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ISSN 1514-3465

 

Comparação das variáveis de saúde de pacientes 

inativos e ativos fisicamente em hemodiálise

Comparison of Health Variables of Inactive and Physically Active Patients on Hemodialysis

Comparación de variables de salud de pacientes inactivos y físicamente activos en hemodiálisis

 

Kauan Nascimento Silveira*

kauan.nassilveira@gmail.com

Thais Severo Dutra**

thais.severo@hotmail.com

Juliedy Waldow Kupske***

juliedykupske@hotmail.com

Moane Marchesan****

moane.krug@unijui.edu.br

Kalina Durigon Keller+

kkeller@unicruz.edu.br

Paulo Ricardo Moreira++

pmoreira@unicruz.edu.br

Rodrigo de Rosso Krug+++

rkrug@unicruz.edu.br

 

*Acadêmico de Educação Física bacharelado

na Universidade de Cruz Alta (UNICRUZ)

**Acadêmica de Fisioterapia

na Universidade de Cruz Alta (UNICRUZ)

***Licenciada e bacharel em Educação Fisica (UNIJUI)

Mestre em Atenção Integral à Saúde (UNICRUZ/UNIJUI)

Doutoranda em Ciências do Movimento Humano (UFRGS)

Professora substituta dos cursos de bacharelado e licenciatura

em Educação Física da Universidade de Cruz Alta

****Licenciada Plena em Educação Física (UNICRUZ)

Fisioterapeuta (UNICRUZ)

Doutora em Educação Física (UFSC)

Professora do Programa de Residência Multiprofissional em

Saúde da Família (UNIJUI/FUMSSAR)

+Fisioterapeuta (UNICRUZ)

Mestre em Ciências da Reabilitação (UFCSPA)

Professora do curso de Fisioterpia da Universidade de Cruz Alta

++Médico Nefrologista (UFRGS)

Doutor em Nefrologia (UFRGS)

Professor permanente do Programa de Pós-Graduação

em Atenção Integral à Saúde (UNIJUI/UNICRUZ)

+++Licenciado Pleno em Educação Física (UNICRUZ)

Doutor em Ciências Médicas (UFSC)

Professor permanente do Programa de Pós-Graduação

em Atenção Integral à Saúde (UNIJUI/UNICRUZ)

(Brasil)

 

Recepção: 25/07/2020 - Aceitação: 26/08/2021

1ª Revisão: 14/07/2021 - 2ª Revisão: 23/08/2021

 

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https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt

Citação sugerida: Silveira, K.N., Dutra, T.S., Kupske, J.W., Marchesan, M., Keller, K.D., Moreira, P.R., e Krug, R. de R. (2021). Comparação das variáveis de saúde de pacientes inativos e ativos fisicamente em hemodiálise. Lecturas: Educación Física y Deportes, 26(281), 43-61. https://doi.org/10.46642/efd.v26i281.2474

 

Resumo

    Este estudo teve como objetivo comparar variáveis sociodemográficas, de saúde (fragilidade, função cognitiva, depressão e capacidade funcional), aptidão física e qualidade de vida de pacientes ativos e inativos fisicamente submetidos à hemodiálise. Tratou-se de um estudo transversal no qual foram incluídos 39 pacientes com insuficiência renal crônica. Para coleta de dados os instrumentos utilizados foram o pedômetro para avaliar o nível de atividade física pelo número de passos; o teste de caminhada de seis minutos; de sentar e levantar e a dinamometria para avaliar as variáveis da aptidão física; o Questionário Medical Outcomes Short-Form Health Survey (SF-36) para qualidade de vida; o Mini Exame de Estado Mental para o déficit cognitivo; a Escala de Depressão de Beck para os sintomas depressivos; o Questionário Edmonton Frail Scale para fragilidade, além de questionários para as atividades de vida diária. Além disso, foram identificadas características sociodemográficas e de saúde por meio de um questionário. Os dados foram analisados por Teste t para amostras independentes com probabilidade de 5%. Os resultados desta pesquisa evidenciaram que pacientes ativos fisicamente eram mais novos, tinham menor circunferência dos membros superiores e da cintura, menores escores de fragilidade e depressão, melhor percepção de qualidade de vida, e, também menor dependência nas atividades básicas e instrumentais de vida diária. Com base nestes resultados conclui-se que é fundamental estimular pacientes em hemodiálise a realizarem atividades físicas regularmente, a fim de usufruirem dos beneficios relacionados a esta prática.

    Unitermos: Nível de atividade física. Aptidão física. Insuficiência renal crônica. Saúde.

 

Abstract

    This study aimed to compare variables sociodemographic, health (frailty, cognitive function, depression and functional capacity), physical fitness and quality of life of physically active and inactive patients undergoing hemodialysis (HD). The sample of this cross-sectional study consisted of 39 patients with chronic renal failure. For data collection the instruments used were the pedometer to assess the level of physical activity by the number of steps; the six-minute walk test; sit-and-stand test and dynamometry for to evaluate physical fitness variables; the Medical Outcomes Short-Form Health Survey (SF-36) for quality of life; the Mini Mental State Examination for cognitive impairment; the Beck Depression Scale for depressive symptoms; the Edmonton Frail Scale for frailty, and questionnaires for activities of daily living. In addition, sociodemographic and health characteristics were identified through a questionnaire. Data were analyzed by T-test for independent samples with 5% probability. The results of this research showed it was evident that physically active patients are younger, have lower upper limb and waist circumference, lower frailty and depression scores, better perception of quality of life, and also less dependence on basic and instrumental activities of daily living. Based on these results, it is essential to encourage HD patients to perform physical activities regularly, in order to enjoy the benefits related to this practice.

    Keywords: Level of physical activity. Physical aptitude. Chronic renal failure. Health.

 

Resumen

    Este estudio tuvo como objetivo comparar variables sociodemográficas, de salud (fragilidad, función cognitiva, depresión y capacidad funcional), condición física y calidad de vida de pacientes físicamente activos e inactivos en hemodiálisis. Se trata de un estudio transversal con 39 pacientes con insuficiencia renal crónica. Para la recolección de datos, se utilizaron: el podómetro para evaluar el nivel de actividad física por el número de pasos; Prueba de caminata de seis minutos; Sentarse y levantarse y Dinamometría para evaluar variables de aptitud física; Encuesta de Salud de Formato Corto de Resultados Médicos (SF-36) para la calidad de vida; Mini Examen del Estado Mental para el deterioro cognitivo; Escala de Depresión de Beck para síntomas depresivos; Escala de Fragilidad de Edmonton para la fragilidad, además de los cuestionarios para las actividades de la vida diaria. Además, se identificaron características sociodemográficas y de salud a través de un cuestionario. Los datos se analizaron mediante la prueba t para muestras independientes con un 5% de probabilidad. Los resultados de esta investigación mostraron que los pacientes físicamente activos eran más jóvenes, tenían menor circunferencia de extremidades superiores y de cintura, puntajes más bajos de fragilidad y depresión, mejor percepción de la calidad de vida y también menor dependencia en las actividades básicas e instrumentales de la vida diaria. A partir de estos resultados, se concluye que es fundamental incentivar a los pacientes en hemodiálisis a que realicen actividades físicas de manera regular, con el fin de disfrutar de los beneficios relacionados con esta práctica.

    Palabras clave: Nivel de actividad física. Aptitud física. Insuficiencia renal crónica. Salud.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 26, Núm. 281, Oct. (2021)


 

Introdução 

 

    A insuficiência renal crônica (IRC) é caracterizada pela diminuição da função renal, ou seja, quando o rim não consegue exercer mais sua função de filtrar o sangue, comprometendo o organismo humano e provocando complicações clínicas (Pereira et al., 2016). A incidência de IRC vem aumentando progressivamente em todo o mundo e as principais causas da doença são a hipertensão, a diabetes mellitus tipo 2 e as nefrites. (Sesso et al., 2017)

 

    Existem diversos tratamentos para a IRC, porém, quando a função glomerular atinge níveis mais baixos (menores que 15 ml/min) a doença passa a estar em estágio terminal ou dialítico, sendo a hemodiálise (HD) o tratamento mais utilizado. De acordo com o Censo Brasileiro de Diálise do ano de 2016 (Sesso et al., 2017), a prevalência anual de pacientes em programas hemodialíticos no Brasil foi de 92.091 pessoas.

 

    A HD substitui a função fisiológica dos rins prolongando a vida do paciente (Neves et al., 2021), entretanto, pode ocasionar problemas fisiológicos e psicológicos em seu pacientes, tais como a redução da função cognitiva (Roshanravan, Gamboa, e Wilund, 2017), o aumento dos sintomas depressivos (de Araújo, 2021) e da fragilidade. (Matos et al., 2020)

 

    Além disso, a HD causa restrições das atividades cotidianas de seus pacientes devido principalmente ao tempo de tratamento semanal, dificultando o enfrentamento da doença, reduzindo a qualidade de vida (QV) (Silva et al., 2018) e aumentando a incapacidade funcional (Marchesan et al., 2016; Marchesan, Nunes, e Rombaldi, 2014). Estes e demais fatores acabam por influenciarem na redução do nível de atividade física desta população, sendo estes, em sua maioria, inativos fisicamente. (Daltrozo et al., 2014)

 

    O estudo de Araújo Filho (2014) incluiu 108 pacientes de uma clínica de HD localizada em Recife/PE e verificaram, por meio do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), que 77,7% dos pacientes eram inativos fisicamente. Os autores observaram também que os mais pobres eram mais inativos fisicamente, porém, não encontraram outras associações significativas. Outro estudo, utilizando medida direta da atividade física (AF) (acelerômetro tridimensional), observou que o nível de AF foi menor em pacientes em HD quando comparados a indivíduos sedentários saudáveis. (Johansen et al., 2000)

 

    O nível de atividade física (NAF) é uma variável medida por diversos instrumentos, sendo o IPAQ o questionário mais utilizado, inclusive a nível mundial. Porém, este instrumento apresenta uma tendência de superestimar o NAF (Cafruni et al., 2012). Neste sentido, o uso de medidas diretas como pedômetros e acelerômetros registram o movimento do corpo em tempo real (Alves et al., 2013) tornando-se assim uma medida mais fidedigna desta variável.

 

    A Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) realiza anualmente o Censo Brasileiro de Diálise, e embora o estudo apresente um panorama geral da IRC no cenário brasileiro, não explicita dados relativos a prática de AF de pacientes em HD, o que mostra a importância da avaliação desta variável. É essencial conhecer as características de pacientes ativos e inativos fisicamente, pois desta forma pode-se auxiliar em propostas de programas de exercícios físicos, aumentando a adesão e manutenção destas ações. Atualmente, um pequeno número de clínicas oferecem a possibilidade da inserção destes pacientes em programas de exercícios físicos (Barros et al., 2021), embora se evidencie que os exercícios melhorem a capacidade física (Gravina et al., 2020) e qualidade de vida desta população. (Fukushima, Costa, e Orlandi, 2018)

 

    Neste sentido, o objetivo deste estudo foi comparar variáveis sociodemográficas, de saúde (fragilidade, função cognitiva, depressão e capacidade funcional), aptidão física e qualidade de vida de pacientes ativos e inativos fisicamente submetidos à HD.

 

Métodos 

 

    Tratou-se de um estudo observacional, analítico e transversal. Este tipo de estudo tem como objetivo examinar as distribuições das variáveis preditoras e de desfecho e caracterizar as associações entre essas variáveis em medições feitas em uma única ocasião. (Hulley et al., 2015)

 

    A população do estudo foi composta de 91 pacientes da Clínica Renal do Hospital São Vicente de Paulo de Cruz Alta, Rio Grande do Sul, Brasil. Foram incluídos no estudo pacientes com tempo de HD superior há três meses e excluídos os pacientes que estavam internados durante o período da coleta de dados. Participaram da pesquisa todos os pacientes que aceitaram voluntariamente e que estivam realizando tratamento hemodialítico na época da coleta de dados, totalizando 45 pacientes.

 

    O NAF (variável desfecho) foi avaliado pelo pedômetro modelo HJA-310 da marca Onrom®. O pedômetro é um instrumento que permite medir o NAF por meio da quantidade de passos, além de estimar o gasto calórico diário e também a distância percorrida. Os pacientes recebiam o aparelho na saída da sessão de HD, sendo instruídos a utilizar o aparelho sempre em um bolso ou preso na roupa, e somente retirar ao tomar banho e ao dormir. Os pacientes utilizavam o aparelho na saída, passavam o dia seguinte inteiro, e devolviam o pedômetro na chegada da sessão de HD seguinte. Para avaliação foi empregada a seguinte classificação, inativo fisicamente (>7100 passos diários) e ativos fisicamente (≤7100 passos diários). Sendo assim, os pacientes foram avaliados em dois momentos diferentes: NAF em dia de tratamento hemodialítico (primeiras 24 horas de uso do aparelho) e NAF em dia sem tratamento (últimas 24 horas de uso do aparelho).

 

    Como variáveis independentes foram coletadas as seguintes informações:

  • Características sociodemográficas avaliadas por meio de questionário com as seguintes variáveis: Sexo (masculino e feminino); idade em anos; escolaridade (ensino fundamental incompleto, ensino médio incompleto, ensino médio completo e superior); e, tempo de HD em meses de tratamento.

  • Aptidão física avaliada por: Teste de seis minutos de caminhada (TC6) (American Thoracic Society, 2002). Os pacientes foram instruídos a caminhar o mais rápido possível pelo tempo de seis minutos, verificando a distância percorrida nesse tempo; Força de preensão manual, avaliada pela Dinamômetria. O teste foi realizado em três tentativas e o período de recuperação entre as medidas foi de um minuto, sendo a melhor marca das três tentativas utilizada como medida (Bohannon, 2008); Resistência muscular localizada de membros inferiores utilizando o Teste de sentar e levantar. Os pacientes levantaram e sentaram durante 30 segundos, sendo registrado o número máximo de repetições. (Jones, Rikli, e Beam, 1999)

  • Função cognitiva diagnosticada pelo Mini Exame de Estado Mental (MEEM) questionário que contém 30 perguntas sobre orientação temporal e espacial, memória de fixação, evocação, atenção, cálculo e linguagem. Este instrumento foi traduzido e validado para a população brasileira por Bertolucci et al. (1994), sendo utilizado previamente em estudos com idosos, contudo atualmente é o teste mais utilizada para rastreio de déficit cognitivo nesta população (Vanderlinden et al., 2019). A função cognitiva foi medida conforme a escolaridade da amostra, sendo consideradas com provável déficit cognitivo as pessoas sem escolaridade que atingiram valores menores que 19/20 pontos e aquelas com educação formal que atingiram valores menores que 23/24 pontos. (Almeida, 1998)

  • A qualidade de vida foi avaliada pelo questionário Medical Outcomes Study 36 Short Form Health Survey (SF-36), versão validada e traduzida para o Português (Ciconelli, 1999). O instrumento é composto por oito dimensões, totalizando 36 questões que avaliam a capacidade funcional, limitação por aspectos físicos, limitações por aspectos emocionais, saúde mental, dor, vitalidade, aspectos sociais e estado geral de saúde. Cada dimensão gera um escore que varia de zero (pior) a 100 (melhor).

  • Nível das atividades instrumentais de vida diária avaliada pelo teste de Lawton e Brodwy, e classificados em dependente para uma ou mais atividades e independentes (Lawton, e Brodwy, 1969). O instrumento mede o nível em oito tarefas, incluindo uso do telefone, meios de transporte, compras, preparo de refeições, realização de tarefas domésticas, lavar roupas, uso de medicamentos e manuseio de dinheiro. A escala (de 0 a 16) apresenta gradientes cujos extremos são total independência e total dependência. Os pacientes foram classificados em dependentes para uma ou mais atividades (0-11 pontos) e independentes (12-16 pontos).

  • Teste de Barthel utilizado para avaliar o nível de capacidade funcional para as atividades básicas de vida diária (ABVD) (Mahoney, e Barthel, 1965). Foram seguidos os pontos de corte sugeridos por Azeredo, e Matos (2003), na qual foi convertida a escala em três grupos na mesma proporção e consideraram os seguintes pontos de corte: 0-5 significa dependência grave ou total; de 6-11 moderada dependência; de 12-16 ligeira dependência ou independente.

  • Escala de depressão de Beck utilizado para avaliar tendências depressivas (Beck et al., 1996). As categorias são: depressão mínima (0-13), depressão leve (14-19), depressão moderada (20-28) e depressão severa (29-63).

  • Fragilidade por meio do questionário de Edmonton Frail Scale. Os escores para análise da fragilidade são: 0-4 não apresenta fragilidade, 5-6 aparentemente vulnerável, 7-8 fragilidade leve, 9-10 fragilidade moderada, 11 ou mais fragilidade grave. (Fabrício-Wehbe et al., 2013)

    Os dados quantitativos foram analisados por meio de estatística descritiva, utilizando o programa Stata 11.0, sendo as variáveis numéricas descritas em função de suas médias e desvio padrão, e as variáveis categóricas através de porcentagem. Após aplicação de testes de normalidade (Shapiro-Wilk, análise de histogramas, comparações de média e mediana, skewness e kurtosis) a comparação entre os ativos e inativos fisicamente foi realizada por meio do Teste t para amostras independentes. O nível de significância adotado foi de 5%.

 

    Este estudo cumpriu com todos os princípios éticos de acordo com a Resolução nº 466 de 2012, do Conselho Nacional de Saúde e aprovado pelo comitê de ética da Universidade de Cruz Alta com número de parecer 2.547.940. Todos os participantes do estudo tiveram que assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e foi garantida a confidencialidade das informações, a participação voluntária e a possibilidade de deixar o estudo a qualquer momento, sem necessidade de justificativa.

 

Resultados 

 

    Na Tabela 1 estão as características sociodemográficas, de saúde e comportamentais dos pacientes submetidos à HD. Observa-se que a maioria dos pacientes em HD era do sexo masculino (55,6%), inativos fisicamente em dia de HD (86,7%) e sem HD (84,4%), não possuíam sintomas depressivos (65,5%), possuíam algum tipo de perda cognitiva (51,1%), era independente na atividade básica (68,8%) e dependente nas instrumentais de vida diária (57,8%). Além disso, 26,0% possuíam ensino médio incompleto e 40,0% não apresentavam fragilidade (40%).

 

Tabela 1. Características sociodemográficas, de saúde e comportamentais dos pacientes 

submetidos à HD, dados em percentuais. Cruz Alta, Rio Grande do Sul, Brasil, 2019 (n=45)

Variáveis

Frequência

Percentual

Sexo

Feminino

Masculino

 

20

25

 

44,4%

55,6%

Escolaridade

Ensino fundamental incompleto

Ensino Médio incompleto

Ensino Médio completo

Superior

Não responderam

 

9

12

1

9

14

 

20,0%

26,7%

2,2%

20,0%

31,1%

Nível de AF em dia de HD

Inativo fisicamente (>7100 passos diários)

Ativos fisicamente (≤7100 passos diários)

 

39

6

 

86,7%

13,3%

Nível de AF em dia sem tratamento

Inativo fisicamente (>7100 passos diários)

Ativos fisicamente (≤7100 passos diários)

 

38

7

 

84,4%

15,6%

Sintomas depressivos

Nenhuma depressão

Depressão leve

Depressão moderada

Não responderam

 

29

4

5

7

 

64,5%

8,8%

11,1%

15,6%

Fragilidade

Não apresenta

Aparentemente vulnerável

Fragilidade leve

Fragilidade moderada

Fragilidade severa

Não responderam

 

18

3

6

3

1

14

 

40,0%

6,7%

13,3%

6,7%

2,2%

31,1%

Déficit cognitivo

Efetivamente normal

Perda cognitiva leve

Perda cognitiva moderada

Não responderam

 

14

13

10

8

 

31,1%

28,9%

22,2%

17,8%

Atividades básicas da vida diária

Dependência leve

Dependência moderada

Totalmente independente

Não respoderam

 

3

3

31

8

 

6,7%

6,7%

68,8%

17,8%

Atividades instrumentais da vida diária

Dependente para uma ou mais atividades

Independente

 

26

19

 

57,8%

42,2%

Fonte: Autores (2019)

 

    A Tabela 2 mostra que os pacientes em HD pesquisados tinham média de idade de 52,13 ± 13,21 anos, tempo médio de tratamento de 144,07 ± 120,38 meses e índice de massa corporal (IMC) de 26,67 ± 4,20 Kg/m², ou seja, possuíam sobrepeso (IMC>24,9).

 

Tabela 2. Características sociodemográficas e comportamentais dos pacientes submetidos

à HD, dados em valores médios. Cruz Alta, Rio Grande do Sul, Brasil, 2019 (n=45)

Variáveis

Média

Desvio padrão

Idade

52,13

13,21

Tempo de HD

144,07

120,38

IMC

26,67

4,20

Fonte: Autores (2019)

 

    Na Tabela 3 e na Tabela 4 estão às comparações das variáveis sociodemográficas, de saúde e comportamentais dos pacientes submetidos à HD em relação ao NAF (número de passos diários) em dias com e sem tratamento.

 

    Verificou-se que os ativos fisicamente (>7100 passos diários) nos dias de HD eram mais novos (18 a 59 anos), tinham menor circunferência dos membros superiores e da cintura, tinham maiores escores na qualidade de vida nos domínios capacidade funcional e aspectos físicos e tinham menor dependência nas atividades básicas e instrumentais de vida diária quando comparados aos pacientes inativos fisicamente, ou seja, que realizavam 7100 passos diários ou menos (Tabela 3).

 

Tabela 3. Comparação das variáveis sociodemográficas, de saúde 

e comportamentais dos pacientes submetidos à HD em relação ao nível de atividade física 

(número de passos diários) em dias com HD. Cruz Alta, Rio Grande do Sul, Brasil, 2019 (n=45)

Variáveis

Ativos (n=6) média ± desvio padrão

Inativos (n=39)

Média ± desvio padrão

p-valor

Nível de atividade física em dia de HD

Idade

44,66 ± 10,80

59,61 ± 15,62

0,017*

Tempo de HD

92,00 ± 69,28

52,07 ± 51,10

0,221

IMC (kg/m²)

23,80 ± 4,80

27,27 ± 3,91

0,093

Circunferência dos MMSS

27,83 ± 3,18

35,64 ± 18,02

0,051*

Circunferência dos MMII

43,33 ± 6,21

47,42 ± 5,20

0,108

Circunferência da cintura

88,17 ± 23,19

101,96 ± 9,54

0,029*

Circunferência do quadril

84,33 ± 20,88

93,64 ± 18,99

0,298

Aptidão cardiorrepiratória

471,60 ± 163,21

372,72 ± 147,44

0,189

Resistência de MMSS

14,60 ± 4,21

14,08 ± 6,68

0,827

Resistência de MMII

20,67 ± 6,31

18,50 ± 6,80

0,477

Força de preensão manual

31,50 ± 6,65

27,75 ± 10,24

0,285

Função cognitiva

26,60 ± 2,51

24,06 ± 4,50

0,098

Fragilidade

2,20 ± 1,92

5,15 ± 2,80

0,021*

Depressão

3,00 ± 3,16

9,36 ± 6,78

0,005*

Qualidade de vida: Capacidade funcional

 72,00 ± 30,53

56,25 ± 33,72

 0,333

Aspectos físicos

79,20 ± 19,90

52,71 ± 37,03

0,040*

Dor

68,40 ± 29,44

69,31 ± 33,99

0,952

Estado geral de saúde

66,20 ± 19,33

44,59 ± 15,28

0,007*

Vitalidade

73,00 ± 11,51

61,87 ± 23,30

0,122

Aspectos sociais

97,60 ± 5,36

71,46 ± 31,16

0,073

Lim. aspectos emocionais

86,60 ± 29,96

63,53 ± 46,66

0,183

Saúde mental

94,00 ± 9,52

77,67 ± 19,31

0,028*

ABVD

100,00 ± 00,00

95,46 ± 11,59

0,035*

AIVD

0,40 ± 0,89

1,78 ± 2,51

0,034*

Legenda: HD=hemodiálise; IMC=Índice de Massa Corporal; MMSS=Membros superiores; MMII= Membros Inferiores; Lim. aspectos emocionais= Limitações por aspectos emocionais; ABVD= Atividades básicas de vida diária; AIVD=Atividades instrumentais de vida diária; *p≤0,05 para Teste t para amostras independentes. Fonte: Autores (2019)

 

    Na Tabela 4, verificou-se que os ativos fisicamente (>7100 passos diários) tinham menores escores de fragilidade e depressão e melhor percepção de qualidade de vida nos domínios aspectos físicos, estado geral de saúde e saúde mental, além de menor dependência nas atividades básicas de vida diária quando comparados aos pacientes inativos fisicamente.

 

Tabela 4. Comparação das variáveis sociodemográficas, de saúde 

e comportamentais dos pacientes submetidos à HD em relação ao nível de atividade física 

(número de passos diários) em dias sem HD. Cruz Alta, Rio Grande do Sul, Brasil, 2019 (n=45)

Variáveis

Ativos (n=7) média ± desvio padrão

Inativos (n=38)

média ± desvio padrão

p-valor

Nível de atividade física em dia sem HD

Idade

59,20 ± 10,84

57,11 ± 16,53

0,721

Tempo de HD

60,00 ± 50,91

55,33 ± 54,27

0,873

IMC (kg/m²)

24,40 ± 5,47

27,04 ± 3,98

0,250

Circunferência dos MMSS

29,80 ± 3,76

34,96 ± 17,85

0,195

Circunferência dos MMII

43,40 ± 5,55

47,24 ± 5,44

0,162

Circunferência da cintura

88,80 ± 19,49

101,28 ± 12,16

0,069

Circunferência do quadril

97,00 ± 8,00

90,85 ± 20,82

0,273

Aptidão cardiorrespiratória

366,72 ± 140,83

501,60 ± 171,15

0,069

Resistência de MMSS

15,00 ± 2,44

14,04 ± 6,70

0,602

Resistência de MMII

19,20 ± 7,98

18,85 ± 6,57

0,917

Força de preensão manual

26,40 ± 9,76

28,76 ± 9,85

0,624

Função cognitiva

26,60 ± 2,51

24,06 ± 4,50

0,098

Fragilidade

2,20 ± 1,92

5,15 ± 2,80

0,021*

Depressão

3,00 ± 3,16

9,36 ± 6,78

0,005*

Qualidade de vida Capacidade funcional

72,00 ± 30,53

56,25 ± 33,72

0,333

Aspectos físicos

79,20 ± 19,90

52,71 ± 37,03

0,040*

Dor

68,40 ± 29,44

69,31 ± 33,99

0,952

Estado geral de saúde

66,20 ± 19,33

44,59 ± 15,28

0,007*

Vitalidade

73,00 ± 11,51

61,87 ± 23,30

0,122

Aspectos sociais

97,60 ± 5,36

71,46 ± 31,16

0,073

Lim. aspectos emocionais

86,60 ± 29,96

63,53 ± 46,66

0,183

Saúde mental

94,00 ± 9,52

77,67 ± 19,31

0,028*

ABVD

100,00 ± 0,00

95,60 ± 11,43

0,035*

AIVD

0,80 ± 0,83

1,71 ± 2,54

0,133

Legenda: HD=hemodiálise; IMC=Índice de Massa Corporal; MMSS=Membros superiores; MMII= Membros Inferiores; Lim. aspectos emocionais= Limitações por aspectos emocionais; ABVD= Atividades básicas de vida diária; AIVD=Atividades instrumentais de vida diária; *p≤0,05 para Teste t para amostras independentes. Fonte: Autores (2019)

 

Discussão 

 

    Os resultados deste estudo evidenciam que os pacientes ativos fisicamente (>7100 passos diários) nos dias de HD eram mais novos, com menor circunferência dos membros superiores e da cintura, com maiores escores na qualidade de vida nos domínios capacidade funcional e aspectos físicos e com menor dependência nas atividades básicas e instrumentais de vida diária e em dia sem o tratamento hemodialítico os pacientes ativos fisicamente eram menos frágeis e com menores sintomas depressivos, maiores escores na qualidade de vida nos domínios aspectos físicos, estado geral de saúde e saúde mental, além de serem mais independentes para as atividades de vida diária, quando comparados aos pacientes inativos fisicamente.Além disso, a amostra deste estudo apresentou baixo NAF, tanto em dia de tratamento (86,7%), quanto em dias sem tratamento (84,4%).

 

    Pacientes com IRC apresentam menor tolerância ao exercício e baixa capacidade funcional, mesmo nas atividades diárias, quando comparados a indivíduos saudáveis ou pacientes com doença renal (Stringuetta et al., 2012). Nesse sentido, a maioria dos pacientes em HD apresentam baixos níveis de AF, contribuindo e favorecendo o sedentarismo e a deficiência funcional (Fukushima et al., 2018). Cabe destacar que a redução nos níveis e AF está significativamente associada ao pior prognóstico de saúde e mortalidade, sendo que indivíduos menos ativos possuem uma taxa de risco de mortalidade de 3,68 (intervalo de confiança de 95%, 1,55–8,78; p<0,01) quando comparados a mais ativos. (Shimoda et al., 2017)

 

    Acredita-se que esse comportamento inativo ocorra devido a um conjunto de alterações que constituem a síndrome urêmica e causam dispneia, fadiga, dor nos membros inferiores, hipertensão arterial, anemia e fraqueza muscular geral. Isso explica os baixos níveis de atividade física encontrados no presente estudo, independente de ser avaliado em dia de tratamento ou em dia sem HD. (Stringuetta et al., 2012)

 

    Outro fator que interfere significativamente nos NAF destes pacientes, está associado a rotina desgastante e estressante de serem submetidos a exames frequentemente e também a HD três vezes a semana de três a quatro horas, fazendo com que os mesmos não sintam vontade de praticar exercícios regularmente.

 

    De acordo com os resultados deste estudo pacientes ativos fisicamente eram menos frágeis (p=0,021). O fenótipo da fragilidade está significativamente associado à IRC e, conforme o quadro progride, há um maior risco para desenvolver essa patologia (Kupske et al., 2021). Estudos demonstram que pacientes frágeis são menos capazes de suportar o estresse envolvido na HD o que pode se manifestar em menor atividade intradialítica (Warsame et al., 2018). Dessa forma, aumentar o NAF parece ser uma estratégia eficaz para reduzir a fragilidade e as manifestações clínicas deste quadro.

 

    O NAF é influenciado por diversos fatores, dentre eles a idade avançada (Oliveira et al., 2017; Martínez et al., 2011), medidas antropométricas (Duarte et al., 2012), boa percepção na qualidade de vida (Marchesan et al., 2016) e capacidade funcional (atividades básicas e instrumentais de vida diária) (Krug et al., 2008). Estes fatores são afetados tanto pela IRC quanto pela HD.

A prevalência da IRC aumenta com a idade, que ocasiona, juntamente com a doença, maior probabilidade de perda da aptidão física, consequentemente do NAF (Marchesan et al., 2016). Além disso, a HD provoca fraqueza mus­cular generalizada afetando o funcionamento físico, a capacidade funcional (Grasselli et al., 2012) e a qualidade de vida. (Marchesan et al., 2016; Santos, 2012)

 

    Outro achado importante desse estudo foi a relação positiva entre o NAF e qualidade de vida. O estudo realizado por Warsame et al. (2018) evidenciou que pacientes em HD com maiores atividades intradialíticas relataram melhor qualidade de vida relacionada a saúde específica para doenças mentais e renais e aumentaram o interesse em participar de intervenções intradialíticas.

 

    Neste sentido, evidencia-se a importância destas pessoas participarem de programas de reabilitação baseados em exercícios físicos sendo uma terapia adjuvante capaz de promover ganhos relevantes para o controle da IRC, melhorar as variáveis bioquímicas, reduzir a fadiga (Dino, e Campos, 2016), aumentar o NAF (Amaral-Figheroa, 2014), a aptidão física, a capacidade funcional e principalmente melhorar a percepção de qualidade de vida (Marchesan et al., 2016). Existem fortes e positivas evidências para a eficácia e segurança do exercício intradialítico para estes pacientes considerando que o mesmo pode não aumentar a incidência de eventos adversos. (Pu et al., 2019)

 

    Como limitação do estudo destaca-se o mesmo delineamento transversal que não evidencia inferência causal entre as variáveis e a utilização de alguns instrumentos não validados para esta população específica como por exemplo o MEEM. Sugere-se que seja realizado um estudo de seguimento para evidenciar de forma mais efetiva a relação NAF e seus influenciadores.

 

Conclusões 

 

    Evidenciou-se que o NAF de pacientes em HD, está diretamente relacionada a menor idade, menor circunferência dos membros superiores e da cintura, maiores escores na qualidade de vida nos domínios da capacidade funcional e aspectos físicos, e também está relacionada a menor dependência nas atividades básicas e instrumentais de vida diária. Este estudo fornece subsídios para elaboração de estratégias que visem aumentar o nível de atividade física, considerando os benefícios que este comportamento ativo proporciona a esta população, auxiliando no tratamento e principalmente na qualidade de vida.

 

Apoio 

 

    O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001.

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 26, Núm. 281, Oct. (2021)