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Avaliação do desempenho aeróbio e anaeróbio
de jovens nadadores: uma revisão da literatura

Evaluación del rendimiento aeróbico y anaeróbico de nadadores juveniles: una revisión de la literatura

Evaluation of aerobic and anaerobic performance of young swimmers: a review of the literature

 

*Universidade da Madeira, Madeira

**Escola Superior de Desporto de Rio Maior

Instituto Politécnico de Santarém, Rio Maior

(Portugal)

Mário Rodrigues Ferreira* **

António Vences Brito**

marioarf@gmail.com

 

 

 

 

Resumo

          O objetivo deste artigo de revisão é analisar os testes utilizados para avaliação das variáveis fisiológicas de jovens nadadores. Os estudos foram identificados através de pesquisa nas bases de dados Medline, SportDiscus, PubMed e Scielo. Foram identificados diversos testes na literatura, para avaliação da potência aeróbia e anaeróbia de jovens nadadores, que deverão ser escolhidos de acordo com as questões de pesquisa, os objetivos e as características dos sujeitos. Deveremos procurar testes de fácil aplicação e de baixo custo de forma a ajudar os treinadores na avaliação do desempenho aeróbio e anaeróbio de jovens nadadores.

          Unitermos: Natação. Treino de crianças e jovens. Avaliação e prescrição do treino.

 

Abstract

          The aim of this review is to analyze the tests used to evaluate the physiological variables of young swimmers. Studies were identified through computer searches of Medline, SportDiscus, PubMed and Scielo. We identified several tests in the literature, to evaluate the aerobic and anaerobic power of young swimmers, who should be chosen according to the research questions, objectives and characteristics of the subjects. We should seek for simple tests and low cost in order to help the coaches to evaluate the aerobic and anaerobic performance of young swimmers.

          Keywords: Swimming. Children and youth training. Training evaluation and prescription.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 175, Diciembre de 2012. http://www.efdeportes.com/

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1.     Introdução

    A avaliação das variáveis fisiológicas dos praticantes é um indicador importante que permitem ao treinador planear e controlar o treino desportivo. O objetivo deste artigo de revisão é analisar os testes utilizados para avaliação das variáveis fisiológicas de jovens nadadores.

    Os estudos foram identificados através de pesquisa nas bases de dados Medline, SportDiscus, PubMed e Scielo. Foram ainda pesquisados livros específicos relacionados com o tema.

    A análise do lactato sanguíneo é dos melhores métodos para avaliar as alterações no desempenho aeróbio e anaeróbio na natação (Maglischo, 2003), contudo, no âmbito da avaliação da performance de crianças e jovens parece ser fundamental a procura de testes não-invasivos (Armstrong & Fawkner, 2008).

2.     Desenvolvimento

2.1.     Testes de potência aeróbia

2.1.1.     Espirometria

    A espirometria permite avaliar o VO2máx em testes específicos da modalidade. Na natação, alguns instrumentos foram adaptados e validados para a sua utilização no meio aquático (Toussaint et al., 1987; Dal Monte et al., 1994; Keskinen et al., 2003; Rodríguez et al., 2008), permitindo analisar o consumo energético durante algumas provas (Barbosa et al., 2005; Silva et al., 2006; Sousa et al., 2011), ou durante a realização de testes máximos progressivos (Barbosa et al., 2006; Reis et al., 2010a; Reis et al., 2010b; Reis et al., 2012).

    Apesar da crescente utilização deste método, na literatura existem ainda algumas limitações na compreensão bioenergética de diferentes provas da modalidade.

2.1.2.     Teste T-30

    Foi desenvolvido por Olbrecht et al. (1985) e consiste em nadar a máxima distância em 30 minutos ou 3000 metros, em esforço máximo e ritmo regular. Posteriormente calcula-se a velocidade média por 100 metros, dividindo o tempo gasto para nadar a distância máxima percorrida pelo número de percursos de 100 metros realizados no teste. O ritmo de limiar calculado pode ser utilizado para determinar o treino de diversas distâncias, multiplicando o tempo de 100 metros pela distância que se pretende realizar. Para níveis de esforço acima ou abaixo do limiar anaeróbio individual é só acrescentar ou diminuir alguns segundos ao ritmo de nado por 100 metros. Para distâncias inferiores a 300 metros devem utilizar-se factores de correcção que são menos 2 segundos para os 200 metros, menos 1,5 segundos para os 100 metros e menos 1 segundo para os 50 metros.

    É um teste não-invasivos muito utilizado na natação (Gomes et al., 2003; Beneke, 2003; Greco et al., 2003; Greco & Denadai, 2005; Greco et al., 2007), demonstrando ser um indicador do limiar anaeróbio para todos os nadadores, mesmo os que possuem um limiar anaeróbio individual acima ou abaixo dos 4 mmol/l (Maglischo, 2003).

    É prático para crianças e jovens sendo necessário ganhar a experiência em nadar longas distâncias para que os resultados sejam precisos (Maglischo, 2003).

2.1.3.     Velocidade crítica

    A velocidade crítica de nado (VC) pode ser definida como a máxima velocidade que pode ser mantida, sem exaustão, por um longo período de tempo e é expressa pela regressão linear entre diferentes provas (distâncias) realizadas à máxima velocidade e os respetivos tempos (Wakayoshi et al., 1992).

    Ao longo dos anos, a VC tem sido progressivamente mais utilizada para avaliar a capacidade aeróbia de jovens nadadores (Greco et al., 2003; Greco & Denadai, 2005; Toubekis et al., 2006; Deminice et al., 2007; Greco et al., 2007; Toubekis et al., 2011a; Toubekis et al., 2011b).

    Dekerle et al. (2005) concluíram que a VC não representa a velocidade máxima que pode ser mantida sem um contínuo aumento da concentração de lactato, mas parece corresponder à velocidade do consumo máximo de oxigénio (di Prampero et al., 2008).

    Assim, um protocolo utilizando a velocidade de nado das distâncias de 50, 100, 200 e 400 metros, parece indicado para a avaliação do desempenho aeróbio em jovens nadadores.

2.1.4.     Previsão dos ritmos de limiar com séries de repetições

    Este teste consiste em nadar várias repetições (2 e 5 minutos cada), com breves intervalos de repouso (inferior a 30 segundos), com duração entre 30 e 40 minutos (Maglischo, 2003).

    Este método é preciso para estimar o ritmo de limiar anaeróbio e possui as seguintes vantagens: poder ser realizado durante as tarefas de treino e em todos os estilos, e as séries de repetições podem ser adaptadas facilmente para grupos da mesma faixa etária.

    Para crianças e jovens poderá ser utilizado entre 15 e 20 repetições de 100 metros, com tempo de pausa entre 10 e 30 segundos (Maglischo, 2003).

2.1.5.     Teste de séries progressivas

    Este teste permite avaliar alterações na performance aeróbia e determinar a velocidade de nado associada ao limiar anaeróbio. Baseia-se na realização de diversas séries de repetição em velocidades progressivamente mais rápidas até à exaustão (não conseguir realizar a série no ritmo proposto).

    Para crianças e jovens são propostas as séries de 5 x 150 metros ou de 8 x 100 metros, com intervalos de repouso entre 10 e 15 segundos. A primeira série deverá ser nadada a uma velocidade lenta, abaixo do limiar anaeróbio individual. Nas séries seguintes retiram-se 4 segundos até que o atleta não consiga nadar a série na velocidade determinada. A velocidade da última série antes do fracasso corresponde ao limiar anaeróbio individual. Cada repetição deve durar entre 1:30 e 3 minutos, e cada série de repetições deve ser completada em aproximadamente 10 minutos (Maglischo, 2003).

2.1.6.     Teste 7 x 200 metros

    O teste foi proposto por Pyne et al. (2001), para nadadores de elite, e baseia-se na realização de 7 x 200 metros, a cada 5 minutos, com velocidade de nado progressivo. Nas seis primeiras repetições adicionam-se 35, 30, 25, 20, 15 e 10 segundos, respetivamente, à melhor marca dos 200 metros. A última repetição deverá ser nadada a um ritmo equivalente à melhor marca dos 200 metros.

    Durante a realização do teste poderá ser recolhida informação adicional, como o lactato sanguíneo, a frequência cardíaca, a percepção subjectiva de esforço e os parâmetros de ciclo.

    Este teste teve grande aceitação na comunidade científica tendo sido aplicado em diversos estudos (Anderson et al., 2008; Turner et al., 2008; Psycharakis et al., 2008; Psycharakis, 2011; Michele et al., 2011; Oliveira et al., 2011; Costa et al., 2012) e é bastante útil para avaliar jovens nadadores.

2.1.7.     Teste duas velocidades

    Mader et al. (1976) sugeriram usar uma velocidade de nado que produzisse um valor fixo de 4 mmol/l de lactato (V4) para avaliar alterações na capacidade aeróbia e prescrever o treino de resistência.

    O protocolo para determinar a capacidade aeróbia através da V4 consiste em nadar 2 x 400 metros de forma progressiva. O tempo a realizar nas repetições será, aproximadamente, mais 30 e mais 15 a 20 segundos do que a melhor marca pessoal dos 400 metros, com pausa entre repetições de 15 minutos. O lactato deverá ser analisado 1 e 3 minutos após cada repetição, sendo recolhido o maior valor e deverá ser próximo ou inferior a 4 mmol/l na primeira repetição e superior a esse valor na segunda repetição. Maglischo (2003) sugeriu adicionar uma repetição de 100 ou 200 metros à máxima intensidade, após este teste, para avaliar também os efeitos do treino na capacidade anaeróbia. Após 3 minutos é recolhido o lactato sanguíneo, e continuamente de 2 em 2 minutos até encontrar a maior concentração de lactato sanguíneo e representa a potência máxima (Maglischo, 2003).

    Gomes et al. (2003) demonstraram que as séries de treino de 40 x 50 metros e de 20 x 100 metros do teste de duas velocidades são mais adequados para a prescrição do treino em jovens (16 anos) do que do teste T-30.

2.1.8.     Teste 8 x 100 metros

    Este teste é particularmente interessante para atletas velocistas devido à curta distância utilizada, porém não é válido para estimar o limiar anaeróbio e prescrever os ritmos de treino (Maglischo, 2003). Este teste pode ser também realizado com distância de 200 metros, ajustado a nadadores que geralmente nadam esta distância.

    O teste consiste em nadar 3 x 100 metros a 75% de intensidade, com 1 minuto de pausa entre repetições. No final das 3 repetições realiza uma pausa de 3 minutos, sendo analisado o lactato entre o 2º e 3º minuto. Posteriormente, realiza 2 x 100 metros a 85%, com 1 minuto e 4 minutos de pausa, respectivamente, e o lactato é analisado entre o 3º e 4º minuto. Depois nada 100 metros a 90%, com 6 minutos de pausa, sendo analisado o lactato entre o 4º e 5º minuto. De seguida realiza 100 metros a 95%, com 20 minutos de pausa, sendo analisado o lactato entre o 5º e 6º minuto. Por fim, nada 100 metros a 100%, sendo analisado o lactato no 3º, 5º e 7º minuto.

2.1.9.     Teste 6 x 400 metros

    Este teste é adequado para atletas meio-fundistas e fundistas, sendo válido para estimar o limiar anaeróbio e prescrever os ritmos de treino (Maglischo, 2003).

    O teste consiste em nadar 3 x 400 metros a 85% de intensidade, com 1 minuto de pausa entre repetições. No final das 3 repetições realiza uma pausa de 3 minutos, sendo analisado o lactato entre o 2º e 3º minuto. Posteriormente realiza 400 metros a 90%, e a 95% com 6 e 20 minutos de pausa, respetivamente. O lactato é analisado entre o 5º e 6º minuto nas duas repetições. Por fim, nada 400 metros a 100%, sendo analisado o lactato no 5º, 7º e 9º minuto.

2.1.10.     200 metros paced

    Este teste permite avaliar a performance aeróbia e é fácil de aplicar e interpretar. Consiste em nadar 200 metros a uma velocidade de 90% a 95% da melhor marca individual, a um ritmo constante (instrumento que marca a cadência). O lactato sanguíneo deverá ser recolhido de 2 em 2 minutos, após o 1º minuto e até determinar o valor máximo. Ao longo da época é aplicado o mesmo teste, com a mesma cadência, e se o lactato diminuir sugere que a capacidade aeróbia melhorou.

    Encontramos alguns estudos na literatura que utilizaram um protocolo semelhante (Thompson et al., 2003; Thompson et al., 2004; Lomax, 2011; Lomax et al., 2012), mas com objectivos diferenciados.

2.1.11.     Teste de membros inferiores

    Este teste foi desenvolvido para avaliar o desempenho da pernada nos quatro estilos de nado, em curtas ou longas distâncias (Sweetenham et al., 2003). Consiste na realização de 800 metros pernas à máxima intensidade. Posteriormente, o resultado alcançado servirá para determinar o tempo a realizar nas séries seguintes: 400, 200, 100, 50 e 25 metros. Entre as séries realizam 200 metros de retorno à calma, entre as duas últimas séries realizam 150 metros de retorno à calma e após a última série realizam 75 metros de retorno à calma. O objectivo é alcançar o tempo previsto ou ficar abaixo desse tempo nas 6 séries realizadas, à máxima velocidade (Sweetenham et al., 2003).

    Em nadadores mais jovens poderá ser realizado em distâncias mais curtas, começando o teste aos 400 ou 200 metros, mas seguindo a sequência do teste, ou seja, estabelecendo tempos a realizar nas distâncias de 100, 50 e 25 metros. Por outro lado, os treinadores poderão apenas escolher uma distância e verificar, algumas semanas depois, se os atletas melhoraram o seu desempenho.

2.2.     Testes de potência anaeróbia

2.2.1.     Lactato sanguíneo

    O melhor método para avaliar a capacidade anaeróbia consiste em medir o pico de lactato após esforços máximos (Maglischo, 2003).

    Neste âmbito, alguns autores analisaram o lactato utilizando distâncias entre os 12,5 e os 200 metros (Gomes et al., 2003; Deminice et al., 2007).

    Contudo, é necessário métodos menos invasivos para ajudar os treinadores na avaliação do desempenho anaeróbio (Maglischo, 2003).

2.2.2.     Testes de sprints

    Maglischo (2003) apresenta alguns testes que poderão ser utilizados para avaliar as alterações na capacidade anaeróbia sem recurso à análise do lactato, nomeadamente séries de 6 a 8 x 50 metros (pausa de 1 minuto), 4 a 6 x 75 metros (pausa de 2 minutos) ou 3 a 5 x 100 metros (pausa de 3 a 10 minutos), realizadas à máxima velocidade. Contudo, este procedimento não deve ser utilizado para determinar as velocidades de treino, devido à reduzida validade. Aplicando os mesmos testes é possível verificar a melhoria do desempenho ao longo da época.

    Para as crianças e jovens os testes deverão ser ajustadas à idade e ao nível de prática.

2.2.3.     Potência de nado

    O banco de natação biocinético foi inicialmente utilizado para avaliar a performance anaeróbia (e.g., Armstrong & Davies, 1981). Este instrumento é específico do treino de natação fora de água, mas não reflete a potência realizada no meio aquático. Nesse sentido, foram desenvolvidos alguns instrumentos para recolher a potência de nado, como o swimming flume (e.g., Truijens et al., 2002) ou o nado amarrado (e.g., Morouço et al., 2011).

    No entanto, a aquisição de equipamentos específicos para medir a força e a potência são dispendiosas e existe a necessidade de encontrar métodos de baixo custo.

2.2.4.     Velocidade crítica “anaeróbia”

    Este novo conceito foi introduzido por alguns autores (Abe et al., 2006; Fernandes et al., 2008) e deriva da velocidade crítica associada à performance anaeróbia. Representa a capacidade anaeróbia funcional de nadadores, baseada em distâncias de sprint, geralmente inferiores a 50 metros, e os respectivos tempos de duração, sendo um parâmetro importante para a avaliação do treino anaeróbio e para predizer o desempenho de natação em eventos de curta duração (Fernandes et al., 2008; Neiva et al., 2011; Marinho et al., 2011).

    A velocidade crítica “anaeróbia” (VCAn), calculada usando diferentes distâncias, está relacionada com o desempenho em provas de 50 e 100 metros em diversos estilos (Abe et al., 2006; Fernandes et al., 2008; Neiva et al., 2011; Marinho et al., 2011). Marinho et al. (2011) encontraram ainda valores semelhantes entre a VCAn em distâncias curtas (10, 15, 20 e 25 metros com partida dentro de água) e a velocidade de nado da prova de 200 metros nos quatro estilos de nado, parecendo ser um importante indicador da performance dos 200 metros

    Este é um excelente teste, não-invasivo e de baixo custo, que permite controlar e avaliar o treino de natação.

3.     Conclusões

    Existem vários testes para avaliação da potência aeróbia e anaeróbia e deverão ser escolhidos de acordo com as questões de pesquisa, os objetivos e as características dos sujeitos. O teste T-30 e a VC estão entre os testes não-invasivos mais utilizados para avaliar a performance aeróbia de jovens nadadores, sendo que a VC parece mais benéfica para os treinadores avaliarem crianças e jovens pelo facto de ser menos monótona do que o teste T-30, não havendo o problema da falta de experiência em nadar longas distâncias. Quanto à potência anaeróbia, um protocolo adaptado do teste 7 x 200 metros poderá ser utilizado em crianças e jovens nadadores dos 10 aos 15 anos. Uma alternativa não-invasiva poderá ser a utilização da VCAn, que parece ser um parâmetro importante para avaliação do treino anaeróbio e para predizer o desempenho de natação em eventos de curta duração.

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EFDeportes.com, Revista Digital · Año 17 · N° 175 | Buenos Aires, Diciembre de 2012
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