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Perfil dos praticantes de corrida de rua orientados por 

profissionais de Educação Física da cidade de Criciúma, SC

Perfil de los practicantes de carreras urbanas orientados por profesionales de Educación Física de la Ciudad de Criciuma, SC

Profile of street runners driven professional of Physical Education from Criciuma, SC

 

*Profissional de Educação Física

**Especialista em Fisiologia do Treinamento Desportivo

***Prof. Ms. do Curso de Educação Física

da Universidade do Extremo Sul Catarinense

(Brasil)

João Gabriel Milano Peixoto Queiroz*

Patrícia Vargas*

João Anníbal Milano Peixoto Queiroz* **

Victor Julierme Santos da Conceição***

victor@unesc.net

 

 

 

 

Resumo

          O objetivo deste estudo foi identificar o perfil de praticantes de corrida de rua que recebem orientação de Profissionais de Educação Física na cidade de Criciúma, SC. A amostra foi composta por 37 indivíduos, sendo 15 homens e 22 mulheres, praticam corrida de rua sob orientação de um profissional de Educação Física, e responderam um questionário com perguntas abertas e fechadas. Os resultados mostram que a maioria dos indivíduos são casados, com faixa etária entre 35 e 50 anos e com ensino superior completo. Praticam a corrida de rua a menos de 3 anos e tem como objetivo principal a qualidade de vida e seus treinos, na maioria são caracterizados por 3 vezes na semana, com duração média de 1 hora.

          Unitermos: Corredores de rua. Motivação. Adesão. Objetivos.

 

Abstract

          The objective of this study was to identify the profile of street runners who receive guidance Physical Education Professionals in the town of Criciuma, SC. The sample consisted of 37 individuals, 15 men and 22 women, street racing practice under the guidance of a physical education professional, and answered a questionnaire with open and closed questions. The results show that most individuals are married, aged between 35 and 50 years and with higher education. Practice street race less than three years and has as main objective the quality of life and your workouts are mostly characterized by 3 times a week, with an average duration of 1 hour.

          Keywords: Runners. Motivation. Adherence. Goals.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 188, Enero de 2014. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    As corridas de rua surgiram no século XVII na Inglaterra e rapidamente expandiram-se pela Europa e Estados Unidos. No final do século XIX as corridas se popularizaram em função da primeira maratona olímpica e na década de 1970 aconteceu a grande explosão da modalidade.

    Corridas de rua são definidas como provas de pedestrianismo disputadas em circuitos de rua com distâncias oficiais variando de 5 km a 100 km (IAAF, 2002), e apresentam um crescimento evidenciado no número de praticantes e de provas. Pelas suas características, a corrida de rua pode receber qualquer sujeito, atleta ou não, e o corredor não precisa ter necessariamente uma habilidade específica para praticar. Truccolo; Maduro; Feijó (2008) observam que há 10 anos o atletismo era visto como esporte praticado, em sua maioria, por atletas profissionais, então, com a profissionalização das corridas de rua e o surgimento das assessorias esportivas além de um maior interesse dos Profissionais da Educação Física, a corrida vem atraindo, cada vez mais, aquelas pessoas que não se interessam pela profissionalização e que possuem poder aquisitivo maior. Em 1994, o número de participantes inscritos em provas organizadas pelos Corredores Paulistas Reunidos (CORPORE), era de 4,8 mil, para um total de 6 eventos organizados pela mesma. Já em 2012, este número aumentou para 108 mil participantes inscritos em 30 provas. Em São Paulo, local de maior concentração de corredores de rua do país, o número de praticantes aumentou cerca de 15% no ano de 2012, comparado com o ano de 2011 e o número se assemelha com a quantidade de provas realizadas, aonde o número passou de 298 provas em 2011 para 311 em 2012 (FEDERAÇÃO PAULISTA DE ATLETISMO, 2012).

    A motivação e o perfil desses adeptos do esporte já vêm sendo estudado por pesquisadores como (GONÇALVES, 2011; TRUCCULO; MADURO; FEIJÓ, 2008; SALGADO, 2006). Mello (2006), afirma que a prática regular de exercícios físicos proporciona inúmeros benefícios, entre eles, melhoras nos sistemas cardiorrespiratório, muscular, endócrino e nervoso. O autor ainda expõe que, além desses benefícios, a esfera psicológica também é beneficiada por essa prática, com impactos nos fatores psicobiológicos refletidos por uma redução nos escores indicativos de depressão e ansiedade.

    Kohrt et al. (1998 apud MACHADO, 2011) recomendam que a prática de exercícios aeróbios tenha duração de 15 a 60 minutos, de três a cinco vezes por semana, com frequência cardíaca entre 65% a 90% da sua capacidade para promover adaptações satisfatórias no condicionamento físico e qualidade de vida.

    A partir dos benefícios supracitados, a procura pela saúde não é mais o único fator pelo qual as pessoas começam a praticar atividades físicas. Truccolo; Maduro; Feijó (2008) citam que razões psicológicas e sociais também são importantes para a adesão de adultos em programas de atividades físicas e estão intimamente ligadas com apoio social, redução da ansiedade e depressão. O mesmo autor, citando Sharpe; Connel (1992) relata que a crença e o conhecimento nos benefícios que a atividade física promove, motivam inicialmente as pessoas para o início da prática de exercícios físicos.

    Entretanto, não só a facilidade para a prática da atividade, mas também o baixo custo do indispensável para a corrida de rua atraem milhares de adeptos. Segundo Salgado (2006), a busca pela prática de corrida de rua ocorre por diversos interesses, desde a prevenção da saúde, a estética, a integração social, a fuga do estresse da vida moderna e a busca de atividades prazerosas, e chamam atenção de sujeitos que possuem um poder aquisitivo maior (TRUCCOLO; MADURO; FEIJÓ, 2008). Por outro lado, Salgado (2006) relata que com a profissionalização das corridas de rua, o fato de ser bem classificado nas provas com premiações das mais variadas, seja em dinheiro ou em alguma outra maneira de patrocínio ou benefício financeiro, se torna motivação para estar em evidência com os bons resultados obtidos nas provas. Sendo assim, manter a regularidade na atividade física é essencial para a aquisição e manutenção dos benefícios proporcionados por esta prática. Porém, quando se fala na importância da adesão e manutenção de um estilo de vida saudável, mais ativo, não se pode esquecer a “peça chave” para qualquer ação humana: a motivação (ROCHA, 2012). Existem dois tipos de razões que são tratadas como razões principais para a prática de atividades físicas: a) Motivação Intrínseca, que é definida como realização de uma atividade para obtenção da própria satisfação; e b) Motivação Extrínseca, definida como uma motivação em que o objetivo não é o interesse da própria pessoa e sim estimulado por forças externas (RYAN, 2000 apud GONÇALVES, 2012). Entretanto, como o presente estudo tem como objetivo principal identificar o perfil de praticantes de corrida de rua que recebem orientação de Profissionais de Educação Física na cidade de Criciúma, SC.

Metodologia

    Este estudo foi caracterizado como uma pesquisa quantitativa que, segundo Thomas; Nelson (2002) é mais adequada para apurar opiniões e atitudes explícitas e conscientes dos entrevistados. E de caráter descritivo, que segundo os autores caracteriza-se frequentemente como estudo que procura determinar status, opiniões ou projeções futuras nas respostas obtidas. A sua valorização está baseada na premissa de que os problemas podem ser resolvidos e as práticas podem ser melhoradas através de descrição e análise de observações objetivas e diretas

    Os sujeitos da pesquisa foram escolhidos de forma aleatória, participaram do estudo, voluntários que praticavam corrida de rua sob a orientação de um profissional de educação física, e foram convidados a responder o instrumento que foi entregue para os profissionais responsáveis pelos grupos de corrida e que com êxito responderam e devolveram conforme solicitado. O instrumento utilizado para coleta de dados foi um questionário, que segundo Thomas; Nelson (2002) é um tipo de levantamento por escrito, no qual a informação é obtida solicitando aos sujeitos que respondam às questões propostas. O questionário foi construído, a partir dos objetivos do estudo, apresentando questões abertas questões fechadas e de múltipla escolha. Ao todo, responderam o questionário, 22 mulheres com média de idade de 34,8 anos e 15 homens com faixa etária média de 37,3 anos. O instrumento foi validado quanto a sua fidedignidade ao enviar para apreciação por pesquisadores da área, buscando analisar as questões e relacionar com o problema e objetivos do estudo.

    O processo de análise dos dados foi realizada a partir da tabulação em programa Excel for Windows 2010, foram levantadas as frequências e os percentuais de respostas sobre as afirmações obtidas do instrumento. Para apresentação dos resultados, optei em organizá-los em tabelas com a frequência percentual dos dados.

Resultados e discussão

Tabela 1. Identificação dos corredores de rua de Criciúma, SC

 

Homens % (f)

Mulheres % (f)

Faixa etária

Entre 18 e 35 anos

40,00(6)

45,45(10)

Entre 35,1 e 50 anos

46,67(7)

54,55(12)

Mais de 50 anos

13,33(2)

0,00(0)

Estado civíl

Casado (a)

53,33(8)

50,00(11)

Solteiro (a)

40,00(6)

40,91(9)

Divorciado (a)

6,67(1)

4,55(1)

Viuvo (a)

0,00(0)

4,55(1)

Escolaridade

Pós-graduação

40,00(6)

54,55(12)

Superior completo

26,67(4)

36,36(8)

Superior incompleto

26,67(4)

0,00(0)

2º GRAU COMPLETO

6,67(1)

0,00(0)

Mestrado

0,00(0)

9,09(2)

Tempo de prática

Menos de 1 ano

33,33(5)

50,00(11)

1 a 2 anos

13,34(2)

22,73(5)

2,1 a 3 anos

26,66(4)

27,28(6)

3,1 a 5 anos

6,67(1)

0,00(0)

5,1 a 10 anos

13,33(2)

0,00(0)

Mais de 10 anos

6,67(1)

0,00(0)

    Na tabela 1, pode-se observar que a maioria dos indivíduos de ambos os sexos estão na faixa etária entre 35,1 e 50 anos, o que corrobora com o trabalho de Pazin et al. (2006), no qual foram entrevistados 262 corredores de rua amadores, e destes, 43,4% tinham entre 35,1 e 50 anos. Segundo a Federação Paulista de Atletismo (2005), 70% dos participantes de corrida de rua têm mais de 40 anos. Dados que também se assemelham com um estudo de Hino et al. (2009), em que a maioria dos corredores de rua entrevistados também estavam nesta faixa etária em ambos os sexos. Benedetti et al. (2011), em um estudo sobre o nível de estresse em maratonistas amadores, constatou também que a maioria da população estudada pertencia a faixa etária de 35,1 a 50 anos.

    Com relação ao estado civil dos corredores, os dados são semelhantes a um trabalho de Truccolo; Maduro e Feijó. (2008), pois, como no presente estudo, pelo menos 50% dos indivíduos de ambos os sexos eram casados. Em ambos os estudos o estado civil sequente com maior população é o solteiro.

    No tocante ao nível de escolaridade, os estudos também se assemelham, pelo fato de que os indivíduos do sexo feminino pesquisados apresentam um maior nível de escolaridade em relação aos homens. 54% da população tem pelo menos uma pós-graduação, enquanto apenas 40% dos homens são pós-graduados, dados que diferem bastante quando relacionados com um estudo de Bastos, (2003) onde apenas 10% dos 30 sujeitos estudados apresentaram pós-graduação completa.

    Além disso, percebemos que a grande maioria dos indivíduos de ambos os sexos é praticante a menos de 3 anos, o que pode estar associado ao grande aumento do número de provas e praticantes nos últimos anos, que passaram de 12 eventos com cerca de 25 mil inscritos no ano 2000 para em média 58 eventos com mais ou menos 100 mil inscritos (CORPORE, 2013). Amorin (2010) entende que a mídia tem grande influencia no aumento do número de praticantes de corrida de rua pelo fato de influenciar as pessoas pela busca de um corpo magro, que passa a ser para muitos, uma obsessão. Em contra partida, Pazin et al. (2008), observou que apenas 28% dos corredores estudados praticavam com regularidade a corrida de rua a menos de 5 anos, os 72% restantes mantinham a regularidade a mais de 5 anos.

Tabela 2. Motivos de adesão e objetivos com a prática de corrida de rua

 

Homens % (f)

Mulheres % (f)

Motivos que levaram a iniciar a prática de corrida de rua

Orientação médica

3,45(1)

4,65(2)

Curiosidade

3,45(1)

4,65(2)

Prevenção de doenças

17,24(5)

11,63(5)

Competições

6,90(2)

0,00(0)

Emagrecimento

27,59(8)

34,88(15)

Condicionamento físico

34,48(10)

39,53(17)

Outros

6,90(2)

4,65(2)

Objetivos com a prática da corrida de rua

Qualidade de vida

42,31(11)

48,72(19)

Emagrecer

34,62(9)

35,90(14)

Melhora no rendimento nas provas de corrida que participa

19,23(5)

10,26(4)

Outros

3,85(1)

5,13(2)

    A adesão à prática de corrida de rua teve seus resultados mais variados, tanto nos homens quanto nas mulheres, porém uma predominância em ambos os sexos na resposta condicionamento físico, o que se associa com a consciência dos benefícios de uma prática regular de atividades físicas, que estão cada vez mais evidenciados. O emagrecimento vem logo após, principalmente para as mulheres, corroborando com estudo de Bastos (2003), onde 20% dos indivíduos tinham como principal motivo de adesão à corrida de rua o emagrecimento, resultado está de acordo com o estudo de Nunomura (1998) que pesquisou as razões para 110 indivíduos permanecerem ativos, sendo as principais, o condicionamento físico e saúde, bem como manter a forma física.

    A tabela 2 também mostra os objetivos dos indivíduos com a prática de corrida de rua. A qualidade de vida teve um percentual de 42% nos homens e 48% das mulheres. Chama atenção à baixa procura por rendimento esportivo (19% dos homens e 10% das mulheres), diferenciando do estudo de Bastos (2003), aonde os indivíduos, assim como neste trabalho, podiam escolher mais de uma opção e o rendimento esportivo obteve 43% das escolhas dos participantes.

Tabela 3. Orientação e motivação para a corrida

Homens % (f)

Mulheres % (f)

Há quanto tempo corre com orientação

Menos de 1 ano

46,67(7)

45,45(10)

Entre 1 e 2 anos

20,00(3)

22,73(5)

Mais de 2 anos

33,33(5)

31,82(7)

Sente-se mais motivado por ser orientado

SIM

100(15)

100(22)

Por que escolheu correr com a orientação de um profissional de Educação Física

Motivação

20,00(3)

50,00(11)

Segurança

20,00(3)

9,09(2)

Prevenção de lesões

20,00(3)

36,36(8)

Melhora no rendimento nas provas de corrida que participa

40,00(6)

4,45(1)

    Na tabela 3, fica explícito que a maioria dos pesquisados, em ambos os gêneros, correm com orientação a menos de 1 ano, e por unanimidade, sentem-se mais motivados pela orientação do Profissional de Educação Física. Esta unanimidade possivelmente está relacionada ao entendimento dos corredores de rua que, com uma orientação profissional, é possível criar um programa de treinamento que se adapte às necessidades dos indivíduos (TRUCCOLO; MADURO; FEIJÓ, 2008).

    Com relação ao motivo da escolha da orientação de um Profissional de Educação Física, os homens acreditam que terão melhor rendimento (40%); a motivação, segurança e prevenção de lesões tiveram 20% cada. Já para as mulheres, o principal motivo pelo qual escolheram correr com orientação de um Profissional da Educação Física foi a motivação, que teve 50% das escolhas e a prevenção de lesões, com 36,36%, foi a segunda opção mais escolhida. Escolhas tais que podem ser justificadas pelo fato de que a prática de maneira exaustiva de exercícios ou sem orientação profissional pode contribuir para o aumento do número de lesões esportivas (OLIVEIRA, 2012).

Tabela 4. Características dos treinamentos.

 

Homens % (f)

Mulheres % (f)

Freqüência semanal de treino

1

0,00(0)

4,55(1)

2

0,00(0)

36,36(8)

3

60,00(9)

50,00(11)

4

20,00(3)

4,55(1)

5

0,00(0)

4,55(1)

6

13,33(2)

0,00(0)

Todos os dias

6,67(1)

0,00(0)

Treina mais de 1 vez por dia

Sim

20,00(2)

4,55(1)

Não

80,00(13)

95,45(21)

Horas diárias de treino

Menos de 1 hora

26,67(4)

13,64(3)

1 hora

53,33(8)

86,36(19)

2 horas

6,67(1)

0,00(0)

3 horas

13,33(2)

0,00(0)

Qual (is) período(s) costuma treinar

Manhã

25,00(5)

37,04(10)

Tarde

5,00(1)

11,11 (13)

Noite

70,00(14)

51,85(14)

Tipo de terreno utilizado

Asfalto

50,00(12)

65,38(17)

Grama

16,67(4)

0,00(0)

Terra

16,67(4)

15,38(4)

Piso sintético

4,17(1)

7,69(2)

Outro

12,50(3)

11,54(3)

Utiliza espaço público

Sim

93,33(14)

100,00(22)

Não

6,67(1)

0,00(0)

    A tabela 4 apresenta os resultados a respeito das características dos treinos dos corredores de rua da cidade de Criciúma, SC. Em relação ao número de dias de treino por semana, tanto homens quanto mulheres, a maioria treina 3 vezes por semana, corroborando com estudo de Oliveira et al. (2012) em que de 77 corredores estudados, 48% treinam de 3 a 4 dias por semana. Também exposto que a grande maioria não treina 2 turnos por dia, assim como na pesquisa de Pazin et al. (2008) que 87% dos 116 corredores de rua entrevistados correm apenas 1 turno por dia. A duração do treino tanto para os homens quanto para as mulheres, na maioria, é de 1 hora, seguidos da opção menos de 1 hora, e apenas 3 homens responderam que treinam cerca de 3 horas diárias e em ambos os sexos, a noite é o período preferido para correr, assim como o asfalto é o tipo de terreno preferido. Apresenta também, que apenas 1 indivíduo participante da pesquisa não utiliza os espaços públicos do município para correr.

Tabela 5. Competições

Homens % (f)

Mulheres % (f)

Costuma participar de eventos de corrida

Sim

80,00(12)

45,45(10)

Não

20,00(3)

54,55(12)

Com que freqüência

1 por mês

41,67(5)

20,00(2)

2 por mês

8,33(1)

0,00(0)

3 por mês

8,33(1)

0,00(0)

Outro

41,67(5)

80,00(8)

Há quanto tempo participa

Menos de 1 ano

16,67(2)

20,00(2)

1 ano

33,33(4)

10,00(1)

2 anos

8,33(1)

60,00(6)

3 anos

16,67(2)

10,00(1)

4 anos ou mais

25,00(3)

0,00(0)

Distância preferida para correr

Menos de 5 km

0,00(0)

36,36(8)

5 km

11,11(2)

36,36(8)

10 km

66,67(9)

22,73(5)

15 km

11,11(2)

0,00(0)

21 km

11,11(2)

0,00(0)

Outro

0,00(0)

4,55(1)

    A tabela 5, competições, expõe que 80% dos homens costumam participar de eventos de corrida de rua, com uma variada frequência, a partir de 1 vez por mês a 3 vezes por mês. Há quanto tempo participam teve uma variedade maior nas respostas, pois 16,67% participam a menos de 1 ano e 25% participam a mais de 4 anos. Cerca de 50% dos participantes do estudo participam de competições entre 1 e 3 anos, o que se diferencia das mulheres, em que apenas 45,54% participam de competições de corrida de rua e destas, 60% participam em torno de 2 anos. Em relação à distância preferida para correr, as mulheres preferem uma distância menor que a dos homens, cerca de 70% prefere correr 5 km ou menos, enquanto os homens preferem distâncias maiores, tendo 10 km como a distância mais escolhida, com 66,67% das respostas.

Conclusão

    A partir do estudo realizado, conclui-se que a grande maioria dos praticantes de corrida de rua de Criciúma, SC, estão na meia idade, possuem um ótimo nível de escolaridade e praticam com regularidade a corrida com orientação a menos de três anos.

    A busca por um bom condicionamento torna-se o principal atrativo para a adesão da modalidade, possivelmente por ter como consequências melhorias nas condições estéticas e na saúde, além da sensação de bem-estar pós-corrida.

    Este estudo possibilitou uma visão do perfil dos corredores de rua de Criciúma, SC, que valorizam e entendem a necessidade da orientação de um profissional de educação física. Assim, com mais estudos com este mesmo propósito, podem ser equiparados com outros municípios de diversas regiões, para cada vez mais, conhecer os praticantes e criar assessorias com acompanhamento correto e eficaz para o melhor aproveitamento e desempenho destes corredores.

Referências

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  • BASTOS, A. Perfil dos corredores de rua da cidade de São Paulo e as lesões a que estão sujeitos. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário – UNIFMU. São Paulo, 2003.

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  • ROCHA, A.A Motivação à pratica regular de ginástica laboral. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola Superior de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2012.

  • SALGADO, J. V. V.; CHACON-MIKAHIL, M. P. T. Corrida de Rua: Análise do crescimento do número de provas e de praticantes. Revista da Faculdade de Educação Física da UNICAMP, Campinas, v. 4, n. 1, 2006.

  • THOMAS, J. R.; NELSON, J. K. Métodos de Pesquisa em Atividade Física. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.

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