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ISSN 1514-3465

 

Estágio maturacional e idade biológica não diferenciam 

percentual de gordura e massa magra relativizada. 

Estudo em jogadores de futebol de base de Belo Horizonte/MG

Maturational Stage and Biological Age do not Differentiate Body Fat Percentage 

and Relativized Lean Mass. Study in Youth Soccer Players from Belo Horizonte/MG

Etapa de maduración y edad biológica no diferencian el porcentaje de grasa

 y la masa magra relativa. Estudio en jóvenes futbolistas de Belo Horizonte/MG

 

Mateus Augusto de Melo Mendonça*

mateusaugustomm@hotmail.com

Silvia Ribeiro Santos Araújo**

silviaeheitor@gmail.com

Natália Scalabrini Taurinho***

natyesportes@gmail.com

Rodrigo Gustavo da Silva Carvalho+

rodrigo.carvalho@univasf.edu.br

Fabíola Bertú Medeiros++

fabiola.bertu@univasf.edu.br

 

*Possui graduação em Educação Física (Bacharelado) pela UFMG

Graduação em Educação Física (Licenciatura)

pelo Centro Universitário Claretiano

Atualmente atuação como Personal Trainer

em academias na região de Belo Horizonte

**Possui graduação em Educação Física pela UFMG

Mestrado em Treinamento Esportivo e Doutorado em Ciências do Esporte

pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Professora da Universidade Federal de Minas Gerais

***Possui graduação em Educação Física (Licenciatura e Bacharelado)

pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Possui MBA em Administração e gestão de marketing esportivo

pela Faculdade de São Vicente (FSV)

Mestranda em Ciências do Esporte com ênfase em Biomecânica

no Programa de Pós Graduação de Ciência do Esporte (EEFFTO/UFMG)

+Bacharel em Fisioterapia pela UEMG

Mestre em Ciências do Esporte pela UFMG

Doutor em Educação Física na Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Atualmente é Professor Adjunto IV da UNIVASF

++Possui graduação em Educação Física (Licenciatura e Bacharelado)

pela Universidade Federal de Minas Gerais

Possui Doutorado e Mestrado (2013) em Ciências do Esporte

com ênfase na análise Biomecânica da técnica esportiva

no Programa de Pós Graduação de Ciência do Esporte (EEFFTO/UFMG)

Membro da Sociedade Brasileira de Biomecânica

Atualmente é Professora Adjunto A da UNIVASF

(Brasil)

 

Recepção: 15/09/2020 - Aceitação: 12/11/2022

1ª Revisão: 04/11/2022 - 2ª Revisão: 07/11/2022

 

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https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt

Citação sugerida: Mateus Augusto de Melo Mendonça, M.A. de M., Araújo, S.R.S., Taurinho, N.S., Carvalho, R.G. da S., e Medeiros, F.B. (2022). Estágio maturacional e idade biológica não diferenciam percentual de gordura e massa magra relativizada. Estudo em jogadores de futebol de base de Belo Horizonte/MG. Lecturas: Educación Física y Deportes, 27(295), 72-88. https://doi.org/10.46642/efd.v27i295.2588

 

Resumo

    Introdução: Aspectos da composição corporal que passam por evolução entre as categorias de base do futebol podem ser considerados limitantes no desempenho na modalidade, como o percentual de gordura e a quantidade de massa magra. Assim como também podem ser influenciadas pelo tempo e volume de prática e a maturação. Esse estudo transversal teve o objetivo de comparar o desenvolvimento da composição corporal de atletas das categorias Sub15 e Sub17 nos diferentes estágios maturacionais, assim como o volume de treinamento semanal e o tempo de prática e verificar a distribuição de atletas em diferentes estados maturacionais nas diferentes categorias. Métodos: A amostra foi composta por 68 futebolistas do sexo masculino igualmente divididos nas duas categorias. Esses atletas também foram classificados pelo estágio maturacional somático através da idade do pico da velocidade de crescimento (PVC). Foram realizadas medidas antropométricas e de percentual de gordura para a obtenção das variáveis de interesse. A análise de dados foi conduzida por meio dos testes Shapiro-Wilk, análise de variância (ANOVA 2x3), e teste qui-quadrado (p<0,05). Resultados: Não foi verificada interação significativa e nem efeito principal para o percentual de gordura e para a massa magra relativizada pela massa corporal total. Assim como também não foram verificadas diferenças significativas na distribuição de atletas nos diferentes estágios maturacionais entre as categorias (p>0,05). Conclusão: Conclui-se que o percentual de gordura e a massa magra relativizada não sofreram influência da idade biológica e do nível de maturação em jogadores de futebol de diferentes categorias.

    Unitermos: Crescimento. Gordura corporal. Treinamento físico. Futebol.

 

Abstract

    Introduction: Aspects of body composition that undergo evolution between youth soccer categories can be considered limiting in the modality performance, such as body fat percentage and body lean mass. It can also be influenced by volume and years of practice and maturation. This cross-sectional study aimed to compare the development of athletes’ body composition in the under 15 (U15) and under 17 (U17) categories in different maturational states, as well as the weekly training volume and practice time, and to verify the distribution of athletes in different maturational states in the different categories (U15 and U17). Methods: The sample consisted of 68 male youth soccer players equally divided into the two categories. These athletes were also classified by the somatic maturation stage through the age of the peak height velocity (APHV). Anthropometric and fat percentage measurements were taken to obtain the variables of interest. Data analysis was conducted by Shapiro-Wilk test, analysis of variance (ANOVA 2x3), and chi-square test (p<0,05). Results: There was no significant interaction or main effects for the body fat percentage and relativized lean body mass. Likewise, no significant differences were identified in the distribution of athletes in different maturation stages between categories (p>0,05). Conclusions: It is concluded that body fat percentage and relativized lean body mass were not influenced by biological age and maturation in young soccer players of different age categories.

    Keywords: Growth. Body fat. Exercise. Soccer.

 

Resumen

    Introducción: Aspectos de la composición corporal que experimentan evolución entre las categorías juveniles de fútbol pueden considerarse limitantes en el rendimiento en la modalidad, como el porcentaje de grasa y la cantidad de masa magra. Así como también pueden verse influenciados por el tiempo y volumen de práctica y maduración. Este estudio transversal tuvo como objetivo comparar el desarrollo de la composición corporal de atletas de las categorías Sub15 y Sub17 en diferentes etapas madurativas, así como el volumen de entrenamiento semanal y el tiempo de práctica, y verificar la distribución de atletas en diferentes estados madurativos en el diferentes categorías. Métodos: La muestra estuvo conformada por 68 futbolistas masculinos divididos equitativamente en dos categorías. Estos jugadores también fueron clasificados por etapa de maduración somática a través de la edad del pico de velocidad de crecimiento (PVC). Se tomaron medidas antropométricas y de porcentaje de grasa para obtener las variables de interés. El análisis de datos se realizó mediante pruebas de Shapiro-Wilk, análisis de varianza (ANOVA 2x3) y prueba de chi-cuadrado (p<0,05). Resultados: No hubo interacción significativa o efecto principal para el porcentaje de masa grasa y magra relativizado por la masa corporal total. Asimismo, no se verificaron diferencias significativas en la distribución de atletas en diferentes etapas de maduración entre categorías (p>0,05). Conclusión: Se concluye que el porcentaje de grasa y masa magra relativizada no fueron influenciados por la edad biológica y el nivel de maduración en futbolistas de diferentes categorías.

    Palabras clave: Crecimiento. Grasa corporal. Entrenamiento físico. Fútbol.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 27, Núm. 295, Dic. (2022)


 

Introdução 

 

    A prática regular do futebol pode melhorar os níveis de aptidão física em crianças e adolescentes (Neto et al., 2007). Por ser um esporte de longa duração com características intermitentes (Sotão et al., 2013), com elementos de alta intensidade (Moraes, Herdy, e Santos, 2009), o nível de aptidão física para um melhor desempenho parece ser essencial (Johnson, Farooq, e Whiteley, 2017; Molina et al., 2021). Deficiências nessas características podem acarretar tanto uma exclusão precoce de equipes (tanto para a modalidade quanto para a função a ser exercida no jogo), quanto a não obtenção de desempenhos satisfatórios, devido à dinâmica das partidas. (Moraes, Herdy, y Santos, 2009)

 

Imagem 1. A prática regular do futebol pode melhorar os níveis de aptidão física em crianças e adolescentes

Imagem 1. A prática regular do futebol pode melhorar os níveis de aptidão física em crianças e adolescentes

Fonte: Freepik.es

 

    A composição corporal pode ser considerada um componente da aptidão física relacionada a essas limitações no desempenho (Moraes, Herdy, e Santos, 2009; Toselli, Tarazon-Santos, e Pettener, 2001; Molina et al., 2021; Mora Belandria, e Araujo Rivas, 2022). Isso porque o excesso de gordura faz com que maiores quantidades de energia sejam gastas para deslocar e sustentar a mesma massa corporal (MC) (Moraes, Herdy, e Santos, 2009; Serra, Ornellas, e Navarro, 2010; Nicolozakes et al., 2018; Campa, Spiga, e Toselli, 2019). Em contrapartida, o aumento da massa magra (MM) pode estar associado a uma maior produção de força e potência, o que contribui na execução dos elementos de alta intensidade (Sotão et al., 2013; García-Villegas et al., 2018) essenciais para o desempenho nos treinamentos e partidas (Campa et al., 2019). Com isso a análise do percentual de gordura (%G) é utilizada constantemente para o monitoramento, avaliação e até seleção de atletas em categorias de base (Moraes, Herdy, e Santos, 2009; Serra, Ornellas, e Navarro, 2010; Digionani, 2013; Espinoza et al., 2021). Foi observado que aspectos da composição corporal passam por evolução dentre as categorias de base do futebol (Moraes, Herdy, e Santos, 2009), uma vez que, atletas juniores já apresentam valores dentro do parâmetro esperado para atletas profissionais da modalidade. (Sotão et al., 2013)

 

    Outro fator que também deve ser levado em conta é o tempo de treinamento. Uma vez que jovens adolescentes treinados apresentam valores menores de %G que os não treinados (Neto et al., 2007; Mendez-Cornejo et al., 2022), podendo assim haver uma diferença entre atletas em relação ao tempo de prática na modalidade, em que aqueles que treinam há menos anos ou meses teriam menores influências na composição corporal. Treinamentos regulares têm efeitos diretos nessa variável, gerando maior diminuição do %G em atletas (Mortatti, e Arruda, 2007). Sendo que, essa regularidade nos faz refletir sobre quão determinante seria a quantidade de prática na composição corporal de atletas.

 

    O nível maturacional é outro fator que deve ser levado em consideração na avaliação do desenvolvimento físico de jovens adolescentes (Gouvea et al., 2016; Pinto et al., 2018; Vega, Bentivegna, e Sarmiento, 2021; Hernández Camacho et al., 2018). É possível observar vantagens físicas na estatura, composição corporal e desenvolvimento cardiorrespiratório em indivíduos com níveis maturacionais mais avançados do que em outros da mesma idade cronológica, o que acarreta em um melhor desempenho em tarefas que específicas em diferentes modalidades (Mortatti, e Arruda, 2007; Oliveira, Rodrigues, Liberalli, e Kuhn, 2009; Manangón Pesantez et al., 2020). Portanto, o desenvolvimento físico pode estar mais associado ao aspecto biológico que a fatores externos como o treinamento (Mortatti, e Arruda, 2007; Mendez-Cornejo et al., 2022). Mas essas vantagens podem não continuar após o período de crescimento maturacional (Carli, Luguetti, Ré, e Böhme, 2009), tornando assim difícil distinguir os efeitos do treinamento e/ou do processo maturacional nas características antropométricas. (Villar, e Dendai, 2001; Vega, Bentivegna, e Sarmiento, 2021)

 

    A partir disto, controlar e analisar o desenvolvimento da composição corporal de jovens atletas dentro de um planejamento de treinamentos sistematizados parece ser uma prática fundamental para equipes esportivas. Porém, para isso é preciso observar também as influências do crescimento biológico, do volume de treinamento e do tempo de prática em treinamentos (Vega, Bentivegna, e Sarmiento, 2021). Para o melhor do nosso conhecimento, poucos estudos avaliaram todas as variáveis inicialmente propostas e não relacionaram seus resultados com o tempo e volume de prática, além de não terem apresentado a magnitude das diferenças entre as categorias e os diferentes estágios maturacionais. Portanto, o objetivo do presente estudo foi comparar o desenvolvimento da composição corporal de atletas das categorias Sub15 e Sub17 nos diferentes estágios maturacionais, assim como o volume de treinamento semanal e o tempo de prática e verificar a distribuição de atletas em diferentes estados maturacionais nas diferentes categorias. Foi proposta a hipótese de que os atletas da categoria Sub17 apresentariam maior tempo e volume de prática, o que consequentemente traria um retorno positivo na composição corporal desses atletas em comparação aos atletas da categoria Sub15. E também que ambas as categorias apresentariam atletas em estágios maturacionais avançados, em relação ao pico de velocidade de crescimento.

 

Métodos 

 

Sujeitos 

 

    A amostra foi constituída por 68 jovens atletas de futebol de base, do sexo masculino, de dois clubes filiados à federação de futebol local, pertencentes a duas categorias: Sub15 e Sub17. Os dados foram coletados quando os clubes foram eliminados da principal competição do ano em suas respectivas categorias. Esses atletas participavam em média de 7 horas de treinamentos sistematizados por semana, sendo esta quantidade de prática dividida em treinamentos e um jogo amistoso ou competitivo.Todos os participantes deram o assentimento por escrito, assim como seus respectivos responsáveis deram o consentimento de participação. Este estudo foi aprovado pelo comitê de ética local (CAAE: 23217014.0.0000.5149).

 

Delineamento do estudo 

 

    A coleta dos dados foi realizada em quatro dias, sendo dois dias para cada clube e desses dois, um dia para cada categoria. Nas duas equipes os procedimentos seguidos foram os mesmos. Inicialmente todos os atletas responderam uma anamnese, em que informaram a idade, categoria, autodeclaração de raça, e respondiam à pergunta: “Há quanto tempo você participa de treinamentos de futebol, em que esteja envolvido em preparação para competições?”. Imediatamente após a anamnese, foi realizada uma entrevista com o treinador e/ou responsável técnico das equipes para melhor conhecimento do processo de planejamento e periodização das sessões de treinamento.

 

    Posteriormente foram mensuradas a MC, altura (h), a altura sentada (hS) e dobras cutâneas para estimativa do %G, seguindo a padronização proposta por Petroski (2011). Para a avaliação da MC foi utilizada uma balança digital (Omron®), com escala de precisão de 0,1 kg, e para a h e hS foi utilizada uma fita métrica fixada na parede com escala de precisão de 0,5 cm. Em ambas as mensurações os atletas estavam descalços e vestindo camiseta e calção. Para medir a h, os atletas foram posicionados com os pés unidos, a porção posterior do calcanhar, o quadril, a cintura escapular e a região occipital em contato com a escala de medida em um plano vertical. A hS foi determinada com os atletas sentados em um banco de altura conhecida, com os glúteos e a espinha torácica em contato com plano vertical (Lovell et al., 2019). Ambas as medidas foram tomadas após a inspiração e expiração forçadas, considerando o ponto mais alto da cabeça (Petroski, 2011). A diferença entre a altura sentada mensurada e a altura do banco foi considerada a hS. O comprimento dos membros inferiores (CMI) foi determinado pela diferença entre a h e a hS.

 

    Por último foi realizado o procedimento para a determinação da composição corporal. Para mensuração das dobras cutâneas foi utilizado um adipômetro (CESCORF®) com precisão de 1 mm, sendo que cada dobra foi aferida duas vezes e foi dado um intervalo de 5 s entre a primeira e a segunda mensuração. Foram utilizadas as médias das medidas das dobras cutâneas do tríceps e subescapular como valor para estimativa da composição corporal, a partir da equação proposta por Lohman (1987) para crianças e adolescentes.

 

    A partir dos valores dados da MC e da h foi determinado o IMC (IMC = MC/(h²)). Para estimar os anos de ou para o pico de velocidade de crescimento (PVC), foi utilizada a equação proposta por Mirwald et al. (2002):

 

PVC = -9,236 + 0,0002708 (CMI x hS) – 0,001663 (Idade x CMI) + 0,007216 (Idade x hS) + 0,02292 (MC/h)

 

    A partir desse valor, foi então calculada a idade em que ocorreu/ocorrerá o PVC de cada atleta (Idade cronológica – PVC). (Deprez et al., 2013)

 

    Visto que a equação fornece valores contínuos, a idade do PVC foi representada pelo agrupamento de idade a partir do cálculo dos escores da distribuição z (PVCz), e baseados nesses escores foi identificado o estágio maturacional somático dos atletas. Eles foram classificados em: maturação somática avançada (PVCz < - 1); maturação somática normal (≥ 1 PVCz ≤ 1); e maturação somática tardia (PVCz > 1). (Rommers et al., 2019)

 

Tratamento estatístico 

 

    Inicialmente foi realizada uma análise descritiva em média e desvio padrão de todas as variáveis analisadas no presente estudo separadamente para as duas categorias. Todos os dados apresentaram tendência à distribuição normal, verificada pelo teste Shapiro-Wilk.

 

    Para a comparação das variáveis de composição corporal e da idade de PVC entre as categorias e o estágio maturacional foi aplicado o teste de análise de variância (ANOVA 2x3). O tamanho do efeito foi determinado pelo h (eta) parcial ao quadrado (pequeno = 0,01 – 0,059; Médio = 0,06 – 0,139; grande > 0,14; Cohen, 1988). E para verificar se a distribuição do nível maturacional dos atletas era diferente nas categorias foi utilizado o teste qui-quadrado.Todas as análises foram realizadas utilizando o pacote estatístico SPSS 20.0 (SPSS Inc.) e o nível de significância adotado foi de α£0,05.

 

Resultados 

 

    A Tabela 1 apresenta os dados descritivos separadamente por categoria e estágio maturacional, além de também apresentar os resultados das comparações entre categoria, estágio maturacional e a interação entre categoria e estágio maturacional.

 

Tabela 1. Comparação da composição corporal, idade do PVC, tempo e volume 

de prática entre as categorias e estágio maturacional em média (± desvio padrão)

 

Sub15

Sub17

 

Total

(n=34)

A

(n=8)

N

(n=22)

T

(n=4)

Total

(n=34)

A

(n=4)

N

(n=25)

T

(n=5)

Idade (anos)*@

14,2

(0,7)

13,5

(0,7)

14,5

(0,6)

14

(0,8)

16,1 (0,8)

15

(0,8)

16,1 (0,6)

16,6

(0,9)

Idade PVC (anos)†@

14,1

(0,7)

13,2 (0,3)$&

14,1 (0,3)&

15,4 (0,4)#

14,26 (0,53)

13,3 (0,1)$&

14,3 (0,3)&

14,9

(0,1)

hS (cm)†*@

84,6

(5,3)

88,25 (3,5)#$&

85,2 (2,7)#&

73,7 (5,6)#

89,53 (2,58)

93 (3,3)$&

89,5 (1,7)&

86,8

(2,7)

CMI (cm)*@

82,8

(4,5)

84

(3,0)

83,5

(4,3)

76,3 (2,5)

84,50 (3,82)

86,3 (4,2)

84,6 (3,9)

82,8

(3,1)

MC (kg)*@

55,64 (10,46)

60,7

(10,6)

56,9

(7,5)

38,5 (8,8)

65,55 (6,48)

64,6 (10,5)

65,7 (5,5)

59,2

(7,5)

h (m)†*@

1,67 (0,08)

1,72 (0,04)#&

1,68 (0,06)#&

1,5 (0,07)#

1,74 (0,05)&

1,79 (0,06)

1,74 (0,05)

1,69

(0,05)

MM (kg)†*@

48,28 (7,63)

52,1 (5,8)#$&

49,4 (5,5)#&

34,5 (7,0)#

57,29 (4,89)

55,6 (7,3)$&

57,3 (3,6)&

52,7

(7,2)

MM relativizada

0,87 (0,04)

0,87 (0,06)

0,87 (0,04)

0,9 (0,03)

0,87 (0,03)

0,87 (0,01)

0,87 (0,04)

0,89

(0,02)

IMC*@

19,68 (2,45)

20,4

(2,9)

19,9

(2,1)

16,9 (2,4)

21,62 (1,61)

22,6 (1,4)

21,7 (1,5)

20,5

(1,9)

%G (%)

12,67 (4,45)

13,5

(6,2)

12,8

(3,9)

10,0 (2,8)

12,45 (3,34)

13,5 (1,1)

12,6 (3,7)

10,9

(1,9)

Tempo de prática (meses)*

27,50

(17,51)

27,8

(15,1)

27,5 (19,3)

26,5 (17,5)

45,15 (30,59)

48

(9,8)

38,4 (31,6)

76,8

(10,7)

Volume de prática (h/semana)*

6,09 (2,05)

6,6

(2,2)

6,0

(2,0)

5,5

(2,1)

8,47 (0,73)

7,9

(0,8)

8,5

(0,7)

8,7

(0,7)

Legenda: A = estágio maturacional avançado; N = estágio maturacional normal; T = estágio maturacional tardio; PVC = pico de velocidade de crescimento; hS = altura sentada; CMI = comprimento do membro inferior; MC = massa corpora; h = altura; MM = massa magra; IMC = índice de massa corporal; %G = percentual de gordura; † = Interação significativa de categoria e estágio maturacional - * - Efeito principal de idade: diferença significativa para a categoria Sub17 (p < 0,05); @ = Efeito principal do estágio maturacional; $ = diferença significativa para o estágio maturacional normal; & = diferença significativa para o estágio maturacional tardio; # = diferença para a categoria Sub17; TE = tamanho de efeito.

Fonte: Elaboração própria

 

    Foram verificadas interações significativas entre categoria e estágio maturacional apenas para a estatura, massa magra, hS e idade do PV (p < 0,05), sendo que para estatura, massa magra e hS as categorias foram significativamente diferentes em todos os estágios maturacionais (p < 0,05). O que ocorreu somente no estágio tardio para a idade do PVC (p < 0,05). Ainda nessas interações, na categoria SUB 15 para todas as variáveis (estatura, massa magra, hS e idade do PVC) os atletas no estágio maturacional tardio apresentaram valores significativamente inferiores do que os atletas em estágio maturacionais mais avançados. Para a categoria Sub17, esse comportamento foi observado apenas na hS e na idade de PVC, enquanto que para estatura e massa magra os atletas no estágio maturacional tardio foram diferentes apenas daqueles que estavam no estágio avançado.

 

    Das variáveis que não apresentaram interação significativa, massa corporal, idade, IMC e comprimento dos mmii apresentaram efeito principal de categoria (p < 0,05) e efeito principal de estágio maturacional (p<0,05). Com relação ao efeito principal do estágio maturacional, os indivíduos que estavam no estágio maturacional tardio apresentaram diferenças significativas para os atletas nos estágios normal e avançado (p<0,05). Além disso, para idade e massa corporal os atletas no estágio maturacional avançando também apresentaram diferenças significativas para aqueles no estágio maturacional normal. Por fim, as variáveis tempo de treino e quantidade de prática somente apresentaram efeito principal de categoria, e o %G e a massa magra relativizada não apresentaram nem interação e nem efeitos principais significativos.

 

    A Tabela 2 representa a relação da distribuição do estágio maturacional nas categorias.Em geral, 69,1% dos atletas (47 atletas) foram considerados estar no período normal de maturação, enquanto 17,6% (12 atletas) apresentaram um nível de maturação avançada e 13,2% (nove atletas) apresentaram maturação tardia. Não houve diferença significativa na frequência de distribuição de atletas entre as categorias, sendo que a maior frequência apresentada foi de atletas nos níveis normais de maturação.

 

Tabela 2. Divisão maturacional das diferentes categorias

 

Estágio maturacional

 

Avançada

Normal

Tardia

p

Categoria

Sub15

8

22

4

0,493

Sub17

4

25

5

Legenda: p = nível de significância. Fonte: Elaboração própria

 

Discussão 

 

    O presente estudo teve como objetivo comparar a composição corporal, o volume de treinamento semanal e o tempo de prática de atletas pertencentes às categorias Sub15 e Sub17 de futebol em diferentes estágios maturacionais. Assim como também verificar diferenças na distribuição de atletas em diferentes estágios maturacionais. Os resultados do presente estudo confirmam parcialmente a hipótese inicialmente proposta de que a composição corporal dos atletas apresentaria proporções diferentes. Visto que após o fracionamento da composição corporal em diferentes variáveis, o %Ge a massa magra relativizada não apresentaram resultados significativos.

 

    Com relação à h, os valores médios encontrados no presente estudo corroboram alguns estudos em ambas as categorias (Neto et al., 2007; Moraes, Herdy, e Santos, 2009; Serra, Ornellas, e Navarro, 2010; Oliveira, Rodrigues, Liberalli, e Huhn, 2009; Hernández-Jaña et al., 2021). Já no estudo de Ferreira et al. (2018), os resultados corroboram apenas os atletas pertencentes à equipe que disputa a segunda divisão do campeonato brasileiro. Nos estudos de Mantovani et al. (2008), Reis et al.(2009) e Mendez-Cornejo et al. (2022), os dados corroboram apenas a categoria Sub17. É importante ressaltar que todos esses estudos foram realizados com indivíduos nascidos no Brasil. Quando comparados aos dados de estudos realizados com a mesma população, porém nascidos em outros países, os valores para h da amostra do presente estudo são em média 10 cm menores (Rommers et al., 2019; Carvalho et al., 2017; Campa et al., 2019; Baxter-Jones et al., 2020; Hannon et al., 2020; Patel et al., 2020). Essa diferença também foi verificada nos atletas da categoria Sub15 da equipe da primeira divisão no estudo de Ferreira et al. (2018). Para MC, em ambas as categorias os valores médios encontrados corroboram alguns estudos (Neto et al., 2007; Moraes, Herdy, e Santos, 2009; Serra, Ornellas, e Navarro, 2010; Campa et al., 2019). Porém, os valores encontrados por Oliveira et al. (2009), Rommers et al. (2019), Baxter-Jones et al. (2020) e Espinoza et al. (2021) são similares apenas para a categoria Sub15 e os de Mantovani et al. (2008), Reis et al. (2009) e Mora Belandria, e Araujo Rivas (2022) para a categoria Sub17. Os valores, porém, não corroboram os resultados encontrados por outros estudos. (Ferreira et al., 2018, Carvalho et al., 2017; Hannon et al., 2020, Patel et al., 2020)

 

    Foram verificadas diferenças significativas entre as categorias para h e MC, resultados que corroboram em parte a literatura (Moraes, Herdy, e Santos, 2009; Oliveira, Rodrigues, Liberalli, e Kuhn, 2009). Tal diferença poderia ser explicada por questões relacionadas à maturação, contudo, ambas as categorias apresentam uma distribuição semelhante de atletas no mesmo estágio maturacional (estágio normal). As mudanças mais evidentes que podem ser observadas durante o crescimento e a maturação biológica são o aumento da h e da MC. A estatura relaciona-se de maneira cúbica com a idade cronológica, e essa relação apresenta aumentos nos valores da estatura até 17 anos (Carvalho et al., 2017). Além disso, Towlson et al. (2018) identificaram um aumento da estatura até os 18 anos. Assim como também a massa corporal, em que há um aumento progressivo de seus valores com o aumento da idade cronológica (Carvalho et al., 2017; Patel et al., 2020). O que poderia explicar as diferenças encontradas entre as categorias analisadas no presente estudo.

 

    A MM também apresentou diferença entre as categorias, resultado que corrobora Campa et al. (2019), Hannon et al. (2020), Hernández-Jaña et al. (2021) e Pérez-Contreras, Merino-Muñoz, e Aedo-Muñoz (2021). Os valores encontrados no presente estudo se assemelham aos valores encontrados por Serra, Ornellas, e Navarro (2010) e Oliveira, Rodrigues, Liberalli, e Kuhn (2009) para ambas categorias, porém apresentam valores inferiores aos encontrados por Campa et al. (2019). Esses resultados seguem os padrões apresentados para jogadores de futebol (Campa et al., 2019) em que foi verificado um aumento dos níveis de MM até a idade cronológica de 15 anos. Essa variável apresenta um aumento não-linear e de aproximadamente de 0,6% ao ano até os 13,5 anos de idade e uma taxa de 29% nos próximos dois anos (Campa et al., 2019). Porém, a utilização de uma equação preditiva no presente estudo, com apenas duas dobras cutâneas,pode ter sido um fator que influenciou diretamente nesses valores. Isso porque, Campa et al. (2019) utilizando uma técnica diferente para a determinação da composição corporal (bioimpedância com frequência de 50 Khz), verificaram que há um aumento na área muscular dos membros superiores até a idade de 15 anos. Os atletas da categoria Sub15 ainda não atingiram essa idade, então é esperado um aumento nessa área para os atletas da categoria Sub17. A diferença também no tempo de prática e no volume de treinamento entre as categorias também poderia ser uma causa para essas diferenças.Tais mudanças estariam relacionadas a mudanças no tamanho da secção transversa muscular.

 

    Os valores do %G encontrados apresentam similaridade aos achados de Neto et al. (2007) para ambas as categorias, com os de Moraes, Herdy, e Santos (2009) e Espinoza et al. (2021) para categoria Sub15 e os de Oliveira et al. (2009) e Bustos-Viviescas, Osorio, e Acevedo-Mindiola (2021) para categoria Sub17. Corroboram também os valores encontrados por Ferreira et al. (2018) em atletas da segunda divisão para ambas as categorias. Ao contrário do que foi verificado no presente estudo, os resultados de alguns trabalhos (Moraes, Herdy, e Santos, 2009; Oliveira, Rodrigues, Liberalli, e Kuhn, 2009; Hannon et al., 2020) apresentam diferença significativa entre as categorias para essa variável. Porém os resultados do presente estudo corroboram outros estudos (Neto et al., 2007; Mantovani et al., 2008). Estudos relatam baixos valores de %G e uma homogeneidade dessa variável em diferentes categorias (Serra, Ornellas, e Navarro, 2010; Digionani, 2013). Assim, a semelhança poderia ser explicada por uma possível estabilização da variável, devido a uma especialização precoce, que ocorre em atletas de futebol de base em consequência da necessidade dos clubes de negociar esses atletas a fim de obterem retornos financeiros, antes mesmos desses chegarem ao elenco profissional (Digionani, 2013). Ao contrário do esperado, o maior tempo de treinamento e o maior volume de treino não conseguiram gerar diferenças no %G entre as categorias. Porém a amostra apresentou uma grande variabilidade nessas variáveis, tendo as duas categorias apresentando indivíduos mais e menos experientes, ou seja, com maior e menor tempo de prática.

 

    Já com relação aos níveis maturacionais, a idade do PVC estimada no presente estudo corroborou os valores encontrados em estudos com jogadores de futebol de base (Rommers et al., 2019; Baxter-Jones et al., 2020; Detanico, Kons, Fukuda, e Teixeira, 2020; Hernández Camanho et al., 2018; Segueida-Lorca et al., 2022) e estudos com adolescentes esportistas masculinos de outras modalidades (Vega, Bentivegna, e Sarmiento, 2021). Além disso, a maior frequência de jogadores nos níveis normais de maturação também corrobora estudos que empregaram a mesma forma de classificação (Johnson, Farroq, e Whiteley, 2017; Rommers et al., 2019; Vega, Bentivegna, e Sarmiento, 2021). Esse resultado não confirma a hipótese proposta por esse estudo de que haveria uma maior frequência de atletas com maturação acelerada. Johnson, Farroq, e Whiteley (2017) identificaram que a frequência de atletas em diferentes níveis maturacionais é diferente entre times de primeira divisão e times apenas com categorias de base. Esse comportamento pode ser uma possível justificativa para os resultados do presente estudo. Isso porque, as duas equipes avaliadas não possuem equipes profissionais, e possivelmente os atletas que as compõem podem ter sido excluídos em testes realizados pelas equipes que possuem times profissionais e buscam por atletas com maturação adiantada. (Baxter-Jones et al., 2020)

 

    Mesmo com todos os cuidados metodológicos o estudo limita-se pela comparação com outros experimentos que utilizam equações para estimativa do percentual de gordura diferentes, e da autodeclaração étnica dos atletas que deixa um aspecto subjetivo para o resultado do percentual de gordura. Outro ponto é a utilização da equação de predição da maturação somática pela idade do PVC. Assim, mais estudos são necessários para verificar se em jogadores brasileiros o desempenho em tarefas específicas do futebol é diferente entre categorias, e se atletas de equipes com diferentes níveis (com ou sem time principal) apresentam diferenças entre essas capacidades físicas, nível maturacional e composição corporal.

 

    Considerando que o percentual de gordura é utilizado na avaliação e seleção de atletas, estes devem apresentar valores dentro da média para essa população para a obtenção de melhor desempenho em partidas e treinos (Pérez-Contreras, Merino-Muñoz, e Aedo-Muñoz, 2021; Molina et al., 2021; Espinoza et al., 2021). Com níveis maturacionais semelhantes entre as equipes um treinamento com cargas de treinamento adequadas tem grande influência na manutenção dos baixos níveis dessa variável. Com isso, profissionais da área podem a partir da análise dos seus atletas, quanto ao nível maturacional, composição corporal e tempo e frequência de prática, monitorar o seu desenvolvimento e podem estimar o quão efetivo tem sido o seu método e carga de treinamento para os devidos fins. (Mendez-Cornejo et al., 2022)

 

Conclusão 

 

    Com os resultados encontrados no presente estudo pode-se concluir que mesmo em categorias que apresentam atletas em estágios maturacionais semelhantes observam-se diferenças em variáveis de composição corporal, mostrando que as principais diferenças entre as categorias estão relacionadas à idade biológica e não à idade maturacional.

 

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