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ISSN 1514-3465

 

Rendimento esportivo: apresentação de um instrumento de avaliação

Sports Performance: Presentation of an Assessment Instrument

Rendimiento deportivo: presentación de un instrumento de evaluación

 

Estélio Henrique Martin Dantas* ** ***

estelio@pesquisador.cnpq.br

Karollyni Bastos Andrade Dantas** ***

karollbdantas@gmail.com

Paula Esteves Carvalho** ***

paula_esteves02@hotmail.com

Frederico Barros Costa+

costafredericob@gmail.com

Elizabeth Carvalho Lugão* *** ++

elizlugon@gmail.com

 

*Programa de Pós-graduação Stricto Sensu

em Enfermagem e Biociências – PPgEnfBio

da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), RJ

**Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Saúde e Ambiente – PSA

da Universidade Tiradentes (UNIT), Aracaju/SE

***Pesquisador da Academia Paralímpica Brasileira

+Departamento de Educação Física (UNIT)

++Escola de Educação Física e Esportes

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), RJ

(Brasil)

 

Recepção: 11/11/2020 - Aceitação: 30/11/2021

1ª Revisão: 20/10/2021 - 2ª Revisão: 26/11/2021

 

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https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt

Citação sugerida: Dantas, E.H.M., Dantas, K.B., Carvalho, P.E., Costa, F.B., e Lugão, E.C. (2022). Rendimento esportivo: apresentação de um instrumento de avaliação. Lecturas: Educación Física y Deportes, 26(286), 201-217. https://doi.org/10.46642/efd.v26i286.2689

 

Resumo

    Introdução: O Rendimento Esportivo é usado para classificar atletas, atribuir pontuações, visando equilibrar as competições. Por exemplo, a Classificação Funcional do Esporte Paralímpico para determinar elegibilidade, classifica paratletas de acordo com suas deficiências, em subcategorias das modalidades esportivas, para manter a equanimidade de oportunidades. O Brasil patrocina atletas e paratletas para se dedicarem aos treinos e competições, oferecendo cinco categorias de bolsas: Base, Estudantil, Nacional, Internacional e Olímpico/Paralímpico. A Bolsa Atleta Categoria Pódio é a mais alta e pretende patrocinar atletas com chances de medalha. O atleta para se candidatar deve cumprir os pré-requisitos do programa. Objetivo: Elaborar uma proposta de instrumento para mensurar o Rendimento Esportivo (Instrumento Dantas de Avaliação do Rendimento Esportivo – IDARE). Metodologia: Partindo-se de uma revisão integrativa da literatura bibliográfica disponível e de um Brainstorming chegou-se à conclusão de que o mais adequado seria utilizar os critérios de concessão do Bolsa Atleta, hierarquizando-os e atribuindo valores ponderados distintos, capazes de quantificar o currículo esportivo individual. Resultados: O IDARE é formado por uma tabela com valores quantitativos relacionados ao rendimento esportivo do atleta. O quadro tem seis categorias de rendimento esportivo: Base, Estudantil, Nacional, Internacional, Olímpico e Pódio. Cada categoria de desempenho apresenta itens que atribuirão pontos ao avaliado, corrigidos por um fator de correção específico de cada categoria. Conclusão: O IDARE pretende suprir a ausência de informações sobre o rendimento esportivo para realização de pesquisas em ciências do esporte, possibilitando comparar distintas modalidades e atletas.

    Unitermos: Atletas. Avaliação de desempenho profissional. Desempenho atlético. Paratletas.

 

Abstract

    Introduction: Sports performance is used to classify athletes, assign scores, aiming to balance competitions; the Paralympic Sport Functional Classification uses SP to determine eligibility and classify athletes according to their disabilities, into subcategory of sports, to maintain equality of opportunities. Brazil sponsors athletes and para-athletes to devote themselves to training and competition, offering five categories of scholarships: Base, Student, National, International and Olympic/Paralympic. The Podium Category Athlete Scholarship is the highest and intends to sponsor athletes with medal chances. To apply, the athlete must meet the prerequisites of the program. Objective: To elaborate a proposal for an instrument to measure Sport Performance (Dantas Instrument for Sport Performance Evaluation - IDARE). Methodology: Based on an integrated review of the available literature and brainstorming, the conclusion reached was that the most appropriate would be to use the criteria for granting the Athlete Scholarship, ranking them and assigning different weighted values, capable of quantifying the individual sporting curriculum. Results: The IDARE is formed by a table with quantitative values related to the athlete’s sports performance. The table has six categories of sports performance: Base, Student, National, International, Olympic and Podium. Each performance category features items that will attribute points to the athlete, corrected by a specific correction factor for each category. Conclusion: IDARE intends to compensate the lack of information on sports performance for sports science research, making it possible to compare different sports and athletes.

    Keywords: Athletes. Professional performance evaluation. Athletic performance. Parathletes.

 

Resumen

    Introducción: El rendimiento deportivo se utiliza para clasificar a atletas, asignar puntajes, para equilibrar las competencias. Por ejemplo, la Clasificación Funcional del Deporte Paralímpico para determinar la elegibilidad, clasifica a los para-atletas de acuerdo a sus discapacidades, en subcategorías de las modalidades deportivas, para mantener la igualdad de oportunidades. Brasil patrocina atletas y para-atletas para que se dediquen al entrenamiento y las competencias, ofreciendo cinco categorías de becas: Base, Estudiante, Nacional, Internacional y Olímpica/Paralímpica. La Beca de Atleta de la Categoría Podio es la más alta y tiene la intención de patrocinar atletas con posibilidades de medalla. El atleta a aplicar debe cumplir con los requisitos previos del programa. Objetivo: Desarrollar una propuesta de instrumento para medir el Rendimiento Deportivo (Instrumento Dantas para la Evaluación del Rendimiento Deportivo – IDARE). Metodología: Partiendo de una revisión integradora de la literatura bibliográfica disponible y de un Brainstorming, se concluye que lo más adecuado sería utilizar los criterios de concesión del Bolsa Atleta, jerarquizándolos y asignándoles distintos valores ponderados, capaces de cuantificar la individualidad. currículo deportivo. Resultados: IDARE está formado por una tabla con valores cuantitativos relacionados con el rendimiento deportivo del deportista. La tabla comprende seis categorías: Base, Estudiante, Nacional, Internacional, Olímpica y Podio. Cada categoría presenta ítems que asignarán puntos a la persona evaluada, corregidos por un factor de corrección específico para cada categoría. Conclusión: IDARE pretende suplir la falta de información sobre rendimiento deportivo para realizar investigaciones en ciencias del deporte, posibilitando la comparación de diferentes modalidades y deportistas.

    Palabras clave: Deportistas. Evaluación del desempeño profesional. Rendimiento atlético. Paratletas.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 26, Núm. 286, Mar. (2022)


 

Introdução 

 

    A avaliação do rendimento esportivo consiste na comparação do rendimento do atleta com o ranking de atletas do mesmo esporte; diz respeito aos êxitos alcançados ou que podem ser conseguidos pelos praticantes. Para otimizar o rendimento desportivo, os atletas devem estar em condições de explorar os seus recursos ao máximo. (Cerqueira, 2019)

 

    Desporto de rendimento é o praticado segundo as regras nacionais e internacionais, com a finalidade de obter resultados (rendimento), integrar pessoas e comunidades de quaisquer nações (Galatti, 2017). Para o esporte, há três distintas acepções para o tema rendimento: uma atividade individual de movimento esportivo que foi feita com êxito; atividade feita com êxito, mas de forma coletiva; os resultados listados nos melhores rankings esportivos e suas classificações por tempo e eventos. (Pinto, 2020)

 

Imagem 1. O suporte financeiro, a governança e a organização de políticas esportivas

são essenciais para que um país tenha sucesso esportivo no contexto internacional

Fonte: Pixabay.com. Foto: QuinceCreative

 

    O Esporte Olímpico possui suas raízes na Antiguidade Clássica. Por volta de 776 a.C., os registros dos campeões olímpicos foram iniciados e continuaram de quatro em quatro anos até meados de 393 d.C. (de Oliveira, 2017). Segundo a mesma autora, somente por volta de 1830 a ideia do renascimento dos Jogos Olímpicos voltou a ser discutida; em 1896 foram sediados em Atenas os primeiros Jogos Olímpicos internacionais.

 

    Em 2016- - nos jogos do Rio de Janeiro - o Brasil se preparou para receber mais de 10.500 atletas, de 207 países, em um total de 306 eventos (Furlow, 2016). Atualmente, os jogos contam com um total de 64 modalidades divididas entre Jogos de Verão e de Inverno (International Olympic Committee, 2020). Os atletas são alocados dentro das modalidades esportivas de acordo com as diretrizes e requisitos estabelecidos pelo Comitê Olímpico Internacional (International Olympic Committee – IOC), e de acordo com o tipo de prova disputada dentro de cada modalidade.

 

    Já o Esporte Paralímpico (EP) surgiu como consequência da Segunda Guerra Mundial, em 1948, criado pelo Doutor Ludwig Guttmann, como forma de promover saúde para veteranos de guerra com lesão medular, mas com sua popularização, inaugurou sua primeira versão internacional em 1960, Roma, no mesmo dia dos Jogos Olímpicos, o que atribuiu o prefixo “Para”, que significa “paralelamente”. (Legg, 2018)

 

    O Comitê Paralímpico Internacional (International Paralympic Committee – IPC) reconhece um total de 28 modalidades esportivas, incluindo Paratletismo, Natação, Halterofilismo, Basquetebol em Cadeira de Rodas, e Voleibol Sentado, entre outras (IPC, 2020). Para participar das modalidades Paralímpicas é necessário possuir uma deficiência elegível, categorizada entre deficiências físicas, visuais e intelectuais. (Connick, Beckman, e Tweedy, 2018), além de atender a outros critérios específicos para cada modalidade, definidos pelas instituições que as regem.

 

    Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos são considerados esportes de alto rendimento, pois estão relacionados ao esporte espetáculo, protagonizado pelo atleta profissional, ou – ainda – a um tipo de atividade esportiva não remunerada, mas que exige do praticante dedicação e rendimento que superam uma prática de tempo livre ou amadora (Rubio, 2004). O rendimento esportivo é amestrado pelas dimensões táticas, técnicas, físicas, cognitivas, psicológicas e socioambientais. (Olivares, Ayuso, Vicedo, e Villora, 2020)

 

    Desta forma, Rendimento Esportivo (RE) está diretamente associado com o sucesso do atleta em sua carreira profissional. Em provas de Biatlon – por exemplo – atletas do ranking 1 a 10 atingem menores tempos para realização dos percursos em comparação com atletas do ranking 21 a 30 (Luchsinger, Kocbach, Ettema, e Sandbakk, 2018). Contudo, o aprimoramento do rendimento esportivo não é um processo simples.

 

    A análise do rendimento esportivo evidencia uma variabilidade de componentes de origem endógena, relacionadas ao atleta; de origem exógena, pertinente ao ambiente, no contexto em que a competição ocorre. Os fundamentos principais do rendimento esportivo são: as capacidades do indivíduo e o seu grau de preparação, o potencial do movimento esportivo, as condições sociais e a eficiência do treino. Todo indivíduo possui um potencial genético que influencia o alcance de altos rendimentos no esporte. Esse é um fator considerado constante, e sua ajuda é obtida através das experiências e atividades em treino e competição, conduzidas de forma racional. (Conde, 2018)

 

    Criado em 2005 pelo Ministério do Esporte Brasileiro, o programa Bolsa Atleta tem por meta patrocinar – individualmente – atletas e paratletas de alto rendimento em competições dentro da sua modalidade. Para participar, basta que o proponente cumpra todos os pré-requisitos, mantenha-se treinando e competindo e consiga alcançar bons resultados nas competições classificatórias indicadas pelas respectivas confederações. Atualmente são cinco as categorias de Bolsas oferecidas pelo Ministério dos Esportes: Atleta de Base, Estudantil, Nacional, Internacional e Olímpico/ Paralímpico. Instituída pela Lei nº 12.395/2011, a “Bolsa Atleta categoria pódio” é a mais alta do programa. O principal objetivo dessa categoria é patrocinar atletas com chances de medalha (Dos Reis, e Capraro, 2020) e que também tiveram a chance de disputar finais nos jogos do Rio 2016. Durante este ano, foram contemplados 322 atletas, num total investido de quase R$ 75 milhões. Podem ser escolhidos os atletas que estão entre os 20 primeiros no ranking mundial de suas respectivas modalidades. As entidades nacionais de administração do desporto devem – segundo o artigo 5º da portaria Nº 67/2013 – enviar os nomes dos atletas, que se enquadrem dentro dos pré-requisitos necessários, ao Ministério dos Esportes, por meio de formulário específico. (Lima, 2018)

 

    A Bolsa Atleta é um programa importante, pois gera um arcabouço de garantia para que o atleta possa continuar a exercer a prática do esporte e prosseguir representando o país, sem precisar se preocupar com sua segurança financeira. O programa de concessão de bolsas visa garantir condições mínimas para que os atletas se dediquem – com exclusividade – aos treinamentos e às competições, mantendo assim os níveis competitivos. (Paiva, 2019)

 

    Existe um conjunto de determinantes gerais e universais para o rendimento esportivo. O modelo teórico se apoia em três subgrupos: o das determinantes invariáveis do desempenho, o das variáveis do desempenho, e o dos fatores da organização e do controle associados ao desempenho. (Veloso, 2017)

 

    As determinantes invariáveis do desempenho são constantes e promovem uma influência direta sobre ela. Já as determinantes variáveis têm forma dinâmica e são formadas por fatores flexíveis. Os determinantes da organização e controle também são dinâmicos e exercem influência direta no desempenho e indireta efetuando um efeito retroativo no grupo dos fatores variáveis. Recebe ainda influência da própria performance que torna necessário fazer notificações das modificações positivas e negativas, a fim de que mecanismos possam ser ativados. (Colling, 2018)

 

    Quanto melhor a performance do atleta, maior seu rendimento esportivo, desta forma o candidato à bolsa, para que possa continuar treinando, fará parte desse “círculo virtuoso” que vai incentivar o atleta a melhorar seus resultados.

 

    No entanto, ao se realizar estudos acadêmicos com a variável Rendimento Esportivo (RE) surge a necessidade de sua quantificação para futuras análises quantitativas comparativas. O problema é que tal instrumento de avaliação não existe. Para tentar sanar essa lacuna do conhecimento, o objetivo deste artigo é apresentar uma proposta de instrumento para avaliar o rendimento esportivo através do Instrumento Dantas de Avaliação do Rendimento Esportivo – IDARE.

 

Metodologia 

 

    A motivação para a elaboração do IDARE partiu do planejamento da Linha de Pesquisa sobre esporte de rendimento no Laboratório de Biociências da Motricidade Humana – LABIMH, quando a variável Rendimento Esportivo foi escolhido como variável de estudo. Imediatamente surgiu a dúvida: como quantificar o RE?

 

    Partiu-se para uma revisão integrativa de literatura, buscando a resposta nas bases de dados: MEDLINE, Web of Science, SciELO, LILACS, Scopus e Google Acadêmico. Porém, ficou evidente a inexistência de um instrumento com a perspectiva que se desejava. Encontraram-se instrumentos sobre o comportamento dos praticantes de esporte, sobre o desempenho individual em esportes coletivos, etc.; porém, nenhum que se aplicasse tanto a atletas como a paratletas e que desse uma visão longitudinal da vida esportiva de um atleta.

 

    Em seguida foi realizada uma discussão apoiada na metodologia do Brainstorming (Daugherty et al., 2021) com o grupo, constituído pelo coordenador do grupo, um pós doutorando, três doutorandos e quatro mestrandos. Ao final do processo de Brainstorming,chegou-se à conclusão de que seria mais conveniente se aproveitar dos critérios de seleção do Bolsa Atleta para a elaboração do Instrumento.

 

O rendimento no esporte 

 

    O desenvolvimento de um atleta é uma tarefa complexa, longa, exigente e variada que requer uma abordagem multinível (Weissensteiner, 2017). As fases de desenvolvimento da carreira esportiva têm relação com as atitudes pelas quais o atleta prospera por meio de diferentes processos, etapas, mudanças e níveis de desempenho esportivo (Wylleman, 2019). Como exemplo, no Equador foi possível criar um sistema de escalas para a seleção em massa da luta olímpica por meio dos resultados processados, visando ao melhor rendimento esportivo. (Barcia, 2018)

 

    O rendimento no esporte é espontaneamente refletido no ranking esportivo: na lista dos melhores resultados esportivos e suas classificações por tempo ou época e por eventos. O Ranking é a posição de alguém ou algo em uma escala que mostra o quão bom ou importante eles são em relação a outras pessoas ou coisas semelhantes, especialmente no esporte, onde se configura como uma lista oficial que mostra os melhores jogadores da modalidade, de acordo com o grau de sucesso (Oxford Learner's Dictionaries, 2020). Um ranking bem organizado reflete o desempenho do atleta. (Ribeiro, 2013)

 

    Podemos citar como exemplo, o ambiente escolar brasileiro, em que é adotado um modelo de classificação esportiva baseado na lógica interna, tendo como referência os critérios de cooperação, interação com o adversário, desempenho motor e objetivos táticos da ação, que possibilita a distribuição das modalidades esportivas em categorias, privilegiando as ações motoras intrínsecas, reunindo esportes que apresentam exigências motrizes semelhantes no desenvolvimento de suas práticas. (Brasil, 2017)

 

    Nesse sentido, o World Handicap System, utilizado no golfe, apresenta-se como sistema classificatório competitivo, pois atribui pontuações específicas para cada jogador baseadas no rendimento esportivo individual dentro da modalidade (Confederação Brasileira de Golfe, 2020), o que confere consistência, em nível internacional (The United States Golf Association and R & A Rules Limited, 2019). O handicap permeia todas as camadas do golfe, desde amador ao profissional (Silva, 2020), permitindo competições igualitárias e equilibradas. (Confederação Brasileira de Golfe, 2014)

 

    Ao comparar o rendimento esportivo de golfistas com handicap alto e baixo, evidenciam-se diferenças no timing das jogadas e nas forças de reação do solo durante o swing vertical, caracterizando um quadro de maior eficiência biomecânica em jogadores veteranos (Queen, Butler, Dai, e Barnes, 2013), fator que evidencia a importância do handicap, uma referência para convocação de atletas para as principais competições internacionais, bem como parâmetro para concessão de Bolsa Atleta. (Confederação Brasileira de Golfe, 2020)

 

    Outro sistema que utiliza o rendimento esportivo como pilar é a Classificação Funcional (CF) do Esporte Paralímpico, que determina a elegibilidade de um indivíduo para a participação no Esporte Paralímpico, através da investigação clínica e científica acerca do nível de comprometimento físico-motor (Tweedy, Connick, e Beckman, 2018). Considerando a multiplicidade de deficiências elegíveis e a diversidade de graus (International Paralympic Committee, 2017), o sistema de Classificação Funcional necessita ser baseado em evidências para garantir o equilíbrio competitivo, traduzindo-se como componente vital para existência do Esporte Paralímpico. (Connick, Beckman, e Tweedy, 2018)

 

    A Classificação Funcional tem como objetivo manter as condições de igualdade entre os atletas, garantindo que a vitória na competição ocorra pelos resultados do melhor atleta, acerca de suas habilidades, e não o atleta com o menor nível de comprometimento funcional. Esse sistema determina quais atletas são elegíveis para competir em um esporte e como os atletas são agrupados para competição, através do uso de classes esportivas (International Paralympic Committee, 2015), o que pode contribuir para a ascensão do atleta em seu ranking individual. (Patatas, De Bosscher, Derom, e Winckler, 2020)

 

    No Basquetebol em Cadeira de Rodas (BCR), o rendimento esportivo é uma variável norteadora do processo de Classificação Funcional, durante a qual ocorre a análise do desempenho do atleta durante a execução dos fundamentos básicos do Basquetebol em Cadeira de Rodas e da sua função motora (International Wheelchair Basketball Federation Player Classification Commission, 2014). O Parabadminton e a Paranatação também utilizam o Rendimento Esportivo como parâmetro no processo de Classificação Funcional, através da análise do gesto esportivo (Badminton World Federation, 2018; World Para Swimming, 2020).

 

    Percebe-se, então, que o Rendimento Esportivo é largamente utilizado para classificar atletas, atribuir escores, e balancear o cenário competitivo. Com esses sistemas de classificação, atletas podem disputar de forma justa e equilibrada, ou também serem compensados no caso de disputas contra adversários com maiores pontuações de Rendimento Esportivo, refletidas em seus rankings. Contudo, a análise do Rendimento Esportivo transcende sua aplicação no cenário esportivo, pois envolve também processos de concessão de bolsas e auxílios por meio de políticas públicas.

 

    No Brasil, a Lei nº 9.615 (1998), promulgada no dia 24 de março de 1998 e, popularmente, conhecida como Lei Pelé ou Lei do Passe Livre, partindo dos princípios da Constituição Brasileira de 1988, conhecida como Constituição Cidadã, buscou – por um ato jurídico – normatizar a prática desportiva. Nela, a prática desportiva é classificada em formal e não formal, além de apresentar o desporto em quatro manifestações principais: educacional, participação, rendimento e formação.

 

    Considerando a pluralidade relacionada ao esporte brasileiro, políticas públicas foram criadas para seu desenvolvimento, entre eles: o Segundo Tempo, a Lei de Incentivo ao Esporte e – principalmente – o Bolsa-Atleta, programa que atende o esporte Olímpico e Paralímpico, buscando o desenvolvimento esportivo integral (Teixeira, Matias, Carneiro, e Mascarenhas, 2017), instituído pela Lei nº 10.891 (2004), de 9 de julho de 2004, e considerado o maior programa de patrocínio individual de atletas no mundo pelo Ministério do Esporte. (Belato, Carneiro, e Athayde, 2019)

 

    O programa Bolsa-Atleta se estrutura nas categorias: estudantil, base, nacional, internacional, olímpico e paralímpico, e atleta pódio (Lei 10.891, 2004; Lei 12.395, 2011). É exclusivamente voltado ao desenvolvimento do esporte nacional e de alto rendimento, pela concessão de bolsas mensais com valores variados a depender da categoria, desde R$ 370,00 até R$ 15.000,00, por períodos de um ano (Belato et al., 2019). Entretanto, esse benefício se limita a modalidades olímpicas e paralímpicas, ligadas ao International Olympic Committee (IOC) e International Paralympic Committee (IPC).

 

    A renovação dos benefícios está associada a critérios pré-estabelecidos pelo Ministério do Esporte, havendo a possibilidade de renovação automática a depender de resultados alcançados. A Lei nº 12.395 (2011), de 16 de março de 2011, destaca alguns pontos importantes em seu Artigo 3º sobre os requisitos para pleitear a concessão da Bolsa-Atleta. Entre eles, destacam-se exigências com relação à idade, vínculos esportivos necessários, status de atividade profissional, e declaração de valores recebidos por meio de patrocínios.

 

    As maiores potências esportivas têm como característica sistemas esportivos próprios e, tendo como diferenciação a ligação podendo ser a escolas ou a clubes com financiamento público ou privado (Antonelli, 2020). Além disto, há de se levar em consideração as particularidades de cada nação como por exemplo, fatores sociais, culturais e econômicos. (De Bosscher, Shibli, Westerbeek e Van Bottenburg, 2015)

 

    Nos Estados Unidos da América (EUA) não há dependência direta do capital público para financiamento, pois a política esportiva é baseada na interação entre o governo e a iniciativa privada (De Bosscher et al., 2015). Além disso, nos EUA, a base esportiva sistematicamente desde a escola até as universidades, permite que os atletas, ao atingirem determinados índices e níveis técnicos esportivos, sejam encaminhados para clubes profissionais e/ou centros esportivos. (De Bosscher et al., 2015).

 

    Destaca-se também a China onde – diferente dos EUA, o financiamento é dominantemente do governo; o Reino Unido, que tem figurado nas primeiras colocações nas últimas edições dos Jogos Olímpicos, neste caso específico houve um investimento na área da ciência do esporte (De Bosscher et al., 2015); além da Ucrânia e Austrália, que em conjunto com os países citados anteriormente lideram os placares de levantamento bruto sobre total de medalhas olímpicas e paralímpicas. (Pinto, Cantorani, Pedroso, Picinin, e Pilatti, 2017)

 

    Fatores como o suporte financeiro, a governança e a organização de políticas esportivas são essenciais para que um país tenha sucesso esportivo no contexto internacional. (De Bosscher et al., 2015)

 

    Apesar de sua consolidação, o Programa Bolsa-Atleta ainda carece de uma proposta com pontuações específicas em cada categoria como um parâmetro quantitativo e qualitativo. Neste sentido, baseado nos critérios do próprio programa e adotando um fator de correção interclasses e estabelecida com base no valor da bolsa concedida, colocamos a seguinte proposta para a avaliação do rendimento esportivo dos beneficiados.

 

Resultados 

 

    O Instrumento Dantas de Avaliação do Rendimento Esportivo (IDARE), apresentado no Quadros 1 e 2, foi elaborado a partir dos critérios estabelecidos para a concessão do Bolsa Atleta, conforme decidido com a aplicação do método de Brainstorming, arbitrando-se os valores dos fatores de correção e da pontuação atribuída para cada desempenho buscando torná-los o mais justo e adequado, possível.

 

Quadro 1. Pontuação dos Níveis de Base, Estudantil e Nacional

Nível

Categoria

Fator de Correção

Critérios

Pontuação

1

Base

0,05

a.     Vinculação a um clube de prática desportiva.

1

b.     Afiliação a liga ou federação estadual.

2

c.     Participação em Competições no ano anterior.

3

d.     Pódio no ano anterior.

4

e.     Vitórias no ano anterior.

5

2

Estudantil

0,05

a.     Vinculação a um clube de prática desportiva.

1

b.     Afiliação à liga ou federação estadual.

2

c.      Participação em competições no ano anterior

3

d.     Pódio no ano anterior.

4

e.     Vitórias no ano anterior.

5

Itens c), d) e e): se em Jogos da Juventude multiplicar por 2; se Olimpíada Colegial multiplicar por 3.

3

Nacional

0,12

a.     Vinculação a um clube de prática desportiva.

1

b.     Afiliação à federação estadual ou confederação nacional.

2

c.      Participação em competições nacionais no ano anterior.

3

d.     Pódio no evento máximo nacional no ano anterior.

5

e.     Participação em eventos classificatórios para evento superior no “ranking” internacional.

6

Fonte: Autores

 

    Dois pontos serão atribuídos ao atleta federado, porém serão aplicados fatores de correção: 0,05 se o atleta for da categoria base, o que resultará numa pontuação de 0,1; se o atleta federado estiver na categoria nacional, receberá um fator de correção de 0,12; recebendo, portanto, 0,24 pontos.

 

Quadro 2. Pontuação dos Níveis Internacional, Olímpico e Pódio

Nível

Categoria

Fator de Correção

Critérios

Pontuação

4

Internacional

0,25

a.       Afiliação a confederação nacional.

1

b.       Participação em competições internacionais no ano anterior.

5

c.       Participação em eventos classificatórios para evento superior no “ranking” internacional.

6

d.       Pódio em campeonatos Sul-americanos no ano anterior.

7

e.       Pódio em campeonatos Pan-americanos no ano anterior.

8

f.        Pódio em campeonatos Mundiais no ano anterior.

9

5

Olímpico

0,41

a.       Afiliação a confederação nacional.

1

b.       Participação em competições internacionais no ano anterior.

5

c.        Participação em eventos classificatórios para evento superior no “ranking” internacional.

6

d.       Pódio em campeonatos Sul-americanos no ano anterior.

7

e.       Pódio em campeonatos Pan-americanos no ano anterior.

8

f.        Pódio em campeonatos Mundiais no ano anterior.

9

g.       Integrar como atleta a delegação brasileira nos últimos jogos Olímpicos ou Paralímpicos.

10

6

Pódio

1

Mesma pontuação do nível 4 para atletas que estão entre os 20 primeiros colocados no ranking mundial.

Fonte: Autores

 

    Convém esclarecer que a pontuação é acumulativa, ou seja: a pontuação de cada atleta será atribuída pela soma da pontuação de cada categoria, até o limite de seu desempenho esportivo.

 

    A apuração do IDARE se dará com base no currículo esportivo de cada atleta, realizando-se uma entrevista dirigida, com finalidade fim de apurar as suas respectivas pontuações nos critérios estabelecidos. Será previamente solicitado ao avaliando que traga para a entrevista a comprovação das conquistas esportivas e demais pontos.

 

Conclusões 

 

    Desde o início da história do esporte, mais notadamente depois que Pierre de Frédy (1863-1937), o Barão de Coubertin criou o movimento olímpico e o fair-play, tornar as competições mais justas e equânimes é uma preocupação de todos os intelectuais e cientistas do esporte. A frase: “Não pode haver jogo sem fair play. O principal objetivo da vida não é a vitória, mas a luta” ilustra perfeitamente esse ideal.

 

    As manifestações do princípio do fair-play (jogo justo) podem ser encontradas em distintas normas esportivas, como foi enfatizado ao longo deste artigo, como encontrado: nas categorias de idade; nas categorias de massa corporal das lutas e do halterofilismo, na classificação funcional do esporte paralímpico, no handicap no golfe e na colocação de tara nas provas de equitação (norma atualmente em processo de revogação).

 

    Quando se trata de avaliar comparativamente o desempenho esportivo de dois atletas praticantes da mesma modalidade já estão bem estabelecidas as regras para esse procedimento. O ranking do golfe, do tênis, das lutas e de tantos outros esportes é um exemplo disso. É atribuído um valor a cada colocação, um peso para cada competição e se chega a um resultado numérico final. No atletismo e na natação, composto por provas distintas, pode-se apurar a classificação de equipes atribuindo valores às classificações obtidas em cada prova.

 

    Sempre que se realizam Jogos Olímpicos, quer de verão quer de inverno, vem à pauta na imprensa e nos círculos acadêmicos a mesma discussão: qual é a forma mais adequada para se estabelecer a classificação dos países? Será pelo número de medalhas de ouro, pelo total de medalhas, por esportes, por atletas?

 

    No entanto, quando há necessidade de se mensurar o rendimento esportivo para fins de realização de pesquisas em ciências do esporte, comparando modalidades e atletas distintos, observa-se uma lacuna de conhecimento.

 

    Esse artigo apresenta à comunidade científica uma opção de sanar essa lacuna.

 

Agradecimento 

 

    O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001.

 

Referências 

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 26, Núm. 286, Mar. (2022)