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ISSN 1514-3465

 

Qualidade de vida no contexto dos idosos ativos e não ativos

no mercado de trabalho. Estudo no município de Sinop, MT

Quality of Life in the Context of Two Active and Non-Active in

the Labor Market. Study in the Municipality of Sinop, MT

Calidad de vida en el contexto de los adultos mayores activos y no 

activos en el mercado laboral. Estudio en el municipio de Sinop, MT

 

Thiago Costa Rodrigues*

thiagocostarodrigues@hotmail.com

Sonia Maria Marques Gomes Bertolini**

sonia.bertolini@unicesumar.edu.br

Ely Mitie Massuda***

ely.massuda@unicesumar.edu.br

 

*Graduado em Fisioterapia pela Faculdade da Alta Paulista Tupã, SP

Mestre em Promoção da Saúde pela Universidade Cesumar, PR

Fisioterapeuta da Prefeitura Municipal de Sinop, MT

**Graduada em Fisioterapia pela Faculdade de Educação Física de Lins, SP

Doutora em Ciências Morfofuncionais pela Universidade de São Paulo, SP

Professora do Programa de Pós-Graduação stricto sensu

da Universidade Cesumar, Maringá, PR

***Graduada em Economia pela Universidade Estadual de Maringá, PR

Doutora em História Econômica pela Universidade de São Paulo, SP

Professora do Programa de Pós-Graduação stricto sensu

da Universidade Cesumar, Maringá, PR

(Brasil)

 

Recepção: 23/04/2021 - Aceitação: 09/06/2022

1ª Revisão: 09/04/2022 - 2ª Revisão: 23/04/2022

 

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https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt

Citação sugerida: Rodrigues, T.C., Bertolini, S.M.M.G., e Massuda, E.M. (2022). Qualidade de vida no contexto dos idosos ativos e não ativos no mercado de trabalho. Estudo no município de Sinop, MT. Lecturas: Educación Física y Deportes, 27(290), 50-67. https://doi.org/10.46642/efd.v27i290.2991

 

Resumo

    Este estudo tem como objetivo geral comparar a qualidade de vida entre idosos ativos e não ativos economicamente no mercado de trabalho. Trata-se de um estudo observacional, de corte transversal e abordagem quantitativa, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos, com 348 idosos, de ambos os sexos, cadastrados e frequentadores de Unidades Básicas de Saúde, no município de Sinop, Mato Grosso. Utilizou-se questionários sociodemográficos, o WHOQOL-BREF, o WHOQOL-OLD e o IPAQ. Os dados foram analisados mediante estatística descritiva e os testes Wilcoxon e qui-quadrado. Os domínios físico e psicológico de qualidade de vida, bem como a faceta habilidades sensoriais apresentaram diferenças estatisticamente significantes entre os dois grupos (p=0,047; p=0,011 e p<0,01 respectivamente). Conclui-se que os idosos ativos economicamente no mercado de trabalho apresentaram melhor qualidade de vida, pois obtiveram maiores escores médios na maioria dos domínios do WHOQOL-BREF e facetas do WHOQOL-OLD.

    Unitermos: Idosos. Envelhecimento populacional. Promoção em saúde. Promoção do bem-estar. Trabalho.

 

Abstract

    This study has a general objective to compare the quality of life between economically active and non-economically active persons in the labor market. It is an observational study, cross-sectional, approved by the Ethics Committee in Research with human beings, with 348 elderly, of both sexes, registered and frequenters of Basic Health Units, in the Sinop city, Mato Grosso state. Used sociodemographic questionnaires, o WHOQOL-BREF, o WHOQOL-OLD and IPAQ. The given data were analyzed using descriptive statistics and the Wilcoxon and qui-squared tests. The physical and psychological domains of quality of life, as well as sensory skills facet, show statistically significant differences between the two groups (p=0.047; p=0.011 and p<0.01 respectively). It was concluded that the economically active persons in the labor market show the higher quality of life, they obtain higher average scores at most two domains of WHOQOL-BREF and facets of WHOQOL-OLD.

    Keywords: Elderly. Aging population. Health promotion. Welfare promotion. Work.

 

Resumen

    Este estudio tiene como objetivo general comparar la calidad de vida entre adultos mayores activos y económicamente inactivos en el mercado de trabajo. Se trata de un estudio observacional, transversal, con abordaje cuantitativo, aprobado por el Comité de Ética en Investigación con seres humanos, con 348 personas mayores, de ambos sexos, registrados y frecuentadores de Unidades Básicas de Salud, en el municipio de Sinop, Mato Grosso. Se utilizaron cuestionarios sociodemográficos, el WHOQOL-BREF, el WHOQOL-OLD y el IPAQ. Los datos se analizaron mediante estadística descriptiva y las pruebas de Wilcoxon y chi-cuadrado. Los dominios físico y psicológico de la calidad de vida, así como la presencia de habilidades sensoriales mostraron diferencias estadísticamente significativas entre los dos grupos (p=0,047; p=0,011 y p<0,01 respectivamente). Se concluye que los adultos mayores económicamente activos en el mercado laboral tenían una mejor calidad de vida, ya que obtuvieron puntajes promedio más altos en la mayoría de los dominios del WHOQOL-BREF y facetas del WHOQOL-OLD.

    Palabras clave: Adultos mayores. Envejecimiento de la población. Promoción de la salud. Promoción del bienestar. Trabajo.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 27, Núm. 290, Jul. (2022)


 

Introdução 

 

    O envelhecimento populacional é uma realidade mundial e tem sido muito discutido principalmente em países europeus que atualmente são os países que possuem grande percentual de população idosa. Essa realidade fez com que, em vários governos da União Europeia, fosse adotada uma nova visão em relação à transição demográfica, não só daqueles países, mas mundialmente, trazendo uma discussão de que tendencialmente as populações do mundo todo terão, muito em breve, maior número de idosos. (Esping-Andersen, e Palier, 2010; Camarano, 2014)

 

    Acredita-se que essa nova tendência mudará completamente a forma como os governos e economistas entendem e oferecem soluções para o amparo e sustentabilidade dessa parcela da população que ainda é vista como improdutiva e estagnada. Se for analisar o mercado de trabalho brasileiro, por exemplo, em relação à população acima de 60 anos, observa-se que já existe uma mudança, ainda que bastante tímida, em relação à oferta de empregos e de políticas públicas voltadas a esse tema.

 

Imagem 1. Independente da faixa etária, na sociedade contemporânea 

o trabalho se configura como elemento de extrema relevância

Imagem 1. Independente da faixa etária, na sociedade contemporânea o trabalho se configura como elemento de extrema relevância

Fonte: Pexels.com - Foto: Yan Krukov

 

    As mudanças vêm ocorrendo porque já existem os debates, porém estão sendo alavancadas, maiormente pela iniciativa privada e por isso ainda não alcança toda a sociedade. Para que isso possa acontecer vários fatores devem ser levados em conta, como a economia em que esse idoso está inserido, o conhecimento do processo de envelhecimento sob o aspecto econômico, entre outros. A partir desses entendimentos, será possível caminhar para respostas mais abrangentes que não somente considerem políticas públicas assistencialistas, mas também a promoção de espaços para que se efetivem parcerias em busca de geração de riqueza envolvendo o público idoso. Sendo assim, o trabalhador idoso ainda está à mercê desta realidade. (Ferrigno, 2012)

 

    Vale ressaltar, que a preocupação com a inserção do idoso no mercado de trabalho, como um ser humano ativo socialmente, abrange muito mais do que apenas questões econômicas, mas também com a realização pessoal e profissional de cada indivíduo, pois, a cada dia mais, a expectativa de vida tem aumentado em todo o mundo, trazendo consigo questões que envolvem bem-estar e qualidade de vida.

 

    A promoção da saúde, assim como a qualidade de vida abrange várias esferas na sociedade. A qualidade de vida envolve a saúde física e psicológica, suas relações com o meio ambiente, bem como as relações sociais que inclui o círculo familiar, de trabalho, de lazer, também o nível de dependência de cada indivíduo (Ferreira, Meireles, e Ferreira, 2018). A promoção da saúde, por sua vez, reflete às ações condicionantes e determinantes que favorecem o bem-estar físico e psicológico das pessoas e que impactam diretamente na sua qualidade de vida. (Campos, e Rodrigues Neto, 2018)

 

    Assim, o presente estudo procurará responder algumas questões que envolvem a busca do idoso pelo seu reconhecimento social por meio de seu trabalho, sendo elas: Existem diferenças entre os domínios de qualidade de vida de idosos ativos e não ativos economicamente no mercado de trabalho?

 

    Considerando o aumento da população idosa e da longevidade, a baixa remuneração da maioria da população aposentada no país e que qualidade de vida (QV), para a Organização Mundial da Saúde (OMS, 1995), é a percepção do indivíduo de sua inserção na vida no contexto da cultura e sistemas de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações, verifica-se a necessidade da realização de estudos que possam avaliar a QV desse contingente populacional, com vistas a sua participação no mercado de trabalho. Sendo assim, o principal objetivo do presente estudo é comparar a qualidade de vida entre idosos ativos e não ativos economicamente no mercado de trabalho.

 

Métodos 

 

Característica da pesquisa 

 

    Este estudo caracteriza-se como quantitativo, transversal observacional, de abordagem exploratória, com a participação de idosos de ambos os sexos, cadastrados e frequentadores de Unidades Básicas de Saúde (UBS). Foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos conforme parecer no 3.896.798.

 

Caracterização do local da pesquisa 

 

    O estudo foi realizado por meio de levantamento dos dados dos idosos cadastrados na Estratégia da Saúde da Família do município de Sinop, MT, nas UBS, baseando-se no Plano Municipal de Saúde 2018-2021.

 

    O município de Sinop apresenta as seguintes características: densidade demográfica de 42 habitantes por km²; população censitária de 132.934 habitantes (IBGE 2017) e 77.906 domicílios. (SISPNCD, 2017)

 

População e amostra 

 

    Conforme o último levantamento realizado pela DATASUS-MS/SVS/CGIAE (2015), em relação à população entre as idades de 60 (sessenta) anos a 80 (oitenta) anos ou mais, existe no município de Sinop-MT um total de 8.365 idosos.

 

    De acordo com último levantamento, Sinop atualmente conta com um total de 24 UBS e também com 33 Equipes de Saúde da Família (ESF).

A população da pesquisa serão os idosos do Município de Sinop com idade acima de 60 anos que frequentam as Unidades Básicas de Saúde do Município.

 

    A pesquisa abrangeu 22 UBS, que foram sorteadas, gerando o processo inicial para construção da amostra, após a definição das UBS, então, foram sorteados 20 participantes de cada unidade, totalizando 440 indivíduos, sem distinção de sexo. Se 8.365 é 100%, 440 indivíduos corresponde a 5,2% do total da população idosa do município de Sinop-MT.

 

Participantes 

 

    A amostra foi de 440 idosos, e os dados foram coletados por meio de entrevistas, contendo questões fechadas, sendo realizadas nas UBS. O critério de inclusão levou em consideração apenas a população com idade igual ou superior a 60 anos, que residam no município de Sinop-MT, que não apresentem declínio cognitivo e que estejam frequentando as UBS. Os critérios de exclusão foram idosos com menos de 60 anos de idade, que não estivessem residindo no município e com possível déficit cognitivo, avaliados por meio do Mini Exame do Estado Mental (MEEM). O MEEM é composto por questões agrupadas em sete categorias: orientação temporal, orientação espacial, registro de três palavras, atenção e cálculo, recordação das três palavras, linguagem e capacidade viso construtiva. (Folstein, Folstein, e McHugh, 1975)

 

    As notas de corte utilizadas para exclusão pelo MEEM foram: 17 para os analfabetos; 22 para idosos com escolaridade entre 1 e 4 anos; 24 para os com escolaridade entre 5 e 8 anos e 26 os que tiverem 9 anos ou mais anos de escolaridade. Estes pontos de corte são baseados nos critérios de Brucki, Nitrini, Caramelli, Bertolucci, e Okamoto (2003). Correspondem à média obtida por esses autores para cada faixa de escolaridade, menos um desvio padrão. Idosos classificados abaixo do ponto de corte específico para sua escolaridade foram excluídos.

 

Instrumentos 

 

    Para caracterização do perfil sócio demográfico, de saúde e de prática de exercício físico, foi utilizado um questionário semiestruturado pelos próprios autores, com as seguintes questões: idade (60 a 69 anos, 70 a 79 anos, 80 anos ou mais); sexo (masculino, feminino); escolaridade (analfabeto/fundamental incompleto, fundamental completo, médio incompleto, médio completo, superior); aposentadoria (sim, não); situação no mercado de trabalho (ativo, não ativo); renda mensal em salários mínimos (SM) (<1SM, 1 a 2 SM, 2,1 a 3 SM, >3SM); situação conjugal (com companheiro, sem companheiro); presença de doenças (nenhuma, uma, duas, três ou mais doenças, quais?); histórico de quedas nos últimos seis meses (sim, não, se sim quantas); auto percepção de saúde (boa, regular, ruim), auto percepção corporal (gordo, normal, magro); há quanto tempo prática alguma modalidade de atividade física (<6 meses, 6 meses a 2 anos, 2,1 anos a 5 anos, >5 anos); qual o tipo de atividade física e quantas vezes na semana (1x, 2x, 3x, 4x, 5 ou mais).

 

    O nível de atividade física dos idosos foi avaliado utilizando-se a versão curta do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ). Este é composto por 6 questões abertas e suas informações permitem estimar o tempo despendido, por semana, em diferentes dimensões de atividade física (caminhadas e esforços físicos de intensidades moderada e vigorosa) e de inatividade física (posição sentada). (Matsudo, Matsudo, e Barros Neto, 2001)

 

    A avaliação da qualidade de vida foi realizada por meio dos questionários WHOQOL-BREF e WHQOOL-OLD. O WHOQOL-BREF é uma versão abreviada do WHOQOL-100, composto por 26 questões das quais duas referem-se à percepção individual da qualidade de vida e à percepção de saúde; sendo as demais (24) subdivididas em quatro domínios: físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente. Quanto mais próximo de 20, melhor a qualidade de vida no domínio avaliado, e quanto mais próximo de 100, melhor a qualidade de vida global. (Fleck, Louzada, Chachamovich, Vieira, Santos, e Pinzon, 2000; Chachamovich, e Fleck, 2008)

 

    O WHOQOL-OLD representa uma ferramenta adicional e, em conjunto com o WHOQOL-BREF, é uma alternativa útil na investigação da qualidade de vida em adultos mais velhos, incluindo aspectos relevantes não abrangidos pelos instrumentos originalmente projetados para populações de indivíduos não idosos.

 

    Assim, a avaliação da qualidade de vida foi complementada aplicando-se, também, o WHOQOL-OLD. Este consiste de 24 facetas, atribuídos a seis domínios: funcionamento dos sentidos, autonomia, atividades passadas, presentes e futuras, participação social, morte e morrer e intimidade. Cada item é composto por quatro questões. Será utilizado o escore transformado, que é calculado a partir da conversão do escore bruto (apresentado a partir da somatória de cada questão, variando o resultando entre 4 e 20) para uma escala de 0 a 100. Quanto mais próximo de 100, melhor a qualidade de vida no domínio avaliado. O escore total do WHOQOL-OLD pode ser calculado por meio da soma das 24 questões do instrumento e é obtido o bruto, variante entre 24 e 120. A conversão do escore bruto para uma escala de 0 a 100 representa o escore transformado. (Pedroso, Pilatti, Gutierrez, e Picinin, 2010)

 

Procedimentos e coleta de dados e forma de abordagem dos participantes da pesquisa 

 

    Para coleta de dados dos idosos foi realizada, primeiramente uma busca, através do contato com a Secretaria Municipal de Saúde, onde foram levantadas, através do cadastro de atendimento dos idosos, informações sobre os dias de atendimento dos mesmos nas UBS para que fossem aplicados os questionários. Posteriormente foram aplicados dos questionários nas próprias UBS.

 

Análise dos dados 

 

    A princípio, foi realizada uma análise descritiva dos resultados para a obtenção de gráficos e tabelas de frequência, com o intuito de caracterizar os participantes da pesquisa. Para descrição dos resultados foram utilizadas a frequência absoluta e a porcentagem para as variáveis categóricas e a média, desvio padrão, mínimo, mediana e máximo para as variáveis numéricas, assim como o intervalo interquartílico.

 

    As pontuações dos domínios do WHOQOL-BREF e do WHOQOL-OLD foram calculadas por meio de um algoritmo próprio do instrumento, sendo que as mesmas podem variar em uma escala de 0 a 100 pontos.

 

    Para comparar a distribuição das pontuações dos domínios dos instrumentos WHOQOL-BREF e WHOQOL-OLD de acordo com os grupos foi utilizado o teste de Wilcoxon, que utiliza os postos das observações ordenadas, sendo métodos de nível ordinal, enquanto que para a comparação da classificação do IPAQ entre os grupos foi utilizado o teste de qui-quadrado de associação.

 

    Todas as análises foram realizadas com o auxílio do ambiente estatístico R (R Development Core Team, 2016), versão 3.6.2.

 

Resultados 

 

    As entrevistas ocorreram entre o dia 20 de julho a 01 de novembro de 2020. A princípio havia sido planejado que a busca seria realizada em 22 UBS, mas devido à pandemia de COVID-19 que começou no Brasil no final do mês de março de 2020, desse total, houve a diminuição de 4 unidades, assim a pesquisa ocorreu em 18 delas. Ainda, almejava-se entrevistar 20 idosos em cada unidade, totalizando 440, mas por contados procedimentos tomados nas UBS, na busca de evitar aglomerações, houve uma considerável diminuição nos atendimentos e, somado a tudo isso, muitos idosos não compareciam em suas consultas, possivelmente por causa das mudanças de unidades e ainda pelo medo de contrair o vírus nas unidades de saúde, por serem do grupo de risco.

 

    Desta maneira, de 440 idosos, conseguiu-se 380 voluntários para a pesquisa, ocorrendo uma perda de aproximadamente 14% do total estimado. Dos 380 restantes, ao aplicar o MEEM, 32 deles não apresentaram capacidade cognitiva necessária, avaliada pelo MEMM. Assim, dos 380 restantes, houve ainda a perda de aproximadamente 8%, sendo este percentual o corte da amostra obtida. No total, somando a perda total da amostra almejada, houve, aproximadamente, 28%, ficando a amostra final composta por 348 idosos.

 

    Entre os 348 idosos participantes da pesquisa, foi verificado que apenas 59 (16,95%) eram ativos economicamente no mercado de trabalho. A maioria dos entrevistados ativos possuía entre 60 e 69 anos (83,05%). Também se nota que entre os idosos não ativos, cerca de metade era do sexo masculino, enquanto entre os ativos, quase dois terços eram homens.

 

    Independentemente do grupo, nota-se que o grau de escolaridade mais frequentemente citado foi o de analfabeto/fundamental incompleto, enquanto que a renda mensal mais frequente foi de 1 a 2 salários mínimos. Ainda, pode ser verificado que 45,76% dos idosos ativos eram também aposentados, contrapondo-se a 86,51% dos não ativos. Por fim, nota-se que a maior parte dos entrevistados possuía companheiros, sobretudo entre os ativos.

 

Tabela 1. Distribuição de frequências das características 

sociodemográficas dos participantes da pesquisa. Sinop, MT, 2020 (n=348)

Variável

Ativos

Não ativos

Geral

n

%

n

%

n

%

Idade

 60 a 69 anos

49

83,05%

91

31,49%

140

40,23%

 70 a 79 anos

8

13,56%

122

42,21%

130

37,36%

 80 anos ou mais

2

3,39%

76

26,30%

78

22,41%

Sexo

 Feminino

20

33,90%

146

50,52%

166

47,70%

 Masculino

39

66,10%

142

49,13%

181

52,01%

 Não informado

0

0,00%

1

0,35%

1

0,29%

Escolaridade

 Analfabeto/fundamental incompleto

25

42,37%

153

52,94%

178

51,15%

 Fundamental completo

18

30,51%

49

16,96%

67

19,25%

 Médio incompleto

0

0,00%

16

5,54%

16

4,60%

 Médio completo

8

13,56%

50

17,30%

58

16,67%

 Superior

8

13,56%

21

7,27%

29

8,33%

Aposentadoria

 Não

30

50,85%

33

11,42%

63

18,10%

 Sim

27

45,76%

250

86,51%

277

79,60%

 Não informado

2

3,39%

6

2,08%

8

2,30%

Renda mensal em salários mínimos

<1 SM

13

22,03%

83

28,72%

96

27,59%

 1 a 2 SM

32

54,24%

133

46,02%

165

47,41%

 2 a 3 SM

9

15,25%

47

16,26%

56

16,09%

>3 SM

5

8,47%

22

7,61%

27

7,76%

 Não informado

0

0,00%

4

1,38%

4

1,15%

Situação conjugal

 Com companheira/o

48

81,36%

193

66,78%

241

69,25%

 Sem companheira/o

10

16,95%

91

31,49%

101

29,02%

 Não informado

1

1,69%

5

1,73%

6

1,72%

Fonte: Elaboração própria (2020)

 

    Avaliando as características clínicas dos idosos participantes da pesquisa, destaca-se na Tabela 2 que quase metade daqueles que se encontravam ativos não possuíam doenças (45,76%), contrastando com19,38% dos não ativos, sendo que as doenças mais frequentes foram hipertensão e diabetes para ambos os grupos. Os entrevistados também foram questionados a respeito do histórico de quedas, sendo que a grande maioria deles não caiu nos últimos 6 meses, embora a frequência de quedas tenha sido um pouco maior para o grupo dos não ativos.

 

    De modo geral, a frequência de classificação da própria saúde como boa foi maior entre os entrevistados do grupo ativo, enquanto que para o grupo dos não ativos a frequência de pessoas que se possuíam uma autopercepção corporal normal era maior. Também se nota que a porcentagem de praticantes de alguma modalidade de atividade física foi maior entre os ativos.

 

Tabela 2. Distribuição de frequências das características clínicas

dos participantes da pesquisa. Sinop, MT, 2020 (n=348)

Variável

Ativos

Não ativos

Geral

n

%

n

%

n

%

Presença de doenças

 Nenhuma

27

45,76%

56

19,38%

83

23,85%

 Uma

22

37,29%

94

32,53%

116

33,33%

 Duas

8

13,56%

82

28,37%

90

25,86%

 Três ou mais doenças

2

3,39%

57

19,72%

59

16,95%

Quais doenças*

 Hipertensão

11

18,64%

106

36,68%

117

33,62%

 Diabetes

9

15,25%

94

32,53%

103

29,60%

 Colesterol

7

11,86%

23

7,96%

30

8,62%

 Depressão

0

0,00%

20

6,92%

20

5,75%

 Cardiopata

3

5,08%

16

5,54%

19

5,46%

 Osteoporose

1

1,69%

16

5,54%

17

4,89%

 Artrose

2

3,39%

15

5,19%

17

4,89%

 Câncer

1

1,69%

15

5,19%

16

4,60%

 Artrite

2

3,39%

13

4,50%

15

4,31%

 Reumatismo

2

3,39%

9

3,11%

11

3,16%

 Ansiedade

0

0,00%

10

3,46%

10

2,87%

 Outras

5

8,47%

98

33,91%

103

29,60%

 Não informado

28

47,46%

65

22,49%

93

26,72%

Histórico de quedas nos últimos seis meses

 Não

54

91,53%

235

81,31%

289

83,05%

 Sim

3

5,08%

47

16,26%

50

14,37%

 Não informado

2

3,39%

7

2,42%

9

2,59%

Auto percepção da saúde

 Boa

35

59,32%

117

40,48%

152

43,68%

 Regular

20

33,90%

120

41,52%

140

40,23%

 Ruim

4

6,78%

49

16,96%

53

15,23%

 Não informado

0

0,00%

3

1,04%

3

0,86%

Auto percepção corporal

 Magro

14

23,73%

40

13,84%

54

15,52%

 Normal

30

50,85%

184

63,67%

214

61,49%

 Gordo

15

25,42%

60

20,76%

75

21,55%

 Não informado

0

0,00%

5

1,73%

5

1,44%

Prática de alguma modalidade física

 Não

35

59,32%

184

63,67%

219

62,93%

 Sim

24

40,68%

102

35,29%

126

36,21%

 Não informado

0

0,00%

3

1,04%

3

0,86%

*Um entrevistado pode apresentar mais de uma doença. Fonte: Elaboração própria (2020)

 

    Pela Tabela 3 observa-se que a pontuação do domínio físico do instrumento WHOQOL-BREF difere significativamente entre os grupos (p=0,04), sendo que tanto em média quanto em mediana as pontuações observadas para o grupo de idosos ativos, foram maiores em relação ao grupo dos não ativos.

 

    Da mesma forma, a pontuação do domínio psicológico também se mostrou significativamente diferente (p=0,011) e maior para os entrevistados ativos em relação aos não ativos.

 

    Para os demais domínios, assim como para a pontuação total, não há evidências amostrais suficientes de diferenças significativas entre os grupos.

 

Tabela 3. Comparação das pontuações dos domínios do

WHOQOL-BREF entre os grupos. Sinop, MT, 2020 (n=348)

Domínio

Grupo

Média

DP

Mínimo

Mediana

Máximo

Valor p

Físico

Ativos

57,18

18,56

3,13

59,38

84,38

0,047*

Não ativos

51,28

20,18

0,00

56,25

84,38

Psicológico

Ativos

74,78

14,57

25,00

75,00

95,83

0,011*

Não ativos

66,68

20,48

4,17

70,83

100,00

Relações sociais

Ativos

59,32

22,85

0,00

66,67

100,00

0,411

Não ativos

62,59

21,12

0,00

66,67

100,00

Meio ambiente

Ativos

57,97

17,17

28,13

54,69

96,88

0,189

Não ativos

60,78

17,48

6,25

59,38

96,88

Total

Ativos

65,03

15,68

26,92

67,31

91,35

0,527

Não ativos

62,91

17,73

13,46

66,35

92,31

*valor p<0,05. Fonte: Elaboração própria (2020)

 

    Na Tabela 4 observa-se que a pontuação do domínio de funcionamento do sensório difere significativamente entre os grupos (p<0,001), sendo que tanto em média quanto em mediana as pontuações observadas para o grupo de idosos ativos, foram maiores em relação ao grupo de não ativos.

 

    Para os demais domínios, assim como para a pontuação total, não há evidências amostrais suficientes de diferenças significativas entre os grupos.

 

Tabela 4. Comparação das pontuações dos domínios do WHOQOL-OLD entre os grupos. Sinop, MT, 2020 (n=348)

Domínio

Grupo

Média

DP

Mínimo

Mediana

Máximo

Valor p

Habilidades sensoriais

Ativos

77,19

18,09

25,00

75,00

100,00

<0,001*

Não ativos

65,75

21,37

12,50

68,75

100,00

Autonomia

Ativos

62,61

21,06

18,75

62,50

100,00

0,583

Não ativos

60,56

22,16

0,00

62,50

100,00

Atividades Passadas,Presentes e Futuras

Ativos

62,83

19,85

6,25

68,75

87,50

0,978

Não ativos

62,77

20,68

0,00

68,75

100,00

Participação Social

Ativos

62,28

21,71

12,50

62,50

100,00

0,740

Não ativos

60,68

23,28

0,00

62,50

100,00

Morte e Morrer

Ativos

78,40

19,12

6,25

75,00

100,00

0,077

Não ativos

69,72

27,30

0,00

75,00

100,00

Intimidade

Ativos

74,46

17,92

25,00

75,00

100,00

0,675

Não ativos

71,63

22,87

0,00

75,00

100,00

Total

Ativos

70,13

14,13

28,13

71,88

90,63

0,078

Não ativos

65,14

17,30

16,67

67,71

96,88

*valor p<0,05. Fonte: Elaboração própria (2020)

 

    Observa-se na Tabela 5 que 47,46% dos idosos do grupo ativo foram classificados como sedentários, enquanto tal porcentagem cai para 43,60% entre os não ativos, sendo que, por outro lado, enquanto que 28,81% do primeiro grupo são ativos ou muito ativos, contrastando com 35,30% do segundo grupo. Entretanto, não há evidências amostrais suficientes de que a classificação do IPAQ se associe significativamente com o grupo (valor p de 0,340), de acordo com o teste qui-quadrado, fixado o nível de 5% de significância.

 

Tabela 5. Comparação da classificação do IPAQ entre os grupos. Sinop, MT, 2020 (n=348)

Classificação

Ativos

Não ativos

Valor p

n

%

n

%

Sedentário

28

47,46%

126

43,60%

0,340*

Irregularmente ativo B

12

20,34%

42

14,53%

Irregularmente ativo A

2

3,39%

19

6,57%

Ativo

13

22,03%

91

31,49%

Muito ativo

4

6,78%

11

3,81%

*valor p<0,05. Fonte: Elaboração própria (2020)

 

Discussão 

 

    Do total da amostra estudada, uma pequena parcela (16,9%) mostrou-se ativa economicamente no mercado de trabalho. No Brasil, esse percentual tende a aumentar nos próximos anos com a aprovação da reforma da Previdência Social que ocorreu em 2019, determinando cortes e adiamentos de benefícios de aposentadoria. Com essa mudança, a idade mínima e, consequentemente, o tempo de trabalho para a aposentadoria aumenta e isso, provavelmente, colaborará para um crescimento no número de idosos que necessitarão se manter no mercado de trabalho, por mais tempo (Sato, e Lancman, 2020). Em relação ao gênero, os resultados encontrados mostram a que permanência de idosos no mercado de trabalho é maior entre os homens, corroborando com os achados de Ribeiro et al. (2018).

 

    Um dos desafios atuais para reinserir o idoso ou mesmo mantê-lo no mercado de trabalho é a falta e qualificação, embora, aos poucos, essa situação vem melhorando ao longo dos anos (Fonseca, 2020), esse fato também foi verificado nesta pesquisa, pois a maioria da amostra se declarou analfabeta ou com ensino fundamental incompleto.

 

    Nesse sentido, vale ressaltar que apenas inserir essa população no mercado de trabalho, não é a solução, pois, à medida que ela aumenta, o percentual daqueles que precisam trabalhar também tende a aumentar, elevando a precariedade das condições oferecidas para aqueles que precisam de renda e, muitos deles, se submetem ao mercado informal, tornando-se um desafio para as políticas públicas. (Valente, 2019; Movaes, e Franco, 2020)

 

    Assim, entende-se que o envelhecimento da população requer novas configurações no mercado de trabalho, no Brasil, “pautado pelo processo de avanço tecnológico e substituição da mão de obra humana, e exige ações de aperfeiçoamento e qualificação profissional por meio de políticas públicas voltadas diretamente a esta coletividade”. (Fonseca, 2020)

 

    Possibilitar que o idoso esteja ativo mais tempo no mercado de trabalho, com condições adequadas e direitos garantidos, além de favorecer para a manutenção da renda familiar, também colabora para sua saúde, tanto física e psicológica e para uma autopercepção mais otimista da vida. (Ribeiro et al., 2018)

 

    No que se refere à qualidade de vida (QV), os escores acima de 50% em ambos os grupos representam nível satisfatório nos domínios do WHOQOL-BREF e nas facetas do WHOQOL-OLD quando comparados à pontuação máxima (100,0%) dos escores. O domínio físico apresentou significativa diferença entre os dois grupos, evidenciando maior média entre os idosos inseridos no mercado de trabalho. Esse domínio avalia dor e desconforto, energia, fadiga, sono, repouso, mobilidade, atividade da vida cotidiana, dependência de medicamentos, tratamentos e capacidade para o trabalho (Fleck, Chachamovich, e Trentini, 2006). Esses achados também foram encontrados em uma pesquisa realizada com 113 idosos, residentes no município de Cajazeiras, PB (Costa, Bezerra, Pontes, Moreira, Oliveira, Pimenta, Silva, e Silva, 2018). Entre os idosos ativos, a presença de doenças, bem como a ocorrência de quedas foi menor.

 

    Em relação aos idosos, o trabalho também está associado à sua autoimagem e identidade como indivíduos produtivos e com capacidade física para o desempenho das atividades (Costa, e Nogueira, 2014), remetendo para a presença de pessoas mais saudáveis, tanto física quanto mentalmente (Amorim, Salla, e Trelha, 2014). No domínio psicológico, o grupo ativo apresentou escore mais satisfatório para qualidade de vida. Independente da faixa etária, na sociedade contemporânea o trabalho se configura como elemento de extrema relevância, o qual ultrapassa as necessidades impostas pelo mundo globalizado e capitalista, exercendo forte influência sobre aspectos singulares de cada sujeito, tais como lazer, relações interpessoais, percepção da saúde, realização profissional, satisfação pessoal, entre outros. (Costa, e Nogueira, 2014)

 

    Outro achado importante do presente estudo, observado nos idosos ativos no mercado de trabalho, refere-se aos escores mais satisfatórios encontrados nas facetas do WHOQOL-OLD. Verificou-se que os idosos ativos apresentaram maiores escores médios nos aspectos relacionados às habilidades sensoriais que inclui a avaliação do idoso dos órgãos do sentido (audição, visão, paladar, olfato e tato). A referida faceta avalia o funcionamento sensorial e o impacto da perda das habilidades sensoriais na QV. A partir disso, observa-se que o funcionamento sensorial satisfatório poderia estar relacionado ao desempenho de atividades laborais, uma vez que o trabalho pode favorecer interação multidimensional do indivíduo, independência em diversos aspectos cotidianos, autonomia,integração e suporte social, influenciando positivamente na QV do idoso. (Paolini, 2016; French, e Jones, 2017)

 

    Quanto aos idosos não ativos no mercado de trabalho, quando aplicado o WHOQOL-OLD observou-se que a menor média foi obtida na faceta “Autonomia”, o que pode estar associado ao fato de dependerem da aposentadoria e/ou do auxílio dos familiares para custear suas despesas diárias. Tal fato resulta na diminuição da independência, sobretudo financeira, e o comprometimento na capacidade de decidir sobre os diversos aspectos relacionados ao seu cotidiano, como realizar as coisas que gostariam, liberdade para tomar as suas próprias decisões e, até mesmo, o controle sobre o futuro, resultando assim, em prejuízos na QV. (French, e Jones, 2017)

 

    O nível de atividade física dos idosos não foi satisfatório em ambos os grupos e a diferença entre os escores não foi significativa, indicando a necessidades de maiores incentivos dessa prática para essa população, apesar disso, os melhores escores do domínio físico foram apresentados pelos idosos ativos no mercado de trabalho.Nesse sentido, chama-se atenção para o estudo de Oliveira et al. (2019) que identificaram que idosos praticantes de musculação gastam menos tempo em comportamento sedentário.

 

    O presente estudo apresenta limitações em decorrência de a amostra ter sido constituída apenas pelos idosos cadastrados e frequentadores das UBS, impossibilitando a generalização dos resultados para todas as pessoas idosas inseridas no mercado de trabalho no município de Sinop, MT. Nesse sentido, a referida lacuna poderá ser explorada em estudos futuros, abordando os idosos ativos que estão em outros contextos sociais.

 

Conclusões 

 

    Conclui-se que os idosos ativos economicamente no mercado de trabalho apresentaram melhor qualidade de vida, pois obtiveram maiores escores médios na maioria dos domínios do WHOQOL-BREF e facetas do WHOQOL-OLD.

 

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