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Projeto de extensão universitária: possibilidades para a prática 

de atividades físicas e promoção da qualidade de vida em idosos

Un proyecto de extensión universitaria: posibilidad de práctica de actividades
física y promoción de la calidad de vida en personas mayores

 

*Graduada em Educacão Física pela Faculdade Adventista de Hortolândia

**Professora nas Faculdades Network

***Professora Titular na Faculdade Adventista de Hortolândia

(Brasil)

Ana Maria de Souza*

Magda Jaciara Andrade de Barros**

Helena Brandão Viana***

hbviana2@gmail.com

 

 

 

 

Resumo

          Objetivo: Relatar a experiência no projeto de extensão universitária com idosos e abordar questões sobre a prática de atividades físicas e a percepção do grupo das mudanças ocorridas em virtude da participação no projeto. Métodos: Foi utilizada revisão de literatura e relato de experiência sobre os principais aspectos de projetos de extensão universitária. O projeto é composto por 32 idosas, que participam há mais de três anos do Projeto Feliz Idade. Foi feita uma palestra sobre influência da atividade física sobre a corporeidade e coletado depoimentos de algumas delas. Resultados: As freqüentadoras do projeto relataram a importância e a influência positiva que as aulas trouxeram sobre suas vidas. Projetos de extensão também são úteis para aprimorar a formação acadêmica do graduando. Conclusões: Atividades físicas melhoram a percepção corporal de pessoas idosas, possibilitando a melhora da autoestima e qualidade de vida dos praticantes de projetos de atividades físicas para idosos.

          Unitermos: Extensão universitária. Idosos. Atividades físicas. Relato de experiência.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 183, Agosto de 2013. http://www.efdeportes.com

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Introdução

    A extensão universitária é uma ferramenta de ensino-aprendizagem que possibilita integrar os saberes com a prática e a sociedade e o trabalho com idosos se acopla a esta ferramenta pelo ato de compartilhar os saberes adquiridos, também, pela experiência de vida.

    Dias (2009) afirma que o ensino, a pesquisa e a extensão devem ser integrados para provocar mudanças significativas no processo de ensino-aprendizagem, embasando didática e pedagogicamente a formação profissional transformando estudantes e professores em sujeitos do ato de aprender, de ensinar e de formar profissionais e cidadãos. Esta integração entre universidade e sociedade torna possível a aplicação da teoria e a prática democratizando o saber acadêmico e a resposta deste saber à instituição testada e reelaborada.

    Houve uma preocupação em relatar esta troca de experiência, também, pela verificação de pouca existência de artigos sobre os relatos destas vivências consideradas de extrema importância para a academia; desenvolvimento do corpo discente no que tange a sua formação profissional; inserção no mercado de trabalho e a interação social.

    No desafio de elaborar aulas que atendam as necessidades físicas, psicológicas e sociais dos idosos, destaca-se a importância da existência de projetos de extensão universitária, voltados a essa população respeitando a individualidade biológica, pluralidade cultural e debate de ideias especificamente dos idosos. Neste trabalho é apresentado um relato de experiência no projeto Feliz Idade, com atividades físicas com idosos, promovido por uma Faculdade no interior de São Paulo, no período de Março de 2009 a Outubro de 2012.

Extensão universitária: definição, importância e objetivos

    Entendendo a definição de extensão universitária de acordo com o Manual do Aluno da Faculdade que promove este projeto:

    A extensão universitária é o processo educativo, cultural e científico que articula o ensino e a pesquisa de forma indissociável, desenvolvendo e promovendo ações direcionadas ao atendimento das demandas da comunidade interna e externa, bem como viabilizando a relação transformadora entre a instituição e a sociedade (BAHIA, Manual do aluno, s/d, p. 8).

    Caldas e Barboza (1995) compreendem a extensão como o caminho para consolidar a consciência social e cívica do estudante.

    No Brasil aumentando a compreensão da universidade, autonomia e sua relação com o princípio da indissolubilidade, fornecendo uma fundamentação mais segura no encontro dos objetivos para a Educação Superior, certifica-se que as atividades típicas das universidades-ensino, pesquisa e extensão - constituem o suporte necessário para o desenvolvimento científico, tecnológico e cultural do País. Este Plano Nacional de Educação estabelece as universidades, a partir da reflexão e da pesquisa, o principal instrumento de transmissão da experiência cultural e científica acumulada pela humanidade. Nessas instituições apropria-se o patrimônio do saber humano que deve ser aplicado ao conhecimento e desenvolvimento do País e da sociedade brasileira. A universidade é, simultaneamente, depositária e criadora de conhecimentos, caracterizando um importante desempenho social (DIAS, 2009, p. 40).

    Com embasamento nestas definições Toaldo (1977 apud CALDAS e BARBOZA, 1995) aponta cinco benefícios da extensão universitária:

    Assim, os objetivos da extensão universitária estão diretamente relacionados com seu conceito, provocando a participação de professores e alunos em projetos e pesquisas que resultaram em aprendizado que favorecem a sociedade. Visto que a Universidade não necessariamente, desempenha a função de formação democrática social, pois isto cabe à própria sociedade. O estudo de Barboza e Caldas (1995) define dois objetivos básicos a extensão:

    Atualmente, o Professor Ulisses Araújo da Universidade de São Paulo defende a aprendizagem baseada em situações problema, onde se define um Tema integrado com Universidade-Interdisciplinariedade-Comunidade. Dentro desta metodologia é fundamental a prática profissional: vivência, reflexão e intervenção (professor e aluno) otimizando o levantamento de hipóteses, pesquisa de campo e literatura, resolução ou elaboração de projetos, consequentemente, o estudante terá um conhecimento mais aprofundado na sua área de atuação (ARAÚJO, 2012).

População idosa: uma nova perspectiva social

    O envelhecimento humano é um processo natural ao longo de nossa existência onde acontecem alterações biológicas, psíquicas e sociais. Okuma (1998) define o estudo do envelhecimento como algo complexo resultante da dependência mútua destas alterações, ou seja, as mudanças biológicas implicam no meio ambiente e, este as retém segundo suas normas, valores e critérios sociais e culturais. O resultado destas alterações responde ao indivíduo que envelhece, por fim, a dimensão deste impacto entre resposta e aceitação está atrelada na forma com que este indivíduo lidará com este processo. Portanto, podemos dizer que o envelhecimento está intrincado com todas as influências e ações biopsiquicossociais a que o indivíduo foi submetido.

    O envelhecimento é uma experiência heterogênea, isto é, pode ocorrer de modo diferente para indivíduos e coortes que vivem em contextos históricos e sociais distintos. Essa diferenciação depende da influência de circunstâncias histórico-culturais, de fatores intelectuais e de personalidade, dos hábitos e atividades físicas ao longo da vida e da incidência de patologias durante o envelhecimento normal (VIANA, 2003, p.21).

    Atualmente vivemos em uma sociedade cada vez mais preocupada com os aspectos relacionados ao envelhecimento, pois, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), a população de idosos vem aumentando a cada ano no Brasil. Comparando os Censos de 2000 e 2010 (tabela 1) podemos observar um significativo aumento populacional de idosos. Este acontecimento está relacionado com o controle de doenças crônicas e infectocontagiosas devido ao avanço da medicina no que se refere à prevenção, diagnóstico e tratamento e ao declínio da fecundidade. O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial, no Brasil entre as décadas de 40 e 60 houve um declínio da mortalidade com alto índice de fecundidade, mas, a partir de 1960 houve uma inversão deste quadro quanto à fecundidade, o Brasil que ocupava em 1940 a 16ª posição com dois milhões de idosos, tem uma perspectiva para ocupar o 6º lugar com, aproximadamente, 32 milhões em 2025.

Tabela 1. Estatística Populacional Brasileira 2000/2010

Adaptado IBGE Censo 2000/2010

    Leite (2009) pela revisão de literatura diferenciou alguns aspectos do envelhecimento:

    Isto nos remete às reflexões sobre como estes indivíduos estão vivendo desde os aspectos fisiológicos aos sociais, levando em conta a necessidade de elaboração de projetos e pesquisas que acolham esta população respeitando suas limitações e dando-lhes condições dignas de vida, ou seja, como está a qualidade de vida do idoso? Que políticas públicas foram desenvolvidas em prol da saúde, direitos, interação social, trabalho, cultura, lazer para garantir a integridade e o respeito ao idoso? A nossa sociedade está, realmente, se preparando para constituir um futuro do qual faremos parte?

A inclusão do envelhecimento na educação

    Há duas ou três décadas atrás, qualquer criança sabia que deveria respeitar as pessoas mais velhas e demonstravam sinais de respeito e consideração, por exemplo, um simples gesto de ceder o lugar no ônibus ou deixar que a pessoa passasse na sua frente numa fila de mercado, mas, infelizmente, partes destas gentilezas foram substituídas no decorrer do tempo por relatos de abandono, ageísmo, abuso financeiro, psicológico, moral e físico. Tais denúncias levaram à criação de leis que protegessem os idosos garantindo-lhes, principalmente, o direito à vida.

    A Conselheira secretária do Conselho Federal de Psicologia, Clara Goldman (2008) ressalta que a elaboração destas leis tem como embasamento a Declaração Universal dos Direitos Humanos:

    Art. 25: Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e à sua família bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e serviços sociais indispensáveis e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência fora do seu controle.

    Esta Declaração sustenta outras Constituições, como a brasileira e entre outras o Estatuto do Idoso, Lei nº10. 741 de 1º de Outubro de 2003 que assegura:

    Art. 2: O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.

    Entre vários direitos estão o Direito à saúde:

    Art. 17: Ao idoso que esteja no domínio de suas faculdades mentais é assegurado o direito de optar pelo tratamento de saúde que lhe for reputado mais favorável.

    E da Educação, Cultura, Esporte e Lazer:

    Art. 20: O idoso tem direito a educação, cultura, esporte, lazer, diversões, espetáculos, produtos e serviços que respeitem sua peculiar condição de idade.

    Art. 21: O Poder Público criará oportunidades de acesso do idoso à educação, adequando currículos, metodologias e material didático aos programas educacionais a ele destinados.

    1º: Os cursos especiais para idosos incluirão conteúdo relativo às técnicas de comunicação, computação e demais avanços tecnológicos, para sua integração à vida moderna.

    Com base nestes pressupostos, podemos pontuar dois aspectos importantes e que se relacionam ao longo da existência dos indivíduos e que podem ser ponto de partida para significativas mudanças sociais. São eles:

    Muitas alterações cronológicas são correlatas da inatividade física, isto justifica a importância da manutenção de atividades físicas ao longo da vida na intenção de prevenir ou retardar muitas das adversas consequências no processo de envelhecimento. A educação é fundamental para disseminar estes conceitos de saúde, bem como, valores éticos e de cidadania.

Método

    Essa pesquisa teve um caráter qualitativo e descritivo, onde se apresenta um relato de experiência como monitora do Projeto Feliz Idade e o relato das idosas que participam do projeto de atividades físicas.

Relato das idosas em relação à imagem corporal, autoestima e sexualidade

    A importância da participação neste projeto, segundo a percepção das idosas é, principalmente, em relação ao bem estar físico e emocional por causa dos exercícios físicos combinados com a interação do grupo, o acolhimento dos professores e monitores e os laços de amizade que se consolidam ao longo da existência deste projeto.

    O objetivo do grupo, em sua maioria, está mais conectado com o relacionamento social e os exercícios físicos.

    De acordo com Damasceno (2006, p.82), as relações corporais resultam de influências multidimensionais, ou seja, homens e mulheres preocupados ou insatisfeitos com sua aparência corporal induzem-se a desejos, hábitos e cuidados com a imagem corporal, ela descreve as representações internas da estrutura corporal e aparência física em relação a nós mesmos e aos outros e o autor cita alguns dos componentes que integram a imagem corporal: “satisfação com o peso, acurácia da percepção do tamanho, satisfação corporal, avaliação da aparência, orientação da aparência, estima corporal, corpo ideal, padrão de corpo, esquema corporal, percepção corporal, distorção corporal e desordem da imagem corporal”.

    Conversamos com algumas alunas do Projeto Feliz Idade (as quais denominaremos Aluna A, B, C, e assim, sucessivamente, para proteger a identidade das mesmas) e através dos seus relatos de participação e experiência relacionaremos os dados da literatura com a prática quanto à imagem corporal e sexualidade.

    Segundo a Aluna A, por volta dos 60 anos houve uma fase de desânimo com sua aparência em que não se importava mais se uma vestimenta combinava ou não, por exemplo, pois estava ficando “velha mesmo”; procurou a dança de salão, mas, não se sentia bem por causa dos espelhos. Este fato de “não se sentir bem, por causa dos espelhos” pode ser explicado segundo um estudo sobre a imagem corporal no idoso feito por Damasceno et al. (2006 apud Caminha et al. 2010) em que através de pesquisa com idosos constatou um alto índice de insatisfação corporal com idosas atribuído a presença de elementos estéticos indesejados, as limitações corporais que tornam difíceis a execução de diversas atividades. O autor conclui que há uma necessidade de fazer com que os idosos tenham uma compreensão dos elementos que interferem na sua percepção corporal e conscientizá-los. A Aluna A optou por fazer algumas cirurgias plásticas (seios, abdômen e face), neste mesmo ano teve pneumonia por ficar muito tempo em repouso e, mesmo assim, não se arrepende “faria tudo novamente”.

    Diante deste relato foi levantada a questão sobre: o que mais incomoda o idoso? E que quando as pessoas são submetidas a testes de imagem corporal, por exemplo, o teste de silhuetas em que se têm várias figuras representativas do seu corpo e o avaliado decide em qual figura seu corpo se encaixa e qual gostaria que fosse, geralmente, as mulheres gostariam de ser mais magras e os homens mais fortes. As alunas que participaram da pesquisa concordaram parcialmente, uma das alunas disse que ficou doente por causa da perda de peso, e todas concordaram com a importância de se ter orientações e equilíbrio na alimentação e nas práticas de atividades físicas. Relataram como principais incômodos: a flacidez, os cabelos brancos, perda das capacidades físicas e os impactos da menopausa.

    A Aluna B ressaltou que sua jovialidade relaciona-se com seu estado de espírito e elas concordaram que a felicidade não depende da aparência. “Só ama de verdade quem ama a alma, porque o corpo está em constante modificação” (PLATÃO, 2005).

    A Aluna C lembrou a questão da traição e afirmou “que alguns homens trocam as esposas por outras mais jovens”. A aluna associou a fidelidade com o verdadeiro amor, para ela os homens que traem o fazem porque não amam verdadeiramente.

    Todas as alunas concordaram com a entrevistadora quando esta ressaltou a importância de se adquirir conhecimento ao longo da vida, porque antes de envelhecer deve-se ter sabedoria e saber se sentir feliz. Quanto à sexualidade, as alunas também concordaram que cada pessoa continua no seu ritmo e que o sexo está ligado a aceitação, não a estética – foram citados vários exemplos de jovens infelizes sexualmente – também foram citadas as situações de algumas alunas que se sentem satisfeitas quanto à questão da sexualidade e que “o bom sexo” está relacionado com a qualidade.

    Sexualidade é um equilíbrio entre a parte física e emocional do indivíduo e casais idosos sofrem os mesmos estresses que casais de qualquer idade e, além disso, eles têm as preocupações da idade, como doenças, aposentadoria e outras mudanças no estilo de vida (VIANA, 2008, p. 21).

Relato de participação no curso de extensão universitária com idosos

    O grupo de ginástica Feliz Idade existe há 11 anos na Faculdade Adventista de Hortolândia (UNASP). Foi criado em 2001 dentro do programa de Extensão Universitária da Faculdade de Educação Física. Os encontros acontecem duas vezes por semana, com duração de uma hora e trinta minutos, com atividades diversificadas que vão desde exercícios de alongamentos a organização de passeios e apresentações para outros grupos.

    O projeto tem como objetivo a prática de atividades físicas como fator atenuante das alterações biopsiquicossocias no processo de envelhecimento e otimizador para obtenção de qualidade de vida.

    Por três anos estagiando neste projeto visualizei o quão importante foi essa participação, tanto para as alunas quanto para minha formação profissional.

    Lembro-me, perfeitamente, da primeira aula, aliás, a primeira aula que eu ministrei na minha vida. A coordenadora do projeto me pediu que preparasse uma aula de 50 minutos, então, preparei algumas músicas e exercícios que respeitassem as limitações e atendessem algumas expectativas do grupo. O que era pra durar 50 minutos acabou em 30 minutos e eu tremia dos pés à cabeça, lancei um olhar para a professora que observava atentamente a aula, como, quem pedisse socorro. Realmente, “o corpo fala”, e ela assumiu a aula. Ao final, o que parecia frustrante, foi grandiosamente compensado pelo carinho com que a professora e o grupo me trataram. As alunas me abraçaram e elogiaram a aula. Considero este meu primeiro grande aprendizado, não se tratava de uma situação de cobrança de resultados, onde, se tem conteúdos e os indivíduos os memoriza para responder, mas sim, uma troca de conhecimentos e experiências de vida, senti-me incluída no grupo.

    De lá pra cá foram várias pesquisas de aulas para idosos, adaptações de atividades, debate de ideias multidisciplinares entre professores e as alunas, informações teóricas sobre o conteúdo da aula, passeamos, confraternizamos, mostramos nossos trabalhos, oramos e compartilhamos conhecimentos e sentimentos.

    A elaboração das aulas para os idosos exige atenção especial, pois, no mesmo grupo há uma grande diversidade de habilidades e limitações físicas, mentais e socioculturais. Alguns aspectos são de suma importância como:

    Com o passar do tempo adquirimos experiências de vida que vão moldando nosso caráter e nos transformam em seres humanos únicos, esta resiliência é uma rica fonte de sabedoria para transmitir aos mais jovens, portanto, trabalhar com idosos é muito mais do que reconhecer e suprir as limitações do corpo é aprender com eles como desenvolver incríveis habilidades de dedicação, superação e inteligência emocional.

    A importância do projeto Feliz Idade supera o conceito de extensão universitária. O projeto Feliz Idade é um marco na história da Faculdade Adventista de Hortolândia, digno de respeito, valorização e referência de pesquisas e conduta.

Conclusão

    A prática de atividades físicas vem conquistando um importante espaço na vida dos idosos, pois, além de sua eficiência ser comprovada cientificamente, para os idosos ela tem vários significados e variações de uma pessoa para outra, representa um meio de manutenção de qualidade de vida, saúde física e mental, recurso de resolução de situações problemas do dia a dia, oportunidade de contatos e habilidades sociais e condição de cidadão (OKUMA, 1998).

    Com o crescimento demográfico da população idosa torna-se imprescindível a necessidade de políticas públicas e reformas educacionais que incluam o processo de envelhecimento como uma questão social. Segundo Goldman (2008, p.19) os instrumentos legais precisam ser implementados, as políticas devem ser abrangentes, rápidas e eficientes frente ao crescimento acelerado desta população.

    Sendo o curso de extensão universitária uma ferramenta que integra universidade-interdisciplinariedade-comunidade, podemos concluir que os objetivos destes projetos vão ao encontro das expectativas e representações de pessoas idosas e que a motivação e incentivo à projetos vinculados à proposta pedagógica para a educação e políticas públicas devem ser alicerçados em parceria entre alunos-instituição-professores.

Referências

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