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ISSN 1514-3465

 

Estilo de vida, adesão medicamentosa e não 

medicamentosa em hipertensos: uma revisão

Lifestyle, Medication Adherence and Non-Medication 

Adherence in Hypertensive: a Literature Review

Estilo de vida, adhesión medicamentosa y no 

medicamentosa en pacientes hipertensos: una revisión

 

Patrícia Moreno Pereira*

patricia_pmp@hotmail.com

Keytiani Secundo Duarte Landim**

keytiani@hotmail.com

Danielle Pereira Martins***

d.pmartins@outlook.com

Marianne de Faria Chimello***

mariannefc@hotmail.com

Juliana Leandro Silva Santos***

juleandro_ss@hotmail.com

Nyvian Alexandre Kutz****

nyviankutz@hotmail.com

Marcia Maria Hernandes de Abreu de Oliveira Salgueiro*****

marciasalgueironutricionista@yahoo.com.br

 

*Farmacêutica pela Universidade Federal de São Paulo

Mestre em Promoção da Saúde pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo

**Enfermeira pela Faculdade Santa Maria de Cajazeiras

Mestranda em Promoção da Saúde pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo

***Graduanda em Nutrição pelo Centro Universitário Adventista

Aluna do Programa de Iniciação Científica do Curso de Nutrição

do Centro Universitário Adventista de São Paulo

****Nutricionista. Mestre em Nutrição Humana Aplicada pela Universidade de São Paulo

Docente do curso de Nutrição do Centro Universitário Adventista de São Paulo

*****Nutricionista, Doutora e Mestre em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo

Docente do curso de Mestrado em Promoção da Saúde e do curso de Nutrição

do Centro Universitário Adventista de São Paulo

(Brasil)

 

Recepção: 22/05/2020 - Aceitação: 03/08/2020

1ª Revisão: 07/06/2020 - 2ª Revisão: 15/07/2020

 

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Citação sugerida: Pereira, P.M., Landim, K.S.D., Martins, D.P., Chimello, M. de F., Santos, J.L.S., Kutz, N.A., y Salgueiro, M.M.H. de A. de O. (2020). Estilo de vida, adesão medicamentosa e não medicamentosa em hipertensos: uma revisão. Lecturas: Educación Física y Deportes, 25(268), 112-126. Recuperado de: https://doi.org/10.46642/efd.v25i268.2271

 

Resumo

    Introdução: Hipertensão arterial sistêmica é uma doença crônico-degenerativa multifatorial e com alta taxa de mortalidade. É considerada um dos problemas mais graves de saúde pública no Brasil e no mundo. Estilos de vida inadequados e a não adesão medicamentosa têm colaborado para o aumento dos níveis pressóricos, podendo aumentar as complicações na saúde dos indivíduos, risco de hospitalização e a mortalidade. Objetivo: Conhecer as relações do estilo de vida, bem como os efeitos da adesão medicamentosa e não medicamentosa em indivíduos hipertensos. Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa. A busca foi realizada nas bases de dados “US National Library of Medicine National Institutes of Health”, “Scientific Electronic Library Online” e “Biblioteca Virtual em Saúde”, através dos descritores Hipertensão, Adesão a medicação e Estilo de vida. A busca envolveu artigos de 2009 a 2019. Resultados: Foram incluídos31 artigos e discutidos em temas como Hipertensão arterial sistêmica, Estilo de vida dos indivíduos com hipertensão arterial sistêmica, e Hipertensão arterial sistêmica e adesão medicamentosa. Conclusão: Tais achados reforçam a necessidade dos profissionais de saúde em direcionar ações que permeiem todas as etapas do processo saúde-doença: identificação precoce da elevação da pressão arterial, proposição e adesão ao tratamento medicamentoso e não medicamentoso para o controle dos níveis pressóricos, além de proporcionar o desenvolvimento no próprio indivíduo da consciência do seu papel em todo o processo de prevenção e tratamento da doença.

    Unitermos: Hipertensão. Adesão à medicação. Estilo de vida.

 

Abstract

    Introduction: Systemic arterial hypertension is a multifactorial chronic-degenerative disease with a high mortality rate. It is considered one of the most serious public health problems in Brazil and in the world. Inadequate lifestyles and non-adherence to medication have contributed to increase blood pressure levels, increasing individual health’s complication, risk of hospitalization and death. Objective: Knowing the lifestyle relationships, as well as the effects of medication and non-medication adherence in hypertensive individuals. Methods: This is a literature review. The search was performed in databases as “US National Library of Medicine National Institutes of Health”, “Scientific Electronic Library Online” and “Virtual Health Library”, using the descriptors Hypertension, Medication adherence and Lifestyle. The search involved articles from 2009 to 2019. Results: 31 articles were included and discussed on topics such as Systemic arterial hypertension, Life style of individuals with systemic arterial hypertension, and Systemic arterial hypertension and medication adherence. Conclusion: The findings reinforce the need for health professionals to direct actions that permeate all stages of the health-disease process: early identification of elevated blood pressure, medication adherence and non-medication treatment to control blood pressure levels, in addition to provide the individual's development of awareness of their role in the whole process of prevention and treatment of the disease.

    Keywords: Hypertension. Medication adherence. Life style.

 

Resumen

    Introducción: La hipertensión arterial sistémica es una enfermedad crónico-degenerativa multifactorial con una alta tasa de mortalidad. Se la considera uno de los problemas de salud pública más graves en el mundo. Los estilos de vida inadecuados y la no adherencia a la medicación han contribuido al aumento de los niveles de presión arterial, lo que puede incrementar las complicaciones en la salud de las personas, el riesgo de hospitalización y la mortalidad. Objetivo: Conocer las relaciones de estilo de vida, así como los efectos de la adherencia a la medicación y no medicación en hipertensos. Métodos: esta es una revisión integradora. La búsqueda se realizó en las bases de datos “US National Library of Medicine National Institutes of Health”, “Scientific Electronic Library Online” y “Biblioteca Virtual em Saúde” utilizando las palabras clave Hipertensión, Adherencia a la medicación y Estilo de vida. La búsqueda comprendió artículos publicados desde 2009 a 2019. Resultados: Se incluyeron y discutieron 31 artículos sobre temas como hipertensión arterial sistémica, estilo de vida de individuos con hipertensión arterial sistémica e hipertensión arterial sistémica y adherencia a la medicación. Conclusión: Estos hallazgos refuerzan la necesidad de los profesionales de la salud de dirigir acciones que permeen todas las etapas del proceso salud-enfermedad: identificación precoz de hipertensión arterial, propuesta y adherencia al tratamiento farmacológico y no farmacológico para el control de los niveles de presión arterial, además de proporcionar al individuo el desarrollo de la conciencia de su papel en todo el proceso de prevención y tratamiento de enfermedades.

    Palabras clave: Hipertensión. Cumplimiento de la medicación. Estilo de vida.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 25, Núm. 268, Sep. (2020)


 

Introdução 

 

    A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença crônico-degenerativa multifatorial, com alta prevalência e baixas taxas de controle, alta taxa de mortalidade, e de grande magnitude e risco no Brasil e no mundo. (Brasil, 2019; Freitas, Garcia, 2012; WHO, 2013)

 

    A HAS está fortemente relacionada com o estilo de vida, uma vez que o mesmo representa um conjunto de ações conscientes do cotidiano e hábitos que refletem as atitudes das pessoas. Os principais fatores de risco para a hipertensão são obesidade, sedentarismo, estresse, tabagismo e alimentação inadequada. (Brasil, 2016)

 

    A prevenção e/ou tratamento da HAS possui medidas de intervenção medicamentosa, bem como, não medicamentosa. (Figueiredo, Asakura, 2010) Aparentemente, um dos fatores mais importantes para o controle da hipertensão arterial é a tomada de medicamentos anti-hipertensivos concomitante à modificações do estilo de vida (Akbarpour et al., 2018). O controle adequado da hipertensão está diretamente relacionado ao grau de adesão medicamentosa de anti-hipertensivos. (Hanus et al., 2015)

 

    A adesão medicamentosa anti-hipertensiva é um dos pilares do controle da pressão arterial (PA) (Varleta et al., 2017). Dentre os vários fatores relacionados à ausência de resposta ao tratamento anti-hipertensivo, a não adesão medicamentosa apresenta-se como um dos maiores desafios (Hanus et al., 2015). No Brasil, as baixas taxas de adesão medicamentosa aos anti-hipertensivos variam entre 23% e 62,1%. (Grezzana, Stein, Pellanda, 2013)

 

    Essa pesquisa justifica-se, porque estudos demonstraram que indivíduos hipertensos que não aderem corretamente aos tratamentos medicamentoso e não medicamentoso para hipertensão arterial, apresentam mais complicações em relação a sua própria saúde, levando à diminuição do controle efetivo da doença, aumento no risco de hospitalizações, piora da qualidade de vida e o aumento da mortalidade. (Barreto et al., 2015; Hanus et al., 2015; Aquino et al., 2017)

 

    As intervenções nos tratamentos para HAS devem ser acompanhadas por mudanças do estilo de vida do indivíduo. Para isso, deve haver adesão adequada do indivíduo ao tratamento, e de práticas de saúde que estimulem ou facilitem a mudança do estilo de vida do mesmo. (Jardim et al., 2007)

 

    Este artigo teve por objetivo conhecer as relações do estilo de vida, bem como os efeitos da adesão medicamentosa e não medicamentosa em indivíduos hipertensos.

 

Métodos 

 

    Trata-se de um estudo de revisão integrativa. Para a busca dos artigos, foram utilizadas as bases de dados nacionais e internacionais, como: PubMed (US National Library of Medicine National Institute of Health), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS).

 

    A revisão da literatura científica desse presente estudo foi realizada com os Descritores em Ciência de Saúde (DeCS): hipertensão, adesão a medicação e estilo de vida. Ademais, foram utilizados filtros como texto completo, idioma português e inglês e ano de publicação entre 2009 e 2019.

 

    Os critérios de inclusão foram definidos com base nos objetivos, sendo incluídos apenas artigos publicados nos últimos 10 anos, estudos originais, disponíveis na íntegra e gratuitamente em meio eletrônico. Os artigos que não atenderam esses critérios foram excluídos de modo independente (Figura 1).

 

    A seleção dos artigos envolveu as etapas de exclusão por duplicidade de títulos, leitura do resumo e leitura do artigo completo. Foram priorizados artigos publicados entre 2009 e 2019, porém artigos mais antigos considerados relevantes para essa revisão, e provenientes das bases de Sociedade Brasileira de Cardiologia e Ministério da Saúde, também foram adicionados.

 

    Com a busca de artigos publicados, foram selecionados 31artigos, lidos e analisados para compor os resultados/discussão divididos em tópicos: 1. Hipertensão arterial sistêmica, 2. Estilo de vida dos indivíduos com hipertensão arterial sistêmica e 3. Hipertensão arterial sistêmica e adesão medicamentosa.

 

Figura 1. Fluxograma com as etapas de seleção dos artigos incluídos no estudo

Figura 1. Fluxograma com as etapas de seleção dos artigos incluídos no estudo

 

Resultados 

 

    Dos 317 artigos adquiridos na busca, 31 artigos foram selecionados para revisão e discussão do tema presente.

 

Hipertensão arterial sistêmica 

 

    Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) (WHO, 2013), a hipertensão resulta na morte de mais de 9,4 milhões de pessoas no mundo. Em 2009, a hipertensão arterial foi a principal causa de morte, contribuindo com a morte de 348.000 americanos (Tailakh et al., 2016). Estima-se que por volta de 2025, 1,6 bilhão de pessoas serão hipertensas. (Misquita, 2016)

 

    Segundo a OMS (WHO, 2013) e o Ministério da Saúde (MS) (Brasil, 2018), a frequência da hipertensão avança com o passar dos anos e sua prevalência na população adulta brasileira continua aumentando (Mengue et al., 2016). No Brasil, a prevalência de hipertensos varia de 20% a 44% na população adulta (Negreiros et al., 2016; Brasil, 2017).Entre 18 e 24 anos, apenas 5,4% dos indivíduos têm a doença, enquanto que aos 55 anos, a prevalência pode chegar até 50,5%. A partir dos 65 anos, é observado uma frequência de 59,7% entre os brasileiros. (Brasil, 2017)

 

    A Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH, 2017), estima que a HAS atinja em torno de 25% da população brasileira adulta, chegando a mais de 50% após os 60 anos e presente também, em 5% das crianças e adolescentes no Brasil.

 

    Dados recentes estimam que 63% das pessoas com hipertensão terão doenças cardiovasculares aos 30 anos de idade comparados com 46% de pessoas com pressão arterial normal. (Varleta et al., 2017)

 

Estilo de vida dos indivíduos com hipertensão arterial sistêmica 

 

    As mudanças no estilo de vida promovem a regulação da pressão, bem como reduzem o risco de mortalidade cardiovascular. Hábitos de vida saudáveis devem ser incorporados desde a infância e adolescência dos indivíduos, devendo haver também uma adesão medicamentosa adequada do paciente ao tratamento e às práticas de saúde que estimulem ou facilitem a mudança do estilo de vida do mesmo. (Jardim et al., 2007; Figueiredo, Asakura, 2010)

 

Hipertensão arterial sistêmica e adesão medicamentosa 

 

    A não adesão ao tratamento anti-hipertensivo é responsável por aproximadamente 10% das admissões hospitalares, gerando consequências clínicas e econômicas, bem como a exacerbação da doença. (Schmitt-Junior, Lindner, Santa Helena, 2013)

 

    A adesão medicamentosa anti-hipertensiva é um dos pilares do controle da pressão arterial (Varleta et al., 2017). A falta de adesão medicamentosa de anti-hipertensivo pelo paciente é muito presente. Estima-se que 50% dos pacientes portadores de doenças crônicas em países desenvolvidos sejam não-aderentes a terapias medicamentosas, sendo essa taxa superior nos países em desenvolvimento. (Obreli-Neto et al., 2012)

 

    A hipertensão é uma condição conhecida por 74,4% dos indivíduos hipertensos e desconhecida por 25,6%. Entre os indivíduos hipertensos em tratamento, 52,4% tinham a pressão arterial controlada. Entre todos os indivíduos hipertensos (tratados ou não) apenas 34,3% tinham a pressão arterial controlada. (Cipullo et al., 2010; Freitas, Garcia, 2012)

 

    O estudo de Daniel e Veiga (2013), observou na prática clínica uma descontinuidade da terapêutica medicamentosa em indivíduos hipertensos que chegou a atingir de 16 a 50% de desistência no primeiro ano de tratamento.

 

Discussão 

 

Hipertensão arterial sistêmica 

 

    A HAS é uma doença que compromete o equilíbrio dos sistemas vasodilatadores e vasoconstritores que mantêm o tônus vasomotor, o que leva a uma redução da luz dos vasos e danos aos órgãos por eles irrigados. Esse distúrbio no sistema circulatório resulta em elevados níveis de pressão sanguínea nas artérias, levando o coração a exercer um esforço maior que o normal para circular o sangue por todo o organismo. (Pedrosa, Drager, 2010; Brasil, 2016; SBH, 2017; Brasil, 2019)

 

    A partir do momento em que os níveis da pressão arterial (PA) se elevam, há um comprometimento inicial dos órgãos-alvos como cérebro, coração e rins. Os demais órgãos também sofrem as consequências, uma vez que todos os vasos são atingidos. (Delucia et al., 2007; Bloch, Melo, Nogueira, 2008)

 

    Os fatores determinantes da PA são: débito cardíaco e energia da contração ventricular; quantidade de sangue circulante; volemia; qualidade do sangue e viscosidade sanguínea; elasticidade das artérias ou resistência central; tonicidade e permeabilidade das arteríolas pré-capilares ou resistência periférica. (Sanjuliani, 2002; Delucia et al., 2007)

 

    A pressão sanguínea envolve duas medidas: sistólica (quando ocorre a contração do músculo cardíaco) e diastólica (quando ocorre o relaxamento do músculo cardíaco) (Delucia et al., 2007; Pedrosa, Drager, 2010). Em 2016, a VII Diretriz Brasileira de Hipertensão considerou indivíduos normotensos, ou seja, os que possuem pressão arterial normal e controlada, quando esta encontra-se ≤120/80 mmHg. Os pré-hipertensos tem pressão arterial sistólica entre 121-139 mmHg e diastólica entre 81-89 mmHg. O indivíduo é considerado hipertenso quando a pressão sistólica é ≥140 mmHg e a pressão diastólica é ≥90 mmHg. (Brasil, 2016)

 

    A mortalidade por doença cardiovascular aumenta progressivamente com a elevação da PA a partir de 115/75 mmHg de forma linear, contínua e independente. A HAS é considerada o principal fator de risco para complicações cardiovasculares como acidente vascular encefálico e infarto agudo do miocárdio, além da doença renal crônica terminal e insuficiência renal. Outras complicações provenientes da HAS incluem: diabetes; hipercolesterolemia e obesidade. (Schmidt et al., 2009; Cipullo et al., 2010; Freitas, Garcia, 2012; WHO, 2013)

 

    As doenças crônicas não transmissíveis como a HAS e a diabetes são consideradas as principais causas de mortalidade no mundo. A prevalência de hipertensos é de 1 bilhão de indivíduos no mundo, e a hipertensão é responsável por aproximadamente 7,6 milhões de mortes ao ano. (Grezzana, Stein,Pellanda, 2013)

 

    A HAS é um dos problemas mais graves de saúde pública no Brasil e no mundo devido à sua magnitude, risco e dificuldade no seu controle, levando a um importante impacto econômico e social. É muito importante para os sistemas de saúde mundial e local entenderem a relação de hipertensos e diabéticos, uma vez que o paciente com ambas as doenças têm um risco aumentado de incidência e mortalidade por acidente vascular encefálico (Freitas, Garcia, 2012).

 

Estilo de vida dos indivíduos com hipertensão arterial sistêmica 

 

    As doenças crônicas estão fortemente relacionadas com o estilo de vida, que representa um conjunto de ações do cotidiano que refletem as atitudes e valores das pessoas. São hábitos e ações conscientes associados à percepção de qualidade de vida que cada indivíduo traz consigo. (Nahas, Barros, Francalacci, 2000)

 

    A HAS tem alta prevalência e baixas taxas de controle, principalmente no mundo industrializado e em países emergentes ou em desenvolvimento, onde o problema de saúde é acentuado em virtude do aumento da longevidade e da prevalência de fatores contribuintes como obesidade, sedentarismo, estresse, tabagismo, alimentação inadequada, entre outros. (Molina et al., 2003; Pedrosa, Drager, 2010; WHO, 2013; Brasil, 2016)

 

    A modificação do estilo de vida é o primeiro passo no tratamento eficaz da hipertensão, além de evitar os efeitos adversos da medicação e reduzir os custos individuais e públicos. (Kim, Kong, 2015)

 

    Nahas, Barros e Francalacci (2000) propõem um pentáculo do bem-estar, indicando cinco fatores essenciais para a prevenção e avaliação do estilo de vida na sociedade contemporânea. Os fatores são: nutrição (baseada em vegetais e alimentos não processados); atividade física; comportamento preventivo (uso de cinto de segurança, protetor solar, preservativos, não uso de drogas e moderada ingestão de bebidas alcoólicas); relacionamentos (contato e conexões com outras pessoas, espiritualidade, otimismo) e nível de stress.

 

    As principais recomendações para a prevenção primária da hipertensão segundo o Ministério de Saúde são: alimentação saudável; consumo moderado e controlado de sódio, potássio e álcool; combate ao sedentarismo; controle do peso e cessação do tabagismo. (Brasil, 2016; Brasil, 2019)

 

    Uma alimentação saudável leva ao bem-estar do corpo, raciocínio rápido, bom humor, disposição e beleza, além de manter o organismo rico em nutrientes para seu desenvolvimento e manutenção. Há uma associação muito grande entre HAS e o aumento do consumo de álcool e sódio. Atualmente, a associação da doença com o aumento de consumo de potássio, cálcio e magnésio vem sendo considerada. (Molina et al., 2003; Oliveira, Oliveira, 2012; Brasil, 2016)

 

    Já o exercício físico é uma ferramenta importante no combate ao estresse, facilita o relaxamento do organismo, aumenta a oxigenação do coração e do cérebro, ativa a circulação sanguínea, previne e diminui a depressão e aumenta a energia física e o ânimo. A falta dele acarreta o sedentarismo, obesidade, falta de resistência e má circulação (Oliveira; Oliveira, 2012).

 

    Um estilo de vida sedentário, associado a outros fatores de risco, pode contribuir para o aumento dos níveis pressóricos. Assim, a falta de exercícios físicos leva à necessidade de intervenções que contribuam para uma mudança de estilo de vida mais adequado e para uma redução das taxas de morbimortalidade relacionadas às doenças crônicas. (Martins et al., 2015; Khalesi, Irwin; Sun, 2017)

 

    Outro importante fator de risco para a hipertensão arterial, que pode ser modificável, é o tabagismo (Brasil, 2016). No estudo de Paula et al. (2013), envolvendo tabagistas com mais de 60 anos, o risco de ter um evento cardiovascular foi o dobro quando comparado ao dos não tabagistas. Quando se trata de indivíduos mais jovens, como menos de 60 anos, esse risco é cinco vezes maior.

 

    Quando se trata de estilo de vida, a religiosidade é um aspecto que dá sentido à vida e, cria uma rede social de apoio. Ela ajuda a superar os acontecimentos adversos mais significativos na vida do indivíduo (Oliveira, Santos, 2016). Pessoas que têm vida religiosa ativa vivem em média mais do que as não religiosas e pessoas que assistem regularmente a serviços religiosos apresentam taxas mais baixas de doenças e de mortalidade do que aquelas que não frequentam regularmente esses serviços. (Fróes, 2014)

 

    Tanto no Brasil como no mundo, as estratégias para implementação de medidas que visam prevenir a HAS são um desafio.As estratégias para a prevenção englobam políticas públicas de saúde, combinadas com ações das sociedades médicas e dos meios de comunicação. A prevenção primária e a detecção precoce da doença devem ser metas prioritárias dos profissionais de saúde, uma vez que são as formas mais efetivas de se evitar doenças. O controle da PA, bem como o tratamento contínuo associado com a modificação do estilo de vida, também são objetivos estratégicos para os indivíduos hipertensos. (Brasil, 2016; Tailakh et al., 2016)

 

    As intervenções consideradas custo-efetivas foram divulgadas pela OMS e listadas como: aumentar impostos e preços sobre os produtos do tabaco; proteger as pessoas da fumaça do cigarro e proibir que se fume em lugares públicos; reduzir a ingestão de sal e do conteúdo de sal nos alimentos; substituir gorduras trans em alimentos por gorduras poliinsaturadas; promover o esclarecimento do público sobre alimentação e atividade física, inclusive pela mídia de massa; tratamento da dependência da nicotina; restrições sobre o marketing de alimentos e bebidas com muito sal, gorduras e açúcar, especialmente para crianças; impostos sobre alimentos e subsídios para alimentação saudável; ambientes de nutrição saudável nas escolas; programas de atividade física e alimentação saudável nas escolas, nos locais de trabalho e nas comunidades; construção de ambientes que promovam a atividade física. (Brasil, 2011; Tailakh et al., 2016)

 

    O Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil confirma esses aspectos do estilo de vida e destaca a importância da alimentação saudável, atividade física e água potável. O mesmo tem como prioridade de ações esses requisitos para a promoção da saúde, tornando possível a prevenção de doenças como a hipertensão arterial, seu tratamento e controle. (Brasil, 2011)

 

Hipertensão arterial sistêmica e adesão medicamentosa 

 

    A prevenção e/ou tratamento da HAS possui medidas de intervenção medicamentosa, bem como, não medicamentosas (Figueiredo, Asakura, 2010). A mudança do estilo de vida é a primeira indicação para o tratamento, devendo ser o tratamento medicamentoso instituído apenas após seis meses de insucesso dessa medida. Porém se o diagnóstico é tardio, espera-se maior gravidade da doença ou menor sucesso no uso de tratamentos não medicamentosos pela não implementação de mudanças no estilo de vida. Sendo assim, inicia-se o tratamento farmacológico em paralelo às recomendações de mudança de estilo de vida. (Mengue et al., 2016)

 

    A hipertensão arterial eleva o custo tanto do ponto de vista social quanto econômico, principalmente pelas complicações que ela pode causar, como doenças cerebrovasculares, arterial coronariana, insuficiência cardíaca e insuficiência renal crônica. Além disso, a hipertensão pode aumentar os índices de internações hospitalares e alto custo no tratamento final. (Andrade et al., 2002; Marinho et al., 2011; Brasil, 2016; Khalesi, Irwin, Sun, 2017)

 

    As doenças do aparelho circulatório, como a HAS, são as principais causas de internações e geram o maior custo nesse componente do sistema de saúde nacional (Brasil, 2011). A HAS é responsável por 10% de todo o custo global de saúde, com um gasto estimado de 370 bilhões de dólares por ano (Misquita, 2016). Em 2016, foram registrados 983.256 procedimentos de internação e ambulatorial no SUS, gerando um custo de R$ 61,2 milhões. (Brasil, 2019)

 

    A HAS, bem como os problemas relacionados e complicações (aneurisma, doença coronariana, insuficiência cardíaca, ataque isquêmico transitório, acidente vascular encefálico, falência renal, retinopatias, entre outros), causam aos indivíduos hipertensos alta frequência de internações. (Passos, Assis, Barreto, 2006; Jardim et al., 2007; Schmidt et al., 2009)

 

    Apesar da medida da PA ser um método diagnóstico simples, não invasivo e de baixo custo, muitos hipertensos desconhecem a sua condição (Bloch, Rodrigues, Fiszman, 2006). Quando o diagnóstico é conhecido, apenas um terço dos hipertensos adultos em tratamento tem seus níveis tensionais controlados. (Andrade et al., 2002)

 

    Apesar dos indivíduos terem razoável nível de informação sobre a hipertensão arterial, o seu tratamento, o uso de medicamentos e o controle da doença ainda não são efetivos (Passos, Assis, Barreto, 2006). Dentre os vários fatores relacionados à ausência de resposta ao tratamento anti-hipertensivo, a não adesão medicamentosa apresenta-se como um dos maiores desafios. (Bloch, Melo, Nogueira, 2008; Hanus et al., 2015)

 

    A adesão medicamentosa é um dos fatores primordiais no contexto do Uso Racional de Medicamentos. Segundo a OMS, a adesão é o grau em que o paciente segue as orientações e instruções do prescritor, sejam elas medicamentosas ou não. (Daniel, Veiga, 2013; Trauthman et al., 2014)

 

    Pode ser definida como a extensão de comportamento de um indivíduo em usar medicamentos, seguir uma dieta e/ou executar mudanças de estilo de vida correspondentes com as informações acordadas com o profissional de saúde. (Obreli-Neto et al., 2012)

    

    Segundo Freitas et al. (2001), existe pouca atenção no controle do tratamento anti-hipertensivo, levando os pacientes a um fracasso terapêutico em mais de 60% dos casos.Um paciente é considerado aderente ao tratamento quando toma 80-100% dos medicamentos, pois verificou-se que acima de 80% a pressão arterial diastólica foi adequadamente controlada. (Bloch, Melo, Nogueira, 2008)

 

    Nos estudos de Andrade et al. (2002), o não controle da PA é devido à não adesão medicamentosa. Dos pacientes que iniciam a terapêutica, entre 16% a 50%, descontinuam a medicação anti-hipertensiva depois de um ano de tratamento ou permanecem com a medicação utilizando-a de modo inadequado.

 

    As principais causas para o abandono do tratamento são: normalização da pressão, efeitos colaterais da medicação, esquecimento do uso da medicação e o custo delas. A identificação dos fatores determinantes para a não adesão medicamentosa possibilita a implantação de medidas corretivas e de aprimoramento, favorecendo a adesão dos pacientes ao tratamento e promovendo o controle adequado dos níveis pressóricos. (Andrade et al., 2002)

 

    Segundo o estudo de Daniel e Veiga (2013), há alguns fatores facilitadores e dificultadores do processo de adesão medicamentosa em pacientes portadores de HAS. Os fatores facilitadores são: associação da ingestão das medicações às atividades do dia-a-dia, anotação dos horários de ingestão dos medicamentos, providenciar novas caixas de remédios antes da finalização da anterior, hábito de carregar as medicações consigo, compreensão da doença e do seu tratamento, aceitação do tratamento e do controle da PA, proximidade da equipe multiprofissional e relação/comunicação entre médico-paciente. (Daniel, Veiga, 2013)

 

    Os dificultadores para a adesão medicamentosa são: esquecimento da ingestão dos medicamentos, efeitos colaterais do tratamento, complexidade do regime terapêutico, tempo de tratamento, insegurança, interrupção do tratamento, modificação dos hábitos de vida, alto custo dos medicamentos e falta de acesso à medicação. (Daniel, Veiga, 2013; Gewehr et al., 2018)

 

    A VII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial (Brasil, 2016) reporta que entre indivíduos adultos, 50,8% sabiam que eram hipertensos. Destes, 40,5% estavam em tratamento e somente 10,4% deles tinham a pressão arterial controlada (PA menor que 140/90 mmHg).

 

    Segundo Grezzana, Stein e Pellanda (2013), 40% dos pacientes hipertensos não estão em tratamento anti-hipertensivo e dois terços não atingem a meta de controle da PA (<140/90 mmHg). No Brasil, entre os hipertensos atendidos em programas de hipertensão nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), somente 39% apresentam o controle da pressão arterial e 33% desses pacientes foram classificados em estágios 2 ou 3 de hipertensão arterial, ou seja, com uma PA maior que 160/110 mmHg. As baixas taxas de adesão medicamentosa aos anti-hipertensivos são as principais causas do controle inadequado da hipertensão arterial, sendo que essas taxas variam entre 23% e 62,1% no Brasil.

 

    O controle da HAS na Atenção Primária à Saúde é uma prioridade para o governo brasileiro, e para tanto, houve o planejamento e execução do plano de Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (Brasil, 2011). Mesmo com esse plano em vigor, em geral, não há ações rotineiras e efetivas de promoção da saúde e de enfrentamento de fatores de risco como alimentação inadequada, obesidade, inatividade física, consumo abusivo de álcool, estresse social e tabagismo nas unidades de Atenção à Saúde. (Mendes, 2011)

 

Conclusão 

 

    Tais achados reforçam a necessidade dos profissionais de saúde em direcionar ações que permeiem todas as etapas do processo saúde-doença: identificação precoce da elevação da pressão arterial, proposição e adesão ao tratamento medicamentoso e não medicamentoso para o controle dos níveis pressóricos, além de proporcionar o desenvolvimento no próprio indivíduo da consciência do seu papel em todo o processo de prevenção, tratamento da doença e principalmente na promoção da saúde.

 

    Espera-se que este trabalho contribua para o aprimoramento das políticas públicas e ações visando a promoção da saúde no indivíduo hipertenso, além de subsidiar o debate sobre os benefícios do estilo de vida para todos os indivíduos, tanto na fase de prevenção como de tratamento.

 

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