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Efeitos metábolicos na suplementação de whey protein na musculação

Los efectos metabólicos de la suplementación de whey protein en musculación

Metabolic effects of whey protein supplementation on bodybuilding

 

*Acadêmico

**Orientador

Faculdade de Educação Física de Barra Bonita, FAEFI

Barra Bonita, São Paulo

(Brasil)

Carlos Henrique Frollini Aleixo Correa*

Profº. Ms. Gladston Alves Nunes**

carlos__frollini@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          Whey protein é um dos suplementos mais utilizados por praticantes de musculação, por ser de fácil absorção pelo organismo e promover resultados se consumido logo após a realização dos exercícios. O objetivo deste trabalho é verificar o uso e os efeitos de whey protein por alunos de musculação em uma academia localizada no interior de São Paulo, jovens adultos de ambos os sexos, através de um questionário aplicado junto a esses praticantes. Como fonte para a pesquisa foi realizada uma revisão bibliográfica em bases de dados disponíveis na internet (Google acadêmico e Scielo), publicações em periódicos e bases de dados de bibliotecas de Universidades. O trabalho verificou que os freqüentadores conhecem e fazem uso do suplemento, mas a maioria utiliza o suplemento sem recomendação de médico ou nutricionista. Com isso, o uso de whey protein pode acabar produzindo resultados diversos do esperado, que é favorecer a recuperação muscular e melhorar a resposta muscular ao exercício de musculação praticado.

          Unitermos: Suplementos. Musculação. Metabolismo.

 

Abstract

          Whey protein is one of the most widely used supplements for bodybuilders, because it is easily absorbed by the body and promotes results if taken soon after the exercises. The objective of this study is to assess the use and effects of whey protein for weight training students in a gym located in the hinterland of São Paulo, the young adults of both sexes, through a questionnaire addressed to those practitioners. As a source for the survey was conducted a literature review databases available on the internet (Google scholar and Scielo), publications in journals and databases of libraries of universities. The study found that patrons know and make use of the supplement, but most use the supplement without recommendation of a physician or nutritionist. Thus, the use of whey protein can end up producing different results than expected, which is to promote muscle recovery and improve muscle response to strength exercise practiced.

          Keywords: Supplements. Bodybuilding. Metabolism.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 176, Enero de 2013. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    O homem moderno conhece os benefícios da atividade física, que além do condicionamento que auxilia a manutenção da saúde, combate o sedentarismo, que é fator de risco para doenças cardiovasculares, diabetes e hipertensão.

    Muitas vezes, apenas a realização de exercícios físicos não é suficiente, daí a necessidade de uma alimentação correta e balanceada, com a ingestão diária ideal de vitaminas, sais minerais, carboidratos e proteínas. Theodoro, Ricalde e Amaro (2009) reforçam afirmando ser a dieta balanceada item fundamental na melhoria da qualidade de vida, uma vez que, associada a práticas regulares de atividades físicas, melhoram a formação, reparação e reconstituição dos tecidos do corpo.

    Como nem sempre é possível conseguir esse balanceamento nutricional, a utilização de suplementos pode ser necessária. Mas é um caminho de mão dupla, já que não podem ser consumidos indiscriminadamente por qualquer pessoa, e muitas vezes a demanda por esse produto é altamente influenciado pela mídia.

    O objetivo deste trabalho é verificar o uso de whey protein por freqüentadores de academia, bem como o que esses usuários conhecem sobre os benefícios e riscos desse consumo.

    Whey protein é um dos suplementos mais utilizados, pois promove ganho de massa muscular, fornece energia e estimula o sistema imunológico, de acordo com Borges, Silva (2011). O Whey Protein é uma proteína derivada do soro do leite, largamente utilizada por atletas e pessoas que praticam atividades físicas, uma vez que essa proteína tem efeitos sobre a manutenção e reparação dos músculos (BORGES, SILVA, 2011; TERADA et al, 2009, MELO, BORDONAL, 2009).

    O leite de vaca possui 1% de Whey Protein. Para garantir os resultados, é necessário o consumo concentrado de whey protein. Esse concentrado é obtido a partir da separação da gordura e da lactose do soro do leite, resultando em um produto com menores concentrações de carboidratos e gorduras e maiores concentrações de proteínas, de acordo com Burti (2010).

    Haraguchi, Abreu e Paula (2006), Terada et al (2009) e Melo, Bordonal (2009) afirmam que a proteína do soro do leite é obtida durante a fabricação de queijo, apresentando elevado teor de cálcio, sendo utilizada principalmente por praticantes de atividade física ou esportistas, já que essa proteína possui efeitos sobre a síntese protéica muscular, redução dos níveis de gordura do corpo e melhoria do desempenho físico como um todo. Os autores salientam que, durante muito tempo, a parte aquosa do leite resultante durante a fabricação de queijo era dispensada pela indústria e que começou a ser estudada por cientistas a partir de 1970. Verificaram que a proteína resultante nesse processo era especialmente benéfica para o tratamento de flatulência, prisão de ventre e outros problemas intestinais.

    Burti (2010) afirma que o whey protein é uma proteína de fácil digestão, fornecendo aminoácidos indispensáveis para a manutenção de músculos e tecidos e possui, em sua composição, beta-lactoglobulina (BLG); alfa-lactoalbumina (ALA); albumina do soro bovino (BSA); imunoglobulinas (Ig’s); lactoferrina e glicomacropeptídeos (GMP). Esses últimos estimulam o pâncreas a produzir o hormônio colecistoquinina, que induz a saciedade. BLG, de acordo com Haraguchi, Abreu e Paula (2006) é o peptídeo com maior presença no soro do leite (45 a 50%) e é resistente à ação dos ácidos estomacais, sendo absorvida apenas no intestino delgado. No leite humano ela não está presente, mas no leite bovino pode ser encontrada à razão de 3,2 g/l. ALA, ao contrário, está presente no leite humano, sendo seu principal peptídeo. No leite bovino, o ALA é o segundo peptídeo, encontrado na quantidade de 15 a 25% e possui elevado teor de triptofano, lisina, leucina, treonina e cistina.

    Além disso, o ALA se liga ao cálcio e ao zinco, contribuindo para a absorção desses importantes elementos, possuindo também função antimicrobiana. O BSA (10% das proteínas do soro do leite) é um peptídeo rico em cistina e precursor da síntese de glutationa e possui ácidos graxos e lipídeos que favorecem o transporte na corrente sanguínea. As Ig’s possuem ação biológica na imunidade e na atividade antioxidante (TERADA et al, 2009). O peptídeo GMP é resistente ao calor, à digestão e às mudanças de ph. Possui carga negativa que favorece a absorção de minerais pelo intestino, apresentando também aminoácidos essenciais (HARAGUCHI, ABREU, PAULA, 2006).

    Além desses peptídeos, as proteínas do soro do leite contêm também beta-microglobulinas, gamaglobulinas, lactoperoxidase, lisozima, lactolina, relaxina, lactofano, fatores de crescimento IGF-1 e 2, proteoses-peptonas e aminoácidos livres (HARAGUCHI, ABREU, PAULA, 2006). Apesar de exibirem composição de macro e micronutrientes variáveis de acordo com a forma utilizada para sua obtenção, Haraguchi, Abreu e Paula (2006) salientam que as proteínas do soro do leite possuem, em cada 100 gr de concentrado, 414 kcal, 80 g de proteína, 7 g de gordura e 8 g de carboidrato, 1,2 mg de ferro, 170 mg de sódio e 600 mg de cálcio.

    Para Haraguchi, Abreu e Paula (2006) e Terada et al (2009), a proteína do soro do leite possui alto valor biológico por conter peptídeos bioativos que regulam a função imune, fatores que envolvem o crescimento, são antimicrobianos e anti-hipertensivos e entre seus benefícios, o whey protein possui efeitos hipotensivos, antioxidante e hipocolesterolêmico.

Efeitos e contraindicações

    Borges, Silva (2011) e Melo, Bordonal (2009) afirmam que boa parte da população pratica alguma forma de atividade física para aumentar o rendimento físico, e que fazem uso de suplementos pela facilidade de aquisição e pela inobrigatoriedade de consulta a profissionais da área antes do consumo, o que pode provocar prejuízos à saúde desses consumidores, verificados principalmente nos rins e no fígado.

    O ganho ou manutenção da massa muscular contribui para melhorar a qualidade de vida e prolongá-la, de acordo com Haraguchi, Abreu, Paula (2006), que ressaltam ainda que a realização de exercícios com pesos impedem a atrofia muscular. Para manter a quantidade protéica exigida pelo organismo, a nutrição pode estar associada à ingestão de suplementos, principalmente para atletas e pessoas fisicamente ativas. O consumo de proteína por dia varia de acordo com o tipo de atividade desenvolvida: atletas de força precisam de 1,6 a 1,7 g de proteína por quilo de peso. Atletas de treinos de resistência precisam de 1,2 a 1,4 g de proteína por quilo de peso e pessoas sedentárias precisam de apenas 0,8 a 1,0 g de proteína por quilo de peso.

    A ingestão de proteína, para favorecer a recuperação e a síntese protéica muscular, deve acontecer logo depois da realização dos exercícios físicos, estando interligados a ingestão da proteína e o término da realização dos exercícios. As proteínas do soro do leite, consumidas logo após a realização dos exercícios aumenta a concentração plasmática e ativam a síntese protéica, favorecendo o anabolismo muscular, comprovado por estudos que reafirmam o efeito dessas proteínas sobre o ganho da massa muscular. As proteínas do soro do leite aumentam também a concentração de insulina plasmática, que favorece a captação dos aminoácidos para o interior da célula muscular (HARAGUCHI, ABREU, PAULA, 2006). Além disso, os autores afirmam que as proteínas do soro do leite são absorvidas mais rápido que outras proteínas. Dessa forma, os ganhos sobre a massa muscular relacionam-se com a absorção dos aminoácidos pelo intestino de forma rápida e da liberação dos hormônios anabólicos.

    Haraguchi, Abreu, Paula (2006), Terada et al (2009) e Melo, Bordonal (2009) demonstram também que as proteínas do soro do leite auxiliam o processo de redução da gordura corporal, que é uma das maiores preocupações do mundo moderno. Os autores explicam que esse processo funciona por meio do cálcio presente na proteína do soro do leite, que em altas concentrações, reduzem a lipólise e a deposição de gordura nos tecidos adiposos. Essas proteínas, ao mesmo tempo em que auxiliam a redução da gordura corporal, preservam a massa muscular durante a perda de peso. A ingestão da proteína do soro do leite antes das refeições diminui o apetite, a ingestão energética e favorece a saciedade.

    As proteínas do soro do leite apresentam vantagens sobre o leite, já que são isentas de lactose, proibida para pessoas que sofrem de intolerância ou alergia segundo Haraguchi, Abreu, Paula (2006).

    Para atletas e pessoas que realizam atividades físicas regulares, o estresse oxidativo contribui para a fadiga muscular e a diminuição do desempenho, segundo Haraguchi, Abreu, Paula (2006). A glutationa presente na proteína do soro do leite reduz os efeitos oxidativos gerados pela realização dos exercícios. Além disso, estimulam a densidade mineral dos ossos e a reabsorção de cálcio (TERADA et al, 2009).

    As proteínas do soro do leite auxiliam no controle da hipertensão, reduzindo a pressão sistólica e diastólica e a concentração de triglicerídeos e elevam o HDL colesterol. Além disso, favorecem a produção de serotonina, de acordo com Haraguchi, Abreu, Paula (2006).

    Para Terada et al (2209) o uso de suplementos pode provocar problemas nos rins e no fígado, além de alguns desses suplementos possuírem a presença de esteroides, que, para Assunção (2002) pode provocar problemas físicos (desenvolvimento de doenças coronarianas, hipertensão, tumores hepáticos, hipertrofia prostática, atrofia testicular e mamária e alteração da voz), psicológicos (disfunção muscular) e psiquiátricos (psicoses, síndrome de abstinência, transtorno bipolar, aumento da agressividade e depressão).

    Quanto ao problema renal e hepático provocado pelo uso de whey protein Pereira et al (2009) esclarecem que há uma sobrecarga sobre estes sistemas devido à alta concentração de nitrogênio presente na proteína animal, que pode também levar à desidratação pela produção excessiva de uréia.

    Pereira et al (2009) afirmam que a utilização de suplementos deve ser acompanhada ou orientada por nutricionista, pois seu uso deve garantir a qualidade de vida e evitar possíveis danos à saúde.

Material e método

    A pesquisa para este trabalho foi realizada em uma academia de musculação localizada no município de Barra Bonita, região central do Estado de São Paulo.

    Foram selecionados 30 (trinta) freqüentadores da academia, de ambos os sexos, com idades variadas, não havendo distinção entre atletas e não atletas.

    Os indivíduos selecionados responderam a um questionário, composto por quinze perguntas direcionadas para verificar o conhecimento dos usuários sobre os benefícios e riscos do uso de whey protein.

    Após a coleta, os dados foram tabulados e analisados de acordo com a literatura disponível, consultada em fontes como livros, revistas especializadas e artigos científicos da base de dados Scielo e Google Acadêmico.

    As questões aplicadas encontram-se no questionário.

Resultados e discussão

    As questões aplicadas aos freqüentadores da academia forma respondidas pelos mesmos sem interferência do entrevistador.

    A primeira questão indagava a idade dos freqüentadores, que nesse estudo variou entre 16 e 35 anos. Do total de entrevistados, 27% tinham idade entre 16 e 18 anos; 20% de 19 a 22 anos; 17% de 23 a 25 anos; 13% de 26 a 28 anos; 10% com idades entre 29 e 30 anos e 13% de 31 a 35 anos, conforme demonstrado na Figura 1.

Figura 1. Idade dos entrevistados

    Pereira et al (2009) e Silveira, Lisboa, Sousa (2011) afirmam que a população entre 18 e 31 anos são maiores consumidores de whey protein. Dessa forma, pode-se caracterizar o consumidor desse suplemento como jovens adultos.

    A segunda questão indagava o sexo dos freqüentadores. Do total de entrevistados, 73% eram do sexo masculino e 27% do sexo feminino.

    A maioria dos praticantes de musculação é do sexo masculino, como afirmam Pereira et al (2009) e Silveira, Lisboa, Sousa (2011).

    A terceira questão indagava há quanto tempo o entrevistado freqüentava a academia. 43% dos entrevistados freqüentava a academia de 07 a 12 meses; 33% até 06 meses e 23% de 13 a 36 meses, conforme demonstra a Figura 2.

Figura 2. Tempo de freqüência na academia

    Para Pereira et al (2009) e Silveira, Lisboa, Sousa (2011), os praticantes de musculação são mais assíduos à academia, uma vez que buscam a manutenção da forma física adquirida com o treinamento.

    A quarta questão perguntou aos entrevistados se utiliza suplementos para melhorar seu físico desde o início das atividades na academia. 80% dos entrevistados afirmaram não e 20% sim. Para Fischborn (2009) o suplemento alimentar é um composto à base de vitaminas, minerais, ervas, aminoácidos, metabólitos e extratos, ou pelo menos de um destes itens. O consumo desses suplementos aumenta na medida em que aumenta o número de pessoas que praticam atividades físicas, uma vez que, segundo a autora, apenas a nutrição equilibrada pode não ser capaz de promover a hipertrofia muscular desejada. Terada et al (2009) afirmam em seu estudo que a ingestão de proteínas associada ao treinamento provoca um aumento maior da massa muscular. Para Silveira, Lisboa, Sousa (2011) os que fazem uso de suplementos desejam ganhar e recuperar a massa muscular e aumentar a performance.

    A quinta questão indagava quais eram esses suplementos consumidos. 53% dos entrevistados consumiam whey protein; 20% consumiam maltodextrina; 17% consumiam creatina e 10% albumina, conforme demonstra a Figura 3.

Figura 3. Quais suplementos você utiliza?

    O tipo de suplemento consumido pelos entrevistados neste trabalho é semelhante ao encontrado por Silveira, Lisboa, Sousa (2011).

    A sexta questão perguntava se o freqüentador sempre manifestou vontade de utilizar esses suplementos. 60% dos entrevistados responderam sim e 40% responderam não. Apesar de não manifestarem vontade de consumir suplementos desde o início das atividades de musculação na academia, acabaram passando a consumir, o que para Silveira, Lisboa, Sousa (2011), representa um consumo diário desses suplementos.

    A sétima questão versava sobre a procura por algum profissional para indicar o uso de suplementos. 83% dos entrevistados responderam não e 17% sim, o que comprova o estudo de Pereira et al (2009), onde 90% dos entrevistados afirmaram utilizar suplementos sem recomendação de profissional. Números semelhantes de quem indicou o consumo de suplementos foi encontrado por Silveira, Lisboa, Sousa (2011).

    Terada et al (2009) salientam que o uso de suplementos por conta própria, sem o acompanhamento de médico ou nutricionista, pode levar ao aparecimento de feitos colaterais, principalmente renais e hepáticos, além de, com o uso indiscriminado, prejudicar o treinamento e os resultados esperados. Os autores relatam também que muitos fabricantes não discriminam todas as substâncias nos rótulos, e que, para atletas de competição, pode resultar em doping. Os rótulos dos suplementos foi objeto de estudo de Borges, Silva (2011), que concluíram que todos os suplementos analisados possuíram informações inadequadas.

    A oitava questão, sobre como ou por quem descobriu o suplemento, 40% dos entrevistados afirmaram ter sido as propagandas; 26% amigos; 17% souberam dos suplementos através dos professores de musculação, a mesma quantia de entrevistados que afirmaram tomar conhecimento dos suplementos através de médico ou nutricionista, conforme demonstra a Figura 4.

Figura 4. Como ou por quem descobriu o suplemento?

    A propaganda em lojas de suplementos, propagandas nas academias e na internet podem levar ao consumo sem orientação adequada, podendo inclusive provocar prejuízos à saúde, conforme Terada et al (2009) e Pereira et al (2009).

    A nona questão perguntou aos freqüentadores da academia se ingeria esses suplementos sempre que fazia musculação. 67% afirmaram não fazer uso de suplementos sempre que fazia musculação, e 33% afirmaram fazer uso de suplementos sempre que realiza exercícios de musculação.

    Para Terada et (2009) o uso de suplementos, principalmente para praticantes de musculação tornou-se hábito. Segundo Pereira et al (2009) o uso de whey protein auxilia o praticante de musculação a atingir mais rapidamente seus objetivos.

    A décima questão perguntou aos entrevistados se conhecia whey protein. 93% dos freqüentadores afirmaram conhecer e 7% desconhecem whey protein.

    A décima primeira questão indagou quais benefícios o uso de whey protein trouxe para o desempenho. 31% dos entrevistados que fazem uso de whey protein afirmaram que o suplemento aumenta o rendimento; 25% afirmaram que diminui o cansaço e a gordura corporal e 19% afirmaram ter obtido ganho muscular após o uso de whey protein, conforme demonstrado na Figura 5.

Figura 5. Benefícios do whey protein

    Para Fischborn (2009) e Pereira et al (2009) o uso de suplementos ajuda a atingir resultados mais satisfatórios principalmente quanto à força muscular, e o whey protein é uma das maiores fontes de proteínas que favorecem o anabolismo muscular.

    A décima segunda questão perguntou aos freqüentadores da academia se sentiu sua saúde prejudicada com a utilização de whey protein. Nenhum dos entrevistados sentiu qualquer prejuízo à saúde após o início do uso do suplemento.

    A décima terceira questão perguntava como o freqüentador ingeria o whey protein. 60% afirmaram ingerir com água e 40% com leite.

    A décima quarta questão perguntou quando o freqüentador utilizava o suplemento. Logo após a realização dos exercícios de musculação foi a resposta de 60% dos entrevistados; 27% afirmaram usar antes do almoço e 13% à noite.

    Fischborn (2009) afirma que o aumento da síntese protéica ocorre por um período de até 48 horas após atividades intensas de musculação, com um pico nas três horas após o exercício. A musculação estimula a renovação das proteínas musculares, e para que o whey protein contribua para a hipertrofia muscular, Fischborn (2009) recomenda seu uso logo antes ou em até uma hora após a realização dos exercícios.

    A autora, em sua revisão, estabelece os seguintes resultados decorrentes do tempo de uso do whey protein, como demonstrado na Tabela 1:

Tabela 1. Resultados obtidos a partir do tempo de uso de Whey Protein

Fonte: Fischborn (2009)

    Para Terada et al (2009) e Pereira et al (2009) whey protein, consumido logo após a realização dos exercícios, promove a síntese protéica nos músculos, sendo assim um importante auxiliar na recuperação ao esforço. Dessa forma, os autores reiteram que, quanto menor for o intervalo entre o exercício e o consumo de whey protein melhor será a resposta anabólica proporcionada pelo exercício realizado. As proteínas do soro do leite é rapidamente absorvida pelo organismo, segundo Ferrari et al (2010/0.

    A décima quinta questão perguntou se o uso de whey protein trouxe alguma alteração em seus hábitos como concentração, sono, alimentação. Nenhum dos entrevistados sentiu qualquer tipo de alteração. Os consumidores de suplementos encontram-se bastante satisfeitos com os resultados atingidos após o início do uso, de acordo com Silveira, Lisboa, Sousa (2011).

Considerações finais

    Whey protein é um dos suplementos mais utilizados por praticantes de musculação. Entre os benefícios resultantes de seu uso estão a hipertrofia muscular, o aumento do rendimento e da força e a diminuição do cansaço e da gordura corporal. Whey protein é facilmente absorvido pelo organismo, principalmente se consumido imediatamente antes ou após a realização dos exercícios de musculação. Por essa facilidade de absorção, whey protein favorece a recuperação muscular e melhora a resposta muscular ao exercício de musculação praticado. Salienta-se, no entanto, que seu uso deve ser preferencialmente indicado por nutricionista ou médico para evitar prejuízos à saúde, entre estes os problemas relacionados aos rins e fígado. Problemas psicológicos e psiquiátricos também podem aparecer com o uso indiscriminado de suplementos. No entanto, se corretamente utilizado, whey protein é um aliado eficiente para a aquisição e manutenção da saúde.

Referências

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