A importância da recuperação pós competição

The importance of Post Competition Recovery

La importancia de la recuperación posterior a la competencia

 

Gonçalo Costa

gnlpc99@gmail.com

 

Estudante do último ano da Licenciatura em Treino Desportivo

Instituto Politécnico da Maia

(Portugal)

 

Recepção: 09/05/2019 - Aceitação: 09/08/2019

1ª Revisão: 16/07/2019 - 2ª Revisão: 30/07/2019

 

Este trabalho está sob uma licença Creative Commons

Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0)

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Resumo

    A recuperação torna-se nos dias de hoje cada vez mais importante no contexto de alto rendimento onde a equipa tem cada vez menos tempo para treinar e passam a maior parte do tempo recuperando os seus jogadores. Assim, foi nosso objetivo neste estudo tentar perceber qual a influencia que a recuperação poderá ter nos atletas e quais os métodos mais apropriados para esse efeito. Apesar de termos percebido que a recuperação é algo fundamental, muitas vezes não existe na literatura consenso entre os diferentes métodos de recuperação.

    Unitermos: Recuperação. Pós competição. Fadiga.

 

Abstract

    The recovery is nowadays more and more important in high sports income teams where the time to train is shorter and spend much more time recovering the players. That said, our target was to try understand the influence that recovery can have in the athletes and which methods are more effective. Despite we understood that recovery is central, sometimes the literature is not coincident.

    Keywords: Recovery. Post competition. Fatigue.

 

Resumen

    La recuperación es cada vez más importante en el contexto actual del alto rendimiento, donde el equipo tiene cada vez menos tiempo para entrenar y pasa la mayor parte del tiempo recuperando a sus jugadores. Por lo tanto, nuestro objetivo en este estudio fue tratar de comprender qué influencia puede tener la recuperación en los atletas y qué métodos son los más apropiados para este propósito. Aunque nos hemos dado cuenta de que la recuperación es fundamental, a menudo no hay consenso en la literatura entre los diferentes métodos de recuperación.

    Palabras clave: Recuperación. Post competencia. Fatiga.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 24, Núm. 255, Ago. (2019)


 

Introdução

 

    Nos dias que correm, em todos os desportos, os atletas querem ser cada vez melhores, não só a nível físico como psicológico. É, na competição que se conhecem os melhores atletas, pois aqueles se encontram mais bem preparados de um modo geral tem mais tendência para ganhar. Neste sentido, podemos afirmar que existem dois tipos de fadiga, a central (relacionada com o sistema nervoso, sendo consequência do stress e elevados níveis de concentração) e a periférica (ou muscular, resultante da elevada concentração dos substratos metabólicos, lactato, H+ e fosfato). Segundo Santos (2011), num estudo realizado aos treinadores da primeira liga portuguesa na época 2004/2005, 94,44% dizem que a recuperação da fadiga periférica é muito importante, sendo que a restante população diz que é importante e nenhum dos inquiridos acha que não é importante a recuperação dessa fadiga. Relativamente à recuperação da fadiga central nesse mesmo estudo, 77,78% acha que é muito importante, 22,22% acha que é importante e 0% acha que essa recuperação não é importante.

 

    Dada a importância que a recuperação tem nos jogadores nas suas diferentes valências, e nas mais diversas consequências que pode ter, sejam elas positivas ou negativas, pretendemos neste trabalho perceber quais os meios que estão envolvidos na recuperação de um modo geral, mas também perceber em específico aquilo que é feito na tentativa de recuperação dos atletas em diferentes contextos. Com este trabalho queremos tentar perceber realmente quão importante é a recuperação nas mais diversas modalidades e, também, quais os métodos que têm maiores evidencias científicas no sentido de recuperar da melhor forma possível o atleta.

 

    Começando por definir recuperação, que é o tema principal de todo o trabalho, segundo Granell (2003) é o processo de superar os efeitos da fadiga e stress induzidos pelo treino para restaurar o corpo ao rendimento total. Esta recuperação pode ainda ser dividida em ativa ou passiva. Para Kellman e Kallus (2001) o processo de recuperação é fundamental para a prevenção de lesões. Sendo que quando os atletas se apresentam numa rotina de treino que excede as exigências físicas e psíquicas e a recuperação se torna insuficiente, abre espaço para o surgimento de lesões ou transtornos relacionados com o treino. (Cruz, W. 2009).

 

    O objetivo deste trabalho foi perceber de que modo a recuperação pode influenciar positiva ou negativamente na competição e qual o melhor método de a executar de modo a obter o máximo de benefícios possível.

 

Métodos

 

    No desenvolvimento deste estudo foi utilizada uma revisão bibliográfica de toda a literatura disponível de modo a obter o máximo de informação possível para posteriormente se proceder à sua comparação e discussão.

 

Modelos de periodização no futebol

 

    Para enquadramento na modalidade do futebol, atualmente, existem dois grandes modelos de periodização e um que se pode caracterizar como sendo mais intermédio. Segundo Gamble (2006), um modelo de periodização é o plano e a sistemática de variação de parâmetros de treino que gera a maior adaptação para o atleta no seu desporto. Por outras palavras, os modelos de periodização são o “modus operandi” de uma equipa/treinador, isto é, tudo aquilo que é feito no treino (exercícios, organização, …) e, fora dele, segundo a ideia de cada treinador ou clube, de acordo com aquela que pensem ser mais benéfica para os jogadores. De modo a atingir o objetivo comum (ganhar) o treinador deve primeiramente definir os seus princípios e subprincípios, devendo-os organizar em hierarquias e prioridades e apenas depois destes passos deve proceder à sua operacionalização/desenvolvimento, para que o processo tenha o desenvolvimento esperado. (Oliveira, 2004)

 

    Podemos dizer que os dois modelos mais usados no mundo do futebol são o modelo da periodização convencional e o modelo da periodização tática, sendo que esta última é a mais atual. Porém, existe ainda um modelo denominado de Treino Integrado, que está entre os dois extremos dos modelos já mencionados.

 

Periodização convencional

 

    Começando por caracterizar aquela que é mais duradoura no tempo, a periodização convencional, Raul Oliveira (2005) diz-nos que este modelo tem a componente física como topo da pirâmide em detrimento de todas as outras. Neste modelo, os treinadores procuram que os atletas obtenham picos de forma, aproveitando sempre as paragens de campeonato para conseguir chegar a esse ponto. Muitos destes treinos, devido ao facto de serem mais relacionados com os aspetos físicos eram feitos na praia e no pinhal. A pouca relação com bola que poderia ocorrer, era motivo de desmotivação por alguns dos atletas. Matvéiev (1990), o impulsionador da periodização do treino, dividiu uma época desportiva em três grandes períodos, preparatório, competitivo e transitório. Deve ser no primeiro período em que os atletas se encontram na sua fase de desenvolvimento. o segundo período era a fase de conservação, onde se enquadrava também a competição, e o último momento seria a perda geral, para que o atleta consiga evitar o cansaço acumulado física e mentalmente. (Alves, 2010)

 

Figura 1. Proposta de microciclo padrão da Periodização Convencional

 

Periodização Tática

 

    Mourinho, em 2003, numa entrevista ao canal desportivo SportTV, fez a seguinte declaração: “O treino tende a ser cada vez mais global, no entanto, (…) há quem diz, mas não faz… há outros que pensam, mas não conseguem ainda fazer… há quem ainda não percebeu.”. Desta afirmação podemos concluir que esta importante figura do futebol nacional e mundial vai de encontro aos ideais da periodização tática, ao invés da tradicional. Periodização tática essa, que valoriza sempre o modelo de jogo, a sua matriz conceptual tem como base o jogar, a intencionalidade coletiva, o tático e sempre sustendo pelos grandes princípios de jogo. Estas ideias são operacionalizadas com bases em Princípios Metodológicos, organizado em morfociclos semanais. (Tobar, 2018; Tamarit, 2013)

 

Figura 2. Proposta de morfociclo padrão da Periodização Tática

 

Treino Integrado

 

    Podemos ainda caracterizar um modelo de periodização que se encontra no meio destes dois, que se podem considerar como sendo os extremos, modelo esse que é conhecido como Treino Integrado. Neste modelo, o treinador desmonta o jogo na sua complexidade e transporta para o treino para que determinados comportamentos sucedam (Alves, 2006). No treino integrado existe o fundamento da parte física complementada, com os aspetos técnico/táticos. Esta teoria contemplando os dois modelos anteriormente referidos, deixa ao treinador um cunho pessoal que pode aplicar aos seus treinos para jogar com o equilíbrio ou desequilíbrio das partes sobre o treino. Ainda assim, independentemente do modelo de periodização seguido, é sempre importante existir um método de recuperação e no Treino Integrado ele também existe com adaptação por parte do treinador. (Barbosa, 2008)

 

Diferenças na recuperação entre modelos de Periodização

 

    Após este enquadramento em termos de modelos de periodização existentes no futebol, importa perceber aquilo que pretendemos realmente com este trabalho é perceber o que se faz no pós-jogo de modo a que o atleta tenha o seu processo de recuperação total no menor tempo possível, e quais são as técnicas a aplicar e perceber porque cada uma delas funciona percebendo aquilo que fazem.

 

    Assim, conseguimos perceber que existe diferenças metodológicas entre os dois grandes modelos, desde logo na temática que esta a ser abordada neste trabalho que é o pós- jogo. Sendo que na periodização tática existe uma recuperação ativa aceite como termo, na periodização convencional, existe a resistência aeróbia, em que ambas terão a mesma finalidade. Entenda-se por recuperação ativa exercícios feitos com intensidades e volumes mais baixos do que nos outros dias do morfociclo, não devendo ser de todo fatigante (McDonald, 2010). A recuperação ativa é feita na tentativa de aumentar o fluxo sanguíneo para retirar mais facilmente os substratos metabólicos prejudiciais ao organismo que estão relacionados com o cansaço (lactato, H+ e fosfato). Para além disso, o mesmo autor (McDonald, 2010), afirma ainda que este tipo de recuperação pode ser enquadrado pelos atletas como um treino mais técnico, onde os mesmos aproveitam para corrigir ou aperfeiçoar aspetos técnicos que noutros treinos com intensidades mais altas não o conseguiriam fazer. Por outro lado, a recuperação passiva é o processo de fazer com que o organismo volte ao seu estado de homeostase sem fazer qualquer tipo de atividade. (Hollmann, 2005)

 

    Desta forma, e segundo Oliveira (2006), a recuperação ativa na periodização tática devem ser exercícios que estão diretamente relacionados com a nossa forma de jogar, sempre com vista naquilo que o treinador quer que aconteça no jogo. Por exemplo, num exercício de 7 contra 3, posse de bola, Mourinho diz aos seus atletas que estão a defender que não quer que eles corram, quer apenas que comuniquem entre si, simulando pressão enquanto que os restantes elementos devem ajustar o seu posicionamento com vista a receção da posse da bola. Com este tipo de exercícios, os atletas estão constantemente em movimento, com pouca intensidade e pouca carga. Carvalhal em 2014 afirmou que mesmo no seu processo de recuperação ativa nunca deixava de abordar o seu jogar, em particular os sub princípios, com tempos de exercitação curtos, com intervalos sensivelmente mais longos e com grande redução em relação à velocidade, tensão e duração das contrações musculares.

 

    Por outro lado, na periodização convencional, não podemos afirmar que exista uma recuperação ativa (como é visível pela figura 1), contudo o treino de terça feira tem em vista a resistência aeróbia que consiste, por norma, em corridas à volta do campo, na praia ou na montanha, com baixa intensidade por um período mais alargado de tempo (para que se consiga entrar no regime aeróbio). Dada esta definição podemos afirmar que este é também um modo de recuperação ativa, fazendo uma alusão à definição que foi dada sobre recuperação ativa (exercícios com baixa carga e intensidade).

 

    Em termos comparativos, como já foi referido o atleta após a competição não se encontra cansado apenas fisicamente, mentalmente o atleta no pós competição encontra-se também bastante debilitado, desta forma é viável dizer que para os atletas nestes dois tipos de recuperação diferentes, eles sentir-se-iam bastante mais motivados para fazer um exercício de posse de bola no campo do que correr a volta do mesmo. Contudo, ambos apresentam a mesma finalidade.

 

Métodos de recuperação

 

    Para além da recuperação ativa, outros métodos são adotados para acelerar a recuperação dos atletas, e são eles massagens, crioterapia, calor, alongamento, nutrição, hidratação e sono/descanso. (Pastre et al., 2009; Guerra et al., 2001; Reilly et al., 2007)

 

    A massagem é utilizada na tentativa de criar uma maior vasodilatação permitindo uma maior circulação do sangue para que desse modo possa ocorrer uma maior reposição dos fluidos, é usada também como modo de libertação miofascial. Para além disso, esta técnica tem uma importância muito grande no psicológico do jogador, já que o mesmo se sente bastante melhor após a aplicação desta técnica. Em termos de literatura, é difícil encontrar resultados concretos relativamente a este método comparativamente a outros já que existe um número elevado de protocolos que podem ser seguidos na aplicação deste método. Barnett (2006) afirma que as massagens aumentam o fluxo sanguíneo, redução do edema e da dor e alivio das dores musculares tardias.

 

    A crioterapia, aplicação de temperaturas muito reduzidas para o tratamento de lesões ou doenças (Swenson, 1996; Hausswirth, 2013), é utilizada logo a seguir da prática, esta técnica provoca maior constrição e rigidez dos vasos para que estes sejam obrigados a fazer o processo inverso e subsequentemente produzir calor causando assim uma sensação de maior relaxamento. Deste modo, podemos desde já relacionar a crioterapia com o tópico seguinte que se trata do calor que serve para dilatar os vasos sanguíneos aumentando a reposição de fluidos e sensação de relaxamento.

 

    O alongamento é uma técnica muito utilizada em vários desportos por diferentes preparadores físicos no final da competição, uma vez que este método causa uma maior descompressão e relaxamento (retorno à calma), ao mesmo tempo oferece uma sensação bastante considerável de relaxamento e redução de lesões de origem músculo-tendinosas. (Gennari, 2002)

 

    A nutrição, hidratação e sono/descanso são fatores fundamentais na recuperação dos jogadores e são cada vez mais os meios de controlo para estes métodos. Maughan (1994) sugere que a desidratação ocorre devido à necessidade que o organismo humano sente de manter a temperatura corporal constante, isto é, o único modo que o ser humano tem de libertar o calor é através da evaporação da água à superfície da pele. Desta forma, é vital repor a água que foi usada durante o exercício. Ainda para o mesmo autor, uma desidratação com valores entre 2% e 5% baixa o rendimento em cerca de 30%. Galloway (1999) diz que quanto maior for a ingestão de líquidos mais rápido ocorrerá o seu esvaziamento, no entanto se esses líquidos contiverem também hidratos de carbono esse esvaziamento vai ser retardado, sendo essa uma das importâncias dos hidratos de carbono. Cândido et al. (2017), no seu estudo sobre alimentação concluem que “o carbohidrato tem efeito protetor contra imunodepressão associada ao exercício extenuante. O consumo deve ser feito nos períodos anteriores a qualquer atividade atlética na forma de carbohidratos complexos, para que assim os estoques energéticos sejam maximizados e o efeito protetor no sistema imunológico esteja presente”.

 

Importância da percepção de fadiga dos atletas

 

    Num estudo realizado por Doeven et al. (2017) procurou ter a percepção do esforço e recuperação durante uma fase de congestão de jogos do ponto de vista do atleta e do treinador. Foram estudados 14 atletas de basquetebol da primeira divisão holandesa, com uma média de idade de 26.7 ± 3.8 anos, altura 197.2 ± 9.1 cm, peso 110.3 ± 15.2 kg e body fat de 10.3% ± 3.6 %. Durante um período intenso de competição onde existiram 15 jogos (8 liga doméstica, 1 taça da Holanda e 6 da Euro Liga) num espaço de 6 semanas (2.5 jogos por semana), os atletas foram questionados 30 minutos após o jogo para o nível de fadiga numa escala de 6 a 20, sendo 6 (nenhuma fadiga) e 20 (fadiga extrema). Os tempos de jogo foram todos anotados para calcular a carga de jogo (intensidade x duração). Os atletas foram questionados antes do primeiro treino pós-jogo para revelaram numa escala de 6 a 20 o seu nível de recuperação. O treinador também respondeu a esses questionários acerca da fadiga observável 30 minutos apos o fim do jogo.

 

    O estudo conclui que nos primeiros jogos o primeiro treino pós-jogo foi num espaço de 28.0 ± 11.4 horas, após mais 7 jogos os treinos passaram a ser 1 a 2 dias após o jogo. Os dados adquiridos através do protocolo seguido revelaram que a fadiga dita pelos atletas pós jogo era mais baixa do que a fadiga que o treinador pensava, sendo que no treino pós-jogo a fadiga estava mais baixa e no dia seguinte a fadiga tinha aumentado novamente. Isto revelou que a percepção da fadiga pelo treinador não coincidia com os níveis de fadiga ditos pelos atletas, sendo tal justificado devido aos jogadores regressarem aos hotéis sem fazerem o tratamento adequado para tratar a fadiga muscular. Também revelou que os treinadores tendem a estimar em demasia o nível de fadiga dos atletas estando eles possivelmente melhor ou pior do que ele pensava, sendo neste caso essencial o acompanhamento pós-jogo dos atletas a nível de recuperação tal como uma comunicação ativa para perceber em que nível está o atleta para uma melhor recuperação. Os atletas com um dia de descanso entre o jogo e o primeiro treino tenderam a ter mais dores e não recuperar da mesma forma que recuperaram quando tiveram treino no dia seguinte.

 

    Um estudo realizado por Vallés Ortega et al. (2017), analisou duas temporadas (2014-2015 e 2015-2016) de uma equipa de basquetebol feminino em Espanha, com o objetivo de descobrir um padrão de recuperação da fadiga numa competição de alta intensidade competitiva. Para esse fim, foi analisada a equipa júnior do CB Conquero, tendo um plantel de 12 atletas com idades compreendidas entre os 16 a 18 anos (M=17.08). os dados foram recolhidos durante o campeonato de Andaluzia, tendo uma das atletas ter abandonado o estudo por uma lesão contraída durante o campeonato.

 

    O estudo seguiu o método de Malone et al. (2015) em que divide a monitorização do treino em duas subsecções: carga interna e carga externa. Assumindo que a carga de treino é o resultado das exigências biológicas e psicológicas provocadas tanto pelo treino como pela competição (Badillo e Ayestarán, 2002). A carga externa trata-se do volume, intensidade, frequência e especificidade do treino, e a carga interna é o resultado da carga externa mais todos os estímulos que influenciam o atleta tendo em conta as suas características individuais. (Schelling e Torres-Ronda, 2013)

 

Carga Interna

 

    Escala de Borg CR10 – Carga de treino classificada de 1 a 10, sendo 1 muito ligeiro e 10 muito intenso.

 

    TQR – Total Quality Recovery (Kentta e Hassmen, 1998) – Escala onde o atleta avalia a sua recuperação entre 6 a 20, sendo 6 uma recuperação mínima e 20 a recuperação total.

 

    Questionário de bem-estar (McLean, Coutts, Kelly, McGuigan e Cromack, 2010) – baseia-se em 5 perguntas relacionadas com a fadiga, qualidade de sono, dano muscular (dor), níveis de stress e humor. Sendo todas as perguntas pontuadas de 1 a 5, 1 sendo níveis baixos/pobres e 5 níveis altos de bem-estar. A pontuação global será a soma das pontuações.

 

Carga Externa

 

    Minutos de jogo – contabilização de todos os minutos acumulados de cada atleta.

 

    CMJ – Counter Movement Jump (Bosco, Luhtanen e Komi, 1983) – obteram os dados de altura de salto de cada atleta.

 

    Este estudo conclui que os treinos realizados entre jogos numa série seguida de jogos, (sábado, quarta, sábado) que dura as primeiras 4 semanas de época tais como as 4 últimas, terão de ser adequados à capacidade de recuperação da fadiga dos atletas tal como a adequação do treino ao nível de fadiga dos atletas. Sendo possível saber essa capacidade de recuperação através do padrão estudado (correlação entre os dados do questionário, da escala, tal como no teste CMJ e o tempo de jogo). Ou seja, através da utilização de instrumentos de baixo custo e fáceis de utilizar, pode-se saber em que níveis estão os atletas tal como perceber o nível de treino exigido ou exigível.

 

Resultados

 

    Após a enumeração e explicação dos diferentes métodos de recuperação existentes e que são utilizados na maioria das modalidades, neste fase do trabalho iremos fazer uma análise comparativa entre métodos para tentar perceber a eficácia de cada um. Deste modo, como meio de comparação, é medido o nível de lactato, pois este está diretamente ligado à fadiga, sendo por vezes um fator limitador do rendimento do atleta. Esta relação pode ser confirmada por Neto (2007), num estudo a indivíduos praticantes de futsal, onde foi possível observar que os dois atletas que mais correram eram aqueles que apresentavam os níveis de lactato mais altos, e os guarda redes analisados, que foram os que menos deslocamentos tiveram de fazer eram aqueles que tinham os níveis de lactato mais baixos. Todo o jogo foi gravado por uma câmara e este foi posteriormente analisado na tentativa de perceber as diferenças de distâncias percorridas entre atletas, e só assim é possível afirmar os atletas que mais e menos correram. Desta forma, podemos aceitar o nível de lactato como sendo um meio de comparação entre atletas para medir a sua fadiga.

 

    Num estudo realizado por Sandra Fachineto, Tcherlyn Erlo e Kamila Martins (2017) a 12 indivíduos divididos em três grupos, um grupo que fez recuperação ativa, outro recuperação passiva e o último testou o método da crioterapia, percebemos que a maior remoção de lactato presente no sangue ocorreu no grupo que desenvolveu recuperação ativa passando de 11.7 para 7.5, já no grupo que testou a crioterapia viu os seus valores de lactato passaram de 9.4 para 8.1, por fim, no ultimo grupo (que fez recuperação passiva) registou-se um aumento dos níveis de lactato no sangue (de 9.6 para 9.7). Os valores deste estudo foram medidos em mmol/L.

 

    No estudo de Franchini (2004), que teve como objeto de estudo vinte e cinco judocas masculinos, sendo que foram posteriormente divididos em dois grupos os de elite e não elite, sendo em que cada um desses grupos metade fez recuperação ativa e metade fez recuperação passiva. As medidas foram efetuadas antes do exercício, passado um minuto da competição, bem como aos 3, 5, 10 e 15 minutos. É perceptível que um minuto após a competição as concentrações de lactato são semelhantes entre grupos (na elite cerca de 10 e no grupo não elite cerca de 13), porém ao alongo das medições percebe-se que o grupo que fez recuperação ativa viu sempre os seus níveis de lactato diminuir de forma mais rápida relativamente ao grupo que fez recuperação passiva. O grupo de elite que fez recuperação ativa passou de 9.45 para 4.02 após 15 minutos de recuperação, o grupo elite que fez recuperação passiva passou de 10.08 para 5.79. Nos grupos de não elite, os que fizeram recuperação ativa passaram de 12.52 para 5.08, já o grupo que desenvolveu recuperação passiva passou de 12.67 para 8.04.

 

Tabela 1. Concentração de lactato (mmol/L) após uma luta de judô, comparando recuperação ativa (RA) e recuperação passiva (RP)

 

    Num estudo realizado por Pastre et al. (2009), cujo método consistiu numa revisão da literatura sobre os diferentes métodos de recuperação é perceptível pelos resultados que no grupo que desenvolveu a massagem teve menos dores musculares, existiu um aumento de temperatura nesses indivíduos, tiveram melhor rendimento em termos de força e teve um menor índice de fadiga, em todos os estudos realizados foram organizados dois grupos, um que faz a massagem e outro de controlo. Quando no mesmo estudo observamos os resultados da recuperação ativa percebemos que são ainda mais positivos relativamente à massagem, sendo que o registo foi de menor cansaço, maior potência, maior VO2 e menor presença de lactato no sangue.

 

    Quando a recuperação ativa foi comparada com a recuperação passiva e banheiras de gelo em quatro atletas juniores de futebol, após sessões de 45 minutos, é perceptível que a recuperação ativa foi aquela que teve melhores resultados passando de 5.7 mmol/l para 1.8, seguido da banheira de gelo que viu os seus valores pós exercício rondar as 8 mmol/l, sendo que 30 minutos de aplicarem o seu processo os valores desceram até 3.6 mmol/l. Por fim, a recuperação passiva, que assim que acabou o exercício registrou 6.6 mmol/l de sangue, passado meia hora da primeira medição apresentou uma queda até aos 3.8 mmol/l.

 

    Num estudo realizado por Caetano et al. (2005) foi analisado um processo de recuperação passiva, englobando dois, isto é, o chamado contraste, que consiste em fazer variar entre frio e calor nessa recuperação. Esse tratamento durou 16 minutos alternando entre água fria e agia quente, sendo que começava por imersão em água fria (10ºC) durante 60 segundos, posteriormente expostos a 120 segundos de água quente (42ºC). A concentração de lactato foi medida aos 5 minutos, 15 minutos e 25 minutos pós exercício, tanto no grupo de controlo como também no grupo intervencionado. Apesar de no grupo de controlo, a concentração de lactato ser maior logo após o exercício, a diminuição dessa mesma concentração sofreu uma queda muito maior no grupo que sofreu intervenção, sendo que após 5 minutos da atividade tinham uma concentração de 7 mmol/dl e após o contraste, na análise feita aos 25 minutos passou para 3 mmol/dl, já no grupo controlo passou de 9 mmol/dl após 5 minutos do exercício para 7 mmol/dl na análise feita 25 minutos após o exercício.

 

    Guerra (2001), afirma que a ingestão de 312 grama de hidratos de carbono nas quatro horas precedentes de uma partida resulta num aumento de cerca de 15% no seu desempenho físico. Por outro lado, se a ingestão desses hidratos de carbono for feita dez minutos antes da partida, a utilização de glicogénio muscular diminui, a velocidade ira sofrer um aumento bem como a distância que o atleta percorrerá na segunda metade do encontro. No mesmo estudo, é possível perceber que se os jogadores durante a partida ingerirem bebidas com hidratos de carbono conseguem manter uma intensidade maior durante o jogo. Na recuperação, ocorre a reposição dos reservatórios de glicogénio muscular e hepático, dessa forma foi sugerido que o atleta consumisse entre 5 e 6 mmol.kg.peso.h no período de 24 horas consequentes ao jogo.

 

    Já num estudo realizado por Montgomery et al. (2008), procurou perceber o efeito das estratégias de recuperação da performance física e fadiga acumulada no basquetebol competitivo. Para isso estudaram 29 atletas de basquetebol masculino com uma média de idades de 19.1 anos competindo regularmente em competições regionais. Este estudo foi realizado na fase final da pré-época, o treino dos atletas baseava-se em 3 a 4 treinos de equipa (90 a 120 minutos cada) e 1 a 2 treinos individuais (30 a 45 minutos cada), o que totalizava em 8 a 10 horas de treino por semana. O estudo envolveu um teste controlado que pretendia investigar o impacto de dias sucessivos com jogos de basquetebol. Todos os voluntários participaram num torneio de 3 dias em que cada dia existia um jogo de 48 minutos. Uma semana antes do torneio os atletas completaram os seguintes testes para determinar a base da performance física: 20 metros aceleração, imersão em água fria e com a compressão, YoYo Level 1 intermittent recovery test, salto vertical, um teste de agilidade específico de basquetebol, e um teste de flexibilidade (senta e alcança). Os atletas foram divididos em grupos tendo em conta as suas posições e dados antropométricos. Após realizarem o consumo de hidratos pós-jogo, a imersão em água fria e a compressão, os atletas realizaram todas as manhas pós-jogo uns testes de performance diária e bem-estar, na manha do 4º dia foram realizados novamente os mesmos testes que foram realizados antes do torneio (exceto o Yoyo) de forma a tentar perceber se o nível de performance diminuiu devido à competição.

 

Efetividade das estratégias de recuperação

    Houve mais fatores que foram avaliados neste estudo tal como a dor muscular, consumo de carboidratos e hidratação. Este estudo conclui que a fadiga começa a aparecer e os níveis de performance a baixar durante um torneio de 3 dias seguidos, mas que com recuperação ativa essa quebra pode ser atenuada. Sendo que a imersão em água fria mostrou ser a que fornece mais resultados no que se trata a manter a performance quase que inalterável.

 

    Relativamente à massagem temos resultados bem diferentes no que concerne à revisão da literatura, sendo que no estudo de Hilbert (2003) o resultado é positivo e nota-se melhoria na dor muscular, na quantidade de CK e circunferência do membro, bem como o estudo de Zainuddin (2005) que confirma o estudo anteriormente efetuado. Contudo, num estudo realizado por Hart (2005) não encontraram qualquer benefício na aplicação de 5 minutos de massagem aplicados 24, 48 e 72 horas após a prática. Desta forma, podemos afirmar que apesar de haver poucos estudos sobre a aplicação da massagem, os que são possíveis de encontrar muitas vezes se contrariam, não sendo possível perceber a importância da aplicação desta técnica no momento de recuperação.

 

    Quanto ao alongamento no final da prática desportiva, mais estudos precisam de ser realizados para que possamos tirar conclusões mais concretas, contudo num estudo apresentado por McGrath (2014) é perceptível que em ambas as técnicas usadas (PNF e alongamentos estáticos) relativamente ao grupo de controlo não existiram grandes diferenças ao nível de dores musculares tardias. Assim, à falta de mais estudos podemos afirmar que este é para já um método utilizado para retorno à calma e também efeitos psicológicos nos atletas.

 

    Ivy et al. (2002) mostrou no seu estudo que os ciclistas que consumiram uma bebida rica em hidratos de carbono, proteína e gordura obtiveram uma maior taxa de reposição dos estoques de glicogénio muscular, sendo esse o meio de alimentação mais efetiva relativamente aqueles que consumiram apenas hidratos de carbono.

 

    Num estudo realizado por Shirreffs (1996), em que estudou 12 homens que após a desidratação repuseram 50%, 100%, 150% e 200% das perdas de suor, e concluíram que quando o valor ingerido relativamente à desidratação foi de 150%, os indivíduos atingiram um bom estado de hidratação. No estudo de Bellow (1995), podemos retirar a informação de que independentemente da quantidade de hidratos de carbono (existentes ou não), a ingestão de água melhorou o desempenho.

 

Conclusão

 

    Desta forma, podemos concluir que independentemente do desporto que estamos a realizar, a recuperação é algo com que os treinadores se devem preocupar, sendo que o treinador deve ter sempre em conta o nível de fadiga do atleta, tendo para isso instrumentos de fácil utilização e baixo custo para ajudar nessa vertente. Durante esta revisão da literatura foi possível perceber que existem diferentes métodos que são aplicados aos jogadores para que estes possam mais rapidamente e com segurança voltar aos treinos “normais”. Foi também possível perceber que a comunidade científica tem muitos pontos concordantes, contudo também apresenta alguns pontos de discórdia que foram também neste trabalho apresentados. Assim, independentemente da recuperação ou dos diferentes tipos de recuperação que o clube ou treinador opte por todas elas têm a sua eficácia e devem ser todas elas equacionadas, já que cada vez mais a recuperação tem de ser mais rápida, para que o atleta possa voltar aos treinos e jogos. Desta forma, é imperativo que a recuperação seja bem feita para poder tirar o máximo partido dos atletas, bem como prevenir o aparecimento de lesões.

 

Referências

 

Alves, B.(2006) (In) Congruências na relação entre Clubes e Seleções Nacionais de Futebol. Monografia realizada no âmbito da disciplina de seminário do 5º ano da licenciatura em Desporto Educação Física, na área de Rendimento – Futebol, FCDEF-UP.

 

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Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 24, Núm. 255, Ago. (2019)