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ISSN 1514-3465

 

Fontes de autoeficácia em paratletas de rugby

Sources of Self-Efficacy in Rugby Parathletes

Fuentes de autoeficacia en paratletas de rugby

 

Manoela Bernardi Barella*

manoelaabernardi@gmail.com

Larissa Carol da Nobrega Ruiz*

lissaruiz@gmail.com

João Rodrigo Maciel Portes**

joaorodrigo@univali.br

Andrea Duarte Pesca***

adpesca07@gmail.com

Roberto Moraes Cruz****

robertocruzdr@gmail.com

 

*Graduada em Psicologia

pela Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)

**Doutor em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Catarina

Docente do Programa de Mestrado Profissional em Psicologia

da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)

***Pós-doutora em Psicologia do Desporto

pela Faculdade de Motricidade Humana (FMH) da Universidade de Lisboa

Docente do Curso de Psicologia no Centro Universitário de Curitiba (UniCuritiba)

****Pós-doutorado em Métodos e Diagnóstico

Docente do Departamento e Programa de Pós-Graduação em Psicologia

da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

(Brasil)

 

Recepção: 17/12/2019 - Aceitação: 21/11/2021

1ª Revisão: 20/10/2021 - 2ª Revisão: 18/11/2021

 

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Citação sugerida: Barella, M.B., Ruiz, L.C. de N., Portes, J.R.M., Pesca, A.D., e Cruz, R.M. (2022). Fontes de autoeficácia em paratletas de rugby. Lecturas: Educación Física y Deportes, 26(284), 27-41. https://doi.org/10.46642/efd.v26i284.1892

 

Resumo

    Esta pesquisa objetivou avaliar as características das fontes de autoeficácia em atletas de Rugby em Cadeira de Rodas (RCR), com base em uma pesquisa descritiva exploratória, de abordagem quantitativa. Foram investigadas as variáveis sociodemográficas e aplicada a Escala de Autoeficácia em Esportes Coletivos (EAEC) composta por seis (6) escalas: desempenhos realizados no passado [DRP], experiências vicárias [EV], persuasão verbal [PV], indicadores fisiológicos [IF], estados emocionais [EE] e experiências imaginativas [EI], uma para cada fonte de autoeficácia. A amostra foi composta por 54 paratletas, entre 18 e 51 anos (M=33,66, DP=6,41), praticantes de RCR nos clubes filiados à Associação Brasileira de Rugby em Cadeira de Rodas (ABRC). Os resultados da correlação entre as fontes foram significativos, diferentemente da correlação com os dados sociodemográficos. As fontes que apresentaram maior significância quando correlacionadas às demais foram as DRP e às EI, sendo que ambas demonstraram relacionamento significativo entre si e com as fontes referentes às EV, aos IF e EE. Enquanto a PV apresentou menor significância quanto as demais, exceto quando correlacionada às EV. Através dessa análise, constatou-se que a aplicabilidade da EAEC em atletas de RCR possibilita compreender como são formadas as crenças de autoeficácia, e como podem influenciar no desempenho de atletas.

    Unitermos: Psicologia do esporte. Pessoas com deficiência. Autoeficácia.

 

Abstract

    This research aimed to evaluate the characteristics of self-efficacy sources in Wheelchair Rugby (WR) athletes, based on an exploratory descriptive research with quantitative approach. Sociodemographic variables were investigated and the Collective Sports Self-Efficacy Scale (CSSES) was composed of six (6) scales: past performance [PP], vicarious experiences [VE], verbal persuasion [VP], physiological indicators [PI], emotional states [ES], and imaginative experiences [IE], one for each source of self-efficacy. The sample consisted of 54 athletes, between 18 and 51 years old (M=33.66, SD=6.41), WR practitioners in clubs affiliated to the Brazilian Wheelchair Rugby Association (BWRA). Correlation results between sources were significant, unlike correlation with sociodemographic data. The sources that presented higher significance when correlated to the others were the PP and IE, both of which showed significant relationship with each other and with the sources related to VE, PI and ES. While VP presented lower significance than the others, except when correlated to VE. Through this analysis, it was found that the applicability of CSSES in WR athletes makes it possible to understand how the beliefs of self-efficacy are formed, and how they can influence athletes performance.

    Keywords: Sport psychology. People with disabilities. Self efficacy.

 

Resumen

    Esta investigación tuvo como objetivo evaluar las características de las fuentes de autoeficacia en jugadores de Rugby en Silla de Ruedas (RSR), a partir de una investigación descriptiva exploratoria con enfoque cuantitativo. Se investigaron variables sociodemográficas y se aplicó la Escala de Autoeficacia en Deportes de Equipo (EADE), que consta de seis (6) escalas: desempeño realizados en el pasado [DRP], experiencias vicarias [EV], persuasión verbal [PV], indicadores fisiológicos [IF], estados emocionales [EE] y experiencias imaginativas [EI], una por cada fuente de autoeficacia. La muestra estuvo conformada por 54 paratletas, entre 18 y 51 años (M=33,66, DT=6,41), practicantes de RSR en clubes afiliados a la Asociación Brasileña de Rugby en Silla de Ruedas (ABRSR). Los resultados de la correlación entre fuentes fueron significativos, a diferencia de la correlación con datos sociodemográficos. Las fuentes que mostraron mayor significación al correlacionarse con las demás fueron DRP y EI, las cuales mostraron una relación significativa entre ellas y con las fuentes referidas a EV, IF y EE. Mientras que PV fue menos significativa que las demás, excepto cuando se correlacionó con EV. A través de este análisis, se encontró que la aplicabilidad de la EADE en los deportistas de RSR permite comprender cómo se forman las creencias de autoeficacia y cómo pueden influir en el rendimiento de los deportistas.

    Palabras clave: Psicología del deporte. Personas con discapacidad. Autoeficacia.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 26, Núm. 284, Ene. (2022)


 

Introdução 

 

    A teoria de autoeficácia de Bandura (1977), foi desenvolvida com base na estrutura da teoria sócio-cognitiva, em que os indivíduos são vistos como agentes proativos na regulação das suas cognições, motivações, ações e emoções em vez de serem indivíduos passivos nos seus ambientes. A teoria sócio-cognitiva alimenta-se de uma rede de estruturas casuais que dependem dos próprios comportamentos individuais dos agentes (exemplo: seu esforço), fatores pessoais (exemplo: objetivos estabelecidos) e condições ambientais (exemplo: feedback do treinador). Esta rede representa um processo recíproco em que essa tríade de fatores opera como determinantes em interação entre si para explicarem comportamentos e emoções. (Bandura, e Azzi, 2017)

 

    Ademais, essa percepção está relacionada a alguns fatores que sugestionam a autoeficácia, são eles: processos cognitivos – representam a percepção e convicção que um indivíduo tem sobre comportamentos fundamentados em vivências passadas que, por sua vez, influenciaram em atitudes futuras; processos motivacionais – necessitam da interação entre aspectos intrínsecos e ambientais, sendo um processo objetivo e proposital; processos afetivos – são respostas emocionais diante de circunstâncias adversas que as pessoas experienciam e; processos de seleção – quando o indivíduo avalia as possibilidades antes de agir, considerando o quão é capaz de executar determinada tarefa com sucesso. (Feltz, Short, e Sullivan, 2008)

 

    As crenças de autoeficácia podem ser descritas em quatro fontes: experiências pessoais, aprendizagem vicária, persuasão verbal e estados fisiológicos. a) Experiências pessoais representam o modo como cada pessoa deduz os resultados passados de seus comportamentos, utilizando tais deduções para formular crenças a respeito de seu desempenho e habilidade para determinada tarefa; b) Aprendizagem vicária consiste na observação de outras pessoas realizando tarefas semelhantes. Nessa fonte, a modelação exerce um papel determinante em indivíduos com similaridade e pouca experiência, visto que, tende a funcionar como um modelo a ser seguido; c) Persuasão verbal é formada por julgamentos verbais (positivos ou negativos) acerca das capacidades de cada indivíduo em certas atividades, que, por sua vez, podem mobilizar maior ou menor esforço para sustentar crenças de autoeficácia; d) Estado fisiológico diz respeito à interpretação das emoções e reações orgânicas do corpo, funcionando também como um potencializador da percepção de autoeficácia. (Bandura, 1977, Pajares, e Olaz, 2008, Pesca, Cruz, e Ávila Filho, 2010)

 

    O constructo de autoeficácia tem subsidiado pesquisas de investigação de habilidades humanas em diferentes contextos, especificamente no campo esportivo, Feltz et al. (2008) propuseram um aperfeiçoamento das fontes de crenças de autoeficácia (Figura 1): consideraram as experiências vicárias e a persuasão verbal de maneira semelhante à Bandura (1977), tal como às relacionadas a experiências pessoais, nomeada por eles como desempenhos realizados no passado (Feltz et al., 2008), e a referente a indicadores fisiológicos, nomeada assim por Bandura (1977), foi dividida em duas fontes de autoeficácia nos estudos de Feltz et al. (2008), em indicadores fisiológicos e estados emocionais, e que podem influenciar, de forma diferente, a percepção de autoeficácia dos atletas. Assim, estados emocionais tornam-se parte importante na construção de crenças de autoeficácia por realizar o elo entre a relação do atleta consigo e as emoções sentidas, e os indicadores fisiológicos estão relacionados a como o atleta qualifica em determinados momentos sua capacidade, sua força e seus estados de vulnerabilidade, incluindo suas habilidades, dores e esgotamentos, ou seja, seu condicionamento físico.

 

    A principal diferença identificada nas contribuições de Feltz et al. (2008), refere-se à uma fonte de crenças de autoeficácia, denominada experiências imaginativas, relacionada a situações idealizadas em que o atleta fantasia a si mesmo com outros comportamentos, podendo imaginar-se obtendo sucesso ou não (Feltz et al., 2008). Os indivíduos utilizam as fontes como referência para a formação da autoeficácia, porém antes há a interpretação dos resultados propiciando respaldo aos julgamentos de autoeficácia. (Pajares, e Olaz, 2008)

 

Figura 1. Fontes de autoeficácia segundo Bandura (1977) e Feltz, Short e Sullivan (2008)

Figura 1. Fontes de autoeficácia segundo Bandura (1977) e Feltz, Short e Sullivan (2008)

Fonte: Os próprios autores deste estudo

 

    Uma autoeficácia esportiva alta ou baixa está relacionada às crenças que o atleta cultiva sobre suas capacidades, sendo formadas pelas fontes supracitadas. Esse nivelamento de autoeficácia diz respeito à performance do atleta individualmente e em grupo, no quanto consegue executar as jogadas com êxito e atingir suas metas. (Machado, Paes, Berbetz, e Stefanello, 2014)

 

    O estudo da autoeficácia esportiva é um tema pouco pesquisado, principalmente no contexto do paradesporto. Nos últimos anos destacam-se alguns estudos sobre esse fenômeno em paratletas. A pesquisa de satisfação com a vida e autoeficácia em jogadores de basquete em cadeiras de rodas de Tejero-González, Vega-Marcos, Vaquero-Maestre, e Ruiz-Barquin (2016), apontou que os participantes apresentaram altos níveis de satisfação com a vida e autoeficácia da mobilidade na cadeira de rodas. Dimarchi, e Khanjani (2019) demonstraram que atletas com deficiência tem mais resiliência que não atletas, e também mostraram uma relação significativa entre a resiliência e a autoeficácia na prática de exercícios. O estudo da relação entre a prática de esportes e a autoeficácia em pessoas com deficiência de Mitic, Jorgić, Popović, e Hadžović (2020), concluíram que as pessoas com deficiência que praticam esportes apresentam autoeficácia mais elevada em comparação com aqueles que não praticam esportes, bem como, em comparação com os atletas sem deficiência.

 

    Stapleton et al. (2016) pesquisaram sobre um modelo da teoria cognitiva social, para prever a participação em níveis mais baixos de competição. A associação significativa entre o apoio dos colegas e a eficácia autorregulatória sugere que os colegas podem efetivamente aumentar a confiança de outros atletas para definir metas e superar as barreiras. Os pares podem exercer sua influência na autoeficácia de outros atletas, fornecendo modelos, experiências indiretas, feedback e reforço. Por sua vez, a eficácia autorregulatória previu significativamente as expectativas de resultados e autorregulação. Assim, os atletas com maior confiança para definir metas, superar barreiras e engajamento no esporte, esperavam resultados mais positivos da participação no esporte e tinham intenções e planos mais fortes para participar.

 

    Teixeira, e Lins (2018) realizaram um estudo com atletas paralímpicos brasileiros e constatou que eles apresentavam forte identidade social, elevada autoestima e altos índices de autoeficácia. Esses atletas paralímpicos tendem a atribuir a origem dos acontecimentos da sua vida a fatores internos, dessa forma há uma tendência a se esforçarem mais, resultando em melhores funções no seu desempenho.

 

    Específicamente, o Rugby em Cadeira de Rodas (RCR) é uma modalidade esportiva recente e foi criada por atletas com tetraplegia como uma alternativa para aqueles com limitações de força nos membros superiores, e pode ser praticada por pessoas com deficiência adquirida ou congênita, de todos os gêneros (Campana et al., 2011). Recentemente uma revisão da literatura apontou que os atletas de rugby possuem um perfil psicológico com altos níveis de autoconfiança, autocontrole e tendem apresentar um forte compromisso com as suas atividades, boa capacidade de concentração, atenção e resistência a adversidade (Fernández Macias, 2018). Compreende-se que esse perfil psicológico pode estar atrelado há níveis elevados de crenças de autoeficácia nos atletas de RCR.

 

    O objetivo geral deste estudo foi avaliar as características das fontes de autoeficácia em atletas de RCR, com base em uma pesquisa descritiva exploratória, de abordagem quantitativa. Os objetivos específicos são: a) descrever as variáveis sociodemográficas dos participantes, b) relacionar as seis fontes de autoeficácia com os dados sociodemográficos dos participantes e,c) correlacionar os dados das fontes de autoeficácia entre si.

 

    O desenvolvimento deste estudo, assim como os resultados produzidos, tem a expectativa de auxiliar os atletas e a equipe técnica na compreensão do papel das crenças de autoeficácia no desempenho no RCR, e assim, elaborar estratégias e programas de intervenção com técnicas que possam aumentar os níveis de autoeficácia dos esportistas dessa modalidade paradesportiva.

 

Método 

 

    Esta pesquisa é descritiva, de cunho exploratório, e abordagem quantitativa (Gil, 2017), pois descreve as características das dimensões da autoeficácia e mensura quantitativamente a autoeficácia em paratletas do rugby.

 

Participantes 

 

    Participaram deste estudo 54 atletas de RCR, com idades variáveis entre 18 e 51 anos, do sexo masculino, que apresentassem lesão em pelo menos três membros, sendo congênita ou adquirida, e que jogassem em times filiados à Associação Brasileira de Rugby em Cadeira de Rodas (ABRC).

 

Instrumentos 

 

    Foram utilizados um questionário sociodemográfico e a Escala de Autoeficácia em Esportes Coletivos (EAEC) que corresponde às fontes de autoeficácia no contexto esportivo, construída com base na Teoria da Autoeficácia de Feltz et al. (2008). O instrumento conta com um total de 103 itens, em seis diferentes escalas que visam analisar as fontes propostas: desempenhos realizados no passado [DRP] (22 itens); experiências vicárias [EV] (15 itens); persuasão verbal [PV] (10 itens); indicadores fisiológicos [IF] (18 itens); estados emocionais [EE] (30 itens); e experiências imaginativas [EI] (8 itens). Em cada questão, das 6 fontes avaliadas, é solicitado que o participante analise o quanto é capaz de exercer determinada habilidade específica em seu esporte, variando de “Nunca”, “Um pouco”, “Às vezes”, “Quase sempre” e “Sempre”, seguindo um padrão Likert de resposta (Nunca = 1, Sempre = 5).

 

    Atualmente, não existe nenhuma escala específica para avaliar como o fenômeno da autoeficácia se manifesta em paratletas de rugby, nem mesmo em paratletas de qualquer modalidade. A escala utilizada neste estudo faz parte de uma pesquisa vinculada ao programa de Pós-doutorado em Psicologia do Esporte da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa (Portugal), em parceria com o Laboratório Fator Humano, do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina. A EAEC encontra-se em processo de validação, em diferentes modalidades esportivas coletivas e, portanto, esta pesquisa se caracteriza como um estudo exploratório em uma modalidade paradesportiva específica, integrando-se ao programa de pesquisa transnacional.

 

Procedimentos de coleta e análise de dados e aspectos éticos 

 

    Inicialmente, o projeto foi enviado aos clubes filiados a ABRC, juntamente ao termo de anuência. Após a autorização e assinatura do termo pelos presidentes e/ou responsáveis dos clubes, o projeto foi enviado ao Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos, da universidade, tendo sido aprovado no dia 23 de março de 2017, sob parecer número 1.979.824. Foram realizados contatos com os clubes para agendar a coleta dos dados durante o Campeonato Brasileiro de RCR, o que efetivamente ocorreu em julho de 2017, na Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos (ANDEF), em São Gonçalo-RJ.

 

    A aplicação da EAEC aconteceu nos dias 12 a 16 de julho de 2017, de modo coletivo e individual, conforme necessidade e disponibilidade dos atletas e equipes, e com tempo total de aplicação de, aproximadamente, 40 minutos. Primeiramente, foram explicados os objetivos da pesquisa e, posteriormente, apresentado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), conforme a aceitação do participante foi realizada a aplicação de um questionário sociodemográfico, composto por 14 questões referentes à idade, sexo, escolaridade, assim como questões acerca da caracterização da lesão, classificação funcional e tempo de prática esportiva e, por fim, a aplicação da EAEC.

 

    O procedimento de coleta revelou algumas dificuldades, tais como a compreensão de determinados itens da EAEC, tendo havido a necessidade de esclarecer pontualmente algumas questões, talvez pelo fato de que a prática da modalidade era recente para alguns atletas e/ou dificuldades de entendimento da linguagem utilizada, como também, a falta de um adaptador para o uso das canetas também foi um revés não controlado antecipadamente, tendo em vista as dificuldades de motricidade manual de alguns atletas, devido às lesões, tendo sido necessário fornecer auxílio individual aos atletas para anotar as respostas requeridas.

 

    Os dados oriundos do questionário sociodemográfico e da EAEC foram tabulados numa planilha do Excel e, posteriormente, analisados por meio do programa Data Analysis and Statistical Software (STATA). A análise dos dados envolveu testes da estatística descritiva e inferencial. Para encontrar a análise de normalidade univariada foram apurados os coeficientes de assimetria e curtose. A combinação entre as variáveis da escala foi estabelecida por meio de coeficientes de correlação Pearson, ANOVA e Teste t, já para as variáveis que não apresentaram parametria foram utilizados o Kruskal-Wallis e Spearman.

 

Resultados 

 

    Os resultados das variáveis sociodemográficas foram realizados através de estatística descritiva, considerando a frequência das respostas dos participantes. Para analisar como o fenômeno da autoeficácia se comporta, foram relacionadas as seis dimensões com os dados sociodemográficos da amostra e, correlacionadas as dimensões entre si.

 

    A amostra da pesquisa foi composta por atletas de RCR com idades variáveis entre 18 e 51 anos (M=33,66, DP=6,41), do sexo masculino que apresentam lesão em pelo menos três membros, sendo congênita (n=4) ou adquirida (n=49), com tempo de lesão que variou entre 28 e 564 meses (M=168, DP=119). O nível de escolaridade variou de “Ensino Fundamental Incompleto” (n=3), a “Ensino Superior Completo” (n=14), sendo que a maioria tinha “Ensino Médio Completo” (n=22). A classificação funcional, ou seja, a categorização numérica a qual o atleta é atribuído, considerando a deficiência e suas limitações, varia entre 0,5 (n=12), representando menor nível de funcionalidade, e 3,5 (n=1) representando maior nível de funcionalidade, sendo que a maioria faz parte da classe 2,0 (n=17).

 

    A prática esportiva, de modo geral, variou entre 1 ano (n=2) e 10 anos ou mais (n=15), sendo que a maioria pratica de 5 a 10 anos (n=20). A frequência da prática da modalidade RCR variou entre 4 e 120 meses (M=56,03, DP=33,16), o tempo de treino semanal variou entre 2 a 5 horas (n=15) e 10 horas ou mais (n=12), indicando que nenhum atleta treina menos de 1 hora semanal. Questionados sobre exercer ou não atividade remunerada, exceto o esporte, obteve-se que mais da metade (n=30) não tem outra fonte de renda.

 

    Para relacionar as seis fontes de autoeficácia: desempenhos realizados no passado, experiências vicárias, persuasão verbal, indicadores fisiológicos, estados emocionais e, experiências imaginativas com os dados sociodemográficos foram verificadas a normalidade da distribuição de dados e posteriormente aplicados os testes T e ANOVA. A partir da análise, os dados obtidos revelaram que não houve nenhuma relação estatisticamente significativa entre as variáveis das seis fontes e os dados sociodemográficos (p>0,05). Esse resultado pode estar associado ao número limitado da amostra, ao fato de o instrumento ainda estar em processo de validação e por não ter sido criado especificamente para essa população.

 

    Na Tabela 1 são apresentadas as médias e os desvios padrões das seis fontes da autoeficácia. Ademais, são indicados os resultados das correlações entre as fontes da autoeficácia. Para realizar os testes paramétricos foram utilizadas as correlações de Pearson, enquanto, para a testagem não paramétrica, foi utilizada a correlação de Spearman, realizada apenas para a escala referente às experiências imaginativas, devido à falta de homocedasticidade da dimensão, ou seja, devido a distribuição anormal dos dados.

 

Tabela 1. Médias, desvio padrão, correlações de Pearson e Spearman

Dimensões

1

2

3

4

5

6

1. Desempenhos Realizados no Passado

1,000

 

 

 

 

 

2. Experiências Vicárias

0,4755**

0,0003

1,000

 

 

 

 

3. Persuasão Verbal

0,2440

0,0754

0,4670**

0,0004

1,000

 

 

 

4. Indicadores Fisiológicos

0,3249*

0,0165

0,1992

0,1488

0,1813

0,1896

1,000

 

 

5. Estados Emocionais

0,6101**

0,0000

0,2103

0,1269

0,2564

0,0613

0,5223**

0,0001

1,000

 

6. Experiências Imaginativasª

0,3321*

0,0142

0,2971*

0,0291

0,2465

0,0724

0,3073*

0,0238

0,6094**

0,0000

1,000

Média

82,07

55,96

42,53

60,20

109,66

30,66

Desvio padrão

13,34

5,47

5,22

11,66

13,66

7,07

Nota: *p<0,05, **p<0,001, aCorrelação de Spearman. Fonte: Elaboração própria

 

    Com base nesses dados foi possível perceber que a intensidade do relacionamento de coeficientes de correlação foi positiva em todas as fontes e alguns apresentaram significância na correlação, demonstrando que as fontes mantêm dependência diretamente proporcional. Ao observar a primeira fonte desempenhos realizados no passado, é possível notar que esta apresenta intensidade de relacionamento de coeficientes de correlação moderada quando relacionado as fontes de experiências vicárias (r=0,47; p<0,001) e estados emocionais (r=0,61; p<0,001). A fonte obteve correlação fraca quando relacionada às fontes de indicadores fisiológicos (r=0,32; p<0,05) e experiências imaginativas (r=0,33; p<0,05). A fonte de experiências vicárias demonstrou força de correlação moderada com a fonte de persuasão verbal (r=0,46; p<0,001), já com experiências imaginativas (r=0,29; p<0,05) sua correlação foi fraca. Correlacionando indicadores fisiológicos com estados emocionais (r=0,52; p<0,001) apresentam relacionamento moderado e com experiências imaginativas (r=0,30; p<0,05) indicou uma correlação fraca.

 

    Por meio de testes de normalidade das variáveis, verificou-se que a fonte de experiências imaginativas excedia os valores toleráveis da curtose e assimetria, tendo sido utilizada, portanto, estatística não paramétrica, visto que as transformações dos dados dificultariam a interpretação dos resultados. Correlacionando esta fonte às demais, foi possível perceber que houve valores significativos para todas, exceto persuasão verbal, seguindo a ordem das fontes temos os seguintes resultados, combinando experiências imaginativas com: desempenhos realizados no passado (r=0,33; p<0,05), com experiências vicárias (r=0,29; p<0,05), indicadores fisiológicos (r=0,30; p<0,05) e, por fim, com estados emocionais (r=0,60; p<0,001), demonstrando uma força de correlação moderada.

 

Discussão 

 

    O esporte de alto rendimento para as pessoas com deficiência, congênita ou adquirida, apesar de não ser um sinônimo de qualidade de vida, representa uma elevação de competências individuais e uma diminuição da desvantagem. Ao atingir bons desempenhos significa uma gradual regressão do preconceito social, modificando autoconceitos e fomentando a inclusão da pessoa com deficiência em âmbitos sociais, profissionais e emocionais (Teixeira, e Lins, 2018; Tejero-González et al., 2016). A prática de esportes por pessoas com deficiência podem aumentar a percepção de autoeficácia quando comparadas a pessoas com deficiência que não praticam esportes e atletas sem deficiência (Mitic et al., 2020) e atletas com deficiência apresentam uma relação significativa entre resiliência e autoeficácia para a superação das adversidades quando comparados a não atletas com deficiência. (Dimarchi, e Khanjani, 2019)

 

    A correlação entre os dados sociodemográficos dos atletas e as fontes de autoeficácia da EAEC não apontaram para resultados significativos. É possível que isso ocorra por se tratar de uma amostra consideravelmente restrita, apesar da população ser homogênea, não foi possível realizar uma generalização dos dados. Além da falta de padronização na aplicação, haja vista que fora realizada conforme as possibilidades e necessidades apresentadas pelos respondentes durante a competição. O fato de esse estudo ser preliminar, da escala ainda estar em processo de validação e não ter sido elaborada pensando diretamente nessa população, também podem contribuir para a ausência de resultados significativos para essa correlação. Essas condições podem ser alteradas com a continuidade do estudo, pois se vê que a ampliação da amostra, tal como um estudo comparativo com atletas de rugby sem deficiência possibilitaria a afirmação da validade do instrumento para esta população diante da equivalência dos resultados, conforme exigem as teorias psicométricas explicadas por Pasquali (1996).

 

    Os dados da Tabela 1, que se referem aos resultados encontrados ao correlacionar as seis fontes de autoeficácia entre si, demonstraram que as fontes possuem forças de correlação entre fraca e moderada, com bons níveis de significância. Isso sustenta que as fontes de autoeficácia variam conforme a percepção que o atleta terá para determinada tarefa num momento específico o qual irá considerar.

 

    A teoria da autoeficácia esportiva defende que tal fenômeno é o resultado entre a relação das fontes. As crenças de autoeficácia funcionam como um “filtro” no qual os indivíduos percebem seu funcionamento (Leonardi et al., 2019; Pajares, e Olaz, 2008). Essas pressões podem funcionar como reforços positivos ou negativos no comportamento do atleta. Em jogos coletivos, os jogadores compartilham crenças, como ambições e habilidades para atingirem um resultado satisfatório, trabalham juntos através de objetivos similares. Isso exige certo grau de coesão grupal, pois há uma relação de interdependência entre os atletas para atingir determinada meta. (Marcos et al., 2010)

 

    Os resultados obtidos nesta pesquisa demonstram que a fonte desempenhos realizados no passado é uma das mais influentes na formação da autoeficácia, já que, ao ser correlacionada com as demais fontes, apresentou resultados significativos com todas, exceto com a persuasão verbal. Assim, como defende a teoria, a fonte desempenhos realizados no passado refere-se aos resultados dos comportamentos dos atletas, sendo base para a formação de crenças sobre desempenhos e habilidades em tarefas, logo o sucesso ou o fracasso em certa tarefa será determinante na formação das crenças de autoeficácia (Pajares, e Olaz, 2008, Pesca et al., 2010). O rendimento e a motivação dialogam diretamente com os desempenhos bem-sucedidos. Com base nessas crenças, o atleta estipulará suas metas e os obstáculos que tentará superar, definindo a energia e o tempo que irá empregar para alcançá-los. A noção de obter sucesso caracteriza-se como a fonte mais poderosa para o fortalecimento da autoeficácia. (Pesca, 2013; Lirgg et al., 2016; Feltz et al., 2008; Bandura, 1977)

 

    Ao correlacionar as experiências vicárias com desempenhos realizados no passado, persuasão verbal e experiências imaginativas, os resultados demonstraram que houve significância. Quando relacionada à fonte persuasão verbal, foi possível hipotetizar que a forma como o sujeito observa o desempenho de seus colegas de equipe, sofre influências do reforço social positivo ou negativo para as pessoas realizarem deliberada função, convencendo-as de que têm habilidades para tal, e isso pode aumentar a probabilidade de que disponham energia para alcançar as metas a que se tencionaram. Ambos são estímulos externos que corroboram para aprendizagem de novas habilidades, manutenção ou modificação de comportamentos e, possivelmente, mudanças no desempenho competitivo (Pesca et al., 2010). O fornecimento de modelos e o reforço social oriundo dos pares foi apontado como uma grande influência sobre a crença de autoeficácia em paratletas. (Stapleton et al., 2016)

 

    Sobre a segunda fonte influente na construção das crenças de autoeficácia, as experiências vicárias, dizem respeito à capacidade do sujeito de aprender novos modos de realizar determinadas tarefas a partir da modelação, ou da observação direta de similares realizando tais tarefas. Barros, e Iaochite (2012) apontam em sua pesquisa que este fator parece ser mais forte em atletas iniciantes ou com menos tempo de prática esportiva, porém a correlação entre estes dados não demonstrou nenhuma significância.

 

    Ao analisar a correlação entre as experiências vicárias e as experiências imaginativas, considera-se que demonstra significância devido a capacidade do sujeito de aprender por modelação e imaginar situações em que possa colocar essas novas habilidades aprendidas em prática, a partir do momento em que isso ocorre de forma positiva, tende a aumentar a frequência do comportamento, deixando o atleta mais seguro na hora de realizar determinadas tarefas. (Pajares, e Olaz, 2008)

 

    A fonte persuasão verbal não demonstrou significância quando relacionada às demais fontes de influência, o que diverge do estudo de Barros, e Iaochite (2012), que apontou a persuasão verbal como o fator de maior influência para a formação das crenças de autoeficácia. É sabido da importância da persuasão social e dos feedbacks recebidos na construção da autoeficácia, como evidência Weinberg, e Gould (2017) e, também, a teoria social cognitiva de Bandura (1977), porém a correlação se mostrou significativa apenas quando relacionada à fonte referente às experiências vicárias, como supracitado.

 

    Ao correlacionar indicadores fisiológicos à fonte experiências imaginativas, o resultado apresentou significância, isto pode acontecer, pois ao interpretar que suas condições fisiológicas são positivas, o atleta tende a imaginar que suas jogadas serão melhores desempenhadas, facilitando a encenação cognitiva. Visto que, indicadores fisiológicos referem-se a níveis de aptidão física situacional, quando o atleta, por meio de condições internas, presume suas potencialidades e fragilidades para determinada tarefa. Quando correlacionado com os estados emocionais demonstrou alta significância, no sentido que as emoções podem ser cruciais para formação da autoeficácia. Isto é, a percepção sobre o condicionamento físico do atleta, desde sua forma física, cansaço durante sua performance em treinos ou competições, podem variar conforme os estados emocionais de excitação, confiança, medo, tranquilidade ou ansiedade. (Feltz et al., 2008, Pesca et al., 2010)

 

    A sexta e última fonte, experiências imaginativas, revelou significância quando correlacionada com todas as demais, exceto persuasão verbal, conforme supramencionado. Essa fonte corresponde a uma espécie de encenação cognitiva ou mentalização, ou seja, ao imaginar-se realizando determinada tarefa ou jogada num contexto de desempenho antecipado, o sujeito tende a ter mais facilidade em realizá-la quando se vê nesta determinada situação em quadra. É possível hipotetizar que o atleta que se imagina realizando jogadas bem-sucedidas, consegue executá-las com mais segurança e autoconfiança, possivelmente, obtendo melhor resultado e contribuindo para a formação do fenômeno da autoeficácia. (Feltz et al., 2008, Kanthack, Bigliassi, Vieira, e Altimari, 2014, Weinberg, e Gould, 2017)

 

Conclusões 

 

    Esta pesquisa é precursora com o fenômeno da autoeficácia em paratletas de rugby, assim, a partir da escassez de estudos no contexto e da relevância social que produções na área demonstram ter, fica clara a necessidade de maior envolvimento dos fenômenos psicológicos, principalmente o da autoeficácia, no contexto paradesportivo.

 

    O objetivo deste estudo foi avaliar a autoeficácia de atletas de RCR, com base na descrição das variáveis sociodemográficas dos participantes, da relação das seis fontes de autoeficácia com os dados sociodemográficos e da correlação dos dados das fontes entre si. Em suma, a correlação entre os dados sociodemográficos dos participantes e as fontes do fenômeno, não demonstrou nenhum resultado estatisticamente significativo, supõe-se que seja em razão de se tratar de uma população restrita e específica, da EAEC estar em processo de validação e de tratar-se de um estudo preliminar e exploratório.

 

    Os resultados das correlações das seis fontes entre si indicaram que o grau de correlação dos coeficientes teve variação de fraca a moderada em todas as fontes do fenômeno. As fontes que apresentaram maior significância quando correlacionadas às demais foram referentes aos desempenhos realizados no passado e às experiências imaginativas, ambas demonstraram relacionamento significativo com quatro das outras cinco fontes, enquanto a que obteve menor significância quanto às demais, fora a referente à persuasão verbal que apresentou significância apenas quando correlacionada às experiências vicárias. Tais dados podem contribuir para a compreensão de como são formadas as crenças de autoeficácia, sendo possível hipotetizar que, neste contexto, com essa população específica, estes sejam os fatores mais e menos influentes para a formação do fenômeno.

 

    Um dos principais desafios encontrados ao longo da pesquisa fora referente a escassez de produções científicas nacionais e internacionais na temática, dificultando uma discussão de resultados mais ampla e aprofundada sobre o fenômeno nessa população. Outras dificuldades encontradas ocorreram durante a coleta de dados, a primeira delas se referente ao acesso à população participante, pois a aplicação das escalas aconteceu durante um campeonato e muitos atletas não puderam responder a pesquisa; alguns participantes relataram dificuldades na interpretação das questões, em razão da temática e do pouco tempo na prática paradesportiva; por fim, foi possível identificar que a ausência de um adaptador para canetas foi outro fator que dificultou a coleta, pois acabou exigindo que, em determinados momentos, as pesquisadoras auxiliassem os atletas no preenchimento das respostas.

 

    Para futuras pesquisas, recomenda-se primeiramente a finalização do processo de validação da EAEC, e vê-se interessante a possibilidade de realizar um estudo comparativo entre atletas com e sem deficiência, numa população maior, a fim de verificar a sensibilidade da escala para ambas as populações e, se necessário, adaptação da EAEC ao contexto paradesportivo. Além de incentivar outras pesquisas na área do paradesporto, principalmente com a modalidade do RCR, e sobre o fenômeno da autoeficácia esportiva.

 

    Pensando no trabalho que a psicologia do esporte pode desenvolver nesse contexto, intervenções com os atletas focadas no aperfeiçoamento do conceito da autoeficácia; realizando trabalhos que afetem indiretamente a motivação, a autoconfiança e a autoestima; e ampliando o repertório do atleta para lidar com os diferentes revezes da prática esportiva de alta performance; planejando tratamentos específicos nas variáveis que interferem no aumento da capacidade do atletas dominar suas emoções, entre outras. É possível ainda auxiliar na compreensão da equipe técnica acerca dos fatores psicossociais que podem influenciar diretamente no desempenho esportivo dos atletas de modo individual e coletivo e, possivelmente, nos resultados da equipe, tornando a atuação desses profissionais mais coesa e eficaz.

 

    Ademais, compreender a forma como a autoeficácia esportiva se manifesta em atletas com deficiência é um passo importante ao se pensar em rendimento esportivo, produtividade de equipe e acolhimento de demandas pessoais dessa população.

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 26, Núm. 284, Ene. (2022)