los usuarios de una Unidad Básica de Salud. Se trata de un estudio cuantitativo y de intervención, realizado con once individuos. Se evaluaron aspectos socioeconómicos, salud general y estilo de vida de los participantes. Para evaluar el estilo de vida se utilizó el instrumento Q8RN - versión para adultos. Con una duración de siete días, la intervención educativa se basó en el programa New Start y estimulación continua con la inserción inmediata de ocho prácticas de promoción de la salud en el cotidiano de los participantes. Se realizaron evaluaciones antes y después de la intervención educativa. El análisis estadístico involucró un análisis descriptivo de los datos y la prueba T pareada. La autopercepción de salud no cambió después de siete días de intervención, sin embargo, hubo un cambio significativo en el estilo de vida (p=0,016) después de la intervención. Se concluye que el programa New Start puede mejorar el estilo de vida en siete días, pero no cambia la autopercepción de salud de los usuarios de una Unidad Básica de Salud.

    Palabras clave: Estilo de vida. Salud. Envejecimiento.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 27, Núm. 296, Ene. (2023)


 

Introdução 

 

    O envelhecimento é um processo contínuo, que causa alterações nos sistemas fisiológicos, tornando o indivíduo suscetível ao declínio da capacidade físico-funcional (Liberalesso, Dallazen, Bandeira, e Berzlezi, 2017). Recentemente o conceito de envelhecimento bem-sucedido alterou-se de um modelo biomédico para uma visão holística, envolvendo aspectos mais subjetivos do processo de envelhecimento. (Calasanti, 2016)

 

    Envelhecimento saudável é caracterizado pelo processo de desenvolver e manter a capacidade funcional, permitindo o bem-estar dos idosos (Beard et al., 2016). Assim, ao longo deste processo, é importante garantir não somente longevidade, mas também qualidade de vida aos indivíduos, objetivando a prevenção de doenças e disfunções, manutenção das funções cognitiva e física permanecendo ativamente engajado. (Dias, Souza, Silva, Jesus, e Alves, 2017; Aires, Sousa, Sousa, Oliveira, e Alencar, 2019; Jin, 2017)

 

    A autopercepção da saúde, a qualidade de vida e o estilo de vida também são aspectos relevantes para a longevidade. A autopercepção da saúde é considerada bom indicador do estado de saúde, pois incorpora tanto componentes físicos, cognitivos e emocionais quanto aspectos relacionados ao bem-estar e a satisfação com a própria vida (Lindemann, Reis, Mintem, e Mendoza-Sassi, 2019). A autopercepção de saúde recebe influência de diversos fatores como: determinantes demográficos e socioeconômicos, doenças crônicas e capacidade funcional. (Carneiro et al., 2020)

 

    A qualidade de vida é considerada como a percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações (The World Health Organization Quality of Life Assessment, 1995). No entanto, qualidade de vida é um conceito complexo que pode ser interpretado e definido de diversas formas e portanto, necessita de certas delimitações que possibilitem sua operacionalização em análises científicas (Haraldstad et al., 2019). A qualidade de vida está diretamente relacionada com o estilo de vida, que pode ser definido como o conjunto de ações rotineiras, que refletem as atitudes e valores do indivíduo, bem como suas oportunidades (Nahas, 2017). O estilo de vida adotado irá definir a qualidade do envelhecimento, desta forma, a alimentação adequada, o tempo gasto com atividades físicas, sociais e pessoais, entre outras práticas saudáveis, influenciam de forma positiva tanto o funcionamento físico como o mental dos indivíduos. (Pereira, Oliveira, e Oliveira, 2017)

 

    Há vários modelos de estilo de vida. Dentre eles, um apresentou bons resultados, incluindo redução da morbimortalidade de doenças cardiovasculares, é o modelo New Start, que se mostra eficaz na promoção de longevidade e qualidade de vida (Slavíček et al., 2008). Este programa apresenta bons resultados em um dos locais de referência mundial em qualidade de vida e longevidade, Loma Linda, Califórnia, uma das Blue Zones, local com características e práticas específicas que resultam em casos de alta incidência de pessoas chegando a idades avançadas em suas plenas capacidades físicas, mentais e espirituais. (Slavíček et al., 2008)

 

    New Start, é um acrônimo que envolve oito domínios: Nutrition (nutrição): baixo teor de gordura e dieta de baixa energia lacto-ovo-vegetariana; Exercise (exercícios): treinamento físico leve; Water (água): consumo de água e hidroterapia; Sunshine (sol); Temperance (moderação): abstinência de álcool, tabagismo, café, chá e comidas picantes; Air (ar): ar fresco fora de grandes centros; Rest (repouso): oito horas de sono por dia e; Trust (fé). (Slavíček et al., 2008)

 

    Assim, torna-se necessário um olhar mais abrangente, uma vez que o estilo de vida, pode influenciar a longevidade de forma positiva - promovendo saúde, ou de forma negativa - instaurando as doenças crônicas não transmissíveis (Pereira, Oliveira, e Oliveira, 2017). Uma das áreas de ação da Década do Envelhecimento Saudável é "Mudar a forma como pensamos, sentimos e agimos em relação a idade e ao envelhecimento". Entender que o envelhecimento é um processo, se faz necessário para que ações de promoção da saúde e prevenção de doenças sejam adotadas do nascimento até a velhice. Comportamentos saudáveis, seguindo o estilo de vida das Blue Zones, podem modificar os efeitos da atual transição epidemiológica - que nos colocou (Brasil) em um sério desafio de saúde pública em função da longevidade associada as doenças crônicas não transmissíveis e promover a saúde de profissionais que atuam principalmente nas áreas da saúde e educação, pois são multiplicadores de saberes, beneficiando assim o sistema de saúde que tende, se nada mudar, a entrar em colapso. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos a curto prazo do programa New Start na auto percepção de saúde e estilo de vida de usuários de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no município de Uberaba, MG, Brasil após intervenção educativa de sete dias.

 

Métodos 

 

    Trata-se de um estudo quantitativo e de intervenção, realizado na cidade de Uberaba - MG. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa em seres humanos (CEP) da Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM, nº 2.624.996/2018. Todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

 

    Foram incluídos no estudo pessoas com idade superior a 50 anos, com cadastro na Unidade de Saúde, pertencentes ao grupo de atividade física da unidade, aptos a realizarem as atividades propostas na intervenção, sem comprometimentos cognitivos e sem alterações no sistema musculoesquelético que pudessem prejudicar as práticas de promoção de saúde propostas pelo programa. Foram excluídos do estudo os participantes que desistiram do programa durante a semana ou que não obtiveram 100% de presença nas intervenções;

 

    Dos dezoito participantes do grupo de exercícios da Unidade de Saúde, cinco não foram incluídos por não se enquadrarem nos critérios de inclusão e dois foram excluídos do estudo pois desistiram do programa durante a semana de intervenção. Assim sendo, este estudo contou com onze participantes, cuja idade variou entre 54 e 85 anos.

 

    A avaliação foi realizada em três etapas: (1) cognitiva: por meio do Mini Exame do Estado Mental; (2) física: avaliação dos dados vitais, medicações, comorbidades e limitações físicas que impedissem a realização de atividade física e (3) Avaliação do Estilo de Vida: Q8RN- Questionário Oito remédios naturais- versão adulto (Abdala et al., 2018), caracterização sociodemográfica e duas questões sobre autopercepção da saúde (a) “Como você caracteriza a sua saúde? Tendo como opções de resposta: Ruim, muito ruim, nem ruim nem boa, boa, muito boa” e (b) “Você considera que sua saúde é melhor que a de outras pessoas de sua idade? Tendo como opções de resposta: Sim e Não”.Todas as avaliações foram realizadas pelo mesmo examinador e no mesmo dia.

 

    A intervenção seguiu com dois encontros presenciais para avaliação, orientações, explicações sobre o programa New Start (utilização de oito domínios da saúde) e reavaliação, tendo entre os dois encontros, sete dias de vivência. Durante o período de vivência, os participantes realizaram as práticas de forma remota, seguindo orientações compartilhadas presencialmente e por telefone. Os contatos por telefone foram feitos no terceiro e quinto dias para incentivar, orientar e tirar dúvidas.

 

    A análise estatística envolveu uma análise descritiva dos dados e teste T pareado. O nível de significância considerado foi de p<0,05.

 

Resultados 

 

    A amostra foi composta por onze indivíduos, cuja média de idade foi de 68,45 anos (DP ±10,56), sendo em sua maioria mulheres, representando 72,7% do total de participantes. Em relação ao grau de escolaridade, 61,53% dos participantes tinham o ensino fundamental incompleto. Quanto a renda, 69,23% recebiam de 1 a 3 salários-mínimos. Todos os usuários relataram presença de pelo menos duas comorbidades, e entre as principais foi encontrado: diabetes, hipertensão arterial sistêmica, hipercolesterolemia e osteoporose. Constatou-se uma média de 8,09 doenças (DP ±4,77), 4 medicamentos (DP ±2,14) e IMC de 26,6 (DP ±4,61) entre os participantes (Tabela 1).

 

Tabela 1. Caracterização da amostra

Característica

Porcentagem

Total

Sexo

Feminino

72,7%

8

Masculino

27,3%

3

Escolaridade

EFI

63,63%

7

EFC

9,09%

1

EMI

9,09% 

1

EMC

18,18%

2

Até 1 SM

18,18% 

2

1-3 SM

72,72%

8

Estado civil

Viúvo (a)

27,27%

3

Divorciado (a)

54,54%

2

Casado (a)

18,18%

6

Morbidade

Reumatismo

27,27%

3

Artrose

54,54%

6

Osteoporose

18,18%

2

Asma e ou Bronquite

9,09%

1

Tuberculose

0%

0

Tromboembolismo

0%

0

Hipertensão arterial

81,81%

9

Má circulação (varizes)

45,45%

5

Problemas cardíacos

18,18%

2

Diabetes

45,45%

5

Obesidade

18,18%

2

AVC

27,27%

3

Parkinson

18,18%

2

Incontinência Urinária

27,27%

3

Incontinência fecal

9,09%

1

Prisão de ventre

54,54%

6

Problemas para dormir

54,54%

6

Catarata

45,45%

5

Glaucoma

9,09%

1

Problemas na coluna

72,72%

8

Problemas renais

36,36%

4

Sequela de acidente

27,27%

3

Tumores malignos

0%

0

Tumores benignos

27,27%

3

Problemas de visão

63,63%

7

Depressão

54,54%

6

Outras

18,18%

2

Legenda: EFI: ensino fundamental incompleto; EFC: ensino fundamental completo; EMI: ensino médio incompleto; 

EMC: ensino médio completo; SM: salário mínimo. Fonte: Dados de pesquisa

 

    Na Tabela 2 estão descritos os valores referentes a cada dimensão de estilo de vida estudados. Obtivemos pontuação total mínima de 47 pontos (bom) e máxima de 66 pontos (muito bom) pré-intervenção e os valores por domínio pré intervenção também se apresentaram acima da média, segundo a pontuação do questionário "Q8RN- Versão Adulto". Após a intervenção, a classificação final mínima foi de 56 pontos (muito bom) e a máxima 71 pontos. A diferença entre os escores inicial e final foi significativa (p=0,016). A autopercepção de saúde dos participantes não sofreu alterações após sete dias de intervenção, variando as atribuições a própria saúde entre boa (72,7%) e ótima (27,2%), tanto pré quanto pós intervenção. Dentre os participantes, 7 (63,63%), consideraram que a sua saúde é melhor do que a de outras pessoas de sua idade.

 

Tabela 2. Caracterização dos dados Q8RN

Q8RN

Máximo

Pontuação pré- intervenção

Pontuação pós-intervenção

P-valor

Nutrição

12

6,27 (55,83%)

7 (58,33%)

0,460

Exercício

12

8,81 (73,41%

10 (83,33%)

0,320

Água

8

4,18 (52,25%)

4,63 (57,87%)

0,652

Sol

8

6,09 (76,12%)

7,18 (89,75%)

0,166

Temperança

16

11,27 (70,43%)

12,36 (77,25%)

0,196

Ar puro

8

4,45 (53,12%)

5,45 (68,12%)

0,182

Descanso

8

4,72 (59%)

6,18 (77,25%)

0,133

Confiança

16

12,9 (80,62%)

13,45 (84,06%)

0,619

Total

88

58,72

66,72

0,016*

Classificação do estilo de vida: 00-25: insuficiente, 26-44: regular, 45-58: bom, 59-73: muito bom, 74-88: excelente. Fonte: Dados de pesquisa

 

Discussão 

 

    O estudo buscou avaliar os efeitos do Programa New Start na auto percepção da saúde e estilo de vida de usuários de uma Unidade Básica de Saúde, como forma de melhorar a saúde dos indivíduos por meio de informações, incentivos e acompanhamento por uma semana vivenciando oito práticas de promoção da saúde. Sabe-se que a população mundial está envelhecendo rapidamente e estima-se que em 2050 indivíduos com idade superior a 60 anos atinjam 25% da população global (United Nations Department of Economic and Social Affairs/Population Division, 2017). No Brasil, manteve-se a tendência de envelhecimento dos últimos anos, aumentando 4,8 milhões de idosos desde 2012, superando a marca dos 30,2 milhões em 2017, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínuas. (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2018)

 

    Dentro deste processo, observa-se uma desproporção entre a quantidade de mulheres e homens idosos (Sales et al., 2016), elucidando a feminização da velhice, algo também evidenciado em nosso estudo, visto que o interesse em participar da intervenção, que estimula novos hábitos, foi maior entre as mulheres com uma proporção de oito mulheres para três homens. Este resultado deve despertar a atenção das equipes de saúde para a saúde do homem bem como para a busca de estratégias que possam atingir esta população. Em 2012, para cada 100 mulheres com 60 anos ou mais em todo o mundo, existiam apenas 84 homens, e para cada 100 mulheres com 80 anos ou mais, existiam apenas 61 homens (United Nations Population Fund, 2012). Mulheres de idade avançada enfrentam muitos desafios, que interferem em seu estilo de vida e que são amplamente discutidos por profissionais da saúde. Os aspectos que envolvem os elementos do envelhecimento a níveis biológico, psicológico e social nessa fase de vida, facilitam a compreensão das principais alterações nos sistemas do corpo, na saúde mental e as particularidades da saúde da mulher (Maximiano-Barreto, Andrade, Campos, Portes, e Generos, 2019). Além disso, nota-se um enfrentamento mais otimista dos problemas relacionados a saúde, com maior procura pelos serviços preventivos (Silva, Torres, e Peixoto, 2020). Observa-se uma relação determinante entre o processo de envelhecimento e o gênero dos indivíduos, interferindo diretamente nas condições de saúde, bem-estar e qualidade de vida. (Maximiano-Barreto, Andrade, Campos, Portes, e Generos, 2019)

 

    O aumento da expectativa de vida traz consigo a necessidade de garantir-se também a qualidade de vida desses indivíduos. Para isso, é importante a adoção de um estilo de vida saudável, uma vez que a adoção de hábitos saudáveis são fatores de proteção e auxiliam no controle de doenças crônicas não transmissíveis (Pereira, Oliveira, e Oliveira, 2017; Naughton, 2016). Enfatiza-se, dessa forma, a relevância da adoção de um estilo de vida saudável, que pode ser influenciado por diversos fatores, tal como o grau de escolaridade dos indivíduos.

 

    O baixo nível de escolaridade em idosos pode implicar na saúde e também no manuseio dos medicamentos, condição que se agrava pela falta de conhecimento das doenças adquiridas e suas consequências (Dutra, Duarte, Albuquerque, Lima, e Souto, 2016). Outro fator a ser considerado é que o baixo nível de escolaridade pode interferir na habilidade do processamento de informações sobre saúde e aplicação dos conceitos sobre saúde, afetando assim a compreensão de alguns aspectos básicos em saúde como a importância de um prato ideal com proteínas, carboidratos e legumes/verduras, efeitos do exercício físico no corpo, efeitos do tabagismo na saúde, dentre outros. Assim sendo, o nível de escolaridade pode interferir na saúde do indivíduo, diminuindo a procura pelos serviços de saúde. A falta da capacidade de leitura e de informação pode afetar e privar muitos idosos em relação aos seus direitos básicos e até mesmo de políticas públicas que asseguram – lhes uma boa qualidade de vida (Maximiano Barreto, e Oliveira, 2017). Em nosso estudo a maioria dos participantes possuía o ensino fundamental completo ou incompleto, o que demandou maior adaptação da linguagem e explicações mais simplificadas e acessíveis, mas não impediu que deixassem de realizar as práticas propostas.

 

    Outro fator que pode interferir no estilo de vida dos indivíduos é a renda que, na amostra, variou entre nenhuma renda e 1 a 3 salários-mínimos, sendo considerado uma renda baixa, fator que pode ter dificultado a melhora em sua saúde, pois a grande maioria dos indivíduos utiliza diversas medicações, provavelmente fazendo com que seja necessário despender um gasto extra para tal.

 

    Com uma amostra de 19.729 participantes, um estudo, conseguiu representar bem a população brasileira com 65 anos de idade (exceto zona rural da Região Norte), permitindo a generalização desses resultados para essa população. Tal estudo concluiu que no Brasil, mesmo pequenas diferenças na renda mensal domiciliar per capita, são suficientemente sensíveis para identificar idosos com piores condições de saúde, menor mobilidade física e menor uso de serviços de saúde (Lima-Costa, Barreto, Giatti, e Uchoa, 2003). Em nosso estudo os participantes apresentam uma média alta de doenças, renda média baixa, mobilidade física preservada e alta procura pelos serviços de saúde. Isso se deve em grande parte pela população escolhida, pois apresentam-se como frequentadores ativos da UBS, utilizando-se dos recursos disponíveis de forma proveitosa.

 

    A renda também pode influenciar a percepção de morbidade desses indivíduos, podendo estar relacionada, ainda, ao valor atribuído ao corpo, tendo em vista a necessidade de trabalhar, possivelmente mais proeminente entre os grupos de menor rendimento. O ambiente domiciliar e a falta de acesso aos serviços e aos cuidados de saúde, mesmo que sejam disponibilizados adequadamente também podem influenciar negativamente o comportamento saudável (Lima-Costa, Barreto, Giatti, e Uchoa, 2003). Uma revisão sistemática mostrou que não só no Brasil, mas também em vários outros países, os idosos mais pobres e com menor escolaridade procuram menos os serviços de saúde, tendo baixa adesão aos tratamentos o que reflete diretamente nas condições de saúde do indivíduo (Almeida, Nunes, Duro, e Facchini, 2017). O estilo de vida adotado foi o New Start, capaz de promover a longevidade, bem como a qualidade de vida (Slavíček et al., 2008; Abdala et al., 2018). A literatura já confirma os benefícios dos oito domínios; no domínio hábitos alimentares, observa-se que dietas ricas em frutas e vegetais reduzem a perda de massa muscular bem como as chances de doenças crônicas como hipertensão e o acidente vascular encefálico. (Slavíček et al., 2008)

 

    O domínio nutrição, no presente estudo, foi o que sofreu menor mudança em porcentagem da pontuação máxima permitida (16 pontos), indo de 55,83% pré-intervenção para 58,33% pós-intervenção, seguidos pelos domínios água e ar puro. Outro estudo (Oliveira, Abdala, Ninahuaman, e Meira, 2020), que também utilizou o estilo de vida New Start como base, obteve resultados parecidos, tendo os hábitos com piores escores: nutrição, descanso e água.

 

    Em um estudo que também promovia a educação em saúde, no aspecto alimentação saudável os resultados obtidos antes da intervenção foram: 3% dos participantes classificados com necessidade de melhora da alimentação, 89% com necessidade de atenção a alimentação e 8% com alimentação saudável. Após a intervenção, os valores referentes a melhora da alimentação, atenção a alimentação e alimentação saudável foram de 0%, 41% e 59% respectivamente. (Casagrande et al., 2018)

 

    O exercício físico também apresentou efeitos para contribuição de um envelhecimento saudável com menores riscos de morbidade, mortalidade, queda e auxiliando ainda, na manutenção do sistema cognitivo em níveis elevados (Sales et al., 2016). Estudo identificou a associação entre ser ativo fisicamente e a auto percepção positiva de saúde. Foi observado neste estudo que o baixo nível de comportamento sedentário, associado à pratica de atividade física de forma moderada ou elevada podem promover satisfação, felicidade e percepção do estado de saúde (Pengpid, 2019). Em outro estudo foi observado que o exercício físico é capaz de reduzir as consequências da inatividade física, bem como o desenvolvimento de doenças silenciosas influenciando dessa forma, na preservação da capacidade funcional (Brito, Menezes, e Olinda, 2016), o que pode justificar os achados encontrados no presente estudo, pois os participantes foram selecionados a partir de um grupo de atividade física oferecido pela UBS, demonstrando um nível de atividade física regular e possível relação com a auto percepção de saúde e pontuação acima da média em todas as dimensões mesmo antes da intervenção.

 

    Outro fator que pode contribuir para um estilo de vida saudável é a fé / espiritualidade, podendo desta forma, ter influência na qualidade de vida (Nascimento, e Rabêlo, 2008). A espiritualidade está muito relacionada com a religiosidade, que diz respeito ao nível de envolvimento religioso de um indivíduo e o quanto esse envolvimento influencia os seus hábitos. No estudo em questão, a confiança em Deus foi a prática com maior pontuação, tanto pré como pós intervenção, dados que corroboram com outro estudo envolvendo frequentadores de centros de convivência. Constatou-se que a confiança em Deus foi um hábito presente em 90% dos estudados, principalmente em mulheres com religiosidade intrínseca (93%), onde demonstram um compromisso com a tradição de fé que estão relacionadas com a busca de Deus, e homens com religiosidade extrínseca (100%) caracterizada como aquela onde as crenças são modificadas com interesses particulares (Barricelli, Sakumoto, Silva, e Araújo, 2012).Um estudo transversal, de base populacional, realizado a partir de dados do Inquérito de Saúde do Município de Campinas (ISA-CAMP), São Paulo, Brasil, de 2014/2015 também mostrou que a prática religiosa é uma atividade importante entre os idosos, com maior frequência entre as mulheres aos locais de culto. (Sousa, Lima, Cesar, e Barros, 2018)

 

    Ainda em relação aos domínios do modelo de estilo de vida estudado, o sono apresenta funções importantes, complexas, naturais, necessárias ao organismo e ao cérebro, cuja finalidade é restaurar um padrão ideal de funcionamento do corpo realizando regeneração de tecidos (Paiva, e Penzel, 2011). Um estudo relata que as queixas sobre o sono se mostraram relacionadas à doenças e incapacidades, o que poderia indicar, de modo indireto, um grau de dependência elevado (Araújo, e Ceolim, 2010). Este dado contrasta em parte com o presente estudo, uma vez que a amostra foi composta predominantemente por indivíduos ativos, com uma média considerável de morbidades, mas que conseguiram apresentar melhoras importantes após a intervenção em relação ao hábito do sono.

 

    A auto percepção negativa da saúde, foi identificado em 41,6% dos indivíduos, em uma população de 1246 pessoas (Lindemann, Reis, Mintem, e Mendoza-Sassi, 2019). Desta população, 40% relaram até duas doenças e 15% dos participantes, três ou mais doenças. Outro estudo constatou que idosos que a autopercepção ruim de saúde foi expressivamente maior entre os idosos com quatro ou mais doenças crônicas, sendo no sexo masculino 9,5 vezes maior, e no sexo feminino 7,3 vezes maior (Alves, e Rodrigues, 2005). Entretanto, neste estudo, em que a amostra apresentou no mínimo, duas doenças, com uma média de aproximadamente oito doenças por pessoa, os indivíduos apresentaram uma perspectiva diferente sobre sua auto percepção de saúde, nomeando-a como boa (69,24%) e como regular (30,67%), não havendo participantes que relataram como ruim ou péssima, apesar da média de doenças e medicamentos relatados.

 

Conclusão 

 

    O programa New Start experienciado por sete dias melhora o estilo de vida, porém não modifica a autopercepção de saúde de usuários de uma unidade básica de saúde. Sugerimos mais estudos com populações maiores.

 

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