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Resenha do filme Murderball, Paixão e glória (Murderball)

de Henry Alex Rubin e Dana Adam Shapiro (2005)

Comentario sobre la película Murderball, Pasión y gloria de Henry Alex Rubin y Dana Adam Shapiro (2005)

 

Licenciado em Educação Física pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, UEPG

Mestre em Engenharia de Produção Pela Universidade Tecnológica Federal

do Paraná, UTFPR. Doutor em Educação Física pela Universidade Estadual

de Campinas, UNICAMP. Professor dos cursos de Licenciatura e Bacharelado

em Educação Física da Universidade Estadual de Ponta Grossa

Bruno Pedroso

brunops3@brturbo.com.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          A presente resenha apresenta o filme Murderball – Paixão e glória, dirigido por Henry Alex Rubin e Dana Adam Shapiro, ano de lançamento 2005.

          Unitermos: Filme. Murderball. Esporte em cadeira de rodas.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 18 - Nº 181 - Junio de 2013. http://www.efdeportes.com/

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    O longa-metragem Murderball – Paixão e glória (2005), dirigido por Henry Alex Rubin e Dana Adam Shapiro, é um documentário que aborda a trajetória da equipe estadunidense de rúgbi em cadeira de rodas, ou simplesmente quad-rugby – originalmente batizado de Murderball, o que motivara o título da referida obra –, rumo às paralimpíadas de Atenas (2004).

    A peculiaridade do título já torna a obra, minimamente curiosa, e, certamente, singular. Em uma tradução literal, o que se pode esperar de um esporte chamado “Bola assassina” ou, de maneira abrasileirada, “Assassinobol”?

 

Trailer de Murderball

    Por meio do agrupamento de elementos oriundos de distintas modalidades esportivas, como o rúgbi, basquetebol, handebol e hóquei no gelo, o longa-metragem vem a apresentar, de forma elementar, o rúgbi em cadeira de rodas, que é praticado por pessoas com os mais variados graus de deficiência física.

    Paralelamente, é acompanhada a trajetória de Joe Soares, ex-jogador da seleção norte americana de rúgbi de cadeira de rodas e medalhista de ouro na modalidade nas paralimpíadas de Atlanta (1996)1, que, inconformado por ter se sido cortado da seleção logo após o evento, mudou-se para o Canadá para ocupar o cargo de técnico da seleção canadense, passando a avocar a figura de um traidor, ao passo que levara consigo as estratégias adversárias, e por conseguinte, acirrando a rivalidade entre as equipes dos Estados Unidos da América e Canadá.

    A história de diversos atletas é exposta, de forma a explicitar suas respectivas adversidades e limitações, mas, ao mesmo tempo, sua independência e potencialidades. Em momento algum se atribui aos protagonistas o estereótipo marasmático de pessoas menos capazes, mas sim, é ressaltada a sua virilidade e o propósito de seguir adiante.

    O documentário retrata, ainda, a luta de Keith Cavill, um jovem recém acidentado que, letargicamente, tenta retomar à vida após o trauma, enxergando no esporte, uma possibilidade de reinserção na vida cotidiana.

    Ora engraçado, ora comovente, segue-se alternando o ritmo da trama, intercalando momentos de humor e sensibilização, em uma trajetória não linear no tocante à paraplegia, desmistificando incoerências tomadas como verdades pelo senso comum, por meio da articulação a um caráter educativo, mas sem perder o foco da proposta e/ou caminhar para monotonia. Em um desfecho clássico de metragens baseados em fatos reais, o destino pós-filmagem dos protagonistas é revelado.

    Distante de um conto de fadas, o documentário Muderball – Paixão e glória traz ao público, por meio de um linguajar simples e compreensível, histórias reais e idiossincráticas de superação e luta. Transita desde a consagração do triunfo ao amargo sabor dos revezes, sem utilizar da dramaturgia para expor o real intento proposto pela obra. A censura de 14 anos imposta é devida à utilização eventual de vocabulário chulo e uma passagem que envolve cenas de erotismo. É, certamente, um título recomendado para o público adulto e juvenil, não restringindo-se apenas aos amantes do esporte.

Nota

  1. Nas paralimpíadas de Atlanta o rúgbi de cadeira de rodas foi disputado somente como um esporte demonstrativo, não fazendo parte do programa paralímpico oficial. Ainda assim, houve a distribuição de medalhas às equipes vencedoras e estas foram computadas no quadro oficial de medalhas do Comitê Paralímpico Internacional. A estréia do rúgbi de cadeira de rodas como esporte paraolímpico oficial ocorreu nas paralimpíadas de Sydney, em 2000.

Referência

  • MURDERBALL – Paixão e glória. Direção: Henry Alex Rubin e Dana Adam Shapiro. Intérpretes: Keith Cavill; Andy Cohn; Scott Hogsett; Christopher Igoe; Mark Zupan; Bob Lujano; Joe Soares e outros. Roteiro: Henry Alex Rubin. Música: Jamie Saft. New York: ThinkFilm, c2005. 1 DVD (88 minutos), widescreen, color. Produzido por ThinkFilm.

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