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ISSN 1514-3465

 

Análise cinemática do salto vertical pré e pós-fadiga

 induzida em atletas de futebol americano

Kinematic Analysis of Vertical Jump Pre and Post Induced Fatigue in Football Players

Análisis cinemático del salto vertical pre y post fatiga inducida en jugadores de fútbol americano

 

Willian Gobetti Soares*

williangobetti@gmail.com

Ana Carolina Passos de Oliveira**

cpo.ana@hotmail.com

Karini Borges dos Santos***

kariniborges2@gmail.com

Jerusa Petrovna Resende Lara****

jprlara@yahoo.com.br

 

*Bacharel em Educação Física

pela Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Graduado em Educação Física pela Universidade Federal do Paraná.

**Bacharel em Terapia Ocupacional pela Universidade Federal do Paraná

Bacharel em Educação Física pela Universidade Federal do Paraná

Mestre em Educação Física, na área de Atividade Física e Saúde pelo Programa

de Pós-graduação em Educação Física da Universidade Federal do Paraná

Doutoranda em Educação Física, na área de Atividade Física e Saúde pelo Programa

de Pós-graduação em Educação Física da Universidade Federal do Paraná

***Graduada em Educação Física (Licenciatura e Bacharelado)

pela Universidade Federal do Paraná

Especialista em Atividades Aquáticas

Mestrado e doutorado na área de Esporte e Exercício

pela Universidade Federal do Paraná com período de intercambio

na Manchester Metropolitan University (UK)

Professora adjunta da Universidade de Brasília com principal atuação

na área de Atividades Aquáticas.

****Graduada em Física pela Universidade Estadual de Campinas

Graduação em Educação Física pelo Centro Universitário Claretiano de Batatais

Mestrado em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas

Doutorado em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas

Doutorado-Sanduíche na Universidade de Lisboa

Atualmente é professora substituta da Universidade Federal do Paraná

e bolsista pós-doutorado da Universidade Federal do Paraná

(Brasil)

 

Recepção: 26/05/2020 - Aceitação: 21/08/2020

1ª Revisão: 11/07/2020 - 2ª Revisão: 30/07/2020

 

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https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt

Citação sugerida: Soares, W.G., Oliveira, A.C.P. de, Santos K.B. dos, & Lara, J.P.R. (2020). Análise cinemática do salto vertical pré e pós-fadiga induzida em atletas de futebol americano. Lecturas: Educación Física y Deportes, 25(269), 79-91. Recuperado de: https://doi.org/10.46642/efd.v25i269.2290

 

Resumo

    Introdução: O futebol americano é caracterizado por um jogo de conquista de território que exige constantes ações de elevada intensidade em curtos períodos de intervalo durante toda a partida. Objetivo: Analisar o salto vertical com contramovimento, sob a indução de fadiga e os efeitos da coordenação articular do movimento sob a altura saltada em atletas de futebol americano. Metodologia: nove atletas amadores de futebol americano (25,22 ± 4,80 anos, 179,67 ± 6,15 cm e 89,78 kg ± 23,78 kg) realizaram um conjunto de testes compostos por salto vertical máximo, protocolo de fadiga Wingate, e novas tentativas de saltos máximos imediatamente após o termino da indução a fadiga, 30 segundos e 60 segundos após. Resultados: Houve diferença na altura máxima atingida no salto e coordenação de joelho e tornozelo esquerdo entre pré e imediatamente após o teste de Wingate. Correlações moderadas entre altura saltada e extensão máxima do quadril esquerdo e máxima extensão de tornozelo direito. Simetria bilateral foi mantida durante todo o teste. Conclusão: alterações biomecânicas do salto são verificadas principalmente logo após indução da fadiga. Parece que os atletas de futebol americano conseguem recuperar-se em curto período de tempo após indução a fadiga e voltar ao desempenho do salto inicial, ao mesmo tempo que mantém simetria do movimento.

    Unitermos: Futebol Americano. Fadiga. Desempenho físico funcional.

 

Abstract

    Introduction: Football is characterized by territory conquest that requires constant high intensity actions at short intervals throughout the match. Objective: Analyze the countermovement vertical jump under the induction of fatigue and the effects of the joint coordination of the movement in football players. Methods: Nine football players (25.22 ± 4.80 years, 179.67 ± 6.15 cm and 89.78 kg ± 23.78 kg) performed a set of tests composed by maximum vertical jump, Wingate fatigue protocol, and retries for maximum jumps immediately after the end of fatigue induction, 30 seconds and 60 seconds after. Results: There was a difference in the maximum height reached in the jump and in the left knee and ankle coordination between pre and immediately after the Wingate test. Moderate correlation between jump height and maximal left hip extension and maximal right ankle extension. Bilateral symmetry was maintained throughout the test. Conclusion: biomechanical changes in vertical jump are verified mainly immediately after fatigue induction. It seems that football players can recover in a short period of time after fatigue induction and return to the initial jump performance, while maintain movement symmetry.

    Keywords: Football. Fatigue. Physical Functional Performance.

 

Resumen

    Introducción: el fútbol americano se caracteriza por un juego de conquista de territorio que requiere acciones constantes de alta intensidad en breves intervalos durante todo el juego. Objetivo: Analizar el salto vertical con contramovimiento, bajo inducción de fatiga y los efectos de la coordinación articular del movimiento bajo la altura del salto en jugadores de fútbol americano. Metodología: nueve futbolistas aficionados (25,22 ± 4,80 años, 179,67 ± 6,15 cm y 89,78 kg ± 23,78 kg) realizaron una batería de pruebas compuesta por salto vertical máximo, protocolo de fatiga Wingate y reintentos de saltos máximos inmediatamente después del final de la inducción de fatiga, 30 segundos y 60 segundos después. Resultados: Hubo diferencia en la altura máxima alcanzada en el salto y coordinación de rodilla y tobillo izquierdo entre antes e inmediatamente después de la prueba de Wingate. Correlaciones moderadas entre la altura del salto y la extensión máxima de la cadera izquierda y la extensión máxima del tobillo derecho. La simetría bilateral se mantuvo durante toda la prueba. Conclusión: los cambios biomecánicos en el talón se verifican principalmente después de la inducción de la fatiga. Parece que los deportistas de fútbol americano son capaces de recuperarse en un corto período de tiempo tras inducir la fatiga y volver a la ejecución del salto inicial, manteniendo la simetría del movimiento.

    Palabra clave: Fútbol Americano. Fatiga. Rendimiento físico funcional.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 25, Núm. 269, Oct. (2020)


 

Introdução 

 

    O futebol americano consiste em um jogo de conquista de território com objetivo principal de cruzar o campo do adversário com a posse de bola até sua zona final, desta forma ocorre a maior pontuação do jogo em um único lance, também conhecido como touchdown (CBFA, 2018). Em função de sua característica de avanço de território, há uma alta incidência de colisões entre jogadores, portanto é necessário que os participantes possuam características apropriadas de velocidade, agilidade, força e potência (Comachio et al., 2015). De fato, uma das principais características dos atletas de futebol americano é a potência de membros inferiores, essencial principalmente no início de cada jogada, nas mudanças de direção e nas tarefas como carregar, bloquear e atacar (Kraemer, 1997; Lockie et al., 2012; Secora, 2002; Severo-Silveira et al., 2017), situações em que o indivíduo sai de um estado de inércia e precisa alcançar a maior velocidade possível para ganhar vantagem sobre o adversário a sua frente, seja em um bloqueio, um passe, um tackle (mecânica utilizada para derrubar o jogador com a posse de bola), ou até mesmo em um salto vertical para alcançar uma bola aérea. Assim, a cada jogada é exigido dos jogadores a capacidade física máxima. (Perrella, Noriyuki, & Rossi, 2005)

 

    A potência muscular de membros inferiores e a capacidade de gerar força muscular são características de mesma importância para todas as posições dentro do futebol americano, sendo um dos principais fundamentos técnicos do próprio esporte (Vural, Nalcakan, & Özkol, 2009). Os jogadores necessitam de grande força muscular para empurrar, tacklear, saltar e responder a demais tarefas que ocorrem constantemente durante toda a partida do futebol americano. (Secora, 2002)

 

    O jogo tem duração total de 48 minutos, com pausas entre cada uma das jogadas para que os times possam definir a melhor estratégia para a jogada seguinte. Lockie e colaboradores (2012) relatam que, as ações em jogos de futebol americano são realizadas em 5 segundos, com intervalo entre as jogadas de pelo menos 30 segundos, evidenciando que o sistema fosfagênio providencia 90% da energia requerida, e o sistema glicolítico contribui com apenas 10%. Uma vez que o jogo exige uma intensidade muito elevada em intervalos de curta duração, nota-se a necessidade de prática de avaliações dos atletas condizentes com a demanda do esporte, como por exemplo, a mensuração de força e potência de membros inferiores através da análise do salto vertical. No estudo de Tequiz Rojas et al. (2020) verificou-se uma melhora significativa da força reativa nos jogadores de futebol, após um treino usando saltos pliométrico, podendo indiretamente melhorar aspectos básicos do desempenho físico e técnico-tático, como desmarcação e controle de bola. De fato, para os jogadores que buscam adentrar na Liga Profissional Norte-Americana de Futebol Americano (National Football League - NFL) são realizados testes que avaliam potência de membros inferiores, como o tiro de 40 jardas, o salto horizontal e o salto vertical. (Scouting Combine da NFL)

 

    Outro fator a ser considerado se relaciona com o tempo total da partida, uma vez que devido às pausas, os jogos de futebol americano podem durar até quatro horas, diminuindo a capacidade que um atleta tem de gerar potência máxima durante toda a partida e aumentando a probabilidade da ocorrência de lesão em resposta ao alto nível de fadiga (Clebis & Natali, 2008). De fato, lesões nos membros inferiores são frequentes em jogadores de futebol americano e a fadiga muscular compreende um dos fatores de risco associados (Lamplot, & Matava, 2016). A fadiga neuromuscular tem sido descrita em humanos como qualquer redução induzida pelo exercício na força voluntária máxima ou potência produzida, por um músculo ou grupo muscular e é determinada pelo tipo de contração muscular, a intensidade do exercício e a duração do exercício. (Lockie et al., 2012)

 

    Estudos sobre a fadiga muscular analisada a partir do ciclo alongamento-encurtamento são descritas como um exame mais aproximado da realidade esportiva quando se trata de fadiga neuromuscular (McLellan, Lovell, & Gass, 2011), o mesmo viabiliza observar as alterações causadas no salto vertical com contramovimento e após processo de fadiga (Gallina, 2009; Rodacki, Fowler, & Bennett, 2002). Faz se importante o estudo para compreensão de como atuam as coordenações articulares durante um salto vertical com contramovimento quando um indivíduo está em fadiga, sendo este um teste de potência de membros inferiores muito importante na seleção e preparação de atletas de futebol americano (Robbins, 2010). Sendo assim, o objetivo do presente trabalho é analisar, a partir do ponto de vista da cinemática, o salto vertical com contramovimento, sob a indução de fadiga e os efeitos da coordenação articular do movimento sob a altura saltada em atletas de futebol americano.

 

Métodos 

 

Amostra 

 

    A amostra foi composta por 9 atletas amadores de futebol americano do sexo masculino com média de idade de 25,22 (± 4,80 anos), altura de 179,67 (± 6,15cm) e peso 89,78 (± 23,78 kg). Foi realizado o cálculo amostral, segundo software Gpower (Kennedy, 2017) e a variável determinante sendo a altura do salto sob fadiga, com tamanho do efeito de 0,91. O teste adotado foi a priori, o erro adotado foi de 0,05 e poder estatístico 0,85, resultando em um número amostral de 9 sujeitos.

 

    Os critérios de inclusão compreenderam experiência competitiva mínima de 1 ano, com frequência de prática de exercício físico mínima de 6 vezes na semana, sendo 3 vezes de treino de futebol americano e 3 vezes de treinamento resistido. Além de ser exigido treinamento de salto vertical nos treinamentos resistidos. A amostra foi composta por atletas das posições Cornerback, Quarterback, Defensive Lineman, Ofensive Lineman, Wide Receiver e Running Back.

 

Instrumentos e procedimentos 

 

    Anterior à coleta de dados, foi realizada uma breve anamnese em forma de entrevista com os sujeitos, individualmente, para certificar que o indivíduo compunha os critérios de inclusão supracitados. Os participantes foram instruídos a vestir uma roupa específica fornecida (justa e escura para melhor reconstrução do movimento pelos marcadores reflexivos) e foram também esclarecidos quanto a execução do movimento solicitado, isto é: iniciado com a extensão dos braços até estarem alinhados com quadril e tornozelo, iniciando o contramovimento do salto pela flexão do braços e tronco, com consequência da flexão de quadril e joelho, evitando tirar os calcanhares do chão, e executando em seguida a extensão dos membros de forma rápida, tentando alcançar a maior altura de salto possível. Não foi imposto ao indivíduo amplitude de flexão e extensão deveria ser executado.

 

    Para se ambientar ao salto vertical com contra movimento em laboratório, foi solicitado que o participante executasse dois saltos visando a maior amplitude vertical. A partir disso, os sujeitos realizaram 3 saltos verticais com contramovimento, sendo utilizado para análise o salto de maior altura. A altura do salto foi medida pela diferença da média (de 20 quadros), da coordenada vertical (Z) do marcador posicionado no sacro, no instante prévio ao salto e ao valor máximo atingido pelo marcador no sistema de coordenadas global do laboratório. Em seguida, cada participante realizou o protocolo de fadiga de teste máximo de Wingate, com duração de 30 segundos e carga relativa a 7,5% do peso corporal do indivíduo em quilogramas. O teste é realizado em uma bicicleta ergométrica acrescida da carga extra em kilopounds ou 0,075 kp/kg, de acordo com Zupan et al. (2009).

 

    Foi mensurada a altura do banco do ciclo ergômetro a partir da crista ilíaca do avaliado, para que ele não tivesse uma extensão completa do joelho e tornozelo. O participante realizou 3 minutos de aquecimento e reconhecimento do equipamento e ao final dos 3 minutos foi feito uma tentativa teste com a carga, com duração de 5 a 10 segundos, para o atleta reconhecesse a carga que seria trabalhada. A instrução durante o teste foi de que o atleta deveria pedalar o mais rápido possível e com seu esforço máximo.

 

    Durante o teste de fadiga foi dado incentivo verbal para que o atleta não parasse de pedalar durante o tempo total de teste (30 segundos). Logo após o protocolo de fadiga o indivíduo executou mais 3 tentativas salto vertical, sendo a primeira logo após o protocolo (Pós 1) seguido de 30 segundos de descanso. O segundo salto foi executado (Pós 2) seguido de mais 30 segundos de descanso e finalmente o último salto (Pós 3). A Figura 1 ilustra o protocolo de coleta de dados realizado

 

Figura 1. Esquema representativo da coleta de dados

Figura 1. Esquema representativo da coleta de dados

 

Protocolo para análise cinemática do salto vertical 

 

    Para a realização da análise cinemática do salto vertical, foi utilizado o sistema Vicon® (Denver, USA), composto por onze câmeras infravermelhas (100 Hz) de captura óptica fixadas no teto do laboratório e cobrindo todo volume de salto. Todas as câmeras estavam ligadas ao MX Control (Giganet) que possui o objetivo de integrar o sistema e, assim, sincronizá-las ao mesmo tempo. O processamento dos dados foi realizado no software Nexus™ versão 2.0. O modelo biomecânico utilizado foi o Plug-in Gait Lower Body Sacro composto por 15 marcadores reflexivos, posicionados em acidentes anatômicos.

 

Análise dos dados 

 

    As coordenadas tridimensionais de cada marcador foram filtradas com um filtro, passa baixa, Butterworth de 2° ordem com frequência de corte de 6 Hz. Foram calculadas as variáveis para os 4 saltos analisados (Pré, Pós 1, Pós 2 e Pós 3):

  1. Altura do salto vertical (H);

  2. Máximo do ângulo de flexão de quadril, joelho e tornozelo (direito e esquerdo) durante o salto vertical (θQmax, θJmaxeθTmax).

  3. Tempo que ocorreu o máximo de flexão de quadril, joelho e tornozelo (direito e esquerdo) durante o salto vertical (tθQmax, tθJmaxetθTmax), considerando o instante inicial o momento em que há diminuição da altura do marcador posicionado nas espinhas ilíacas;

  4. Diferença temporal entre máximo de flexão do quadril e joelho e joelho e tornozelo (direito e esquerdo) durante o salto vertical como medida de coordenação interarticular (CoordθQJ e CoordθJT).

Análise estatística 

 

    Os dados foram apresentados em média e desvio padrão, assim como o percentual de variação da altura saltada, nos quatro instantes da coleta. A normalidade dos dados foi testada por meio do teste Shapiro-Wilk. As variáveis nos instantes de salto vertical, Pré (antes da fadiga) e pós fadiga, foram comparadas através de uma análise de variância (One-way) com nível de significância de p<0,05. Foi utilizado o teste post hoc de Bonferroni para identificar as diferenças encontradas. Para análise de correlação, entre a altura saltada e as variáveis medidas, foi utilizado o Coeficiente de Correlação de Pearson. A classificação adotada foi de acordo com Mukaka (2012).

 

Resultados 

 

    A altura média de 52,98 ± 93,4 cm antes do protocolo de fadiga ser aplicado (Pré), sendo que o indivíduo que obteve maior amplitude do salto vertical obteve 65,93 cm de altura e o indivíduo com menor amplitude teve 37,21 cm. Imediatamente após o protocolo de fadiga (Pós 1) observa-se que a média saltada decaiu em 26,57%. Após 30 segundos à aplicação do protocolo de fadiga foi obtido uma melhoria de 10% na média em comparação ao Pós 1 (imediatamente), porém em comparação ao Pré (antes da fadiga) pode se observar uma queda de 19%. Ao analisarmos a avaliação feita 60 segundos após o protocolo de fadiga(Pós 3), temos novamente uma melhoria de 10% com relação ao Pós2 e a perda da amplitude do salto foi de apenas 12% em relação ao primeiro teste.

 

    Em adição a tabela demonstra aos valores de flexão de quadril, flexão de joelho e da dorsiflexão (lado direito e esquerdo do avaliado), considerando amplitudes a partir de um início em 0˚ até o ponto final da flexão, para que então seja efetuada a extensão das articulações até que ocorra o salto vertical. Foi verificada também a amplitude de extensão das mesmas articulações para os mesmos tempos, observando se a articulação ainda estaria flexionada enquanto os indivíduos iniciam a fase aérea.

 

    Quando nos referimos a coordenação, o tempo é uma variável importante, assim, foram analisados os tempos máximos em milésimos de segundos (ms) de flexão do quadril direito (TmaxFlexQd) e esquerdo (TmaxFlexQe), flexão do joelho direito (TmaxFlexJd) e esquerdo (TmaxFlexJe) e Dorsiflexão do lado direito (TmaxFlexTd) e esquerdo (TmaxFlexQe). O tempo de extensão da articulação foi medido partindo do ponto máximo de flexão, até o ponto de máxima extensão da mesma (Tabela 1).

 

Tabela 1. Valores de média (M), desvio padrão (D. P.) da altura (mm), dos ângulos (°) máximos de flexão e extensão, tempos (ms) para atingir os máximos de flexão e extensão de cada uma das articulações e a diferença temporal entre o alcance máximo articular (coordenação interarticular)

 

Momentos do teste

Pré

Pós 1

Pós 2

Pós 3

F

Sig.

M

D. P.

M

D. P.

M

D. P.

M

D. P.

 

 

Altura#

529,8

93,4*

389,0

79,9

426,5

71,2

466,5

81,5

4,87

0,01

MaxflexQuadrilD

89,9

18,4

88,2

11,5

91,5

11,2

90,6

22,1

0,06

0,98

MaxflexJoelhoD

75,8

7,2

83,0

13,4

68,6

20,9

75,6

17,7

1,26

0,31

MaxflexTornozD

17,0

10,7

18,3

9,7

14,2

8,2

15,4

9,5

0,31

0,82

MaxExtQuadrilD

-0,7

8,2

-1,5

7,5

1,1

6,0

0,2

7,3

0,22

0,88

MaxExtJoelhoD

-3,6

3,6

-4,2

4,8

-4,1

3,3

-3,6

4,9

0,05

0,99

MaxExtTornozD

-30,1

10,7

-34,6

9,3

-31,5

9,7

-29,0

8,6

0,58

0,63

MaxflexQuadrilE

92,2

16,9

89,1

11,6

93,4

14,2

90,7

22,2

0,11

0,95

MaxflexJoelhoE

80,3

13,9

81,1

14,6

79,7

19,4

78,4

20,0

0,04

0,99

MaxflexTornozE

17,1

11,0

18,3

9,3

15,3

8,5

16,7

7,5

0,16

0,92

MaxExtQuadrilE

-1,5

8,8

-0,8

9,5

0,6

7,4

-0,1

7,7

0,10

0,96

MaxExtJoelhoE

-2,7

3,6

-4,0

5,5

-4,2

3,9

-5,0

5,0

0,43

0,73

MaxExtTornozE

-25,4

10,1

-28,0

8,1

-27,9

8,2

-29,1

12,3

0,23

0,87

TmaxFlexQE

88,1

16,9

90,6

25,2

87,9

17,0

73,9

17,4

1,36

0,27

TmaxFlexJE

92,6

23,5

97,7

23,4

95,1

17,7

96,4

27,3

0,08

0,97

TmaxFlexTE

100,1

39,2

89,3

37,3

80,6

22,3

80,2

27,9

0,75

0,53

TmaxFlexQD

88,8

17,2

92,1

24,9

88,1

17,0

72,7

17,0

1,81

0,16

TmaxFlexJD

96,7

25,8

95,0

26,9

95,7

17,5

97,6

26,0

0,02

1,00

TmaxFlexTD

103,9

39,7

91,1

40,6

83,0

22,6

84,2

27,2

0,74

0,54

TmaxEXTQE

51,3

11,5

57,1

13,0

60,9

16,7

68,3

32,2

1,13

0,35

TmamEXTJE

40,7

11,8

41,4

13,3

39,2

11,6

37,2

12,1

0,21

0,89

TmaxEXTTE

34,4

5,9

42,6

10,5

39,1

9,3

39,3

8,4

1,34

0,28

TmaxEXTQD

51,6

12,0

55,6

14,4

58,3

14,2

69,9

32,6

1,38

0,27

TmaxEXTJD

36,1

15,0

44,1

14,0

38,4

12,9

36,7

11,8

0,66

0,58

TmaxEXTTD

31,7

9,1

39,3

22,5

39,3

12,2

29,8

11,9

1,24

0,31

CoordQJD

-7,9

28,5

-2,9

20,2

-7,6

21,6

-24,9

31,9

1,60

0,21

CoordJTD

3,6

26,8

17,3

27,8

21,0

23,7

28,8

21,1

0,96

0,43

CoordQJE

-4,4

24,7

-7,1

15,9

-7,2

23,1

-22,6

34,2

0,96

0,43

CoordJTE#

3,2

28,1*

42,8

32,5

22,9

24,3

31,7

25,7

3,25

0,03

Fonte: elaboração própria, #diferença significativa entre os testes p <0,05; 

*diferença significativa entre os momentos Pré e Pos 1.

 

    A altura saltada apresentou diferença significativa (p=0,01 e F=4,874) entre os instantes Pré (antes da fadiga) e pós fadiga. No teste Post hoc, a diferença encontrada (p=0,005) é apenas entre Pré (antes da fadiga) e Pós 1 (imediatamente após o teste de Wingate) com uma diferença entre as médias de 14,09 cm (Figura 2A).

 

    A diferença do tempo de flexão do joelho (Figura 2B) esquerdo e do tornozelo esquerdo apresentou diferença significativa (p=0,034 e F=0,452) entre os instantes Pré (antes da fadiga) e pós fadiga. A diferença encontrada é apenas entre Pré (antes da fadiga) e Pós 1 (imediatamente após o teste de Wingate) (p=0,024) com uma diferença entre as médias de 39,56 ms (Figura 2B).

 

    Para os extensores, é notória a diferença, entre momento Pré (antes da fadiga) e imediatamente após indução de fadiga (Pós 1), para a articulação do tornozelo. Uma assimetria bilateral mais acentuada ao ângulo máximo de extensão do lado direito em relação ao esquerdo.

 

    As Figuras 2 C, D, E e F demonstram que ao fadigar os indivíduos modificaram o tempo que efetuaram a máxima amplitude de flexão e a extensão de cada segmento, assim tendo modificações do padrão motor utilizado no início para o último salto. Nota-se no instante Pré (antes da fadiga) que os indivíduos têm um tempo médio de flexão do quadril menor que o tempo médio da flexão do joelho e este ainda menor que tempo médio para efetuar a dorsiflexão. A partir do Pós 1 temos uma modificação do tempo flexão de cada uma das articulações, onde o joelho passa a ser a última a efetuar a flexão, seguido pelo quadril e então pelo tornozelo, essa diferença se acentua no Pós 2, porem há um breve modificação no Pós 3 onde o quadril passa a ser a última articulação a flexionar, sendo seguido pelo tornozelo e após esta que efetua a flexão do joelho.

 

    Ao observarmos a Figura 2 G e H. percebemos que apenas a máxima flexão do joelho direito e esquerdo tem uma diferença em cada uma das fases, efetuando uma análise a partir das médias dos valores angulares, isso possivelmente se deve a fadiga do flexores do joelho que afetam o movimento ao todo, onde o joelho do membro direito efetuou mais flexão em relação ao esquerdo. Não foram encontradas diferenças significativas pré e pós fadiga, porem podem ser observados um aumento de assimetria do joelho, entre as fases Pós 1 e Pós 2.

 

    Correlação moderada foi encontrada (nível de correlação de 0,40 a 0,69) entre os dados altura e máxima extensão do tornozelo direito (p=0,004,r=-0,460) com um nível de significância de 0,04, também entre a altura e a máxima extensão do quadril esquerdo com (p=0,011,r=-0,406) e nível de significância de 0,011, sendo as duas negativas. Isso significa que quanto mais elevado for a altura do salto, maior será a extensão do quadril e do tornozelo e vice-versa, logo menor deve ser o valor apresentado por essas duas variáveis. Todas as outras variáveis do estudo apresentaram correlações fracas (p=0. 20 a 0. 39) ou muito fracas (p=0,00 a 0,20).

 

    As variáveis que apresentaram nível de significância quando correlacionadas a altura do salto vertical foram, máxima flexão e extensão do quadril direito (MaxflexQuadrilD p=0,023 e MaxExtQuadrilD p=0,031), máxima flexão e extensão do tornozelo direito (MaxflexTornozD p=0,016 e MaxExtTornozD p=0,004) e máxima flexão e extensão do quadril esquerdo (MaxflexQuadrilE p=0,035 MaxExtQuadrilE p=0,011). Além das variáveis de flexão e extensão temos também que o tempo máximo da extensão do joelho direito (TmaxeXTJd p=0,026) e o tempo máximo da extensão do tornozelo direito (TmaxEXTTd p=0,041).

 

Figura 2. A) Altura Saltada e B) Coordenação articular entre joelho e tornozelo Préfadiga, C, D, E e F: Tempo para atingir máxima amplitude de flexão (C e D) e extensão (E e F) para as articulações do quadril, joelho e tornozelo direito e esquerdo, respectivamente; G e H: ângulo de flexão (G) e extensão (H) do quadril, joelho e tornozelo durante o salto vertical antes e após indução de fadiga.

Figura 2. A) Altura Saltada e B) Coordenação articular entre joelho e tornozelo Préfadiga, C, D, E e F: Tempo para atingir máxima amplitude de flexão (C e D) e extensão (E e F) para as articulações do quadril, joelho e tornozelo direito e esquerdo, respectivamente; G e H: ângulo de flexão (G) e extensão (H) do quadril, joelho e tornozelo durante o salto vertical antes e após indução de fadiga.

 

Discussão 

 

    Este estudo teve como objetivo analisar o salto vertical com contramovimento, sob a indução de fadiga e os efeitos da coordenação articular do movimento sob a altura saltada em atletas de futebol americano. O principal resultado aponta para uma diferença na altura saltada no teste pré e pós-fadiga em todos os instantes (Figura 2), com maior alcance na altura no teste Pré (antes da fadiga) em relação ao teste Pós (indução de fadiga).

 

    A altura do salto atingida antes do protocolo de fadiga foi próximo aos reportados na literatura para jogadores e atletas de futebol americano (Comachio et al., 2015; Torreblanca-Martinez, Otero-Saborido, & Gonzalez-Jurado, 2017), demonstrando que esse é um esporte que exige dos atletas a capacidade de gerar potência a partir dos membros inferiores. Por outro lado, a interferência da fadiga encontrada foi maior que a reportada por Torreblanca et al. (2017), que verificou alteração de 17,25% (salto de 38,2 ± 2,7cm e passou a ser 31,7 ± 3,5cm), comparada ao presente estudo que verificou 26,57% (Pré=52,98 ± 9,34 cm, Pós 1=38,9 ± 79,9 cm).

 

    A fadiga dos músculos extensores da coxa alteraram a mecânica de movimento utilizada pelos indivíduos, tornando a mecânica não tão ótima quanto na situação Pré fadiga (Rodacki, Fowler, & Bennett, 2001). No estudo de foram observadas alterações no plano próximo distal das variáveis biomecânicas, após a fadiga (Wong, Huang, & Chen, 2020). Em acordo com o achado, no presente estudo houveram mudanças na mecânica próximo-distal do tornozelo que no pós-fadiga precedeu o movimento do joelho. Outra alteração correspondeu ao tempo da fase de contramovimento e a fase de salto, sendo que no presente estudo, o tempo de extensão do joelho e tornozelo direito tiveram significância em comparação a altura do salto. Na literatura é disposto que o tempo de contramovimento é importante para que a fase em que o indivíduo efetue a extensão até o salto seja executada com maior eficiência e como podemos observar a partir dos tempos de extensão de cada uma das articulações (McMahon, Suchomel, Lake, & Comfort, 2018), temos que no pós fadiga as articulações apresentaram tempos desordenados com o movimento proximal-distal, acarretando na performance de salto dos indivíduos, uma mecânica não otimizada.

 

    Por outro lado, não foram encontradas assimetrias significativas entre lados. Estudos que trabalham assimetria demonstram que existem diferenças normais entre os lados esquerdos e direito dos indivíduos, e que situações específicas de discrepâncias acentuadas devem considerar programas de treinamento compensatório afim de prevenir lesões (Tatlıcıoğlu, Atalağ, Kırmızıgil, Kurt, & Acar, 2019). Hodges e colaboradores (2011) salientam que a fadiga não aumenta a assimetria bilateral, o que ocorre é que o lado mais usado durante o salto é o que sofre maior impacto da fadiga, alinhando e tornando o indivíduo mais simétrico, quanto mais fadigado estiver. (Hodges, Patrick, & Reiser, 2011)

 

    O teste de Wingate envolve movimentos não específicos aos realizados no futebol americano, o que pode interferir nos resultados obtidos e compreende uma limitação do estudo. Todavia, é um protocolo extensamente utilizado para mensuração da capacidade anaeróbica na análise de diversificados esportes (Coppin, Heath, Bressel, & Wagner, 2012; Silva, 2016). Como estudos futuros, para garantir uma análise mais completa, incluindo possíveis inferências em relações a outras capacidades físicas específicas do esporte, análises da interferência da fadiga no salto horizontal serão incluídas.

 

Conclusão 

 

    Alterações biomecânicas do salto são verificadas principalmente logo após indução da fadiga. A altura do salto vertical atingida pelos atletas diferiu entre condições Pré e imediatamente após o teste de indução de fadiga (Wingate), assim como a coordenação entre o joelho e tornozelo esquerdo. Em adição, foram verificadas correlações moderadas entre as variáveis da altura saltada e extensão máxima do quadril esquerdo e máxima extensão de tornozelo direito. Por outro lado, não foram encontradas diferenças na amplitude de movimento, no quadril, joelho e tornozelo e as variáveis de análise não diferiram entre lados do corpo em nenhuma das condições testadas. Em suma, as alterações verificadas imediatamente após indução da fadiga desapareceram nas testagens seguintes, demonstrando que os jogadores de futebol americano conseguem recuperar-se em curto período de tempo e voltar ao desempenho do salto vertical inicial, ao mesmo tempo que mantém simetria do movimento.

 

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