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Esportes e adolescência, uma prática possível

Deportes y adolescencia, una práctica posible

Sports and adolescents be a practical

 

*Graduada em Educação Licenciatura na Faculdade Avantis, Balneário Camburiú, SC

**Mestre em Ciências do Movimento Humano. CEFID/UDESC, Especialista em Dança

Faculdade Castelo Branco-RJ. Licenciatura plena em Educação Física- CEFID/UDESC

Docente da Faculdade Avantis de Balneário Camboriú, SC

Adriana Borba*

Rozana Aparecida da Silveira**

rozanasilveira@hotmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Estudos enfatizam um crescimento agravante de obesidade nas crianças e adolescentes, problemas estes que estão ligados ao sedentarismo. Neste sentido, o objetivo deste estudo foi mostrar que os professores de Educação Física são incumbidos de implantar a prática de esportes de uma maneira divertida e lúdica aos seus alunos, incentivando-os a passar menos tempo na frente da TV e do computador, comprovando que a prática regular de esportes influencia positivamente na vida dos adolescentes e adultos prevenindo doenças físicas como a obesidade e psicológicas como a depressão. As produções teóricas a cerca do tema são muitas, devido a isso se percebe uma grande preocupação com a qualidade de vida que os adolescentes tem tido. Com base nos autores citados, é possível observar na vida social e na saúde dos adolescentes, as melhorias obtidas pela pratica regular de esportes.

          Unitermos: Esportes. Adolescentes. Qualidade de vida.

 

Abstract

          Studies emphasize an aggravating growth of obesity in children and adolescents, these problems that are linked to sedentary lifestyle. In this sense, the aim of this study was to show that physical education teachers are responsible for implementing the practice of sports in a fun and playful way to their students, encouraging them to spend less time in front of TV and computer, proving that regular sports positively influences the lives of adolescents and adults by preventing physical diseases such as obesity and psychological such as depression. Theoretical treatises about the topic are many, because it perceives a major concern with the quality of life that teenagers have had. Based on the authors cited, it is possible to observe in social life and in adolescent health, the improvements obtained by the regular practice of sports.

          Keywords: Sports. Teens. Quality of life.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 195, Agosto de 2014. http://www.efdeportes.com

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1.     Introdução

    Os esportes ajudam no desenvolvimento do adolescente e ajuda futuramente também nos riscos de doenças. Várias influencias positivas se relacionam a prática dos esportes regularmente, entre eles sensação de bem estar, aumento da massa magra, perda de gordura corporal, melhoras na eficiência cardiorrespiratória e de resistência, redução de ansiedade e depressão, redução nos fatores de risco de doenças.

    Especialmente na adolescência os esportes ajudam na auto-estima, estimulam a socialização entre eles e consequentemente afasta-os das drogas. Hoje em dia com tanta tecnologia, vimos muitas crianças na frente de computadores, vídeo games. Com isso a maioria deles futuramente acaba criando doenças como a obesidade, ainda se tornam adolescentes violentos ou tímidos, com dificuldades de se socializar com colegas de classe, professores ou ate mesmo com seus familiares.

    A prática dos esportes previne doenças como hipertensão, diabetes, osteoporose, obesidade, ajuda a controlar a ansiedade do adolescente ajudando-o no aprendizado escolar e melhora a qualidade de vida de quem a pratica. Por tanto o questionamento que instiga esta pesquisa é qual a importância dos esportes na adolescência?

    A pesquisa teve como objetivo geral, verificar a importância da prática dos esportes e com os objetivos específicos, analisar as melhorias e benefícios que a pratica dos esportes causa; e, observar a diferença entre adolescentes que praticam esportes e os que não praticam.

    O trabalho é baseado em autores que tratam do assunto em questão em suas pesquisas, voltadas para alunos do ensino fundamental e médio com a faixa etária de 12 a 17 anos.

    A faixa etária na qual se refere o tema é de suma importância, pois a forma que o adolescente leva sua vida resultará na fase adulta. Adolescentes que praticam esportes, correm, saltam se exercitam todos os dias, quando adultos tem uma vida de qualidade tanto na saúde quanto no convívio social.

    No contexto escolar, alunos que praticam esportes, acabam sendo mais participativos nas aulas, desenvolvem melhor sua motricidade fina e ampla, melhoram no aprendizado e nas praticas esportivas, aprendem a trabalhar em grupo e contribuem para socializar o adolescente no convívio com seus colegas, a fazer novos amigos e respeita-los assim como seus professores, trazendo melhoras nas notas e afastando-os do sedentarismo.

2.     Esportes e adolescência: uma prática possível

    Vivemos num mundo globalizado com fácil comunicação entre as pessoas, mas isso também vem sendo de grande preocupação. Estudos enfatizam um crescimento agravante de obesidade nas crianças e adolescentes, problemas estes que estão ligados ao sedentarismo. Hoje a maioria dos adolescentes passa muito mais tempo na frente de vídeo games, TV e computadores. As tecnologias estão cada vez mais tomando conta da sociedade, e admitimos que não conseguimos mais viver sem as praticidades da comunicação. A internet é algo que facilitou nossas vidas e também contribuem para a formação das crianças e adolescentes, porém, está contribuindo para o sedentarismo. Atualmente, a prática de atividade física é um dos principais indícios de saúde, por isso os professores vêm estimulando seus alunos a pratica de esportes, onde reduz as horas de atividades que incentivam o sedentarismo (LEITE, 2012).

    Percebemos nos adolescentes mudanças de hábitos e humor, isolamento, preferindo se relacionar virtualmente, ou em jogos eletrônicos não evoluindo suas aptidões lúdicas e motoras encontrada nos esportes. Ballone (2004) diz que a adolescência é uma fase de conflitos e contradições para a maior parte das pessoas. O adolescente ingressa no mundo adulto através de intensas alterações no seu corpo, abandona a infância e se joga em um mundo desconhecido.

    Crianças e adolescentes que passam maior parte do tempo sentados diante de uma tela seja ela na internet ou com jogos, se tornam mais tímidos, rebeldes, com baixa auto-estima, desatentos, atrapalhando muitas vezes, seu rendimento escolar. A autoestima compõe um dos elementos decisivos mais importantes do bem-estar psicológico e do funcionamento social do adolescente, sendo o elemento avaliativo do autoconceito. A percepção de si mesmo, diz respeito às características e capacidades que o indivíduo tem ou almeja ter representando o aspecto cognitivo e a conduta compõe a autoapresentação, ou seja, as táticas usadas para transmitir aos outros a conceito positivo de si mesmo (CAMPOS, 2011).

    O esporte, além de ajudar na saúde desses futuros adultos, melhora muito a interação deles uns com os outros. O esporte enfatiza muito o trabalho em equipe onde interagem, trocam experiências e se tornam mais humanitários. Aprendem a respeitar tanto o professor que os ensina como seus colegas, desenvolve, a partir da autoestima, diversos conceitos em função dos diversos papéis sociais que terão que adquirir, por exemplo, como filho, aluno, colega, namorado e atleta. De tal modo, os diversos conceitos de avaliação da autoestima e autoconceito envolvem múltiplas dimensões, que irão somando à medida que progredimos no ciclo de vida (FARIA, 2005).

    Sendo assim, trocam a vida virtual, sedentária e de riscos por algo prazeroso que só os beneficia, como afirma Nunes (2004, p.21) “Estas pessoas encontram na prática da atividade um grande apoio para mudar hábitos de vida. Esta mudança também ocorre no emocional revertendo quadros depressivos e melhorando a auto-estima.” A prática dos esportes, não esta relacionada somente com atividade física no aspecto motor, mas também em aspectos positivos como respeito, cidadania, atitudes relacionadas a pratica do bem. Quanto aos benefícios para os jovens em termos de inclusões sociais, compreende-se que atividade física e vida social é uma probabilidade que contribui para o desenvolvimento humano, pois importantes estudos têm procurado destacar que hábitos de prática da atividade física, incorporados na infância e na adolescência, possivelmente possam transferir-se para idades adultas (GUEDES, 2001).

    A maior parte das doenças se desenvolve por meio de diversos fatores, dentre os quais a falta de atividade física, sendo esse e outros motivos favoráveis ao sedentarismo e a vida social reclusa das pessoas em comum. Precisamos ser cautelosos, pois o reflexo dessa conduta influência negativamente, também, no aprendizado das crianças e adolescentes, provocando problemas ate no comportamento. Desta forma, se torna saliente associar a importância dos esportes a um estilo de vida de melhor qualidade, tendo em vista à saúde física e mental, seja em momentos de lazer ou ainda em práticas de Educação Física (LEITE, 2012).

    A prática de esportes diminui o risco de aterosclerose e seus efeitos (infarto do miocárdio, doença vascular cerebral), controla a obesidade, o diabetes, hipertensão arterial, previne afecções osteomusculares, previne também a osteoporose e de determinados tipos de câncer (colo e de mama). Colabora no controle da ansiedade, da depressão, da asma, além de ajudar a se socializar uns com outros proporcionando um sentimento de bem-estar e grande melhoria na auto-estima. DUARTE et al. (2009, p.55) destacam que desta forma, a diversidade de meios de divulgação de informações sobre atividade física relacionada à saúde, direcionadas e disponíveis principalmente ao publico jovem, pode se construir numa ferramenta efetiva no controle do sedentarismo no combate à obesidade infantil, conseqüentemente, na promoção de um estilo de vida mais ativo.

    Promover a atividade física na infância e na adolescência significa constituir uma base sólida para a diminuição da prevalência do sedentarismo na idade adulta, colaborando para uma melhor qualidade de vida da população. Com isso fica confirmado que para termos adultos saudáveis é imprescindível infiltrar nas crianças e adolescentes os benefícios de costumes saudáveis e atividades físicas pelos efeitos positivos para a nossa qualidade de vida. O que é essencial lembrar que a mudança de costumes diários dos adolescentes, os próprios devem se tornar mais ativos, buscar movimentar-se mais, subir escadas, correr, participar de atividades de lazer ao ar livre. E, não basicamente deixar os relacionamentos virtuais, mas sim dosar. É necessário estabelecer mecanismos de combate ao sedentarismo entre os adolescentes na busca de uma melhor qualidade de vida, que beneficie a saúde e a vida social futura (GUEDES, 2001).

3.     Material e métodos

    A opção mitológica para essa pesquisa foi à pesquisa bibliográfica, quanto aos fins foi descritiva e quanto aos meios de revisão bibliográficas. Para as escolhas das obras (livros e artigos) foram utilizados livros que falem do tema e artigos indexados no portal Scielo utilizando como referencia para a pesquisa os termos: educação física escolar+esportes coletivos+adolescência.

    Foram selecionados 20 artigos, destes 14 foram utilizados nesta pesquisa por se aproximarem dos objetivos propostos, assim como as obras completas registradas neste artigo.

4.     Resultados e discussão

    Os dados existentes sobre o esporte mostram um dado alarmante sobre a falta da pratica de atividade física. De Rose Jr (2009), descreve um aumento no nível nutricional de adolescentes, por isso o excesso de obesidade e agravo em outras doenças por causa da inatividade física e alimentação não adequada. Concordando com esses agravos Guedes (2001) ressalta os motivos que causam esse hábito não saudável observando as evidências, excesso na frente da televisão, reduzindo a prática de atividades. Nos resultados de sua pesquisa, tanto rapazes como moças passaram de 8 à 30 vezes mais tempo em frente da televisão do que praticando esportes. Na pesquisa feita por Alves (2005) mostra que 54% dos adultos não praticam esportes e nenhuma atividade física regular, mais da metade dos adolescentes tem vida sedentária, sendo em maior numero os adolescentes do sexo feminino.

    Nosso estudo ressalta os benefícios que a prática dos esportes causa (Montti, 2005; Duarte et al, 2009) concordam citando que os adolescente terão um resultado benéfico na saúde por meio dos exercícios que envolvam movimentos corporais, alem de atividades mental e corporal, os esportes também ajudam a exercer efeitos no convívio social do individuo, tanto no ambiente de trabalho como em casa com a família. Nessa mesma linha de raciocínio Leite (2011) destaca que atualmente a prática de atividade física é um dos principais indícios de saúde, por isso os professores vêm estimulando seus alunos a prática de esportes, onde reduz as horas de atividades que incentivam o sedentarismo.

    A adolescência é a fase mais critica onde os jovens começam a formar seus ideais. De acordo com Ballone (2004), a adolescência é uma fase de conflitos e contradições. O adolescente entra no mundo adulto por meio de intensas alterações no seu corpo, larga a infância e se atira em um mundo desconhecido, resultando em ficarem trancado horas dentro do quarto jogando vídeo game ou na internet. Isso acaba fazendo com que o adolescente se afaste cada vez mais de uma vida saudável como jogar bola com os amigos, subir em árvores, pedalar entre outras atividades que eles possam interagir com o meio ambiente e com outras pessoas. Tendo esse tipo de vida não ativa alem de problemas de saúde como a obesidade que já falamos também tem uma agravante na auto-estima do adolescente, ela compõe um dos elementos decisivos mais importantes do bem-estar psicológico e do funcionamento social do adolescente como mostra Campos (2011).

    Tratando-se do subtítulo, onde a maioria dos esportes é praticada na sociedade, a escola é aquela que tem um papel principal em transmitir essa prática como mostra Stigger (2005) é com a ajuda dos professores de educação física que vem constituindo essa prática pedagógica. Assim como Stigger (2005) Leite (2001) também concorda que a formação dos alunos para cidadãos envolve corpo e mente, logo, para valorização da saúde mental e física as escolas necessitam colocar essa ideia na política pedagógica para uma futura qualidade de vida em seus alunos.

    Professores devem usar idéias de atividades físicas como pratica regular. Esportes como, basquete, futebol, handebol, voleibol, prática de atletismo como, corrida, saltos e atividades rítmicas e expressivas. A prática regular dessas atividades permitirá aos adolescentes os benefícios sobre saúde a curto, meio e longo prazo como relatou Gebara (1992).

    Analisando a influência que os professores, principalmente os da área de educação física, podem desempenhar na prática de esportes tradicional dos adolescentes, Leite (2011) mostra que os professores de educação física podem estabelecer como modelo extremamente importante para os adolescentes na conquista e na conservação dos hábitos de prática de esportes, então cabe a nós professores de educação física plantar esses novos hábitos nos adolescentes para melhoria de vida desses.

5.     Considerações finais

    A Educação Física tem como proposta colaborar para a formação do adolescente, tendo em vista a área de atuação do professor abrangendo tanto no desenvolvimento de habilidades cognitivas como na promoção da saúde e qualidade de vida.

    A vida que temos hoje em dia incentiva a maioria de criança e adolescentes o sedentarismo, o que comprovadamente acarreta repercussões negativas para a saúde dos mesmos. Cabe à escola, averiguar se os professores desenvolvem em circunstâncias dos cotidianos projetos ou atividades designadas a o desenvolvimento de habilidades físicas, tendo em vista a proposta de saúde e qualidade de vida. O estudo buscou dados que oportunizasse construir o perfil do professor que está atuando na área de Educação Física nas escolas.

    Baseando-se nas estimativas e nas sugestões oferecidas na literatura quanto à prática de esportes, constatou-se um preocupante caso de sedentarismo. A cada dia vem acentuando-se a proporção de adolescentes que não apresentam níveis suficientes de prática de atividade física para alcançar maior impacto à saúde. Por mais que a tecnologia venha prejudicando diariamente a vida social dos jovens, o tema do trabalho mostra que existe sim uma possível melhora de qualidade de vida. Não significa que os adolescentes tenham que jogar seu vídeo games fora, ou seu pais não terem mais televisão em casa, mas sim dosar essa pratica junto aos esportes como citou Guedes (2001) é necessário estabelecer mecanismos de combate ao sedentarismo entre os adolescentes na busca de uma melhor qualidade de vida, que beneficie a saúde e a vida social futura.

    Então cabe aos professores de educação físicas e as escolas implantar esse hábito em seu alunos, demonstrando para eles o beneficio e a importância da pratica de esportes, e também instigando a vontade deles usando tais praticas que se ajusta com as expectativas dos alunos, sendo elas por meio de jogos, dança, lutas, o importante é que o professor use essas praticas como um meio de promover a saúde mental e física em um momento de lazer para eles.

Referências

  • ALVES, João Guilherme Bezerra (et al). Prática de esportes durante a adolescência e atividade física de lazer na vida adulta. In: Revista Brasileira de Medicina do Esporte. 2005, 11(5).

  • BALLONE. Depressão na adolescência. PsiqWeb, revisto em 2004.

  • CAMPOS, Leonardo de; KRÜGER, Leonardo Germano. A atividade física e a autoestima em adolescentes. Rio Grande do Sul, 2011.

  • DE ROSE JR, D. Esporte e Atividade Física na Infância e na Adolescência, Artmed, Porto Alegre, 2009.

  • DUARTE, M.F.S. et al. Atividade Física E Saúde, Santa Catarina, 2009.

  • FARIA, L.; SILVA, S. Promoção do auto-conceito e prática de ginástica de academia. Psicologia:Teoria, Investigação e Prática. 2001, 6 (1): 45-57.

  • GEBARA, A. et al; Educação Física & Esportes, São Paulo, 1992, p.216.

  • GUEDES, D.P, et al. Níveis de prática física habitual em adolescentes. Rev Bras Med Esporte. 2001, 7 (6).

  • NUNES, Osni Marques. Atividade Física, sinônimo de bem-estar. Revista Confef.

  • STIGGER, M.P. Educação Física, Esporte e Diversidade, São Paulo, 2005.

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