Lecturas: Educación Física y Deportes | http://www.efdeportes.com

ISSN 1514-3465

 

Efeitos do exercício físico sobre o sistema imunológico,

o câncer e COVID-19: uma revisão integrativa

Effects of Exercise on the Immune System, 

Cancer and COVID-19: An Integrative Review

Efectos del ejercicio físico en el sistema inmunológico, 

el cáncer y COVID-19: una revisión integradora

 

Elisabete Maria de Oliveira*

elisabetemo@gmail.com

Magnus Benetti**

benettimagnus@gmail.com

 

*Fisioterapeuta, Graduada em Bacharelado em Fisioterapia

pela Universidade do Estado de Santa Catarina

Especialista em Fisioterapia Ortopédica e Traumatológica

Mestra em Ciências do Movimento Humano

Doutora em Ciências do Movimento Humano

pela Universidade do Estado de Santa Catarina

Atualmente professora efetiva da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

**Graduado em Educação Física pela Universidade do Estado de Santa Catarina

Especialista em Reabilitação Cardíaca pelo Instituto do Coração do Hospital

das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Formação em Fisiologia do Exercício e Reabilitação Cardíaca

pela Universidade de Colônia na Alemanha

Mestrado em Atividade Física e Saúde pela Universidade Federal de Santa Catarina

Doutorado em Medicina: Cardiologia e Ciências Cardiovasculares

pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Pós doutorado, na The University of North Carolina at Chapel Hill

na área de Câncer e exercício. Professor efetivo de Fisiologia do Exercício e Fisiopatologia

nos cursos de Educação Física e Fisioterapia, Reabilitação Cardiopulmonar

e Metabólica do Programa de Pós-Graduação - Mestrado e Doutorado

e Coordenador do Laboratório de Oncologia e Exercício - LabOne

e do Grupo de Estudo em Cardio-Oncologia - GECO do Núcleo de Cardiologia

e Medicina do Exercício no Centro de Ciências da Saúde e do Esporte

da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

(Brasil)

 

Recepção: 08/08/2020 - Aceitação: 30/12/2020

1ª Revisão: 17/11/2020 - 2ª Revisão: 14/12/2020

 

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https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt

Citação sugerida: Oliveira, E.M. de, & Benetti, M. (2021). Efeitos do exercício físico sobre o sistema imunológico, o câncer e COVID-19: uma revisão integrativa. Lecturas: Educación Física y Deportes, 25(272), 65-80. Recuperado de: https://doi.org/10.46642/efd.v25i272.2518

 

Resumo

    Investigar informações científicas atualizadas dos efeitos do exercício físico sobre o sistema imunológico, câncer e COVID-19 é o objetivo desta revisão. Método: Revisão integrativa utilizando como palavras chaves: immunology, physical exercise, cancer e COVID. A busca ocorreu entre 04 de maio de 2020 e 31 de julho de 2020 no Portal Capes, nas bases de dados: Scielo, Medline, Lilacs, Pubmed, Science Direct e Bireme e no mecanismo de busca Google Acadêmico, correspondendo ao período entre 2000 e 2020. Os estudos foram classificados pela relevância do tema, revisados por pares, nos idiomas: português, espanhol, italiano e inglês. Utilizou-se como critério de inclusão ensaios clínicos randomizados, revisões sistemáticas, revisões bibliográficas, capítulos de livros, pesquisas experimentais e carta científica que investigassem os efeitos do exercício físico sobre o sistema imunológico o câncer e a COVID-19, e como critérios de exclusão estudos focados exclusivamente nos aspectos nutricionais, odontológicos e psicológicos. Resultados: utilizando-se os termos Immunology AND Physical Exercise AND Cancer encontrou-se 1637 artigos; já quando utilizados: Immunology OR Physical Exercise AND Cancer, encontrou-se 8535 artigos. Quando inserido o termo COVID foram encontrados somente 4 artigos. Para fundamentação teórica, selecionou-se as 24 (vinte e quatro) publicações mais relevantes. Conclusões: o sistema imune é seguramente estimulado por exercícios de leve e moderada intensidade, e exercícios vigorosos vêm se mostrando eficientes para melhorar o enfrentamento do câncer. O Exercício físico regular deve ser estimulado em indivíduos assintomáticos da COVID-19. A imobilidade deve ser evitada, devido ao risco de tromboembolismo venoso (TEV).

    Unitermos: Câncer. Imunologia. Imunidade. Exercício físico. COVID-19.

 

Abstract

    Investigating up-to-date scientific information of the effects of physical exercise on the immune system, cancer and COVID-19 is the objective of this review. Method: an integrative review using as keywords: immunology, physical exercise, cancer, and COVID. The search took place between May 4, 2020, and July 31, 2020, on the Capes Portal, in the databases: Scielo, Medline, Lilacs, Pubmed, Science Direct and Bireme and the Google Scholar search engine, corresponding to the period between 2000 and 2020. The studies were classified by the subject company, peer-reviewed, in the languages: Portuguese, Spanish, Italian, and English. The inclusion criteria for articles, randomized clinical trial, systematic review, bibliographic review, book chapters, research experimental, and scientific chart investigating the effects of physical exercise on the immune system and cancer were used, and exclusion criteria were studies focused exclusively on nutritional, dental, and psychological aspects. Results: using the terms Immunology AND Physical Exercise AND Cancer, 1637 articles were found; when used: Immunology OR Physical Exercise AND Cancer, 8535 articles were found. When the term COVID was inserted, only 4 articles were found. For theoretical foundation, the 24 (twenty-four) most relevant publications were selected. Conclusions: the immune system is certainly stimulated by exercises of light and moderate intensity, and vigorous exercises effective to improve coping with cancer. Regular physical exercise should be encouraged in asymptomatic individuals from COVID-19. Immobility should be avoided, due to the risk of venous thromboembolism (VTE).

    Keywords: Cancer. Immunology. Immunity. Exercise. COVID-19.

 

Resumen

    Investigar información científica actualizada sobre los efectos del ejercicio físico sobre el sistema inmunológico, el cáncer y el COVID-19 es el objetivo de esta revisión. Método: Revisión integrativa utilizando como palabras clave: immunology, physical exercice, cancer y COVID. La búsqueda se realizó entre el 4 de mayo de 2020 y el 31 de julio de 2020 en el Portal de Capes, en las bases de datos Scielo, Medline, Lilacs, Pubmed, Science Direct y Bireme y en el buscador Google Scholar, correspondiente al período comprendido entre 2000 y 2020. Los estudios fueron clasificados según la relevancia del tema, revisados ​​por pares, en idiomas: portugués, español, italiano e inglés. Los criterios de inclusión fueron ensayos clínicos aleatorizados, revisiones sistemáticas, revisiones bibliográficas, capítulos de libros, investigación experimental y gráfico científico que investigó los efectos del ejercicio físico sobre el cáncer y COVID-19, y como criterios de exclusión. estudios centrados exclusivamente en aspectos nutricionales, dentales y psicológicos. Resultados: utilizando los términos Immunology AND Physical Exercice AND Cancer, se encontraron 1637 artículos; al utilizar: Immunology OR Physical Exercice AND Cancer, se encontraron 8535 artículos. Con el término COVID, solo se encontraron 4 artículos. Para fundamentación teórica se seleccionaron las 24 (veinticuatro) publicaciones más relevantes. Conclusiones: el sistema inmunológico es ciertamente estimulado por ejercicios de intensidad suave y moderada, y se demostró que ejercicios vigorosos son efectivos para mejorar el afrontamiento del cáncer. Se debe fomentar el ejercicio físico regular en personas asintomáticas por COVID-19. Debe evitarse la inmovilidad, debido al riesgo de tromboembolismo venoso (TEV).

    Palabras clave: Cáncer. Inmunología. Inmunidad. Ejercicio físico. COVID-19.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 25, Núm. 272, Ene. (2021)


 

Introdução 

 

    A capacidade do sistema imunológico ativando a produção de anticorpos ao reconhecer determinadas estruturas moleculares ou antígenos e em desenvolver uma resposta efetora diante destes estímulos, provocando a sua destruição ou inativação, promove a defesa do organismo. Esta defesa é essencial contra o desenvolvimento de infecções e tumores, contra microrganismos que penetrem no organismo ou contra a transformação maligna de células. O exercício durante o tratamento do câncer melhora a aptidão física, os sintomas e a qualidade de vida em vários grupos de pacientes. Há evidências preliminares de que o exercício pode melhorar a conclusão da quimioterapia em pacientes com câncer de mama em estágio inicial (Morielli, & Courneya, 2020). A realização de exercícios de intensidade moderada pode estimular a eficiência do sistema imunológico (Martínez, & Alvarez-Mon, 1999). Da mesma forma nas infecções virais, como por exemplo a COVID-19, é fundamental otimizar a função do sistema imunológico. (Henriques, Cebola, & Mendes, 2020)

 

    A motivação para agrupar estes temas neste artigo deve-se ao isolamento social imposto pela pandemia do coronavirus, momento em que muitas populações passam meses reclusas em suas residências. Estamos vivenciando o aumento do sedentarismo, a diminuição da prática de exercícios físicos regulares, a redução da procura de tratamento médico por parte de pacientes, o aumento dos fatores de risco de doenças, como câncer.

 

    O presente trabalho tem como objetivo investigar informações científicas atualizadas sobre imunologia, exercício físico, câncer e COVID-19.

 

Metodologia 

 

    Trata-se de uma revisão integrativa (Crossetti, 2012). Os dados foram coletados no período de 04 de maio de 2020 até 31 de julho do mesmo ano. Sintetiza resultados de pesquisas anteriores. Os dados resumidos e comparados permitem com que se obtenha conclusões gerais sobre o problema de pesquisa a partir de um processo de análise sistemático e sumarizado da literatura, focada nos resultados e conclusões oriundos da análise e discussão das informações extraídas dos artigos analisados em resposta aos objetivos. (Crossetti, 2012)

 

    A pesquisa foi realizada com os seguintes termos: Immunology AND Physical Exercise AND Cancer. Nesse sentido, encontrou-se 1637 artigos. Já quando utilizados os termos: Immunology OR Physical Exercise AND Cancer, encontrou-se 8535 artigos. Quando inserido o termo COVID foram encontrados somente 4 artigos. A busca na literatura ocorreu no Portal Capes, nas bases de dados: Scielo, Medline, Lilacs, Pubmed, Science Direct e Bireme e no mecanismo de busca Google Acadêmico. Foram utilizados artigos publicados entre 2000 e 2020, classificados pela relevância, revisados por pares, nos idiomas: português, espanhol, italiano e inglês, incluindo ensaio clínico randomizado, revisão sistemática, revisão bibliográfica, capítulo de livro, pesquisas experimentais e carta científica. Utilizou-se como critério de inclusão artigos que investigassem os efeitos do exercício físico sobre o sistema imunológico, câncer e COVID-19, e como critérios de exclusão estudos focados nos aspectos nutricionais e psicológicos e não no exercício físico.

 

    Como limitações do estudo encontrou-se o fato de não haver dados publicados até o final de julho de 2020, envolvendo resultados da prática de diferentes modalidades de exercícios e o efeito sobre o sistema imunológico em indivíduos com câncer que estavam vivendo a pandemia; também houve momentos em que o lock down foi necessário e aplicado em diferentes países, e com isso os esportes e exercícios em ambientes fechados foram evitados, sendo requeridas medidas de segurança, tais como: higienização mais frequente de equipamentos, distanciamento social, redução do número de pessoas no ambiente, ambiente bem ventilado e reforço dos autocuidados pessoais, para o retorno saudável da prática de exercícios físicos diversos, tornando as pesquisas naquele momento com mais variáveis a serem controladas. Para futuros estudos com esta temática, recomenda-se que pesquisem dados referentes à indivíduos com câncer que praticaram e outros que não praticaram exercício físico regular durante à pandemia, correlacionando com o comportamento do sistema imunológico e estado clínico do período.

 

Resultados 

 

    Foram selecionados 24 (vinte e quatro) artigos para fundamentação teórica, classificados pelo critério de relevância fornecido pelas próprias bases de dados consultadas. A forma de seleção está exposta no Diagrama 1; já os detalhamentos dos estudos são apresentados no Quadro 1.

 

Diagrama 1. Forma de seleção

Diagrama 1. Forma de seleção

Fonte: Elaboração própria

 

Quadro 1. Resultados da pesquisa por efeitos do exercício físico sobre o sistema 

imunológico e o câncer e COVID-19; Período: do ano 2000 até julho de 2020

Autores e Ano

Título

Foco da Pesquisa

Local da Publicação

Tipo

Shetty et al., 2020

An oncologist perspective on COVID 19: A mysterious cryptic virus

Perspectiva da COVID-19

Oral Oncology

Revisão Sistemática

Morielli et al., 2020

Effects of Exercise on Cancer Treatment Completion and Efficacy.

Tratamento do câncer melhora a aptidão física

In Exercise Oncology

Capítulo de livro

Del-Rosal et al., 2020

Therapeutic Physical Exercise Post-Treatment in Breast Cancer: A Systematic Review of Clinical Practice Guidelines

Tratamento do câncer de mama e o exercício físico terapêutico

Journal of Clinical Medicine

Revisão Sistemática

Vulczak et al., 2020

Moderate Exercise Modulates Tumor Metabolism of Triple-Negative Breast Cancer.

Exercício físico e as transformações metabólicas no câncer de mama triplo negativo

Cells

Pesquisa Experimental

Kufel-Grabowska et al., 2020

Supervised high intensity interval physical exercise of young women with breast cancer during neoadjuvant chemotherapy has also a positive impact on the control group (SPORT NATHY trial).

Atividade física e pacientes jovens com câncer de mama

Cancer Research

Ensaio Clínico Randomizado

Wiggenraad

et al., 2020

Long-Term Favourable Effects of Physical Exercise on Burdensome Symptoms in the OptiTrain Breast Cancer Randomized Controlled Trial

Exercício físico no bem-estar emocional auto-relatado em pacientes com câncer

Integrative Cancer Therapies

Ensaio Clínico Randomizado

Anzeneder

et al., 2020

Physical and mental health outcomes of physical exercise training in young cancer inpatients and survivors-a systematic review of RCTs.

Intervenções com atividade física

Kind, Sport und Gesundheit. 12. SGS-Jahrestagung. Basel

Revisão Sistemática

Cataldi et al., 2020

Effect of exercise on cancer-related fatigue: A systematic review

Benefícios do exercício físico

Journal of Human Sport and Exercise

Revisão Sistemática

Yao et al., 2020

Traditional Chinese exercise for cancer-related sleep disturbance: A systematic review and descriptive analysis of randomized controlled trials

Exercício tradicional chinês

Complementary Therapies in Clinical Practice

Ensaio Clínico Randomizado

Campbell et al., 2020

The Effect of Exercise on Cancer-Related Cognitive Impairment and Applications for Physical Therapy: Systematic Review of Randomized Controlled Trials

Exercício e a função cognitiva em idosos

Physical Therapy

Revisão Sistemática de Ensaio Clínico Randomizado

Duarte et al., 2010

Aspectos Moleculares do Sistema Imunológico no Envelhecimento

Sistema imune e prática de exercícios físicos

Revista Eletrônica Acervo Saúde

Revisão bibliográfica

Reis, 2019

O Exercício Físico como Ativador do Sistema Imunológico

Exercício físico e seu efeito modulador

E-BOOK-Patologias e as novas perspectivas terapêuticas

Capítulo de Livro

Reis et al., Duarte, 2018

O papel do exercício físico na ativação de células mononucleares do Sistema Imunológico

Exercício físico moderado e intenso e o sistema imunológico

Revista Eletrônica Acervo Científico

Revisão bibliográfica

Leandro et al., 2002

Exercício físico e sistema imunológico: mecanismos e integrações

Alterações induzidas pelo exercício no sistema imunológico

Revista portuguesa de ciências do desporto

Revisão bibliográfica

Leandro et al., 2007

Mecanismos adaptativos do sistema imunológico em resposta ao treinamento físico.

Sistema imunológico e

treinamento físico

Revista Brasileira de Medicina do Esporte

Revisão bibliográfica

Duarte et al., 2010

Achados Sobre a Influência do Exercício Físico na Fisiologia Imunitária

Benefício do esporte e do exercício físico para o sistema imunológico

Revista Eletrônica Acervo Saúde

Revisão bibliográfica

Ferreira et al., 2007

Efeitos agudos do exercício de curta duração sobre a capacidade fagocitária de macrófagos peritoneais em ratos sedentários

Sistema imunológico, reabilitação e esporte

Brazilian Journal of Physical Therapy

Estudo Experimental

Todo-Bom et al., 2007

Exercício físico: resposta imunoinflamatória

Sistema imunológico e célula natural killer

Rev Port Imunoalergologia

Revisão bibliográfica

Koch, 2010

Immune response to resistance exercise

Sistema imunológico

American Journal of Lifestyle Medicine

Revisão bibliográfica

Michael et al., 2020

Reported Barriers Impeding Adherence to a Physical Exercise Program in Patients with Breast Cancer: A Systematic Review

Exercícios,

Barreiras, percepções e preferências

Rehabilitation Oncology

Revisão Sistemática

Hyatt et al., 2020

i-Move, a personalised exercise intervention for patients with advanced melanoma receiving immunotherapy: a randomised feasibility trial protocol

Exercícios e imunoterapia

BMJ open

Ensaio Clínico Randomizado

Demirci et al., 2020

Reducing the Risk of Venous Thrombosis During Self-Isolation and COVID-19 Pandemic for Patients with Cancer: Focus on Home Exercises Prescription

Relação entre exercício domiciliar, imobilidade, tromboembolismo venoso, Câncer, obesidade e COVID-19

Clin Appl Thromb Hemost

Carta Científica

Regis et al., 2020

Gymnastics-sports activities: health benefits in emergency period CoViD-19. How to organize a quick shot.

Atividade física regular, COVID-19 e o bem-estar da sociedade

Recenti Prog Med

Revisão bibliográfica

 Vallerand et al., 2019

Social Cognitive Effects and Mediators of a Pilot Telephone Counseling Intervention to Increase Aerobic Exercise in Hematologic Cancer Survivors

Aconselhamento de exercícios por telefone para sobreviventes de câncer

J Phys Act Health

Ensaio Clínico Randomizado

Fonte: Elaboração própria

 

Discussão 

 

    A gravidade do câncer e o tratamento afetam o sistema imunológico. Dessa forma, o alto risco de exposição e infecção por contaminação por aerossol e gotículas em cirurgias, os pacientes sob cuidados paliativos ou em caso de emergência, as necessidades médicas do paciente que estão nas diferentes fases do tratamento do câncer e a competência logística de cada hospital para atender às necessidades reais, em tempos de COVID-19, devem ser avaliadas conforme o caso (Shetty, 2020). Exercícios físicos regulares coadjuvantes ao tratamento do câncer necessitam de atenção especial, mesmo antes da pandemia do novo Coronavírus.

 

Exercício físico e imunidade 

 

    O sistema imune é constituído por células e moléculas responsáveis pela proteção contra as doenças infecciosas. Dessa forma, as práticas e cuidados de saúde são essenciais, como a alimentação adequada, bem como a prática de exercícios físicos, entre outros, que geram o fortalecimento imunológico para o indivíduo (Duarte, & Melo-Almeida, 2010). Células do sistema imune, quando expostas a pequenas cargas de estresse, desenvolvem mecanismo de tolerância. Em muitos tecidos tem-se demonstrado que a resposta às situações agressivas parece ser atenuada pelo treinamento físico aplicado previamente, isto é, o treinamento induz tolerância para situações agressivas/estressantes. (Leandro et al., 2007)

 

    O estresse induzido pelo exercício estimula a capacidade fagocitária de macrófagos e neutrófilos. O exercício físico tem importante efeito modulador sobre a dinâmica de células imunocompetentes, além de constante interação com o Sistema Neuroendócrino (Reis, 2019). Assim, tanto o exercício físico moderado quanto o intenso podem acrescer diferentes funções dos mononucleados, incluindo a quimiotaxia, a aderência, a produção de superóxido, a taxa de metabolismo do nitrogênio, a atividade citotóxica e a capacidade fagocítica. (Reis, & Duarte, 2018)

 

    As alterações induzidas pelo exercício no sistema imunológico dependem da intensidade, duração e tipo de exercício físico. Na resposta da fase aguda ao exercício físico, o sistema neuroendócrino e o sistema imunológico interagem através de sinais moleculares na forma de citocinas, hormônios e neurotransmissores. Existe um sistema de intra e intercomunicação que participa como um todo na coordenação, integração e regulação do corpo durante o esforço físico (Leandro et al., 2002).

 

    As células do Sistema Imunológico possuem receptores para as catecolaminas, endorfinas, cortisol e hormônio do crescimento (GH), além de diversos outros mediadores envolvidos na reação ao estresse. O exercício físico realizado em uma carga súbita parece levar às alterações nos níveis e na atividade de células do Sistema Imunológico e durante o exercício é observado um acrescimento na concentração de dopamina e noradrenalina a nível encefálico e consequente secreção de diversos hormônios (Reis, & Duarte, 2018). Os leucócitos totais, particularmente os neutrófilos e células natural killer, mantêm-se elevados no período que se segue ao exercício intenso, enquanto os linfócitos tendem rapidamente a atingir contagens semelhantes ou inferiores aos valores pré-exercício. O exercício intenso pode favorecer um desvio do fenótipo linfocitário Th1 para o fenótipo Th2. As imunoglobulinas, particularmente a IgG, tendem a aumentar transitoriamente. As proteínas de fase agudam e as citocinas, principalmente a IL6 e TNFα, terão intervenções particularmente destacadas neste processo. (Todo-Bom, & Mota-Pinto, 2007)

 

    Os mecanismos subjacentes estão associados à comunicação entre os sistemas nervoso, endócrino e imunológico, sugerindo vias autonômicas e modulação da resposta imune. A classificação do exercício físico ocorre de acordo com a intensidade do esforço: leve, moderado e intenso. Por meio de testes de esforço máximo ocorrem: a avaliação da concentração de lactato no sangue, do consumo máximo de oxigênio (VO2max), e/ou da freqüência cardíaca máxima (FCmax). Exercícios leves alcançam de 20 a 50% do VO2max e da FCmax, exercício moderado de 50-70% do VO2max e da FCmax e o exercício intenso acima de 80% do VO2max e da FCmax. Nos exercícios de intensidade leve e moderada a concentração de lactato no sangue permanece estável (variando entre 2 e 4 mmol/L). (Leandro et al., 2007)

 

    As alterações na imunidade após o exercício resistido parecem ser similares em padrão, mas menores em magnitude do que aquelas normalmente vistas após exercícios de resistência longos e vigorosos e são resolvidas em poucas horas. O treinamento regular parece atenuar a resposta imune ao exercício resistido. Deve-se tomar cuidado para garantir que o treinamento resistido seja planejado, com variação adequada de intensidade e volume ao longo do tempo, para garantir a recuperação entre as sessões e evitar inflamação sistêmica crônica. (Koch, 2010)

 

    Em geral, o exercício físico determina uma imunossupressão transitória, precedida de um aumento da componente celular e humoral de intensidade e duração variáveis, dependendo da natureza do exercício e da susceptibilidade específica aos mediadores libertados. (Todo-Bom; Mota-Pinto, 2007)

 

    O exercício de curta duração promove aumento na capacidade fagocitária, fato esse de relevância para a reabilitação e esporte (Ferreira et al., 2007). O treinamento físico, de intensidade moderada, melhora os sistemas de defesa, enquanto o treinamento intenso causa imunossupressão. (Leandro et al., 2007)

 

    O exercício resistido produz perturbações transitórias na imunidade, incluindo alterações no número de leucócitos circulantes, concentração de citocinas e algumas medidas da função celular. Essas mudanças são tipicamente interpretadas como sendo transitórias e prejudiciais à defesa do hospedeiro. Os mecanismos responsáveis ​​por essas flutuações parecem ser alterações mediadas por neuroendócrinos no tráfego e função celular e alterações mediadas por microtrauma na liberação de citocinas. (Koch, 2010)

 

    O benefício do esporte para a saúde do indivíduo é um conceito muito presente no imaginário popular; embora não possa ser aceito como verdade absoluta. Há sim, comprovado por dados epidemiológicos, menor incidência de doenças bacterianas e virais, assim como menor incidência de neoplasias na população que pratica exercícios físicos (Duarte, & Brandão, 2010)

 

    Há evidências crescentes demonstrando os benefícios do exercício para combater a fadiga relacionada ao tratamento do câncer; no entanto, atualmente pouco se sabe sobre comportamentos e preferências de exercícios de pacientes que recebem imunoterapia. (Hyatt, 2020)

 

Exercício físico e câncer 

 

    O treinamento físico modula a oxidação corporal de macronutrientes para oxidação quase exclusiva de carboidratos, enquanto a condição sedentária metaboliza carboidratos e lipídios. O exercício reduz o crescimento do tumor, com impacto no metabolismo mitocondrial e de macronutrientes. A compreensão dos efeitos antitumorigênicos do exercício físico traz respostas particularmente em relação às transformações metabólicas no câncer de mama triplo negativo. (Vulczak et al., 2020)

 

    A atividade física com intervalo de alta intensidade pode ser recomendada para pacientes jovens com câncer de mama durante a quimioterapia neoadjuvante e pode fazer parte de uma valiosa estratégia de assistência (Kufel-Grabowska et al., 2020). As barreiras, percepções, preferências, motivadores e recomendações identificadas permitirão aos fisioterapeutas otimizar, projetar e implementar um programa completo para o início e a manutenção da atividade física de mulheres com câncer de mama (Michael, Goble, Hawk, & Kujawa, 2020). Há um efeito benéfico preservado e de longo prazo do exercício físico no bem-estar emocional auto-relatado em pacientes com câncer de mama tratadas com quimioterapia. (Wiggenraad et al., 2020)

 

    Os avanços alcançados no diagnóstico e as melhorias por exemplo, no tratamento do câncer de mama resultaram em uma taxa de sobrevivência favorável. O exercício físico terapêutico ETP é apresentado como uma estratégia de intervenção que busca melhorar as capacidades funcionais do sujeito. O mais alto grau de evidência pode ser encontrado na aplicação do ETP para compensar efeitos adversos. Os ETPs ocasionam o aumento da qualidade de vida, redução da fadiga e redução das alterações no peso corporal do paciente. (Del-Rosal-Jurado, 2020)

 

    Intervenções com exercícios físicos resultam em efeitos na saúde física e mental em pacientes jovens internados com câncer e sobreviventes, propiciando benefícios como: ganho de força, diminuição da fadiga e melhora na autoeficácia. (Anzeneder, 2020)

 

    Ensaios clínicos randomizados utilizando-se de exercício tradicional chinês – TCE, incluindo Tai Chi, Baduanjin, Qigong, Yijinjing, Liuzijue e Wuqinxi, para gerenciar distúrbios do sono relacionados ao câncer, mostraram que houve um efeito significativamente positivo nos resultados do sono em comparação com os cuidados usuais, destacando que há um papel potencialmente benéfico de exercício tradicional chinês no alívio dos distúrbios do sono relacionados ao câncer (Yao et al., 2020). O Qigong estimula a regulação da força vital "Qi" por meio da coordenação com exercícios de controle postural, meditação e respiração (Tsang et al., 2003); o Tai Chi envolve uma ampla gama de movimentos físicos que geralmente requerem um alinhamento próximo com imagens e respiração profunda e controlada (Wang et al., 2015); o Baduanjin é baseado na teoria tradicional do “Qi” ou força vital” e consiste em oito movimentos suaves e suaves em coordenação com a respiração, relaxamento e regulação da mente (Wen et al., 2017); o Liuzijue envolve respiração com lábios franzidos e respiração diafragmática, a expiração para fazer seis sons chineses diferentes (xu, he, hu, si, chui e xi) em combinação com seis movimentos dos membros (Xiao et al., 2015); o Yijinjing consiste em 12 seções de movimentos suaves envolvendo posturas físicas, regulação da mente e respiração (Ye et al., 2014); e o Wuqinxi imita as posturas de cinco animais (ou seja, tigres, veados, ursos, macacos e pássaros) junto com a regulação da mente e respiração. (Guo et al., 2018)

 

    O comprometimento cognitivo relacionado ao câncer (ICRC), geralmente chamado de "quimio-cérebro" ou "quimio-névoa", é um efeito colateral comum entre adultos com câncer, que pode persistir bem após a conclusão do tratamento. Evidências acumuladas demonstram que o exercício pode melhorar a função cognitiva em idosos saudáveis e adultos com deficiências cognitivas, sugerindo que o exercício pode desempenhar um papel no gerenciamento de ICRC. (Campbell et al., 2020)

 

Exercício físico, COVID-19 e cancer 

 

    Durante a pandemia da COVID-19, os pacientes com câncer devem ser avisados para serem ativos tanto quanto possível, uma vez que existe uma relação óbvia entre imobilização do membro e tromboembolismo venoso (TEV); porém, a intensidade do exercício é essencial, exercício extenuante (ou seja, ≥ 3 h / semana) tem sido relacionada ao aumento do risco de TEV em pacientes idosos e obesos (Demirci, 2020). Desaconselham-se exercícios extenuantes, devendo ser evitados.

 

    Pacientes com câncer podem realizar exercícios aeróbicos de intensidade moderada, como caminhada rápida, dança, ciclismo por 30 minutos até 5 vezes / semana. Exercícios de bombeamento de panturrilha são seguros e viáveis também para idosos e pacientes acamados com câncer. É importante destacar a necessidade de atenção primaria com a tromboprofilaxia, que não deve ser negligenciada. O escore de Khorana deve ser considerado em pacientes selecionados de alto risco com câncer. (Demirci, 2020)

 

    Os exercícios ativos de dorsiflexão, plantiflexão, inversão e eversão aumentam o retorno venoso nos membros inferiores reduzindo a estase venosa e prevenindo o tromboembolismo (Pescatello, 2014). Da mesma forma, exercícios respiratórios associados a exercícios ativos de tornozelo contribuem para o retorno venoso nos membros inferiores (Sochart, 1999). São exercícios simples que podem ser realizados pelo paciente ao longo do dia, de forma autônoma durante a pandemia.

 

    A atividade física regular concede efeitos significativos à saúde e reduz o risco de morte prematura de qualquer natureza, em particular cardiovasculares em indivíduos assintomáticos. A atividade física é útil na prevenção primária e secundária de doenças cardiovasculares e pulmonares, doenças metabólicas, doenças osteomusculares, câncer e depressão. Pode-se correlacionar inatividade com inflamação crônica de baixo grau e obesidade, na origem de doenças crônicas não transmissíveis. As evidências devem ser levadas seriamente em consideração nesse período de emergência específico do COVID-19. Hábito que deve ser incentivado, a fim de proteger a saúde dos cidadãos e da comunidade, promovendo o bem-estar da sociedade (Regis, & Ganzit, 2020). Certamente reforça-se que devem ser respeitadas as regras de distanciamento social, autocuidado, circulação de ar e higiene do ambiente.

 

    O aconselhamento de exercícios por telefone – TCE, baseadas em estruturas de controle de ação com processos múltiplos podem fortalecer perfis motivacionais, regulatórios e reflexivos que se traduzem em aumento do comportamento do exercício aeróbico em sobreviventes de câncer hematológico (Vallerand, 2020). Durante a pandemia do novo coronavirus, foram autorizados no Brasil os serviços de assistência à saúde por meio de Teleconsulta, Telemedicina, Telerreabilitação e Telemonitoromento, portanto, os profissionais da área da saúde podem se utilizar de plataformas digitais de comunicação para realizar exercícios com os pacientes nos períodos de isolamento social da COVID-19.

 

    São necessários mais estudos para entender melhor os benefícios do exercício físico em pacientes com câncer (Cataldi et al., 2020); assim como, nos pacientes acometidos pela COVID-19.

 

Conclusões 

 

    Ao investigar informações científicas atualizadas sobre imunologia, exercício físico, câncer e COVID-19, conclui-se que o sistema imune é seguramente estimulado por exercícios de leve e moderada intensidade.

 

    A regularidade dos exercícios deve ser estimulada em indivíduos assintomáticos da COVID-19. A inatividade física deve ser evitada, devido ao risco de tromboembolismo venoso – TEV, sendo ativadas as medidas de tromboprofilaxia quando houver indicação e considerando o escore de Khorana.

 

    Podem ser utilizados com os pacientes oncológicos, exercícios aeróbicos de intensidade moderada, como caminhada rápida, dança, ciclismo, exercícios para bombeamento de panturrilha, exercícios ativos de dorsiflexão, plantiflexão, inversão e eversão, exercícios respiratórios associados a exercícios ativos de tornozelo; porém exercícios vigorosos vêm se mostrando também eficientes para melhorar o enfrentamento do câncer, produzindo respostas anticâncer e melhora na qualidade de vida dos sobreviventes.

 

    Contudo, ainda há necessidade de mais pesquisas com metodologias cuidadosamente delineadas para diferentes grupos etários, tipos de câncer, estágio da doença, fase e tipo de tratamento em curso e para pacientes fora do tratamento.

 

    Finalizando, destacam-se os serviços de assistência à saúde, por meio remoto, síncrono e assíncrono, com fundamental importância durante a pandemia do novo coronavirus, para manutenção da atividade física regular dos pacientes.

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 25, Núm. 272, Ene. (2021)