Câncer de mama: revisão narrativa durante o período de 2007 a 2018

Breast Cancer: Narrative Review During the Period 2007 to 2018

Cáncer de mama: revisión narrativa durante el periodo 2007 a 2018

 

Abraão Luiz Colares Gualberto*

abraao-luis@hotmail.com

Jean Augusto de Sousa Tavares**

jeanauguato@gmail.com

Silvânia Yukiko Lins Takanashi***

silvaniayukiko@hotmail.com

Luiz Fernando Gouvêa-e-Silva****

lfgouvea@yahoo.com.br

 

*Graduando em Medicina pela Universidade do Estado do Pará

Membro da Liga Acadêmica de Oncologia de Santarém

Membro da Liga Acadêmica de Gastroenterologia e Coloproctologia do Oeste do Pará

**Graduando em Medicina pela Universidade do Estado do Pará

Monitor do Laboratório Morfofuncional

Vice-Presidente da Liga Acadêmica de Gastroenterologia

e Coloproctologia do Oeste do Pará

***Graduada em Fisioterapia pela Universidade do Estado do Pará

Mestre em Genética e Biologia Molecular pela Universidade Federal do Pará

Doutora em Doenças Tropicais pela Universidade Federal do Pará

Professora da Universidade do Estado do Pará, Campus XII – Santarém, Santarém, Pará

****Graduado em Educação Física pela Universidade Federal de Uberlândia

Mestre em Genérica e Bioquímica pela Universidade Federal de Uberlândia

Doutor em Doenças Tropicais pela Universidade Federal do Pará

Professor da Universidade Federal de Goiás, Regional Jataí, Jataí, Goiás

(Brasil)

 

Recepção: 25/03/2019 - Aceitação: 19/12/2019

1ª Revisão: 02/12/2019 - 2ª Revisão: 18/12/2019

 

Este trabalho está sob uma licença Creative Commons

Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0)

https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt

 

Resumo

    Introdução: A qualidade de vida relacionada com a saúde é considerada hoje, juntamente com a sobrevida livre de doença, um dos parâmetros mais importantes para analisar as consequências da abordagem terapêutica em pacientes com neoplasia mamária, tanto em âmbitos que incluem e ultrapassam as questões meramente biológicas. Objetivo: Relatar o impacto das características sociodemográficas e clínicas na qualidade de vida de pessoas com neoplasias mamárias malignas. Método: Trata-se de uma revisão de literatura. As bases eletrônicas pesquisadas foram o PubMed (US National Library of Medicine National Institutes of Health), a Scientific Electronic Library Online (SciELO) e a Biblioteca Virtual de Saude (BVS), através de descritores. A busca envolveu artigos de 2007 a 2018, com instrumentos para avaliar a qualidade de vida específicos para câncer, com a presença de informações sociodemográficas e clínicas dos pacientes. Resultados: Foram incluídos nove artigos que apresentaram como fator negativo para a qualidade de vida a realização da mastectomia, ausência da família no acompanhamento do tratamento, idade avançada da paciente, maior tempo tratamento pela quimioterapia e escolaridade baixa. Conclusão: Dentre os fatores levantados no estudo, destaca-se de forma positiva na qualidade de vida a prática de atividade física, hábitos alimentares saudáveis e o maior tempo transcorrido do diagnóstico de câncer.

    Unitermos: Qualidade de vida. Neoplasias. Neoplasias da mama.

 

Abstract

    Introduction: Health-related quality of life is now considered, along with disease-free survival, one of the most important parameters for analyzing the consequences of the therapeutic approach in patients with breast cancer, both in areas that include and surpass the merely questions biological. Objective: Report the impact of sociodemographic and clinical characteristics on the quality of life of people with malignant breast neoplasms. Method: This is a literature review. The electronic bases searched were PubMed (US National Library of Medicine National Institutes of Health), Scientific Electronic Library Online (SciELO) and Virtual Health Library (VHL), through descriptors. The search involved articles from 2007 to 2018, with instruments to assess cancer-specific quality of life, with the presence of sociodemographic and clinical information of the patients. Results: Were included nine articles that presented as a negative factor for quality of life the execution of mastectomy, absence of family in the follow-up treatment, advanced age of the patient, longer treatment by chemotherapy and low education. Conclusion: Among the factors raised in the study, quality of life is positively impacted by the practice of physical activity, healthy eating habits and the longest elapsed time of cancer diagnosis.

    Keywords: Quality of life. Neoplasms. Breast neoplasms.

 

Resumen

    Introducción: la calidad de vida relacionada con la salud se considera hoy, junto con la supervivencia libre de enfermedad, como uno de los parámetros más importantes para analizar las consecuencias del enfoque terapéutico en pacientes con cáncer de mama, tanto en áreas que incluyen y superan las cuestiones meramente biológicas. Objetivo: informar el impacto de las características sociodemográficas y clínicas en la calidad de vida de las personas con neoplasias mamarias malignas. Método: esta es una revisión de la literatura. Las bases electrónicas buscadas fueron PubMed (US National Library of Medicine National Institutes of Health), Scientific Electronic Library Online (SciELO) y Virtual Health Library (VHL), a través de descriptores. La búsqueda incluyó artículos de 2007 a 2018, con instrumentos para evaluar la calidad de vida específica del cáncer, con la presencia de información sociodemográfica y clínica de los pacientes. Resultados: Se incluyeron nueve artículos que presentaron como factor negativo para la calidad de vida el desempeño de la mastectomía, la ausencia de familia en el tratamiento de seguimiento, la edad avanzada de la paciente, el tratamiento prolongado con quimioterapia y la baja educación. Conclusión: Entre los factores planteados en el estudio, destaca positivamente en la calidad de vida la práctica de actividad física, hábitos alimenticios saludables y el mayor tiempo transcurrido del diagnóstico de cáncer.

    Palabras clave: Calidad de vida. Neoplasias. Neoplasias mamarias.

 

Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 24, Núm. 259, Dic. (2019)


 

Introdução

 

    O câncer de mama (CM) é o segundo tipo de câncer mais frequente entre as mulheres do mundo, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma. Estimam-se que o Brasil tenha alcançado 59.700 casos novos de CM no ano 2018. Raramente, o CM acomete os homens, representando índices inferiores a 1% do total de casos da doença. Antes dos 35 anos de idade o CM é incomum, acima desta idade sua incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos (Brasil, 2018). Segundo a International Agency for Research on Cancer (2019) a incidência média de acometimento de câncer de mama no mundo é de mais de 43 casos por 100 mil habitantes e representou, no ano de 2018, 6,6% dos óbitos.

 

    Na atualidade, há um amplo conhecimento sobre as variadas formas de apresentação da doença e existem diversos recursos terapêuticos para tratar tal enfermidade.O tratamento depende do estadiamento e do tipo de tumor, sendo ele realizado com cirurgias, conservadoras ou não, como a mastectomia, quadrantectomia, tumorectomia e tratamento adjuvante de quimioterapia, radioterapia, hormonioterapia e terapia biológica (terapia alvo). (INCA, 2018)

 

    O tratamento cirúrgico, que é mutilador, associa-se em alguns casos à perda da mama, acarretando grande impacto nos pacientes, com fortes implicações físicas, na autoimagem e no emocional, com consequente diminuição da qualidade de vida. Os impactos originados pelo CM devem ser frequentemente analisados e cuidados por profissionais capacitados, desde a detecção da doença, até o instante onde não haver mais possibilidade de cura, bem como, as informações produzidas por estudos são importantes para uma melhor assistência e ações de políticas públicas. (Lima, 2018)

 

    Dessa forma, como são escassos os estudos que avaliaram a implicação dos fatores sociodemográficos e clínicos em relação a qualidade de vida dos pacientes com CM, o objetivo do presente estudo é relatar o impacto das características sociodemográficas e clínicas na qualidade de vida de pessoas com neoplasias mamárias malignas.

 

Métodos

 

    O estudo é uma revisão narrativa da literatura, na qual, foram utilizadas as bases eletrônicas do PubMed (US National Library of Medicine National Institutes of Health), a Scientific Electronic Library Online (SciELO) e a Biblioteca Virtual de Saúde (BVS).Para análise dos descritores mais adequados ao objetivo do estudo, optou-se por utilizar os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS).

 

    Na plataforma BVS, foram utilizados os seguintes descritores em saúde “quality life” and “neoplasm breast”. Ademais, foram utilizados os filtros: texto completo, idioma português e inglês e ano de publicação de 2007 a 2018. Na plataforma MEDLINE foram utilizados os mesmos descritores e os filtros são “clinical trial”, “From 2007/01/01 to 2018/12/31”, “humans”, “female/male”, “cancer”, “coreclinical journals”, “nursing journals” e “adult: 19+ years”. Já na plataforma Scielo, os utilizados foram “câncer de mama” and “qualidade de vida”, os filtros de idioma português e inglês e ano de publicação de 2007 a 2018.

 

    O período de publicação dos artigos foi limitado entre 2007 a 2018. A seleção dos artigos envolveu as seguintes etapas: exclusão por duplicidade de título, leitura do resumo e leitura do artigo completo. A exclusão do artigo de forma completa foi realizada de modo independente, por dois avaliadores. Em caso de divergência uma terceira opinião foi consultada (Figura 1).

 

    Foram incluídos no estudo os artigos que avaliaram a qualidade de vida em pacientes com câncer de mama, de natureza quantitativa, que utilizavam questionários específicos para câncer ou câncer de mama, que incluíssem pelo menos duas características sociodemográficas (idade, escolaridade, estado civil e gênero) e os artigos que apresentavam pelo menos duas características clínicas estabelecidas pelos pesquisadores (tipo de cirurgia: conservadora e não conservadora, mastectomia quandrantectomia e tumorectomia, tratamento adjuvante pré-cirúrgico ou pós-cirúrgico).

 

Etapas de análise

 

Figura 1. Fluxograma com as etapas de seleção dos artigos incluídos no estudo

 

    Os títulos selecionados foram exportados para o Software Excel®, a fim de excluir títulos duplicados e que não teriam afinidade com os critérios do estudo. Depois foi feita a leitura dos resumos e do artigo na íntegra para fazer as devidas exclusões (Figura 1).

 

Resultados e discussão

 

    A Tabela 1 apresenta os estudos que foram incluídos na amostra, destacando o ano, título, as características sociodemográficas e clínicas das pacientes. Já na Tabela 2 são demonstrados os desenhos, instrumentos utilizados e as principais conclusões dos estudos analisados nessa revisão.

 

Tabela 1. Apresentação dos estudos quanto ao ano, título, características sociodemográficas e clínicas dos estudos

Autor

Ano

Título

Características sociodemográficas

Características

Clínicas

Cesar et al.

2017

Qualidade de vida de mulheres com câncer mamário submetidas à quimioterapia.

Faixa etária oscilou de 20 a 80 anos, com predominância de 41 a 59 anos, pardas, casadas, com o ensino fundamental, católicas, do lar e com renda <2 salários.

 

Mulheres em tratamento ambulatorial com medicação antineoplásica.

Tempo de diagnóstico mais prevalente ≤1 ano.

Bezerra et al.

2013

Qualidade de vida de mulheres tratadas de câncer de mama em uma cidade do nordeste do Brasil.

Idade média de 53,0 anos, sendo mais prevalente a faixa etária de 50 e 59 anos, casadas, com o ensino fundamental e brancas.

 

 

Mulheres tratadas cirurgicamente, através de procedimento único.

Predominou tempo de cirurgia <6 anos, sem tratamento adjuvante pré-cirúrgico e com tratamento pós-cirúrgico.

Nicolussi e Sawada

2011

Qualidade de vida de pacientes com câncer de mama em terapia adjuvante.

A faixa etária predominante foi de40 a 59 anos, casadas, com ensino fundamental, católicas e estavam no grupo de aposentadas/donas de casa/domestica.

Mulheres em tratamento quimioterápico e/ou radioterápico.

88,6% realizaram cirurgia.

Pereira et al.

2017

Quality of life of women with pre-and post-operative breast câncer.

A faixa etária predominante foi de 60 ou mais anos, casadas, brancas, com ensino fundamental e na classe econômica C.

Mulheres, sem tratamento prévio para câncer de mama, aguardando para a intervenção cirúrgica.

Galdino et al.

2017

Qualidade de vida de mulheres mastectomizadas matriculadas em um programa de reabilitação.

A faixa etária predominante foi de 40 e 59 anos, casadas, pardas, com ensino fundamental incompleto, aposentadas/pensionistas.

 

Mulheres mastectomizadas, em que a maioria foi submetida a quimioterapia, radioterapia e hormônio terapia. Além disso, mínimo percentual realizou a reconstrução da mama.

Faria et al.

2016

Ajustamento psicossocial após mastectomia - um olhar sobre a qualidade de vida.

 

G1: A faixa etária mais prevalente foi de 45-65 anos, casadas, com ensino fundamental incompleto e autônomas como ocupação.

G2: A faixa etária mais prevalente foi de 45-65 e de 66-75 anos, casadas, com ensino fundamental incompleto e do lar como ocupação.

 

Mulheres acima de 45 anos submetidas a mastectomia (quadrantectomia), com intervalos de cirurgia de 1 a menos de 5 anos e com 5 ou mais anos. A lateralidade predominante da cirurgia foi a esquerda.

Villar et al.

2017

Qualidade de vida e ansiedade em mulheres com câncer de mama antes e depois do tratamento.

A idade média foi de 58,9±12,5 anos, com predomínio de escolaridade baixa, casadas, não fumantes, com situação empregatícia ativa e aposentadas.

As mulheres apresentaram em sua maioria o tumor de mama palpável pelo cirurgião. Predominou o tratamento adjuvante e, posteriormente, a cirurgia unilateral, com a minoria realizando a reconstituição da mama. A maioria foi submetida à radioterapia e a hormônio terapia.

Macêdo et al.

2011

Influência do Estilo de Vida na Qualidade de Vida de Mulheres com Câncer de Mama.

Predominou a etnia parda, ensino fundamental completo, casadas, com renda de um salário mínimo.

Antes do tratamento predominou mulheres que trabalhavam, sem dieta, com lazer, com atividades do lar, sem atividades físicas, com atividades religiosas, sexuais e achavam o estivo de vida bom.

Depois do tratamento predominou a ausência de trabalho, a realização de dieta, sem lazer, com atividades do lar, sem atividades físicas, com atividades religiosas, sem atividades sexuais e achavam o estilo de vida normal.

Mulheres que já tenham sido submetidas a intervenção cirúrgica (mastectomia radical) em tratamento quimio e radioterápico.

Gozzo et al.

2013

Náuseas, vômitos e qualidade de vida de mulheres com câncer de mama em tratamento quimioterápico.

Ocorreu maior frequência para a faixa etária de 41-60 anos, casadas, com ensino fundamental incompleto e brancas.

Mulheres, que no momento da coleta, estavam iniciando o tratamento quimioterápico pela primeira vez.

Fonte: elaboração própria

 

    De acordo com os artigos selecionados para serem incluídos na revisão, notou-se que a faixa etária predominante ficou entre 40 a 60 anos de idade (Nicolussi; Sawada, 2011; Bezerra et al., 2013; Gozzo et al., 2013; Faria et al., 2016; Cesar et al., 2017; Galdino et al., 2017; Villar et al., 2017), com etnia parda (Macêdo et al., 2011; Cesar et al., 2017; Galdino et al., 2017;) e branca (Bezerra et al., 2013; Gozzo et al., 2013; Pereira et al., 2017), com um tempo de estudo de até 8 anos, casadas (Macêdo et al., 2011; Nicolussi; Sawada, 2011; Bezerra et al., 2013; Gozzo et al., 2013; Faria et al., 2016; Cesar et al., 2017; Galdino et al., 2017; Pereira et al., 2017; Villar et al., 2017) e com o perfil de ocupação de aposentada (Nicolussi; Sawada, 2011; Galdino et al., 2017; Villar et al., 2017)ou do lar (Nicolussi; Sawada, 2011; Faria et al., 2016; Cesar et al., 2017) (Tabela 1).

 

    Quanto ao desenho dos estudos, ocorreu predominância de estudos transversais (Macêdo et al., 2011; Nicolussi; Sawada, 2011; Bezerra et al., 2013; Gozzo et al., 2013; Faria et al., 2016; Cesar et al., 2017; Galdino et al., 2017), com exceção de dois longitudinais prospectivos (Pereira et al., 2017; Villar et al., 2017) (Tabela 2).

 

Tabela 2. Apresentação do desenho, instrumentos e da conclusão dos estudos

Autor

Desenho

Instrumentos

Conclusão

Cesar et al.

Estudo transversal com 75 mulheres em tratamento ambulatorial, com medicação antineoplásica, em qualquer momento do diagnóstico da neoplasia mamária.

European Organization for Research and Treatment of Cancer Core Quality of Life Questionnaire – 30 (EORTC QLQ-C30) e Supplementary Questionnaire Breast Cancer Module

A saúde geral foi considerada satisfatória, o que sugere boa QV no EORTC QLQ - C30.

A idade avançada e maiores ciclos de quimioterapia influenciaram negativamente os domínios avaliados pelo Supplementary Questionnaire Breast Cancer Module.

 

Bezerra et al.

Estudo transversal com 197 mulheres. Os questionários foram aplicados nas mulheres tratadas cirurgicamente para câncer de mama.

Functional Assessment of Cancer Therapy–Breast (FACT-B), versão 4.

A QV das mulheres parece ter sido negativamente influenciada pela ausência de cirurgia de reconstrução mamária.

Os aspectos funcionais e psicossociais relacionaram positivamente com a reconstrução mamária.

 

Nicolussi e Sawada

Estudo transversal com 35 mulheres

Os questionários foram aplicados nas mulheres em tratamento quimioterápico e/ou radioterápico, após procedimento cirúrgico – para as que realizaram.

 

European Organization for Research and Treatment of Cancer – Quality of Life Core-30-Questionnaire (EORTC QLQ-C30).

O escore médio da QV foi pouco satisfatório, estando os domínios da função emocional, insônia, dor e fadiga mais afetados

As pacientes 60 anos ou mais apresentaram mais problemas emocionais, assim como as pacientes que realizaram quimioterapia por mais de 20 meses.

O domínio do estado geral de saúde foi pior nas pacientes irradiadas que nas não irradiadas.

 

Pereira et al.

Estudo longitudinal prospectivo, com 87 mulheres.

Os questionários foram aplicados em pacientes diagnosticadas com câncer de mama antes da intervenção cirúrgica e 30 dias após a mesma.

 

European Organization for Research and Treatment of Cancer – Quality of Life Core-30-Questionnaire (EORTC QLQ-C30) e EORTC

BR-23.

A QV das mulheres após a cirurgia da mama piorou na maioria das dimensões/domínios estudados.

Galdino et al.

Estudo transversal, com 53 mulheres mastectomizadas, de um programa de reabilitação para mulheres mastectomizadas. Os questionários foram aplicados a todas, independentemente do momento do tratamento.

Visual-Analogue Quality of Life Scale of Head And Neck Cancers Carriers.

Mulheres mais jovens, sem reconstrução da mama, casadas e em tratamento de quimioterapia ou hormonioterapia apresentaram maiores perdas da QV.

 

Faria et al.

Estudo transversal com 80 mulheres mastectomizadas. Sendo um grupo 1 de 40 mulheres com a cirurgia de 1 ano a 4 anos e 11 meses e o grupo 2 com mulheres com mais de 5 anos de cirurgia. Os questionários foram aplicados para todas.

 

Functional Assessment of Cancer Therapy- Breast” (FACT-B).

A capacidade de interação no seu contexto sócio familiar e o processo adaptativo ocorrido ao longo do tempo transcorrido após a mastectomia são indicadores importantes do ajustamento psicossocial e melhoria da percepção da QV.

 

Villar et al.

Estudo longitudinal prospectivo, com 339 mulheres com diagnóstico de câncer de mama. Os questionários foram aplicados em pacientes em dois momentos, após o diagnóstico do câncer de mama e após o fim do tratamento de quimioterapia e/ou radioterapia.

European Organization for Research and Treatment of Cancer – Quality of Life Core-30-Questionnaire (EORTC QLQ-C30), EORTC

BR-23 e State-Trait Anxiety Inventory - STAI.

A QV diminui em mulheres com baixa escolaridade, outra comorbidade, que utilizam medicamentos ansiolíticos, que tiveram gravidezes anteriores e naquelas com retração do mamilo.

A QV medida antes e depois do tratamento mudou de maneira positiva e significativa nas seguintes dimensões: função emocional e perspectivas futuras.

Mudanças negativas ocorreram nas seguintes dimensões: função física, função funcional, fadiga, dor, dispneia, dificuldades financeiras, imagem corporal, sintomas de terapias sistêmicas e sintomas associados à mama e ao braço.

Macêdo et al.

Estudo transversal, com 60 mulheres, submetidas à mastectomia radical e com a realização de quimioterapia (6-8 sessões) e radioterapia (25-30 sessões. Os questionários foram aplicados: antes de iniciar o tratamento; no período da 5-6 sessão de quimioterapia; 15-20 sessão de radioterapia; e 3 meses do término da radioterapia.

European Organization for Research and Treatment of Cancer – Quality of Life Core-30-Questionnaire (EORTC QLQ-C30).

Quando comparadas algumas dimensões do estilo de vida, como dieta e atividade física com o desempenho físico; e atividades de lazer, de casa e religiosas com os desempenhos social e funcional, observou-se que existe uma relação significativa. Assim, o estilo de vida dessas mulheres pode influenciar sua QV durante o tratamento oncológico.

Gozzo et al.

Estudo transversal com 79 mulheres.

Os questionários foram aplicados em pacientes estavam iniciando o tratamento quimioterápico pela primeira vez.

European Organization for Research and Treatment of Cancer – Quality of Life Core-30-Questionnaire (EORTC QLQ-C30).

Independente do protocolo utilizado houve pouca variação na média dos domínios “Qualidade de vida global” e “náuseas e vômitos” em relação aos esquemas quimioterápicos.

Na impossibilidade ou inviabilidade do uso de instrumentos para a avaliação de sinais e sintomas do tratamento quimioterápico, as queixas das pacientes devem ser valorizadas e um plano assistencial estabelecido de modo a suprir tais lacunas.

Fonte: elaboração própria

 

    Além disso, os instrumentos utilizados pelos estudos foram o European Organization for Research and Treatment of Cancer Core Quality of Life Questionnaire – 30 (EORTC QLQ-C30) (Macêdo et al., 2011; Nicolussi; Sawada, 2011; Gozzo et al., 2013; Cesar et al., 2017; Pereira et al., 2017; Villar et al., 2017), o Supplementary Questionnaire Breast Cancer Module (Cesar et al., 2017), o Functional Assessment of Cancer Therapy–Breast (FACT-B – versão 4) (Bezerra et al., 2013; Faria et al., 2016), European Organization for Research and Treatment of Cancer (EORTC BR-23) (Pereira et al., 2017; Villar et al., 2017), Visual-Analogue Quality of Life Scale of Head And Neck Cancers Carriers (Galdino et al., 2017) e State-Trait Anxiety Inventory – STAI (Villar et al., 2017) (Tabela 2).

 

    Nota-se na Tabela 1 que as principais características clínicas das pacientes nos estudos analisados foram que em 6 estudos ocorreram a mastectomia (Macêdo et al., 2011; Nicolussi; Sawada, 2011; Bezerra et al., 2012; Faria et al., 2016; Galdino et al., 2017; Villar et al., 2017) e a reconstituição mamária foi realizada na minoria das pacientes (Galdino et al., 2017; Villar et al., 2017). Os outros três estudos avaliaram pacientes em tratamento quimioterápico para câncer de mama (Cesar et al., 2017), em pacientes sem tratamento e aguardando a cirurgia (Pereira et al., 2017) e em tratamento de quimioterapia pela 1ª vez. (Gozzo et al., 2013)

 

    A Tabela 2 aponta as principais conclusões dos estudos incluídos nessa revisão, em que pôde ser observado que o aumento da idade e o tempo maior de sessões de quimioterapia influenciam negativamente na qualidade de vida. (Nicolussi; Sawada, 2011; Cesar et al., 2017)

 

    O avançar da idade está entre os principais fatores de risco para o desencadeamento de câncer de mama e estima-se que 80% dos casos ocorram após os 50 anos de vida. Dessa forma, o Ministério da Saúde preconiza que a mamografia de rastreamento, exame feito antes do surgimento de sinais e sintomas da doença, seja realizada em mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos. Tal fato possibilita a detecção precoce de neoplasia mamária, eleva as chances de tratamentos menos agressivos e com bons índices de sucesso. (INCA, 2018)

 

    A baixa escolaridade/baixa instrução é um reflexo da ausência do conhecimento das pacientes e pode ser correlacionada com a falta de acesso a informações a respeito do câncer de mama, como fatores de risco, formas de prevenção, diagnóstico e tratamento (Dugno et al., 2014). Segundo dados do INCA (2018), aproximadamente 30% dos casos de neoplasia na mama podem ser evitados com a adoção de práticas saudáveis como a realização de exercícios físicos, manutenção do peso corporal, amamentação, abstenção do uso de bebidas alcoólicas e hormônios sintéticos.

 

    A QV apresenta piora após a realização da mastectomia (Pereira et al., 2017) e em pacientes com perfil de casadas em tratamento de quimioterapia ou hormônio terapia (Galdino et al., 2017). Contudo, com o passar do tempo o contexto social, familiar e o processo adaptativo depois da cirurgia são importantes para a melhora da QV e dos fatores psicossociais (Faria et al., 2016), bem como, o uso de uma dieta adequada e das atividades física, de lazer, de casa e religiosas. (Macêdo et al., 2011)

 

    A mastectomia possui natureza agressiva e pode traumatizar a mulher por toda sua vida, pois a mutilação causada por esse processo cirúrgico provoca insegurança nas mulheres, visto que a mama tem um papel simbólico e representa a identidade feminina. Além disso, a retirada da mama feminina condiciona mudanças na sua imagem corporal e autoestima, podendo também desencadear sintomas de depressão e ansiedade. (Oliveira, 2017)

 

    Além disso, Nicolussi e Sawada (2011) relatam que o índice de fadiga é superior quando a mulher é submetida à mastectomia se comparada às demais modalidades de tratamento. Durante o primeiro ano pós-operatório, o comprometimento funcional e ocupacional, decorrente principalmente da limitação de movimento no lado operado, compromete o autocuidado e a prevenção de linfedema. (Prado et al., 2004)

 

    Nota-se no estudo de Bezerra et al. (2013) uma relação entre QV e o tipo de cirurgia realizada, ou seja, cirurgias mais conservadoras melhoram a qualidade de vida pós-operatória.Bem como com o tempo, pois, conforme o tempo passa a mulher se adapta à nova condição e quanto mais distante do início do tratamento melhor tende a ser o estado psicossocial, contribuindo para a reconstrução das relações e a retomada das atividades diárias. (Faria et al., 2016)

 

    Além disso, a QV apresenta pouca variação quando comparada em diferentes esquemas de quimioterapia. Nota-se que a incidência de náuseas e vômitos não se alteram com o esquema quimioterápico. Porém apesar de os resultados do estudo indicarem baixa variação da QV durante a quimioterapia, eles indicam uma mediação expressivamente negativa quanto ao domínio “náusea e vomito”. Tal fato se deve as drogas utilizadas nos protocolos dos estudos terem de alto a muito alto potencial emético, principalmente, a ciclofosfamida e a epirrubicina, variando conforme a dose utilizada. (Gozzo et al., 2013)

 

    A QV também pode ser impactada pela dieta realizada, ou seja, após o diagnóstico de neoplasia na mama 98% das mulheres começaram a realizar dieta, reduzindo a ingesta de açúcar, sal, gordura, crustáceos e frituras. Essas medidas atuaram na prevenção de eventos cardiovasculares e de novas neoplasias, medidas que também melhoram a qualidade de vida a longo prazo, principalmente pela manutenção do peso adequado. (Macêdo et al., 2011)

 

    Além disso, a prática de exercício físico, anterior a doença, é benéfica as pacientes no decorrer do tratamento oncológico, pois conseguem manter um melhor desempenho físico (Moros et al., 2010). Similar à prática esportiva, as atividades de lazer e religiosas desenvolvidas antes da enfermidade, permitem que, durante o tratamento oncológico, as mulheres tenham um melhor desempenho no âmbito social e funcional, atuando na melhora da QV. (Macêdo et al., 2011)

 

    O benefício relacionado à atividade física pode ser observado também nas pacientes que iniciaram a prática após o diagnóstico do câncer, podendo ser explicado pela ativação de mecanismos biológicos promovido pela atividade física, aumentando enzimas atuantes contra as espécies reativas do oxigênio e nas células natural Killer, as quais podem dificultar a formação de tumor. Essa ativação do sistema imunológico fará com que organismo se torne menos vulnerável a outras doenças, o que fatalmente complicaria seu quadro clínico e teria efeito negativo na qualidade de vida dessas pacientes. (Mota; Pimenta, 2002; Bacurau; Rosa, 1997; Prado, 2001)

 

    Além da característica traumática da mastectomia (Oliveira, 2017), nota-se que a ausência da reconstituição mamária é um fator negativo para a QV (Bezerra et al., 2013; Galdino et al., 2017), pois quando realizada ocorre melhora nos domínios dos aspectos funcionais e psicossociais (Bezerra et al., 2013). Mulheres que realizaram reconstrução mamária apresentaram um grau de satisfação elevado em relação a adaptação funcional pós-operatória, indicando que as mudanças anatômicas complementares impostas melhoram o nível de independência das mulheres após a cirurgia e os fatores psicossociais. (Paredes et al., 2013)

 

    Por fim, foi observado no estudo de Villar et al. (2017) que a escolaridade baixa, a presença de outra comorbidade, o uso de ansiolítico, a presença de gravidez anterior e a presença da retração do mamilo são fatores que impactaram negativamente na QV. Nesse mesmo estudo, ao término do tratamento, foi possível notar melhora nos domínios da função emocional e da perspectiva futura da qualidade de vida, contudo, os domínios físico, funcional, da fadiga, dor, dispneia, financeiro, imagem corporal, sintomas associados à mama e ao braço pioraram.

 

Conclusão

 

    De acordo com os estudos elencados no estudo é possível fazer as seguintes considerações sobre a relação do CM com a QV:

Referências

 

Bacurau, R.F.P., & Rosa, L.F.B.P.C. (1997). Efeitos do Exercício sobre a Incidência e Desenvolvimento do Câncer. Revista Paulista de Educação Física, 11(2),142-147. Recuperado em 16 de dezembro, 2018, de http://www.revistas.usp.br/rpef/article/view/138564/133970

 

Bezerra, K.B., Silva, D.S.M., Chein, M.B.C., Ferreira, P.R., Maranhão, J.K.P., Ribeiro, N.L. et al. (2013). Qualidade de vida de mulheres tratadas de câncer de mama em uma cidade do nordeste do Brasil. Revista Ciência & Saúde Coletiva,18(7),1933-1941. Recuperado em 10 de outubro, 2018, de http://www.scielo.br/pdf/csc/v18n7/08.pdf.

 

Brasil (2018). Câncer de mama. Recuperado em 29 de dezembro de 2018, de http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/cancer-de-mama

 

Cesar, E.S.L., Nery, I.S., Moura, Á.D., Nunes, J.T., & Fernandes, A.F.C. (2017). Qualidade de vida de mulheres com câncer mamário submetidas à quimioterapia. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste,18(5),679-686. Recuperado em 10 de outubro, 2018, de http://periodicos.ufc.br/rene/article/view/30845/71504

 

Dugno, M.L.G., Soldatelli, J.S., Daltoé, T., Rosado, J.O., Spada, P., & Formolo, F. (2014). Perfil do câncer de mama e relação entre fatores de risco e estadiamento clínico em hospital do Sul do Brasil. Revista Brasileira de Oncologia Clínica, 10(36),60-66. Recuperado em 11 de outubro, 2018, de https://www.sboc.org.br/sboc-site/revista-sboc/pdfs/36/artigo3.pdf

 

Faria, N.C., Fangel, L.M.V., Almeida, A.M., Prado, M.A.S., & Carlo, M.M.R.P. (2016). Ajustamento psicossocial após mastectomia. Um olhar sobre a qualidade de vida. Psicologia, Saúde & Doenças17(2),201-213. Recuperado em 11 de outubro, 2018, de https://www.sp-ps.pt/downloads/download_jornal/434

 

Galdino, A.R., Pereira, L.D.A., Neto, S.B.C., Brandão-Souza, C., & Amorim, M.H.C. (2017). Qualidade de vida de mulheres mastectomizadas matriculadas em um programa de reabilitação. Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online9(2),451-458. Recuperado em 10 de outubro, 2018, de http://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/view/5440/pdf_1

 

Gozzo, T.O., Moysés, A.M.B., Silva, P.R., & Almeida, A.M. (2013). Náuseas, vômitos e qualidade de vida de mulheres com câncer de mama em tratamento quimioterápico. Revista Gaúcha de Enfermagem34(3),110-116. Recuperado em 11 de outubro, 2018, de http://www.scielo.br/pdf/rgenf/v34n3/a14v34n3.pdf

 

INCA - Instituto Nacional de Câncer. Câncer de mama. 2018. Recuperado em 29 de dezembro, 2019, de https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama

 

International Agency for Research on Cancer. Global Cancer Observatory: Cancer Today, 2019. Recuperado em 05 de novembro, 2019, de http://www.gco.iarc.fr/today

 

Lima, E.D.O.L. (2018). Qualidade de vida de mulheres acometidas por câncer de mama localmente avançado ou metastático. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Rio de Janeiro: Rio de Janeiro. Recuperado em 11 de outubro, 2018, de http://objdig.ufrj.br/51/teses/870115.pdf

 

Macêdo, G. D., Lucena, N.M.G., Soares, L.M.M.M., Rocha, P.O., Gutiérrez, C.V., & López, M.C.B. (2011). Influência do estilo de vida na qualidade de vida de mulheres com câncer de mama. Revista Brasileira de Ciências da Saúde14(4),13-18. Recuperado em 11 de outubro, 2018, de http://periodicos.ufpb.br/index.php/rbcs/article/viewFile/9939/5681

 

Moher, D., Liberati, A., Tetzlaff, J., Altman, D.G., & Grupo Prisma. (2009). Itens de relatório preferidos para revisões sistemáticas e meta-análises: a declaração PRISMA. PLoS medicine6(7),1-17. Recuperado em 11 de outubro, 2018, de https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2707599

 

Moros, M.T., Ruidiaz, M., Caballero, A., Serrano, E., Martínez, V., & Tres, A. (2010). Ejercicio físico en mujeres con cáncer de mama. Revista médica de Chile138(6),715-722. Recuperado em 29 de dezembro, 2018, de https://scielo.conicyt.cl/pdf/rmc/v138n6/art08.pdf

 

Mota, D.D.C.F., & Pimenta, C.A.M. (2002). Fadiga em pacientes com câncer avançado: conceito, avaliação e intervenção. Revista brasileira de cancerologia48(4),577-583. Recuperado em 16 de dezembro, 2018, de http://www1.inca.gov.br/rbc/n_48/v04/pdf/revisao3.pdf

 

Nicolussi, A.C., & Sawada, N.O. (2011). Qualidade de vida de pacientes com câncer de mama em terapia adjuvante. Revista gaúcha de enfermagem32(4),759-766. Recuperado em 11 de outubro, 2018, de http://www.scielo.br/pdf/rgenf/v32n4/v32n4a17.pdf

 

Oliveira, F.B.M., Silva, F.S., & Prazeres, A.S.B. (2017). Impacto do câncer de mama e da mastectomia na sexualidade feminina. Revista de enfermagem UFPE online, 11(6),2533-2540. Recuperado em 29 de dezembro, 2018, de https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/download/23421/19103

 

Paredes, C.G., Pessoa, S.G.P., Peixoto, D.T.T., Amorim, D.N., Araújo, J.S., & Barreto, P. R.A. (2013). Impacto da reconstrução mamária na qualidade de vida de pacientes mastectomizadas atendidas no Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário Walter Cantídio. Rev Bras Cir Plást28(1),100-4. Recuperado em 29 de dezembro, 2018, de http://objdig.ufrj.br/51/teses/870115.pdf

 

Pereira, L.D., Brandão-Souza, C., Musso, M.A.A., Calmon, M.V., Neto, S.B.C., Miotto, M.H.M.B. et al. (2017). Quality of life of women with pre-and post-operative breast cancer. Investigación y educación en enfermería35(1),109-119. Recuperado em 11 de outubro, 2018, de https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=6005380

 

Prado, M.A.S. (2001). Aderência à Atividade Física em Mulheres Submetidas a Cirurgia por Câncer de Mama. Dissertação de Mestrado. Universidade de São Paulo: Ribeirão Preto. Recuperado em 16 de dezembro, 2018, de http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-12032002-102415/pt-br.php

 

Prado, M.A.S., Mamede, M.V., Almeida, A.M., & Clapis, M.J. (2004). A prática da atividade física em mulheres submetidas à cirurgia por câncer de mama: percepção de barreiras e benefícios. Rev Latino-Americana de Enfermagem12(3),494-502. Recuperado em 11 de dezembro, 2018, de http://www.scielo.br/pdf/rlae/v12n3/v12n3a07.pdf

 

Villar, R.R., Fernández, S.P., Garea, C.C., Pillado, M.T.S., Barreiro, V.B., & Martín, C.G. (2017). Qualidade de vida e ansiedade em mulheres com câncer de mama antes e depois do tratamento. Revista Latino-Americana de Enfermagem25, 1-13. Recuperado em 11 de outubro, 2018, de http://www.scielo.br/pdf/rlae/v25/pt_0104-1169-rlae-25-e2958.pdf


Lecturas: Educación Física y Deportes, Vol. 24, Núm. 259, Dic. (2019)