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ISSN 1514-3465

 

Consumo alimentar de praticantes de musculação treinados

Food Consumption of Trained Bodybuilders

Consumo de alimentos de practicantes de musculación entrenados

 

Surian Ariely Martins Souza*

nutricionistasurianmartins@gmail.com

Livia Costa de Oliveira**

livia2120@gmail.com

João Paulo Lima de Oliveira***

joaopaulolimanut@gmail.com

Edilson Tadeu Ferreira Furtado+

trainer_edilson@hotmail.com

Wilson César de Abreu++

wilson@ufla.br

 

*Bacharel em Nutrição

Universidade Federal de Lavras (UFLA)

**Discente do Curso de Nutrição (UFLA)

***Mestre em Nutrição e Saúde (UFLA)

Bacharel em Nutrição (UFLA)

+Professor do Instituto Presbiteriano Gammon (FAGAMMON)

Discente do Curso de Nutrição (UFLA)

Licenciado em Educação Física (FAGAMMON)

Especialização em Nutrição e Saúde (UFLA)

++Professor Associado II da Faculdade de Ciências da Saúde

Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Lavras (UFLA)

Doutor em Ciência dos Alimentos (UFLA)

Mestre em Ciência da Nutrição

Universidade Federal de Viçosa (UFV)

Bacharel em Nutrição

Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)

(Brasil)

 

Recepção: 24/02/2021 - Aceitação: 21/09/2021

1ª Revisão: 02/09/2021 - 2ª Revisão: 08/09/2021

 

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Citação sugerida: Souza, S.A.M., Oliveira, L.C. de, Oliveira, J.P.L. de, Edilson Tadeu Ferreira Furtado, E.T.F., e Abreu, W.C. de (2021). Consumo alimentar de praticantes de musculação treinados. Lecturas: Educación Física y Deportes, 26(282), 111-126. https://doi.org/10.46642/efd.v26i282.2882

 

Resumo

    A prática regular de exercício físico aliada a alimentação adequada é fundamental para bons resultados. A prática de musculação propicia aos indivíduos a perda da gordura corporal e o ganho de massa muscular. O objetivo deste foi avaliar o consumo alimentar de praticantes de musculação treinados. Foi utilizado o registro alimentar de 7 dias para a avaliação da ingestão de macronutrientes (Carboidratos, Proteínas e Lipídios), minerais (Ferro, Magnésio, Zinco e Cálcio), vitaminas (Vitamina C e Vitamina E) e fibras alimentares. Foram avaliados 26 praticantes de musculação (13 homens e 13 mulheres com 26,7 ± 4,5 anos). O consumo médio de energia foi maior nos homens (2397,2 kcal/d vs 1827,2 kcal/d, p<0,05). Não houve diferença significativa entre homens e mulheres no consumo de carboidratos (3,6 ± 1,6 g/kg/d vs 3,8 ± 1,5 g/kg/d), proteínas (1,6 ± 0,6 g/kg/d vs 1,9 ± 0,7 g/kg/d) e lipídios (1,0 ± 0,5 g/kg/d vs 1,0 ± 0,4 g/kg/d). O consumo de fibras alimentares foi inadequado em todos os indivíduos. O percentual de inadequação foi menor para as vitaminas avaliadas (Vit C e E) comparado aos minerais. Os maiores percentuais de inadequação em ambos os gêneros foram observados para o consumo de magnésio. A maioria das mulheres (76,9%) apresentou consumo inadequado de ferro. Ao contrário todos os homens consumiam ferro adequadamente. Conclui-se que a maioria dos avaliados apresentaram ingestão de energia, carboidratos, proteínas e lipídios dentro das faixas recomendadas. Por outro lado, a ingestão de fibras alimentares, minerais e vitaminas necessita ser melhorada.

    Unitermos: Ingestão de alimentos. Dieta. Nutrição. Macronutrientes. Micronutrientes. Exercício físico.

 

Abstract

    The regular practice of physical exercise combined with proper nutrition is essential for good results. The practice of weight training allows individuals to lose body fat and gain muscle mass. The aim of this study was to evaluate the food consumption of trained bodybuilders. The 7-day food record was used to assess the intake of macronutrients (Carbohydrates, Proteins and Lipids), minerals (Iron, Magnesium, Zinc and Calcium), vitamins (Vitamin C and Vitamin E) and dietary fiber. 26 bodybuilding practitioners (13 men and 13 women aged 26.7 ± 4.5 years) were evaluated. The average energy consumption was higher in men (2397.2 kcal/d vs 1827.2 kcal/d, p<0.05). There was no significant difference between men and women in the consumption of carbohydrates (3.6 ± 1.6 g/kg/d vs 3.8 ± 1.5 g/kg/d), proteins (1.6 ± 0.6 g/kg/d vs 1.9 ± 0.7 g/kg/d) and lipids (1.0 ± 0.5 g/kg/d vs 1.0 ± 0.4 g/kg/d). The consumption of dietary fiber was inadequate in all subjects. The percentage of inadequacy was lower for the vitamins evaluated (Vit C and E) compared to minerals. The highest percentages of inadequacy in both genders were observed for magnesium consumption. Most women (76.9%) had inadequate iron consumption. On the contrary, all men consumed iron properly. It was concluded that the majority of those evaluated had energy, carbohydrate, protein and lipid intake within the recommended ranges. On the other hand, the intake of dietary fiber, minerals and vitamins needs to be improved.

    Keywords: Eating. Diet. Nutrition. Macronutrients. Micronutrients. Exercise.

 

Resumen

    La práctica regular de ejercicio físico combinado con nutrición adecuada es fundamental para obtener buenos resultados. La práctica del entrenamiento con pesas permite a las personas perder grasa corporal y ganar masa muscular. El objetivo del presente estudio fue evaluar el consumo de alimentos de practicantes de musculación entrenados. Se utilizó el registro alimentario durante 7 días para evaluar ingesta de macronutrientes (carbohidratos, proteínas y lípidos), minerales (hierro, magnesio, zinc y calcio), vitaminas (vitamina C y vitamina E) y fibra dietética. Se evaluaron 26 practicantes de musculación (13 hombres y 13 mujeres de 26,7 ± 4,5 años). El consumo promedio de energía fue mayor en los hombres (2397,2 kcal/d vs 1827,2 kcal/d, p<0,05). No hubo diferencias significativas entre hombres y mujeres en consumo de carbohidratos (3,6 ± 1.6 g/kg/d vs 3,8 ± 1,5 g/kg/d), proteínas (1,6 ± 0,6 g/kg/d vs 1,9 ± 0,7 g/kg/d) y grasas (1,0 ± 0,5 g/kg/d vs 1,0 ± 0,4 g/kg/d). El consumo de fibra dietética fue inadecuado en todos los sujetos. El porcentaje de ingesta insuficiente fue menor para vitaminas evaluadas (Vit C y E) en comparación con minerales. Los mayores porcentajes de ingesta insuficiente en ambos sexos se observaron para consumo de magnesio. Mayoritariamente las mujeres (76,9%) tenían un consumo inadecuado de hierro. Por el contrario, todos los hombres consumieron el hierro adecuadamente. Se concluyó que la mayoría de los evaluados tenían ingesta de energía, carbohidratos, proteínas y lípidos dentro de rangos recomendados. Se debe mejorar la ingesta de fibra dietética, minerales y vitaminas.

    Palabras clave: Ingestión de alimentos. Dieta. Nutrición. Macronutrientes. Micronutrientes. Ejercicio físico.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 26, Núm. 282, Nov. (2021)


 

Introdução 

 

    A prática regular de exercícios físicos associada a uma alimentação equilibrada traz inúmeros benefícios à saúde (Bernardes, Lucia, e Faria, 2016; Martín, Cano, Rodriguez, e Ruiz, 2019). A musculação (treino resistido) tem sido a prática esportiva mais procurada pelos indivíduos que buscam melhorias tanto na saúde quanto na estética, uma vez que, propicia a perda de gordura corporal como também o aumento e fortalecimento muscular. (Oliveira, e Faicari, 2017; Peixoto, e Cruz, 2018; Silva Júnior, Abreu, e Silva, 2017, Silva, e Ferreira, 2020)

 

    A alimentação adequada é fundamental para repor os nutrientes e energia utilizados durante o treino e nos processos de síntese induzidos pelo exercício físico, sendo, portanto, um importante instrumento para garantir bom desempenho durante realização do treinamento ou competição (Carrasco, 2020; Silva Júnior, Abreu, e Silva, 2017; Thomas, Erdman, e Burke, 2016). Por outro lado, alimentação inadequada associada à prática de exercícios físicos pode afetar negativamente o desempenho físico do indivíduo e causar danos à sua saúde, como a síndrome do overtraining. (Cadegiani, e Kater, 2018)

 

    Os desportistas buscam adaptações na dieta para conseguirem melhor desempenho físico na sua modalidade (Macedo, Sousa, e Fernandez, 2018). O déficit calórico em termos de energia, ingestão deficiente de macronutrientes e micronutrientes pode acarretar em estresse metabólico causando prejuízos durante a prática de exercício físico, como: fadiga crônica, alterações no sistema endócrino, maior suscetibilidade para o desenvolvimento de doenças infecciosas e baixa imunidade, lesões musculoesqueléticas e articulares, perda de massa magra e osteopenia. (Costa, Silva, e Viebig, 2017)

 

    O consumo alimentar de atletas e desportistas nem sempre contempla princípios de uma dieta equilibrada, como o consumo de frutas, hortaliças e cereais integrais em quantidades adequadas, pois estes indivíduos direcionam sua alimentação para alcançar seus objetivos, seja na melhoria de desempenho ou hipertrofia muscular. Para isso fazem uso de suplementos nutricionais, substituindo muitas vezes uma alimentação saudável e variada, promovendo ingestão inadequada de alguns nutrientes. (Cruz Júnior et al., 2019, Silva, e Ferreira, 2020)

 

    Frente a isso torna-se necessário conhecer os hábitos alimentares de praticantes de exercícios físicos, para que possam ser evitados futuros prejuízos no seu desempenho e na sua saúde, provenientes de uma ingestão alimentar insuficiente ou inadequada. Ademais, o aporte nutricional adequado é capaz de viabilizar a energia necessária durante o trabalho biológico desempenhado durante a prática de exercício físico, assim como, a otimização da obtenção dos nutrientes a fim de ser utilizado para geração de energia. (Costa, Silva, e Viebig, 2017)

 

    O objetivo deste trabalho foi avaliar o consumo alimentar de praticantes de musculação de uma academia localizada em uma cidade do Sul de Minas Gerais.

 

Métodos 

 

    Trata-se de um estudo transversal, quantitativo, comparativo e de caráter observacional, no qual foi avaliado o consumo de energia, macro e micronutrientes de praticantes de musculação. A população estudada foi composta por praticantes de musculação matriculados em uma academia da cidade de Lavras, Estado de Minas Gerais, Brasil, de ambos os sexos, que praticavam musculação no mínimo há seis meses, e frequentavam regularmente os treinos, com frequência semanal igual ou superior a três vezes. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade Federal de Lavras (CAAE: 30179214.6.0000.5148). Antes do início da pesquisa todos os voluntários foram informados sobre todos os procedimentos que seriam realizados durante a pesquisa. Também foram informados que poderiam abandonar a pesquisa a qualquer momento sem qualquer prejuízo. A participação na pesquisa foi condicionada a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Um pesquisador ficou responsável pela coleta dos dados antropométricos que foram coletados no primeiro encontro, logo após o consentimento do voluntário. Outra pesquisadora ficou responsável pela coleta e quantificação dos registros alimentares conforme procedimentos descritos abaixo.

 

    As medidas antropométricas foram realizadas de acordo com Duarte (2007). A massa corporal foi medida utilizando balança digital (Marte®, modelo LC 200), com precisão de 0,1 kg que estava alocada em piso plano. O avaliado ficou de pé no centro da balança, com o mínimo de roupa possível, sem objetos em bolsos, sem cintos, relógios, celulares, óculos e descalço.

 

    Para determinar a estatura foi utilizado estadiômetro de madeira fixado na parede com escala em milímetros com precisão de 0,1 cm (Sanny®). O indivíduo se colocou de pé, descalço, com os calcanhares juntos, pés formando um ângulo de 45°, costas retas de maneira que o occipital, o dorso, as nádegas e os calcanhares tocassem o antropômetro, de braços estendidos ao lado do corpo e a cabeça voltada para frente no plano de Frankfurt.

 

    A densidade corporal foi determinada de acordo com o protocolo de três dobras proposto por Jackson, e Pollock (1978) e Jackson, Pollock, e Ward (1980), sendo utilizadas as dobras peitoral, abdominal e coxa em homens, e tricipital, supra ilíaca e coxa em mulheres. Para aferir as dobras cutâneas foi utilizado adipômetro científico (Cescorf®) com pressão constante de 10 g/mm, e precisão de 0,2 mm. Após esta etapa, a equação de Siri (1961) foi utilizada para estimar composição corporal (porcentagem de gordura - % Gordura).

 

    O consumo alimentar foi avaliado utilizando o registro alimentar de sete dias não consecutivos, sendo cinco dias durante a semana (segunda a sexta-feira) e dois dias de final de semana (sábado ou domingo). De início, o avaliado realizou um registro de um dia como um procedimento teste. Depois este registro foi analisado junto aos avaliados, para que os possíveis erros cometidos no preenchimento fossem corrigidos e as possíveis dúvidas esclarecidas. Após esta etapa, os indivíduos foram orientados a preencher os registros alimentares definitivos. O avaliado foi orientado a anotar, logo após a realização da refeição, todos os alimentos e bebidas consumidos, descrevendo modo de preparo, marca do produto e quantidade consumida em medidas caseiras. Após coleta das informações, a contribuição dos nutrientes foi determinada e a ingestão média dos nutrientes foi calculada utilizando o software Diet Pro 5.0.

 

    Os registros alimentares foram analisados utilizando o software Diet Pro 5.0, onde os alimentos descritos nos registros foram convertidos em energia e nutrientes. A partir de sete registros alimentares foram determinadas as médias de consumo de energia e de nutrientes de cada indivíduo.

 

    A inadequação do consumo de micronutrientes foi calculada considerando inadequados os indivíduos que apresentaram valores inferiores à ingestão diária recomendada (RDA) ou ingestão adequada (AI) e acima do limite superior tolerável de ingestão (UL), conforme proposto pelo Colégio Americano de Medicina Esportiva (Thomas, Erdman, e Burke, 2016), sendo classificados de acordo com sexo e faixa etária conforme a Ingestão Dietética de Referência (DRIs). (Institute of Medicine, 2000, 2001, 2005)

 

    Os dados foram tabulados utilizando o programa Microsoft Excel, versão 2007 e posteriormente analisados utilizando o programa SISVAR 5.0 (Ferreira, 2000). As variáveis categóricas foram apresentadas por números absolutos e relativos, e as variáveis numéricas foram apresentadas com média e desvio-padrão. O teste t de Student para amostras independentes foi utilizado para comparar os resultados entre os sexos. O nível de significância adotado foi de 5%.

 

Resultados 

 

    No presente estudo foram avaliadas as características antropométricas e dietéticas de 26 praticantes de musculação. Foram avaliados indivíduos de ambos os sexos, sendo 13 homens (50%) e 13 mulheres (50%). Os indivíduos apresentaram idade média 26,7 ± 4,5 anos (mínimo = 21 e máximo = 34 anos). O tempo de experiência na musculação 6,4 ± 4,6 anos (mínimo = 0,5 e máximo = 15 anos), frequência média de treinos igual a 3,8 ± 0,8 treinos (mínimo = 3 e máximo = 5), sem diferença entre os sexos (p>0,05). Na Tabela 1 são apresentadas as características antropométricas dos indivíduos. A massa corporal e altura média foram significativamente maiores no sexo masculino e o percentual de gordura corporal foi significativamente maior no sexo feminino (p<0,05). No entanto, ambos os sexos apresentaram percentual de gordura médio abaixo de valores observados na população sedentária.

 

Tabela 1. Características antropométricas de praticantes de musculação

Variáveis Antropométricas

Masculino

Feminino

Média ± DP

Média ± DP

Massa Corporal (Kg)

79,1± 8,7ª

58,1 ± 5,6b

Altura (m)

1,8 ± 0,1ª

1,6 ± 0,0b

Gordura Corporal (%)

11,2 ± 4,4ª

17,4 ± 4,5b

 

    As médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si, pelo teste t de Student a 5% de significância. Fonte: Dados da pesquisa (2021)

 

    A ingestão de energia e macronutrientes dos indivíduos são apresentadas na Tabela 2. Os indivíduos do sexo masculino apresentaram consumo energético significativamente maior que o sexo feminino (p<0,05). No entanto, não foi observada diferença significativa no consumo de proteínas, carboidratos, lipídios e fibras alimentares.

 

Tabela 2. Ingestão de energia e macronutrientes de praticantes de musculação

Nutrientes e Energia

Masculino

Feminino

Média ± DP

Média ± DP

Energia (Kcal)

2397,3 ± 854,7ª

1827,2 ± 511,0b

Energia (Kcal/Kg)

30,8 ± 12,1ª

32,1 ± 11,3ª

CHO (g)

280,4 ± 103,0ª

218,9 ± 67,7ª

CHO g/Kg

3,6 ± 1,6ª

3,8 ± 1,5ª

CHO (%)

47,9 ± 6,2ª

47,9 ± 7,2ª

PTN (g)

125,1 ± 54,8ª

107,9 ± 38,2ª

PTN g/Kg

1,6 ± 0,6ª

1,9 ± 0,7ª

PTN (%)

21,7 ± 6,6ª

22,9 ± 5,7ª

LIP (g)

80,4 ± 36,4ª

58,4 ± 19,5ª

LIP g/Kg

1,0 ± 0,5ª

1,0 ± 0,4ª

LIP (%)

30,3 ± 4,9ª

29,2 ± 4,6ª

Fibra Alimentar (g)

21,7 ± 9,7ª

18,9 ± 7,0ª

 

    As médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si, pelo teste t de Student a 5% de significância. Fonte: Dados da pesquisa (2021)

 

    A ingestão de alguns micronutrientes pelos indivíduos é apresentada na Tabela 3. A ingestão média diária de zinco e vitamina E foi significativamente maior no sexo masculino (p<0,05). Não foi observada diferença significativa entre os sexos na ingestão de fibras alimentares, cálcio, ferro, magnésio e vitamina C.

 

Tabela 3. Ingestão diária média de micronutrientes de praticantes de musculação

Micronutrientes

Masculino

Feminino

Média ± DP

Média ± DP

Cálcio (mg)

Ferro (mg)

Magnésio (mg)

Zinco (mg)

Vitamina C (mg)

Vitamina E (mg)

738,6 ± 350,3a

17,9 ± 8,6a

273,5 ± 130,3a

9,7 ± 3,7a

131,4 ± 81,0a

23,5 ± 18,0a

893,8 ± 536,1a

13,8 ± 6,9a

195,2 ± 62,9a

6,8 ± 2,3b

167,1 ± 89,6a

10,8 ± 3,9b

 

    As médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si, pelo teste t de Student a 5% de significância. Fonte: Dados da pesquisa (2021)

 

    Os percentuais de inadequação de ingestão de fibras alimentares e micronutrientes são apresentados no Gráfico 1. O percentual de inadequação foi calculado de acordo com as recomendações propostas pelo Institute of Medicine (2000, 2001) que estabeleceram as DRIs. O percentual de inadequação foi menor para as vitaminas avaliadas (Vitamina C e E) comparado aos minerais. Os maiores percentuais de inadequação em ambos os sexos foram observados para o consumo de magnésio. Nenhum homem apresentou consumo inadequado de ferro. Ao contrário, 76,9% das mulheres apresentaram consumo inadequado deste mineral.

 

Gráfico 1. Inadequação da ingestão de micronutrientes em praticantes de musculação

Gráfico 1. Inadequação da ingestão de micronutrientes em praticantes de musculação

Fonte: Dados da pesquisa (2021)

 

Discussão 

 

    O presente estudo avaliou as características antropométricas e o consumo alimentar de praticantes de musculação de ambos os sexos. O tempo médio de prática de musculação mostra que os indivíduos avaliados apresentavam elevada experiência no treinamento de musculação. Embora o tamanho da amostra seja pequeno, o número de registros alimentares obtidos foi grande. São raros os estudos que apresentam dados de consumo alimentar obtidos a partir de sete registros alimentares de 24 horas. Deste modo, o presente estudo faz uma caracterização mais completa do consumo de energia, macronutrientes e micronutrientes de praticantes de musculação recreacionais que fazem parte de uma considerável parte do grupo de indivíduos que frequentam rotineiramente as academias de musculação do Brasil.

 

    Como esperado, o percentual de gordura corporal foi significativamente maior no sexo feminino. A diferença de composição corporal entre os sexos já está bem documentada na literatura (Bastiani, Ceni, e Mazon, 2018; Bernardes, Lucia, e Faria, 2016; Sehnem, e Soares, 2015; Silva Júnior, Abreu, e Silva, 2017). O percentual de gordura observado em ambos os sexos é compatível com o tempo médio de prática de musculação dos indivíduos (6,4 anos). As médias observadas em ambos os sexos podem ser classificadas como excelente ou boa. (Ferguson, 2014)

 

    O consumo energético absoluto foi maior no sexo masculino, mas a ingestão de energia por quilo de peso corporal foi levemente maior no sexo feminino, semelhante ao observado por Silva Júnior, Abreu, e Silva (2017). Os valores médios encontrados em ambos os sexos (30 a 50 Kcal/kg/dia) estão dentro da faixa recomendada pela Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (2009). Para determinar se a ingestão individual está adequada é necessário quantificar o gasto por treinamento e caracterizar a fase de treino. Entre praticantes de musculação é comum dividir os períodos de treinamento em fase de ganho de massa muscular, que requer dieta hiperenergética e fase de redução de gordura corporal que, ao contrário, requer dieta hipoenergética (Iraki, Fitschen, Espinar, e Helms, 2019). A ingestão energética adequada é importante tanto para aumentar a massa muscular quanto para evitar sua perda, objetivo que é fortemente desejado por praticantes de musculação (Thomas, Erdman, e Burke, 2016). Além disso, indivíduos treinados podem necessitar de pequenos aumentos da ingestão de energia (200 a 300 Kcal/dia) no período de aumento de massa muscular (Garthe, Raastad, Refsnes, e Sundgot-Borgen, 2013). Cabe ressaltar que, o instrumento de avaliação do consumo alimentar utilizado pode subestimar os valores de ingestão energia e nutrientes. (Mariuzza, Vogel, e Bertani, 2021; Oliveira, Avelar, Oliveira, e Abreu, 2019)

 

    O consumo médio de carboidratos, proteínas e lipídios por quilo de peso corporal está dentro da faixa recomendada por Iraki et al. (2019) que preconizam a ingestão de 3 a 5 g/kd/d de carboidratos, 1,6 a 2,2 g/k/d de proteínas e 0,5 a 1,5 g/kg/d de lipídios. Embora o glicogênio muscular seja a principal fonte de energia durante o treino de musculação, a depleção por sessão atinge apenas cerca de 24 a 40% das reservas (Koopman et al., 2006). Considerando que os praticantes de musculação treinam cada grupo muscular 1-2 vezes por semana, possivelmente o intervalo entre os treinos do mesmo grupo muscular (2 a 3 dias) será suficiente para a reposição adequada das reservas de glicogênio muscular. No entanto, dietas com baixo teor de carboidratos (~25%) podem reduzir o número de repetições. (Silva et al., 2013)

 

    As recomendações de ingestão de proteínas para indivíduos fisicamente ativos têm sido propostas em gramas por quilo de peso corporal. Na literatura observa-se que as recomendações se estendem de 1,2 a 2,2 g/kg/d. Morton et al. (2018) indicam que a ingestão de duas vezes a RDA (0,8 g/kg/d) maximiza a hipertrofia induzida pela musculação. Porém, alguns indivíduos podem necessitar de ~2,2 g/kg/d. No presente estudo a ingestão média indica que a maioria apresenta consumo quantitativo adequado. Apesar disso, houve consumo aparentemente insuficientes ou excessivos (mínimo = 0,9 g/kg e máximo = 3,1 g/kg). Os resultados observados no presente estudo foram semelhantes aos encontrados em outros estudos (Andrade, Takai, Oliveira, e Abreu, 2019; Lima, Lima, e Braggion, 2015; Neri, Mendes, Silva, e Pereira, 2021; Segura, Castell, Baeza, e Guillén, 2015) e abaixo da maioria dos estudos apresentados na revisão sistemática realizada por Spendlove et al. (2015). Para alcançar a síntese proteica máxima e consequentemente otimizar o processo de hipertrofia é necessário considerar também a qualidade e distribuição da ingestão proteica ao longo do dia (Takai, Andrade, Oliveira, e Abreu, 2021), fatos que não foram investigados no presente estudo.

 

    A gordura não é considerada uma fonte relevante de energia durante a prática de musculação, pois a energia que supre a demanda vem principalmente de processos anaeróbios (Helms, Aragon, e Fitschen, 2014). Entretanto tem sido sugerido que praticantes de musculação consumam quantidades moderadas de gorduras. No presente estudo o consumo médio foi adequado. Nenhum sujeito consumiu menos que 0,5 g/kg/d que é o valor mínimo recomendado por Iraki et al. (2019). O baixo consumo de gorduras pode prejudicar a síntese de testosterona, acarretar deficiência de vitaminas lipossolúveis e de ácidos graxos essenciais (Thomas, Erdman, e Burke, 2016). Para indivíduos que desejam reduzir a gordura corporal tem sido recomendado o consumo entre 0,5 a 1,0 g/kg/dia. (Kerksick et al., 2018)

 

    O consumo médio de fibras alimentares foi inferior aos valores recomendados pelo Institute of Medicine (2005) (Masculino = 38 g/d; Feminino = 25 g/d). Apenas uma mulher atingiu o valor recomendado. Este fato tem sido observado em outros estudos e pode estar relacionado ao baixo consumo de frutas, hortaliças e cereais integrais (Sehnem, e Soares, 2015; Silva Júnior, Abreu, e Silva, 2017). O baixo consumo de fibras favorece a ocorrência de disbiose intestinal com prejuízo da função imunológica. (Oliveira et al., 2020)

 

    A inadequação do consumo de micronutrientes variou de 0 a 100% no sexo masculino e 7,7 a 92,3% no sexo feminino. Em relação ao o consumo de cálcio apenas 23,1% dos homens e 30,8% das mulheres atingiram o valor recomendado (1000 g/dia) no presente estudo. O adequado consumo de cálcio é importante para a contração muscular e mineralização óssea e sua deficiência aumenta o risco de fraturas (Bueno, e Czepielewski, 2008, Thomas, Erdman, e Burke, 2016). A alta frequência de inadequação de consumo de cálcio entre esportistas, principalmente do sexo feminino, tem sido relatado em outros estudos. (Bernardes, Lucia, e Faria, 2016; Silva Júnior, Abreu, e Silva, 2017; Viana, 2017)

 

    Todos os homens avaliados no presente estudo apresentaram consumo adequado de ferro (≥8 mg/dia). No entanto, 76,9% das mulheres consumiam menos que o valor recomendado (18 mg/dia). A ingestão insuficiente de ferro aumenta o risco de anemia, condição que pode prejudicar seriamente a capacidade de realizar trabalho e comprometer a adaptação ao treino e o desempenho físico (Kerksick et al., 2018). As mulheres, devido à perda menstrual, e atletas em período de treinos intensos apresentam maior risco de deficiência de ferro devido ao aumento das perdas diárias pela urina, fezes e suor (Thomas, Erdman, e Burke, 2016). Outros estudos têm mostrado maior dificuldade das mulheres em atingir a ingestão adequada de ferro. (Sehnem, e Soares, 2015; Mariuzza, Vogel, e Bertani, 2021, Viana, 2017)

 

    No presente estudo, em ambos os sexos a frequência de inadequação do consumo de magnésio e zinco foram elevadas. Ambos os minerais atuam em diversas reações bioquímicas sendo importantes para o adequado funcionamento do metabolismo celular, embora haja pouca evidência que a suplementação de magnésio e zinco melhore o desempenho físico. (Severo et al., 2015; Kerksick et al., 2018)

 

    As frequências de inadequação do consumo das vitaminas C e E foram menores comparados aos minerais. Exceto ferro em homens. Ambas têm ação antioxidante, porém a primeira é hidrossolúvel e a segunda é lipossolúvel. Essas vitaminas têm efeitos benéficos à saúde, porém há poucas evidências de efeitos ergogênicos no esporte (Kerksick et al., 2018). De modo geral, considera-se que a suplementação de minerais e vitaminas poderão melhorar a capacidade de trabalho quando o sujeito apresentar deficiências que devem ser investigadas por meio de exames bioquímicos. As inadequações de ingestão de micronutrientes e fibras alimentares observadas no presente estudo indicam que os hábitos alimentares dos indivíduos podem ser melhorados. Ressalta-se que, a prática regular de exercício físico aliada a uma alimentação equilibrada são fatores cruciais para o aumento da qualidade de vida e promoção da saúde. (Neri et al., 2021)

 

    Uma alimentação equilibrada é essencial para a manutenção do metabolismo humano, pois através dela o organismo será capaz de manter os sinais vitais, executar os diferentes processos metabólicos para obtenção de energia e também realizar as tarefas diárias (Carrasco, 2020). Por esta razão, é primordial que praticantes de musculação busquem o auxílio de um nutricionista para adequar a ingestão de energia, macro e micronutrientes e assim obter a melhor contribuição possível da dieta no desempenho físico e adaptações ao treino. (Mariuzza, Vogel, e Bertani, 2021)

 

    Pode-se observar que a média de ingestão de alguns macronutrientes e micronutrientes avaliados apresentaram valores abaixo ou acima das recomendações. A ingestão inadequada de nutrientes tem sido observada em vários estudos, conforme apresentado anteriormente. A maioria dos estudos quantificam o consumo alimentar utilizando como método o recordatório 24 horas ou registro alimentar de três dias. Ambos são métodos que podem apresentar valores sub ou superestimados de ingestão real dos nutrientes, enquanto o registro de sete dias, que foi o método adotado por este estudo, pode apresentar valores mais fiéis de nutrientes, por englobar um maior número de dias de avaliação.

 

Conclusão 

 

    A maioria dos praticantes de musculação avaliados tem elevada experiência no treino resistido e apresentaram ingestão de energia, carboidratos, proteínas e lipídios dentro das faixas recomendadas. Por outro lado, a ingestão de fibras alimentares foi deficiente em todo o grupo avaliado.

 

    O consumo inadequado de minerais e vitaminas observado em parcela expressiva da população avaliada é preocupante, visto que, em longo prazo contribuem para a ocorrência de deficiência no corpo que podem interferir negativamente no desempenho físico e saúde. Diante disso torna-se fundamental a presença do nutricionista dentro das academias, fazendo ações de educação nutricional efetivas, para que os mitos, tabus e comportamentos errôneos sejam extintos.

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 26, Núm. 282, Nov. (2021)