efdeportes.com

Agentes dopantes no esporte: o uso da eritropoetina (EPO)

Dopants in the sport: the use of erythropoietin (EPO)

Agentes dopantes en el deporte: el uso de la eritropoyetina

 

Mestrando em Atividade Física e Saúde

Faculdade de Desporto da Universidade do Porto

(Portugal)

Giorjines Fernando Boppre

giorjines_boppre@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          A utilização de agentes dopantes e aplicação no esporte estão cada vez mais avançados, atletas de renome estão sendo descobertos pelo uso de substâncias ilegais que auxiliam no desempenho esportivo. O objetivo desse trabalho foi realizar uma pesquisa bibliográfica sobre os agentes dopantes no esporte: o uso da eritropoietina, conhecida como EPO, em livros e bases de dados como Pubmed e Scielo. A eritropoetina é a uma forma de doping sanguíneo muito utilizada no esporte, sendo que sua incidência é elevada em atletas de esportes de resistência por aumentar a concentração de hemácias, promovendo maior transporte de oxigênio para o tecido muscular. Contudo o uso da EPO como um agente dopante, pode estar associado ao aparecimento de distúrbios patológicos, trombose venosa, embolia pulmonar, aumento viscosidade e hipercoagulabilidade do sangue, insuficiência renal crônica e anemia.

          Unitermos: Eritropoetina. Agentes dopantes. Doping no esporte. Detecção do doping no esporte.

 

Abstract

          The use of doping agents and application in sport are increasingly advanced, renowned athletes are being discovered by the use of illegal substances that assist in sport performance. The aim of this study was to conduct a literature search on the dopants in the sport: the use of erythropoietin, known as EPO, in books and databases such as Pubmed and Scielo. Erythropoietin is a form of blood doping widely used in sports, and its incidence is high in endurance sports athletes to increase the concentration of red blood cells, promoting greater transport of oxygen to the muscle tissue. However the use of EPO as a dopant, may be associated with the onset of pathological disorders, venous thrombosis, pulmonary embolism, increased blood viscosity and hypercoagulability, chronic renal failure and anemia.

          Keywords: Erythropoietin. Dopants agents. Doping in sport. Detection of doping in sport.

 

Resumen

          El uso de agentes de dopaje en el deporte y la aplicación son cada vez más avanzadas, los atletas de renombre están siendo descubiertos por el uso de sustancias ilegales que ayudan en el rendimiento deportivo. El objetivo de este estudio fue realizar una búsqueda bibliográfica sobre los dopantes en el deporte: el uso de la eritropoyetina, conocida como EPO, en los libros y bases de datos como PubMed y Scielo. La eritropoyetina es una forma de doping sanguíneo ampliamente utilizado en los deportes, y su incidencia es elevada en los atletas de deportes de resistencia para aumentar la concentración de glóbulos rojos un sangre, promoviendo una mayor transporte de oxígeno al tejido muscular. Sin embargo el uso de EPO como dopante, puede estar asociado con la aparición de trastornos patológicos, trombosis venosa, embolia pulmonar, aumento de la viscosidad de la sangre y la hipercoagulabilidad, insuficiencia renal crónica y anemia.

          Palabras clave: Eritropoyetina. Dopantes. Dopaje en el deporte. Detección de dopaje en el deporte.

 

Recepção: 04/05/2016 - Aceitação: 07/02/2017

 

1ª Revisão: 09/01/2017 - 2ª Revisão: 04/02/2017

 

 
Lecturas: Educación Física y Deportes, Revista Digital. Buenos Aires, Año 21, Nº 225, Febrero de 2017. http://www.efdeportes.com/

1 / 1

Introdução

    A dopagem e uso de substâncias ilegais está cada vez mais presente no mundo, seja na prática de atividade física (academias de musculação) ou em esportes de alto rendimento, fazendo com que praticantes e atletas tenham resultados magníficos em pouco tempo, muitas vezes sem saber quais serão as consequências da utilização de agentes dopantes e as implicações que podem afetar o funcionamento do organismo e prejudicar a carreira profissional.

    O órgão responsável por fiscalizar e criar medidas preventivas para o uso de substâncias ilegais WADA (Agência Mundial Antidoping), foi criada em 1999, para promover, coordenar e supervisionar a luta contra a dopagem no desporto mundial.

    Todo ano a Agência Mundial Antidoping, publica uma lista atualizada com as substâncias proibidas, ou seja, define qualquer substância farmacológica que não é abordada por qualquer uma das secções subsequentes da lista e sem aprovação atual por qualquer regulamentação governamental autoridade de saúde para uso terapêutico humano (por exemplo, drogas em desenvolvimento pré-clínico ou clínico ou descontinuada, drogas sintéticas, substâncias aprovada apenas para uso veterinária é proibida em todos os momentos ([World Anti-Doping Agency (WADA), 2015]).

    Devido a isso, o objetivo do estudo é realizar uma pesquisa bibliográfica, com intuito de abordar estudos sobre a Eritropoetina, como é conhecida, como é classificada e o uso no esporte.

Metodologia

    O Estudo caracteriza-se como uma revisão bibliográfica descritiva com realização no período de março a abril de 2016. A pesquisa bibliográfica é elaborada a partir de material já publicado, ou seja, constituída principalmente de livros, revistas, publicações em periódicos e artigos científicos, jornais, boletins, monografias, dissertações, teses e internet (Prodanov & de Freitas, 2013).

    Os dados foram pesquisados em livros e nas seguintes bases de dados eletrônicas: Pubmed, Scielo, com intuito de analisar estudos recentes e significativos para elaboração do tema abordado. A busca dos estudos foi orientada por meio dos descritores: Eritropoetina, agentes dopantes, doping no esporte e detecção do doping no esporte.

Lista de agentes dopantes proibidos

    Dentro da lista os agentes dopantes proibidos, encontram se divididos em substâncias e métodos proibidos em todos os tempos; S1 agentes anabólicos, S2 Hormônios Peptídicos, fatores de crescimento, substâncias e miméticos relacionados, S3 Agonistas beta-2, S4 Hormonal e moduladores metabólicos, S5 Diuréticos e agentes mascarantes, M1 Manipulação de sangue e componentes do sangue, M2 Manipulação química e física, M3 Doping genético; substâncias e métodos proibidos em competição, S6 Estimulantes, S7 Narcóticos, S8 Canabinóides, S9 Glicocorticoides; substâncias proibidas nos esportes particulares, P1 Álcool e P2 Beta bloqueadores (World Anti-Doping Agency, 2015).

O uso e os efeitos da Eritropoetina

    A Eritropoetina é classificada no grupo S2 Hormônios Peptídicos, fatores de crescimento, substâncias e miméticos relacionados, da WADA. É um hormônio de glicoproteína que controla a eritropoiese, ou a produção de células vermelhas do sangue. É uma citocina, molécula de (sinalização de proteína) para eritrócitos (glóbulos vermelhos) percursores da medula óssea, 10% da Eritropoetina é secretada pelo fígado e 90% pelos rins (Almeida, Rodrigues, & Barros, 2014; Guyton & Hall, 2006).

    É um produto de uso medicinal que invadiu os bastidores do esporte aeróbio de alto rendimento, com benefícios para atletas, fisiologicamente o organismo humano é capaz de sintetizar a EPO em níveis seguro (Martelli, 2013).

    O aumento da capacidade do corpo para transporte de oxigênio é o centro principal para doping de atletas em esportes de resistência. Para este efeito, as transfusões de sangue ou agentes estimuladores da eritropoiese, tais como a Eritropoetina, são utilizados (Schumacher, Saugy, Pottgiesser, & Robinson, 2012). A estimulação da eritropoiese é uma das técnicas mais eficientes de doping (Leuenberger, Reichel, & Lasne, 2012).

    A EPO pode produzir alterações no tamanho das hemácias, no conteúdo de hemoglobina das hemácias e outros parâmetros que podem ser detectáveis. Portanto, esses índices podem também sofrer alterações como resultado do exercício físico e exposição ambiental. Sendo um hormônio peptídeo, sua meia-vida exógena será curta, enquanto que os efeitos fisiológicos serão mais prolongados (Medicine & Oficial, 1999).

    De acordo com (Heuberger et al., 2013) “O uso de eritropoietina humana recombinante (rHuEPO) para melhorar o desempenho no ciclismo é muito comum”. Como reprodutor da EPO endógena (EEPO), rHuEPO aumenta a capacidade carreadora de oxigênio do sangue (Citartan, Gopinath, Chen, Lakshmipriya, & Tang, 2015).

    Renner (2004) “A utilização da EPO pode causar: aumento da Hemoglobina; aumento do VO2 máximo; aumento na capacidade de suportar exercício; melhora no transporte de O2, mas pode ocasionar também: trombose venosa; embolia pulmonar por hematócrito elevado; aumento viscosidade e hipercoagulabilidade do sangue”.

    Em certos distúrbios patológicos, tais como a insuficiência renal crónica, a produção de EPO é insuficiente e resulta em anemia (Leuenberger et al., 2012).

Detecção da Eritropoetina

    Existem testes para a detecção da eritropoietina, um teste confiável para detecção de eritropoietina humana recombinante foi implementado em 2000, mas isso provavelmente é iludida por regimes Micro Dose (Cacic, Hervig, & Seghatchian, 2013).

    Atualmente existe um número considerável de métodos de detecção de rHuEPO existem atualmente, incluindo a medição de parâmetros hematológicos, métodos de detecção com base em genes, o uso de marcadores de peptídeos, eletroforese, (IEF), métodos baseados em anticorpos, testes de fluxo e focagem isoelétrica duplo aptâmero lateral (Citartan et al., 2015).

Conclusão

    Através das considerações expostas, é possível afirmar que, o uso de agentes dopantes em questão a EPO causa trombose venosa, embolia pulmonar por hematócrito elevado, aumento viscosidade e hipercoagulabilidade do sangue, em alguns casos ocorrem distúrbios patológicos causando insuficiência renal crônica e anemia.

    Mesmo com todos os esforços feitos pelas organizações mundiais, com intuito de acabar com o doping esportivo, uma grande parte da população de atletas de elite faz o uso de drogas ou estão dispostos a arriscar a sua saúde visando ganhar vantagem em eventos desportivos.

Bibliografia

Outros artigos em Portugués

www.efdeportes.com/

EFDeportes.com, Revista Digital · Año 21 · N° 225 | Buenos Aires, Febrero de 2017
Lecturas: Educación Física y Deportes - ISSN 1514-3465 - © 1997-2017 Derechos reservados