ISSN 1514-3465

 

Idosas e prática de atividade física: correlação 

entre estado cognitivo e níveis de escolaridade

Elderly Women and Physical Activity: Correlation 

between Cognitive Status and Education Levels

Mujeres mayores y práctica de actividad física: 

correlación entre estado cognitivo y niveles de escolaridad

 

Fabio Ricardo Hilgenberg Gomes

frblan@msn.com

Guilherme da Silva Gasparotto

guilhermegptt@gmail.com

Valdomiro de Oliveira

oliveirav457@gmail.com

Gislaine Cristina Vagetti

gislainevagetti@hotmail.com

 

*Mestre em Educação (UFPR)

Discente de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Educação

da Universidade Federal do Paraná. Docente da Faculdade Sant’Ana

**Mestre e Doutor em Educação Física UFPR

Estágio Pós doutoral em Educação UFPR

Docente do Instituto Federal do Paraná (Campus Pinhais)

Orientador de Mestrado do Programa de Pós-Graduação

em Educação da Universidade Federal do Paraná

***Ph.D. pelo Centro de Cultura Física (Rússia)

Mestre e Doutor em Educação Física (UNICAMP)

Docente do Departamento de Educação Física e do Programa de Pós-Graduação

em Educação da Universidade Federal do Paraná

nível de Mestrado e Doutorado

****Doutora em Educação Física (UFPR)

Docente do Departamento de Musicoterapia

da Universidade Estadual do Paraná (Campus Curitiba)

Orientadora de Mestrado e Doutorado do Programa de Pós-Graduação

em Educação Universidade Federal do Paraná

(Brasil)

 

Recepção: 27/03/2020 - Aceitação: 06/05/2020

1ª Revisão: 01/05/2020 - 2ª Revisão: 04/05/2020

 

Este trabalho está sob uma licença Creative Commons

Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0)

https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt

Citação sugerida: Gomes, F.R.H., Gasparotto, G.S., Oliveira, V. de, e Vagetti, G.C. (2020). Idosas e prática de atividade física: correlação entre estado cognitivo e níveis de escolaridade. Lecturas: Educación Física y Deportes, 25(265), 59-72. Recuperado de: https://doi.org/10.46642/efd.v25i265.2087

 

Resumo

    Este estudo teve objetivo de verificar a possível relação entre o nível de escolaridade e o estado cognitivo de idosas ativas e insuficientemente ativas. A amostra foi composta por 544 idosas brasileiras, com média de idade de 68,9 (±6,64), média do tempo de estudo, em anos, foi 5,17 (±4,1). Foram classificadas como ativas 74,4% das idosas e 54,6% da amostra apresentou déficit cognitivo. Os questionários utilizados foram: Sociodemográfico, IPAQ e o Mini Mental State. Foram apresentadas as frequências relativa e acumulada, coeficiente de correlação de Pearson, análise de variância Two Way e o teste t de Student, adotando como significância p<0,05.Verificou-se associação entre o escore cognitivo e o tempo de escolaridade, sendo mais forte em idosas ativas. A ANOVA de dois fatores demonstrou diferença nas médias do escore cognitivo com as categorias de escolaridade (F=14,287; p<0,000) e entre o nível de atividade física (F=4,709; p<0,030), tendo o teste de Bonferroni indicado que apenas no grupo de idosas ativas existe diferença de médias do escore cognitivo em relação as categorias de escolaridade. Na análise do teste t para amostras independentes, as idosas do nível fundamental ativas fisicamente demonstram ter melhor média do escore cognitivo (t=24,20; p<0,04) em comparação às idosas insuficientemente ativas. A escolaridade e atividade física revelaram-se importantes fatores relacionados com superávit cognitivo na amostra. Conclui-se que a atividade física parece exercer papel relevante na cognição, e pode colaborar na manutenção cognitiva em idosos. Assim como, a escolaridade pode ter função importante perante a cognição.

    Unitermos: Atividade física. População idosa. Cognição. Escolaridade.

 

Abstract

    Object: verify the possible relation between the level of schooling and the cognitive state active elderly women and insufficiently active. The sample was composed by 544 Brazilian elderly women, with average age of 68,9 (±6.64), average study time in years was 5,17 (±4.1). 74.4% of the elderly women were classified as active and 54.6% of the sample presented cognitive deficit. The questionnaires utilized was: Sociodemographic IPAQ and Mini Menthal State. The frequencies relative and accumulated were presented, Pearson's correlation coefficient, analysis of variance two way and the t-test of Student adopting as significance p <0.05. There was an association between cognitive score and the time of schooling, being stronger in elderly women. The ANOVA of two factors demonstrated difference in cognitive score means with categories of schooling (F=14.287; p<0,000) and between the level of physical activity (F=4.709; p<0,030), Bonferroni test indicated that only in the elderly active group there is a difference in mean cognitive score in relation to the categories of schooling. In t-test analysis for independent samples, physically active elderly women at the elementary school show better cognitive score (t=24.20; p<0,04) compared to the insufficiently active elderly women. The schooling and physical activity proved to be important factors related with cognitive surplus in the sample. Concludes that physical activity seems to exercise a relevant role in cognition and could cooperate to cognitive maintenance in the elderly. Thus like the schooling may have important function in front of the cognition.

    Keywords: Physical activity. Elderly. Cognition. Schooling.

 

Resumen

    Este estudio tuvo como tuvo como objetivo verificar la posible relación entre el nivel de escolarización y el estado cognitivo de mujeres mayores activas e insuficientemente activas. La muestra consistió en 544 mujeres brasileñas mayores, con una edad media de 68.9 (± 6.64). El tiempo medio de estudio en años fue de 5.17 (± 4.1). El 74,4% de las personas mayores se clasificaron como activos y el 54,6% de la muestra presentaba deterioro cognitivo. Los cuestionarios utilizados fueron: Sociodemográfico, IPAQ y Mini Mental State. Se presentaron las frecuencias relativas y acumuladas, el coeficiente de correlación de Pearson, el análisis de varianza de dos vías y la prueba t de Student, adoptando una significación de p <0.05. Se encontró una asociación entre la puntuación cognitiva y la duración de la escolaridad, con más fuerte en mujeres mayores activas. En el análisis de la prueba t para muestras independientes, las mujeres mayores en el nivel fundamental que son físicamente activas tienen un mejor promedio de la puntuación cognitiva. La escolarización y la actividad física demostraron ser factores importantes relacionados con el excedente cognitivo en la muestra. Se concluye que la actividad física parece jugar un papel importante en la cognición y puede contribuir al mantenimiento cognitivo en las personas mayores. Del mismo modo, la escolarización puede desempeñar un papel importante en relación con la cognición.

    Palabras clave: Actividad física. Personas mayores. Cognición. Escolaridad.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 25, Núm. 265, Jun. (2020)


 

Introdução

 

    Com o envelhecimento humano, funções psicológicas como a cognição, são fatores relevantes para o bem-estar do indivíduo. Segundo Hedayati, Sum, Hosseini, Faramarzi e Pourhadi (2019), déficits nas funções cognitivas, por muitas vezes, representam limitações funcionais entre idosos, ameaçando a independência e a boa percepção de qualidade de vida. Nessa perspectiva, alguns estudos apontam para uma possível relação entre o estilo de vida e um bom estado cognitivo entre idosos (Birch et al., 2016). As alterações cognitivas que porventura surgem no envelhecimento estariam então, ligadas a alterações fisiológicas e em decorrência de doenças degenerativas (Pruneti et al., 2019). Problemas esses, que podem ser minimizados com comportamentos saudáveis. (Hedayati et al., 2019; Pruneti et al., 2019)

 

    Na literatura o estado cognitivo em idosos é relacionado a doenças degenerativas e ocorrência de Mal de Alzheimer (Sant’Anna et al., 2019). Em alguns casos de declínio cognitivo, foi verificada relação desses problemas com a prática insuficiente de atividade física (Marusiak et al., 2019). Nesses estudos, a variável “escolaridade” foi tratada como mero dado demográfico, sem levar em consideração a relação entre o estado cognitivo e o tempo de escolaridade em idosos com diferentes níveis de atividade física (Blume, Rothenfusser, Schlaier, Bogdahn & Lang, 2017). Além disso, entre os estudos que abordaram relações com o estado cognitivo, frequentemente são realizados com idosos em algum grau de demência, e poucos o relacionaram à prática de atividade física em idosos saudáveis. (Condello et al., 2017; Kuiper, Voshaar, Zuidema, Zuidersma, & Smidt, 2016)

 

    Para Zhu et al. (2017), a baixa escolaridade parece refletir em doenças degenerativas ligadas a cognição, principalmente entre idosos. Segundo Torres, Silva e Lustosa (2019), o nível de escolaridade mais alto em idosos, pode atenuar sintomas depressivos e possíveis perdas cognitivas, mostrando-se uma variável multidimensional, de grande importância nas avaliações preventivas de declínios cognitivos. Para Bosnes et al. (2017), um conjunto de experiências de vida, como escolaridade, a ocupação e atividades de lazer estão associadas a uma menor taxa de diminuição da memória no envelhecimento normal. Estes achados indicam que indivíduos com maior escolaridade apresentaram estilo de vida mais saudável, bem como parece ser um fator importante para manutenção do estado cognitivo. (Brewster et al., 2014)

 

    Assim como a escolaridade demonstra ser um importante fator para a redução do declínio cognitivo ou sua manutenção (Zhu et al., 2017), uma das variáveis relacionadas ao estilo de vida, que parece demonstrar importância, quanto ao estado cognitivo do idoso, é a prática de atividade física (Vagetti et al., 2015). Alguns autores citam a influência da atividade física na plasticidade do sistema nervoso central, o que reflete na sua funcionalidade cognitiva. (Espeland et al., 2017)

 

    No entanto, a literatura ainda parece inconsistente na relação entre os benefícios da atividade física para a cognição, pois segundo Macedo, Laux, Londero e Corazza (2019), a prática de atividade física não mostrou diferenças significativas entre o grupo controle e o grupo de idosos participantes de ginástica em relação à cognição, onde apenas a escolaridade mostrou efeito sobre os aspectos cognitivos.

 

    No estudo de Blume et al. (2017), que avaliou 102 idosos, encontraram em seus resultados que a escolaridade pode desempenhar papel importante na reserva motora e capacidade aumentada para compensar distúrbios cognitivos. O estudo chinês com 6.586 participantes de Zhu et al. (2017) encontrou que realizar atividade física de lazer e o alto nível educacional, podem diminuir as chances de comprometimento cognitivo. O estudo de Bosnes et al. (2017) não encontrou correlatos significativos em idosos de baixa escolaridade com envelhecimento bem-sucedido, e nem como alta função cognitiva. No entanto, é possível observar nos estudos supracitados que idosos com baixa escolaridade têm propensão maior em apresentar declínios cognitivos, no entanto, a atividade física parece amenizar esses declínios, mesmo não sendo unanimidade na literatura.

 

    Portanto, esta investigação parece pertinente, visto que a população idosa irá atingir números populacionais elevados no futuro, e políticas públicas voltadas a questões de saúde no combate os declínios cognitivos são necessários, bem como investigar fatores que possam retardar ou diminuir esses declínios, este fator pode ser a atividade física, onde a relação entre a um bom aspecto cognitivo e a pratica regular de atividade física ainda não está elucidada na literatura.

 

    Diante do exposto, este estudo objetivou verificar a relação entre o nível de escolaridade e o estado cognitivo de idosas ativas e insuficientemente ativas, bem como comparar os escores cognitivos em cada categoria de escolaridade dentro do grupo de idosas ativas e insuficientemente ativas.

 

Métodos

 

    Este estudo caracterizou-se como descritivo comparativo, do tipo transversal de abordagem quantitativa. Este tipo de pesquisa consiste em descrever e determinar a relação existente entre variáveis. (Thomas, Nelson & Silverman, 2012)

 

Participantes

 

    Participaram deste estudo544 idosas participantes do Departamento do Idoso da Fundação ProAmor, praticantes de atividades físicas oferecidas neste local. Este departamento está vinculado à secretaria de assistência social da prefeitura municipal de Ponta Grossa, Paraná-Brasil.

 

Instrumentos

 

    Os instrumentos adotados na pesquisa foram:

  1. Sociodemográfico (Mazo, 2003): utilizado para caracterização da amostra, com questões como estado civil, escolaridade, raça, atividade atual, remuneração extra e classe econômica. Este instrumento fornece o autorrelato e os anos de estudo (escolaridade) dos idosos entrevistados, sendo este dado utilizado para formar as categorias de análise da escolaridade.

  2. International Physical Activity Questionnaire - IPAQ (2001): composto por oito questões relacionadas à atividade física (Matsudo et al., 2001). São perguntas referentes aos dias da semana e ao tempo (minutos, horas e dias) de prática de determinada atividade física, sendo considerada leve, moderada ou vigorosa. Foram classificadas como suficientemente ativas (≥ que 150 minutos por semana de atividade física moderada a vigorosa - AFMV) e insuficientemente ativas (< que 150 minutos por semana), conforme especificação da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2010). Segundo Benedetti et al. (2007), que verificaram a reprodutibilidade e validade deste instrumento na população idosa, a reprodutibilidade apresentou correlação de r = 0,95, concluindo que a validade variou de moderada a baixa, enquanto a reprodutibilidade foi adequada.

  3. Mini Mental State - MMS (Folstein, Folstein e McHugh et al., 1975): teste cognitivo, para medida do estado mental. Segundo Brucki et al. (2003), utiliza-se a seguinte referência de pontuação para população brasileira: ≤ 20 pontos para analfabetos, 21 - 25 pontos para idosos com um a quatro anos de estudo, 26 - 27 pontos para idosos com cinco a oito anos de estudo, 28 pontos para aqueles com 9 a 11 anos de estudo, ≥ 29 pontos para aqueles com ≥ 11 anos de estudo. A validade e a confiabilidade deste teste para idosos com demência e sem demência na população brasileira foi realizado por Lourenço e Veras (2006), segundo os autores o ponto de corte para indivíduos analfabetos foi 18/19 (sensibilidade =73,5%; especificidade =73,9%), e os idosos com instrução escolar foi 24/25 (sensibilidade =75%; especificidade =69,7%), tendo a curva de ROC= 0,807, portanto com boa confiabilidade. Ressalta-se que neste estudo não se realizou o ponto de corte, visto que a principal análise do estudo consiste em comparar grupos homogêneos, como comenta Souza, Soares, Souza, Pereira e Souza (2014), que nas populações brasileiras não há um ponto de corte pré-estabelecido.Além das análises comparativas, os dados obtidos neste teste cognitivo foram confrontados com o tempo de escolaridade informado no questionário sociodemográfico, sendo utilizado para compreensão nas análises, o que gerou a seguinte classificação: déficit (abaixo da escolaridade informada), condizente (resposta condiz ao tempo de escolaridade informado) e superávit (acima da escolaridade informada).Este último item foi utilizado apenas na tabulação descritiva distribuição relativa e teste de qui-quadrado.

Procedimentos

 

    Este estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa do Setor de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Paraná-UFPR, e sob o parecer nº 954.303. Foi seguida a Resolução nº 466/2012 do CNS, que apresenta as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Todas as idosas participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), fazendo- se assim, cientes de sua participação neste estudo.

 

    Os dados foram coletados por uma equipe previamente treinada, no horário das atividades das idosas. Os questionários foram aplicados individualmente em uma sala no departamento do idoso pelos membros da equipe avaliadora em forma de entrevista, para melhor compreensão das questões pelos participantes. As idosas foram convidadas a participar, não receberam nenhum incentivo financeiro, e as que se dispuseram a participar levaram em média 35 minutos em cada entrevista. Os fatores de inclusão desta pesquisa foram ser do sexo feminino, e possuir idade ≥ a 60 anos. A coleta de dados correu no período de maio a dezembro de 2015.

 

Análise estatística

 

    Os dados foram tabulados em planilha Microsoft Excel para utilização das formulas dos instrumentos e analisados por meio do pacote de análises estatísticas SPSS 20.0. A normalidade dos dados foi verificada por meio do teste de Kolgomorov-Smirnov. A heterogeneidade da amostra entre grupos foi verificada por meio do teste de Levene. O tempo de escolaridade em anos foi apresentado em frequência relativa (%) e frequência acumulada. Foi apresentada uma categorização em porcentagem do estado cognitivo (resultado do MEM x tempo de escolaridade informado) de maneira descritiva com o intuito de colaborar nas análises. A comparação das proporções de idosas classificadas com estado cognitivo em Superávit, Condizente ou em Déficit, entre as categorias de escolaridade para idosas ativas e insuficientemente ativas foi realizada por meio do teste de Qui-quadrado.O coeficiente de correlação de Pearson foi utilizado para testar a relação entre o escore de cognição com os anos de escolaridade, tanto em idosas ativas como insuficientemente ativas.A comparação das médias do escore cognitivo entre as categorias de escolaridade (Ensino Fundamental, Médio e Superior) para as idosas ativas e insuficientemente ativas foi verificada por meio de análise de variância two way (ANOVA de dois fatores) e post hoc pelo teste de Bonferroni. Para comparar as médias do escore cognitivo entre ativas e insuficientemente ativas, dentro de cada categoria de escolaridade, foi utilizado o teste t de Student para amostras independentes. A significância foi admitida quando p<0,05.

 

Resultados

 

    A média de idade das idosas foi de 68,9 (±6,64) anos, que variou de 60 a 93 anos, de cor autodeclarada branca (82%), casada (38,6%), aposentada (50%), sem remuneração extra (81,3%) e da classe econômica C (55,7%). A média do tempo de estudo, em anos, foi 5,17 (±4,1). Foram classificadas como ativas 74,4% das idosas e 54,6% da amostra apresentou déficit cognitivo. A Tabela 1 demonstra o resultado de anos de escolaridade da amostra.

 

Tabela 1. Frequência, percentual e percentual acumulado referentes “anos de escolaridade”

Anos de estudo

N

%

% Acumulada

0

22

4,0

4,0

1

29

5,3

9,4

2

37

6,8

16,2

3

82

15,1

31,3

4

153

28,1

59,4

5

43

7,9

67,3

6

15

2,8

70,0

7

13

2,4

72,4

8

82

15,1

87,5

9

6

1,1

88,6

10

12

2,2

90,8

11

17

3,1

93,9

12

17

3,1

97,1

13

3

,6

97,6

14

6

1,1

98,7

15

3

,6

99,3

16

2

,4

99,6

17

1

,2

99,8

18

1

,2

100,0

Total

544

100,0

 

Nota: n = Número de idosas

 

    Na comparação das porcentagens da classificação cognitiva, observa-se que as idosas ativas têm maior porcentagem de idosas em boas condições cognitivas (superávit = 22,2% e condizente = 49,4%) no ensino fundamental do que as idosas insuficientemente ativas (superávit = 15,1% e condizente = 47,5%) e estas apresentam maior estado de déficit cognitivo (24,4%). No teste de qui-quadrado mostrou que há associação entre o estado cognitivo com o nível de escolaridade nas idosas, as ativas mostraram melhores valores (X2(2)= 26,575; p< 0,000) do que as idosas insuficientemente ativas (X2(2)= 15,013; p< 0,005). Demais resultados encontram-se na Tabela 2 abaixo.

 

Tabela 2. Comparação da porcentagem de categorias de estado cognitivo por 

grupo de idosas ativas e insuficientemente ativas em relação a escolaridade.

 

Insuficientemente Ativas

Ativas

Superávit

Condizente

Déficit

P

Superávit

Condizente

Déficit

p

Ensino Fundamental

15,1%

47,5%

24,4%

 

22,2%

49,4%

16,0%

 

Médio

0%

1,5%

5,7%

0,005

0,2%

3,0%

2,9%

0,000

Superior

0%

2,2%

3,6%

 

0%

3,5%

2,8%

 

Nota: p< 0,05.

 

    Na análise do teste t para amostras independentes, as idosas do nível fundamental, classificadas como ativas fisicamente demonstram ter melhor média do escore cognitivo (t=24,20; p<0,04) em comparação as idosas insuficientemente ativas. Nos demais níveis não houve diferença significativa. Demais resultados encontram-se na Tabela 3 abaixo.

 

Tabela 3. Comparação da média de categorias de estado cognitivo por grupo 

de idosas ativas e insuficientemente ativas em relação a escolaridadeSASA

 

Média Escore Cognitivo

 

 

Insuficientemente Ativas

Ativas

P

Ensino Fundamental

23,44

24,20

0,04*

Médio

25,50

27,40

0,08

Superior

25,88

27,44

0,28

Nota: p≤0,05

 

    A análise de variância demonstrou diferença nas médias do escore cognitivo com as categorias de escolaridade (F=14,287; p<0,000) e entre o nível de atividade física (F=4,709; p<0,030). Na observação do teste de Bonferroni (post hoc), apenas no grupo de idosas ativas é verificada a diferença de médias do escore cognitivo em relação as categorias de escolaridade.Na comparação de cada categoria da escolaridade, a média do escore cognitivo foi melhor entre as idosas ativas e com ensino superior. A comparação das médias das categorias de escolaridade com o escore cognitivo está exposta na Tabela 4.

 

Tabela 4. Comparação das categorias de escolaridade com as médias 

do escore cognitivo entre idosas ativas e insuficientemente ativas

Escore Cognitivo

 

Ensino Fundamental

 

Médio

 

Superior

 

 

Média

DP

P

Média

DP

P

Média

DP

P

Ativas

24,20a

3,50

0,00

27,40b

2,43

0,00

27,44c

2,63

0,00

Ins. Ativas

23,44

3,69

0,21

25,50

2,79

0,21

25,88

3,64

0,16

Nota: Post hoc Teste de Bonferroni:a ≠ b e c. b ≠ a mas não ≠ de c. c ≠ a mas não ≠ b.

 

    A análise de correlação demonstrou associação entre o escore cognitivo avaliado pelo Mini Mental State e o tempo de escolaridade em anos, sendo moderada nas idosas ativas e baixa nas idosas insuficientemente ativas. A correlação entre as idosas ativas apresentou-se mais forte do que entre as insuficientemente ativas, porém ambas se mostraram significativas. A análise da correlação está exposta na Tabela 5.

 

Tabela 5. Correlação entre escore cognitivo e escolaridade em anos para idosas ativas e insuficientemente ativas

Variáveis

Escore Cognitivo

Ativas

P

Insuficientemente Ativas

P

Escolaridade (anos)

0,405*

<0,0001

0,201*

<0,01

Nota: *p<0,05

 

Discussão

 

    A média de idade das idosas neste estudo aproximou-se da média de outros trabalhos internacionais, como o de Wilms e Nielsen (2014) que encontraram média de 67,7 (±4,2), e próximo do estudo italiano de Gagliardi et al. (2016), que encontrou a média de idade de 75.3 (±6.1). A média de idade da amostra indicou proximidade a de países desenvolvidos, o que pode refletir melhora da expectativa de vida desses indivíduos.

 

    Este estudo mostrou que aproximadamente 75% das idosas foram ativas fisicamente. Esse resultado difere do estudo brasileiro de Vagetti et al. (2015), em que 59 % das idosas foram ativas, e mostrou-se ainda, superior ao estudo de Gagliardi, Papa, Postacchini, e Giuli (2016), pois neste a metade dos idosos eram ativos fisicamente. Este relevante número de idosas suficientemente ativas pode ser em razão das idosas fazerem parte de um programa de atividade física, orientadas por profissionais da educação física. Outro fator relevante é que, muitos idosos procuram a atividade física para além da busca por estilo de vida, mas também pela relação social existente no grupo de participantes, fazendo com que este engajamento seja maior, e assim realizem mais tempo de atividade física.

 

    A baixa média de escolaridade na presente pesquisa esteve próxima a outros estudos nacionais (Rocha, Klein & Pasqualotti, 2014). Vagetti et al. (2015) mostrou que 32,3% dos idosas não tinham o estudo primário completo, já na pesquisa norte-americana de Birch et al. (2016), todos os idosos têm acima de 12 anos de estudo. Assim como os outros estudos citados, este demonstra a baixa escolaridade do idoso brasileiro em comparação aos países desenvolvidos.

 

    A análise comparativa mostrou que houve diferença significativa entre os grupos de categoria escolar em idosas ativas, pois quanto maior o grau de escolaridade, melhor será a média no teste cognitivo. Este resultado pode ter ocorrido devido à elevada proporção de indivíduos que apresentaram satisfatório nível de atividade física, e fatores socioafetivos proporcionados pela prática (Bielak, Mogle & Sliwinski, 2019). O estudo de Junior, Lamonato e Gobbi (2011) encontrou correlação significativa entre escolaridade e estado cognitivo global, o que pode justificar o achado neste estudo no que diz respeito à comparação analisada por meio do teste t, pois apenas no grupo de idosas ativas do ensino fundamental mostrou-se significativo à está relação. Diferente do estudo de Brigola et al. (2018), onde ser um idoso jovem (60 a 75 anos) e com alto grau de escolaridade apresenta melhores escores cognitivos. Este resultado pode ter ocorrido pela prática da atividade física, visto que o número de idosas da amostra que praticam atividade física e encontram-se neste nível escolar foi maior do que nos demais níveis escolares. Segundo Gagliardi et al. (2016), o engajamento em atividades físicas é positivo para o estado cognitivo, pois o estado funcional e cognitivo está relacionado a prática de atividade física, como foi observado nesta pesquisa.

 

    Como já é consistente na literatura, a escolaridade tem relação com estado mental. Em alguns estudos como o de Pruneti et al. (2019), que analisou grupos de diferentes escolaridades em italianos, encontrou que o fator educação tem efeito sobre aspectos cognitivos, porem a atividade física aeróbica tem maior potencial sobre os aspectos cognitivos. Essa informação é importante para o presente estudo, uma vez que, foi verificado déficits cognitivos, entre os indivíduos de baixa e alta escolaridade, porem a atividade física promoveu aspectos de superávit cognitivo nesse grupo de idosas ativas fisicamente. Em contrapartida, Cohen-Mansfield et al. (2016), não observaram em uma revisão, a relação do estado cognitivo com a escolaridade. Porém, cabe citar que no trabalho desses autores quase a totalidade de artigos incluídos na revisão continham amostras de idosos de países desenvolvidos e, sabe-se, o nível de escolaridade em países com essa característica é superior a países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, como o Brasil.

 

    No estudo de Faria, Lourenço, Ribeiro e Lopes (2013), cerca de 30% apresentaram baixo desempenho cognitivo, e os autores citaram que o baixo desempenho está relacionado a variáveis como: sexo feminino, idade avançada, baixa escolaridade e baixa renda, o que pode justificar as idosas na categoria de baixa escolaridade apresentarem déficit cognitivo maior que as idosas nas categorias de ensino médio e superior. O estudo de Silva et al. (2017) que avaliou 550 idosos brasileiros, que a o declínio cognitivo está associado a baixa escolaridade e condições de saúde. Outro estudo, como o de Brigola et al. (2018), evidenciou o alto índice de baixo desempenho no teste do Mini Mental State está ligada a baixa escolaridade e representa um impacto negativo e gradiente na cognição, bem como limitações funcionais e fragilidade. Possivelmente este resultado esteja ligado a fatores sociodemográficos, pois as idosas deste estudo fazem parte do departamento do idoso ligado a Fundação ProAmor, da secretaria de Assistência Social da Prefeitura de Ponta Grossa, o qual prioriza o atendimento de idosos carentes e baixa renda, além da baixa escolaridade da amostra e a totalidade de participantes do sexo feminino.

 

    No presente estudo, observou-se correlação mais forte da escolaridade com a cognição no grupo de idosas suficientemente ativas. A atividade física na população idosa mostra-se eficiente em vários fatores, além de variáveis fisiológicas, como no estudo de Frändin et al. (2016), em que os idosos submetidos a prática da atividade física tiveram melhoras significativas na função cognitiva. Portanto, o resultado das correlações mostra-se pertinente, pois a diferença entre esses resultados em idosas insuficientemente ativas (r=0,201) e ativas (r=0,405) pode ser devida ao tempo de atividade física, que no caso das idosas ativas são maiores do que as idosas insuficientemente ativas. Segundo o estudo de Bielak, Mogle e Sliwinski (2019), o engajamento de idosos em atividades físicas podem ser promotores contra o comprometimento cognitivo. Esse resultado ajuda a compreender o resultado nesta amostra brasileira.

 

    Outro fator que pode justificar o achado nesta amostra é mencionado no estudo de Condello et al. (2017), em que, ser fisicamente ativo “diminui parcialmente a deterioração relacionada à idade, exercendo efeito protetor na velocidade de processamento e na capacidade de orientar a atenção para locais e objetos no campo visual”.

 

    No estudo de Maffei et al. (2017), que expôs os idosos com demência identificada, a sete meses de prática orientada de atividade física, observaram melhora positiva no aspecto cognitivo, principalmente nas regiões do hipocampo e para-hipocampo segundo exames clínicos. No estudo de Frändin et al. (2016), foram comparados dois grupos de idosos (grupo de intervenção e grupo controle), observou-se o declínio cognitivo do grupo intervenção após a 3 meses sem a atividade física, comparada ao período de realização da prática, concluindo a importância para estado mental da prática da atividade física regular.

 

    Este estudo apresentou algumas limitações. Primeiramente, o uso de um instrumento auto relatado para avaliação do nível de atividade física, pois o mesmo pode ter alta variabilidade na obtenção da medida da variável independente, visto que, depende da lembrança do entrevistado sobre as suas práticas recentes de atividade física. Entretanto, em amostras relativamente grandes, este método é muito utilizado, devido à dificuldade e custo de aplicação de métodos diretos. Outro fator importante é a comparação do nível de atividade física como desempenho cognitivo, pois este é dependente de diversas outras variáveis psicossociais e pode dificultar a identificação da relação com o nível de atividade física. A esse respeito, cabe citar que, as idosas inscritas no programa recebem uma gama diversificada de atendimentos (médico, psicológico, terapêutico, serviço social e de convivência) o qual contribui para o bem-estar desta população e possivelmente nos resultados deste estudo. Por fim, os dados serem de uma amostra de idosos do ano de 2015, os quais podem não refletir a atualidade, no entanto, podem servir de alerta sobre as questões cognitivas em idosos, principalmente em se tratando de uma grande amostra de idosos praticantes de atividade física, o qual está temática ainda necessita de mais estudos para aumentar o aporte teórico.

 

    Contudo, esta pesquisa aponta o importante resultado da relação entre a categoria de escolaridade com o escore cognitivo, e que essa relação é mais forte em idosas ativas. Esta pesquisa sugere então, a importância de políticas voltadas ao oferecimento de oportunidades para prática de atividade física, com vistas à melhora e/ou manutenção no aspecto cognitivo.

 

Conclusões

 

    O presente estudo identificou a relação dos escores cognitivos com categorias de escolaridade de idosas ativas e comparou os escores cognitivos em cada grupo de escolaridade dentro do grupo de idosas ativas e insuficientemente ativas.

 

    A escolaridade e atividade física mostraram-se importantes fatores relacionados com aspecto cognitivo entre as idosas, essencialmente em demonstrar que em idosas ativas fisicamente com ensino superior têm melhores escores cognitivos que os demais grupos.Também foi possível identificar que idosas ativas com ensino fundamental e ativas fisicamente tendem a manter estável seu estado cognitivo.Portanto, parece que a atividade física está relacionada a aspectos positivos na questão cognitiva em idosos, o que pode refletir em seu bem-estar e na sua qualidade de vida.

 

    Estes resultados alertam sobre a necessidade de políticas públicas voltado a cursos e escolarização de idosos, pois visto que quanto maior a escolaridade melhor será os aspectos cognitivos, juntamente com a ampliação da oferta da atividade física a este grupo, o qual se mostrou proeminente para diminuição de declínios cognitivos. Por mais positivo que seja os resultados encontrados, há uma necessidade de novos estudos que possam verificar a relação aqui indicada, visto que a literatura ainda carece de publicações envolvendo a cognição, escolaridade e atividade física.

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 25, Núm. 265, Jun. (2020)